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Direito Empresarial I
Aula 2 – 30/07/10
1. Antecedentes históricos
• Normas históricas
– Código de Manu (Índia)
– Código de Hamurabi (Babilônia)
– Digesta de Justiniano – Direito Romano, 520 D.C., atualmente é a Turquia
– Códigos Bárbaros
– Glosadores (Universidade de Bolonha) – comentários ao Direito Romano
Somente a partir dos anos 1960, quando o direito brasileiro inicia o processo
de aproximação ao sistema italiano de disciplina privada da atividade
econômica, a lista do velho regulamento imperial vê diminuída sua importância
(COELHO, 2008), até por que não se mostra mais sustentável negar o caráter
empresarial das várias atividades econômicas, inclusive as de prestação de
serviços, que atualmente são efetuadas repetidamente e em cadeia.
O Regulamento 737 foi revogado pelo Decreto 2.662/1875, mas continuou a ser
usado como referência na delimitação dos atos de comércio.
O ato de comércio, para ser considerado como tal, depende do sujeito que o
realiza. Exceção: títulos de crédito.
• Dificuldades conceituais
– “Problema insolúvel para a doutrina, martírio para o legislador, enigma para a
jurisprudência” (Basílio Machado, citado por Rubens Requião)
– Extinção dos Tribunais de Comércio (Decreto 2.662/1875), criação das Juntas
Comerciais (?)
– Dúvidas sobre a natureza do rol de atos de comércio (taxativo ou exemplificativo)
– Problemas quanto à instauração do regime falimentar
5. Teoria da Empresa
• Código Civil Italiano de 1942
– Sistema subjetivo moderno
– Criação de um conceito para “empresário”
– Unificação do regime de obrigações
– Influência no Código Civil Brasileiro
Direito comercial ou Direito empresarial é um ramo do direito privado que pode ser entendido
como o conjunto de normas disciplinadoras da atividade negocial do empresário, e de qualquer
pessoa física ou jurídica, destinada a fins de natureza econômica, desde que habitual e dirigida à
produção de bens ou serviços conducentes a resultados patrimoniais ou lucrativos, e que a exerça
com a racionalidade própria de "empresa", sendo um ramo especial de direito privado. Em
Portugal veja-se Direito comercial Português,. Rege os actos tidos como comerciais.
Assim entendido, o direito empresarial abrange um conjunto variado de matérias, incluindo as
obrigações dos empresários, as sociedades empresárias, os contratos especiais de comércio, os
títulos de crédito, a propriedade intelectual, entre outras.
Junta Comercial
Autentica os livros
19/ago/10
Direito de Empresa
Conceito de empresario – [e importante para o registro empresarial, escrituracao
contabil, elaboracao de demonstracoes periodicas
O empresario tem a obrigacao de registro na junta commercial.
Registro empresarial
Arquivamento de Atos
Atos sujeitos a arquivamento – art. 32, II, LRPEM
Revis’ao de atos
Escrituracao contabil
Obrigacao de escriturar (art. 1179, CC)
Dispensa de pequenos empresarios (art. 1179, paragrafo 2, CC)
Funcoes
Requisitos de regularidade
Livros obrigatorios
Diario (art. 1.180, CC) – registro de todos os lancamentos contabeis, registros de
eventos de alteracao patrimonial. Ex.: surgimento de fato gerador de tribute. Sua
organizacao ocorre pelo criterio cronologico. Existe na forma digital.
Livros facultativos
Sao outros que a empresa considere necessaries e nao sao exigidos pela lei. Podem
ser o de registro de cheques, de registro de correspondencias etc.
Documento unilateral
Eficacia probatoria contra o titular
Eficacia probatoria a favor do titular
Demonstracoes contabeis
Tipos
Balanco patrimonial – retrato do patrimonio instantaneo da sociedade.
Normalmente ocorre no dia 31 de dezembro. Algumas sociedades sao obrigadas a
publicar
Divide-se em ativo e passive. O ativo pode ser o circulante que relaciona patrimonio
que possuem alta circulaco ou liquidez, e pode ser imobilizado que sao aqueles
menos liquidos e podem ser considerados como parte da empresa.
Passivo pode ser circulante e de longo prazo.
O patrimonio liquid [e o capital que pretence aos empreendedores e os lucros que
tambem devem voltar aos empreendedores ou investidores, acumulados desde o
inicio da empresa.
Peridiocidade
Annual (1.179, CC)
Excecoes: balanco de determinacao (art. 1031, CC)
Dividendos semestrais (art. 204, Lei 6404/76)
20/ago/10
Estabelecimento Empresarial
Obs.: universalidade de fato x universalidade de direito – na universalidade de
direito a unidade do objeto e decorrente da lei. Na universalidade de fato a vontade
do empresario e a causa da unidade do objeto.
1. Conceito
2. Natureza
3. Elementos
Materiais – maquinas, movies, imoveis, mercadorias
Imateriais –
o Patentes
o Marcas
o nome empresarial
o Ponto – local de exploracao da atividade economica. Deve haver
indenizacao no caso de desapropriacao.
4. Aviamento
Grau de aptidao do estabelecimento para a geracao de lucros. E o sobrevalor
sobre a soma dos bens individualmente considerados. Nos casos de
indenizacao
5. Renovacao Compulsoria
Refere-se a renovacao do contrato de locacao (Lei 8.245/91 – Locacao de
imoveis urbanos). Sao protegidas os estabelecimentos com fins comeciais e
sociedade civil com fins lucrativos (ex. Empresas de prestacao de servicos –
SC* ou SS**), nao sendo, portanto, exclusive de empresarios.
Requisitos:
o Destinacao do imovel explicitada no contrato. O art. 51 do CC estipula
que deve haver no contrato a destinacao do imovel.
o Contrato escrito
o Prazo
o Exercicio continuo da mesma atividade por 3 anos
A acao renovatoria deve ser interposta antes de 6 meses para o termino do
contrato.
Argumentos utilizaveis pelo locador para retomar o imovel: realização de
obras, uso própior proposta de renovação insuficiente, oferta de 3ºs. Deve
haver indenização ao locatario empresário quanto ao aviamento e ponto. Se
o ponto for utilizado para a mesma finalidade pode ser considerado
enriquecimento ilícito, na medida em que se alegou outro motivo para a
retomada do imóvel.
* Sociedade Civil
** Sociedade Simples
26/ago/10
Trespasse
• Conceito
– Contrato de alienação do estabelecimento – há perda da titularidade do
estabelecimento, que passa a ser de outro.
– Para se concretizar, pode depender de atos de
transferência distintos
• Registro de imóveis e outros bens
• Cessão de patente ou marca
• Anuência do locador na cessão de locação
– Diferencia-se da venda de controle societário. Neste caso o terceiro não aparece.
Vende-se o controle sobre a ABC Ltda, que é a titular do estabelecimento. O titular não
v. figura
José
João
ABC
Ltda
controla titulariza
João passa a ser novo controlador de
ABC Ltda, mas a titularidade sobre o
estabelecimento permanece a mesma.
• Requisitos de eficácia. Se referem àqueles do código civil
- somente vai caber para as dívidas de caráter privado, não cabe para dívidas
trabalhistas
– Obrigações empresariais regularmente contabilizadas
– Solidariedade do alienante (temporária) por um ano a contar:
• Da publicação em dívidas vencidas
• Do vencimento em dívidas vincendas (ainda vai vencer)
– Sucessão necessária das obrigações trabalhistas e fiscais (art. 448/CLT e 133/CTN –
se o empregado da empresa do 1º dono resolver ajuizar ação no momento em que a
empresa foi adquirida pelo 2º dono, poderá ajuizar a ação para qualquer um dos
proprietários.
• Cláusula de não-restabelecimento
– Norma contratual que proíbe o restabelecimento do alienante. Ex. o alienante que
vende o estabelecimento fica obrigado a não abrir outro estabelecimento com o mesmo
objeto na mesma área do estabelecimento vendido. Evita assim a violação da
concorrência.
– Restabelecimento do alienante e enriquecimento indevido
– Restrições ao restabelecimento
• Tempo
• Local
• Objeto empresarial
– Norma supletiva
• Período de 5 anos (art. 1147)
3/9/10
Marcas
Marcas não registráveis (art. 124, LPI)
o Falta de capacidade distintiva (II, VI, VIII,) – não se dá
exclusividade para nomes genéricos (ex. tricot, boteco etc.)
o Confusão com outros sinais (I, IV, V, IX, X, XI) – se o título já é
utilizado antes do registro da marca, prevalece a anterioridade
do título. O título pode ser registrado como marca, isso não pode
ser feito com títulos de terceiros. Indicação geográfica não pode.
Nomes de pessoas famosas somente pode ser utilizado com
autorização. Nomes patromínicos não pode ser registrado por
outro.