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Versão 2011
Revisada em 26.07.11 1
Revisada em 26.07.11 2
RESOLUÇÃO Nº 499 DE 17/12/2008. .................................. 234
LEIS .................................................................................... 5
RESOLUÇÃO Nº 505 DE 23/06/2009 ................................... 238
LEI Nº 3.820 DE 11/11/1960 .................................................. 5 RESOLUÇÃO Nº 515 DE 26/11/2009 ................................... 240
LEI Nº 5.991, DE 17/12/1973 ................................................. 9 RESOLUÇÃO Nº 521 DE 16/12/2009 .................................. 241
LEI Nº 6360 DE 23/09/1976 ................................................. 14 RESOLUÇÃO Nº 522 DE 16/12/2009 ................................... 248
LEI Nº 6.437 DE 20/08/1977.............................................. 23 RESOLUÇÃO Nº 539 DE 22/10/2010 ................................... 267
LEI Nº 6839 DE 30/10/1980 ................................................. 29 RESOLUÇÃO Nº 542 DE 19/01/2011 ................................... 272
LEI N.º 8.078 DE 11/09/1990 ............................................... 30
RESOLUÇÕES DA ANVISA ........................................ 274
LEI Nº 9.787 DE 10/02/1999 ................................................ 42
LEI N° 9.965, DE 27/04/2000. ........................................... 43 RDC Nº 23 DE 06/12/1999 ................................................. 274
LEI Nº 11.343, DE 23/08/2006........................................... 44 RDC Nº 134 DE 13/07/2001 ............................................... 278
LEI Nº 11.951, DE 24/06/2009........................................... 52 RDC Nº 238 DE 27/12/2001 ............................................... 309
LEI ESTADUAL Nº 16322 DE 18/12/2009 ............................ 53 RDC Nº 320 DE 22/11/2002 ............................................... 310
RDC Nº40 DE 26/02/2003.................................................. 311
DECRETOS ..................................................................... 54
RDC Nº 139 DE 29/05/2003 .............................................. 315
DECRETO Nº 20.377 DE 08/10/1931 .................................... 54 RDC Nº 48 DE 16/03/2004 ................................................. 317
DECRETO Nº 20.931 DE 20/01/1932 .................................... 55 RDC Nº 306, DE 7/12/2004 ................................................ 321
DECRETO Nº 57.477 DE 20/12/1965.................................... 59 RDC Nº. 123, DE 12/05/2005. ............................................ 339
DECRETO Nº 74.170, DE 10/06/74....................................... 62 RDC N° 199, DE 01/07/2005 ............................................. 340
DECRETO Nº 79.094 DE 05/01/1977 .................................... 69 RDC Nº. 302 DE 13/10/2005. ............................................ 343
DECRETO Nº 2.181 DE 20/03/97 .......................................... 91 RDC N° 80, DE 11/05/2006 ............................................... 350
DECRETO Nº 85.878 DE 07/04/1981 .................................... 99 RDC Nº. 204 DE 14/11/2006. ............................................. 361
DECRETO Nº 4154 DE 28/12/2004 ..................................... 100 RDC Nº 16, DE 02/03/2007 ................................................ 378
DECRETO Nº 5.348, DE 19 /01/2005 .................................. 106 RDC Nº. 17, DE 02/03/2007. .............................................. 385
RDC Nº. 25, DE 29/03/2007 ............................................... 395
PORTARIAS .................................................................. 107 RDC Nº. 27 DE 30/03/2007. ............................................... 399
PORTARIA N.º 344 DE 12/05/1998 ..................................... 107 RDC Nº. 51 DE 15/08/2007 ................................................ 405
PORTARIA Nº 802 DE 08/10/1998 ...................................... 135 RDC Nº.53, DE 30/08/2007................................................ 406
PORTARIA Nº 2.814 DE 28/05/1998 ................................... 140 RDC Nº 58, DE 05/09/2007 ............................................... 407
PORTARIA N° 1.052 DE 29/12/1998 .................................. 142 RDC Nº. 67, DE 8/10/2007 ................................................. 409
PORTARIA N.º 6 DE 29/01/1999 ......................................... 143 RDC Nº 63, DE 09/09/2008 ................................................ 472
PORTARIA Nº 185, DE 08/03/1999 ..................................... 160 RDC Nº 87 DE 21/11/2008 ................................................. 473
PORTARIA Nº 4.283, DE 30/12/2010 .................................. 161 RDC Nº 96, DE 17/12/2008 ................................................ 475
RDC Nº 23, DE 20/05/2009 ................................................ 484
RESOLUÇÕES ESTADUAL ....................................... 165 RDC Nº 44, DE 17/08/2009 ................................................ 486
RESOLUÇÃO Nº 21 DE 1992 ............................................... 165 RDC Nº 60, DE 26/11/2009 ................................................ 500
RESOLUÇÃO Nº 81, DE 01/09/1992 .................................... 167 RDC Nº 71, DE 22/12/2009 ................................................ 503
RESOLUÇÃO Nº 54 DE 03/06/1996 ..................................... 168 RDC Nº 44, DE 26/10/2010. ............................................. 514
RESOLUÇÃO Nº 69 DE 01/04/1997 ..................................... 179 RDC Nº 61, DE 17/12/2010 .............................................. 517
RESOLUÇÃO Nº 225 DE 15/04/1999 ................................... 183 OUTROS ......................................................................... 519
RESOLUÇÃO Nº 226 DE 15/04/1999 ................................... 185
RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29/04/05................................. 519
RESOLUÇÕES DO CFF .............................................. 187 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.477/97 .......................................... 524
RESOLUÇÃO Nº 160 DE 23/04/1982 ................................... 187 RESOLUÇÃO CFM N° 1.939/2010 ..................................... 525
RESOLUÇÃO Nº 236 DE 25/09/1992 ................................... 188 REGISTRO DE PRODUTOS ................................................... 526
RESOLUÇÃO Nº 258 DE 24/02/1994 ................................... 189 RESOLUÇÃO Nº 283 DE 12/07/2001- CONAMA................... 527
RESOLUÇÃO Nº 261 DE 16/09/1994 ................................... 191 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.190-34 DE 23/08/2001. ............ 530
RESOLUÇÃO Nº 308 DE 02/05/1997 ................................... 193 EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 32 DE 11/09/2001 .............. 536
RESOLUÇÃO Nº 336 DE 08/01/1999 ................................... 194 RESOL. Nº 49/02 - MERCOSUL ..................................... 538
RESOLUÇÃO N.º 357 DE 20/04/2001 .................................. 195 RESOL. CONJUNTA N.º 002/2005 - SEMA/SESA .............. 544
RESOLUÇÃO Nº 365 DE 02/10/2001 ................................... 211 PORT. CONJUNTA ANVISA/FUNASA Nº 01 .......................... 551
RESOLUÇÃO Nº 415 DE 29/06/2004 ................................... 213 DELIBERAÇÕES DO CRF-PR ................................... 553
RESOLUÇÃO Nº417 DE 29/09/2004.................................... 214
RESOLUÇÃO Nº 433 DE 26/04/2005 ................................... 218 DELIBERAÇÃO Nº 532/2001. ........................................ 553
RESOLUÇÃO Nº 437 DE 28/07/2005 .................................. 220 DELIBERAÇÃO N.º 594/2003 ........................................ 555
RESOLUÇÃO Nº 440 DE 22/10/2005 ................................... 221 DELIBERAÇÃO N.º 652/2005 ........................................ 558
RESOLUÇÃO Nº 461 DE 02/05/2007 ................................... 222 DELIBERAÇÃO Nº 679/2006 ......................................... 560
RESOLUÇÃO Nº 467 DE 28/11/2007 ................................... 225 DELIBERAÇÃO Nº 717/2008 .......................................... 565
RESOLUÇÃO Nº 492 DE 26/11/2008 ................................... 232
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Revisada em 26.07.11 4
b) eleger, na primeira reunião ordinária de cada biênio, sua
diretoria, composta de Presidente, Vice-Presidente,
Leis Secretário-Geral e Tesoureiro; (Obs: Redação dada pela
Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
c) aprovar os regimentos internos organizados pelos
Lei nº 3.820 de 11/11/1960 Conselhos Regionais, modificando o que se tornar
necessário, a fim de manter a unidade de ação;
DOU 21/11/1960 d) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas
pelos Conselhos Regionais e dirimi-las;
Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de e) julgar em última instância os recursos das deliberações
dos Conselhos Regionais;
Farmácia, e dá outras Providências.
f) publicar o relatório anual dos seus trabalhos e,
O Presidente da República: periodicamente, a relação de todos os profissionais
registrados;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu g) expedir as resoluções que se tornarem necessárias para a
sanciono a seguinte Lei: fiel interpretação e execução da presente lei;
h) propor às autoridades competentes as modificações que
Art.1 - Ficam criados os Conselhos Federal e Regionais de se tornarem necessárias à regulamentação do exercício
Farmácia, dotados de personalidade jurídica de direito profissional, assim como colaborar com elas na disciplina
público, autonomia administrativa e financeira, destinados das matérias de ciência e técnica farmacêutica, ou que de
a zelar pela fiel observância dos princípios da ética e da qualquer forma digam respeito à atividade profissional;
disciplina da classe dos que exercem atividades i) organizar o Código de Deontologia Farmacêutica;
profissionais farmacêuticas no País. j) deliberar sobre questões oriundas do exercício de
atividades afins às do farmacêutico;
CAPÍTULO I k) realizar reuniões gerais dos Conselhos Regionais de
Do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Farmácia para o estudo de questões profissionais de
Farmácia interesse nacional;
l) ampliar o limite de competência do exercício
Art. 2 - O Conselho Federal de Farmácia é o órgão profissional, conforme o currículo escolar ou mediante
supremo dos Conselhos Regionais, com jurisdição em todo curso ou prova de especialização realizado ou prestado em
o território nacional e sede no Distrito Federal. escola ou instituto oficial;
Art. 3 - O Conselho Federal será constituído de tantos m) expedir resoluções, definindo ou modificando
membros quantos forem os Conselhos Regionais. (Obs: atribuições ou competência dos profissionais de Farmácia,
Redação dada pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995) conforme as necessidades futuras;
§ 1 - Cada conselheiro federal será eleito, em seu Estado de n) regulamentar a maneira de se organizar e funcionarem
origem, juntamente com um suplente. (Obs: Redação dada as assembleias gerais, ordinárias ou extraordinárias, do
pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995) Conselho Federal e dos Conselhos Regionais;
§ 2 - Perderá o mandato o conselheiro federal que, sem o) fixar a composição dos Conselhos Regionais,
prévia licença do Conselho, faltar a três reuniões plenárias organizando-os à sua semelhança e promovendo a
consecutivas, sendo sucedido pelo suplente. (Obs: Redação instalação de tantos órgãos quantos forem julgados
dada pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995) necessários, determinando suas sedes e zonas de
§ 3 - A eleição para o Conselho Federal e para os jurisdição.
Conselhos Regionais far-se-á através do voto direto e p) zelar pela saúde pública, promovendo a assistência
secreto, por maioria simples, exigido o comparecimento da farmacêutica; (Obs: Acrescida pela Lei número 9.120, de
maioria absoluta dos inscritos. (Obs: Redação dada pela 26/10/1995)
Lei nº 9.120, de 26/10/1995) q) (VETADO); (Obs: Acrescida pela Lei número 9.120, de
Art. 4 - Revogado (Obs: Revogado pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
26/10/1995) r) estabelecer as normas de processo eleitoral aplicável às
Art. 5 - O mandato dos membros do Conselho Federal é instâncias Federal e Regional. (Obs: Acrescida pela Lei
privativo de farmacêuticos de nacionalidade brasileira, será número 9.120, de 26/10/1995)
gratuito, meramente honorífico e terá a duração de quatro Parágrafo Único. As questões referentes às atividades
anos. afins com as outras profissões serão resolvidas através de
(Obs: Redação dada pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995) entendimentos com as entidades reguladoras dessas
Parágrafo único. O mandato da diretoria do Conselho profissões.
Federal terá a duração de dois anos, sendo seus membros Art. 7 - O Conselho Federal deliberará com a presença
eleitos através do voto direto e secreto, por maioria mínima de metade mais um de seus membros.
absoluta. (Obs: Acrescido pela Lei nº 9.120, de Parágrafo Único. As resoluções referentes às alíneas g e r
26/10/1995) do Art.6 só serão válidas quando aprovadas pela maioria
Art. 6 - São atribuições do Conselho Federal: dos membros do Conselho Federal. (Obs: Redação dada
a) organizar o seu regimento interno; pela Lei número 9.120, de 26/10/1995)
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Art. 8 - Ao Presidente do Conselho Federal compete, além a) os profissionais que, embora não farmacêuticos,
da direção geral do Conselho, a suspensão de decisão que exerçam sua atividade (quando a lei o autorize) como
este tome e lhe pareça inconveniente. responsáveis ou auxiliares técnicos de laboratórios
Parágrafo Único. O ato de suspensão vigorará até novo industriais farmacêuticos, laboratórios de análises clínicas
julgamento do caso, para o qual o Presidente convocará e laboratórios de controle e pesquisas relativas a alimentos,
segunda reunião, no prazo de 30 (trinta) dias contados do drogas, tóxicos e medicamentos;
seu ato. Se no segundo julgamento o Conselho mantiver b) os práticos ou oficiais de farmácia licenciados.
por maioria absoluta de seus membros a decisão suspensa, Art. 15 - Para inscrição no quadro de farmacêuticos dos
esta entrará em vigor imediatamente. (Obs: Redação dada Conselhos Regionais é necessário, além dos requisitos
pela Lei número 9.120, de 26/10/1995) legais de capacidade civil:
Art. 9 - O Presidente do Conselho Federal é o responsável 1) ser diplomado ou graduado em Farmácia por Instituto de
administrativo pelo referido Conselho, inclusive pela Ensino Oficial ou a este equiparado;
prestação de contas perante o órgão federal competente. 2) estar com o seu diploma registrado na repartição
Art. 10 - As atribuições dos Conselhos Regionais são as sanitária competente;
seguintes: 3) não ser nem estar proibido de exercer a profissão
a) registrar os profissionais de acordo com a presente lei e farmacêutica;
expedir a carteira profissional; 4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada
b) examinar reclamações e representações escritas acerca por 3 (três) farmacêuticos inscritos.
dos serviços de registro e das infrações desta lei e decidir; Art. 16 - Para inscrição nos quadros a que se refere o
c) fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo parágrafo único do Art.14, além de preencher os requisitos
as infrações à lei, bem como enviando às autoridades legais de capacidade civil, o interessado deverá:
competentes relatórios documentados sobre os fatos que 1) ter diploma, certificado, atestado ou documento
apurarem e cuja solução não seja de sua alçada; comprobatório da atividade profissional, quando se trate de
d) organizar o seu regimento interno, submetendo-o à responsáveis ou auxiliares não farmacêuticos, devidamente
aprovação do Conselho Federal; autorizados por lei;
e) sugerir ao Conselho Federal as medidas necessárias à 2) ter licença, certificado ou título, passado por autoridade
regularidade dos serviços e à fiscalização do exercício competente, quando se trate de práticos ou oficiais de
profissional; Farmácia licenciados;
f) eleger seu representante e respectivo suplente para o 3) não ser nem estar proibido de exercer sua atividade
Conselho Federal. (Obs: Redação dada pela Lei número profissional;
9.120, de 26/10/1995) 4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada
g) dirimir dúvidas relativas à competência e âmbito das por 3 (três) farmacêuticos devidamente inscritos.
atividades profissionais farmacêuticas, com recurso Art. 17 - A inscrição far-se-á mediante requerimento,
suspensivo para o Conselho Federal. escrito dirigido ao Presidente do Conselho Regional,
Art. 11 - A responsabilidade administrativa de cada acompanhado dos documentos comprobatórios do
Conselho Regional cabe ao respectivo Presidente, inclusive preenchimento dos requisitos dos artigos 15 e 16,
a prestação de contas perante o órgão federal competente. conforme o caso, constando obrigatoriamente: nome por
Art. 12 - O mandato dos membros dos Conselhos extenso, filiação, lugar e data de nascimento, currículo
Regionais é privativo de farmacêuticos de nacionalidade educacional e profissional, estabelecimento em que haja
brasileira, será gratuito, meramente honorífico e terá a exercido atividade profissional e respectivos endereços,
duração de quatro anos. (Obs: Redação dada pela Lei residência e situação atual.
número 9.120, de 26/10/1995) § 1 - Qualquer membro do Conselho Regional, ou pessoa
Parágrafo Único. O mandato da diretoria dos Conselhos interessada, poderá representar documentadamente ao
Regionais terá a duração de dois anos, sendo seus membros Conselho contra o candidato proposto.
eleitos através do voto direto e secreto, por maioria § 2 - Em caso de recusar a inscrição, o Conselho dará
absoluta. (Obs: Acrescida pela Lei número 9.120, de ciência ao candidato dos motivos da recusa, e conceder-
26/10/1995) lhe-á o prazo de 15 (quinze) dias para que os conteste
documentadamente e peça reconsideração.
CAPÍTULO II Art. 18 - Aceita a inscrição, o candidato prestará, antes de
Dos Quadros e Inscrições lhe ser entregue a carteira profissional, perante o
Presidente do Conselho Regional, o compromisso de bem
Art. 13 - Somente aos membros inscritos nos Conselhos exercer a profissão, com dignidade e zelo.
Regionais de Farmácia será permitido o exercício de Art. 19 - Os Conselhos Regionais expedirão carteiras de
atividades profissionais farmacêuticas no País. identidade profissional aos inscritos em seus quadros, aos
Art. 14 - Em cada Conselho Regional serão inscritos os quais habilitarão ao exercício da respectiva profissão em
profissionais de Farmácia que tenham exercício em seus todo o País.
territórios e que constituirão o seu quadro de § 1 - No caso em que o interessado tenha de exercer
farmacêuticos. temporariamente a profissão em outra jurisdição,
Parágrafo Único. Serão inscritos, em quadros distintos, apresentará sua carteira para ser visada pelo Presidente do
podendo representar-se nas discussões, em assuntos respectivo Conselho Regional.
concernentes às suas próprias categorias:
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§ 2 - Se o exercício da profissão passar a ser feito, de modo e) subvenções dos governos, ou dos órgãos autárquicos ou
permanente, em outra jurisdição, assim se entendendo o dos paraestatais;
exercício da profissão por mais de 90 (noventa) dias da f) 3/4 da renda das certidões;
nova jurisdição, ficará obrigado a inscrever-se no g) qualquer renda eventual.
respectivo Conselho Regional. § 1 - Cada Conselho Regional destinará 1/4 de sua renda
Art. 20 - A exibição da carteira profissional poderá, em líquida à formação de um fundo de assistência a seus
qualquer oportunidade, ser exigida por qualquer membros necessitados, quando inválidos ou enfermos.
interessado, para fins de verificação, da habilitação § 2 - Para os efeitos do disposto no parágrafo supra,
profissional. considera-se líquida a renda total com a só dedução das
Art. 21 - No prontuário do profissional de Farmácia, o despesas de pessoal e expediente.
Conselho Regional fará toda e qualquer anotação referente
ao mesmo, inclusive elogios e penalidades. CAPÍTULO IV
Parágrafo único. No caso de expedição de nova carteira, Das Penalidades e sua Aplicação
serão transcritas todas as anotações constantes dos livros
do Conselho Regional sobre o profissional. Art. 28 - O poder de punir disciplinarmente compete, com
exclusividade, ao Conselho Regional em que o faltoso
CAPÍTULO III estiver inscrito ao tempo do fato punível em que incorreu.
Das Anuidades e Taxas Art. 29 - A jurisdição disciplinar, estabelecida no artigo
anterior, não derroga a jurisdição comum, quando o fato
Art. 22 - O profissional de Farmácia, para o exercício de constituía crime punido em lei.
sua profissão, é obrigado ao registro no Conselho Regional Art. 30 - As penalidades disciplinares serão as seguintes:
de Farmácia a cuja jurisdição estiver sujeito, ficando I) de advertência ou censura, aplicada sem publicidade,
obrigado ao pagamento de uma anuidade ao respectivo verbalmente ou por ofício do Presidente do Conselho
Conselho Regional, até 31 de março de cada ano, acrescida Regional, chamando a atenção do culpado para o fato
de 20% (vinte por cento) de mora, quando fora desse brandamente no primeiro caso, energicamente e com o
prazo. emprego da palavra censura no segundo;
Parágrafo Único. As empresas que exploram serviços II) de multa de Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$
para os quais são necessárias atividades profissionais 5.000,00 (cinco mil cruzeiros), que serão cabíveis no caso
farmacêuticas, estão igualmente sujeitas ao pagamento de de terceira falta e outras subseqüentes, a juízo do Conselho
uma anuidade, incidindo na mesma mora de 20% (vinte Regional a que pertencer o faltoso;
por cento), quando fora do prazo. III) de suspensão de 3 (três) meses a um ano, que será
Art. 23 - Os Conselhos Federal e Regionais cobrarão taxas imposta por motivo de falta grave, de pronúncia criminal
de expedição ou substituição de carteira profissional. ou de prisão em virtude de sentença, aplicável pelo
Art. 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram Conselho Regional em que estiver inscrito o faltoso;
serviços para os quais são necessárias atividades de IV) de eliminação, que será imposta aos que porventura
profissional farmacêutico deverão provar, perante os houverem perdido alguns dos requisitos dos artigos 15 e 16
Conselhos Federal e Regionais que essas atividades são para fazer parte do Conselho Regional de Farmácia,
exercidas por profissionais habilitados e registrados. inclusive aos que forem convencidos perante o Conselho
Parágrafo Único. Aos infratores deste artigo será aplicada Federal de Farmácia ou em juízo, de incontinência pública
pelo respectivo Conselho Regional a multa de Cr$ 500,00 e escandalosa ou de embriaguez habitual; e aos que, por
(quinhentos cruzeiros) a Cr$ 5.000,00 (cinco mil faltas graves, já tenham sido três vezes condenados
cruzeiros). definitivamente a penas de suspensão, ainda que em
Art. 25 - As taxas e anuidades a que se referem os artigos Conselhos Regionais diversos.
22 e 23 desta Lei e suas alterações posteriores serão § 1 - À deliberação do Conselho procederá, sempre,
fixadas pelos Conselhos Regionais, com intervalos não audiência do acusado, sendo-lhe dado defensor, se não for
inferiores a 3 (três) anos. encontrado ou se deixar o processo à revelia.
Art. 26 - Constitui renda do Conselho Federal o seguinte: § 2 - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso,
a) 1/4 da taxa de expedição de carteira profissional; no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência, para o
b) 1/4 das anuidades; Conselho Federal, sem efeito suspensivo, salvo nos casos
c) 1/4 das multas aplicadas de acordo com a presente lei; dos números III e IV deste artigo, em que o efeito será
d) doações ou legados; suspensivo.
e) subvenção dos governos, ou dos órgãos autárquicos ou
dos paraestatais; CAPÍTULO V
f) 1/4 da renda das certidões. Da Prestação de Contas
Art. 27 - A renda de cada Conselho Regional será
constituída do seguinte: Art. 31 - Os Presidentes do Conselho Federal e dos
a) 3/4 da taxa de expedição de carteira profissional; Conselhos Regionais de Farmácia prestarão, anualmente,
b) 3/4 das anuidades; suas contas perante o Tribunal de Contas da União.
c) 3/4 das multas aplicadas de acordo com a presente lei; § 1 - A prestação de contas do Presidente do Conselho
d) doações ou legados; Federal será feita diretamente ao referido Tribunal, após
aprovação do Conselho.
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§ 2 - A prestação de contas dos Presidentes dos Conselhos § 1 - Cada sindicato ou associação indicará um único
Regionais será feita ao referido Tribunal por intermédio do delegado-eleitor, que deverá ser, obrigatoriamente,
Conselho Federal de Farmácia. farmacêutico e no pleno gozo de seus direitos.
§ 3 - Cabe aos Presidentes de cada Conselho a § 2 - Os sindicatos ou associações de farmacêuticos, para
responsabilidade pela prestação de contas. obterem seus direitos de representação na assembleia a que
se refere este artigo, deverão proceder, no prazo de 60
CAPÍTULO VI (sessenta) dias, ao seu registro prévio perante a Federação
Das Disposições Gerais e Transitórias das Associações de Farmacêuticos do Brasil, mediante a
apresentação de seus estatutos e demais documentos
Art. 32 - A inscrição dos profissionais e práticos já julgados necessários.
registrados nos órgãos de Saúde Pública, na data desta lei, § 3 - A Federação das Associações de Farmacêuticos do
será feita, seja pela apresentação de títulos, diplomas, Brasil, de acordo com o Consultor Técnico do Ministério
certificados, ou carteiras registradas no Ministério da do Trabalho, Indústria e Comércio, tomará as providências
Educação e Cultura, ou Departamentos Estaduais, seja necessárias à realização da assembleia de que cogita este
mediante prova de registro na repartição competente. artigo.
Parágrafo único. Os licenciados, práticos habilitados, Art. 37 - O Conselho Federal de Farmácia procederá, em
passarão a denominar-se, em todo território nacional, sua primeira reunião, ao sorteio dos conselheiros federais
oficial de farmácia. que deverão exercer o mandato por um, dois ou três anos.
Art. 33 - Os práticos e oficiais de farmácia, já habilitados Art. 38 - O pagamento da primeira anuidade deverá ser
na forma da lei, poderão ser provisionados para assumirem feito por ocasião da inscrição no Conselho Regional de
a responsabilidade técnico-profissional para farmácia de Farmácia.
sua propriedade, desde que, na data da vigência desta lei, Art. 39 - Os casos omissos verificados nesta lei serão
os respectivos certificados de habilitação tenham sido resolvidos pelo Conselho Federal de Farmácia. Enquanto
expedidos há mais de 6 (seis) anos pelo Serviço Nacional não for votado o Código de Deontologia Farmacêutica,
de Fiscalização da Medicina ou pelas repartições sanitárias prevalecerão em cada Conselho Regional as praxes
competentes dos Estados e Territórios, e sua condição de reconhecidas pelos mesmos.
proprietários de farmácia date de mais de 10 (dez) anos Art. 40 - A presente lei entrará em vigor, em todo o
sendo-lhes, porém, vedado o exercício das demais território nacional, 120 (cento e vinte) dias depois de sua
atividades privativas da profissão de farmacêutico. publicação, revogadas as disposições em contrário.
§ 1 - Salvo exceção prevista neste artigo, são proibidos
provisionamentos para quaisquer outras finalidades. Brasília, 11 de novembro de 1960; 139º da Independência
§ 2 - Não gozará do benefício concedido neste artigo o e 72º da República.
prático ou oficial de farmácia estabelecido com farmácia Juscelino Kubitschek
sem a satisfação de todas as exigências legais ou S. Paes de Almeida
regulamentares vigentes na data da publicação desta lei. Clóvis Salgado
§ 3 - Poderão ser provisionados, nos termos deste artigo, as Allyrio Sales Coelho
Irmãs de Caridade que forem responsáveis técnicas de Pedro Paulo Penido
farmácia pertencentes ou administradas por Congregações
Religiosas. (Obs: Redação dada pela Lei nº 4.817, de
29/10/1965)
Art. 34 - O pessoal a serviço dos Conselhos de Farmácia
será inscrito, para efeito de previdência social, no Instituto
de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado
(IPASE), em conformidade com o artigo 2º do Decreto-Lei
número 3.347, de 12 de junho de 1941.
Art. 35 - Os Conselhos Regionais poderão, por
procuradores seus, promover perante o Juízo da Fazenda
Pública, e mediante processo de executivo fiscal, a
cobrança das penalidades e anuidades previstas para a
execução da presente lei.
Art. 36 - A assembléia que se realizar para a escolha dos
membros do primeiro Conselho Federal de Farmácia será
presidida pelo Consultor-Técnico do ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio e se constituirá dos
delegados-eleitores dos sindicatos e associações de
farmacêuticos, com mais de 1 (um) ano de existência legal
no País, eleitos em assembléias das respectivas entidades
por voto secreto e segundo as formalidades estabelecidas
para a escolha de suas diretorias ou órgãos dirigentes.
Revisada em 26.07.11 8
Lei, as unidades dos órgãos da administração direta ou
Lei nº 5.991, de 17/12/1973 indireta, federal, estadual, do Distrito Federal, dos
Territórios, dos Municípios e entidades paraestatais,
D.O 19/12/1973 incumbidas de serviços correspondentes;
Retificação no D.O.U. de 21.12.1973 IX - Estabelecimento - unidade da empresa destinada ao
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, e correlatos;
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá X - Farmácia - estabelecimento de manipulação de
outras providências. fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas,
O Presidente da República, faço saber que o Congresso medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: compreendendo o de dispensação e o de atendimento
CAPÍTULO I privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
Disposições Preliminares equivalente de assistência médica;
Art. 1º O controle sanitário do comércio de drogas, XI - Drogaria - estabelecimento de dispensação e comércio
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, em de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
todo o território nacional, rege-se por esta Lei. correlatos em suas embalagens originais;
Art. 2º As disposições desta Lei abrangem as unidades XII - Ervanaria - estabelecimento que realize dispensação
congêneres que integram o serviço público civil e militar de plantas medicinais;
da administração direta e indireta, da União, dos Estados, XIII - Posto de medicamentos e unidades volante -
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios e estabelecimento destinado exclusivamente à venda de
demais entidades paraestatais, no que concerne aos medicamentos industrializados em suas embalagens
conceitos, definições e responsabilidade técnica. originais e constantes de relação elaborada pelo órgão
Art. 3º Aplica-se o disposto nesta Lei às unidades de sanitário federal, publicada na imprensa oficial, para
dispensação das instituições de caráter filantrópico ou atendimento a localidades desprovidas de farmácia ou
beneficente, sem fins lucrativos. drogaria;
Art. 4º Para efeitos desta Lei são adotados os seguintes XIV - Dispensário de medicamentos - setor de
conceitos: fornecimento de medicamentos industrializados, privativo
I - Droga - substância ou matéria-prima que tenha a de pequena unidade hospitalar ou equivalente;
finalidade medicamentosa ou sanitária; XV - Dispensação - ato de fornecimento ao consumidor de
II - Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, a título remunerado ou não;
paliativa ou para fins de diagnóstico; XVI - Distribuidor, representante, importador e exportador
III - Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva - empresa que exerça direta ou indiretamente o comércio
ou complementar de qualquer natureza, destinada a atacadista de drogas, medicamentos em suas embalagens
emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus originais, insumos farmacêuticos e de correlatos;
recipientes; XVII - Produto dietético - produto tecnicamente elaborado
IV - Correlato - a substância, produto, aparelho ou para atender às necessidades dietéticas de pessoas em
acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo condições fisiológicas especiais.
uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde XVIII - Supermercado - estabelecimento que comercializa,
individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, mediante autosserviço, grande variedade de mercadorias,
ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e em especial produtos alimentícios em geral e produtos de
perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de higiene e limpeza; (OBS.: Acrescido pela Lei número
acústica médica, odontológicos e veterinários; 9.069, de 29/06/1995)
V - Órgão sanitário competente - órgão de fiscalização do XIX - Armazém e empório - estabelecimento que
Ministério da Saúde, dos Estados, do Distrito Federal, dos comercializa, no atacado ou no varejo, grande variedade de
Territórios e dos Municípios; mercadorias e, de modo especial, gêneros alimentícios e
VI - Laboratório oficial - o laboratório do Ministério da produtos de higiene e limpeza; (OBS.: Acrescido pela Lei
Saúde ou congênere da União, dos Estados, do Distrito número 9.069, de 29/06/1995)
Federal e dos Territórios, com competência delegada XX - Loja de conveniência e drugstore - estabelecimento
através de convênio ou credenciamento, destinado à análise que, mediante autosserviço ou não, comercializa diversas
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e mercadorias, com ênfase para aquelas de primeira
correlatos; necessidade, dentre as quais alimentos em geral, produtos
VII - Análise fiscal - a efetuada em drogas, medicamentos, de higiene e limpeza e apetrechos domésticos, podendo
insumos farmacêuticos e correlatos, destinada a comprovar funcionar em qualquer período do dia e da noite, inclusive
a sua conformidade com a fórmula que deu origem ao nos domingos e feriados; (OBS.: Acrescido pela Lei
registro; número 9.069, de 29/06/1995)
VIII - Empresa - pessoa física ou jurídica, de direito CAPÍTULO II
público ou privado, que exerça como atividade principal ou Do Comércio Farmacêutico
subsidiária, o comércio, venda, fornecimento e distribuição Art. 5º O comércio de drogas, medicamentos e de insumos
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e farmacêuticos é privativo das empresas e dos
correlatos, equiparando-se à mesma, para os efeitos desta estabelecimentos definidos nesta Lei.
Revisada em 26.07.11 9
§ 1º O comércio de determinados correlatos, tais como, obrigatoriamente, a assistência de técnico responsável,
aparelhos e acessórios, produtos utilizados para fins inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da
diagnósticos e analíticos, odontológicos, veterinários, de lei.
higiene pessoal ou de ambiente, cosméticos e perfumes, § 1º A presença do técnico responsável será obrigatória
exercido por estabelecimentos especializados, poderá ser durante todo o horário de funcionamento do
extensivo às farmácias e drogarias, observado o disposto estabelecimento.
em lei federal e na supletiva dos Estados, do Distrito § 2º Os estabelecimentos de que trata este artigo poderão
Federal e dos Territórios. manter técnico responsável substituto, para os casos de
§ 2º A venda de produtos dietéticos será realizada nos impedimento ou ausência do titular.
estabelecimentos de dispensação e, desde que não § 3º Em razão do interesse público, caracterizada a
contenham substâncias medicamentosas, pelos do necessidade da existência de farmácia ou drogaria, e na
comércio fixo. falta do farmacêutico, o órgão sanitário de fiscalização
Art. 6º A dispensação de medicamentos é privativa de: local licenciará os estabelecimentos sob a responsabilidade
a) farmácia; técnica de prático de farmácia, oficial de farmácia ou outro,
b) drogaria; igualmente inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na
c) posto de medicamento e unidade volante; forma da lei.
d) dispensário de medicamentos. Art. 16. A responsabilidade técnica do estabelecimento
Parágrafo único. Para atendimento exclusivo a seus será comprovada por declaração de firma individual, pelos
usuários, os estabelecimentos hoteleiros e similares estatutos ou contrato social, ou pelo contrato de trabalho do
poderão dispor de medicamentos anódinos, que não profissional responsável.
dependam de receita médica, observada a relação § 1º Cessada a assistência técnica pelo término ou alteração
elaborada pelo órgão sanitário federal. da declaração de firma individual, contrato social ou
Art. 7º A dispensação de plantas medicinais é privativa das estatutos da pessoa jurídica ou pela rescisão do contrato de
farmácias e ervanárias, observados o acondicionamento trabalho, o profissional responderá pelos atos praticados
adequado e a classificação botânica. durante o período em que deu assistência ao
Art. 8º Apenas poderão ser entregues à dispensação drogas, estabelecimento.
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos que § 2º A responsabilidade referida no § anterior substituirá
obedeçam aos padrões de qualidade oficialmente pelo prazo de um ano a contar da data em que o sócio ou
reconhecidos. empregado cesse o vínculo com a empresa.
CAPÍTULO III Art. 17. Somente será permitido o funcionamento de
Da Farmácia Homeopática farmácia e drogaria sem a assistência do técnico
Art. 9º O comércio de medicamentos homeopáticos responsável, ou do seu substituto, pelo prazo de até trinta
obedecerá às disposições desta Lei, atendidas as suas dias, período em que não serão aviadas fórmulas magistrais
peculiaridades. ou oficiais nem vendidos medicamentos sujeitos a regime
Art. 10. A farmácia homeopática só poderá manipular especial de controle.
fórmulas oficinais e magistrais, obedecida a Art. 18. É facultado à farmácia ou drogaria manter serviço
farmacotécnica homeopática. de atendimento ao público para aplicação de injeções a
Parágrafo único. A manipulação de medicamentos cargo de técnico habilitado, observada a prescrição médica.
homeopáticos não constantes das farmacopéias ou dos § 1º Para efeito deste artigo o estabelecimento deverá ter
formulários homeopáticos depende de aprovação do órgão local privativo, equipamento e acessório apropriados, e
sanitário federal. cumprir os preceitos sanitários pertinentes.
Art. 11. O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e § 2º A farmácia poderá manter laboratório de análises
Farmácia baixará instruções sobre o receituário, utensílios, clínicas, desde que em dependência distinta e separada, e
equipamentos e relação de estoque mínimo de produtos sob a responsabilidade técnica do farmacêutico
homeopáticos. bioquímico.
Art. 12. É permitido às farmácias homeopáticas manter Art. 19. Não dependerão de assistência técnica e
seções de vendas de correlatos e de medicamentos não responsabilidade profissional o posto de medicamentos, a
homeopáticos quando apresentados em suas embalagens unidade volante e o supermercado, o armazém e o
originais. empório, a loja de conveniência e a drugstore. (OBS.:
Art. 13. Dependerá da receita médica a dispensação de Redação dada pela Lei número 9.069, de 29/06/1995)
medicamentos homeopáticos, cuja concentração de Art. 20. A cada farmacêutico será permitido exercer a
substância ativa corresponda às doses máximas direção técnica de, no máximo, duas farmácias, sendo uma
farmacologicamente estabelecidas. comercial e uma hospitalar.
Art. 14. Nas localidades desprovidas de farmácia CAPÍTULO V
homeopática, poderá ser autorizado o funcionamento de Do Licenciamento
posto de medicamentos homeopáticos ou a dispensação Art. 21. O comércio, a dispensação, a representação ou
dos produtos em farmácia alopática. distribuição e a importação ou exportação de drogas,
CAPÍTULO IV medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos será
Da Assistência e Responsabilidade Técnicas exercido somente por empresas e estabelecimentos
Art. 15. A farmácia, a drogaria e as distribuidoras (Artigo licenciados pelo órgão sanitário competente dos Estados,
11 da MP nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001) terão, do Distrito Federal e dos Territórios, em conformidade
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com a legislação supletiva a ser baixada pelos mesmos, Art. 31. Para o efeito de controle estatístico o órgão
respeitadas as disposições desta Lei. sanitário competente dos Estados, do Distrito Federal e dos
Art. 22. O pedido da licença será instruído com: Territórios enviará ao Serviço Nacional de Fiscalização da
a) prova de constituição da empresa; Medicina e Farmácia do Ministério da Saúde, anualmente,
b) prova de relação contratual entre a empresa e seu até 30 de junho, a relação numérica dos licenciamentos,
responsável técnico, quando for o caso; das revalidações e baixas concedidas às empresas e
c) prova de habilitação legal do responsável técnico, estabelecimentos de que trata o Art.21.
expedida pelo Conselho Regional de Farmácia. Art. 32. As licenças poderão ser suspensas, cassadas, ou
Art. 23. São condições para a licença: canceladas no interesse da saúde pública, mediante
a) localização conveniente, sob o aspecto sanitário; despacho fundamentado da autoridade competente,
b) instalações independentes e equipamentos que assegurado o direito de defesa em processo administrativo,
satisfaçam aos requisitos técnicos adequados à instaurado pelo órgão sanitário.
manipulação e comercialização pretendidas; Art. 33. O estabelecimento de dispensação que deixar de
c) assistência de técnico responsável, de que trata o Art. 15 funcionar por mais de cento e vinte dias terá sua licença
e seus parágrafos, ressalvadas as exceções previstas nesta cancelada.
Lei. Art. 34. Os estabelecimentos referidos nos itens X e XI, do
Parágrafo único. A legislação supletiva dos Estados, do Art.4 desta Lei, poderão manter sucursais e filiais que, para
Distrito Federal e dos Territórios poderá reduzir as efeito de licenciamento, instalação e responsabilidade
exigências sobre a instalação e equipamentos, para o serão considerados como autônomos.
licenciamento de estabelecimentos destinados à assistência CAPÍTULO VI
farmacêutica no perímetro suburbano e zona rural. Do Receituário
Art. 24. A licença, para funcionamento do estabelecimento, Art. 35. Somente será aviada a receita:
será expedida após verificação da observância das a) que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e
condições fixadas nesta Lei e na legislação supletiva. de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de
Art. 25. A licença é válida pelo prazo de um ano e será pesos e medidas oficiais;
revalidada por períodos iguais e sucessivos. b) que contiver o nome e o endereço residencial do
Parágrafo único. A revalidação de licença deverá ser paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação;
requerida nos primeiros 120 (cento e vinte) dias de cada c) que contiver a data e a assinatura do profissional,
exercício. (OBS.: Redação dada pela Lei número 6.318, de endereço do consultório ou da residência, e o número de
22 de dezembro de 1975.) inscrição no respectivo Conselho profissional.
Art. 26. A revalidação somente será concedida após a Parágrafo único. O receituário de medicamentos
verificação do cumprimento das condições sanitárias entorpecentes ou a estes equiparados e os demais sob
exigidas para o licenciamento do estabelecimento, através regime de controle, de acordo com a sua classificação,
de inspeção. obedecerá às disposições da legislação federal específica.
Art. 27. A transferência da propriedade e a alteração da Art. 36. A receita de medicamentos magistrais e oficinais,
razão social ou do nome do estabelecimento não preparados na farmácia, deverá ser registrada em livro de
interromperá o prazo de validade da licença, sendo porém receituário.
obrigatória a comunicação das alterações referidas e a Art. 37. A farmácia, a drogaria e o dispensário de
apresentação dos atos que as comprovem, para averbação. medicamentos terão livro, segundo modelo oficial,
Art. 28. A mudança do estabelecimento para local diverso destinado ao registro do receituário de medicamentos sob
do previsto no licenciamento dependerá de licença prévia regime de controle sanitário especial.
do órgão sanitário competente e do atendimento das Parágrafo único. O controle do estoque dos produtos de
normas exigidas para o licenciamento. que trata o presente artigo será feito mediante registro
Art. 29. O posto de medicamentos de que trata o item XIII, especial, respeitada a legislação específica para os
do Art.4, terá as condições de licenciamento estabelecidas entorpecentes e os a estes equiparados, e as normas
na legislação supletiva dos Estados, do Distrito Federal e baixadas pelo Serviço Nacional de Fiscalização da
dos Territórios. Medicina e Farmácia.
Art. 30. A fim de atender às necessidades e peculiaridades Art. 38. A farmácia e a drogaria disporão de rótulos
de regiões desprovidas de farmácia, drogaria e posto de impressos para uso nas embalagens dos produtos aviados,
medicamentos consoante legislação supletiva dos Estados, deles constando o nome e endereço do estabelecimento, o
do Distrito Federal e dos Territórios, o órgão sanitário número da licença sanitária, o nome do responsável técnico
competente poderá licenciar unidade volante para a e o número do seu registro no Conselho Regional de
dispensação de medicamentos, constantes de relação Farmácia.
elaborada pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Parágrafo único. Além dos rótulos a que se refere o
Medicina e Farmácia. presente artigo, a farmácia terá impressos com os dizeres:
§ 1º A dispensação será realizada em meios de transportes Uso Externo, Uso Interno, Agite quando Usar, Uso
terrestres, marítimos, fluviais, lacustres ou aéreos, que Veterinário e Veneno.
possuam condições adequadas à guarda dos medicamentos. Art. 39. Os dizeres da receita serão transcritos
§ 2º A licença prevista neste artigo será concedida a título integralmente no rótulo aposto ao continente ou invólucro
provisório e cancelada tão logo se estabeleça uma farmácia do medicamento aviado, com a data de sua manipulação,
na região.
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número de ordem do registro de receituário, nome do interditar o estoque existente no local, até o prazo máximo
paciente e do profissional que a prescreveu. de sessenta dias, findo os quais o estoque ficará
Parágrafo único. O responsável técnico pelo automaticamente liberado, salvo se houver notificação em
estabelecimento rubricará os rótulos das fórmulas aviadas e contrário.
bem assim a receita correspondente para devolução ao § 1º No caso de interdição do estoque, a autoridade
cliente ou arquivo, quando for o caso. fiscalizadora lavrará o auto de interdição correspondente
Art. 40. A receita em código, para aviamento na farmácia que assinará, com o representante legal da empresa e o
privativa da instituição, somente poderá ser prescrita por possuidor ou detentor do produto, ou seu substituto legal e,
profissional vinculado à unidade hospitalar. na ausência ou recusa destes, por duas testemunhas,
Art. 41. Quando a dosagem do medicamento prescrito especificado no auto a natureza e demais características do
ultrapassar os limites farmacológicos ou a prescrição produto interditado e o motivo da interdição.
apresentar incompatibilidades, o responsável técnico pelo § 2º A mercadoria interditada não poderá ser dada a
estabelecimento solicitará confirmação expressa ao consumo, desviada, alterada ou substituída no todo ou em
profissional que a prescreveu. parte, sob pena de ser apreendida, independentemente da
Art. 42. Na ausência do responsável técnico pela farmácia ação penal cabível.
ou de seu substituto, será vedado o aviamento de fórmula § 3º Para análise fiscal serão colhidas amostras que serão
que dependa de manipulação na qual figure substância sob colocadas em quatro invólucros, lavrando a autoridade
regime de controle sanitário especial. fiscalizadora o auto de apreensão, em quatro vias, que será
Art. 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob assinado pelo autuante, pelo representante legal da
regime de controle sanitário especial não poderá conter empresa, pelo possuidor ou detentor do produto, ou seu
rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar substituto legal, e, na ausência ou recusa destes, por duas
a verificação da sua autenticidade. testemunhas, especificado no auto a natureza e outras
CAPÍTULO VII características do material apreendido.
Da Fiscalização § 4º O número de amostras será limitado à quantidade
Art. 44. Compete aos órgãos de fiscalização sanitária dos necessária e suficiente às análises e exames.
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios a fiscalização § 5º Dos quatro invólucros, tornados individualmente
dos estabelecimentos de que trata esta Lei, para a invioláveis e convenientemente autenticados, no ato de
verificação das condições de licenciamento e apreensão, um ficará em poder do detentor do produto,
funcionamento. com a primeira via do respectivo auto para efeito de
§ 1º A fiscalização nos estabelecimentos de que trata o recursos; outro será remetido ao fabricante com a segunda
Art.2 obedecerá aos mesmos preceitos fixados para o via do auto para defesa, em caso de contraprova; o terceiro
controle sanitário dos demais. será enviado, no prazo máximo de cinco dias, ao
§ 2º Na hipótese de ser apurada infração ao disposto nesta laboratório oficial, com a terceira via do auto de apreensão
Lei e demais normas pertinentes, os responsáveis ficarão para a análise fiscal e o quarto ficará em poder da
sujeitos às sanções previstas na legislação penal e autoridade fiscalizadora, que será responsável pela
administrativa, sem prejuízo da ação disciplinar decorrente integridade e conservação da amostra.
do regime jurídico a que estejam submetidos. § 6º O laboratório oficial terá o prazo de trinta dias,
Art. 45. A fiscalização sanitária das drogas, medicamentos, contados da data do recebimento da amostra, para efetuar a
insumos farmacêuticos e correlatos será exercida nos análise e os exames.
estabelecimentos que os comerciem, pelos Estados, § 7º Quando se tratar de amostras de produtos perecíveis
Distrito Federal e Territórios, através de seus órgãos em prazo inferior ao estabelecido no § anterior, a análise
competentes. deverá ser feita de imediato.
Art. 46. No caso de dúvida quanto aos rótulos, bulas e ao § 8º O prazo previsto no § 6 poderá ser prorrogado,
acondicionamento de drogas, medicamentos, insumos excepcionalmente, até quinze dias, por razões técnicas
farmacêuticos e correlatos, a fiscalização apreenderá duas devidamente justificadas.
unidades de produto, das quais uma será remetida para Art. 48. Concluída a análise fiscal, o laboratório oficial
exame no órgão sanitário competente, ficando a outra em remeterá imediatamente o laudo respectivo à autoridade
poder do detentor do produto, lavrando-se o termo de fiscalizadora competente, que procederá de acordo com a
apreensão, em duas vias, que será assinado pelo agente conclusão do mesmo.
fiscalizador e pelo responsável técnico pelo § 1º Se o resultado da análise fiscal não comprovar
estabelecimento, ou seu substituto eventual e, na ausência alteração do produto, este será desde logo liberado.
deste, por duas testemunhas. § 2º Comprovada a alteração, falsificação, adulteração ou
Parágrafo único. Constatada a irregularidade pelo órgão fraude, será lavrado, de imediato, auto de infração e
sanitário competente, será lavrado auto de infração, notificada a empresa para início do processo.
aplicando-se as disposições constantes do Decreto-Lei § 3º O indiciado terá o prazo de dez dias, contados da
número 785, de 25 de agosto de 1969. notificação, para apresentar defesa escrita ou contestar o
Art. 47. Para efeito de análise fiscal, proceder-se-á, resultado da análise, requerendo, na segunda hipótese,
periodicamente, à colheita de amostras dos produtos e perícia de contraprova.
materiais, nos estabelecimentos compreendidos nesta Lei, § 4º A notificação do indiciado será feita por intermédio de
devendo a autoridade fiscalizadora, como medida funcionário lotado no órgão sanitário competente ou
preventiva, em caso de suspeita de alteração ou fraude, mediante registro postal e, no caso de não ser localizado ou
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encontrado, por meio de edital publicado no órgão oficial comunicará o fato ao Conselho Regional de Farmácia da
de divulgação. jurisdição.
§ 5º Decorrido o prazo de que trata o § 3 deste artigo, sem Art. 53. Não poderá ter exercício nos órgãos de
que o notificado apresente defesa ou contestação ao fiscalização sanitária o servidor público que for sócio ou
resultado da análise, o laudo será considerado definitivo e acionista de qualquer categoria, ou que prestar serviços a
proferida a decisão pela autoridade sanitária competente, empresa ou estabelecimento que explore o comércio de
consoante o disposto no Decreto-lei número 785, de 25 de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.
agosto de 1969. CAPÍTULO VIII
Art. 49. A perícia de contraprova será realizada no Disposições Finais e Transitórias
laboratório oficial que expedir o laudo condenatório, com a Art. 54. O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
presença do perito que efetuou a análise fiscal, do perito Farmácia baixará normas sobre:
indicado pela empresa e do perito indicado pelo órgão a) a padronização do registro do estoque e da venda ou
fiscalizador, utilizando-se as amostras constantes do dispensação dos medicamentos sob controle sanitário
invólucro em poder do detentor. especial, atendida a legislação pertinente;
§ 1º A perícia de contraprova será iniciada até quinze dias b) os estoques mínimos de determinados medicamentos
após o recebimento da defesa apresentada pelo indiciado, e nos estabelecimentos de dispensação, observado o quadro
concluída nos quinze dias subseqüentes, salvo se condições nosológico local;
técnicas exigirem prazo maior. c) os medicamentos e materiais destinados a atendimento
§ 2º Na data fixada para a perícia de contraprova, o perito de emergência, incluídos os soros profiláticos.
do indiciado apresentará o invólucro de amostras em seu Art. 55. É vedado utilizar qualquer dependência da
poder. farmácia ou da drogaria como consultório, ou outro fim
§ 3º A perícia de contraprova não será realizada se houver diverso do licenciamento.
indício de alteração ou violação dos invólucros, lavrando- Art. 56. As farmácias e drogarias são obrigadas a plantão,
se ata circunstanciada sobre o fato, assinada pelos peritos. pelo sistema de rodízio, para atendimento ininterrupto à
§ 4º Na hipótese do § anterior, prevalecerá, para todos os comunidade, consoante normas a serem baixadas pelos
efeitos, o laudo de análise fiscal condenatória. Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios.
§ 5º Aos peritos serão fornecidos todos os informes Art. 57. Os práticos e oficiais de farmácia, habilitados na
necessários à realização da perícia de contraprova. forma da lei, que estiverem em plena atividade e provarem
§ 6º Aplicar-se-á à perícia de contraprova o mesmo método manter a propriedade ou co-propriedade de farmácia em 11
de análise empregado na análise fiscal condenatória, de novembro de 1960, serão provisionados pelo Conselho
podendo, porém, ser adotado outro método de reconhecida Federal e Conselhos Regionais de Farmácia para assumir a
eficácia, se houver concordância dos peritos. responsabilidade técnica do estabelecimento.
§ 7º Os peritos lavrarão termo e laudo do ocorrido na § 1º O prático e o oficial de farmácia nas condições deste
perícia de contraprova, que ficarão arquivados no artigo não poderão exercer outras atividades privativas da
laboratório oficial, remetendo sua conclusão ao órgão profissão de farmacêutico.
sanitário de fiscalização. § 2º O provisionamento de que trata este artigo será
Art. 50. Confirmado pela perícia de contraprova o efetivado no prazo máximo de noventa dias, a contar da
resultado da análise fiscal condenatória, deverá a data de entrada do respectivo requerimento, devidamente
autoridade sanitária competente, ao proferir a sua decisão, instruído.
determinar a inutilização do material ou produto, Art. 58. Ficam revogados os Decretos do Governo
substância ou insumo, objeto de fraude, falsificação ou Provisório números 19.606, de 19 de janeiro de 1931;
adulteração, observado o disposto no Decreto-lei número 20.627, de 9 de novembro de 1931, que retificou o
785, de 25 de agosto de 1969(*). primeiro; 20.377, de 8 de setembro de 1931, ressalvados
Art. 51. Em caso de divergência entre os peritos quanto ao seus artigos 2 e 3, e a Lei número 1.472, de 22 de
resultado da análise fiscal condenatória ou discordância novembro de 1951.
entre os resultados dessa última com a da perícia de Art. 59. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
contraprova, caberá recurso da parte interessada ou do publicação, revogadas as disposições em contrário.
perito responsável pela análise condenatória à autoridade Brasília, 17 de dezembro de 1973, 152º da Independência e
competente, devendo esta determinar a realização de novo 85º da República.
exame pericial sobre a amostra em poder do laboratório EmílioG.Médic
oficial de controle. Mário Lemos
§ 1º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto (*) O Decreto-Lei nº 785, de 25.8.69, foi revogado pela Lei
no prazo de dez dias, contados da data da conclusão da nº 6.437, de 20.8.77, publicada no DOU de 24.88.77.
perícia de contraprova.
§ 2º A autoridade que receber o recurso deverá decidir
sobre o mesmo no prazo de dez dias, contados da data do
seu recebimento.
§ 3º Esgotado o prazo referido no § 2, sem decisão do
recurso, prevalecerá o resultado da perícia de contraprova.
Art. 52. Configurada infração por inobservância de
preceitos ético- profissionais, o órgão fiscalizador
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creme para as mãos e similares, máscaras faciais, loções de
beleza, soluções leitosas, cremosas e adstringentes, loções
Lei nº 6360 de 23/09/1976 para as mãos, bases de maquilagem e óleos cosméticos,
Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os ruges, bluches, baton, lápis labiais, preparados anti-solares,
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e bronzeadores e simulatórios, rimeis, sombras,
correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá delineadores, tinturas capilares, agentes clareadores de
outras providências. cabelos, preparados para ondular e para alisar cabelos,
fixadores de cabelos, laquês, brilhantinas e similares,
O Presidente da República loções capilares, depilatórios e epilatórios, preparados
para unhas e outros.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu VI - Corantes - Substâncias adicionais aos medicamentos,
sanciono a seguinte Lei: produtos dietéticos, cosméticos, perfumes, produtos de
higiene e similares, saneantes domissanitários e similares,
TITULO I com o efeito de lhes conferir cor e, em determinados tipos
Disposições Preliminares de cosméticos, transferi-la para a superfície cutânea e
anexos da pele.
(Normas de vigilância sanitária - abrangência) VII - Saneantes Domissanitários - substâncias ou
preparações destinadas à higienização, desinfecção ou
Art. 1o. - Ficam sujeitos às normas de vigilância sanitária desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e/ou
instituídas por esta Lei os medicamentos, as drogas, os públicos, em lugares de uso comum e no tratamento da
insumos farmacêuticos e correlatos, definidos na Lei no. água compreendendo:
5.991 de 17 de dezembro de 1973, bem como os produtos a) Inseticidas - destinados ao combate, à prevenção e ao
de higiene, os cosméticos, perfumes, saneantes controle dos insetos em habilitações, recintos e lugares de
domissanitários, produtos destinados à correção estética e uso público e suas cercanias;
outros adiante definidos. b) Raticidas - destinados ao combate a ratos, camundongos
(Licença do órgão sanitário às empresas) e outros roedores, em domicílios, embarcações, recintos e
Art. 2o. - Somente poderão extrair, produzir, fabricar, lugares de uso público, contendo substâncias ativas,
transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar, isoladas ou em associação, que não ofereçam risco à vida
reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir os ou à saúde do homem e dos animais úteis de sangue
produtos de que trata o art. 1º. as empresas para tal fim quente, quando aplicados em conformidade com as
autorizadas pelo Ministério da Saúde e cujos recomendações contidas em sua apresentação;
estabelecimentos hajam sido licenciados pelo órgão c) Desinfetantes - destinados a destruir, indiscriminada ou
sanitário das Unidades Federativas em que se localizem. seletivamente, microorganismos, quando aplicados em
(Conceitos para efeitos desta lei) objetos inanimados ou ambientes;
Art. 3o. - Para os efeitos desta Lei, além das definições d) Detergentes - destinados a dissolver gorduras e à higiene
estabelecidas nos incisos I, II, III, IV, V e VII do art. 4o. da de recipientes e vasilhas, e a aplicações de uso doméstico.
Lei no. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, são adotadas VIII - Rótulo - Identificação impressa ou litografada, bem
as seguintes: como os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou
I - Produtos Dietéticos - Produtos tecnicamente elaborados decalco, aplicados diretamente sobre recipientes,
para atender às necessidades dietéticas de pessoas em vasilhames, invólucros, envoltórios, cartuchos ou qualquer
condições fisiológicas especiais. outro protetor de embalagem.
II - Nutrimentos - Substâncias constituintes dos alimentos IX - Embalagem - Invólucro, recipiente ou qualquer forma
de valor nutricional, incluindo proteínas, gorduras, hidratos de acondicionamento, removível ou não, destinada a
de carbono, água, elementos minerais e vitaminas. cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter,
III - Produtos de Higiene - Produtos para uso externo, anti- especificamente ou não, os produtos de que trata esta Lei.
sépticos ou não, destinados ao asseio ou à desinfecção X - Registro - Inscrição, em livro próprio, após o despacho
corporal, compreendendo os sabonetes, xampus, concessivo do dirigente do órgão do Ministério da Saúde,
dentifrícios, enxaguatórios bucais, antiperspirantes, sob número de ordem, dos produtos de que trata esta Lei,
desodorantes, produtos para barbear e após o barbear, com a indicação do nome, fabricante, da procedência,
estípticos e outros. finalidade e dos outros elementos que os caracterizem.
IV - Perfumes - Produtos de composição aromática obtida XI - Fabricação - Todas as operações que se fazem
à base de substâncias naturais ou sintéticas, que, em necessárias para a obtenção dos produtos abrangidos por
concentrações e veículos apropriados, tenham como esta Lei.
principal finalidade a odorização de pessoas ou ambientes, XII - Matérias-Primas - Substâncias ativas ou inativas que
incluídos os extratos, as águas perfumadas, os perfumes se empregam na fabricação de medicamentos e de outros
cremosos, preparados para banho e os odorizantes de produtos abrangidos por esta Lei, tanto as que
ambientes, apresentados em forma líquida, geleificada, permanecerem inalteradas quanto as passíveis de sofrer
pastosa ou sólida. modificações.
V - Cosméticos - Produtos para uso externo, destinados à XIII - Lote ou Partida - Quantidade de um medicamento ou
proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do produto abrangido por esta Lei, que se produz em um ciclo
corpo, tais como pós faciais, talcos, cremes de beleza, de fabricação, e cuja característica essencial é a
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homogeneidade. (Suspeita de efeitos nocivos à saúde)
XIV - Número do Lote - Designação impressa na etiqueta Art. 7o. - Como medida de segurança sanitária e à vista de
de um medicamento e de produtos abrangidos por esta Lei razoes fundamentadas do órgão competente, poderá o
que permita identificar o lote ou a partida a que pertençam Ministério da Saúde, a qualquer momento, suspender a
e, em caso de necessidade, localizar e rever todas as fabricação e venda de qualquer dos produtos de que trata
operações de fabricação e inspeção praticadas durante esta Lei, que embora registrado, se torne suspeito de ter
a produção. efeitos nocivos à saúde humana.
XV - Controle de Qualidade - Conjunto de medidas (Técnico habilitado - assistência e responsabilidade)
destinadas a garantir a qualquer momento, a produção de Art. 8o. - Nenhum estabelecimento que fabrique ou
lotes de medicamentos e demais produtos abrangidos por industrialize produto abrangido por esta Lei poderá
esta Lei que satisfaçam às normas de atividades, pureza, funcionar sem a assistência e responsabilidade efetivas de
eficácia e inocuidade. técnico legalmente habilitado.
XVI - Produto Semi-Elaborado - Toda substancia ou (Estabelecimentos da Administração Pública –
mistura de substâncias ainda sob o processo de fabricação. independem de licença)
XVII - Pureza - Grau em que uma droga determinada Art. 9o. - Independem de licença para funcionamento os
contém outros materiais estranhos. estabelecimentos abrangidos por esta Lei, integrantes da
(Produtos para uso infantil) Administração Pública ou por ela instituídos, ficando
Art. 4o. - Os produtos destinados ao uso infantil não sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações,
poderão conter substâncias cáusticas ou irritantes, terão aos equipamentos e à assistência e responsabilidade
embalagens isentas de partes contundentes e não poderão técnicas.
ser apresentados sob a forma de aerosol. Parágrafo único - Para fins de controle sanitário, previsto
(Registro de produtos) na legislação em vigor, é obrigatória a comunicação, pelos
Art. 5o. - Os produtos de que trata esta Lei não poderão ter órgãos referidos neste artigo, ao Ministério da Saúde, da
nomes ou designações que induzam a erro. (Redação dada existência ou instalação de estabelecimentos de que trata a
pela Lei no. 6.480, de 1o. de dezembro de 1977.) presente Lei.
§ 1o. - E vedada a adoção de nome igual ou assemelhado (Importação de produtos - depende de autorização do
para produtos de diferente composição, ainda que do Ministério da Saúde)
mesmo fabricante, assegurando- se a prioridade do registro Art. 10 - E vedada a importação de medicamentos, drogas,
com a ordem cronológica da entrada dos pedidos na insumos farmacêuticos e demais produtos de que trata esta
repartição competente do Ministério da Saúde, quando Lei, para fins industriais e comerciais, sem prévia e
inexistir registro anterior. expressa manifestação favorável do Ministério da
§ 2o. - Poderá ser aprovado o nome de produto cujo Saúde.
registro for requerido posteriormente, desde que denegado Parágrafo único - Compreendem-se nas exigências deste
pedido de registro anterior, por motivos de ordem artigo as aquisições ou doações que envolvam pessoas de
técnicaou científica. direito público e privado, cuja quantidade e qualidade
§ 3o. - Comprovada a colidência de marcas, deverá ser possam comprometer a execução de programas nacionais
requerida a modificação do nome ou designação do de saúde.
produto, no prazo de 90 (noventa) dias da data da (Embalagem de produtos farmacêuticos)
publicação do despacho no Diário Oficial da União, sob Art. 11 - As drogas, os medicamentos e quaisquer insumos
pena de indeferimento do registro. (Alterado pela Lei no. farmacêuticos, correlatos, produtos de higiene, cosméticos
6.480, de 1o. de dezembro de 1977.) e saneantes domissanitários, importados ou não, somente
Parágrafo 4o. - Sem prejuízo do disposto neste artigo, os serão entregues ao consumo nas embalagens originais ou
medicamentos contendo uma única substância ativa em outras previamente autorizadas pelo Ministério da
sobejamente conhecida, a critério do Ministério da Saúde, Saúde.
e os imunoterápicos, drogas e insumos farmacêuticos § 1o. - Para atender ao desenvolvimento de planos e
deverão ser identificados pela denominação constante da programas do Governo Federal, de produção e distribuição
Farmacopéia Brasileira, não podendo, em hipótese alguma, de medicamentos à população carente de recursos, poderá
ter nomes ou designações de fantasia. o Ministério da Saúde autorizar o emprego de embalagens
(Produtos nocivos à saúde) ou reembalagens especiais, que, sem prejuízo da pureza e
Art. 6o. - A comprovação de que determinado produto, até eficácia do produto, permitam a redução dos custos.
então considerado útil, é nocivo à saúde ou não preenche § 2o. - Os produtos importados, cuja comercialização no
requisitos estabelecidos em lei implica a sua imediata mercado interno independa de prescrição médica, terão
retirada do comércio e a exigência da modificação da acrescentados, na rotulagem, dizeres esclarecedores, no
fórmula de sua composição e os dizeres dos rótulos, das idioma português, sobre sua composição, suas indicações e
bulas e embalagens, sob pena de cancelamento do registro seu modo de usar.
e da apreensão do produto, em todo o território nacional.
TITULO II
Parágrafo único - E atribuição exclusiva do Ministério da Do Registro
Saúde o registro e a permissão do uso dos medicamentos, (Registro - prazo de validade - revalidação - caducidade)
bem como a aprovação ou exigência de modificação dos Art. 12 - Nenhum dos produtos de que trata esta Lei,
seus componentes. inclusive os importados, poderá ser industrializado,
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exposto à venda ou entregue ao consumo antes de seguintes requisitos específicos:
registrado no Ministério da Saúde. I - Que o produto obedeça ao disposto no artigo 5o. e seus
§ 1o. - O registro a que se refere este artigo terá validade parágrafos. (Redação da Lei no. 6.480/77.)
por 5 (cinco) anos e poderá ser revalidado por períodos II - Que o produto através de comprovação científica e de
iguais e sucessivos, mantido o número do registro inicial. análise seja reconhecido como seguro e eficaz para o uso a
§ 2o. - Executa-se do disposto no parágrafo anterior a que se propõe, e possua a identidade, atividade, qualidade,
validade do registro e da revalidação do registro dos pureza e inocuidade necessárias.
produtos dietéticos, cujo prazo é de 2 (dois) anos. III - Tratando-se de produto novo, que sejam oferecidos
§ 3o. - O registro será concedido no prazo máximo de 90 das amplas informações sobre a sua composição e o seu
(noventa) dias, a contar da data de entrega do uso, para avaliação de sua natureza e determinação do grau
requerimento, salvo nos casos de inobservância desta Lei de segurança e eficácia necessários.
ou de seu s regulamentos. IV - Apresentação, quando solicitada , de amostra para
§ 4o. - Os atos referentes à revalidação do registro somente análises e experiências que sejam julgadas necessárias
produzirão efeitos a partir da data da publicação no Diário pelos órgãos competentes do Ministério da Saúde.
Oficial da União. V - Quando houver substância nova na composição do
§ 5o. - A concessão do registro e de sua revalidação, e as medicamento, entrega de amostra acompanhada dos dados
análises prévia e de controle, quando for o caso, ficam químicos e físico- químicos que a identifiquem.
sujeitas ao pagamento de preços públicos, referido no art. VI - Quando se trate de droga ou medicamento cuja
82. elaboração necessite de aparelhagem técnica e específica,
§ 6o. - A revalidação do registro deverá ser requerida no prova de que o estabelecimento se acha devidamente
primeiro semestre do último ano do quinquênio de equipado e mantém pessoal habilitado ao seu manuseio ou
validade, considerando-se automaticamente revalidado, contrato com terceiros para essa finalidade.
independentemente de decisão, se não houver sido esta (Indeferimento de pedido de registro)
proferida até a data do término daquela. Art. 17 - O registro dos produtos de que trata este Título
§ 7o. - Será declarada a caducidade do registro do produto será negado sempre que não atendidas as condições, as
cuja revalidação não tenha sido solicitada no prazo exigências e os procedimentos para tal fim previstos em
referido no § 6o. Deste artigo. lei, regulamento ou instrução do órgão competente.
§ 8o. - Não será revalidado o registro do produto que não (Procedência estrangeira - requisitos para o registro)
for industrializado no primeiro período de validade. Art. 18 - O registro de drogas, medicamentos e insumos
§ 9o. - Constará obrigatoriamente do registro de que trata farmacêuticos de procedência estrangeira dependerá, além
este artigo a fórmula da composição do produto, com a das condições, das exigências e dos procedimentos
indicação dos ingredientes utilizados e respectiva dosagem. previstos nesta Lei e seu Regulamento, da comprovação de
(Modificações no produto - autorização prévia do que já é registrado no país de origem.
Ministério da Saúde) (Modificações - pedido de permissão ao Ministério da
Art. 13 - Qualquer modificação de fórmula, alteração de Saúde)
elementos de composição ou de seus quantitativos, adição, Art. 19 - Será cancelado o registro de drogas,
subtração ou inovação introduzida na elaboração do medicamentos e insumos farmacêuticos, sempre que
produto, dependerá de autorização prévia e expressa do efetuada modificação não autorizada em sua fórmula,
Ministério da Saúde e será desde logo averbada no registro. dosagem, condições de fabricação, indicação de aplicações
(Produtos já registrados na data desta lei) e especificações enunciadas em bulas, rótulos ou
Art. 14 - Ficam excluídos, das exigências previstas nesta publicidade.
Lei os nomes ou designações de fantasia dos produtos Parágrafo único - Havendo necessidade de serem
licenciados e industrializados anteriormente à sua vigência. modificadas a composição, posologia ou as indicações
(Redação da Lei no. no. 6.480, de 1o. de dezembro de terapêuticas de produto farmacêutico tecnicamente
1977.) elaborado, a empresa solicitará a competente permissão ao
(Indeferimento de pedido de registro) Ministério da Saúde, instruindo o pedido conforme o
Art. 15 - O registro dos produtos de que trata esta Lei será previsto no regulamento desta Lei.
negado sempre que não atendidas as condições, as (Medicamentos similares)
exigências e os procedimentos para tal fim previstos em Art. 20 - Somente será registrado o medicamento cuja
Lei, regulamento ou instrução do órgão competente. preparação necessite cuidados especiais de purificação,
dosagem, esterilização ou conservação, quando:
TITULO III I - tiver em sua composição substância nova;
Do Registro de Drogas, Medicamentos e Insumos II - tiver em sua composição substância conhecida, à qual
Farmacêuticos seja dada aplicação nova ou vantajosa em terapêutica;
(Requisitos para registro de drogas, medicamentos e III - apresentar melhoramento de fórmula ou forma, sob o
insumos farmacêuticos) ponto de vista farmacêutico e/ ou terapêutico.
Art. 16 - O registro de drogas, medicamentos e insumos Parágrafo único - Fica assegurado o direito de registro de
farmacêuticos, dadas as suas características sanitárias, medicamentos similares a outros já registrados, desde que
medicamentosas ou profiláticas, curativas, paliativas, ou satisfaçam as exigências estabelecidas nesta Lei.
mesmo para fins de diagnóstico, fica sujeito, além do (Substância benéfica clínica ou terapêutica)
atendimento das exigências regulamentares próprias, aos Art. 21 - Não poderá ser registrado o medicamento que não
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tenha em sua composição substância reconhecidamente Ministério da Saúde, ficando, porém, sujeitos, para os
benéfica do ponto de vista clínico ou terapêutico. demais efeitos desta Lei e seu regulamento, a regime de
(Substâncias entorpecentes) vigilância sanitária.
Art. 22 - As drogas, os medicamentos e insumos § 2o. - O Regulamento desta Lei prescreverá as condições,
farmacêuticos que contenham substâncias entorpecentes ou as exigências e os procedimentos concernentes ao registro
determinem dependência física ou psíquica, estando dos aparelhos, instrumentos ou acessórios de que trata
sujeitos ao controle especial previsto no Decreto-Lei este artigo.
número 753, de 11 de agosto de 1969, bem como em
outros diplomas legais, regulamentos e demais normas TITULO V
pertinentes, e os medicamentos em geral, só serão
registrados se, além do atendimento das condições, das Do Registro de Cosméticos, Produtos de Higiene,
exigências e do procedimento estabelecidos nesta Lei e seu Perfumes e outros
regulamento, suas embalagens e sua rotulagem se (Cosméticos - finalidades)
enquadrarem nos padrões aprovados pelo Ministério da Art. 26 - Somente serão registrados como cosméticos,
Saúde. produtos para higiene pessoal, perfumes e outros de
natureza e finalidade semelhantes, os produtos que se
(Isenção de registro) destinem a uso externo ou no ambiente, consoante suas
Art. 23 - Estão isentos de registro: finalidades estética, protetora, higiênica ou odorífera, sem
I - os produtos cujas fórmulas estejam inscritas na causar irritações à pele nem danos à saúde.
Farmacopéia Brasileira, no codex ou nos formulários (Cosméticos - requisitos para o registro)
aceitos pelo Ministério da Saúde; Art. 27 - Além de sujeito às exigências regulamentares
II - os preparados homeopáticos constituídos por simples próprias, o registro dos cosméticos, dos produtos
associações de tinturas ou por incorporação a substâncias destinados à higiene pessoal, dos perfumes e demais, de
sólidas; finalidade congênere, dependerá da satisfação das
III - os solutos concentrados que sirvam para a obtenção seguintes exigências:
extemporânea de preparações farmacêuticas e industriais, I - Enquadrar-se na relação de substâncias declaradas
considerados produtos oficinais; inócuas, elaborada pelo órgão competente do Ministério da
IV - os produtos equiparados aos oficinais, cujas fórmulas Saúde e publicada no Diário Oficial da União, a qual
não se achem inscritas na Farmacopéia ou nos formulários, conterá as especificações pertinentes a cada categoria, bem
mas sejam aprovados e autorizados pelo Ministério da como às drogas, aos insumos, às matérias-primas, aos
Saúde. corantes, aos solventes e aos demais permitidos em sua
Parágrafo único - O disposto neste artigo não exclui a fabricação.
obrigatoriedade, para a comercialização dos produtos nele II - Não se enquadrando na relação referida no inciso
referidos, do encaminhamento, pela empresa, ao Ministério anterior, terem reconhecida a inocuidade das respectivas
da Saúde, das informações e dos dados elucidativos sobre fórmulas, em pareceres conclusivos, emitidos pelos órgãos
os soluto injetáveis. competentes, de análise e técnico, do Ministério da Saúde.
(Medicamentos novos para uso experimental) Parágrafo único - A relação de substância a que se refere o
Art. 24 - Estão igualmente isentos de registro os inciso I deste artigo poderá ser alterada para exclusão de
medicamentos novos, destinados exclusivamente a uso substâncias que venham a ser julgadas nocivas à saúde, ou
experimental sob controle médico, podendo inclusive, ser para inclusão de outras, que venham a ser aprovadas.
importados mediante expressa autorização do Ministério da (Cosméticos com substâncias medicamentosas)
Saúde. Art. 28 - O registro dos cosméticos, produtos destinados à
Parágrafo único - A isenção prevista neste artigo só será higiene pessoal, e outros de finalidades idênticas, que
valida pelo prazo de até 3 (três) anos, findo o qual o contenham substâncias medicamentosas, embora em dose
produto ficará obrigado ao registro, sob pena de apreensão infraterapêutica, obedecerá às normas constantes dos
determinada pelo Ministério da Saúde. artigos 16 e suas alíneas 17, 18 e 19 e seu parágrafo único,
20 e 21 e do regulamento desta Lei.
TITULO IV (Cosméticos - rótulos - restrições de uso)
Do Registro de Correlatos Art. 29 - Somente será registrado produto referido no
artigo 26 que contenha em sua composição matéria-prima,
(Aparelhos, instrumentos e acessórios) solvente, corante ou insumos farmacêuticos, constantes da
Art. 25 - Os aparelhos, instrumentos e acessórios usados relação elaborada pelo órgão competente do Ministério da
em medicina, odontologia e atividades afins, bem como Saúde, publicada no Diário Oficial da União, desde que
nas de educação física, embelezamento ou correção ressalvadas expressamente nos rótulos e embalagens as
estética, somente poderão ser fabricados, ou importados, restrições de uso, quando for o caso, em conformidade com
para entrega ao consumo e exposição à venda, depois que o a área do corpo em que deva ser aplicado.
Ministério da Saúde se pronunciar sobre a obrigatoriedade Parágrafo único - Quando apresentados sob a forma de
ou não do registro. aerosol, os produtos referidos no artigo 26 só serão
§ 1o. - Estarão dispensados do registro os aparelhos, registrados se obedecerem aos padrões técnicos aprovados
instrumentos ou acessórios de que trata este artigo, que pelo Ministério da Saúde e as demais exigências e normas
figurem em relações para tal fim elaboradas pelo específicas.
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(Alteração de fórmula - aprovação pelo Ministério da (Fórmulas dos inseticidas - substâncias componentes)
Saúde) Art. 36 - Para fins de registro dos inseticidas, as
Art. 30 - Os cosméticos, produtos de higiene pessoal de substâncias componentes das fórmulas respectivas serão
adultos e crianças, perfumes e congêneres poderão ter consideradas:
alteradas suas fórmulas de composição desde que as I - solventes e diluentes, as empregadas como veículo nas
alterações sejam aprovadas pelo Ministério da Saúde, com preparações inseticidas;
base nos competentes laudos técnicos. II - propelentes, os agentes propulsores utilizados nas
(Alteração de fórmula - averbação no registro) preparações premidas.
Art. 31 - As alterações de fórmula serão objeto de (Solventes, diluentes e propelentes - relação)
averbação no registro do produto, conforme se dispuser em Art. 37 - O Ministério da Saúde elaborará e fará publicar
regulamento. no Diário Oficial da União a relação dos solventes,
(Corantes - inclusão e exclusão em lista) diluentes e propelentes permitidos, com as respectivas
Art. 32 - O ministério da Saúde fará publicar no Diário concentrações máximas.
Oficial da União a relação dos corantes naturais orgânicos, (Associação de inseticidas - permissão)
artificiais e sintéticos, incluindo seus sais e suas lacas, Art. 38 - Será permitida a associação de inseticidas, que
permitidos na fabricação dos produtos de que tratam os deverão ter, quando da mesma classe, as concentrações dos
artigos 29, parágrafo único, e 30. elementos ativos reduzidas proporcionalmente.
§ 1o. - Será excluído da relação a que se refere este artigo (Associações de inseticidas - requisitos)
todo e qualquer corante que apresente toxicidade ativa ou Art. 39 - As associações de inseticidas deverão satisfazer
potencial. os requisitos dispostos no artigo 35 e seu parágrafo único
§ 2o. - A inclusão e exclusão de corantes e suas quanto à toxicidade para animais submetidos a prova de
decorrências obedecerão a disposições constantes de eficiência.
regulamento. (Inseticidas - fins)
(continua no arquivo 6360B.3LE) Art. 40 - O registro dos inseticidas só será permitido
(Continuação da Lei 6360 de 23 de setembro de 1976) quando se destine:
I - à pronta aplicação por qualquer pessoa, para fins
TITULO VI domésticos;
II - à aplicação e manipulação por pessoa ou organização
Do Registro dos Saneantes Domissanitários especializada, para fins profissionais.
(Registro de saneantes domissanitários, desinfetantes e (Raticidas - registro - associações)
detergentes) Art. 41 - Registrar-se-ao como raticidas as preparações
Art. 33 - O registro dos saneantes domissanitários, dos cujas fórmulas de composição incluam substâncias ativas,
desinfetantes e detergentes obedecerá ao disposto em isolados ou em associação, em concentrações diversas e
regulamento e em normas complementares específicas. sob determinadas formas e tipos de apresentação.
(Inseticidas - requisitos para registro) Parágrafo único - As associações de substâncias raticidas
Art. 34 - Somente poderão ser registrados os inseticidas da mesma classe deverão ser reduzidas proporcionalmente
que: às concentrações de seus princípios ativos.
I - possam ser aplicados corretamente, em estrita (Registro de raticidas - regulamento)
observância às instruções dos rótulos e demais elementos Art. 42 - Aplica-se ao registro das preparações e
explicativos; substâncias raticidas o disposto nesta Lei, fixando-se em
II - não ofereçam qualquer possibilidade de risco à saúde regulamento e em instruções do Ministério da Saúde as
humana e à dos animais domésticos de sangue quente, nas demais exigências específicas atinentes a essa classe de
condições de uso previstas; produtos.
III - não sejam corrosivos ou prejudiciais às superfícies (Desinfetantes -registro)
tratadas. Art. 43 - O registro dos desinfetantes será efetuado
(Inseticidas - requisitos para registro) segundo o disposto no regulamento desta Lei e em
Art. 35 - Somente serão registrados os inseticidas: instruções expedidas pelo Ministério da Saúde.
I - apresentados segundo as formas previstas no (Detergentes e desinfetantes - equiparação aos produtos
regulamento desta Lei; domissanitários)
II - em cuja composição a substância inseticida e a Art. 44 - Para os fins desta Lei, são equiparados aos
sinérgica, naturais ou sintéticas, observem os índices de produtos domissanitários os detergentes e desinfetantes e
concentração adequados, estabelecidos pelo Ministério da respectivo congêneres, destinados à aplicação em objetos
Saúde; inanimados e em ambientes, ficando sujeitos às mesmas
III - cuja fórmula de composição atenda às precauções exigências e condições no concernente ao registro, à
necessárias, com vistas ao seu manuseio e as medidas industrialização, entrega ao consumo e fiscalização.
terapêuticas em caso de acidente, para a indispensável (Raticidas - entrega ao consumo)
preservação da vida humana, segundo as instruções do Art. 45 - A venda dos raticidas e sua entrega ao consumo
Ministério da Saúde. ficarão restritas, exclusivamente, aos produtos
Parágrafo único - O regulamento desta Lei fixará as classificados como de baixa e média toxicidade, sendo
exigências, as condições e os procedimentos referentes a privativo das empresas especializadas ou de órgãos e
registro de inseticidas. entidades da Administração Pública direta e indireta o
Revisada em 26.07.11 18
fornecimento e controle da aplicação dos classificados capacidade técnica, científica e operacional, e de outras
como de alta toxicidade. exigências dispostas em regulamentos e atos
administrativos pelo mesmo Ministério.
TITULO VII Parágrafo único - A autorização de que trata este artigo
Do Registro dos Produtos Dietéticos será válida para todo o território nacional e deverá ser
(Dietéticos - requisitos para registro) renovada sempre que ocorrer alteração ou inclusão de
Art. 46 - Serão registrados como produtos dietéticos os atividade ou mudança do sócio ou diretor que tenha a seu
destinados à ingestão oral, que, não enquadrados nas cargo a representação legal da empresa.
disposições do Decreto- Lei, número 986, de 21 de outubro (Estabelecimentos - licenciamento - requisitos)
de 1969, e respectivos regulamentos, tenham seu uso ou Art. 51 - O licenciamento, pela autoridade local, dos
venda dependentes de prescrição médica e se destinem: estabelecimentos industriais ou comerciais que exerçam as
I - a suprir necessidades dietéticas especiais; atividade de que trata esta Lei, dependerá de haver sido
II - a suplementar e enriquecer a alimentação habitual com autorizado o funcionamento da empresa pelo Ministério da
vitaminas, aminoácidos, minerais e outros elementos; Saúde e de serem atendidas, em cada estabelecimento, as
III - a iludir as sensações de fome, de apetite e de paladar, exigências de caráter técnico e sanitário estabelecidas em
substituindo os alimentos habituais nas dietas de restrição. regulamento e instruções do Ministério da Saúde, inclusive
(Dietéticos - constituição) no tocante à efetiva assistência de responsáveis técnicos
Art. 47 - Só serão registrados como dietéticos os produtos habilitados aos diversos setores de atividade.
constituídos por: Parágrafo único - Cada estabelecimento terá licença
I - alimentos naturais modificados em sua composição ou específica e independente, ainda que exista mais de um na
características; mesma localidade, pertencente à mesma empresa.
II - produtos naturais, ainda que não considerados (Estabelecimentos - exigências e condições)
alimentos habituais, contendo nutrimentos ou adicionados Art. 52 - A legislação local supletiva fixará as exigências e
deles; condições para o licenciamento dos estabelecimentos a que
III - produtos minerais ou orgânicos, puros ou associados, se refere esta Lei, observados os seguintes preceitos:
em condições de contribuir para a elaboração de regimes I - quando um só estabelecimento industrializar ou
especiais; comercializar produtos de natureza ou finalidade
IV - substâncias isoladas ou associadas, sem valor diferentes, será obrigatória a existência de instalações
nutritivo, destinadas a dietas de restrição; separadas para a fabricação e o acondicionamento dos
V - complementos alimentares contendo vitaminas, materiais, substâncias e produtos acabados;
minerais ou outros nutrimentos; II - localização adequada das dependências e proibição de
VI - outros produtos que, isoladamente ou em associação, residências ou moradia nos imóveis a elas destinados e nas
possam ser caracterizados como dietéticos pelo Ministério áreas adjacentes;
da Saúde. III - aprovação prévia, pelo órgão de saúde estadual, dos
(Dietéticos - forma de apresentação) projetos e das plantas dos edifícios e fiscalização da
Art. 48 - Os produtos dietéticos de que trata esta Lei respectiva observância.
poderão ser apresentados sob as formas usuais dos
produtos farmacêuticos, observadas a nomenclatura e as TITULO IX
características próprias aos mesmos. Da Responsabilidade Técnica
(Dietéticos - padrões internacionais) (Responsáveis técnicos - obrigatoriedade)
Art. 49 - Para assegurar a eficiência dietética mínima
necessária e evitar que sejam confundidos com os produtos Art. 53 - As empresas que exerçam as atividades previstas
terapêuticos, o teor dos componentes dos produtos nesta Lei ficam obrigadas a manter responsáveis técnicos
dietéticos, que justifique sua indicação em dietas especiais, legalmente habilitados, suficientes, qualitativa e
deverá obedecer os padrões aceitos internacionalmente, quantitativamente, para a adequada cobertura das diversas
conforme relações elaboradas pelo Ministério da Saúde. espécies de produção, em cada estabelecimento.
§ 1o. - Não havendo padrão estabelecido para os fins deste (Responsável técnico - atribuições)
artigo, a taxa de nutrimento dos produtos dietéticos Art. 54 - Caberá ao responsável técnico elaborar o relatório
dependerá de pronunciamento do Ministério da Saúde. a ser apresentado ao Ministério da Saúde, para fins de
§ 2o. - A proporção de vitaminas a adicionar aos produtos registro do produto, e dar assistência técnica efetiva ao
corresponderá aos padrões estabelecidos pelo Ministério da setor sob sua responsabilidade profissional.
Saúde. (Responsável técnico - cessação da assistência)
Art. 55 - Embora venha a cessar a prestação de assistência
TITULO VIII ao estabelecimento, ou este deixe de funcionar, perdurará
Da Autorização das Empresas e do Licenciamento dos por um ano, a contar da cessação, a responsabilidade do
Estabelecimentos profissional técnico pelos atos até então praticados.
(Empresas - autorização - Ministério da Saúde) (Responsabilidade - solidariedade da empresa)
Art. 50 - O funcionamento das empresas de que trata esta Art. 56 - Independentemente de outras cominações legais,
Lei dependerá de autorização do Ministério da Saúde, à inclusive penais, de que sejam passíveis os responsáveis
vista da indicação da atividade industrial respectiva, da técnicos e administrativos, a empresa responderá
natureza e espécie dos produtos e da comprovação da administrativa e civilmente por infração sanitária resultante
Revisada em 26.07.11 19
da inobservância desta Lei e de seus regulamentos e condições especiais de armazenamento e guarda, os
demais normas complementares. veículos utilizados no seu transporte deverão ser dotados
de equipamento que possibilite acondicionamento e
TITULO X conservação capazes de assegurar as condições de pureza,
Da Rotulagem e Publicidade segurança e eficácia do produto.
(Rotulagem - disposição em regulamento) Parágrafo único - Os veículos utilizados no transporte de
Art. 57 - O Poder Executivo disporá, em regulamento, drogas medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
sobre a rotulagem, as bulas, os impressos, as etiquetas, e os produtos dietéticos, de higiene, perfumes e similares
prospectos referentes aos produtos de que trata esta Lei. deverão ter asseguradas as condições de desinfecção e
(Propaganda -requisitos) higiene necessária à preservação da saúde humana.
Art. 58 - A propaganda, sob qualquer forma de divulgação
e meio de comunicação, dos produtos sob o regime desta TITULO XIII
Lei somente poderá ser promovida após autorização do Das Infrações e Penalidades
Ministério da Saúde, conforme se dispuser em (Alteração ou adulteração de medicamento droga e Insumo
regulamento. farmacêutico)
§ 1o. - Quando se tratar de droga, medicamento ou Art. 62 - Considera-se alterado, adulterado ou impróprio
qualquer outro produto com a exigência de venda sujeita a para o uso o medicamento, a droga e o Insumo
prescrição médica ou odontológica, a propaganda ficará farmacêutico:
restrita a publicações que se destinem exclusivamente à I - que houver sido misturado ou acondicionado com
distribuição a médicos, cirurgiões-dentistas e substância que modifique seu valor terapêutico ou a
farmacêuticos. finalidade a que se destine;
§ 2o. - A propaganda dos medicamentos de venda livre dos II - quando houver sido retirado ou falsificado, no todo ou
produtos dietéticos, dos saneantes domissanitários, de em parte, elemento integrante de sua composição normal,
cosméticos e de produtos de higiene, será objeto de normas ou substituído por outro de qualidade inferior, ou
específicas a serem dispostas em regulamento. modificada a dosagem, ou lhe tiver sido acrescentada
(Rotulagem ou propaganda - restrições) substância estranha à sua composição, de modo que esta se
Art. 59 - Não poderão constar de rotulagem ou de torne diferente da fórmula constante do registro;
propaganda dos produtos de que trata esta Lei designações, III - cujo volume não corresponder à quantidade aprovada;
nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou IV - quando suas condições de pureza, qualidade e
quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, autenticidade não satisfizerem às exigências da
erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, Farmacopéia Brasileira ou de outro Código adotado pelo
composição ou qualidade, que atribuam ao produto Ministério da Saúde.
finalidades ou características diferentes daquelas que Parágrafo único - Ocorrendo alteração pela ação do tempo,
realmente possua. ou causa estranha à responsabilidade do técnico ou da
empresa, fica esta obrigada a retirar imediatamente o
TITULO XI produto do comércio, para correção ou substituição, sob
Das Embalagens pena de incorrer em infração sanitária.
(Embalagem - exigências para aprovação) (Fraude, falsificação ou adulteração de produto)
Art. 60 - E obrigatória a aprovação, pelo Ministério da Art. 63 - Considera-se fraudado, falsificado ou adulterado
Saúde, conforme se dispuser em regulamento, das o produto de higiene, cosmético, perfume ou similar,
embalagens, dos equipamentos e utensílios elaborados ou quando:
revestidos internamente com substâncias que, em contato I - for apresentado com indicações que induzam a erro,
com o produto, possam alterar seus efeitos ou produzir engano ou confusão quanto à sua procedência, origem,
dano à saúde. composição ou finalidade;
§ 1o. - independerão de aprovação as embalagens II - não observar os padrões e paradigmas estabelecidos
destinadas ao acondicionamento de drogas, medicamentos, nesta Lei e em regulamento, ou as especificações contidas
insumos farmacêuticos, produtos de higiene, cosméticos, no registro;
perfumes, e congêneres que não contenham internamente III - tiver modificadas a natureza, composição, as
substância capaz de alterar as condições de pureza e propriedades ou características que constituírem as
eficácia do produto. condições do seu registro, por efeito da adição, redução ou
§ 2o. - Não será autorizado o emprego de embalagem retirada de matérias-primas ou componentes.
destinada a conter ou acondicionar droga, medicamento ou Parágrafo único - Incluem-se que dispõe este artigo os
Insumo farmacêutico, desde que capaz de causar direta ou insumos constituídos por matéria-prima ativa, aditiva ou
indiretamente efeitos nocivos à saúde. complementar, de natureza química, bioquímica ou
§ 3o. - A aprovação do tipo de embalagem será precedida biológica, de origem natural ou sintética, ou qualquer outro
de análise prévia, quando for o caso. material destinado à fabricação, manipulação e ao
beneficiamento dos produtos de higiene, cosméticos,
TITULO XII perfumes e similares.
Dos Meios de Transporte (Vasilhame - reaproveitamento, utilização)
(Transporte - exigências) Art. 64 - É proibido o reaproveitamento e a utilização de
Art. 61 - Quando se tratar de produtos que exijam vasilhame tradicionalmente usado para alimentos, bebidas,
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refrigerantes, produtos dietéticos, medicamentos, drogas, vigilância a propaganda dos produtos e das marcas, por
produtos químicos de higiene, cosméticos e perfumes no qualquer meio de comunicação, a publicidade, a rotulagem
envasilhamento de saneantes e congêneres. e etiquetagem.
(Produtos com prazo de validade vencido) (Fiscalização - competência)
Art. 65 - É proibida a colocação de novas datas ou o Art. 69 - A ação fiscalizadora é da competência:
reacondicionamento em novas embalagens de produtos I - do órgão federal de saúde;
cujo prazo de validade haja expirado, excetuados os soros a) quando o produto estiver em trânsito de uma para outra
terapêuticos que puderem ser redosados e refiltrados. unidade federativa, em estrada, via fluvial, lacustre,
(Inobservância desta lei - sanções) marítima ou aérea, sob o controle de órgãos federais;
Art. 66 - A inobservância dos preceitos desta Lei, de seu b) quando se tratar de produto importado ou exportado;
regulamento e normas complementares configura infração c) quando se tratar de colheitas de amostras para análise de
de natureza sanitária, ficando sujeito o infrator ao processo controle prévia e fiscal;
e às penalidades previstas no Decreto-Lei número 785, de II - do órgão de saúde estadual, dos Territórios ou do
25 de agosto de 1969, sem prejuízo das demais cominações Distrito Federal:
civis e panais cabíveis. (O Decreto-Lei no. 785 foi a) quando se tratar de produto industrializado ou entregue
revogado pela Lei no. 6.437, de 20 de agosto de 1977.) ao consumo na área de jurisdição respectiva;
Parágrafo único - O processo a que se refere este artigo b) quanto aos estabelecimentos, instalações e
poderá ser instaurado e julgado pelo Ministério da Saúde equipamentos industriais ou de comércio;
ou pelas autoridades sanitárias dos Estados, do Distrito c) quanto aos transportes nas estradas e vias fluviais ou
Federal e dos Territórios, como couber. lacustres, de sua área jurisdicional;
(Sanções - infrações graves ou gravíssimas) d) quando se tratar de colheita de amostras para análise
Art. 67 - Independentemente das previstas no Decreto-Lei fiscal.
no. 785, de 25de agosto de 1969, configuram infrações Parágrafo único - A competência de que trata este artigo
graves ou gravíssimas, nos termos desta Lei, as seguintes poderá ser delegada, mediante convênio, reciprocamente,
práticas puníveis com as sanções indicadas naquele pela União, pelos estados e pelo Distrito Federal,
diploma legal: ressalvadas as hipóteses de poderes indelegáveis,
I - rotular os produtos sob o regime desta Lei ou deles fazer expressamente previstas em lei.
publicidade sem a observância do disposto nesta Lei e em (Ação de vigilância sanitária - permanência)
seu regulamento ou contrariando os termos e as condições Art. 70 - A ação de vigilância sanitária se efetuará
do registro ou de autorização respectivos; permanentemente, constituindo atividade rotineira dos
II - alterar processo de fabricação de produtos, sem prévio órgãos da saúde.
assentimento do Ministério da Saúde; (Agentes fiscalizadores - atribuições - prerrogativas)
III - vender ou expor à venda produto cujo prazo de Art. 71 - As atribuições e prerrogativas dos agentes
validade esteja expirado; fiscalizadores serão estabelecidos no regulamento desta
IV - apor novas datas em produtos cujo prazo de validade Lei.
haja expirado ou recondicioná-los em novas embalagens, (Apreensão de amostras - comprovação de infração -
excetuados os soros terapêuticos que puderem ser consequências)
redosados e refiltrados; Art. 72 - A apuração das infrações, nos termos desta Lei,
V - industrializar produtos sem assistência de responsável far-se-á mediante apreensão de amostras e interdição do
técnico legalmente habilitado; produto ou do estabelecimento, conforme disposto em
VI - utilizar, na preparação de hormônios, órgãos de regulamento.
animais que não estiverem sãos, ou que apresentarem § 1o. - A comprovação da infração dará motivo, conforme
sinais de decomposição no momento de serem o caso, à apreensão e inutilização do produto, em todo o
manipulados, ou que provenham de animais doentes, território nacional, ao cancelamento do registro e à
estafados ou emagrecidos; cassação da licença do estabelecimento, que só se tornarão
VII - revender produto biológico não guardado em efetivos após a publicação da decisão condenatória
refrigerador, de acordo com as indicações determinadas irrecorrível no Diário oficial da União.
pelo fabricante e aprovadas pelo Ministério da Saúde; § 2o. - Darão igualmente motivo a apreensão, interdição e
VIII - aplicar raticidas cuja ação se produza por gás ou inutilização as alterações havidas em decorrência de
vapor, em galerias, bueiros, porões, sótãos ou locais de causas, circunstâncias e eventos naturais ou imprevisíveis,
possível comunicação com residências ou locais que determinem avaria, deterioração ou contaminação dos
frequentados por seres humanos ou animais úteis. produtos, tornando-os ineficazes ou nocivos à saúde.
(Verificação da eficiência da fórmula)
TITULO XIV Art. 73 - Para efeito de fiscalização sanitária, os ensaios
Da Fiscalização destinados à verificação da eficiência da fórmula serão
Art. 68 - A ação de vigilância sanitária abrangerá todo e realizados consoante as normas fixadas pelo Ministério da
qualquer produto de que trata esta Lei, inclusive os Saúde.
dispensados de registro, os correlatos, os estabelecimentos (Servidores de órgão de fiscalização sanitária - proibições)
de fabricação, distribuição, armazenamento e venda, e os Art. 74 - Não poderão ter exercício em órgãos de
veículos destinados ao transporte dos produtos. fiscalização sanitária e laboratórios de controle servidores
Parágrafo único - Ficam igualmente sujeitas à ação de públicos que sejam sócios, acionistas ou interessados, por
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qualquer forma, de empresas que exerçam atividades Art. 80 - As atividades de vigilância sanitária de que trata
sujeitas ao regime desta Lei, ou lhes prestem serviços com esta Lei serão exercidas:
ou sem vínculo empregatício. I - no plano federal, Ministério da Saúde, na forma da
legislação e dos regulamentos;
TITULO XV II - nos Estados, Territórios e no Distrito Federal, através
Do Controle de Qualidade dos Medicamentos de seus órgãos próprios, observadas as normas federais
Art. 75 - O Ministério da Saúde baixará normas e pertinentes e a legislação local supletiva.
aperfeiçoara mecanismos destinados a garantir ao
consumidor a qualidade dos medicamentos, tendo em conta TITULO XVII
a identidade, atividade, pureza, eficácia e inocuidade dos Das Disposições Finais e Transitórias
produtos e abrangendo as especificações de qualidade e a Art. 81 - As empresas que já explorem as atividades de que
fiscalização da produção. trata esta Lei terão o prazo de 12 (doze) meses para as
Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo alterações e adaptações necessárias ao cumprimento do que
determinarão as especificações de qualidade das matérias- nela se dispõe.
primas e dos produtos semi- elaborados utilizados na (Serviços prestados – preços públicos)
fabricação dos medicamentos, bem como as especificações Art. 82 - Os serviços prestados pelo Ministério da Saúde,
de qualidade destes, e descreverão com precisão os relacionados com esta Lei, serão retribuídos pelo regime de
critérios para a respectiva aceitação. preços públicos, cabendo ao Ministro de Estado fixar os
(Matéria-prima - produto semi-elaborado - verificação respectivos valores e disciplinar o seu recolhimento.
prévia) (Fracionamento de drogas, produtos químicos e oficinais)
Art. 76 - Nenhuma matéria-prima ou nenhum produto Art. 83 - As drogas, os produtos químicos e os oficinais
semi-elaborado poderá ser empregado na fabricação de serão vendidos em suas embalagens originais e somente
medicamento sem que haja sido verificado possuir poderão ser fracionados, para revenda, nos
qualidade aceitável, segundo provas que serão objeto de estabelecimentos comerciais, sob a responsabilidade direta
normas do Ministério da Saúde. do respectivo responsável técnico.
(Produção de medicamentos - inspeção) Art. 84 - O disposto nesta Lei não exclui a aplicação das
Art. 77 - A inspeção da produção de medicamentos terá em demais normas a que estejam sujeitas as atividades nela
vista, prioritariamente, os seguintes aspectos: enquadradas, em relação a aspectos objeto de legislação
I - a fabricação, tendo em conta os fatores intrínsecos e específica.
extrínsecos desfavoráveis, inclusive a possibilidade de (Normas especiais sobre os produtos mencionados no art.
contaminação das matérias- primas, dos produtos semi- 1o.)
elaborados e do produto acabado; Art. 85 - Aos produtos mencionados no artigo 1o., regidos
II - o produto acabado, a fim de verificar o atendimento por normas especiais, aplicam-se, no que couber, as
dos requisitos pertinentes aos responsáveis técnicos pela disposições desta Lei.
fabricação e inspeção dos produtos, aos locais e (Produtos excluídos desta lei)
equipamentos, ao saneamento do meio, às matérias- primas Art. 86 - Excluem-se do regime desta Lei, visto se
e aos sistemas de inspeção e auto- inspeção e registro de destinarem e se aplicarem a fins diversos dos nela
medicamentos. estabelecidos, os produtos saneantes fitossanitários e
Art. 78 - Sem prejuízo do controle e da fiscalização a cargo zoossanitários, os de exclusivo uso veterinário e os
dos Poderes Públicos, todo estabelecimento destinado à destinados ao combate, na agricultura, a ratos e outros
produção de medicamentos deverá possuir departamento roedores.
técnico de inspeção de qualidade, que funcione de forma Art. 87 - O poder Executivo baixará o regulamento e atos
autônoma em sua esfera de competência, com a finalidade necessários ao exato cumprimento desta Lei.
de verificar a qualidade das matérias- primas ou Parágrafo único - Enquanto não forem baixados o
substâncias, vigiar os aspectos qualitativos das operações regulamento e atos previstos neste artigo, continuarão em
de fabricação e a estabilidade dos medicamentos vigor os atuais que não conflitarem com as disposições
produzidos e realizar os demais testes necessários. desta
Parágrafo único - E facultado aos laboratórios industriais Art. 88 - Esta Lei entrará em vigor 95 (noventa e cinco)
farmacêuticos realizar os controles previstos neste artigo, dias depois de sua publicação, revogadas as disposições em
em institutos ou laboratórios oficinais, mediante convênio contrário.
ou contrato.
Art. 79 - Todos os informes sobre acidentes ou reações Brasília, 23 de setembro de 1976; 155o. da Independência
nocivas causadas por medicamentos serão transmitidos à e 88o. Da República.
autoridade sanitária competente.
Parágrafo único - As mudanças operadas na qualidade dos ERNESTO GEISEL
medicamentos e qualquer alteração de suas características
físicas serão investigadas com todos os detalhes e, uma vez Paulo de Almeida Machado
comprovadas, serão objeto das medidas corretivas cabíveis.
TITULO XVI
Dos Órgãos de Vigilância Sanitária
Revisada em 26.07.11 22
I - leves, aquelas em que o infrator seja beneficiado por
circunstância atenuante;
LEI Nº 6.437 DE 20/08/1977 II - graves, aquelas em que for verificada uma
(Publicado no D.O.U. de 24.8.1977, pág. 11145) circunstância agravante;
Configura infrações à legislação sanitária federal, III - gravíssimas, aquelas em que seja verificada a
estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências. existência de duas ou mais circunstâncias agravantes.
O Presidente da República, Art. 5º A intervenção no estabelecimento, prevista no
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu inciso XI-A do artigo 2º, será decretada pelo Ministro da
sanciono a seguinte Lei: Saúde, que designará interventor, o qual ficará investido de
TÍTULO I poderes de gestão, afastados os sócios, gerentes ou
Das Infrações e Penalidades diretores que contratual ou estatutariamente são detentores
Art. 1º As infrações à legislação sanitária federal, de tais poderes e não poderá exceder a cento e oitenta dias,
ressalvadas as previstas expressamente em normas renováveis por igual período.(NR). (redação dada pela lei
especiais, são as configuradas na presente Lei. 9695, de 20 de Agosto de 1998)
Art. 2º Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal §1º Da decretação de intervenção caberá pedido de revisão,
cabíveis, as infrações sanitárias serão punidas, alternativa sem efeito suspensivo, dirigido ao Ministro da Saúde, que
ou cumulativamente, com as penalidades de: deverá apreciá-lo no prazo de trinta dias. (NR).(redação
I - advertência; dada pela lei 9695, de 20 de Agosto de 1998)
II - multa; §2º Não apreciado o pedido de revisão no prazo assinalado
III - apreensão de produto; no parágrafo anterior, cessará a intervenção de pleno
IV - inutilização de produto; direito, pelo simples decurso do prazo.(NR). (redação dada
V - interdição de produto; pela lei 9695, de 20 de Agosto de 1998)
VI - suspensão de vendas e/ou fabricação de produto; §2ºA - Ao final da intervenção, o interventor apresentará
VII - cancelamento de registro de produto; prestação de contas do período que durou a intervenção.
VIII - interdição parcial ou total do estabelecimento; (redação dada pela lei 9695, de 20 de Agosto de 1998)
IX - proibição de propaganda; Art. 6º Para a imposição da pena e a sua graduação, a
X - cancelamento de autorização para funcionamento de autoridade sanitária levará em conta:
empresa; I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;
XI - cancelamento do alvará de licenciamento de II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas
estabelecimento. conseqüências para a saúde pública;
XI-A - intervenção no estabelecimento que receba recursos III - os antecedentes do infrator quanto às normas
públicos de qualquer esfera ( redação dada pela lei 9695, sanitárias.
de 20 de Agosto de 1998) Art. 7º São circunstâncias atenuantes:
XII - imposição de mensagem retificadora; I - a ação do infrator não ter sido fundamental para a
XIII- suspensão de propaganda e publicidade§1º A pena de consecução do evento;
multa consiste no pagamento das seguintes quantias: II - a errada compreensão da norma sanitária, admitida
I - nas infrações leves, de R$ 2.000,00 (dois mil reais ) a como excusável, quanto patente a incapacidade do agente
R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais); para entender o caráter ilícito do fato;
II - nas infrações graves, de R$ 75.000,00 (setenta e cinco III - o infrator, por espontânea vontade, imediatamente,
mil reais) a R$ 200.000, 00 (duzentos mil reais); procurar reparar ou minorar as conseqüências do ato lesivo
III - nas infrações gravíssimas, de R$ 200.000,00 (duzentos à saúde pública que lhe for imputado;
mil reais) a R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil IV - ter o infrator sofrido coação, a que podia resistir, para
reais). a prática do ato;
§ 2º As multas previstas neste artigo serão aplicadas em V - ser o infrator primário, e a falta cometida, de natureza
dobro em caso de reincidência. leve.
§ 3º Sem prejuízo do disposto nos arts. 4º e 6º desta Lei, na Art. 8º São circunstâncias agravantes:
aplicação da penalidade de multa a autoridade sanitária I - ser o infrator reincidente;
competente levará em consideração a capacidade II - ter o infrator cometido a infração para obter vantagem
econômica do infrator. (NR) (Acrescentado pela MP nº pecuniária decorrente do consumo pelo público do produto
2.190-34, de 23 de agosto de 2001) elaborado em contrário ao disposto na legislação sanitária;
Art. 3º O resultado da infração sanitária é imputável a III - o infrator coagir outrem para a execução material da
quem lhe deu causa ou para ela concorreu. infração;
§ 1º Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual a IV - ter a infração conseqüências calamitosas à saúde
infração não teria ocorrido. pública;
§ 2º Exclui a imputação de infração a causa decorrente de V - se, tendo conhecimento de ato lesivo à saúde pública, o
força maior ou proveniente de eventos naturais ou infrator deixar de tomar as providências de sua alçada,
circunstâncias imprevisíveis, que vier a determinar avaria, tendentes a evitá-lo;
deterioração ou alteração de produtos ou bens do interesse VI - ter o infrator agido com dolo, ainda que eventual,
da saúde pública. fraude ou má-fé.
Art. 4º As infrações sanitárias classificam-se em:
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Parágrafo único. A reincidência específica torna o infrator V - fazer propaganda de produtos sob vigilância sanitária,
passível de enquadramento na penalidade máxima e a alimentos e outros, contrariando a legislação sanitária:
caracterização da infração como gravíssima. pena - advertência, proibição de propaganda, suspensão de
Art. 9º Havendo concurso de circunstâncias atenuantes e venda, imposição de mensagem retificadora, suspensão de
agravantes, a aplicação da pena será considerada em razão propaganda e publicidade e multa.(redação dada pela MP
das que sejam preponderantes. nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001)
Art. 10. São infrações sanitárias: VI - deixar, aquele que tiver o dever legal de fazê-lo, de
I - construir, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte notificar doença ou zoonose transmissível ao homem, de
do território nacional, laboratórios de produção de acordo com o que disponham as normas legais ou
medicamentos, drogas, insumos, cosméticos, produtos de regulamentares vigentes:
higiene, dietéticos, correlatos, ou quaisquer outros Pena - advertência, e/ou multa.
estabelecimentos que fabriquem alimentos, aditivos para VII - impedir ou dificultar a aplicação de medidas
alimentos, bebidas, embalagens, saneantes e demais sanitárias relativas às doenças transmissíveis e ao sacrifício
produtos que interessem à saúde pública, sem registro, de animais domésticos considerados perigosos pelas
licença e autorizações do órgão sanitário competente ou autoridades sanitárias:
contrariando as normas legais pertinentes: Pena - advertência, e/ou multa.
Pena - advertência, interdição, cancelamento de VIII - reter atestado de vacinação obrigatória, deixar de
autorização e de licença, e/ou multa. executar, dificultar ou opor-se à execução de medidas,
II - construir, instalar ou fazer funcionar hospitais, postos sanitárias que visem à prevenção das doenças
ou casas de saúde, clínicas em geral, casas de repouso, transmissíveis e sua disseminação, à preservação e à
serviços ou unidades de saúde, estabelecimentos ou manutenção da saúde:
organizações afins, que se dediquem à promoção, proteção Pena - advertência, interdição, cancelamento de licença ou
e recuperação da saúde, sem licença do órgão sanitário autorização, e/ou multa.
competente ou contrariando normas legais e IX - opor-se à exigência de provas imunológicas ou à sua
regulamentares pertinentes: execução pelas autoridades sanitárias:
Pena - advertência, interdição, cancelamento da licença Pena - advertência, e/ou multa.
e/ou multa. X - obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades
III - instalar ou manter em funcionamento consultórios sanitárias competentes no exercício de suas funções:
médicos, odontológicos e de pesquisas clínicas, clínicas de Pena - advertência, intervenção, interdição, cancelamento
hemodiálise, bancos de sangue, de leite humano, de olhos, de licença e/ou multa.(NR) (redação dada pela lei 9695, de
e estabelecimentos de atividades afins, institutos de 20 de Agosto de 1998)
esteticismo, ginástica, fisioterapia e de recuperação, XI - aviar receita em desacordo com prescrições médicas
balneários, estâncias hidrominerais, termais, climatéricas, ou determinação expressa de lei e normas regulamentares:
de repouso, e congêneres, gabinetes ou serviços que Pena - advertência, interdição, cancelamento de licença,
utilizem aparelhos e equipamentos geradores de raios X, e/ou multa.
substâncias radioativas, ou radiações ionizantes e outras, XII - fornecer, vender ou praticar atos de comércio em
estabelecimentos, laboratórios, oficinas e serviços de relação a medicamentos, drogas e correlatos cuja venda e
óticas, de aparelhos ou materiais óticos, de prótese uso dependam de prescrição médica, sem observância
dentária, de aparelhos ou materiais para uso odontológico, dessa exigência e contrariando as normas legais e
ou explorar atividades comerciais, industriais, ou regulamentares:
filantrópicas, com a participação de agentes que exerçam Pena - advertência, interdição, cancelamento da licença,
profissões ou ocupações técnicas e auxiliares relacionadas e/ou multa.
com a saúde, sem licença do órgão sanitário competente ou XIII - retirar ou aplicar sangue, proceder a operações de
contrariando o disposto nas demais normas legais e plasmaferese, ou desenvolver outras atividades
regulamentares pertinentes: hemoterápicas, contrariando normas legais e
Pena - advertência, intervenção, interdição, cancelamento regulamentares:
da licença e/ou multa; (NR) (redação dada pela lei 9695, de Pena - advertência, intervenção, interdição, cancelamento
20 de Agosto de 1998) da licença e registro, e/ou multa.(NR) (redação dada pela
IV - extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, lei 9695, de 20 de Agosto de 1998)
manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, XIV - exportar sangue e seus derivados, placentas, órgãos,
importar, exportar, armazenar, expedir, transportar, glândulas ou hormônios, bem como quaisquer substâncias
comprar, vender, ceder ou usar alimentos, produtos ou partes do corpo humano, ou utilizá-los contrariando as
alimentícios, medicamentos, drogas, insumos disposições legais e regulamentares:
farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, Pena - advertência, intervenção, interdição, cancelamento
correlatos, embalagens, saneantes, utensílios e aparelhos de licença e registro, e/ou multa.(NR) (redação dada pela
que interessem à saúde pública ou individual, sem registro, lei 9695, de 20 de Agosto de 1998)
licença, ou autorizações do órgão sanitário competente ou XV - rotular alimentos e produtos alimentícios ou bebidas,
contrariando o disposto na legislação sanitária pertinente: bem como medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos,
Pena - advertência, apreensão e inutilização, interdição, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, perfumes,
cancelamento do registro, e/ou multa. correlatos, saneantes, de correção estética e quaisquer
outros, contrariando as normas legais e regulamentares:
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Pena - advertência, inutilização, interdição, e/ou multa. XXVI - cometer o exercício de encargos relacionados com
XVI - Alterar o processo de fabricação dos produtos a promoção, proteção e recuperação da saúde a pessoas
sujeitos a controle sanitário, modificar os seus sem a necessária habilitação legal:
componentes básicos, nome, e demais elementos objeto do Pena - interdição, e/ou multa.
registro, sem a necessária autorização do órgão sanitário XXVII - proceder à cremação de cadáveres, ou utilizá-los,
competente: contrariando as normas sanitárias pertinentes:
Pena - advertência, interdição, cancelamento do registro, Pena - advertência, interdição, e/ou multa.
da licença e autorização, e/ou multa. XXVIII - fraudar, falsificar ou adulterar alimentos,
XVII - reaproveitar vasilhames de saneantes, seus inclusive bebidas, medicamentos, drogas, insumos
congêneres e de outros produtos capazes de serem nocivos farmacêuticos, correlatos, cosméticos, produtos de higiene,
à saúde, no envasilhamento de alimentos, bebidas, dietéticos, saneantes e quaisquer outros que interessem à
refrigerantes, produtos dietéticos, medicamentos, drogas, saúde pública:
produtos de higiene, cosméticos e perfumes: pena - advertência, apreensão, inutilização e/ou interdição
Pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, do produto, suspensão de venda e/ou fabricação do
cancelamento do registro, e/ou multa. produto, cancelamento do registro do produto, interdição
XVIII - importar ou exportar, expor à venda ou entregar ao parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de
consumo produtos de interesse à saúde cujo prazo de autorização para funcionamento da empresa, cancelamento
validade tenha se expirado, ou apor-lhes novas datas, após do alvará de licenciamento do estabelecimento e/ou multa;
expirado o prazo; (Redação dada pela MP nº 2.190-34, de (Redação dada pela MP nº 2.190-34, de 23 de agosto de
23 de agosto de 2001) 2001)
Pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, XXIX - transgredir outras normas legais e regulamentares
cancelamento do registro, da licença e da autorização, e/ou destinadas à proteção da saúde:
multa. pena - advertência, apreensão, inutilização e/ou interdição
XIX - industrializar produtos de interesse sanitário sem a do produto; suspensão de venda e/ou fabricação do
assistência de responsável técnico, legalmente habilitado: produto, cancelamento do registro do produto; interdição
Pena advertência, apreensão, inutilização, interdição, parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de
cancelamento do registro e/ou multa. autorização para funcionamento da empresa, cancelamento
XX - utilizar, na preparação de hormônios, órgãos de do alvará de licenciamento do estabelecimento, proibição
animais doentes, estafados ou emagrecidos ou que de propaganda e/ou multa; (Redação dada pela MP nº
apresentem sinais de decomposição no momento de serem 2.190-34, de 23 de agosto de 2001)
manipulados: XXX - expor ou entregar ao consumo humano, sal
Pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, refinado, moído ou granulado que não contenha iodo na
cancelamento do registro, da autorização e da licença, e/ou proporção estabelecida pelo Ministério da Saúde. (Obs.:
multa. redação dada pela Lei número 9.005, de 16/03/1995)
XXI - comercializar produtos biológicos, imunoterápicos e pena - advertência, apreensão e/ou interdição do produto,
outros que exijam cuidados especiais de conservação, suspensão de venda e/ou fabricação do produto,
preparação, expedição, ou transporte, sem observância das cancelamento do registro do produto e interdição parcial ou
condições necessárias à sua preservação: total do estabelecimento, cancelamento de autorização para
Pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, funcionamento da empresa, cancelamento do alvará de
cancelamento do registro, e/ou multa. licenciamento do estabelecimento e/ou multa; (Redação
XXII - aplicação, por empresas particulares, de raticidas dada pela MP nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001)
cuja ação se produza por gás ou vapor, em galerias, XXXI - descumprir atos emanados das autoridades
bueiros, porões, sótãos ou locais de possível comunicação sanitárias competentes visando à aplicação da legislação
com residências ou freqüentados por pessoas e animais: pertinente:
Pena - advertência, interdição, cancelamento de licença e pena - advertência, apreensão, inutilização e/ou interdição
de autorização, e/ou multa. do produto, suspensão de venda e/ou de fabricação do
XXIII - descumprimento de normas legais e produto, cancelamento do registro do produto, interdição
regulamentares, medidas, formalidades e outras exigências parcial ou total do estabelecimento; cancelamento de
sanitárias pelas empresas de transportes, seus agentes e autorização para funcionamento da empresa, cancelamento
consignatários, comandantes ou responsáveis diretos por do alvará de licenciamento do estabelecimento, proibição
embarcações, aeronaves, ferrovias, veículos terrestres, de propaganda e/ou multa;(Redação dada pela MP nº
nacionais e estrangeiros: 2.190-34, de 23 de agosto de 2001)
Pena - advertência, interdição, e/ou multa. XXXII - descumprimento de normas legais e
XXIV - inobservância das exigências sanitárias relativas a regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências
imóveis, pelos seus proprietários, ou por quem detenha sanitárias, por pessoas física ou jurídica, que operem a
legalmente a sua posse: prestação de serviços de interesse da saúde pública em
Pena - advertência, interdição, e/ou multa. embarcações, aeronaves, veículos terrestres, terminais
XXV - exercer profissões e ocupações relacionadas com a alfandegados, terminais aeroportuários ou portuários,
saúde sem a necessária habilitação legal: estações e passagens de fronteira e pontos de apoio de
Pena - interdição e/ou multa. veículo terrestres:
Revisada em 26.07.11 25
pena - advertência, interdição, cancelamento de indivíduo, ou de tarja preta, provocando o
autorização de funcionamento e/ou multa;(Acrescímo dado desabastecimento do mercado;
pela MP nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001) pena - advertência, interdição total ou parcial do
XXXIII - descumprimento de normas legais e estabelecimento, cancelamento do registro do produto,
regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências cancelamento de autorização para funcionamento da
sanitárias, por empresas administradoras de terminais empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do
alfandegados, terminais aeroportuários ou portuários, estabelecimento e/ou multa;
estações e passagens de fronteira e pontos de apoio de XL - deixar de comunicar ao órgão de vigilância sanitária
veículos terrestres: do Ministério da Saúde a interrupção, suspensão ou
pena - advertência, interdição, cancelamento da redução da fabricação ou da distribuição dos
autorização de funcionamento e/ou multa;(Acréscimo dado medicamentos referidos no inciso XXXIX:
pela MP nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001) pena - advertência, interdição total ou parcial do
XXXIV - descumprimento de normas legais e estabelecimento, cancelamento do registro do produto,
regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências cancelamento de autorização para funcionamento da
sanitárias relacionadas à importação ou exportação, por empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do
pessoas física ou jurídica, de matérias-primas ou produtos estabelecimento e/ou multa;
sob vigilância sanitária: XLI - descumprir normas legais e regulamentares,
pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, medidas, formalidades, outras exigências sanitárias, por
cancelamento da autorização de funcionamento, pessoas física ou jurídica, que operem a prestação de
cancelamento do registro do produto e/ou serviços de interesse da saúde pública em embarcações,
multa;(Acréscimo dado pela MP nº 2.190-34, de 23 de aeronaves, veículos terrestres, terminais alfandegados,
agosto de 2001) terminais aeroportuários ou portuários, estações e
XXXV - descumprimento de normas legais e passagens de fronteira e pontos de apoio de veículo
regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências terrestres:
sanitárias relacionadas a estabelecimentos e às boas pena - advertência, interdição total ou parcial do
práticas de fabricação de matérias-primas e de produtos estabelecimento, cancelamento do registro do produto,
sob vigilância sanitária: cancelamento de autorização para funcionamento da
pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do
cancelamento da autorização de funcionamento, estabelecimento e/ou multa. (Redação dada pela MP nº
cancelamento do registro do produto e/ou 2.190-34, de 23 de agosto de 2001)
multa;(Acréscimo dado pela MP nº 2.190-34, de 23 de Parágrafo único. Independem de licença para
agosto de 2001) funcionamento os estabelecimentos integrantes da
XXXVI - proceder a mudança de estabelecimento de Administração Pública ou por ela instituídos, ficando
armazenagem de produto importado sob interdição, sem sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações,
autorização do orgão sanitário competente: aos equipamentos e à aparelhagem adequados e à
pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, assistência e responsabilidade técnicas.
cancelamento da autorização de funcionamento, Art. 11. A inobservância ou a desobediência às normas
cancelamento do registro do produto e/ou sanitárias para o ingresso e a fixação de estrangeiro no
multa;(Acréscimo dado pela MP nº 2.190-34, de 23 de País, implicará em impedimento do desembarque ou
agosto de 2001) permanência do alienígena no território nacional, pela
XXXVII - proceder a comercialização de produto autoridade sanitária competente.
importado sob interdição: TÍTULO II
pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, Do Processo
cancelamento da autorização de funcionamento, Art. 12. As infrações sanitárias serão apuradas em processo
cancelamento do registro do produto e/ou multa; administrativo próprio, iniciado com a lavratura de auto de
(Acréscimo dado pela MP nº 2.190-34, de 23 de agosto de infração, observados o rito e prazos estabelecidos nesta
2001) Lei.
XXXVIII - deixar de garantir, em estabelecimentos Art. 13. O auto de infração será lavrado na sede da
destinados à armazenagem e/ou distribuição de produtos repartição competente ou no local em que for verificada a
sob vigilância sanitária, a manutenção dos padrões de infração, pela autoridade sanitária que a houver constatado,
identidade e qualidade de produtos importados sob devendo conter:
interdição ou aguardando inspeção física: I - nome do infrator, seu domicílio e residência, bem como
pena - advertência, apreensão, inutilização, interdição, os demais elementos necessários à sua qualificação e
cancelamento da autorização de funcionamento, identificação civil;
cancelamento do registro do produto e/ou II - local, data e hora, da lavratura onde a infração foi
multa.(Acréscimo dado pela MP nº 2.190-34, de 23 de verificada;
agosto de 2001) III - descrição da infração e menção do dispositivo legal ou
XXXIX - interromper, suspender ou reduzir, sem justa regulamentar transgredido;
causa, a produção ou distribuição de medicamentos de tarja IV - penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo
vermelha, de uso continuado ou essencial à saúde do preceito legal que autoriza a sua imposição;
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V - ciência, pelo autuado, de que responderá pelo fato em § 1º Antes do julgamento da defesa ou da impugnação a
processo administrativo; que se refere este artigo deverá a autoridade julgadora
VI - assinatura do autuado ou, na sua ausência ou recusa, ouvir o servidor autuante, que terá o prazo de 10 (dez) dias
de duas testemunhas, e do autuante; para se pronunciar a respeito.
VII - prazo para interposição de recurso, quando cabível. § 2º Apresentada ou não a defesa ou impugnação, o auto de
Parágrafo único. Havendo recusa do infrator em assinar o infração será julgado pelo dirigente do órgão de vigilância
auto, será feita, neste, a menção do fato. sanitária competente.
Art. 14. As penalidades previstas nesta Lei serão aplicadas Art. 23. A apuração do ilícito, em se tratando de produto
pelas autoridades sanitárias competentes do Ministério da ou substância referidos no Art.10, inciso IV, far-se-á
Saúde, dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, mediante a apreensão de amostras para a realização de
conforme as atribuições que lhes sejam conferidas pelas análise fiscal e de interdição, se for o caso.
legislações respectivas ou por delegação de competência § 1º A apreensão de amostras para efeito de análise, fiscal
através de convênios. ou de controle, não será acompanhada de interdição do
Art. 15. A autoridade que determinar a lavratura de auto de produto.
infração ordenará, por despacho em processo, que o § 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior os
autuante proceda à prévia verificação da matéria de fato. casos em que sejam flagrantes os indícios de alteração ou
Art. 16. Os servidores ficam responsáveis pelas adulteração do produto, hipótese em que a interdição terá
declarações que fizerem nos autos de infração, sendo caráter preventivo ou de medida cautelar.
passíveis de punição, por falta grave, em casos de falsidade § 3º A interdição do produto será obrigatória quando
ou omissão dolosa. resultarem provadas, em análises laboratoriais ou no exame
Art. 17. O infrator será notificado para ciência do auto de de processos, ações fraudulentas que impliquem em
infração: falsificação ou adulteração.
I - pessoalmente; § 4º A interdição do produto e do estabelecimento, como
II - pelo correio ou via postal; medida cautelar, durará o tempo necessário à realização de
III - por edital, se estiver em lugar incerto ou não sabido. testes, provas, análises ou outras providências requeridas,
§ 1º Se o infrator for notificado pessoalmente e recusar-se não podendo, em qualquer caso, exceder o prazo de 90
a exarar ciência, deverá essa circunstância ser mencionada (noventa) dias, findo o qual o produto ou o estabelecimento
expressamente pela autoridade que efetuou a notificação. será automaticamente liberado.
§ 2º O edital referido no inciso III deste artigo será Art. 24. Na hipótese de interdição do produto, prevista no §
publicado uma única vez, na imprensa oficial, 2 do Art.23, a autoridade sanitária lavrará o termo
considerando-se efetivada a notificação 5 (cinco) dias após respectivo, cuja 1ª via será entregue, juntamente com o
a publicação. auto de infração, ao infrator ou ao seu representante legal,
Art. 18. Quando, apesar da lavratura do auto de infração, obedecidos os mesmos requisitos daquele, quanto à
subsistir, ainda, para o infrator, obrigação a cumprir, será aposição do ciente.
expedido edital fixando o prazo de 30 (trinta) dias para o Art. 25. Se a interdição for imposta como resultado de
seu cumprimento, observado o disposto no § 2 do Art.17. laudo laboratorial, a autoridade sanitária competente fará
Parágrafo único. O prazo para o cumprimento da obrigação constar do processo o despacho respectivo e lavrará o
subsistente poderá ser reduzido ou aumentado, em casos termo de interdição, inclusive, do estabelecimento, quando
excepcionais, por motivos de interesse público, mediante for o caso.
despacho fundamentado. Art. 26. O termo de apreensão e de interdição especificará
Art. 19. A desobediência à determinação contida no edital a natureza, quantidade, nome e/ou marca, tipo,
a que se alude no Art.18 desta Lei, além de sua execução procedência, nome e endereço da empresa e do detentor do
forçada acarretará a imposição de multa diária, arbitrada de produto.
acordo com os valores correspondentes à classificação da Art. 27. A apreensão do produto ou substância consistirá
infração, até o exato cumprimento da obrigação, sem na colheita de amostra representativa do estoque existente,
prejuízo de outras penalidades previstas na legislação a qual, dividida em três partes, será tornada inviolável, para
vigente. que se assegurem as características de conservação e
Art. 20. O desrespeito ou desacato ao servidor competente, autenticidade, sendo uma delas entregue ao detentor ou
em razão de suas atribuições legais, bem como o embargo responsável, a fim de servir como contraprova, e as duas
oposto a qualquer ato de fiscalização de leis ou atos outras imediatamente encaminhadas ao laboratório oficial,
regulamentares em matéria de saúde, sujeitarão o infrator à para realização das análises indispensáveis.
penalidade de multa. § 1º Se a sua quantidade ou natureza não permitir a
Art. 21. As multas impostas em auto de infração poderão colheita de amostras, o produto ou substância será
sofrer redução de 20% (vinte por cento) caso o infrator encaminhado ao laboratório oficial, para realização da
efetue o pagamento no prazo de 20 (vinte) dias, contados análise fiscal, na presença do seu detentor ou do
da data em que for notificado, implicando na desistência representante legal da empresa e do perito pela mesma
tácita de defesa ou recurso. indicado.
Art. 22. O infrator poderá oferecer defesa ou impugnação § 2º Na hipótese prevista no § 1 deste artigo, se ausentes as
do auto de infração no prazo de 15 (quinze) dias contados pessoas mencionadas, serão convocadas duas testemunhas
da sua notificação. para presenciar a análise.
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§ 3º Será lavrado laudo minucioso e conclusivo da análise conforme a jurisdição administrativa em que ocorra o
fiscal, o qual será arquivado no laboratório oficial, e processo.
extraídas cópias, uma para integrar o processo e as demais § 1º A notificação será feita mediante registro postal, ou
para serem entregues ao detentor ou responsável pelo por meio de edital publicado na imprensa oficial, se não
produto ou substância e à empresa fabricante. localizado o infrator.
§ 4º O infrator, discordando do resultado condenatório da § 2º O não recolhimento da multa, dentro do prazo fixado
análise, poderá, em separado ou juntamente com o pedido neste artigo, implicará na sua inscrição para cobrança
de revisão da decisão recorrida, requerer perícia de contra judicial, na forma da legislação pertinente.
prova, apresentando a amostra em seu poder e indicando Art. 34. Decorrido o prazo mencionado no parágrafo único
seu próprio perito. do Art.30, sem que seja recorrida a decisão condenatória,
§ 5º Da perícia de contraprova será lavrada ata ou requerida a perícia de contraprova, o laudo de análise
circunstanciada, datada e assinada por todos os condenatório será considerado definitivo e o processo,
participantes, cuja 1ª via integrará o processo, e conterá desde que não instaurado pelo órgão de vigilância sanitária
todos os quesitos formulados pelos peritos. federal, ser-lhe-á transmitido para ser declarado o
§ 6º A perícia de contraprova não será efetuada se houver cancelamento do registro e determinada a apreensão e
indícios de violação da amostra em poder do infrator e, inutilização do produto, em todo o território nacional,
nessa hipótese, prevalecerá como definitivo o laudo independentemente de outras penalidades cabíveis, quando
condenatório. for o caso.
§ 7º Aplicar-se-á na perícia de contraprova o mesmo Art. 35. A inutilização dos produtos e o cancelamento do
método de análise empregado na análise fiscal registro, da autorização para o funcionamento da empresa e
condenatória, salvo se houver concordância dos peritos da licença dos estabelecimentos somente ocorrerão após a
quanto à adoção de outro. publicação, na imprensa oficial, de decisão irrecorrível.
§ 8º A discordância entre os resultados da análise fiscal Art. 36. No caso de condenação definitiva do produto cuja
condenatória e da perícia de contraprova ensejará recurso à alteração, adulteração ou falsificação não impliquem em
autoridade superior no prazo de 10 (dez) dias, o qual torná-lo impróprio para o uso ou consumo, poderá a
determinará novo exame pericial, a ser realizado na autoridade sanitária, ao proferir a decisão, destinar a sua
segunda amostra em poder do laboratório oficial. distribuição a estabelecimentos assistenciais, de
Art. 28. Não sendo comprovada, através da análise fiscal, preferência oficiais, quando esse aproveitamento for viável
ou da perícia de contraprova, a infração objeto da em programas de saúde.
apuração, e sendo considerado o produto próprio para o Art. 37. Ultimada a instrução do processo, uma vez
consumo, a autoridade competente lavrará despacho esgotados os prazos para recurso sem apresentação de
liberando-o e determinando o arquivamento do processo. defesa, ou apreciados os recursos, a autoridade sanitária
Art. 29. Nas transgressões que independam de análises ou proferirá a decisão final, dando o processo por concluso,
perícias, inclusive por desacato à autoridade sanitária, o após a publicação desta última na imprensa oficial e da
processo obedecerá a rito sumaríssimo e será considerado adoção das medidas impostas.
concluso caso o infrator não apresente recurso no prazo de Art. 38. As infrações às disposições legais e
15 (quinze) dias. regulamentares de ordem sanitária prescrevem em 5(cinco)
Art. 30. Das decisões condenatórias poderá o infrator anos.
recorrer, dentro de igual prazo ao fixado para a defesa, § 1º A prescrição interrompe-se pela notificação, ou outro
inclusive quando se tratar de multa. ato da autoridade competente, que objetive a sua apuração
Parágrafo único. Mantida a decisão condenatória, caberá e conseqüente imposição de pena.
recurso para a autoridade superior, dentro da esfera § 2º Não corre o prazo prescricional enquanto houver
governamental sob cuja jurisdição se haja instaurado o processo administrativo pendente de decisão.
processo, no prazo de 20 (vinte) dias de sua ciência ou Art. 39. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação. publicação.
Art. 31. Não caberá recurso na hipótese de condenação Art. 40. Ficam revogados o Decreto-Lei número 785, de 25
definitiva do produto em razão de laudo laboratorial de agosto de 1969, e demais disposições em contrário.
confirmado em perícia de contraprova, ou nos casos de Brasília, 20 de agosto de 1977; 156º da Independência e
fraude, falsificação ou adulteração. 89º da República.
Art. 32. Os recursos interpostos das decisões não ERNESTO GEISEL
definitivas somente terão efeito suspensivo relativamente Paulo de Almeida Machado
ao pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo a
imediata exigibilidade do cumprimento da obrigação
subsistente na forma do disposto no Art.18.
Parágrafo único. O recurso previsto no § 8 do Art.27 será
decidido no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 33. Quando aplicada a pena de multa, o infrator será
notificado para efetuar o pagamento no prazo de 30 (trinta)
dias, contados da data da notificação, recolhendo-a à conta
do Fundo Nacional de Saúde, ou às repartições fazendárias
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
Revisada em 26.07.11 28
Lei nº 6839 de 30/10/1980
Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades
fiscalizadoras do exercício de profissões.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, eu faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - O registro de empresas e a anotação dos
profissionais legalmente habilitados, delas encarregados,
serão obrigatórios nas entidades competentes para a
fiscalização do exercício das diversas profissões, em razão
da atividade básica ou em relação àquela pela qual prestem
serviços a terceiros.
Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 30 de outubro de 1980
159º da Independência e 92º da República
JOÃO FIGUEIREDO
Murillo Macedo
Revisada em 26.07.11 29
c) Pela presença do Estado no mercado de consumo;
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR d) Pela garantia dos produtos e serviços com padrões
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e
desempenho;
Lei n.º 8.078 de 11/09/1990 III - Harmonização dos interesses dos participantes das
relações de consumo e compatibilização da proteção do
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras consumidor com a necessidade de desenvolvimento
providências. econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os
princípios nos quais se funda a ordem econômica (artigo
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé
e equilíbrio nas relações entre consumidores e
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu fornecedores;
sanciono a seguinte Lei: IV - Educação e informação de fornecedores e
consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com
TÍTULO I vistas à melhoria do mercado de consumo;
DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR V - Incentivo à criação pelos fornecedores de meios
CAPÍTULOI eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos
DISPOSIÇÕES GERAIS e serviços, assim como de mecanismos alternativos de
solução de conflitos de consumo; VI - Coibição e repressão
Art. 1º - O presente Código estabelece normas de proteção eficientes de todos os abusos praticados no mercado de
e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização
social, nos termos dos artigos 5º, inciso XXXII, 170, inciso indevida de inventos e criações industriais das marcas e
V, da Constituição Federal, e artigo 48 de suas Disposições nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar
Transitórias. prejuízos aos consumidores;
Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que VII - Racionalização e melhoria dos serviços públicos;
adquire ou utiliza produtos ou serviço como destinatário VIII - Estudo constante das modificações do mercado de
final. consumo.
Parágrafo único - Equipara-se a consumidor a coletividade Art. 5º - Para a execução da Política Nacional das Relações
de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo de Consumo, contará o Poder Público com os seguintes
nas relações de consumo. instrumentos, entre outros:
Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, I - Manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os para o consumidor carente;
entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de II - Instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do
produção, montagem, criação, construção, transformação, Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
importação, exportação, distribuição ou comercialização de III - Criação de delegacias de polícia especializadas no
produtos ou prestação de serviços. atendimento de consumidores vítimas de infrações penais
§ 1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material de consumo;
ou imaterial. IV - Criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e
§ 2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado Varas Especializadas para a solução de litígios de
de consumo, mediante remuneração, inclusive as de consumo;
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo V - Concessão de estímulos à criação e desenvolvimento
as decorrentes das relações de caráter trabalhista. das Associações de Defesa do Consumidor.
§ 1º - (Vetado.)
CAPÍTULO II § 2º - (Vetado.)
DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES DE
CONSUMO CAPÍTULO III
DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
Art. 4º - A Política Nacional de Relações de Consumo tem Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
por objetivo o atendimento das necessidades dos I - A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e provocados por práticas no fornecimento de produtos e
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a serviços considerados perigosos ou nocivos;
melhoria de sua qualidade de vida, bem como a II - A educação e divulgação sobre o consumo adequado
transferência e harmonia das relações de consumo, dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha
atendidos os seguintes princípios: e a igualdade nas contratações;
I - Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no III - A informação adequada e clara sobre os diferentes
mercado de consumo; produtos e serviços, com especificação correta de
II - Ação governamental no sentido de proteger quantidade, características, composição, qualidade e preço,
efetivamente o consumidor: bem como sobre os riscos que apresentem;
a) Por iniciativa direta; IV - A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,
b) Por incentivos à criação e desenvolvimento de métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como
associações representativas;
Revisada em 26.07.11 30
contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no competentes e aos consumidores, mediante anúncios
fornecimento de produtos e serviços; publicitários.
V - A modificação das cláusulas contratuais que § 2º - Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às
razão de fatos supervenientes que as tornem expensas do fornecedor do produto ou serviço.
excessivamente onerosas; § 3º - Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade
VI - A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos
e morais, individuais, coletivos e difusos; consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
VII - O acesso aos órgãos judiciários e administrativos, Municípios deverão informá-los a respeito.
com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais Art. 11 - (Vetado.)
e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a
proteção jurídica, administrativa e técnica aos SEÇÃO II
necessitados; DA RESPONSABILIDADE PELO
VIII - A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação estrangeiro, e o importador respondem, independentemente
ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
ordinárias de experiências; aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto,
IX - (Vetado.) fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação,
X - Adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem
geral. como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
Art. 7º - Os direitos previstos neste Código não excluem sua utilização e riscos.
outros decorrentes de tratados ou convenções § 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a
internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em
interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
autoridades administrativas competentes, bem como dos I - Sua apresentação;
que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, II - O uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
costumes e eqüidade. III - A época em que foi colocado em circulação.
Parágrafo único - Tendo mais de um autor a ofensa, todos § 2º - O produto não é considerado defeituoso pelo fato de
responderão solidariamente pela reparação dos danos outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
previstos nas normas de consumo. § 3º - O fabricante, o construtor, o produtor ou importador
só não será responsabilizado quando provar:
CAPÍTULO IV I - Que não colocou o produto no mercado;
DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA II - Que embora haja colocado o produto no mercado, o
PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS. defeito inexiste;
SEÇÃO I III - A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA Art. 13 - O comerciante é igualmente responsável, nos
Art. 8º - Os produtos e serviços colocados no mercado de termos do artigo anterior, quando: I - O fabricante, o
consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
consumidores, exceto os considerados normais e identificados;
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, II - O produto for fornecido sem identificação clara do seu
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar fabricante, produtor, construtor ou importador;
as informações necessárias e adequadas a seu respeito. III - Não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Parágrafo único - Em se tratando de produto industrial, ao Parágrafo único - Aquele que efetivar o pagamento ao
fabricante cabe prestar as informações a que se refere este prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os
artigo, através de impressos apropriados que devam demais responsáveis, segundo sua participação na causa do
acompanhar o produto. evento danoso.
Art. 9º - O fornecedor de produtos e serviços Art. 14 - O fornecedor de serviços responde,
potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança independentemente da existência de culpa, pela reparação
deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a dos danos causados aos consumidores por defeitos
respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo relativos à prestação dos serviços, bem como por
da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
concreto. e riscos.
Art. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de § 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a
consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se
apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
saúde ou segurança. quais:
§ 1º - O fornecedor de produtos e serviços que, I - O modo de seu fornecimento;
posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, II - O resultado e os riscos que razoavelmente dele se
tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, esperam;
deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades III - A época em que foi fornecido.
Revisada em 26.07.11 31
§ 2º - O serviço não é considerado defeituoso pela adoção com as normas regulamentares de fabricação, distribuição
de novas técnicas. ou apresentação;
§ 3º - O fornecedor de serviços só não será III - Os produtos que, por qualquer motivo, se revelem
responsabilizado quando provar: inadequados ao fim a que se destinam.
I - Que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; Art. 19 - Os fornecedores respondem solidariamente pelos
II - A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as
§ 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo
será apurada mediante a verificação de culpa. líquido for inferior às indicações constantes do recipiente,
Art. 15 - (Vetado.) da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária,
Art. 16 - (Vetado.) podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua
Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos escolha:
consumidores todas as vítimas do evento. I - O abatimento proporcional do preço;
II - Complementação do peso ou medida;
SEÇÃO III III - A substituição do produto por outro da mesma
DA RESPONSABILIDADE POR espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO IV - A restituição imediata da quantia paga,
Art. 18 - Os fornecedores de produtos de consumo duráveis monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de perdas e danos.
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou § 1º - Aplica-se a este artigo o disposto no § 4º do artigo
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes anterior.
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da § 2º - O fornecedor imediato será responsável quando fizer
disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, estiver aferido segundo os padrões oficiais.
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, Art. 20 - O fornecedor de serviços responde pelos vícios de
podendo o consumidor exigir a substituição das partes qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes
viciadas. diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
§ 1º - Não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 disparidade com as indicações constantes da oferta ou
(trinta) dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir,
à sua escolha: alternativamente e à sua escolha:
I - A substituição do produto por outro da mesma espécie, I - A reexecução dos serviços, sem custo adicional e
em perfeitas condições de uso; quando cabível;
II - A restituição imediata da quantia paga, monetariamente II - A restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - O abatimento proporcional do preço. III - O abatimento proporcional do preço.
§ 2º - Poderão as partes convencionar a redução ou § 1º - A reexecução dos serviços poderá ser confiada a
ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do
podendo ser inferior a 7 (sete) nem superior a 180 (cento e fornecedor.
oitenta) dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo § 2º - São impróprios os serviços que se mostrem
deverá ser convencionada em separado, por meio de inadequados para os fins que razoavelmente deles se
manifestação expressa do consumidor. esperam, bem como aqueles que não atendam às normas
§ 3º - O consumidor poderá fazer uso imediato das regulamentares de prestabilidade.
alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em razão da Art. 21 - No fornecimento de serviços que tenham por
extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á
comprometer a qualidade ou características do produto, implícita a obrigação do fornecedor de empregar
diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. componentes de reposição originais adequados e novos, ou
§ 4º - Tendo o consumidor optado pela alternativa do que mantenham as especificações técnicas do fabricante,
inciso I do § 1º deste artigo, e não sendo possível a salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do
substituição do bem, poderá haver substituição por outro consumidor.
de espécie, marca ou modelo diversos, mediante
complementação ou restituição de eventual diferença de Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1º concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra
deste artigo. forma de empreendimento, são obrigados a fornecer
§ 5º - No caso de fornecimento de produtos in natura, será serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos
responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, essenciais, contínuos.
exceto quando identificado claramente seu produtor. Parágrafo único - Nos casos de descumprimento, total ou
§ 6º - São impróprios ao uso e consumo: parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as
I - Os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
II - Os produtos deteriorados, alterados, adulterados, danos causados, na forma prevista neste Código.
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à Art. 23 - A ignorância do fornecedor sobre os vícios de
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o
exime de responsabilidade.
Revisada em 26.07.11 32
Art. 24 - A garantia legal de adequação do produto ou obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos
serviço independe de termo expresso, vedada a exoneração consumidores.
contratual do fornecedor.
Art. 25 - É vedada a estipulação contratual de cláusula que CAPÍTULO V
impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar DAS PRÁTICAS COMERCIAIS
prevista nesta e nas Seções anteriores. SEÇÃO I
§ 1º - Havendo mais de um responsável pela causação do DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
dano, todos responderão solidariamente pela reparação Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte,
prevista nesta e nas Seções anteriores. equiparam-se aos consumidores todas as pessoas
§ 2º - Sendo o dano causado por componente ou peça determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis
solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que SEÇÃO II
realizou a incorporação. DA OFERTA
Art. 30 - Toda informação ou publicidade, suficientemente
SEÇÃO IV precisa ser veiculada por qualquer forma ou meio de
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos
Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular
fácil constatação caduca em: ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser
I - 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e celebrado.
de produto não duráveis; Art. 31 - A oferta e apresentação de produtos ou serviços
II - 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de devem assegurar informações corretas, claras, precisas,
serviço e de produto duráveis. ostensivas e em língua portuguesa sobre suas
§ 1º - Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da características, qualidade, quantidade, composição, preço,
entrega efetiva do produto ou do término da execução dos garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados,
serviços. bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e
§ 2º - Obstam a decadência: segurança dos consumidores.
I - A reclamação comprovadamente formulada pelo Art. 32 - Os fabricantes e importadores deverão assegurar a
consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até oferta de componentes e peças de reposição enquanto não
a resposta negativa correspondente, que deve ser cessar a fabricação ou importação do produto.
transmitida de forma inequívoca; Parágrafo único - Cessadas a produção ou importação, a
II - (Vetado.) oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo,
III - A instauração de inquérito civil, até seu encerramento. na forma da lei.
§ 3º - Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial Art. 33 - Em caso de oferta ou venda por telefone ou
inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e
Art. 27 - Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão à endereço na embalagem, publicidade e em todos os
reparação pelos danos causados por fato do produto ou do impressos utilizados na transação comercial.
serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a Art. 34 - O fornecedor do produto ou serviço é
contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de solidariamente responsável pelos atos de seus propostos ou
sua autoria. representantes autônomos.
Parágrafo único - (Vetado.) Art. 35 - Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar
cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o
SEÇÃO V consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE I - Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos
JURÍDICA da oferta, apresentação ou publicidade;
Art. 28 - O juiz poderá desconsiderar a personalidade II - Aceitar outro produto ou prestação de serviço
jurídica da sociedade quando, em detrimento do equivalente;
consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, III - Rescindir o contrato, com direito à restituição de
infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos quantia e eventualmente antecipada, monetariamente
ou contrato social. A desconsideração também será atualizada, e a perdas e danos.
efetivada quando houver falência, estado de insolvência,
encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados SEÇÃO III
por má administração. DA PUBLICIDADE
§ 1º - (Vetado.) Art. 36 - A publicidade deve ser veiculada de tal forma que
§ 2º - As sociedades integrantes dos grupos societários e as o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como
sociedades controladas são subsidiariamente responsáveis tal.
pelas obrigações decorrentes deste Código. Parágrafo único - O fornecedor, na publicidade de seus
§ 3º - As sociedades consorciadas são solidariamente produtos ou serviços, manterá em seu poder, para
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste Código. informação dos legítimos interessados, os dados fáticos,
§ 4º - As sociedades coligadas só responderão por culpa. técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
§ 5º - Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica Art. 37 - É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
sempre que sua personalidade for, de alguma forma,
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§ 1º - É enganosa qualquer modalidade de informação ou * inciso XI acrescentado pela Medida Provisória nº 1.477-
comunicação de caráter publicitário, inteira ou 51, de 27 de julho de 1998.
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo XII - Deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua
por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, exclusivo critério.
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre * Inciso XII acrescentado pela Lei nº 9.008, de 21 de
produtos e serviços. março de 1995.
§ 2º - É abusiva, dentre outras, a publicidade Parágrafo único - Os serviços prestados e os produtos
discriminatória de qualquer natureza, a que incite à remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis,
deficiência de julgamento e experiência da criança, inexistindo obrigação de pagamento.
desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de Art. 40 - O fornecedor de serviço será obrigado a entregar
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da
ou perigosa à sua saúde ou segurança. mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem
§ 3º - Para os efeitos deste Código, a publicidade é empregados, as condições de pagamento, bem como as
enganosa por omissão quando deixar de informar sobre datas de início e término dos serviços.
dado essencial do produto ou serviço. § 1º - Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá
§ 4º - (Vetado.) validade pelo prazo de 10 (dez) dias, contados de seu
Art. 38 - O ônus da prova da veracidade e correção da recebimento pelo consumidor.
informação ou comunicação publicitária cabe a quem as § 2º - Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento
patrocina. obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante
livre negociação das partes.
SEÇÃO IV § 3º - O consumidor não responde por quaisquer ônus ou
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS acréscimos decorrentes da contratação de serviços de
Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, terceiros, não previstos no orçamento prévio.
dentre outras práticas abusivas: Art. 41 - No caso de fornecimento de produtos ou de
I - Condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites
justa causa, a limites quantitativos; oficiais sob pena de, não o fazendo, responderem pela
II - Recusar atendimento às demandas dos consumidores, restituição da quantia recebida em excesso,
na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir,
ainda, de conformidade com os usos e costumes; à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de
III - Enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação outras sanções cabíveis.
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV - Prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do SEÇÃO V
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, DA COBRANÇA DE DÍVIDAS
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus Art. 42 - Na cobrança de débitos, o consumidor
produtos ou serviços; inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
V - Exigir do consumidor vantagem manifestamente submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
excessiva; Parágrafo único - O consumidor cobrado em quantia
VI - Executar serviços sem a prévia elaboração de indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
orçamento e autorização expressa do consumidor, igual ao dobro ao que pagou em excesso, acrescido de
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
partes; justificável.
VII - Repassar informação depreciativa referente a ato
praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; SEÇÃO VI
VIII - Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE
ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos CONSUMIDORES
órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não Art. 43 - O consumidor, sem prejuízo do disposto no artigo
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 86, terá acesso às informações existentes em cadastros,
ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
CONMETRO; § 1º - Os cadastros e dados de consumidores devem ser
IX - Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil
diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante compreensão, não podendo conter informações negativas
pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação referentes a período superior a 5 (cinco) anos.
regulados em leis especiais; § 2º - A abertura de cadastro, ficha, registro e dados
X - Elevar sem justa causa o preço de produtos ou pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito
serviços; ao consumidor, quando não solicitada por ele.
XI - Aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal § 3º - O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos
ou contratualmente estabelecido; seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata
Revisada em 26.07.11 34
correção, devendo o arquivista, no prazo de 5 (cinco) dias SEÇÃO II
úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS
informações incorretas. Art. 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as
§ 4º - Os bancos de dados e cadastros relativos a cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e e serviços que:
congêneres são considerados entidades de caráter público. I - Impossibilitem, exonerem ou atenuem a
§ 5º - Consumada a prescrição relativa à cobrança de responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer
débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou
respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o
informações que possam impedir ou dificultar novo acesso fornecedor e o consumidor-pessoa jurídica, a indenização
ao crédito junto aos fornecedores. poderá ser limitada, em situações justificáveis;
Art. 44 - Os órgãos públicos de defesa do consumidor II - Subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da
manterão cadastros atualizados de reclamações quantia já paga, nos casos previstos neste Código;
fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, III - Transfiram responsabilidades a terceiros;
devendo divulgá-los pública e anualmente. A divulgação IV - Estabeleçam obrigações consideradas iníquas,
indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
fornecedor. exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
§ 1º - É facultado o acesso às informações lá constantes eqüidade;
para orientação e consulta por qualquer interessado. V - (Vetado.);
§ 2º - Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas VI - Estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo
regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo do consumidor;
único do artigo 22 deste Código. VII - Determinem a utilização compulsória de arbitragem;
Art. 45 - (Vetado.) VIII - Imponham representante para concluir ou realizar
CAPÍTULO VI outro negócio jurídico pelo consumidor;
DA PROTEÇÃO CONTRATUAL IX - Deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o
SEÇÃO I contrato, embora obrigando o consumidor;
DISPOSIÇÕES GERAIS X - Permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente,
Art. 46 - Os contratos que regulam as relações de consumo variação do preço de maneira unilateral;
não obrigarão os consumidores, se não Ihes for dada a XI - Autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem consumidor;
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu XII - Obriguem o consumidor a ressarcir os custos de
sentido e alcance. cobrança de sua obrigação, sem que igual direito Ihe seja
Art. 47 - As cláusulas contratuais serão interpretadas de conferido contra o fornecedor;
maneira mais favorável ao consumidor. XIII - Autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente
Art. 48 - As declarações de vontade constantes de escritos o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua
particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de celebração;
consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive XIV - Infrinjam ou possibilitem a violação de normas
execução específica, nos termos do artigo 84 e parágrafos. ambientais;
Art. 49 - O consumidor pode desistir do contrato, no prazo XV - Estejam em desacordo com o sistema de proteção ao
de 07 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de consumidor.
recebimento do produto ou serviço, sempre que a XVI - Possibilitem a renúncia do direito de indenização
contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer por benfeitorias necessárias.
fora do estabelecimento comercial, especialmente por § 1º - Presume-se exagerada, entre outros casos, a
telefone ou a domicílio. vantagem que:
Parágrafo único - Se o consumidor exercitar o direito de I - Ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a
arrependimento previsto neste artigo, os valores que pertence;
eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de II - Restringe direitos ou obrigações fundamentais
reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu
atualizados. objeto ou o equilíbrio contratual;
Art. 50 - A garantia contratual é complementar à legal e III - Se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
será conferida mediante termo escrito. considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o
Parágrafo único - O termo de garantia ou equivalente deve interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao
ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada, em que caso.
consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o § 2º - A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não
lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar
consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a
preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, qualquer das partes.
acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso § 3º - (Vetado.) § 4º - É facultado a qualquer consumidor
de produto em linguagem didática, com ilustrações. ou entidade que o represente requerer ao Ministério
Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a
Revisada em 26.07.11 35
nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto Art. 55 - A União, os Estados e o Distrito Federal, em
neste Código ou de qualquer forma não assegure o justo caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação
equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. administrativa, baixarão normas relativas à produção,
industrialização, distribuição e consumo de produtos e
Art. 52 - No fornecimento de produtos ou serviços que serviços.
envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento § 1º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os
ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros Municípios fiscalizarão e controlarão a produção,
requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre: industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e
I - Preço do produto ou serviço em moeda corrente serviços e o mercado de consumo, no interesse da
nacional; preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação
II - Montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se
juros; fizerem necessárias.
III - Acréscimos legalmente previstos; § 2º - (Vetado.)
IV - Número e periodicidade das prestações; § 3º - Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e
V - Soma total a pagar, com e sem financiamento. municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o
§ 1º - As multas de mora decorrentes do inadimplemento mercado de consumo manterão comissões permanentes
de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a para elaboração, revisão e atualização das normas referidas
dois por cento do valor da prestação. no § 1º, sendo obrigatória a participação dos consumidores
§ 2º - É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada e fornecedores.
do débito, total ou parcialmente, mediante redução § 4º - Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos
proporcional dos juros e demais acréscimos. fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem
§ 3º - (Vetado.) informações sobre questões de interesse do consumidor,
resguardado o segredo industrial.
Art. 53 - Nos contratos de compra e venda de móveis ou
imóveis mediante pagamento em prestações, bem como Art. 56 - As infrações das normas de defesa do consumidor
nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções
de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e
das prestações pagas em benefício do credor que, em razão das definidas em normas específicas:
do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a I - Multa;
retomada do produto alienado. II - Apreensão do produto;
§ 1º - (Vetado.) III - Inutilização do produto;
§ 2º - Nos contratos do sistema de consórcio de produtos IV - Cassação do registro do produto junto ao órgão
duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas competente;
quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da V - Proibição de fabricação do produto;
vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos VI - Suspensão de fornecimento de produtos ou serviço;
que o desistente ou inadimplente causar ao grupo. VII - Suspensão temporária de atividade;
§ 3º - Os contratos de que trata o caput deste artigo serão VIII - Revogação de concessão ou permissão de uso;
expressos em moeda corrente nacional. IX - Cassação de licença do estabelecimento ou de
SEÇÃO III atividade;
DOS CONTRATOS DE ADESÃO X - Interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra
Art. 54 - Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas ou de atividade;
tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou XI - Intervenção administrativa;
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos XII - Imposição de contrapropaganda.
ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou Parágrafo único - As sanções previstas neste artigo serão
modificar substancialmente seu conteúdo. aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua
§ 1º - A inserção de cláusula no formulário não desfigura a atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente,
natureza de adesão do contrato. inclusive por medida cautelar antecedente ou incidente de
§ 2º - Nos contratos de adesão admite-se cláusula procedimento administrativo.
resolutória, desde que alternativa, cabendo a escolha ao Art. 57 - A pena de multa, graduada de acordo com a
consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2º do artigo gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição
anterior. econômica do fornecedor, será aplicada mediante
§ 3º - Os contratos de adesão escritos serão redigidos em procedimento administrativo nos termos da lei, revertendo
termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de
modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. 1985, sendo a infração ou dano de âmbito nacional, ou para
§ 4º - As cláusulas que implicarem limitação de direito do os fundos estaduais de proteção ao consumidor nos demais
consumidor deverão ser redigidas com destaque, casos.
permitindo sua imediata e fácil compreensão. Parágrafo único - A multa será em montante nunca inferior
§ 5º - (Vetado.) a 300 (trezentas) e não superior a 3.000.000 (três milhões)
de vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional - BTN, ou
CAPÍTULO VII índice equivalente que venha substituí-lo.
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
Revisada em 26.07.11 36
Art. 58 - As penas de apreensão, de inutilização de pela autoridade competente, os produtos nocivos ou
produtos, de proibição de fabricação de produtos, de perigosos, na forma deste artigo.
suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de Art. 65 - Executar serviço de alto grau de periculosidade,
cassação do registro do produto e revogação da concessão contrariando determinação de autoridade competente:
ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla Parágrafo único - As penas deste artigo são aplicáveis sem
defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte.
de qualidade por inadequação ou insegurança do produto Art. 66 - Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir
ou serviço. informação relevante sobre a natureza, característica,
Art. 59 - As penas de cassação de alvará de licença, de qualidade, quantidade, segurança, desempenho,
interdição e de suspensão temporária da atividade, bem durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
como a de intervenção administrativa serão aplicadas Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla § 1º - Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a
defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das oferta.
infrações de maior gravidade previstas neste Código e na § 2º - Se o crime é culposo:
legislação de consumo. Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
§ 1º - A pena de cassação da concessão será aplicada à Art. 67 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou
concessionária de serviço público, quando violar obrigação deveria saber ser enganosa ou abusiva:
legal ou contratual. Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 2º - A pena de intervenção administrativa será aplicada Parágrafo único - (Vetado.)
sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a Art. 68 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou
cassação de licença, a interdição ou suspensão da deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se
atividade. comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou
§ 3º - Pendendo ação judicial na qual se discuta a segurança:
imposição de penalidade administrativa, não haverá Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
reincidência até o trânsito em julgado da sentença.
Art. 60 - A imposição de contrapropaganda será cominada Parágrafo único - (Vetado.)
quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade Art. 69 - Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e
enganosa ou abusiva, nos termos do artigo 36 e seus científicos que dão base à publicidade:
parágrafos, sempre às expensas do infrator. Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
§ 1º - A contrapropaganda será divulgada pelo responsável Art. 70 - Empregar, na reparação de produtos, peças ou
da mesma forma, freqüência e dimensão e componentes de reposição usados, sem autorização do
preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e consumidor:
horário, de forma capaz de desfazer o malefício da
publicidade enganosa ou abusiva. Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 2º - (Vetado.) Art. 71 - Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça,
§ 3º - (Vetado.) coação, constrangimento físico ou moral, afirmações
falsas, incorretas ou enganosas ou de qualquer outro
TÍTULO II procedimento que exponha o consumidor,
DAS INFRAÇÕES PENAIS injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho,
Art. 61 - Constituem crimes contra as relações de consumo descanso ou lazer:
previstas neste Código, sem prejuízo do disposto no Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.
Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos Art. 72 - Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às
artigos seguintes. informações que sobre ele constem em cadastros, banco de
Art. 62 - (Vetado.) dados, fichas e registros:
Art. 63 - Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano ou multa.
nocividade ou periculosidade de produtos nas embalagens, Art. 73 - Deixar de corrigir imediatamente informação
nos invólucros, recipientes ou publicidade: sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados,
Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:
§ 1º - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a Art. 74 - Deixar de entregar ao consumidor o termo de
periculosidade do serviço a ser prestado. garantia adequadamente preenchido e com especificação
§ 2º - Se o crime é culposo: clara de seu conteúdo:
Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
Art. 64 - Deixar de comunicar à autoridade competente e Art. 75 - Quem, de qualquer forma, concorrer para os
aos consumidores a nocividade ou periculosidade de crimes referidos neste Código incide nas penas a esses
produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o
no mercado: diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que
Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o
Parágrafo único - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em
de retirar do mercado, imediatamente quando determinado
Revisada em 26.07.11 37
depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços II - Interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para
nas condições por ele proibidas. efeitos deste Código, os transindividuais de natureza
Art. 76 - São circunstâncias agravantes dos crimes indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de
tipificados neste Código: pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
I - Serem cometidos em época de grave crise econômica ou relação jurídica-base;
por ocasião de calamidade; III - Interesses ou direitos individuais homogêneos, assim
II - Ocasionarem grave dano individual ou coletivo; entendidos os decorrentes de origem comum.
III - Dissimular-se a natureza ilícita do procedimento; Art. 82 - Para os fins do art. 81, parágrafo único, são
IV - Quando cometidos: legitimados concorrentemente:
a) Por servidor público, ou por pessoa cuja condição I - O Ministério Público;
econômico-social seja manifestamente superior à da II - A União, os Estados, os Municípios e o Distrito
vítima; Federal;
b) Em detrimento de operário ou rurícola; de menor de 18 III - As entidades e órgãos da Administração Pública,
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos ou de pessoas Direta ou Indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
portadoras de deficiência mental, interditadas ou não; V - especificamente destinados à defesa dos interesses e
Serem praticados em operações que envolvam alimentos, direitos protegidos por este Código;
medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços IV - As associações legalmente constituídas há pelo menos
essenciais. 1 (um) ano e que incluam entre seus fins institucionais a
Art. 77 - A pena pecuniária prevista nesta Seção será defesa dos interesses e direitos protegidos por este Código,
fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao dispensada a autorização assemblear.
máximo de dias de duração da pena privativa da liberdade § 1º - O requisito da pré-constituição pode ser dispensado
cominada ou crime. Na individualização desta multa, o juiz pelo Juiz, nas ações previstas no artigo 91 e seguintes,
observará o disposto no artigo 60, 1º, do Código Penal. quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
Art. 78 - Além das penas privativas de liberdade e de dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do
multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, bem jurídico a ser protegido. § 2º - (Vetado.)
observado o disposto nos artigos 44 a 47 do Código Penal: § 3º - (Vetado.)
I - A interdição temporária de direitos; Art. 83 - Para a defesa dos direitos e interesses protegidos
II - A publicação em órgãos de comunicação de grande por este Código são admissíveis todas as espécies de ações
circulação ou audiência, às expensas do condenado, de capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.
notícia sobre os fatos e a condenação; Parágrafo único - (Vetado.)
III - A prestação de serviços à comunidade.
Art. 79 - O valor da fiança, nas infrações de que trata este Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da
Código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que obrigação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela
presidir o inquérito, entre 100 (cem) e 200.000 (duzentas específica da obrigação ou determinará providências que
mil) vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional - BTN, assegurem o resultado prático equivalente ao do
ou índice equivalente que venha substituí-lo. adimplemento.
Parágrafo único - Se assim recomendar a situação § 1º - A conversão da obrigação em perdas e danos
econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser: somente será admissível se por elas optar o autor ou se
a) Reduzida até a metade de seu valor mínimo; impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado
b) Aumentada pelo Juiz até 20 (vinte) vezes. prático correspondente.
Art. 80 - No processo penal atinente aos crimes previstos § 2º - A indenização por perdas e danos se fará sem
neste Código, bem como a outros crimes e contravenções prejuízo da multa (artigo 287 do Código de Processo
que envolvam relações de consumo, poderão intervir, Civil).
como assistentes do Ministério Público, os legitimados § 3º - Sendo relevante o fundamento da demanda e
indicados no artigo 82, incisos III e IV, aos quais também é havendo justificado receio de ineficácia do provimento
facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não final, é lícito ao Juiz conceder a tutela liminarmente ou
for oferecida no prazo legal. após justificação prévia, citado o réu.
§ 4º - O Juiz poderá, na hipótese do § 3º ou na sentença,
TÍTULO III impor multa diária ao réu, independentemente de pedido
DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
CAPÍTULO I fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
DISPOSIÇÕES GERAIS § 5º - Para a tutela específica ou para a obtenção do
Art. 81 - A defesa dos interesses e direitos dos resultado prático equivalente, poderá o Juiz determinar as
consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo medidas necessárias, tais como busca e apreensão,
individualmente, ou a título coletivo. remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra,
Parágrafo único - A defesa coletiva será exercida quando impedimento de atividade nociva, além de requisição de
se tratar de: força policial.
I - Interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para Art. 85 - (Vetado.)
efeitos deste Código, os transindividuais, de natureza Art. 86 - (Vetado.)
indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e Art. 87 - Nas ações coletivas de que trata este Código não
ligadas por circunstâncias de fato; haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários
Revisada em 26.07.11 38
periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da I - Da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no
associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorário caso de execução individual;
de advogados, custas e despesas processuais. II - Da ação condenatória, quando coletiva a execução.
Parágrafo único - Em caso de litigância de má-fé, a Art. 99 - Em caso de concurso de créditos decorrentes de
associação autora e os diretores responsáveis pela condenação prevista na Lei nº 7.347, de 24 de julho de
propositura da ação serão solidariamente condenados em 1985, e de indenizações pelos prejuízos individuais
honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem resultantes do mesmo evento danoso, estas terão
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. preferência no pagamento.
Art. 88 - Na hipótese do artigo 13, parágrafo único, deste Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, a
Código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em destinação da importância recolhida ao fundo criado pela
processo autônomo, facultada a possibilidade de Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, ficará sustada
prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações
lide. de indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese
Art. 89 - (Vetado.) de o patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente
Art. 90 - Aplicam-se às ações previstas neste Título as para responder pela integralidade das dívidas.
normas do Código de Processo Civil e da Lei nº 7.347, de Art. 100 - Decorrido o prazo de 1 (um) ano sem habilitação
24 de junho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito de interessados em número compatível com a gravidade do
civil, naquilo que não contrariar suas disposições. dano, poderão os legitimados do artigo 82 promover a
liquidação e execução da indenização devida.
CAPÍTULO II Parágrafo único - O produto da indenização devida
DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA reverterá para o Fundo criado pela Lei nº 7.347, de 24 de
DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS julho de 1985.
Art. 91 - Os legitimados de que trata o art. 82 poderão
propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus CAPÍTULO III
sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO
danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS
nos artigos seguintes. Art. 101 - Na ação de responsabilidade civil do fornecedor
Art. 92 - O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos
sempre como fiscal da lei. Capítulos I e II deste Título, serão observadas as seguintes
Parágrafo único - (Vetado.) normas:
Art. 93 - Ressalvada a competência da Justiça Federal, é I - A ação pode ser proposta no domicílio do autor;
competente para a causa a Justiça local: II - O réu que houver contratado seguro de
I - No foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador,
quando de âmbito local; vedada a integração do contraditório pelo Instituto de
II - No foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar
para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se procedente o pedido condenará o réu nos termos do artigo
as regras do Código de Processo Civil aos casos de 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido
competência concorrente. declarado falido, o síndico será intimado a informar a
Art. 94 - Proposta a ação, será publicado edital no órgão existência de seguro de responsabilidade facultando-se, em
oficial, a fim de que os interessados possam intervir no caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização
processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla diretamente contra o segurador, vedada a denunciação da
divulgação pelos meios de comunicação social por parte lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o
dos órgãos de defesa do consumidor. litisconsórcio obrigatório com este.
Art. 95 - Em caso de procedência do pedido, a condenação Art. 102 - Os legitimados a agir na forma deste Código
será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos poderão propor ação visando compelir o Poder Público
danos causados. competente a proibir, em todo o Território Nacional, a
Art. 96 - (Vetado.) produção, divulgação, distribuição ou venda, ou a
Art. 97 - A liquidação e a execução de sentença poderão determinar alteração na composição, estrutura, fórmula ou
ser promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo
pelos legitimados de que trata o artigo 82. regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à
Parágrafo único - (Vetado.) incolumidade pessoal.
Art. 98 - A execução poderá ser coletiva, sendo promovida § 1º - (Vetado.)
pelos legitimados de que trata o artigo 82, abrangendo as § 2º - (Vetado.)
vítimas cujas indenizações já tiverem sido fixadas em
sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de CAPÍTULO IV
outras execuções. DA COISA JULGADA
§ 1º - A execução coletiva far-se-á com base em certidão Art. 103 - Nas ações coletivas de que trata este Código, a
das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a sentença fará coisa julgada:
ocorrência ou não do trânsito em julgado. I - Erga omnes, exceto se o pedido for julgado
§ 2º - É competente para a execução o Juízo: improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que
qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com
Revisada em 26.07.11 39
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova, na VI - Representar ao Ministério Público competente para
hipótese do inciso I do parágrafo único do artigo 81; fins de adoção de medidas processuais no âmbito de suas
II - Ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou atribuições;
classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, VII - Levar ao conhecimento dos órgãos competentes as
nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese infrações de ordem administrativa que violarem os
prevista no inciso II do parágrafo único do artigo 81; interesses difusos, coletivos, ou individuais dos
III - Erga omnes, apenas no caso de procedência do consumidores;
pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, VIII - Solicitar o concurso de órgãos e entidades da União,
na hipótese do inciso III do parágrafo único do artigo 81. Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como
§ 1º - Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento,
não prejudicarão interesses e direitos individuais dos quantidade e segurança de bens e serviços;
integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe. IX - Incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros
§ 2º - Na hipótese prevista no inciso III, em caso de programas especiais, a formação de entidades de defesa do
improcedência do pedido, os interessados que não tiverem consumidor pela população e pelos órgãos públicos
intervindo no processo como litisconsortes poderão propor estaduais e municipais;
ação de indenização a título individual. X - (Vetado.);
§ 3º - Os efeitos da coisa julgada de que cuida o artigo 16, XI - (Vetado.);
combinado com o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de XII - (Vetado.);
1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos XIII - Desenvolver outras atividades compatíveis com suas
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na finalidades.
forma prevista neste Código, mas, se procedente o pedido, Parágrafo único - Para a consecução de seus objetivos, o
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá
proceder à liquidação e à execução, nos termos dos artigos solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória
96 a 99. especialização técnico-científica.
§ 4º - Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença
penal condenatória. TÍTULO V
Art. 104 - As ações coletivas, previstas nos incisos I e II do DA CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO
parágrafo único do artigo 81, não induzem litispendência Art. 107 - As entidades civis de consumidores e as
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada associações de fornecedores ou sindicatos de categoria
erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III econômica podem regular, por convenção escrita, relações
do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações de consumo que tenham por objeto estabelecer condições
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
30 (trinta) dias, a contar da ciência nos autos do características de produtos e serviços, bem como à
ajuizamento da ação coletiva. reclamação e composição do conflito de consumo.
§ 1º - A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do
TÍTULO IV registro do instrumento no cartório de títulos e
DO SISTEMA NACIONAL documentos.
DE DEFESA DO CONSUMIDOR § 2º - A convenção somente obrigará os filiados às
Art. 105 - Integram o Sistema Nacional de Defesa do entidades signatárias.
Consumidor - SNDC - os órgãos federais, estaduais, do § 3º - Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor
Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de que se desligar da entidade em data posterior ao registro do
defesa do consumidor. instrumento.
Art. 106 - O Departamento Nacional de Defesa do Art. 108 - (Vetado.)
Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico
- MJ, ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo TÍTULO VI
de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa DISPOSIÇÕES FINAIS
do Consumidor, cabendo-lhe: Art. 109 - (Vetado.)
I - Planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a Art. 110 - Acrescente-se o seguinte inciso IV ao artigo 1º
política nacional de proteção ao consumidor; da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:
II - Receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, "IV - A qualquer outro interesse difuso ou coletivo."
denúncias ou sugestões apresentadas por entidades Art. 111 - O inciso II do artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de
representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:
privado; III - Prestar aos consumidores orientação "II - Inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção
permanente sobre seus direitos e garantias; ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico,
IV - Informar, conscientizar e motivar o consumidor estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer
através dos diferentes meios de comunicação; outro interesse difuso ou coletivo."
V - Solicitar à Polícia Judiciária a instauração de inquérito
policial para a apreciação de delito contra os Art. 112 - O § 3º do artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de
consumidores, nos termos da legislação vigente; julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:
Revisada em 26.07.11 40
"§ 3º - Em caso de desistência infundada ou abandono da
ação por associação legitimada, o Ministério Público ou
outro legitimado assumirá a titularidade ativa."
Art. 113 - Acrescente-se os seguintes §§ 4º, 5º e 6º ao
artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:
"§ 4º - O requisito da pré-constituição poderá ser
dispensado pelo Juiz, quando haja manifesto interesse
social evidenciado pela dimensão ou característica do
dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
§ 5º - Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os
Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos
Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida
esta lei.
§ 6º - Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
interessados compromisso de ajustamento de sua conduta
às exigências legais, mediante cominação, que terá eficácia
de título executivo extrajudicial".
Revisada em 26.07.11 41
Parágrafo único. O Ministério da Saúde promoverá
Lei nº 9.787 de 10/02/1999 mecanismos que assegurem ampla comunicação,
informação e educação sobre os medicamentos genéricos.
DOU 11/02/1999 ART.5 - O Ministério da Saúde promoverá programas de
EMENTA: Altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de apoio ao desenvolvimento técnico-científico aplicado à
1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o melhoria da qualidade dos medicamentos.
medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de Parágrafo único. Será buscada a cooperação de
nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras instituições nacionais e internacionais relacionadas com a
providências. aferição da qualidade de medicamentos.
(artigos 1 a 7)
TEXTO: Conselho Regional de Farmácia do Paraná
ART.1 - A Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, passa
a vigorar com as seguintes alterações: A Organização Jurídica da Profissão Farmacêutica
* Alterações já processadas no diploma modificado.
ART.2 - O órgão federal responsável pela vigilância ART.6 - Os laboratórios que produzem e comercializam
sanitária regulamentará, em até noventa dias: medicamentos com ou sem marca ou nome comercial terão
I - os critérios e condições para o registro e o controle de o prazo de seis meses para as alterações e adaptações
qualidade dos medicamentos genéricos; necessárias ao cumprimento do que dispõe esta Lei.
II - os critérios para as provas de biodisponibilidade de ART.7 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
produtos farmacêuticos em geral;
III - os critérios para a aferição da equivalência
terapêutica, mediante as provas de bioequivalência de
medicamentos genéricos, para a caracterização de sua
intercambialidade;
IV - os critérios para a dispensação de medicamentos
genéricos nos serviços farmacêuticos governamentais e
privados, respeitada a decisão expressa de não
intercambialidade do profissional prescritor.
ART.3 - As aquisições de medicamentos, sob qualquer
modalidade de compra, e as prescrições médicas e
odontológicas de medicamentos, no âmbito do Sistema
Único de Saúde - SUS, adotarão obrigatoriamente a
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, a
Denominação Comum Internacional (DCI).
§ 1º O órgão federal responsável pela vigilância sanitária
editará, periodicamente, a relação de medicamentos
registrados no País, de acordo com a classificação
farmacológica da Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais - Rename vigente e segundo a Denominação
Comum Brasileira ou, na sua falta, a Denominação
Comum Internacional, seguindo-se os nomes comerciais e
as correspondentes empresas fabricantes.
§ 2º Nas aquisições de medicamentos a que se refere o
"caput" deste artigo, o medicamento genérico, quando
houver, terá preferência sobre os demais em condições de
igualdade de preço.
§ 3º Nos editais, propostas licitatórias e contratos de
aquisição de medicamentos, no âmbito do SUS, serão
exigidas, no que couber, as especificações técnicas dos
produtos, os respectivos métodos de controle de qualidade
e a sistemática de certificação de conformidade.
§ 4º A entrega dos medicamentos adquiridos será
acompanhada dos respectivos laudos de qualidade.
ART.4 - É o Poder Executivo Federal autorizado a
promover medidas especiais relacionadas com
o registro, a fabricação, o regime econômico-fiscal, a
distribuição e a dispensação de medicamentos
genéricos, de que trata esta Lei, com vistas a estimular sua
adoção e uso no País.
Revisada em 26.07.11 42
LEI N° 9.965, DE 27/04/2000.
Restringe a venda de esteróides ou peptídeos anabolizantes
e dá outras providências.
Revisada em 26.07.11 43
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania
do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de
LEI Nº 11.343, DE 23/08/2006. proteção para o uso indevido de drogas e outros
comportamentos correlacionados;
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso participação social, para o estabelecimento dos
indevido, atenção e reinserção social de usuários e fundamentos e estratégias do Sisnad;
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre
produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da
define crimes e dá outras providências participação social nas atividades do Sisnad;
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;
VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais
TÍTULO I de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito;
Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e
Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de mútua nas atividades do Sisnad;
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de reconheça a interdependência e a natureza complementar
drogas e define crimes. das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como reinserção social de usuários e dependentes de drogas,
drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de
dependência, assim especificados em lei ou relacionados drogas;
em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo X - a observância do equilíbrio entre as atividades de
da União. prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
Art. 2o Ficam proibidas, em todo o território nacional, as usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser garantir a estabilidade e o bem-estar social;
extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de XI - a observância às orientações e normas emanadas do
autorização legal ou regulamentar, bem como o que Conselho Nacional Antidrogas - Conad.
estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, Art. 5o O Sisnad tem os seguintes objetivos:
sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a
plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e
e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, outros comportamentos correlacionados;
exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em II - promover a construção e a socialização do
local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, conhecimento sobre drogas no país;
respeitadas as ressalvas supramencionadas. III - promover a integração entre as políticas de prevenção
do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
TÍTULO II dependentes de drogas e de repressão à sua produção não
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas
SOBRE DROGAS setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito
Art. 3o O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, Federal, Estados e Municípios;
organizar e coordenar as atividades relacionadas com: IV - assegurar as condições para a coordenação, a
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção integração e a articulação das atividades de que trata o art.
social de usuários e dependentes de drogas; 3o desta Lei.
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico
ilícito de drogas. CAPÍTULO II
CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS
SOBRE DROGAS Art. 6o (VETADO)
Art. 4o São princípios do Sisnad: Art. 7o A organização do Sisnad assegura a orientação
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, central e a execução descentralizada das atividades
especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade; realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital,
II - o respeito à diversidade e às especificidades estadual e municipal e se constitui matéria definida no
populacionais existentes; regulamento desta Lei.
Art. 8o (VETADO)
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CAPÍTULO III VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais
(VETADO) vulneráveis da população, levando em consideração as suas
Art. 9o (VETADO) necessidades específicas;
Art. 10. (VETADO) VIII - a articulação entre os serviços e organizações que
Art. 11. (VETADO) atuam em atividades de prevenção do uso indevido de
Art. 12. (VETADO) drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de
Art. 13. (VETADO) drogas e respectivos familiares;
Art. 14. (VETADO) IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais,
CAPÍTULO IV artísticas, profissionais, entre outras, como forma de
DA COLETA, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE inclusão social e de melhoria da qualidade de vida;
INFORMAÇÕES X - o estabelecimento de políticas de formação continuada
SOBRE DROGAS na área da prevenção do uso indevido de drogas para
Art. 15. (VETADO) profissionais de educação nos 3 (três) níveis de ensino;
Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à XI - a implantação de projetos pedagógicos de prevenção
saúde e da assistência social que atendam usuários ou do uso indevido de drogas, nas instituições de ensino
dependentes de drogas devem comunicar ao órgão público e privado, alinhados às Diretrizes Curriculares
competente do respectivo sistema municipal de saúde os Nacionais e aos conhecimentos relacionados a drogas;
casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a XII - a observância das orientações e normas emanadas do
identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da Conad;
União. XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de repressão ao social de políticas setoriais específicas.
tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso
do Poder Executivo. indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente
deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas
TÍTULO III pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO Adolescente - Conanda.
INDEVIDO, ATENÇÃO E
REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E CAPÍTULO II
DEPENDENTES DE DROGAS DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE
CAPÍTULO I REINSERÇÃO SOCIAL
DA PREVENÇÃO DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e
indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito
direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de
e risco e para a promoção e o fortalecimento dos fatores de vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso
proteção. de drogas.
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do
drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes: usuário ou do dependente de drogas e respectivos
I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para
de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua sua integração ou reintegração em redes sociais.
relação com a comunidade à qual pertence; Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social
II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação do usuário e do dependente de drogas e respectivos
científica como forma de orientar as ações dos serviços familiares devem observar os seguintes princípios e
públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e diretrizes:
estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam; I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas,
III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade independentemente de quaisquer condições, observados os
individual em relação ao uso indevido de drogas; direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e
IV - o compartilhamento de responsabilidades e a diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política
colaboração mútua com as instituições do setor privado e Nacional de Assistência Social;
com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e
dependentes de drogas e respectivos familiares, por meio reinserção social do usuário e do dependente de drogas e
do estabelecimento de parcerias; respectivos familiares que considerem as suas
V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e peculiaridades socioculturais;
adequadas às especificidades socioculturais das diversas III - definição de projeto terapêutico individualizado,
populações, bem como das diferentes drogas utilizadas; orientado para a inclusão social e para a redução de riscos e
VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do de danos sociais e à saúde;
uso” e da redução de riscos como resultados desejáveis das IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos
atividades de natureza preventiva, quando da definição dos respectivos familiares, sempre que possível, de forma
objetivos a serem alcançados; multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;
V - observância das orientações e normas emanadas do
Conad;
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VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle § 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas
social de políticas setoriais específicas. a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios submetê-lo, sucessivamente a:
desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao I - admoestação verbal;
dependente de drogas, respeitadas as diretrizes do II - multa.
Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22 § 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à
desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária adequada. disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento
Municípios poderão conceder benefícios às instituições especializado.
privadas que desenvolverem programas de reinserção no Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere
mercado de trabalho, do usuário e do dependente de drogas o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à
encaminhados por órgão oficial. reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa,
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior
lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a
assistência social, que atendam usuários ou dependentes de capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos
drogas poderão receber recursos do Funad, condicionados até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.
à sua disponibilidade orçamentária e financeira. Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão creditados à
da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena conta do Fundo Nacional Antidrogas.
privativa de liberdade ou submetidos a medida de Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a
segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua execução das penas, observado, no tocante à interrupção do
saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário. prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código
Penal.
CAPÍTULO III
DOS CRIMES E DAS PENAS TÍTULO IV
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS
substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério
Público e o defensor. CAPÍTULO I
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, DISPOSIÇÕES GERAIS
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade
drogas sem autorização ou em desacordo com competente para produzir, extrair, fabricar, transformar,
determinação legal ou regulamentar será submetido às preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar,
seguintes penas: reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,
I - advertência sobre os efeitos das drogas; comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim,
II - prestação de serviços à comunidade; drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação,
III - medida educativa de comparecimento a programa ou observadas as demais exigências legais.
curso educativo. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu destruídas pelas autoridades de polícia judiciária, que
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas recolherão quantidade suficiente para exame pericial, de
destinadas à preparação de pequena quantidade de tudo lavrando auto de levantamento das condições
substância ou produto capaz de causar dependência física encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as
ou psíquica. medidas necessárias para a preservação da prova.
§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo § 1o A destruição de drogas far-se-á por incineração, no
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da prazo máximo de 30 (trinta) dias, guardando-se as
substância apreendida, ao local e às condições em que se amostras necessárias à preservação da prova.
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, § 2o A incineração prevista no § 1o deste artigo será
bem como à conduta e aos antecedentes do agente. precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério
§ 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste Público, e executada pela autoridade de polícia judiciária
artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) competente, na presença de representante do Ministério
meses. Público e da autoridade sanitária competente, mediante
§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos auto circunstanciado e após a perícia realizada no local da
incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo incineração.
prazo máximo de 10 (dez) meses. § 3o Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a
§ 5o A prestação de serviços à comunidade será cumprida plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à
em programas comunitários, entidades educacionais ou proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto no
assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a
públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional
preferencialmente, da prevenção do consumo ou da do Meio Ambiente - Sisnama.
recuperação de usuários e dependentes de drogas.
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§ 4o As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de
expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo
incorre quem se associa para a prática reiterada do crime
CAPÍTULO II definido no art. 36 desta Lei.
DOS CRIMES Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda multa.
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo,
determinação legal ou regulamentar: organização ou associação destinados à prática de qualquer
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) Lei:
dias-multa. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas,
vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com regulamentar:
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
insumo ou produto químico destinado à preparação de pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
drogas; Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou Conselho Federal da categoria profissional a que pertença
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de o agente.
plantas que se constituam em matéria-prima para a Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o
preparação de drogas; consumo de drogas, expondo a dano potencial a
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a incolumidade de outrem:
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da
consente que outrem dele se utilize, ainda que apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa
determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a
de drogas. 400 (quatrocentos) dias-multa.
§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas
droga: cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa. multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de transporte coletivo de passageiros.
lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são
consumirem: aumentadas de um sexto a dois terços, se:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e I - a natureza, a procedência da substância ou do produto
pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a
dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. transnacionalidade do delito;
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função
as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, pública ou no desempenho de missão de educação, poder
vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde familiar, guarda ou vigilância;
que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou
dedique às atividades criminosas nem integre organização imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
criminosa. hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais
vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção
fabricação, preparação, produção ou transformação de social, de unidades militares ou policiais ou em transportes
drogas, sem autorização ou em desacordo com públicos;
determinação legal ou regulamentar: IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo
1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa. de intimidação difusa ou coletiva;
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes entre estes e o Distrito Federal;
previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
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VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo,
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código
determinação; de Processo Penal e da Lei de Execução Penal.
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. § 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes
voluntariamente com a investigação policial e o processo previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e
criminal na identificação dos demais co-autores ou julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099,
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados
produto do crime, no caso de condenação, terá pena Especiais Criminais.
reduzida de um terço a dois terços. § 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei,
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou,
Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer,
produto, a personalidade e a conduta social do agente. lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a requisições dos exames e perícias necessários.
39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 § 3o Se ausente a autoridade judicial, as providências
desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo previstas no § 2o deste artigo serão tomadas de imediato
a cada um, segundo as condições econômicas dos pela autoridade policial, no local em que se encontrar,
acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior vedada a detenção do agente.
a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo. § 4o Concluídos os procedimentos de que trata o § 2o deste
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito,
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária
aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação entender conveniente, e em seguida liberado.
econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, § 5o Para os fins do disposto no art. 76 da Lei no 9.099, de
ainda que aplicadas no máximo. 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais, o
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de
a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na
graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a proposta.
conversão de suas penas em restritivas de direitos. Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33,
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as
artigo, dar-se-á o livramento condicional após o circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos
cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão protetivos de colaboradores e testemunhas previstos na Lei
ao reincidente específico. no 9.807, de 13 de julho de 1999.
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da Seção I
dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito Da Investigação
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual
do fato ou de determinar-se de acordo com esse será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24
entendimento. (vinte e quatro) horas.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, § 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante
por força pericial, que este apresentava, à época do fato e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o
previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste laudo de constatação da natureza e quantidade da droga,
artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
encaminhamento para tratamento médico adequado. idônea.
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois § 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o
terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 deste artigo não ficará impedido de participar da
desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da elaboração do laudo definitivo.
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa)
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em dias, quando solto.
avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo
agente para tratamento, realizada por profissional de saúde podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério
com competência específica na forma da lei, determinará Público, mediante pedido justificado da autoridade de
que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta polícia judiciária.
Lei. Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei,
a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do
CAPÍTULO III inquérito ao juízo:
DO PROCEDIMENTO PENAL I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,
justificando as razões que a levaram à classificação do
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delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou § 5o Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo
do produto apreendido, o local e as condições em que se de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso,
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, realização de diligências, exames e perícias.
a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora
II - requererá sua devolução para a realização de para a audiência de instrução e julgamento, ordenará a
diligências necessárias. citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos
de diligências complementares: periciais.
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo § 1o Tratando-se de condutas tipificadas como infração do
resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até disposto nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o
3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento; juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e cautelar do denunciado de suas atividades, se for
valores de que seja titular o agente, ou que figurem em seu funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.
nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo § 2o A audiência a que se refere o caput deste artigo será
competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao
e julgamento. recebimento da denúncia, salvo se determinada a
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa realização de avaliação para atestar dependência de drogas,
aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos quando se realizará em 90 (noventa) dias.
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o
Ministério Público, os seguintes procedimentos interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas,
investigatórios: será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de Ministério Público e ao defensor do acusado, para
investigação, constituída pelos órgãos especializados sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para
pertinentes; cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz
seus precursores químicos ou outros produtos utilizados indagará das partes se restou algum fato para ser
em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o
com a finalidade de identificar e responsabilizar maior entender pertinente e relevante.
número de integrantes de operações de tráfico e Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de
distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autos para isso lhe sejam conclusos.
autorização será concedida desde que sejam conhecidos o § 1o Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havido
itinerário provável e a identificação dos agentes do delito controvérsia, no curso do processo, sobre a natureza ou
ou de colaboradores. quantidade da substância ou do produto, ou sobre a
Seção II regularidade do respectivo laudo, determinará que se
Da Instrução Criminal proceda na forma do art. 32, § 1o, desta Lei, preservando-
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, se, para eventual contraprova, a fração que fixar.
de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de § 2o Igual procedimento poderá adotar o juiz, em decisão
informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no motivada e, ouvido o Ministério Público, quando a
prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes quantidade ou valor da substância ou do produto o indicar,
providências: precedendo a medida a elaboração e juntada aos autos do
I - requerer o arquivamento; laudo toxicológico.
II - requisitar as diligências que entender necessárias; Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se
requerer as demais provas que entender pertinentes. à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes,
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação assim reconhecido na sentença condenatória.
do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no
prazo de 10 (dez) dias. CAPÍTULO IV
§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO
exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar DE BENS DO ACUSADO
todas as razões de defesa, oferecer documentos e Art. 60. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
justificações, especificar as provas que pretende produzir e, Público ou mediante representação da autoridade de polícia
até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. judiciária, ouvido o Ministério Público, havendo indícios
§ 2o As exceções serão processadas em apartado, nos suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da
termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias
outubro de 1941 - Código de Processo Penal. relacionadas aos bens móveis e imóveis ou valores
§ 3o Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz consistentes em produtos dos crimes previstos nesta Lei,
nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, ou que constituam proveito auferido com sua prática,
concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação. procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei
§ 4o Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo
dias. Penal.
Revisada em 26.07.11 49
§ 1o Decretadas quaisquer das medidas previstas neste União, por intermédio da Senad, indicar para serem
artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo de 5 colocados sob uso e custódia da autoridade de polícia
(cinco) dias, apresente ou requeira a produção de provas judiciária, de órgãos de inteligência ou militares,
acerca da origem lícita do produto, bem ou valor objeto da envolvidos nas ações de prevenção ao uso indevido de
decisão. drogas e operações de repressão à produção não autorizada
§ 2o Provada a origem lícita do produto, bem ou valor, o e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse
juiz decidirá pela sua liberação. dessas atividades.
§ 3o Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o § 5o Excluídos os bens que se houver indicado para os fins
comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz previstos no § 4o deste artigo, o requerimento de alienação
determinar a prática de atos necessários à conservação de deverá conter a relação de todos os demais bens
bens, direitos ou valores. apreendidos, com a descrição e a especificação de cada um
§ 4o A ordem de apreensão ou seqüestro de bens, direitos deles, e informações sobre quem os tem sob custódia e o
ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o local onde se encontram.
Ministério Público, quando a sua execução imediata possa § 6o Requerida a alienação dos bens, a respectiva petição
comprometer as investigações. será autuada em apartado, cujos autos terão tramitação
Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da prova autônoma em relação aos da ação penal principal.
dos fatos e comprovado o interesse público ou social, § 7o Autuado o requerimento de alienação, os autos serão
ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei, mediante conclusos ao juiz, que, verificada a presença de nexo de
autorização do juízo competente, ouvido o Ministério instrumentalidade entre o delito e os objetos utilizados para
Público e cientificada a Senad, os bens apreendidos a sua prática e risco de perda de valor econômico pelo
poderão ser utilizados pelos órgãos ou pelas entidades que decurso do tempo, determinará a avaliação dos bens
atuam na prevenção do uso indevido, na atenção e relacionados, cientificará a Senad e intimará a União, o
reinserção social de usuários e dependentes de drogas e na Ministério Público e o interessado, este, se for o caso, por
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de edital com prazo de 5 (cinco) dias.
drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades. § 8o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências
Parágrafo único. Recaindo a autorização sobre veículos, sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará
embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de o valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados
trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a em leilão.
expedição de certificado provisório de registro e § 9o Realizado o leilão, permanecerá depositada em conta
licenciamento, em favor da instituição à qual tenha judicial a quantia apurada, até o final da ação penal
deferido o uso, ficando esta livre do pagamento de multas, respectiva, quando será transferida ao Funad, juntamente
encargos e tributos anteriores, até o trânsito em julgado da com os valores de que trata o § 3o deste artigo.
decisão que decretar o seu perdimento em favor da União. § 10. Terão apenas efeito devolutivo os recursos
Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer interpostos contra as decisões proferidas no curso do
outros meios de transporte, os maquinários, utensílios, procedimento previsto neste artigo.
instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados § 11. Quanto aos bens indicados na forma do § 4o deste
para a prática dos crimes definidos nesta Lei, após a sua artigo, recaindo a autorização sobre veículos, embarcações
regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao
polícia judiciária, excetuadas as armas, que serão equivalente órgão de registro e controle a expedição de
recolhidas na forma de legislação específica. certificado provisório de registro e licenciamento, em favor
§ 1o Comprovado o interesse público na utilização de da autoridade de polícia judiciária ou órgão aos quais tenha
qualquer dos bens mencionados neste artigo, a autoridade deferido o uso, ficando estes livres do pagamento de
de polícia judiciária poderá deles fazer uso, sob sua multas, encargos e tributos anteriores, até o trânsito em
responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, julgado da decisão que decretar o seu perdimento em favor
mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público. da União.
§ 2o Feita a apreensão a que se refere o caput deste artigo, e Art. 63. Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá
tendo recaído sobre dinheiro ou cheques emitidos como sobre o perdimento do produto, bem ou valor apreendido,
ordem de pagamento, a autoridade de polícia judiciária que seqüestrado ou declarado indisponível.
presidir o inquérito deverá, de imediato, requerer ao juízo § 1o Os valores apreendidos em decorrência dos crimes
competente a intimação do Ministério Público. tipificados nesta Lei e que não forem objeto de tutela
§ 3o Intimado, o Ministério Público deverá requerer ao cautelar, após decretado o seu perdimento em favor da
juízo, em caráter cautelar, a conversão do numerário União, serão revertidos diretamente ao Funad.
apreendido em moeda nacional, se for o caso, a § 2o Compete à Senad a alienação dos bens apreendidos e
compensação dos cheques emitidos após a instrução do não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento já tenha
inquérito, com cópias autênticas dos respectivos títulos, e o sido decretado em favor da União.
depósito das correspondentes quantias em conta judicial, § 3o A Senad poderá firmar convênios de cooperação, a fim
juntando-se aos autos o recibo. de dar imediato cumprimento ao estabelecido no § 2o deste
§ 4o Após a instauração da competente ação penal, o artigo.
Ministério Público, mediante petição autônoma, requererá § 4o Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz
ao juízo competente que, em caráter cautelar, proceda à do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério
alienação dos bens apreendidos, excetuados aqueles que a Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e
Revisada em 26.07.11 50
valores declarados perdidos em favor da União, indicando, que produzirem, venderem, adquirirem, consumirem,
quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualquer outro
ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua em que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao
destinação nos termos da legislação vigente. juízo perante o qual tramite o feito:
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou
convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com liquidação, sejam lacradas suas instalações;
organismos orientados para a prevenção do uso indevido II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgente
de drogas, a atenção e a reinserção social de usuários ou adoção das medidas necessárias ao recebimento e guarda,
dependentes e a atuação na repressão à produção não em depósito, das drogas arrecadadas;
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para
liberação de equipamentos e de recursos por ela acompanhar o feito.
arrecadados, para a implantação e execução de programas § 1o Da licitação para alienação de substâncias ou produtos
relacionados à questão das drogas. não proscritos referidos no inciso II do caput deste artigo,
só podem participar pessoas jurídicas regularmente
TÍTULO V habilitadas na área de saúde ou de pesquisa científica que
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL comprovem a destinação lícita a ser dada ao produto a ser
Art. 65. De conformidade com os princípios da não- arrematado.
intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e § 2o Ressalvada a hipótese de que trata o § 3o deste artigo,
do respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e o produto não arrematado será, ato contínuo à hasta
aos regulamentos nacionais em vigor, e observado o pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença
espírito das Convenções das Nações Unidas e outros dos Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério
instrumentos jurídicos internacionais relacionados à Público.
questão das drogas, de que o Brasil é parte, o governo § 3o Figurando entre o praceado e não arrematadas
brasileiro prestará, quando solicitado, cooperação a outros especialidades farmacêuticas em condições de emprego
países e organismos internacionais e, quando necessário, terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do
deles solicitará a colaboração, nas áreas de: Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de
I - intercâmbio de informações sobre legislações, saúde.
experiências, projetos e programas voltados para atividades Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos
de prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito
social de usuários e dependentes de drogas; transnacional, são da competência da Justiça Federal.
II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que
tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o tráfico não sejam sede de vara federal serão processados e
de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores julgados na vara federal da circunscrição respectiva.
químicos; Art. 71. (VETADO)
III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre Art. 72. Sempre que conveniente ou necessário, o juiz, de
produtores e traficantes de drogas e seus precursores ofício, mediante representação da autoridade de polícia
químicos. judiciária, ou a requerimento do Ministério Público,
TÍTULO VI determinará que se proceda, nos limites de sua jurisdição e
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS na forma prevista no § 1o do art. 32 desta Lei, à destruição
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o de drogas em processos já encerrados.
desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista Art. 73. A União poderá celebrar convênios com os
mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias Estados visando à prevenção e repressão do tráfico ilícito e
entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob do uso indevido de drogas.
controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
maio de 1998. após a sua publicação.
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei no 7.560, Art. 75. Revogam-se a Lei no 6.368, de 21 de outubro de
de 19 de dezembro de 1986, em favor de Estados e do 1976, e a Lei no 10.409, de 11 de janeiro de 2002.
Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito às Brasília, 23 de agosto de 2006; 185o da Independência e
diretrizes básicas contidas nos convênios firmados e do 118o da República.
fornecimento de dados necessários à atualização do
sistema previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
polícias judiciárias. Márcio Thomaz Bastos
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Guido Mantega
Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros, Jorge Armando Felix
destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na
prevenção do uso indevido de drogas, atenção e reinserção
social de usuários e dependentes e na repressão da
produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de
empresas ou estabelecimentos hospitalares, de pesquisa, de
ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde
Revisada em 26.07.11 51
LEI Nº 11.951, DE 24/06/2009
Altera o art. 36 da Lei no 5.991, de 17 de dezembro de
1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, para proibir a captação de receitas contendo
prescrições magistrais e oficinais por outros
estabelecimentos de comércio de medicamentos que não
as farmácias e vedar a intermediação de outros
estabelecimentos.
O PRESIDENTE DA REPÚBLIC Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O art. 36 da Lei no 5.991, de 17 de dezembro de
1973, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 36. ...................................................................
§ 1o É vedada a captação de receitas contendo prescrições
magistrais e oficinais em drogarias, ervanárias e postos de
medicamentos, ainda que em filiais da mesma empresa,
bem como a intermediação entre empresas.
§ 2o É vedada às farmácias que possuem filiais a
centralização total da manipulação em apenas 1 (um) dos
estabelecimentos." (NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de junho de 2009; 188o da Independência e
121o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega
RETIFICAÇÃO
LEI Nº 11.951, DE 24 DE JUNHO DE 2009
(Publicada no Diário Oficial de 25 de junho de 2009,
Seção 1)
Na página 1, 2ª coluna, nas assinaturas, leia-se: Luiz Inácio
Lula da Silva e José Gomes Temporão.
Revisada em 26.07.11 52
fabricantes de medicamentos, independente do seu
Lei Estadual nº 16322 de domicílio.
18/12/2009 Art. 6º. A partir do dia que expirar o prazo de validade dos
Súmula: Dispõe que é de responsabilidade das indústrias medicamentos, as farmácias/drogarias/drugstores e
farmacêuticas, das empresas de distribuição de distribuídoras informarão ao seu fornecedor direto, por
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores, meio eletrônico, fax símile, carta registrada ou qualquer
darem destinação final e adequada aos produtos que outro meio formalmente comprovável, a lista de
estejam com prazos de validade vencidos ou fora de medicamentos que tenham seus prazos de validade
condições de uso. vencidos a fim de que sejam tomadas as medidas
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e determinadas por esta lei.
eu sanciono a seguinte lei: § 1º. No prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar do
Art. 1º. É de responsabilidade das indústrias recebimento das informações de que trata o “caput” deste
farmacêuticas, das empresas de distribuição de artigo, os fabricantes ou as empresas de distribuição de
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores medicamentos providenciarão o recolhimento dos produtos
darem destinação final e adequada aos produtos que para a destinação legalmente aplicável a cada caso.
estiverem sendo comercializados nestes estabelecimentos § 2º. Os medicamentos serão devolvidos pelas
no Estado do Paraná, que estejam com seus prazos de farmácias/drogarias/drugstores ao seu fornecedor direto
validade vencidos ou fora de condições de uso. (distribuidor ou industria de medicamentos) mediante a
§ 1º. Para efeito desta lei, considera-se farmácia o emissão de nota fiscal de devolução, discriminados um a
estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e um, onde constará a relação dos medicamentos devolvidos,
oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos com protocolo de recebimento, para posterior substituição
farmacêuticos e correlatos. ou ressarcimento.
§ 2º. Para efeito desta lei, considera-se drogaria o § 3º. A substituição a que se refere o artigo 3º pelas
estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, indústrias farmacêuticas dos medicamentos cujos prazos de
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas validade expirem em poder das farmácias e das empresas
embalagens originais. de distribuição dar-se-á no prazo máximo de 15 (quinze)
§ 3º. Para efeito desta lei, considera-se drugstore o dias, a partir da notificação do detentor do estoque.
estabelecimento que, mediante auto-serviço ou não, § 4º. Caso o medicamento cuja devolução seja devida não
comercializa diversas mercadorias, com ênfase para seja mais fabricado, fica a indústria farmacêutica obrigada
aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos a restituir a farmácia/drogaria/drugstore ou ao distribuidor,
em geral, produtos de higiene e limpeza e apetrechos as quantias pagas, monetariamente corrigidas.
domésticos, podendo funcionar em qualquer período do dia Art. 7º. Considera-se antecipadamente vencido o
e da noite, inclusive nos domingos e feriados. medicamento cuja posologia não possa ser inteiramente
§ 4º. Para efeito desta lei, considera-se empresa de efetivada no prazo de validade ainda remanescente.
distribuição aquela que fornecer insumos e medicamentos Art. 8º. A inobservância dos dispositivos constantes na
às farmácias, drogarias e drugstores. presente lei, sujeitará os infratores as penalidades previstas
§ 5º. Para efeito desta lei, considera-se indústria na Legislação Sanitária e Ambiental vigentes.
farmacêutica o fabricante de medicamentos e insumos Art. 9º. A atividade que tenha por objetivo a destinação
necessários à sua manipulação. final dos medicamentos vencidos ou fora de condições de
Art. 2º. Os medicamentos cujos prazos de validade uso, a ser exercida no território do Estado do Paraná, deve
venham a expirar em poder das farmácias e das empresas ser submetida a prévia análise e licenciamento ambiental
de distribuição de medicamentos serão imediatamente do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, de conformidade
recolhidos pelo fornecedor direto do medicamento com as normas ambientais vigente.
(distribuidor ou indústria). Art. 10. A fiscalização da presente lei fica a cargo dos
Art. 3º. É assegurado às farmácias/drogarias/drugstores e órgãos que compõem o Sistema de Vigilância Estadual e
distribuidoras a substituição do medicamento vencido Municipal do Estado do Paraná.
recolhido, por parte do seu fabricante, ficando o custo a Art. 11. Esta lei entrará em vigor na data de sua
cargo único e exclusivo da indústria farmacêutica. publicação, ficando revogada a Lei nº 13.039/01.
Parágrafo único. exclui-se do caput desse artigo os PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 18 de
medicamentos vencidos que ultrapassarem o prazo de 60 dezembro de 2009.
(sessenta) dias do seu vencimento.
Roberto Requião
Art. 4º. A substituição dos medicamentos vencidos, a Governador do Estado
cargo da indústria farmacêutica, no caso das farmácias, Gilberto Berguio Martin
drogarias e drugstores, ocorrerá através de seus Secretário de Estado da Saúde
fornecedores diretos, especialmente as distribuidoras de Rafael Iatauro
medicamentos, que serão responsáveis solidários pela Chefe da Casa Civil
substituição ou ressarcimento dos medicamentos vencidos. Nelson Justus
Deputado Estadual
Art. 5º. A destinação, substituição ou ressarcimento dos
medicamentos vencidos é obrigatória para todos os
Revisada em 26.07.11 53
DECRETOS
Getúlio Vargas
Belisario Penna
D DECRETO-LEI nDEDECRETIT20931 de
Revisada em 26.07.11 54
Art. 11 - Os médicos, farmacêuticos, cirurgiões dentistas,
Decreto nº 20.931 de 20/01/1932 veterinários, enfermeiros e parteiras que cometerem falta
grave ou erro de ofício, poderão ser suspensos do exercício
Regula e fiscaliza o exercício da medicina, da da sua profissão pelo prazo de 6 meses a 2 anos, e se
odontologia, da medicina veterinária e das profissões de exercem função pública, serão demitidos dos respectivos
farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e cargos.
estabelece penas. Art. 12 - A penalidade de suspensão será imposta no
O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Distrito Federal pelo diretor geral do Departamento
Unidos do Brasil, de conformidade com o Art. 1º do Nacional de Saúde Pública, depois de inquérito
Decreto nº 19.398, de 11 de novembro de 1930, administrativo apreciado por três profissionais de notório
DECRETA: saber e probidade, escolhidos um pelo Ministro da
Art. 1 - O exercício da medicina, da odontologia, da Educação e Saúde Pública, um pelo diretor do
medicina veterinária e das profissões de farmacêutico, Departamento Nacional de Saúde Pública e um pelo diretor
parteira e enfermeiro, fica sujeito à fiscalização na forma do Departamento Nacional do Ensino, e nos Estados pelo
deste decreto. respectivo diretor dos serviços sanitários, após inquérito
Art. 2 - Só é permitido o exercício das profissões administrativo procedido por uma comissão de três
enumeradas no Art.1 em qualquer ponto do território profissionais, escolhidos um pelo secretário do Interior do
nacional a quem se achar habilitado nelas de acordo com as Estado, um pelo diretor do serviço sanitário e um pelo juiz
leis federais e tiver título registrado na forma do Art.5 seccional federal. Em qualquer caso da aplicação da
deste decreto. penalidade cabe recurso para o Ministro da Educação e
Art. 3 - Os optometristas, práticos de farmácia, massagistas Saúde Pública.
e duchistas estão também sujeitos à fiscalização, só Art. 13 - Os que apresentarem oposição ou embaraço de
podendo exercer a profissão respectiva se provarem a sua qualquer ordem à ação fiscalizadora da autoridade
habilitação a juízo da autoridade em vigor. sanitária, ou que a desacatarem no exercício de suas
Art. 4 - Os graduados por escolas ou universidades funções, ficam sujeitos a multa de 2:000$ a 5.000$,
estrangeiras só podem exercer a profissão, após cobrável executivamente sem prejuízo da ação penal por
submeterem-se a exame de habilitação, perante as desacato à autoridade que poderá ter lugar por denúncia do
faculdades brasileiras, de acordo com as leis federais em Ministério Público, na Justiça Federal, ou por denúncia dos
vigor. órgãos competentes da Justiça Estadual.
Art. 5 - É obrigatório o registro do diploma dos médicos e Art. 14 - Podem continuar a clinicar nos respectivos
demais profissionais a que se refere o Art.1 no Estados, os médicos, cirurgiões dentistas e veterinários que
Departamento Nacional de Saúde Pública e na repartição na data da publicação do presente decreto forem portadores
sanitária estadual competente. de diplomas expedidos por escolas reconhecidas e
Art. 6 - Os médicos e os cirurgiões dentistas são obrigados fiscalizadas pelos governos estaduais, bem como os
a notificar no primeiro trimestre de cada ano, à autoridade médicos, cirurgiões dentistas e veterinários diplomados por
sanitária da localidade onde clinicarem, ou, em sua falta, à faculdades estrangeiras, com mais de 10 anos de clínica no
autoridade policial, a sede dos seus consultórios ou país, comprovarem a idoneidade da escola por onde
residências, afim de serem organizados o cadastro médico tenham se formado, a juízo da autoridade sanitária.
e o cadastro odontólogico local. Do Exercício da Medicina
Art. 7 - A Inspetora de Fiscalização do Exercício da Art. 15 - São deveres dos médicos:
Medicina, do Departamento Nacional de Saúde Pública, a) notificar dentro do primeiro trimestre de cada ano à
fará publicar mensalmente no Diário Oficial, a relação dos Inspetoria da Fiscalização do Exercício da Medicina no
profissionais cujos títulos tiverem sido registrados, Departamento Nacional de Saúde Pública, no Distrito
organizando, anualmente, com as alterações havidas a Federal à autoridade sanitária local ou na sua ausência à
relação completa dos mesmos. autoridade policial, nos Estados, a sede do seu consultório
Art. 8 - As autoridades municipais, estaduais, e federais só ou a sua residência para organização do cadastro médico
podem receber impostos relativos ao exercício da profissão regional (Art.6);
médica, mediante apresentação de prova de se achar o b) escrever as receitas por extenso, legivelmente, em
diploma do interessado devidamente registrado no vernáculo, nelas indicando o uso interno ou externo dos
Departamento Nacional de Saúde Pública e nas repartições medicamentos, o nome e a residência do doente, bem como
sanitárias estaduais competentes. a própria residência ou consultório;
Art. 9 - Nas localidades, onde não houver autoridade c) ratificar em suas receitas a posologia dos medicamentos,
sanitária, compete às autoridades policiais e judiciárias sempre que esta for anormal, eximindo assim o
verificar se o profissional se acha devidamente habilitado farmacêutico de responsabilidade no seu aviamento;
para o exercício da sua profissão. d) observar fielmente as disposições regulamentares
Art. 10 - Os que, mediante anúncios ou outro qualquer referentes às doenças de notificação compulsória;
meio, se propuserem ao exercício da medicina ou de e) atestar o óbito em impressos fornecidos pelas repartições
qualquer dos seus ramos, sem título devidamente sanitárias, com a exata causa mortis, de acordo com a
registrados, ficam sujeitos, ainda que se entreguem nomenclatura nosologica internacional de estatística
excepcionalmente a essa atividade, às penalidades demografo-sanitária;
aplicáveis ao exercício ilegal da medicina. f) mencionar em seus anúncios somente os títulos
Revisada em 26.07.11 55
científicos e a especialidade. a prescrição ou administração indevida de tóxicos
Art. 16 - É vedado ao médico: entorpecentes, além de serem responsabilizados
a) ter consultório comum com indivíduo que exerça criminalmente serão suspensos do exercício da sua
ilegalmente a medicina; profissão pelo prazo de um a cinco anos, e demitidos de
b) receitar sob forma secreta, como a de código ou número; qualquer cargo público que exerçam.
c) indicar em suas receitas determinado estabelecimento Parágrafo único. A aplicação da penalidade estabelecida
farmacêutico, para as aviar, ou dar consulta em local neste artigo dependerá de condenação do infrator, salvo
contíguo a estabelecimento farmacêutico, em quando este houver sido autuado em flagrante no momento
circunstâncias que induzam, a juízo do Departamento em que administrava o tóxico.
Nacional de Saúde, a existência de quaisquer ligações com Art. 19 - Não é permitido o uso continuado de
o mesmo. (Obs.: Redação dada pelo Decreto número entorpecentes no tratamento de doenças ou afecções para o
26.747, de 3-6- 1949.) qual sejam admissíveis ou recomendáveis outro recursos
d) atestar o óbito de pessoa a quem não tenha prestado terapêuticos, salvo quando, em conferência médica, na qual
assistência médica; deve tomar parte a autoridade sanitária, ficar demonstrada
e) firmar atestados sem praticar os atos profissionais que os a necessidade imprescindível do uso continuado de
justifiquem; medicação dessa natureza.
f) dar-se a práticas que tenham por fim impedir a Art. 20 - O médico, cirurgião-dentista, ou veterinário que,
concepção ou interromper a gestação, só sendo admitida a sem causa plenamente justificada, prescrever
provocação do aborto e o parto prematuro, uma vez continuadamente entorpecentes, será declarado suspeito
verificada, por junta médica, sua necessidade terapêutica; pela Inspetoria de Fiscalização do Exercício da Medicina
g) fazer parte, quando exerça a clínica, de empresa que do Departamento Nacional de Saúde Pública ou pela
explore a indústria farmacêutica ou seu comércio. Aos autoridade sanitária local, ficando sujeito seu receituário a
médicos autores de fórmulas de especialidades rigorosa fiscalização. Verificadas nele irregularidades em
farmacêuticas, serão, porém assegurados os respectivos inquérito administrativo, ser-lhe-á cassada a faculdade de
direitos, embora não as possam explorar comercialmente, prescrever entorpecentes, sem prévia fiscalização da
desde que exerçam a clínica; autoridade sanitária, ficando as farmácias proibidas de
h) exercer simultaneamente as profissões de médico e aviar suas receitas, sem o visto prévio da Inspetoria de
farmacêutico quando formado em medicina e farmácia, Fiscalização do Exercício da Medicina do Departamento
devendo optar por uma delas, do que dever ser de Nacional de Saúde Pública ou da autoridade sanitária
conhecimento por escrito, ao Departamento Nacional de local.
Saúde Pública; Art. 21 - Ao profissional que prescrever ou administrar
i) assumir a responsabilidade de tratamento médico entorpecentes para alimentação da toxico-mania será
dirigido por quem não for legalmente habilitado; cassada pelo diretor geral do Departamento Nacional de
j) anunciar a cura de doenças consideradas incuráveis Saúde Pública, no Distrito Federal, e nos Estados pelo
segundo os atuais conhecimento científicos; respectivo diretor dos serviços sanitários, a faculdade de
k) assumir a responsabilidade como assistentes, salvo nas receitar essa medicação, pelo prazo de um a cinco anos,
localidades onde não houver outro médico, do tratamento devendo ser o fato comunicado às autoridades policiais
de pessoa da própria família, que viva sob o mesmo teto, para a instauração do competente inquérito e processo
que esteja acometida de doença grave ou tóxico-maníaca, criminal.
caso em que apenas pode auxiliar o tratamento dirigido por Art. 22 - Os profissionais que forem toxicômanos serão
médico estranho a família; sujeitos a exame médico legal, não lhes sendo permitido
l) recusar-se a passar atestado de óbito de doente a quem prescrever entorpecentes pelo espaço de 1 a 5 anos.
venha prestando assistência médica, salvo quando houver Art. 23 - Não é permitido o tratamento de toxicômanos em
motivo justificado, do que deverá dar ciência, por escrito, à domicílio. Esses doentes serão internados obrigatoriamente
autoridadesanitária; em estabelecimentos hospitalares, devendo os médicos
m) manter a publicação de conselhos e receitas consulentes assistentes comunicar a internação à Inspetoria de
por correspondência ou pela imprensa. Fiscalização do Exercício da Medicina do Departamento
Art. 17 - As associações religiosas ou de propaganda Nacional de Saúde Publica ou à autoridade sanitária local e
doutrinária, onde forem dadas consultas médicas ou apresentar- lhe o plano clínico para a desintoxicação.
fornecidos medicamentos, ficam sujeitas, nas pessoas de Nesses casos as receitas deverão ser individuais e ficarão
seus diretores, ou responsáveis, às multas estabelecidas no sujeitas ao visto prévio da Inspetoria de Fiscalização do
regulamento sanitário e às penas previstas no Código Exercício da Medicina do Departamento Nacional de
Penal. Saúde Pública ou da autoridade sanitária local.
§ 1 - Se alguém, não se achando habilitado para exercer a Dos Estabelecimentos Dirigidos por Médicos
medicina, se valer de uma dessas associações para exercê- Art. 24 - Os institutos hospitalares de qualquer natureza,
la, ficará sujeito às mesmas penalidades em que devem públicos ou particulares, os laboratórios de análises e
incorrer o diretor ou responsável. pesquisas clínicas, os laboratórios de soros, vacinas e
§ 2 - Se qualquer associação punida na forma deste artigo, outros produtos biológicos, os gabinetes de raios X e os
reincidir na infração, a autoridade sanitária ordenará, institutos de psicoterapia, fisioterapia e os
administrativamente, o fechamento da sua sede. estabelecimentos de duchas ou banhos medicinais, só
Art. 18 - Os profissionais que se servirem do seu título para poderão funcionar sob responsabilidade e direção técnica
Revisada em 26.07.11 56
de médicos ou farmacêuticos, nos casos compatíveis com ocorrências verificadas desde a entrada até a saída do
esta profissão, sendo indispensável para o seu internado.
funcionamento, licença da autoridade sanitária. Do Exercício da Odontologia
Art. 25 - Os institutos de beleza, sem direção médica, Art. 30 - O cirurgião-dentista somente poderá prescrever
limitar-se-ão aos serviços compatíveis com sua finalidade, agentes anestésicos de uso tópico e medicamento de uso
sendo terminantemente proibida aos que neles trabalham a externo para os casos restritos de sua especialidade.
prática de intervenções de cirurgia plástica, por mais Art. 31 - Ao cirurgião-dentista é vedado praticar
rudimentares que sejam, bem como a aplicação de agentes intervenções cirúrgicas, que exijam conhecimentos
fisioterápicos e a prescrição de medicamentos. estranhos à sua profissão, bem como permitir o exercício
Art. 26 - Os laboratórios de análises e pesquisas clínicas, da clínica odontológica, em seu consultório, a indivíduo
os laboratórios de soros, vacinas e outros produtos não legalmente habilitado para exercê-la.
biológicos, os gabinetes de raios X e os institutos de Art. 32 - O material existente em consultório dentário, cujo
psicoterapia, de fisioterapia e de ortopedia, serão funcionamento não esteja autorizado pela autoridade
licenciados e fiscalizados pelo Departamento Nacional de sanitária ou que seja utilizado por quem não tiver diploma
Saúde Pública ou pela autoridade local. A licença será registrado no Departamento Nacional de Saúde Pública,
concedida ao responsável pelo estabelecimento e só poderá será apreendido e remetido para o depósito público.
ser fornecida após a competente inspeção sanitária, Art. 33 - É terminantemente proibida aos protéticos, a
devendo a transferência de local ou a substituição do instalação de gabinetes dentários, bem como o exercício da
responsável ser previamente requerida à Inspetoria de clínica odontológica.
Fiscalização do Exercício da Medicina ou à autoridade Do Exercício da Medicina Veterinária
sanitária local. Art. 34 - É proibido às farmácias aviar receituário de
Art. 27 - Os estabelecimentos eletro, radio e fisioterápicos médicos veterinários que não tiverem seus diplomas
e ortopédicos só poderão funcionar sob a direção técnica devidamente registrados no Departamento Nacional de
profissional de médicos cujo nome será indicado no Saúde Pública.
requerimento dos interessados à autoridade sanitária Art. 35 - Nas receitas deve o veterinário determinar o
competente, salvo se esses estabelecimentos forem de animal a que se destina a medicação, e indicar o local onde
propriedade individual de um médico. é encontrado bem como o respectivo proprietário,
Art. 28 - Nenhum estabelecimento de hospitalização ou de mencionando a qualidade de veterinário após a assinatura
assistência médica pública ou privada, poderá funcionar, da receita.
em qualquer ponto do território nacional, sem ter um Do Exercício da Profissão de Parteira
diretor técnico e principal responsável, habilitado para o Art. 36 - As parteiras e enfermeiras especializadas em
exercício da medicina nos termos do regulamento sanitário obstetrícia devem limitar-se aos cuidados indispensáveis às
federal. parturientes e aos recém- nascidos nos casos normais, e em
No requerimento de licença para o seu funcionamento qualquer anormalidade devem reclamar a presença de um
deverá o diretor técnico do estabelecimento enviar à médico, cabendo-lhes a responsabilidade pelos acidentes
autoridade sanitária competente a relação dos profissionais atribuíveis à imperícia da sua intervenção.
que nele trabalham, comunicando-lhe as alterações que Art. 37 - É vedado às parteiras:
forem ocorrendo no seu quadro. a) prestar assistência médica a mulheres e crianças fora do
Art. 29 - A direção dos estabelecimentos destinados a período do parto, ou realizar qualquer intervenção
abrigar indivíduos que necessitem de assistência médica se cirúrgica;
achem impossibilitados, por qualquer motivo, de participar b) recolher as parturientes e gestantes para tratamento em
da atividade social, e especialmente os destinados a acolher sua residência ou em estabelecimentos sob a sua direção
parturientes, alienados, toxicômanos, inválidos, etc., será imediata ou mediata;
confiada a um médico especialmente habilitado e a sua c) manter consultório para exames e prática de curativos;
instalação deverá ser conforme os preceitos científicos de d) prescrever medicações, salvo a que for urgentemente
higiene, com adaptações especiais aos fins a que se reclamada pela necessidade de evitar ou combater
destinarem. acidentes graves que comprometam a vida da parturiente,
O diretor técnico deverá facultar à autoridade sanitária a do feto ou recém-nascido.
livre inspeção do estabelecimento sob sua direção, Nesses casos, porém, como em todos os que se revestem de
determinando o seu fechamento quando assim o exigir a qualquer anormalidade, a presença do médico deve ser
autoridade sanitária, por motivo de conveniência pública reclamada pela parteira, que tomará providências apenas
ou de aplicação de penalidade, imposta por infração dos até que chegue o profissional.
dispositivos do regulamento sanitário. Disposições Gerais
§ 1 - O diretor técnico, que requerer à autoridade sanitária Art. 38 - É terminantemente proibido aos enfermeiros,
a competente licença para a abertura dos estabelecimentos massagistas, optometristas e ortopedistas a instalação de
citados nos artigos precedentes, deverá pedir baixa de sua consultórios para atender clientes, devendo o material aí
responsabilidade sempre que se afastar da direção. encontrado ser apreendido e remetido para o depósito
§ 2 - Esses estabelecimentos terão um livro especial, público, onde será vendido judicialmente a requerimento
devidamente rubricados pela autoridade sanitária da Procuradoria dos Feitos da Saúde Pública a quem, a
competente, destinado ao registro dos internos, com todas autoridade competente oficiará nesse sentido. O produto do
as especificações de identidade, e a anotação de todas as leilão judicial será recolhido ao Tesouro, pelo mesmo
Revisada em 26.07.11 57
processo que as multas sanitárias.
Art. 39 - É vedado às casas de ótica confeccionar e vender
lentes de grau sem prescrição médica bem como instalar
consultórios médicos nas dependências dos seus
estabelecimentos.
Art. 40 - É vedado às casas que comerciam em artigos de
ortopedia ou que os fabricam, vender ou aplicar aparelhos
protéticos, contensivos, corretivos ou imobilizadores, sem
a respectiva prescrição médica.
Art. 41 - As casas de ótica, ortopedia e os estabelecimentos
eletro, radio e fisioterápicos de qualquer natureza devem
possuir um livro devidamente rubricado pela autoridade
sanitária competente, destinado ao registro das prescrições
médicas.
Art. 42 - A infração de qualquer dos dispositivos do
presente decreto será punida com a multa de 2:000$ a
5:000$ conforme a sua natureza, a critério da autoridade
autuante, sem prejuízo das penas criminais. Estas
penalidades serão discriminadas em cada caso no
regulamento.
Parágrafo único. Nos casos de reincidência na mesma
infração dentro do prazo de 2 anos, a multa será duplicada
a cada nova infração.
Art. 43 - Os processos criminais previstos neste decreto,
terão lugar por denúncia da Procuradoria dos Feitos da
Saúde Pública, na Justiça do Distrito Federal, ou por
denúncia do órgão competente, nas justiças, mediante
solicitações da Inspetoria de Fiscalização do Exercício da
Medicina ou de qualquer outra autoridade competente.
Art. 44 - Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 1932; 111º da
Independência e 44º da República.
Getúlio Vargas
Francisco Campos
Revisada em 26.07.11 58
previamente o interessado junto ao órgão federal de saúde
Decreto nº 57.477 De 20/12/1965 encarregado da fiscalização da medicina e farmácia e seus
Dispõe sôbre manipulação, receituário, industrialização e congêneres da Unidade Federada.
venda de produtos utilizados em homeopatia e dá outras Art 8º Os importadores de matéria prima para fins
providências. homeopáticos deverão habilitar-se perante as autoridades
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das sanitárias estaduais ou territoriais competentes e inscrever-
atribuições que lhe confere o artigo 87, item I, da se no órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da
Constituição, medicina e farmácia, na forma da legislação em vigor.
RESOLVE: Art 9º São permitidas nas farmácias homeopáticas, desde
Aprovar o presente Regulamento que dispõe sôbre a que a área do estabelecimento as comporte, manter
manipulação, receituário, industrialização e venda de independentes, seções de venda de especialidades
produtos utilizados em homeopatia e dá outras farmacêuticas, não homeopáticas, devidamente licenciadas
providências. no órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da
CAPÍTULO I medicina e farmácia, bem como seções de produtos de
Art 1º Considera-se farmácia homeopática aquela que higiene, cosméticos e perfumaria, também devidamente
somente manipula produtos e fórmulas oficinas e licenciados no órgão federal de saúde.
magistrais que obedeçam à farmacotécnica dos códigos e Art 10. As farmácias alopáticas poderão manter estoque de
formulários homeopáticos. produtos homeopáticos fabricados e embalados por
Art 2º A instalação e o funcionamento de farmácia laboratórios industriais homeopáticos.
homeopática obedecerão ao disposto na legislação Art 11. Nas localidades, fora dos grandes centros
farmacêutica em vigor, excetuada a relação de drogas, populacionais, em que, numa raio de seis quilômetros de
medicamentos e utensílios, que deverá ser estabelecida em distância, não houver qualquer tipo de farmácia
listas mínimas pelo órgão federal de saúde encarregado da estabelecida, poderá ser dada licença, a título precário e a
fiscalização da medicina e farmácia. juízo da autoridade sanitária competente, a pessoa idônea
Art 3º As farmácias homeopáticas não são obrigadas à para suprir a população local com a venda de produtos
manipulação de prescrições não enquadradas nos moldes homeopáticos industrializados como "Socorro
homeopáticas. Farmacêutico Homeopático".
Art 4º A Comissão de Revisão de Famacopéia deverá § 1º Os medicamentos, providos pelos Socorros
apresentar, para aprovação, dentro do prazo de 1 (um) ano, Farmacêuticos Homeopáticos, serão escolhidos dentre
o Código Homeopático Brasileiro, como adendo à relação organizada pelo órgão federal de saúde encarregada
Farmacopéia Brasileira. da fiscalização da medicina e farmácia.
Parágrafo único. O órgão federal de saúde encarregado da § 2º Os Socorros de que trata êste artigo serão regulados
fiscalização da medicina e farmácia, no prazo de 30 (trinta) por instruções das autoridades sanitárias locais, e suas
dias, organizará a subcomissão de assuntos homeopáticos respectivas licenças só terão alidade por mais de 1 (um)
da Comissão de Revisão de Farmacopéia. ano, após a instalação de farmácia numa raio de 6 (seis)
Art 5º Nas farmácias homeopáticas deverá existir, quilômetros, observadas as demais exigências eu regem o
obrigatoriamente, a edição em vigor da Farmacopéia assunto.
Brasileira com o Código Homeopático Brasileiro. Art 12. Nas farmácias homeopáticas é obrigatório estoque
§ 1º Até que seja aprovado o Código Homeopático de soros de uso profilático e curativo de emergência, de
Brasileiro, serão adotadas, nas farmácias homeopáticas, as acôrdo com relação organizada pelo órgão federal de saúde
técnicas constantes das farmacopéias Homeopáticas Norte- encarregado da fiscalização da medicina e farmácia que
Americana e Francêsa. atenda às necessidades regionais.
§ 2º Somente com autorização especial do órgão federal de Art 13. Nas farmácias homeopáticas, deverão existir,
saúde encarregado da fiscalização da medicina e farmácia, obrigatoriamente, no mínimo, três especialistas
poderão ser manipuladas nas farmácias, nos moldes farmacêuticas injetáveis, de ação entorpecente, a fim de
homeopáticos, droga e substâncias não constantes dos atender aos casos de emergência.
Códigos Homeopáticos. Parágrafo único. A aquisição e venda desses, produtos,
§ 3º As substâncias e drogas enquadradas no parágrafo bem como das demais substâncias entorpecentes utilizáveis
anterior serão posteriormente incluídas no Código nas farmácias homeopáticas, obedecerão ao que determina
Homeopático Brasileiro ou em seus suplementos. a legislação específica sobre entorpecentes, em vigor.
Art 6º O farmacêutico responsável por farmácia Art 14. Os medicamentos homeopáticos manipulados nas
homeopática terá auxiliares de sua confiança. farmácias, considerados produtos oficinais, deverão ter nos
Parágrafo único. Êstes auxiliares, quando não forem rótulos os seguintes elementos: nome da farmácia e seu
famarcêuticos, deverão comprovar sua capacidade em enderêço, número de licença do estabelecimento fornecido
práticas homeopáticas bem como as demais habilitações de pelo órgão federal de saúde competente ou congêneres da
acôrdo com as instruções vigentes. Unidade Federada, nome do produto, Farmacopéia ou
Art 7º Os laboratórios de farmácia homeopática não código a que obedece, via da administração e outras
poderão fabricar produtos industrializados. exigências que se fizerem necessárias.
Parágrafo único. A industrialização de produto § 1º Nos rótulos desses medicamentos, deverá ser inscrita a
homeopático somente poderá ser realizada por laboratório denominação completa, latina ou brasileira, ou a
apropriado e independente de farmácia, habilitando-se
Revisada em 26.07.11 59
correspondente abreviatura oficial, bem como a escala e Art 23. Os laboratórios industriais homeopáticos,
dinamização adotadas. obedecidas as demais exigências regulamentares vigentes
§ 2º São admitidas as escalas decimal e centesimal cujas sôbre a matéria poderão fabricar, como especialidade
abreviaturas serão respectivamente representadas por farmacêutica medicamento homeopático cuja fórmula seja
símbolos "D" e "C", facultando-se, também o emprêgo do constituída por substância de comprovada ação terapêutica.
símbolo "X" em substituição ao "D" da escala decimal. § 1º A denominação dessas especialidades farmacêuticas
§ 3º Qualquer outros símbolos serão estabelecidos de quando não fôr de fantasia, caracterizar-se-á pela forma
acôrdo com a Farmacopéia Brasileira. farmacêutica, nome do componente que deu origem ao
§ 4º Toda vez que no receituário médico fôr omitido o licenciamento e pela marca genérica característica dos
símbolo de um medicamento homeopático, dever-se-á produtos do laboratório fabricante, permitindo-se
considerá-lo como de escala centesimal. acrescentar a palavra "composto" quando se tratar de
Art 15. As farmácias homeopáticas não poderão aviar associação.
receitas sob a forma de código, sigla ou número. § 2º Quaisquer referências sôbre a indicação terapêutica
Art 16. Nas prescrições médicas homeopáticas, não dêsses medicamentos homeopáticos, em rótulos ou bulas,
poderão ser usados código, sigla ou número, nem figurar obedecerão estritamente à farmacodinâmica ou experiência
recomendação restringindo o aviamento da receita a clínica homeopática.
determinada farmácia homeopática. § 3º A utilização terapêutica das substâncias constituintes
Art 17. A infração aos dois artigos anteriores, além das da fórmula a licenciar deverá ser devida e
penalidades previstas na legislação em vigor relativa às fundamentadamente comprovada através de literatura
farmácias em geral, será levada ao conhecimento dos idônea atualizada ou observação clínica, bem como do
Conselhos profissionais respectivamente de Farmácia e de parecer técnico científico e de órgãos especializados no
Medicina, conforme a profissão dos infratores. setor homeopático e credenciados pelo órgão federal de
Art 18. Os medicamentos homeopáticos cuja concentração saúde encarregado da fiscalização da medicina e farmácia.
tiver equivalência com as respectivas doses máximas § 4º Dever-se-á obedecer às demais exigências gerais
estabelecidas farmacologicamente, somente poderão ser vigentes relativas às especialidades farmacêuticas, no que
vendidos mediante receita médica, devendo ser observadas lhes couber.
as demais exigências em vigor. Art 24. Fica assegurado o direito a revalidação de licença
de especialidade farmacêutica, constituída por
CAPÍTULO II medicamentos homeopáticos, licenciada anteriormente a
Art 19. Laboratório Industrial farmacêutico homeopático é êste Regulamento com o nome da fantasia, desde que
aquêle que manipula e fabrica produtos oficinais e outros, sejam observadas as normas formais em vigor, e ainda, a
de uso em homeopatia, para venda a terceiros devidamente farmacodinâmica e ou observação clínica homeopática.
legalizados perante as autoridades competentes. Art 25. A propaganda de todo e qualquer produto
Art 20. O laboratório industrial farmacêutico homeopático homeopático deverá ser submetida a prévia censura do
só poderá funcionar com licença do órgão federal de saúde órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da
encarregado da fiscalização da medicina e farmácia ou do medicina e farmácia.
congênere da Unidade Federada, de acôrdo com a Art 26. Cassar-se-á tôda e qualquer autorização dada para
legislação farmacêutica em vigor, observadas as exigência fabricação e venda de produto homeopático que não se
de instalação que lhe são peculiares e as condições enquadre neste Regulamento e ainda que não tenha tido
estabelecidas segundo a natureza dos produtos fabricados amparo legal.
ou manipulados. Parágrafo único. Os fabricantes dos produtos atingidos por
Parágrafo único. O laboratório industrial farmacêutico êste artigo terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para
homeopático obedecerá às demais exigências da legislação retirá-los do mercado.
farmacêutica em vigor, no que lhe couber.
Art 21. Entende-se neste Regulamento como produto CAPÍTULO III
oficial homeopático aquêle inscrito nos Códigos Art 27. O órgão federal de saúde encarregado da
Homeopáticos ou ainda, enquadrado no parágrafo 2º, do fiscalização da medicina e farmácia, ouvido o Laboratório
artigo 5º dêste Regulamento. Central de contrôle de Drogas Medicamentos e Alimentos,
Art 22. Nos rótulos dos produtos manipulados ou baixará normas sôbre os métodos analíticos dos produtos
fabricados pelos laboratórios farmacêuticos homeopáticos homeopáticos.
deverão constar, no que lhes couber, as referências a que se Art 28. Dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias a
acham obrigados os produtos oficiais, na conformidade da partir da publicação dêste Regulamento, o órgão federal de
legislação em vigor, devendo ser adotada somente uma saúde encarregado da fiscalização da medicina e farmácia
única marca genérica como característica de todos os baixará instruções relativas às normas técnicas específicas
produtos do mesmo laboratório. a serem adotadas para instalação e funcionamento de
Parágrafo único. Deverão ser obedecidas as codificações farmácia homeopática, bem como as relativas às demais
homeopáticas e Farmacopéia Brasileira, conforme o caso, exigências que se fizerem necessárias, inclusive às taxas a
no que se relaciona à denominação, nomenclatura serem cobradas dentro da codificação atualizada.
homeopática, sinonímia, escala e abreviatura bem como ao Parágrafo único. No mesmo prazo acima determinado,
nome tradicional e símbolo. deverão ser elaboradas as relações de drogas utensílios e
medicamentos de que trata êste Regulamento.
Revisada em 26.07.11 60
Art 29. O órgão federal de saúde encarregado da ONDE SE LÊ:
fiscalização da medicina e farmácia credenciará, sempre ... sôbre os métidos analíticos ...
que necessário, organizações científicas do setor LEIA-SE:
homeopático como órgãos consultivos em assuntos .. sôbre os métodos analíticos ...
relativos a homeopatia.
Art 30. Sòmente nas farmácias homeopáticas permitir-se-á
manipular produtos apresentados nos moldes homeopáticos
específicos.
Art 31. As drogas, plantas e os produtos homeopáticos de
procedência e/ou propriedade estrangeira enquadrar-se-ão
nas exigências da legislação em vigor.
Art 32. O órgão federal de saúde encarregado da
fiscalização da medicina e farmácia deverá fazer constar do
talão de licença dos produtos homeopáticos a seguinte
especificação: "medicamento homeopático".
Art 33. A manipulação, fabricação, comércio e propaganda
de remédios e produtos homeopáticos ditos "secretos" são
proibidas, de acôrdo com a legislação farmacêutica em
vigor.
Art 34. Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor do
órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da
medicina e farmácia.
Art 35. A infração a qualquer dos artigos do presente
Regulamento será punida de acôrdo com o estabelecido na
legislação farmacêutica em vigor.
Art 36. Êste Decreto entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 20 de dezembro de 1965; 144º da Independência e
77º da República.
H. CASTELLO BRANCO
Revisada em 26.07.11 65
estabelecimento solicitará confirmação expressa ao Art 48. Para efeito de análise fiscal, proceder-se-á,
profissional que a prescreveu. periodicamente, à colheita de amostras dos produtos e
Art 42. Na ausência do responsável técnico pela farmácia materiais, nos estabelecimentos compreendidos neste
ou de seu substituto, será vedado o aviamento de fórmula regulamento, devendo a autoridade fiscalizadora, como
que depende de manipulação na qual figure substância sob medida preventiva, em caso de suspeita de alteração ou
regime de controle sanitário especial. fraude interditar o estoque existente no local, até o prazo
Art 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob máximo de sessenta (60 ) dias, findo o qual o estoque
regime de controle sanitário especial não poderá conter ficará automaticamente liberado salvo se houver
rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar notificação em contrário.
a verificação da sua autenticidade. § 1º No caso de interdição do estoque, a autoridade
Art 44. Compete aos órgão de fiscalização, sanitária dos fiscalizadora lavrará o auto de interdição correspondente,
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios a licença e a que assinará com o representante legal da empresa e o
fiscalização das condições de funcionamento dos possuidor ou detentor do produto ou seu substituto legal e,
estabelecimentos sob o regime da Lei nº 5.991, de 17 de na ausência ou recusa deste, por duas testemunhas,
dezembro de 1973, e deste Regulamento. especificadas no auto a natureza e demais características do
Parágrafo único. A competência fixada neste artigo é produto interditado e o motivo da interdição.
privativa e intransferível, inclusive, para outras pessoas de § 2º A mercadoria interditada não poderá ser dada a
direito público mesmo da administração direta, que não consumo, desviada, alterada ou substituídas no todo ou em
pertençam a área de saúde pública. parte sob pena de ser apreendida, independentemente da
ação pena cabível.
CAPÍTULO VII § 3º Para análise fiscal serão colhidas amostras que serão
Da Fiscalização colocadas em quatro invólucros, lavrando a autoridade
Art 45. A fiscalização dos estabelecimentos de que trata o fiscalizadora o auto de apreensão em, quatro vias, que será
artigo 1º item ll, obedecerá aos mesmos preceitos fixados assinado pelo autuante, pelo representante legal da
para o controle sanitário dos demais e competirá ao órgão empresa, pelo possuidor ou detentor do produto ou seu
de saúde da respectiva alçada administrativa, civil ou substituto legal, e, na ausência ou recusa deste, por duas
militar a que pertença. testemunhas especificadas no auto a natureza e outras
Parágrafo único - na hipótese de ser apurada infração ao características do material apreendido.
disposto na Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, neste § 4º O número de amostras será limitado à quantidade
Regulamento e nas demais normas sanitárias e em especial necessária e suficiente às análises e exames.
à Lei nº 5.726, de 29 de outubro de 1971, e Decreto nº § 5º Dos quatros invólucros, tornados individualmente
69.845, de 27 de dezembro de 1971, que a regulamentou, e invioláveis e convenientemente autenticados, no atos de
aos atos do Diretor do Serviço Nacional de Fiscalização da apreensão, um ficará em poder do detentor do produto com
Medicina e Farmácia, baixados por força de ambas as leis a primeira via do respectivo auto para efeitos de recursos;
mencionadas os responsáveis, além de incursos nas outros será remetidos ao fabricante com a segunda via do
sanções prevista no Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto de auto, para defesa, em caso de conta-prova; o terceiro será
1969, ou em outras dispostas em lei especial, e na penal enviado no prazo máximo de cinco (5) dias ao laboratório
cabível, ficarão sujeitos a ação disciplinar própria ao oficial, com a terceira via de auto de apreensão para a
regime jurídico a que estejam submetidos. análise fiscal; e o quatro, ficará em poder da autoridade
Art 46. A fiscalização sanitária das drogas, medicamentos, fiscalizadora, que será responsável pela integridade e
insumos farmacêuticos e correlatos será exercidas nos conservação da amostra.
estabelecimentos que os comerciem, pelos Estados, § 6º O laboratório oficial terá o prazo de trinta (30) dias
Distrito Federal e Território, através de seus órgãos contados da data do recebimento da amostras, para efetuar
competentes, e dos da administração pública direta indireta a análise e os exames.
e paraestatal, pelas pessoas de direitos público a que § 7º Quando se trata de amostra de produtos perecível em
estejam vinculados. prazo inferior ao estabelecido no parágrafo anterior, a
Art 47. No caso de dúvida quanto aos rótulos, bulas e ao análise deverá ser feita de imediato.
acondicionamento de drogas, medicamentos, insumo § 8º O prazo previsto no § 6º poderá ser prorrogados
farmacêuticos e correlatos a fiscalização apreenderá duas excepcionalmente, até quinze (15) dias, por razões técnicas
unidades do produto, das quais uma será remetida para devidamente justificadas.
exame no órgão sanitário competente ficando a outra em Art 49. Concluídas fiscal, o laboratório oficial remeterá
poder do detentor do produto, lavrando-se o termo de imediatamente o laudo respectivo à autoridade
apreensão, em duas vias, que será assinado pelo agente fiscalizadora competente que procederá de acordo com a
fiscalizador e pelo responsável técnico pelo conclusão do mesmo.
estabelecimento ou seu substituto eventual e, na ausência § 1º Se resultado da análise fiscal não comprovar alteração
deste, por duas testemunhas. do produto este será desde logo liberado.
Parágrafo único. Constatada a irregularidade pelo órgão § 2º Comprovada a alteração, falsificação adulteração ou
sanitário competente será lavrado auto de infração fraude, será lavrado de imediato ao auto de infração e
aplicando-se as disposições constantes do Decreto-lei nº notificada a empresa para início do processo.
785, de 25 de agosto de 1969. § 3º O indicado terá o prazo de (10) dias, contados da
notificação, para apresentar defesa escrita ou contestar o
Revisada em 26.07.11 66
resultado da análise, requerendo, na segunda hipótese, § 3º Esgotado o prazo referido no parágrafo anterior, sem
perícia de contraprova. decisão do recurso, prevalecerá o resultado da perícia de
§ 4º A notificação do indicado será feita por intermédio de contraprova.
funcionário lotado no órgão sanitário competente ou Art 53. Configurada infração por inobservância de
mediante registro postal e no caso de não ser localizado ou preceitos éticos - profissionais o órgão fiscalizador
encontrado, por meio de edital publicado no órgão oficial comunicará o fato ao Conselho Regional de Farmácia da
divulgado. Jurisdição.
§ 5º Decorrido o prazo de que trata o § 3º deste artigo sem Art 54. Não poderá ter exercício nos órgão de fiscalização
que o notificado apresente defesa ou contestação ao sanitária o servidor público que for sócio ou acionista de
resultado da análise, o laudo será considerado definitivo e qualquer categoria, ou que prestar serviço a empresa ou
proferida a decisão pela autoridade sanitária competente, estabelecimentos que explore o comércio de drogas,
consoante o disposto no Decreto-lei nº 785, de 25 de medicamento insumos farmacêuticos e correlatos.
agosto de 1969. CAPÍTULO VIII
Art 50. A perícia de contraprova será realizada no Disposições Finais e Transitórias
laboratório oficial que expedir o laudo condenatório com a Art 55. O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
presença do perito que efetuou a análise fiscal, do perito Farmácia para o cumprimento do disposto na Lei nº 5.991,
indicado pela empresa e do perito indicado pelo órgão de 17 dezembro de 1973, fará publicar no Diário Oficial da
fiscalizador utilizando-se as amostras constantes do União
invólucro em poder do detentor. l - relação dos medicamentos anódinos, de que trata o
§ 1º A perícia de contraprova será iniciada até quinze (15) artigo 8º deste Regulamento;
dias após o recebimento da defesa apresentada pelo ll - relação dos medicamentos industrializados a serem
indicado e concluída nos quinze (15) dias subseqüentes vendidos em suas embalagens originais, cuja dispensação é
salvo se condições técnicas exigem prazo maior. permitida em posto de medicametos ou em unidades
§ 2º Na data fixada para perícia da contraprova o perito do volantes, de que tratam o artigo 17, seu parágrafo único e o
indiciado apresentará o invólucro de amostra em seu poder. artigo 18 e seus parágrafos.
§ 3º A perícia de contraprova não será realizada se houver lll - relação dos produtos correlatos de que trata o artigo
indício de alterado ou violação dos invólucros, lavrando-se 10, não submetidos a regime da lei especial, e que poderão
ata circunstanciada sobre o fato, assinada pelos peritos. ser liberados à venda em outras estabelicementos além de
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, prevalecerá, para farmácias e drogarias.
todos os efeitos, o laudo de análise fiscal condenatória. Parágrafo único. As relações referidas nos itens l, ll, e lll
§ 5º Aos peritos serão fornecidos todos os informes poderão ser modificadas, a quaquel tempo, seja para incluir
necessários à realização da perícia de contraprova. ou excluir qualquer dos medicamentos ou correlatos nela
§ 6º Aplicar-se-á à perícia de contraprova o mesmo método constantes, desde que havia interresse sanitário a justificar
de análise empregado análise fiscal podendo, porém ser a alteração.
adotado outro de reconhecida eficácia se houver Art 56 Cabe ao Serviço Nacional de Fiscalização da
concordância dos peritos. Medicina e Farmácia baixar os atos que se fizerem
§ 7º Os peritos lavarão termo e laudo do ocorrido na necessários à execução dete Regulamento especialmente:
perícia de contraprova, que ficarão arquivados no l - instruções sobre o receituário, untensílio equipamento e
laboratório oficial, remetendo sua conclusão ao órgão relação de estoque minímo de produtos homeopáticos;
sanitário de fiscalização. ll - normas de controle de estoque de produtos sob regime
Art 51. Confirmado pela perícia de contraprova o de regitro sanitário especial, respeitada a legislação
resultado da análise fiscal condenatória, deverá a específica para os entorpecentes e as substâncias capazes
autoridade sanitária competente ao proferir a sua decisão de produzir dependência física ou psíquica;
determinar a inutilização do material ou produto, lll - normas relativas:
substância ou insumo, objeto de fraude, falsificação ou a) à padronização do registro do estoque e da venda ou
adulteração, observando o disposto no Decreto-lei nº 785, dispensação dos medicamnetos sob controle sanitário
de 25 de agosto de 1969. especial, atendida a legislação vertimente;
Art 52. Em caso de divergência entre os peritos quantos ao b) aos estoque minímo de determinado medicamentos de
resultado análise fiscal condenatória ou discordância entre dispensação, observando o quadro nosológico local;
os resultados desta última com os da perícia de c) aos medicametos e materias destinados a atendimentos
contraprova, caberá recursos da parte interessada ou do de emergência, incluídos so soros profiláticos.
perito responsável pela análise condenatória à autoridade Parágrafo único. Os atos de que trata este artigo serão
competente, devendo esta determinar a realização de novo publicados no Diário Oficial da União.
exame pericial sobre a amostra em poder do laboratório Art 57. É vedado utilizar qualquer dependência da
oficial de controle. farmárcia ou da drogaria como consutório, ou em outro fim
§ 1º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto diverso do licenciamento.
no prazo de dez (10) dias, contatados data da conclusão da Art 58. As farmácias e drogarias serão obrigada a plantão,
perícia de contraprova. pelo sistema de rodízio, para atendimento ininterrupto à
§ 2º A autoridade que receber o recurso deverá decidir comunidade, consoante normas a serem baixadas pelos
sobre o mesmo no prazo de dez (10) dias, contados da data Estados, Distrito Federal, Terrotório e Municípios.
do seu recebimento.
Revisada em 26.07.11 67
Art 59. Para o provisionamento de que trata o artigo 57, da
Lei número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, deverá o
interessado satifazer os seguintes requisitos, mediante
petição dirigida ao Conselho Regional de Farmácia:
I – provar que é prático de farmácia ou oficial de farmácia,
por meio de título legalemtne expedido até 19 de dezembro
de 1973;
II – estar em plena atividade profissional, comprovada
mediante contrato social ou outro documento hábil;
III – provar a condição de proprietário ou co-proprietário
de farmárcia ou drogaria em 11 de novembro de 1960.
§ 1º O provisionado poderá assumir livremente a
responsabilidade técnica de quaisquer das farmácias de sua
propriedade ou co-propriedade, proibida a acumulação e
atendida a exigência de horário de trabalho prevista no §
1º, do artigo 27, deste Regulamento.
§ 2º E vedado ao prático e ao oficial de farmácia,
provisionados na forma deste artigo, o exercício de outras
atividades privativas da profissão de farmacêutico.
§ 3º O provisionamento de que trata este artigo será
efetivado no prazo máximo de noventa (90) dias contado
da data do registro de entrada do respectivo requerimento,
devidamente instruído, em Conselho Regional de
Farmácia.
Art 60. Este Decreto entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 10 de junho de 1974; 153º da Independência e 86º
da República.
ERNESTO GEISEL
Paulo de Almeida Machado
Revisada em 26.07.11 68
VIII - Perfume - O de composição aromática à base de
Decreto nº 79.094 de 05/01/1977 substâncias naturais ou sintéticas, que em concentração e
Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, veículos apropriados, tenha como principal finalidade a
que submete a sistema de vigilância sanitária os odorização de pessoas ou ambientes, incluídos os extratos,
medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, as águas perfumadas, os perfumes cremosos, preparados
correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneamento para banhos e os odorizantes de ambientes, apresentados
e outros. em forma líquida, geleificada, pastosa ou sólida.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da IX - Cosmético - O de uso externo, destinado à proteção ou
atribuição que lhe confere o artigo 81, item III da ao embelezamento das diferentes partes do corpo, tais
Constituição, e, tendo em vista o disposto no artigo 87, da como pós faciais, talcos, cremes de beleza, cremes para as
Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, mãos e similares, máscaras faciais, loções de beleza,
DECRETA: soluções leitosas, cremosas e adstringentes, loções para as
mãos, bases de maquilagem e óleos cosméticos, rouges,
TÍTULO I blusches, batons, lápis labiais, preparados anti-solares,
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES bronzeadores e similatórios, rímeis, sombras, delineadores,
Art. 1o Os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, tinturas capilares, agentes clareadores de cabelos,
correlatos, cosméticos, produtos de higiene, perfumes e fixadores, laquês, brilhantinas e similares, tônicos
similares, saneantes domissanitários, produtos destinados à capilares, depilatórios ou epilatórios, preparados para
correção estética e os demais, submetidos ao sistema de unhas e outros.
vigilância sanitária, somente poderão ser extraídos, X - Saneante Domissanitário - Substância ou preparação
produzidos, fabricados, embalados ou reembalados, destinada à higienização, desinfecção ou desinfestação
importados, exportados, armazenados, expedidos ou domiciliar, em ambientes coletivos ou públicos, em lugares
distribuídos, obedecido ao disposto na Lei no 6.360, de 23 de uso comum e no tratamento da água, compreendendo:
de setembro de 1976, e neste Regulamento.(Redação dada a) inseticida - destinado ao combate, à prevenção e ao
pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) controle dos insetos em habitações, recintos e lugares de
Art 2º Para o exercício de qualquer das atividades uso público e suas cercanias.
indicadas no artigo 1º, as empresas dependerão de b) raticida - destinado ao combate a ratos, camundongos e
autorização específica do Ministério da Saúde e de outros roedores, em domicílios, embarcações, recintos e
licenciamento dos estabelecimentos pelo órgão competente lugares de uso público, contendo substâncias ativas,
da Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e isoladas ou em associação, que não ofereçam risco à vida
dos Territórios. ou à saúde do homem e dos animais úteis de sangue
Art 3º Para os efeitos deste Regulamento são adotadas as quente, quando aplicado em conformidade com as
seguintes definições: recomendações contidas em sua apresentação.
I - Droga - Substância ou matéria-prima que tenha c) desinfetantes - destinado a destruir, indiscriminada ou
finalidade medicamentosa ou sanitária. seletivamente, microorganismos, quando aplicado em
II - Medicamento - Produto farmacêutico, tecnicamente objetos inanimados ou ambientes.
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, d) detergentes - destinado a dissolver gorduras e à higiene
paliativa ou para fins de diagnóstico. de recipientes e vasilhas e à aplicação de uso doméstico.
III - Insumo Farmacêutico - Droga ou matéria-prima XI - Aditivo - Substância adicionada aos medicamentos,
aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada a produtos dietéticos, cosméticos, perfumes, produtos de
emprego em medicamentos, quando for o caso, ou em seus higiene e similares, com a finalidade de impedir alterações,
recipientes. manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor,
IV - Correlato - Substância, produto, aparelho ou acessório modificar ou manter seu estado físico geral ou exercer
não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou qualquer ação exigida para a tecnologia de fabricação.
aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde XII - Matéria-prima - Substâncias ativas ou inativas que se
individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, empregam para a fabricação de medicamentos e demais
ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e produtos abrangidos por este Regulamento, mesmo que
perfumes e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de permaneçam inalteradas, experimentem modificações ou
acústica médica, odontológicos e veterinários. sejam eliminadas durante o processo de
V - Produto Dietético - O tecnicamente elaborado para fabricação;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
atender às necessidades dietéticas de pessoas em condições 10.10.2001)
fisiológicas especiais. XIII - Produto Semi-elaborado - Substância ou mistura de
VI - Nutrimento - Substância constituinte dos alimentos de substâncias que requeira posteriores processos de
valor nutricional, incluindo proteínas, gorduras, hidratos de produção, a fim de converter-se em produtos a
carbono, água, elementos minerais e vitaminas. granel;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
VII - Produto de Higiene - O de uso externo, antissético ou 10.10.2001)
não, destinado ao asseio ou a desinfecção corporal, XIV - Produto a granel - Material processado que se
compreendendo os sabonetes, xampus, dentrifícios, encontra em sua forma definitiva, e que só requeira ser
enxaguatórios bucais, antiperspirantes, desodorantes, acondicionado ou embalado antes de converter-se em
produtos para barbear e após barbear, estípticos e outros. produto terminado;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961,
de 10.10.2001)
Revisada em 26.07.11 69
XV - Produto acabado - Produto que tenha passado por 6.360, de 1976;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
todas as fases de produção e acondicionamento, pronto 10.10.2001)
para a venda. (Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de XXIV - Relatório Técnico - Documento apresentado pela
10.10.2001) empresa, descrevendo os elementos que componham e
XVI - Rótulo - Identificação impressa, litografada, pintada, caracterizem o produto, e esclareça as suas peculiaridades,
gravada a fogo, a pressão ou autoadesiva, aplicada finalidades, modo de usar, as indicações e contra-
diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros ou indicações, e tudo o mais que possibilite à autoridade
qualquer protetor de embalagem externo ou interno, não sanitária proferir decisão sobre o pedido de
podendo ser removida ou alterada durante o uso do produto registro;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
e durante o seu transporte ou armazenamento;(Redação 10.10.2001)
dada pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) XXV - Nome Comercial - Designação do produto, para
XVII - Embalagem - Invólucro, recipiente ou qualquer distingui-lo de outros, ainda que do mesmo fabricante ou
forma de acondicionamento, removível ou não, destinado a da mesma espécie, qualidade ou natureza;(Redação dada
cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
especificamente ou não, produtos de que trata este XXVI - Marca - Elemento que identifica uma série de
Regulamento;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de produtos de um mesmo fabricante ou que os distinga dos
10.10.2001) produtos de outros fabricantes, segundo a legislação de
XVIII - Embalagem Primária - Acondicionamento que está propriedade industrial; (Redação dada pelo Decreto nº
em contato direto com o produto e que pode se constituir 3.961, de 10.10.2001)
em recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de XXVII - Origem - Lugar de fabricação do
proteção, removível ou não, destinado a envasar ou manter, produto;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
cobrir ou empacotar matérias-primas, produtos semi- 10.10.2001)
elaborados ou produtos acabados;(Redação dada pelo XXVIII - Lote - Quantidade de um produto obtido em um
Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) ciclo de produção, de etapas contínuas e que se caracteriza
XIX - Fabricação - Todas as operações que se fizerem por sua homogeneidade;(Redação dada pelo Decreto nº
necessárias à obtenção dos produtos abrangidos por este 3.961, de 10.10.2001)
Regulamento;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de XXIX - Número do Lote - Qualquer combinação de
10.10.2001) números ou letras por intermédio da qual se pode rastrear a
XX - Registro de Produto - Ato privativo do órgão ou da história completa da fabricação do lote e de sua
entidade competente do Ministério da Saúde, após movimentação no mercado, até o consumo;(Redação dada
avaliação e despacho concessivo de seu dirigente, pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
destinado a comprovar o direito de fabricação e de XXX - Controle de Qualidade - Conjunto de medidas
importação de produto submetido ao regime da Lei no destinadas a verificar a qualidade de cada lote de
6.360, de 1976, com a indicação do nome, do fabricante, medicamentos e demais produtos abrangidos por este
da procedência, da finalidade e dos outros elementos que o Regulamento, objetivando verificar se satisfazem as
caracterize;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de normas de atividade, pureza, eficácia e
10.10.2001) segurança;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
XXI - Registro de Medicamento - Instrumento por meio do 10.10.2001)
qual o Ministério da Saúde, no uso de sua atribuição XXXI - Inspeção de Qualidade - Conjunto de medidas
específica, determina a inscrição prévia no órgão ou na destinadas a verificar a qualquer momento, em qualquer
entidade competente, pela avaliação do cumprimento de etapa da cadeia de produção, desde a fabricação até o
caráter jurídico-administrativo e técnico-científico cumprimento das boas práticas específicas, incluindo a
relacionada com a eficácia, segurança e qualidade destes comprovação da qualidade, eficácia e segurança dos
produtos, para sua introdução no mercado e sua produtos;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
comercialização ou consumo;(Redação dada pelo Decreto 10.10.2001)
nº 3.961, de 10.10.2001) XXXII - Certificado de Cumprimento de Boas Práticas de
XXII - Autorização - Ato privativo do órgão ou da Fabricação e Controle - Documento emitido pela
entidade competente do Ministério da Saúde, incumbido da autoridade sanitária federal declarando que o
vigilância sanitária dos produtos de que trata este estabelecimento licenciado cumpre com os requisitos de
Regulamento, contendo permissão para que as empresas boas práticas de fabricação e controle;(Redação dada pelo
exerçam as atividades sob regime de vigilância sanitária, Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
instituído pela Lei no 6.360, de 1976, mediante XXXIII - Análise Prévia - Análise efetuada em
comprovação de requisitos técnicos e administrativos determinados produtos sob o regime de vigilância sanitária,
específicos;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de a fim de ser verificado se podem eles ser objeto de
10.10.2001) registro;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
XXIII - Licença - Ato privativo do órgão de saúde 10.10.2001)
competente dos Estados, do Distrito Federal e dos XXXIV - Análise de Controle - Análise efetuada em
Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos produtos sob o regime de vigilância sanitária, após sua
estabelecimentos que desenvolvam qualquer das atividades entrega ao consumo, e destinada a comprovar a
sob regime de vigilância sanitária, instituído pela Lei no conformidade do produto com a fórmula que deu origem
Revisada em 26.07.11 70
ao registro;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de XLV - Empresa produtora - Empresa que possui pessoal
10.10.2001) capacitado, instalações e equipamentos necessários para
XXXV - Análise Fiscal - Análise efetuada sobre os realizar todas as operações que conduzem à obtenção de
produtos submetidos ao sistema instituído por este produtos farmacêuticos em suas distintas formas
Regulamento, em caráter de rotina, para apuração de farmacêuticas;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, de
infração ou verificação de ocorrência de desvio quanto à 10.10.2001)
qualidade, segurança e eficácia dos produtos ou matérias- XLVI - Responsável técnico - Profissional legalmente
primas;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de habilitado pela autoridade sanitária para a atividade que a
10.10.2001) empresa realiza na área de produtos abrangidos por este
XXXVI - Órgão ou Entidade de Vigilância Sanitária Regulamento;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, de
Competente - Órgão ou entidade do Ministério da Saúde, 10.10.2001)
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, XLVII - Pureza - Grau em que uma droga determinada não
incumbido da vigilância sanitária dos produtos abrangidos contém outros materiais estranhos;(Inciso incluído pelo
por este Regulamento;(Inciso incluído pelo Decreto nº Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
3.961, de 10.10.2001) XLVIII - Denominação Comum Brasileira (DCB) -
XXXVII - Laboratório Oficial - Laboratório do Ministério Denominação do fármaco ou princípio
da Saúde ou congênere da União, dos Estados, do Distrito farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal
Federal ou dos Municípios, com competência delegada por responsável pela vigilância sanitária;(Inciso incluído pelo
convênio, destinado à análise de drogas, medicamentos, Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
insumos farmacêuticos e correlatos;(Inciso incluído pelo XLIX - Denominação Comum Internacional (DCI) -
Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) Denominação do fármaco ou princípio
XXXVIII - Empresa - Pessoa jurídica que, segundo as leis farmacologicamente ativo recomendada pela Organização
vigentes de comércio, explore atividade econômica ou Mundial de Saúde;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961,
industrialize produto abrangido por este de 10.10.2001)
Regulamento;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, de L - Medicamento Genérico -Medicamento similar a um
10.10.2001) produto de referência ou inovador, que se pretende ser com
XXXIX - Estabelecimento - Unidade da empresa onde se este intercambiável, geralmente produzido após a
processe atividade enunciada no art. 1o deste expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros
Regulamento;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, de direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia,
10.10.2001) segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua
XL - Medicamento Similar - aquele que contém o mesmo ausência, pela DCI;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961,
ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma de 10.10.2001)
concentração, forma farmacêutica, via de administração, LI - Medicamento de Referência - Produto inovador
posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao registrado no órgão federal responsável pela vigilância
medicamento registrado no órgão federal responsável pela sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança
vigilância sanitária, podendo diferir somente em e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao
características relativas ao tamanho e forma do produto, órgão federal competente, por ocasião do registro;(Inciso
prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
veículos, devendo sempre ser identificado por nome LII - Produto Farmacêutico Intercambiável - Equivalente
comercial ou marca;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, terapêutico de um medicamento de referência,
de 10.10.2001) comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de
XLI - Equivalência - Produtos farmaceuticamente eficácia e segurança;(Inciso incluído pelo Decreto nº
equivalentes que, depois de administrados na mesma dose, 3.961, de 10.10.2001)
seus efeitos com respeito à eficácia e segurança são LIII - Bioequivalência - Demonstração de equivalência
essencialmente os mesmos;(Inciso incluído pelo Decreto nº farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma
3.961, de 10.10.2001) forma farmacêutica, contendo idêntica composição
XLII - Titular de Registro - Pessoa jurídica que possui o qualitativa e quantitativa de princípio ativo ou de
registro de um produto, detentora de direitos sobre ele, princípios ativos, e que tenham comparável
responsável pelo produto até o consumidor final;(Inciso biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo
incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) desenho experimental;(Inciso incluído pelo Decreto nº
XLIII - Prazo de validade - Tempo durante o qual o 3.961, de 10.10.2001)
produto poderá ser usado, caracterizado como período de LIV - Biodisponibilidade - Indica a velocidade e a
vida útil e fundamentada nos estudos de estabilidade extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma
específicos; (Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, de de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na
10.10.2001) circulação sistêmica ou sua excreção na urina.(Inciso
XLIV - Data de vencimento - Data indicada pelo fabricante incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
de maneira expressa, que se baseia nos estudos de Art 4º Os produtos de que trata este Regulamento não
estabilidade do produto e depois da qual o produto não poderão ter nome ou designação que induza a erro quanto à
deve ser usado;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, de sua composição, finalidade, indicação, aplicação, modo de
10.10.2001) usar e procedência.
Revisada em 26.07.11 71
Art 5º Os medicamentos contendo uma única substância Art 11 É vedada a importação de qualquer dos produtos
ativa e os imunoterápicos, drogas e insumos farmacêuticos submetidos ao regime de vigilância sanitária, para fins
não poderão ostentar nomes de fantasia. industriais e comerciais, sem prévia e expressa
Art 6º É vedada a adoção de nome igual ou assemelhado manifestação favorável do Ministério da Saúde, através do
para produtos de composição diferente, ainda que do órgão de vigilância sanitária competente.
mesmo fabricante, ficando assegurada a prioridade do § 1º Compreendem-se nas exigências deste artigo as
registro, pela ordem cronológica da entrada dos pedidos no aquisições e doações destinadas a pessoas de direito
órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da público ou de direito privado, cuja quantidade e qualidade
Saúde. possam comprometer a execução de programas nacionais
§ 1º Poderá ser aprovado o nome do produto cujo registro de saúde.
for requerido posteriormente, desde que denegado pedido § 2º Excluem-se da vedação deste artigo as importações de
de registro anterior, por motivos de ordem técnica ou matérias-primas, desde que figurem em relações
científica. publicadas pelo órgão de vigilância sanitária competente
§ 2º Quando ficar comprovada pelo titular existência de do Ministério da Saúde, que, para esse fim, levará em
marca, caracterizando colidência com o nome de produto conta a precariedade de sua existência no mercado
anteriormente registrado no Ministério da Saúde, a nacional, e seu caráter prioritário para a indústria específica
empresa que haja obtido tal registro deverá efetuar a e o atendimento dos programas de saúde.
modificação do nome colidente, no prazo de 90 (noventa) § 3º Independe de autorização a importação, por pessoas
dias, contado da publicação no Diário Oficial da União do físicas, dos produtos abrangidos por este Regulamento, não
respectivo despacho do Diretor do órgão de vigilância submetidos a regime especial de controle e em quantidade
sanitária competente do Ministério da Saúde, sob pena de para uso individual, que não se destinem à revenda ou
cancelamento do registro. comércio.
§ 3º É permitida a mudança de nome do produto registrado, Art 12 Os produtos abrangidos pelo regime de vigilância
antes da sua comercialização, quando solicitado pela sanitária, inclusive os importados, somente serão entregues
empresa. ao consumidor nas embalagens originais, a não ser quando
Art 7º Quando verificado que determinado produto, até o órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da
então considerado útil, é nocivo à saúde ou não preenche Saúde, autorize previamente a utilização de outras
os requisitos estabelecidos, o órgão de vigilância sanitária embalagens.
competente do Ministério da Saúde exigirá a modificação § 1º Na hipótese prevista neste artigo in fine , a empresa
devida na fórmula de composição e nos dizeres dos rótulos, deverá fundamentar o seu pedido com razões de ordem
das bulas e embalagens, sob pena de cancelamento do técnica, inclusive quando a finalidade vise a facilitar ao
registro e da apreensão do produto em todo o território público, proporcionando-lhe maior acesso a produtos de
nacional. imprescindível necessidade, com menor dispêndio, desde
Art 8º Como medida de segurança sanitária e à vista de que garantidas, em qualquer caso, as características que
razões fundamentadas o órgão de vigilância sanitária eram asseguradas na forma original, quer através de
competente do Ministério da Saúde, poderá, a qualquer fracionamento ou de acondicionamento mais simples.
momento, suspender a fabricação e venda de qualquer dos § 2º Os medicamentos importados, exceto aqueles cuja
produtos de que trata este Regulamento, o qual embora comercialização no mercado interno dependa de prescrição
registrado se torne suspeito de ter efeitos nocivos à saúde médica, e os demais produtos abrangidos por este
humana. Regulamento, terão acrescentados nas embalagens ou
Parágrafo único. O cancelamento do registro previsto neste rótulos os esclarecimentos em idioma português,
artigo, pelo órgão de vigilância sanitária competente do pertinentes à sua composição, indicações e modo de usar, e
Ministério da Saúde dependerá do pronunciamento da quando for o caso, as contra-indicações e advertências.
câmara técnica competente do Conselho Nacional de § 3º É permitida a reembalagem no País de produtos
Saúde, sendo facultado à empresa o direito de produzir importados a granel na embalagem original.
provas de caráter técnico-científico para demonstrar a Art 13 As empresas que desejarem cessar a fabricação de
improcedência da suspeição levantada. determinada droga ou medicamento, deverão comunicar
Art 9º Nenhum estabelecimento que fabrique ou esse fato ao órgão de vigilância sanitária competente do
industrialize produto abrangido pela Lei nº 6.360, de 23 de Ministério da Saúde com antecedência mínima de 180
setembro de 1976, e por este Regulamento, poderá (cento e oitenta) dias.
funcionar sem assistência e responsabilidade efetivas de Parágrafo único. O prazo a que se refere este artigo poderá
técnico legalmente habilitado. ser reduzido em virtude de justificativa apresentada pela
Art 10 Independem de licença para funcionamento os empresa, aceita pelo Ministério da Saúde.
órgãos integrantes da Administração Pública ou entidades TÍTULO II
por ela instituídas, que exerçam atividades abrangidas pela DO REGISTRO
Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 e regulamentadas Art 14 Nenhum dos produtos submetidos ao regime de
por este Decreto, ficando, porém, sujeitos à exigências vigilância sanitária de que trata este Regulamento, poderá
pertinentes ás instalações, aos equipamentos e à ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao
aparelhagem adequados e à assistência e responsabilidade consumo, antes de registrado no órgão de vigilância
técnicas. sanitária competente do Ministério da Saúde.
Revisada em 26.07.11 72
§ 1º O registro a que se refere este artigo terá validade por I - Que o produto seja designado por nome que o distinga
5 (cinco) anos e poderá ser revalidado por períodos iguais e dos demais do mesmo fabricante e dos da mesma espécie
sucessivos, mantido o número de registro inicial. de outros fabricantes.
§ 2º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a II - Que o produto seja elaborado consoante as normas da
validade do registro e a revalidação do registro dos Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, deste ou de
produtos dietéticos, cujo prazo é de 2 (dois) anos. demais Regulamentos da mesma, ou atos complementares.
§ 3º O registro será concedido no prazo máximo de 90 III - Que o pedido da empresa ao dirigente do órgão de
(noventa) dias, a contar da data da entrega do vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde,
requerimento, salvo nos casos de inobservância da lei nº indique os endereços de sua sede e do estabelecimento de
6.360, de 23 de setembro de 1976, deste Regulamento ou fabricação, e seja acompanhado de relatório, assinado pelo
de outras normas pertinentes. responsável técnico, contendo:
§ 4º Os atos referentes ao registro e à sua revalidação a) fórmula ou fórmulas de composição correspondendo às
somente produzirão efeitos a partir da data da publicação formas de apresentação do produto, com a especificação
dos despachos concessivos no Diário Oficial da União. das quantidades das substâncias expressas de acordo com o
§ 5º A concessão do registro e de sua revalidação, e as sistema métrico decimal;
análises prévia e de controle, quando for o caso, ficam b) relação completa do nome, sinônimos e quantidades de
sujeitas ao pagamento de preços públicos, referidos no cada substância, ativa ou não, que figure em cada unidade
artigo 82 da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. de dose;
§ 6º A revalidação do registro deverá ser requerida no c) indicação, finalidade ou uso a que se destine;
primeiro semestre do último ano do quinquênio de d) modo e quantidade a serem usadas, quando for o caso,
validade, e no terceiro trimestre do biênio tratando-se de restrições ou advertências;
produtos dietéticos, considerando-se automaticamente e) descrição da técnica de controle da matéria-prima e do
revalidado o registro se não houver sido proferida decisão produto acabado, com as provas de sua execução;
até a data do término do período respectivo. f) contra-indicações, efeitos colaterais, quando for o caso;
§ 7º Será declarada a caducidade do registro do produto g) as diversas formas de apresentação;
cuja revalidação não tenha sido solicitada no prazo referido h) os demais elementos necessários, pertinentes ao produto
no § 6º deste artigo. de que se trata, inclusive os de causa e efeito, a fim de
§ 8º Não será revalidado o registro do produto sem que possibilitar a apreciação pela autoridade sanitária.
fique comprovada a sua industrialização no primeiro IV - Comprovação de que a empresa se acha autorizada a
período de validade. funcionar no País, na forma do artigo 50 da Lei nº 6.360,
§ 9º Constará obrigatoriamente do registro de que trata este de 23 de setembro de 1976 e deste Regulamento.
artigo a fórmula de composição do produto, com a V - Comprovação de que o estabelecimento de produção
indicação das substâncias utilizadas, suas dosagens, as acha-se devidamente licenciado pelo órgão de vigilância
respectivas formas de apresentação e o número de unidades sanitária competente dos Estados, do Distrito Federal ou
farmacotécnicas. dos Territórios.
§ 10 A concessão do registro e demais atos a ele VI - Comprovação de que o estabelecimento de fabricação
pertinentes inclusive os de suspensão e cancelamento do tem assistência de técnico responsável, legalmente
registro, é de atribuição privativa do Diretor do órgão de habilitado para aquele fim.
vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde. VII - Apresentação de modelos de rótulos, desenhados e
Art 15 Dependerá de prévia e expressa autorização do com a indicação das dimensões a serem adotadas, e das
órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da bulas e embalagens, quando for o caso.
Saúde, qualquer modificação de fórmula, alteração dos VIII - Comprovação, da existência de instalações e
elementos de composição ou de seus quantitativos, adição, aparelhagem técnica de equipamentos necessários à linha
subtração ou inovação introduzida na elaboração do de industrialização pretendidas.
produto ou na embalagem, procedida em tal hipótese a IX - Quando o produto depender de análise prévia, que esta
imediata anotação do registro. comprove as condições sanitárias indispensáveis à sua
Art 16 Os produtos que, na data da vigência da lei nº utilização.
6.360, de 23 de setembro de 1976, se achavam registrados X - Comprovação, por intermédio de inspeção sanitária, de
há menos de 10 (dez) anos, na forma das normas em vigor, que o estabelecimento de produção cumpre as boas práticas
terão assegurada a respectiva validade até que se complete de fabricação e controle mediante a apresentação do
aquele período, ficando porém obrigados a novo registro, certificado de que trata o art. 3o, inciso XXXII. (Inciso
podendo ser mantido o mesmo número, segundo o que incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
dispõem a Lei referida, este Regulamento e demais normas Parágrafo único. O disposto no item I deste artigo não se
pertinentes, para que possam continuar sendo aplica aos produtos imunoterápicos, drogas, insumos
industrializados, expostos à venda e entregues ao consumo. farmacêuticos, e medicamentos contendo uma única
Parágrafo único. O prazo assegurado neste artigo é substância ativa.
correspondente a 2 (dois) anos, quando se tratar de produto TÍTULO III
dietético. DO REGISTRO DOS MEDICAMENTOS, DROGAS E
Art 17 O registro dos produtos submetidos ao sistema de INSUMOS FAMACÊUTICOS
vigilância sanitária fica sujeito à observância dos seguintes Art 18 O registro dos medicamentos, drogas e insumos
requisitos: farmacêuticos dadas as suas características sanitárias,
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medicamentosas ou profiláticas, curativas, paliativas, ou Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo deverão
para fins de diagnóstico, além do atendimento do disposto ainda ser comprovadas as indicações, contra-indicações e
no artigo 17 e seus ítens, fica condicionado à satisfação dos advertências apresentadas para efeito de registro no país de
seguintes requisitos específicos: origem, reservando-se ao Ministério da Saúde o direito de
I - Que o produto, através de comprovação científica e de proceder as alterações que julgue convenientes.
análise, seja reconhecido como seguro e eficaz para o uso a Art 22 O registro de drogas, medicamentos e insumos
que se propõe, e possua a identidade, atividade, qualidade, farmacêuticos será cancelado sempre que efetuada
pureza e inocuidade necessárias. qualquer modificação em sua fórmula, dosagem, condições
II - Tratando-se de produto novo, que sejam apresentadas de fabricação e indicação de aplicações e especificações
amplas informações sobre a sua composição e o seu uso, enunciadas em bulas, rótulos ou publicidade não autorizada
para avaliação de sua natureza e determinação do grau de pelo Ministério da Saúde.
segurança e eficácia necessários. Art. 23. A modificação da composição, das indicações
III - Apresentação, quando solicitado, de amostras para terapêuticas ou da posologia, do processo e do local de
análises e experiências que sejam consideradas necessárias fabricação de medicamentos, drogas e insumos
pelos órgãos competentes do Ministério da Saúde. farmacêuticos registrados e outras alterações consideradas
IV - Quando houver o emprego de substância nova na pertinentes pela autoridade sanitária dependerá de
composição do medicamento, entrega de amostra autorização prévia do órgão ou da entidade competente do
respectiva, acompanhada dos dados químicos e físico- Ministério da Saúde, satisfeitas as seguintes exigências,
químicos ou biológicos que a identifiquem. dentre outras previstas em regulamentação
V - Na hipótese referida no item IV, quando os métodos específica:(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
indicados exigirem padrões, reagentes especiais, meios de 10.10.2001)
cultura, cepas microbiológicas, e outros materiais I - Justificativa da modificação pretendida.
específico, a empresa ficará obrigada a fornecê-lo ao II - Comprovação científica pertinente ou observações
laboratório oficial de controle competente se julgado clínicas, publicadas em revista indexada ou de reconhecida
necessário. idoneidade.
VI - Quando se trate de droga ou medicamento cuja III - Literatura pertinente, acompanhada, quando de origem
elaboração necessite de aparelhagem técnica específica, estrangeira, de tradução integral do trabalho original.
prova de que o estabelecimento se acha devidamente IV - comprovação, em se tratando de medicamento de
equipado e mantém pessoal habilitado ao seu manuseio ou origem estrangeira, das eventuais modificações de fórmula
tem contrato com terceiros para essa finalidade. autorizada;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
VII - Cópia autenticada do documento que credencia a 10.10.2001)
importadora como representante legal no País.(Inciso V - demonstração de equivalência do medicamento similar,
incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) de acordo com a legislação vigente, nos casos de
Art 19 Para a concessão do registro de drogas, modificação de excipiente quantitativo ou
medicamentos e insumos farmacêuticos, as informações qualitativo;(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
contidas nos respectivos relatórios deverão ser 10.10.2001)
reconhecidas como cientificamente válidas pelo órgão VI - autorização de funcionamento do novo
competente do Ministério da Saúde. estabelecimento da empresa produtora e apresentação do
Art. 20. As informações descritivas de drogas ou Certificado de Cumprimento de Boas Práticas de
medicamentos serão avaliadas pelo órgão ou pela entidade Fabricação e Controle, mediante nova inspeção sanitária,
competente do Ministério da Saúde ou analisadas pelo seu no caso de mudança do local de fabricação; e(Inciso
competente laboratório de controle, em cujas conclusões incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
deverá basear-se a autoridade sanitária para conceder ou VII - comprovação, em se tratando de solicitação de
denegar o registro.(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, transferência de titularidade de registro, de enquadramento
de 10.10.2001) da empresa detentora do registro específico em um dos
§ 1o Somente poderá ser registrado o medicamento que seguintes casos: cisão, fusão, incorporação, sucessão ou
contenha em sua composição substância reconhecidamente mudança de razão social.(Inciso incluído pelo Decreto nº
benéfica do ponto de vista clínico e terapêutico.(Parágrafo 3.961, de 10.10.2001)
incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) Art 24 Somente será registrado o medicamento cuja
§ 2o A comprovação do valor real do produto, sob o ponto preparação necessite cuidados especiais de publicação,
de vista clínico e terapêutico do novo medicamento, será dosagem, esterilização ou conservação quando:
feita no momento do pedido de registro, por meio de I - Tiver em sua composição substância nova.
documentação científica idônea que demonstre a II - Tiver em sua composição substância conhecida, à qual
qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica.(Parágrafo seja atribuída aplicação nova ou vantajosa em terapêutica.
incluído pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) III - Apresentar melhoramento de fórmula ou forma, sob o
Art 21 O registro das drogas, medicamentos e insumos ponto de vista farmacotécnico e/ou terapêutico.
farmacêuticos de procedência estrangeira, além das Parágrafo único. É assegurado o direito ao registro de
condições, exigências e procedimentos previstos na Lei nº medicamentos similares a outros já registrados na forma
6.360, de 23 de setembro de 1976, neste Regulamento e deste artigo e desde que satisfeitas as demais exigências
demais normas pertinentes, dependerá da comprovação de deste Regulamento.
que já é registrado no país de origem.
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§ 1o É assegurado o direito ao registro de medicamentos § 2º A comprovação do valor real do produto, sob o ponto
similares a outros já registrados na forma deste artigo e de vista clínico e terapêutico do novo medicamento será
desde que satisfeitas as demais exigências deste feita no momento do pedido de registro, através de
Regulamento.(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961, documentação científica idônea que demonstre a eficácia
de 10.10.2001) terapêutica decorrente das modificações qualitativas ou
§ 2o Os medicamentos similares a serem fabricados no País quantitativas das substâncias ativas, que impliquem em
e aqueles fabricados e registrados em Estado-Parte inovação na elaboração.
integrante do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, Art 26 O registro dos soros e vacinas ficará sujeito à
similares a nacional já registrado, consideram-se comprovação:
registrados se, após decorrido o prazo de cento e vinte dias I - Da eficácia, inocuidade e esterilidade do produto, bem
contados da apresentação do respectivo requerimento, não como da sua finalidade imunoterápica, dessensibilizante e
houver qualquer manifestação por parte da autoridade pirogênica.
sanitária, devendo os respectivos registros serem enviados II - Da concentração, identidade, estabilidade e condições
para publicação oficial.(Parágrafo incluído pelo Decreto de conservação e outras características inerentes ao
nº 3.961, de 10.10.2001) produto.
§ 3o A contagem do prazo mencionado no § 2o será Art 27. (Revogado pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
interrompida sempre que houver exigência formulada pela Art 28 Estão isentos de registro:
autoridade sanitária, que deverá ser cumprida pela empresa I - Os produtos de fórmula e preparação fixas, cuja
no prazo estabelecido por esta autoridade, sob pena de conservação seja boa e relativamente longa, cujas fórmulas
indeferimento do pedido.(Parágrafo incluído pelo Decreto estejam inscritas na Farmacopéia Brasileira, no Codex ou
nº 3.961, de 10.10.2001) nos formulários aceitos pela Comissão de Revisão da
§ 4o Em qualquer situação, o prazo total de tramitação do Farmacopéia do Ministério da Saúde, bem como as
processo não poderá exceder a cento e oitenta matérias-primas e insumos inscritos nos respectivos
dias.(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961, de formulários.
10.10.2001) II - Os produtos equiparados aos de que trata o item
§ 5o O registro concedido nas condições dos §§ 2o a 4o anterior, que embora não tenham suas fórmulas inscritas na
perderá a sua validade, independentemente de notificação Farmacopéia Brasileira ou no Codex, sejam aprovados pelo
ou interpelação, se o produto não for comercializado no órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da
prazo de um ano após a data de sua concessão, prorrogável Saúde.
por mais seis meses, a critério da autoridade sanitária, III - Os solutos concentrados que servem para a obtenção
mediante justificação escrita de iniciativa da empresa extemporânea de preparações farmacêuticas e industriais.
interessada.(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961, de IV - Os preparados homeopáticos constituídos por simples
10.10.2001) associações de tinturas ou por incorporação a substância
§ 6o O pedido de novo registro do produto poderá ser sólidas.
formulado dois anos após a verificação do fato que deu Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a
causa à perda da validade do anteriormente concedido, obrigatoriedade para fins de comercialização dos produtos
salvo se não for imputável à empresa neles referidos, da remessa pela empresa ao Ministério da
interessada.(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961, de Saúde das informações e dos dados elucidativos sobre os
10.10.2001) produtos injetáveis.
§ 7o O pedido de Registro de Produto Farmacêutico, Art 29 Não serão igualmente objeto de registro os
registrado e fabricado em outro Estado-Parte do produtos, cujas fórmulas sejam de fácil manipulação nos
MERCOSUL, similar ao produto registrado no País, deve laboratórios das farmácias.
ser assinado pelo responsável legal e pelo farmacêutico Art 30 Estão igualmente isentos de registro os
responsável da Empresa "Representante MERCOSUL" medicamentos novos, destinados exclusivamente a uso
designada no Brasil pela empresa produtora, e conterá experimental sob controle médico, os quais poderão ser
todas as informações exigidas pela Lei no 6.360, de 1976, importados mediante expressa autorização do órgão de
por este Regulamento e pelas demais normas vigentes vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde.
sobre o tema.(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961, de § 1º A autorização de que trata este artigo dependerá de
10.10.2001) prévia aprovação do plano de pesquisa, ficando a empresa
§ 8o A demonstração de equivalência do produto similar ao obrigada a fornecer informações periódicas do seu
medicamento registrado no País deverá observar o previsto desenvolvimento.
neste Regulamento e nas demais normas vigentes sobre o § 2º A isenção prevista neste artigo só será válida pelo
tema.(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961, de prazo de até 3 (três) anos, findo o qual o produto ficará
10.10.2001) sujeito a registro.
Art 25 Será negado o registro de medicamento que não Art 31 É privativa da indústria farmacêutica homeopática a
contenha em sua composição, substância fabricação da tintura mãe (símbolos f, f, TM), bem como
reconhecidamente benéfica do ponto de vista clínico e das altas dinamizações, não podendo os laboratórios das
terapêutico. farmácias homeopáticas dinamizar senão a partir de 0
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo ainda que a forma de (Tintura Mãe), ou da dinamização inicial até 30C
apresentação do produto seja diferente da de outro (trigésima centesimal) ou 60D (sexagésima decimal) para
anteriormente registrado. as substâncias de alta toxidade.
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Art 32). (Revogado pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) DO REGISTRO DOS COSMÉTICOS, PRODUTOS DE
Art 33 Para a finalidade de registro do produto HIGIENE, PERFUMES E OUTROS
homeopático, deverão ser obedecidas as codificações Art 38 Somente serão registrados como cosméticos,
homeopáticas, e a Farmacopéia Brasileira no que se refere produtos para a higiene pessoal, perfumes e outros de
à denominação, nomenclatura homeopática, sinonímia, natureza e finalidades idênticas, os produtos que se
escala e abreviatura, nome tradicional e símbolos. destinem a uso pessoal externo ou em ambientes,
Art 34 Será registrado como medicamento homeopático o consoante suas finalidades estética, protetora, higiênica ou
produto cuja fórmula é constituída por substâncias de odorífica, sem causar irritações à pele, nem danos à saúde.
comprovada ação terapêutica. Art 39 Além de sujeito às exigências do artigo 17 e seus
TÍTULO IV itens, o registro dos produtos referidos no artigo anterior,
DO REGISTRO DE CORRELATOS dependerá da satisfação das seguintes exigências:
Art 35 Os aparelhos, instrumentos e acessórios usados em I - Enquadrar-se na relação de substâncias inócuas,
medicina, odontologia, enfermagem e atividades afins, elaborada pela câmara técnica competente do Conselho
bem como na educação física, embelezamento ou correção Nacional de Saúde e publicada no Diário Oficial da União,
estética, somente poderão ser fabricados ou importados a qual conterá as especificações pertinente a cada
para exposição à venda e entrega ao consumo, depois que o categoria, bem como os insumos, as matérias-primas, os
órgão de vigilância competente do Ministério da Saúde se corantes e os solventes permitidos em sua fabricação.
pronuncie sobre a obrigatoriedade, ou não, do registro. II - Não se enquadrando na relação referida no item I, ter
Parágrafo único. Estão dispensados do registro os sido reconhecida a inocuidade das respectivas fórmulas,
aparelhos, instrumentos ou acessórios de que trata este em pareceres conclusivos emitidos pelos órgãos
artigo, que figurem em relações elaboradas pelo órgão de competentes de análise e técnico do Ministério da Saúde.
vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde, Art 40 Aplicar-se-á aos cosméticos, produtos destinados à
ficando, porém para os demais efeitos da Lei nº 6.360, de higiene pessoal, estípticos, depilatórios e outros de
23 de setembro de 1976, e deste Regulamento, sujeitos ao finalidade idêntica, que contenham substâncias
regime de vigilância sanitária. medicamentosas, embora em dose infraterapêutica, as
Art 36 O registro dos aparelhos, instrumentos e acessórios disposições próprias ao registro dos medicamentos no que
de que trata o artigo anterior será obrigatório quando a sua couber.
utilização dependa de prescrição médica, de cuidados Art 41 Somente será registrado produto referido no artigo
especiais de aplicação ou da observação de precauções, 38, que contendo matéria-prima, solvente, insumo
sem as quais possam produzir danos à saúde. farmacêutico, corante ou outro aditivo, este figure em
Art 37 A empresa interessada em fabricar ou importar os relação elaborada pela câmara técnica competente do
aparelhos, instrumentos e acessórios de que trata o artigo Conselho Nacional de Saúde, publicada no Diário Oficial
35, deverá encaminhar junto ao seu requerimento dirigido da União e desde que ressalvadas expressamente nos
ao órgão de vigilância sanitária competente do Ministério rótulos e embalagens as restrições de uso em conformidade
da Saúde, relatório descritivo contendo, além dos com a área do corpo em que deva ser aplicado.
elementos indicados no artigo 17 e seus itens, mais os Art 42 Os cosméticos e produtos de higiene destinados ao
seguintes: uso infantil não poderão ser apresentados sob a forma de
I - Finalidade a que se destina. aerosol, deverão estar isentos de substâncias cáusticas ou
II - Apresentação ou forma de apresentação comercial do irritantes e suas embalagens não poderão apresentar partes
produto. contundentes.
III - Voltagem, ciclagem e peso, recomendados, quando for Art 43 Os produtos mencionados no artigo 38,
o caso. apresentados sob a forma de aerosol, somente serão
IV - Prazo de garantia. registrados mediante o preenchimento dos seguintes
V - Dispositivos de segurança, se houver necessidade. requisitos:
VI - Indicações e contra-indicações. I - Se o vasilhame for de vidro envolvido, por material
VII - Efeitos colaterais e secundários. plástico, deve apresentar orifícios que possibilitem a saída
VIII - Precauções e dados sobre toxidade, quando for o do conteúdo, no caso de quebrar-se o vidro.
caso. II - Só poderão apresentar-se com premidos os vasilhames
IX - Aplicação máxima mínima, quando for o caso. dos produtos cujo conteúdo não for superior a 500
X - Tempo de uso, de exposição ou aplicação. (quinhentos) milímetros.
XI - Indicação de uso exclusivo sob prescrição médica, III - Se o propelente usado figurar em relação elaborada
quando for o caso. pela câmara técnica competente do Conselho Nacional de
XII - Comprovação e considerações sobre os resultados Saúde, publicada em Diário Oficial da União, destinada a
verificados. divulgar aqueles cujo emprego possa ser permitido em
Parágrafo único. Deverá ser aposto no aparelho, aerosóis.
instrumento ou acessório de que trata este artigo, gravado Art 44 Os cosméticos, produtos destinados à higiene
ou em etiquetas, o número do registro no órgão de pessoal, perfumes e seus congêneres, poderão ter alteradas
vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde, as suas fórmulas de composição, desde que as alterações
seguido da sigla respectiva, ou os dizeres "Declarado solicitadas pela empresa sejam aprovadas pelos setores
isento de registro pelo Ministério da Saúde". técnicos encarregados, em cujos pronunciamentos se
TÍTULO V louvará o dirigente do órgão de vigilância sanitária
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competente do Ministério da Saúde, para proferir a sua impurezas, apresentados em formas e veículos diversos,
decisão. podendo ser coloridos e/ou perfumados, incluídos na
Parágrafo único. A alteração de fórmula será averbada mesma categoria dos produtos destinados ao
junto ao registro respectivo no livro correspondente, após a embelezamento do cabelo por ação enxaguatória.
publicação do despacho permissivo no Diário Oficial da c) Dentifrícios - destinados à higiene e limpeza dos dentes,
União. dentaduras postiças e da boca, apresentados em aspecto
Art 45 A câmara técnica competente do Conselho uniforme e livres de partículas palpáveis na boca, em
Nacional de Saúde organizará e fará publicar no Diário formas e veículos condizentes, podendo ser coloridos e/ou
Oficial da União, a relação dos aditivos, corantes, aromatizados.
inorgânicos e orgânicos artificiais, incluindo seus sais e d) Enxaguatórios bucais - destinados à higiene
suas lacas, permitidos na fabricação dos produtos de que momentânea da boca ou à sua aromatização.
trata o artigo 38. e) Desodorantes - destinados a combater os odores da
§ 1º Será excluído da relação de que trata este artigo, todo transpiração, podendo ser coloridos e perfumados,
e qualquer corante ou outro aditivo que venha a revelar apresentados formas e veículos apropriados.
evidência de toxidade eminente ou em potencial. f) Antiperspirantes - destinados a inibir ou diminuir a
§ 2º A exclusão do corante ou outro aditivo da relação transpiração, podendo ser coloridos e/ou perfumados,
mencionada neste artigo implicará na sua imediata apresentados em formas e veículos apropriados, bem
exclusão da fórmula do produto, ficando a empresa como, associados aos desodorantes.
obrigada a comunicar as substâncias que passará a adotar g) Cremes para barbear - destinados a preparar os pelos do
dentro do prazo de até 30 (trinta) dias, ao órgão de rosto para o corte, apresentados em formas e veículos
vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde, apropriados, não irritantes à pele, de ação espumígena ou
contados da data da publicação do ato respectivo, no não, podendo ser coloridos e perfumados.
Diário Oficial da União. h) Produtos para após o barbear - destinados a refrescar,
§ 3º A inclusão ou exclusão de novos corantes ou de outros desinfetar e amaciar a pele depois de barbeada, podendo
aditivos, inclusive os coadjuvantes da tecnologia de ser apresentados em formas e veículos apropriados.
fabricação, na relação de que trata este artigo constitui ato II - Perfumes:
privativo da câmara técnica competente do Conselho a) Extratos - constituídos pela solução ou dispersão de uma
Nacional de Saúde. composição aromática em concentração mínima de 10%
§ 4º Para efeito de utilização de novos aditivos, a empresa (dez por cento) e máxima de 30% (trinta por cento).
deverá apresentar requerimento ao dirigente do órgão de b) Águas perfumadas, águas de colônia, loções e similares
vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde, - constituídas pela dissolução até 10% (dez por cento) de
que ouvirá a câmara técnica competente do Conselho composição aromática em álcool de diversas graduações,
Nacional de Saúde, acompanhado da documentação não podendo ser nas formas sólidas nem na de bastão.
científica, em idioma português, evidenciando a inocuidade c) Perfumes cremosos - semi-sólidos ou pastosos, de
dos mesmos e contendo: composição aromática até a concentração de 30% (trinta
I - A indicação dos produtos em cuja composição devam por cento), destinados a odorizar o corpo humano.
figurar. d) Produtos para banho e similares - destinados a perfumar
II - A indicação da natureza química de cada qual e a e colorir a água do banho e/ou modificar sua viscosidade
respectiva quantidade. ou dureza, apresentados em diferentes formas.
§ 5º A relação de que trata este artigo incluirá os limites e) Odorizantes de ambientes - destinados a perfumar
máximos de impurezas tolerados nos corantes e em outros objetos de uso pessoal ou o ambiente por libertação de
aditivos destinados ao emprego nos cosméticos, perfumes, substâncias aromáticas absorvidas em material inerte ou
produtos de higiene pessoal e seus congêneres. por vaporização, mediante propelentes adequados.
Art 46 Para os efeitos deste Regulamento, incluem-se III - Cosméticos:
entre os corantes, os intermediários de corantes que tenham a) Pós faciais - destinados a modificar temporariamente a
esta propriedade manifestada ou desenvolvida por reações tonalidade da pele e a uniformizar o seu aspecto,
químicas ocorridas no local de aplicação. constituídos essencialmente por substâncias pulverulentas,
Art 47 É permitido o emprego dos corantes em misturas ou em veículos ou formas apropriados, podendo ser coloridos
diluentes apropriados. e perfumados.
Art 48 Aplicam-se aos produtos de ação exclusivamente b) Talcos - constituídos de substâncias pulverulentas
repelente, as normas previstas no artigo 45. contendo essencialmente o mínimo de 80% (oitenta por
Art 49 Para o fim de registro, os produtos definidos nos cento) de talco, podendo ser coloridos e perfumados.
itens VII, VIII e IX do artigo 3º compreendem: c) Cremes de beleza, cremes para as mãos e similares -
I - Produtos de higiene: destinados ao embelezamento da pele, com finalidade
a) Sabonetes - destinados à limpeza corporal, com postos lubrificante, de limpeza, hidratante e de base evanescente,
de sais alcalinos, ácidos graxos ou suas misturas ou de nutriente e de maquilagem, em forma semi-sólida ou
outros agentes tensoativos ou suas misturas, podendo ser pastosa, podendo ser coloridos e perfumados.
coloridos e/ou perfumados e apresentados em formas e d) Máscaras faciais - destinadas a limpar, amaciar,
consistências adequadas ao seu uso. estimular ou refrescar a pele, constituídas essencialmente
b) Xampus - destinados à limpeza do cabelo e do couro de substâncias coloidais ou argilosas que aplicadas sobre o
cabeludo por ação tensoativa ou de absorção sobre as roto devem sofrer endurecimento para posterior remoção.
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e) Loções de beleza - entre as quais se incluem as soluções ativa em ácido tioglicólico, não podendo o seu pH exceder
leitosas, cremosas e adstringentes, loções para as mãos, de 10,0 (dez vírgula zero).
bases de maquilagem, e outros destinados a limpar, p) Produtos para alisar ou cabelos - de maneira mais ou
proteger, estimular, refrescar ou embelezar a pele, menos duradoura, podendo ser coloridos ou perfumados,
apresentadas em solução, suspensão ou outra qualquer apresentados em forma e veículos apropriados, com
forma líquida ou semilíquida-cremosa, podendo ser características iguais aos produtos para ondulação, e conter
colorida e perfumadas. no máximo 15% (quinze por cento) de substância ativa em
f) Rouges (blushes) - destinados a colorir as faces e ácido tioglicólico, não podendo o seu pH exceder de 11,0
constituídos de corantes que não sejam foto- (onze vírgula zero).
sensibilizantes, não podendo conter mais do que 2 (dois) q) Produtos para assentar os cabelos - incluídos as
p.p.m. de arsênio (As2 03), nem mais do que 20 (vinte) brilhantinas, fixadores, laquês e similares, apresentados
p.p.m. de metais pesados (em Pb), e dispersos em veículo sob diversas formas adequadas, destinados a fixar ou a
apropriado, perfumado ou não, apresentados em forma lubrificar e amaciar os cabelos.
adequada. r) Tônicos capilares - destinados a estimular o couro
g) Batons e lápis labiais - destinados a colorir e proteger os cabeludo, apresentados em forma líquida com
lábios e não podem conter mais do que 2 (dois) p.p.m. de concentração variável de álcool, podendo ser coloridos e
arsênico (em As2 03) nem mais do que 20 (vinte) p.p.m de perfumados.
metais pesados (em Pb). s) Depilatórios ou epilatórios - destinados a eliminar os
h) Produtos para a área dos olhos - destinados a colorir ou pelos do corpo, quando aplicados sobre a pele, em tempo
sombrear os anexos dos olhos, ou seja, a área abrangida não superior ao declarado na embalagem, inócuos durante
pela circunferência formada pelas arcadas supra e infra- o tempo de aplicação e sem causar ação irritante à pele,
orbitárias, incluindo a sobrencelha, a pele abaixo das apresentados em formas e veículos apropriados,
sobrancelhas, as pálpebras, os cílios, o saco conjuntival do hermeticamente fechados.
olho e o tecido areolar situado imediatamente acima da t) Esmalte, vernizes para unhas, removedores, clareadores,
arcada infra-orbitária, constituídos de pigmentos removedores de cutículas e de manchas de nicotina,
inorgânicos altamente purificados e corantes naturais não polidores e outros - destinados ao cuidado e
foto-sensibilizante, insolúveis em água e dispersos em embelezamento das unhas, apresentados em formas e
veículo apropriado, apresentados em forma adequada e não veículos apropriados, devendo ser inócuos às unhas e
podendo conter mais do que 2 (dois) p.p.m de arsênico (em cutículas, sendo obrigatório para os esmaltes e vernizes ter
As2 03) nem mais do que 20 (vinte) p.p.m de metais a cor estável, não podendo o corante sedimentar-se de
pesados em Pb. maneira irreversível pelo repouso ou reagir com outros
i) Produtos anti-solares - destinados a proteger a pele constituintes da forma.
contra queimaduras e endurecimento provocado pelas Art 50 Os produtos de higiene e cosméticos para uso
radiações, diretas ou refletidas, de origem solar ou não, infantil, além das restrições contidas no artigo 42, para
dermatologicamente inócuos e isentos de substâncias obterem o registro deverão observar os seguintes
irritantes ou foto-sensibilizantes, e nos quais as substâncias requisitos:
utilizadas como protetoras sejam estáveis e não se I - Talcos - destinados a proteger a pele da criança,
decomponham sob a ação direta das radiações especialmente contra irritações e assaduras, podem ser
ultravioletas, por tempo mínimo de duas horas. levemente perfumados, mas não poderão conter corante ou
j) Produtos para bronzear - destinados a proteger a pele partículas palpáveis, matérias estranhas ou sujidades.
contra queimaduras provocadas pelas radiações diretas ou II - Óleos - destinados à higiene e à proteção da superfície
refletidas, de origem solar ou não, sem contudo impedir a cutânea da criança, podem ser levemente perfumados,
ação escurecedora das mesmas. líquidos e à base de substâncias graxas de origem natural
l) Produtos bronzeadores simulatórios - destinados a ou seus derivados, altamente refinados e sem indícios de
promover o escurecimento da pele por aplicação externa, acidez, serão obrigatoriamente transparentes, sem adição
independentemente da exposição a radiações solares e de corantes, isentos de partículas estranhas, sujidades em
outras, dermatologicamente inócuos e isentos de água, e sem apresentar turbidez a 20ºC (vinte graus
substâncias irritantes ou foto-sensibilizante. centígrados).
m) Tinturas capilares - incluídos os xampus e similares, III - Loções - destinadas a limpar, proteger ou refrescar a
que também apresentem propriedades modificadoras da cor pele das crianças, serão apresentadas em emulsão ou
ou tonalidade, destinadas a tingir o cabelo, de imediato ou suspensão, podendo ser levemente perfumadas.
progressivamente. IV - Xampus - destinados à limpeza do cabelo e do couro
n) Agentes clareadores dos cabelos - destinados a clarear cabeludo das crianças, por ação tensoativa ou de absorção
ou descolorar os cabelos. sobre sujidades, podem ser apresentados em forma e
o) Produtos para ondular os cabelos - destinados a ondular veículos apropriados, mas sem ser irritantes ao couro
ou frisar os cabelos, de maneira mais ou menos duradoura, cabeludo e aos olhos da criança, e devem ser facilmente
podendo ser coloridos ou perfumados, apresentados em removíveis após a sua aplicação e o pH deve estar
forma e veículos apropriados cuja alcalinidade livre não compreendido entre os limites de 7,0 (sete vírgula zero) e
exceda 2% (dois por cento) em NH3 e que quando 8,5 (oito vírgula cinco).
preparados à base de ácido tioglicólico ou seus derivados, V - Dentifrícios - destinados à higiene dos dentes e da
contenham no máximo 10% (dez por cento) de substância boca, apresentados em forma e veículos apropriados, com
Revisada em 26.07.11 78
aspecto uniforme e livres de partículas sensíveis à boca, c) outras substâncias que venham a ser autorizadas pela
podendo ser coloridos e/ou aromatizados, mas sem irritar a câmara técnica competente do Conselho Nacional de
mucosa bucal íntegra, nem prejudicar a constituição Saúde.
normal dos dentes da criança. § 2º A concentração máxima para cada substância
VI - Águas de colônia e similares - destinados a odorizar o inseticida ou sinérgica será fixada em relação elaborada
corpo ou objetos de uso pessoal da criança, contendo pela câmara técnica competente do Conselho Nacional de
composições aromáticas, podem ser apresentadas em Saúde, e publicada no Diário Oficial da União.
diferentes formas segundo seu veículo ou excipiente, mas Art 57 Para o registro dos inseticidas a fórmula de
sua concentração alcoólica não poderá exceder de 60% composição deve ser elaborada com vistas as precauções
(sessenta por cento), nem a composição aromática de 2% necessárias ao manuseio do produto e o relatório que
(dois por cento). acompanha o pedido deverá indicar:
VII - Sabonetes - destinados a limpeza corporal das I - Forma de preparação e modo de aplicação.
crianças, serão constituídos de sais de ácidos graxos ou II - Toxicidade aguda e crônica pelas vias oral, cutânea e
suas misturas, ou de outros agentes tensoativos ou suas respiratória, em animais de laboratório.
misturas, podendo ser levemente coloridos e perfumados, III - Alterações metabólicas registradas em mamíferos.
apresentados em formas e consistências adequadas e com IV - Observações de casos humanos de envenenamento,
alcalinidade livre até o máximo de 0,5% (cinco décimos principalmente quanto à presença de sinais e sintomas
por cento) em NaOH. precoces ou de alarme.
Art 51 A câmara técnica competente do Conselho V - Indicações sobre o emprego de antídotos em caso de
Nacional de Saúde fará publicar no Diário Oficial da intoxicação, e as medidas a serem adotadas em caso de
União a relação dos propelentes permitidos para uso em acidente.
aerosóis, contendo os produtos de higiene, cosméticos, Parágrafo único. Não será registrada inseticida cuja
perfumes e similares. fórmula contenha substâncias em concentração superior a
Art 52 Não serão registrados os produtos que contenham que for estabelecida pela câmara técnica competente do
substâncias cujo uso continuado possa causar dano à saúde. Conselho Nacional de Saúde, para segurança de seu
Art 53 Os produtos destinados a ondular cabelos somente emprego.
serão registrados se a sua entrega ao consumo for Art 58 Para fins de registro dos inseticidas as substâncias
condicionada ao acompanhamento de substâncias componentes das fórmulas respectivas serão consideradas:
neutralizantes indicadas e em quantidade suficiente para I - Solventes e diluentes - quando empregadas como
surtir efeito imediatamente após seu uso. veículos nas preparações inseticidas.
TÍTULO VI II - Propelentes - quando atuem como agentes propulsores
DO REGISTRO DOS SANEANTES DOMISSANITÁRIOS utilizados nas preparações premiadas.
Art 54 O registro dos saneantes domissanitários definidos Art 59 Será tolerada quando pertencentes à mesma classe,
no artigo 3º, item X, alíneas a, b , c e d , obedecerá além do a associação de inseticidas desde que as concentrações dos
disposto no artigo 17 e seus itens, às normas específicas elementos ativos sejam proporcionalmente reduzidas.
quanto à sua natureza e finalidade. Art 60 As associações de inseticidas deverão satisfazer aos
Art 55 Somente poderão ser registrados os inseticidas que: requisitos do artigo 57 e itens II a IV, quanto à toxicidade
I - Possam ser aplicados corretamente, em estrita para animais submetidos a prova de eficiência.
observância às instruções dos rótulos e demais elementos Art 61 Somente será registrado inseticida quando se
explicativos. destine:
II - Não ofereçam qualquer possibilidade de risco à saúde I - À pronta aplicação por qualquer pessoa, para fins
humana e dos animais domésticos de sangue quente. domésticos.
III - Não sejam corrosivos ou prejudiciais às superfícies II - À aplicação e manipulação por pessoa ou organização
tratadas. especializada, para fins profissionais.
Art 56 Será negado registro aos inseticidas que não Art 62 Registrar-se-ão como raticidas as preparações cujas
obedeçam às seguintes formas de apresentação: fórmulas de composição incluam substâncias ativas,
I - Pó - preparações pulverulentas. isoladas ou em associação, em concentrações diversas e
II - Líquido - preparações em forma de solução, emulsão sob determinadas formas e tipos de apresentação.
ou suspensão, destinadas a serem aplicadas por aspersão. Art 63 Poderá ser registrado raticida em cuja fórmula
III - Fumigação - preparações a serem aplicadas por figurem, além do elemento essencial representado por
volatização ou por combustão. substâncias naturais ou sintéticas que exerçam ação letal
IV - Isca - preparações de forma variada contendo nos roedores, outros elementos facultativos, a saber:
substâncias capazes de atrair insetos. I - Sinérgico - representado por substâncias naturais ou
V - Premido - preparações autopropelentes em embalagem sintéticas que ativem a ação dos raticidas.
apropriada. II - Atraente - representado por substâncias que exerçam
§ 1º Os produtos mencionados nos itens I, II, III, IV e V atração para ratos, camundongos e outros roedores.
terão obrigatoriamente em sua composição: Art 64 Para o registro dos raticidas o relatório que
a) substância inseticida natural sintética destinada a exercer acompanha o pedido respectivo, deverá prever as
a ação impediente ou letal para insetos; precauções necessárias à sua aplicação, e as medidas
b) substâncias sinérgica ou ativadora natural ou sintética terapêuticas a serem adotadas no caso de acidente tendo
destinada a reforçar a atividade dos inseticidas; em conta:
Revisada em 26.07.11 79
I - A ação raticida propriamente dita. 1969, e respectivos regulamentos, cujo uso e venda
II - A toxicidade aguda ou crônica, por absorção pelas vias dependam de prescrição médica, tendo como finalidades
respiratórias, para animais de laboratório. principais:
III - Os caminhos metabólicos em mamíferos e a I - Suprir necessidades dietéticas especiais.
consequente capacidade de desintoxicação do organismo. II - Suplementar e enriquecer a alimentação habitual com
IV - As observações de casos de intoxicação no homem, vitaminas, aminoácidos, minerais e outros elementos.
principalmente quanto à presença de sinais e sintomas III - Iludir as sensações de fome, de apetite e de paladar,
precoces de alarme. substituindo os alimentos habituais nas dietas de restrição.
V - As indicações sobre o emprego de antídoto no caso de Art 72 Só serão registrados como dietéticos os produtos
intoxicação. constituídos por:
Art 65 Somente será permitida a venda dos raticidas a I - Alimentos naturais modificados em sua composição ou
granel, para embalagem, às empresas habilitadas a exercer características, quando destinados a finalidades
essa atividade, na forma prevista no artigo 2º deste dietoterápica.
Regulamento. II - Produtos naturais, ainda que não considerados
Art 66 A venda dos raticidas e sua entrega ao consumo alimentos habituais, contendo nutrientes ou adicionados
ficarão restritas, exclusivamente, aos produtos deles.
classificados como de baixa e média toxicidade, sendo III - Produtos minerais ou orgânicos, puros ou associados,
privativo das empresas especializadas ou de órgãos e em condições de contribuir para a elaboração de regimes
entidades da administração pública direta e indireta, o especiais.
fornecimento e controle da aplicação dos classificados IV - Substâncias isoladas ou associadas, sem valor
como de alta toxicidade. nutritivo, destinadas a dietas de restrição.
Art 67 Para os fins da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de V - Complementos contendo vitaminas, minerais ou outros
1976 e deste Regulamento são equipados aos produtos nutrientes em quantidades ou limites a serem estabelecidos
saneantes domissanitários, os detergentes, desinfetantes e pela câmara técnica competente do Conselho Nacional de
respectivos congêneres, destinados a aplicação em objetos Saúde.
inanimados e em ambientes, sujeitos às mesmas exigências VI - Outros produtos que, isoladamente ou em associação,
e condições pertinentes a registro, industrialização e possam ser caracterizados como dietéticos pela câmara
entrega ao consumo e fiscalização. técnica competente do Conselho Nacional de Saúde.
Art 68 Dentro do prazo de 4 (quatro) anos, contados da Art 73 Os produtos dietéticos serão apresentados sob as
vigência deste Regulamento fica proibida a fabricação, formas usuais dos medicamentos, observadas a
comercialização ou importação de saneantes de qualquer nomenclatura e as características próprias aos mesmos, e,
natureza, contendo tensoativo aniônico, não-biodegradável. eventualmente, sob as formas de alimento.
§ 1º Não serão concedidos novos registros nem serão Art 74 Para assegurar a eficiência dietética mínima e evitar
revalidados os atuais, além do prazo previsto neste artigo, que sejam confundidos com os produtos terapêuticos, o
dos produtos a que se referem. teor dos componentes dietéticos que justifique sua
§ 2º As fórmulas modificadas serão submetidas pelas indicação em dietas especiais, deverá obedecer a padrões
empresas ao órgão de vigilância sanitária competente do universalmente aceitos, e constantes de relação elaborada
Ministério da Saúde, acompanhadas do relatório e pela câmara técnica competente do Conselho Nacional de
obedecidos os requisitos de ordem técnica, julgados Saúde.
necessários, mantido o mesmo número do registro inicial. Parágrafo único. Não havendo padrão estabelecido para o
Art 69 Somente serão registrados desinfetantes de ação fim de que trata este artigo, a concessão de registro ficará
destrutiva ou inativa, de uso indiscriminado, que, sujeita, em cada caso, ao prévio pronunciamento da câmara
satisfaçam as exigências peculiares que venham a ser técnica competente do Conselho Nacional de Saúde.
fixadas para cada substância.
Parágrafo único. A câmara técnica competente do TÍTULO VIII
Conselho Nacional de Saúde elaborará listas de substâncias DA AUTORIZAÇÃO DAS EMPRESAS E DO
permitidas e proibidas, fixará as concentrações, formas de LICENCIAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS
uso e promoverá outras medidas destinadas à proteção da Art 75 O funcionamento das empresas que exerçam
saúde. atividades enumeradas no artigo 1º dependerá de
Art 70 Somente serão registrados detergentes contendo autorização do órgão de vigilância sanitária competente do
basicamente agente tensoativo e substância coadjuvante, Ministério da Saúde, à vista do preenchimento dos
tais como espessantes, sinérgicas, solventes, substâncias seguintes requisitos:
inertes e outras especialmente formuladas para a remoção I - Indicação da atividade industrial respectiva.
de gorduras, óleos e outras sujidades ou de higienização de II - Apresentação do ato constitutivo, do qual constem
objetos e utensílios domésticos, inclusive pisos e paredes. expressamente as atividades a serem exercidas e o
representante legal da mesma.
TÍTULO VII III - Indicação dos endereços da sede dos estabelecimentos
DO REGISTRO DOS PRODUTOS DIETÉTICOS destinados à industrialização dos depósitos, dos
Art 71 Serão registrados como produtos dietéticos os distribuidores e dos representantes.
destinados à ingestão oral, desde que não enquadrados nas IV - Natureza e espécie dos produtos.
disposições do Decreto-lei nº 986, de 21 de outubro de V - Comprovação da capacidade técnica e operacional.
Revisada em 26.07.11 80
VI - Indicação do responsável ou responsáveis técnicos, de VI - Possuírem meios capazes de eliminar ou reduzir
suas respectivas categorias profissionais e dos números das elementos de poluição decorrente da industrialização
inscrições nas respectivas autarquias profissionais a que se procedida, que causem efeitos nocivos à saúde.
filiem. VII - Contarem com responsáveis técnicos correspondentes
Parágrafo único. A autorização de que trata este artigo aos diversos setores de atividade.
habilitará a empresa a funcionar em todo o território Parágrafo único. Poderá ser licenciado o estabelecimento
nacional e necessitará ser renovada quando ocorrer que não satisfazendo o requisito do item III deste artigo,
alteração ou mudança de atividade compreendida no comprove ter realizado convênio com instituição oficial
âmbito deste Regulamento ou mudança de sócio, diretor ou reconhecida pelo Ministério da Saúde para a realização de
gerente que tenha a seu cargo a representação legal da exames e testes especiais que requeiram técnicas e
empresa. aparelhagem destinadas ao controle de qualidade.
§ 1o A autorização de que trata este artigo habilitará a Art 79 Os estabelecimentos terão licenças independentes,
empresa a funcionar em todo o território nacional e mesmo que se situem na mesma unidade da federação e
necessitará ser renovada quando ocorrer alteração ou pertençam a uma só empresa.
mudança de atividade compreendida no âmbito deste Art 80 Os Estados, o Distrito Federal e os Territórios
Regulamento ou mudança do sócio, diretor ou gerente que poderão estabelecer em legislação supletiva condições para
tenha a seu cargo a representação legal da o licenciamento dos estabelecimentos a que se refere este
empresa.(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de Regulamento, observados os seguintes preceitos:
10.10.2001) I - Quando um só estabelecimento industrializar ou
§ 2o As empresas titulares de registro de produtos comercializar produtos de natureza ou finalidade
farmacêuticos fabricados em outro Estado-Parte do diferentes, será obrigatória a existência de instalações
MERCOSUL, denominadas "Representante separadas, para a fabricação e o acondicionamento dos
MERCOSUL", devem atender, no tocante a requisitos materiais, substâncias e produtos acabados.
técnicos e administrativos para autorização de II - Localização adequada, proibido que se situem em
funcionamento e suas modificações, às exigências zonas urbanas os que fabriquem produtos biológicos e
estabelecidas na Lei no 6.360, de 1976, neste Regulamento outros que possam produzir risco de contaminação aos
e em regulamentação específica sobre o tema.(Redação habitantes.
dada pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) III - Aproveitamento para residências ou moradias das suas
§ 3o Só será permitida a realização de contrato de dependências e áreas contínuas e contíguas aos locais de
fabricação de produtos por terceiros quando a empresa industrialização.
contratante desenvolver atividades de fabricação de IV - Aprovação prévia pelo órgão de saúde local dos
produtos farmacêuticos e desde que sejam respeitados os projetos e das plantas dos edifícios, para a verificação do
requisitos previstos em legislação específica sobre o atendimento dos requisitos estabelecidos pela Lei nº 6.360,
tema.(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001) de 23 de setembro de 1976, e por este Regulamento.
Art 76 As empresas que exerçam exclusivamente V - Instalações para o tratamento de água e esgoto nas
atividades de fracionamento, embalagem e reembalagem, indústrias que trabalhem com microorganismos
importação, exportação, armazenamento, transporte ou patogênicos.
expedição dos produtos sob o regime deste Regulamento, VI - Comprovação das medidas adequadas contra a
deverão dispor de instalações, materiais, equipamentos, e poluição ambiental.
meios de transporte apropriados. Art 81 Constará expressamente da licença do
Art 77 O órgão de vigilância sanitária competente do estabelecimento quais os produtos que constituirão a sua
Ministério da Saúde expedirá documento de autorização às linha de fabricação.
empresas habilitadas na forma deste Regulamento para o Art 82 Os estabelecimentos que fabricarem ou
exercício de atividade enumerada no artigo 1º. manipularem produtos injetáveis ou outros que exijam
Art 78 O licenciamento dos estabelecimentos que exerçam preparo assético, serão obrigatoriamente dotados de
atividades de que trata este Regulamento pelas autoridades câmara ou sala especialmente destinada a essa finalidade.
dos Estados, do Distrito Federal, e dos Territórios, Art 83 Os estabelecimentos fabricantes de produtos
dependerá do preenchimento dos seguintes requisitos: biológicos, tais como soros, vacinas, bacteriófagos,
I - Autorização de funcionamento da empresa pelo hormônios e vitaminas naturais ou sintéticas, fermentos e
Ministério da Saúde. outros, deverão possuir câmara frigorífica de
II - Existência de instalações, equipamentos e aparelhagem funcionamento automático, com capacidade suficiente para
técnica indispensáveis e em condições necessárias à assegurar a conservação dos produtos e da matéria-prima
finalidade a que se propõe. passíveis de se alterarem sem essas condições.
III - Existência de meios para a inspeção e o controle de § 1º A capacidade da câmara frigorífica será aferida em
qualidade dos produtos que industrialize. função da produção.
IV - Apresentarem condições de higiene, pertinentes a § 2º As empresas revendedoras de produtos biológicos
pessoal e material indispensáveis e próprias a garantir a ficam obrigadas a conservá-los em refrigeradores, em
pureza e eficácia do produto acabado para a sua entrega ao conformidade com as indicações determinadas pelos
consumo. fabricantes e aprovadas pelo órgão de vigilância sanitária
V - Existência de recursos humanos capacitados ao competente do Ministério da Saúde.
desempenho das atividades de sua produção.
Revisada em 26.07.11 81
Art 84 Os estabelecimentos fabricantes de hormônios sua responsabilidade, a elaboração do relatório a ser
naturais e produtos opoterápicos deverão proceder à submetido ao órgão de vigilância sanitária competente do
colheita do material necessário, em condições técnicas Ministério da Saúde, para fins de registro do produto.
adequadas, no próprio local e logo após o sacrifício dos Parágrafo único. O relatório será datado e assinado pelo
animais. responsável técnico, com a indicação do número de
§ 1º Os estabelecimentos somente poderão abastecer-se de inscrição na autarquia profissional a que esteja vinculado.
órgãos dos animais colhidos e mantidos refrigerados, nas Art 91 No caso de interrupção ou cessação da assistência
condições referidas neste artigo, em matadouros ao estabelecimento, a responsabilidade do profissional
licenciados pelos órgãos sanitários locais. perdurará por 1 (um) ano, a contar da cessação do vínculo,
§ 2º Somente poderão ser utilizados para a preparação de em relação aos lotes ou partidas fabricados sob sua direção
hormônios os órgãos que provenham de animais técnica.
integralmente sãos, não estafados ou emagrecidos, e que Art 92 Independentemente de outras cominações legais,
não apresentem sinais de decomposição no momento de inclusive penais, de que sejam passíveis os responsáveis
sua utilização. técnicos e administrativos, a empresa poderá responder
Art 85 Os estabelecimentos produtores de hormônios administrativa e civilmente por infração sanitária resultante
artificiais, além da obrigatoriedade do fornecimento de da inobservância da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de
equipamentos individuais de proteção - EIP - destinado ao 1976, deste Regulamento, ou demais normas
uso dos empregados, e do cumprimento do disposto no complementares.
item II do artigo 78, somente poderão ser licenciados se
dispuserem de recinto próprio e separado para a TÍTULO X
manipulação dos hormônios, e para a lavagem diária dos DA ROTULAGEM E PUBLICIDADE
trajes utilizados durante o trabalho. Art 93 Os rótulos, etiquetas, bulas e demais impressos dos
Art 86 Os estabelecimentos de que trata o artigo 82, medicamentos, cosméticos que contenham uma substância
deverão, conforme o caso, possuir: ativa cuja dosagem deva conformar-se com os limites
I - Aparelhos de extração. estabelecidos e os desinfetantes cujo agente ativo deva ser
II - Clorímetro ou fotômetro para dosagem de vitaminas. citado pelo nome químico e sua concentração deverão ser
III - Lâmpadas de luz ultravioleta ou fluorimetro. escritos em vernáculo, conterão as indicações das
IV - Recipientes próprios à conservação e substâncias da fórmula, com os componentes especificados
acondicionamento das substâncias sensíveis à variação da pelos nomes técnicos correntes e as quantidades
concentração iônica. consignadas pelo sistema métrico decimal ou pelas
Art 87 Os estabelecimentos que fabriquem produtos unidades internacionais.
biológicos deverão, ser dotados das seguintes instalações: Parágrafo único. É proibida a apresentação de desenhos e
I - Biotério para animais inoculados. enfeites de qualquer natureza nos cartuchos, rótulos e
II - Sala destinada à montagem de material e ao preparo do bulas, das drogas, medicamentos e insumos farmacêuticos,
meio de cultura. ressalvada a reprodução do símbolo da empresa.
III - Sala de esterilização e assética. Art 94 Os dizeres da rotulagem, das bulas, etiquetas,
IV - Forno crematório. prospectos ou quaisquer modalidades de impressos
V - Outras que a tecnologia e controle venham a exigir. referentes aos produtos de que trata este Regulamento,
Art 88 Os estabelecimentos em que sejam produzidos soro terão as dimensões necessárias a fácil leitura visual,
antitetânico, vacina anticarbunculose ou vacina BCG, observado o limite mínimo de um milímetro de altura e
deverão ter, completamente isolados de outros serviços de redigido de modo a facilitar o entendimento do
laboratório, para cada, produto: consumidor.
I - Compartimento especial dotado de utensílios, estufa e § 1º Os rótulos, as bulas, os impressos, as etiquetas, os
demais acessórios. dizeres e os prospectos mencionados neste artigo, conterão
II - Tanque com desinfetantes para imersão dos obrigatoriamente:
vasilhames, depois de utilizados. I - O nome do produto, do fabricante, do estabelecimento
III - Forno e autoclave, exclusivos. de produção e o endereço deste.
IV - Culturas conservadas em separado das demais culturas II - O número do registro precedido da sigla do órgão de
de laboratório. vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde.
V - Outros meios que a tecnologia e controle venham a III - O número do lote ou partida com a data de fabricação.
exigir. IV - o peso, volume líquido ou quantidade de unidade,
conforme o caso.
TÍTULO IX V - finalidade, uso e aplicação.
DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA VI - O modo de preparar, quando for o caso.
Art 89 As empresas que exerçam atividades previstas neste VII - As precauções, os cuidados especiais, e os
Regulamento ficam obrigadas a manter responsáveis esclarecimentos sobre o risco decorrente de seu manuseio,
técnicos legalmente habilitados, suficientes, qualitativa e quando for o caso.
quantitativamente para a correspondente cobertura das VIII - O nome do responsável técnico, número de inscrição
diversas espécies de produção, em cada estabelecimento. e sigla da respectiva autarquia profissional.
Art 90 Caberá ao responsável técnico, além de suas IX - Em se tratando de medicamento importado observar o
atribuições específicas, e a assistência efetiva ao setor de disposto no § 2º do artigo 12.
Revisada em 26.07.11 82
§ 2º O rótulo da embalagem dos medicamentos, produtos Art 101 Poderá ser dispensada nos rótulos dos
dietéticos e correlatos, que só podem ser vendidos sob medicamentos a fórmula integral ou de seus componentes
prescrição médica, deverão ter uma faixa vermelha em toda ativos, desde que figurem nas bulas respectivas.
a sua extensão, do terço médio do rótulo e com largura não Art 102 Os rótulos dos medicamentos homeopáticos
inferior a um terço da largura total, contendo os dizeres: deverão ostentar os dizeres "FARMACOPÉIA
"VENDA SOB PRESCIÇÃO MÉDICA". HOMEOPÁTICA BRASILEIRA", e contar
Art 95 Tratando-se de drogas e medicamentos, os rótulos, obrigatoriamente a escala e a dinamização pertinente, a via
bulas e impressos, conterão ainda as indicações de administração e forma famacêutica.
terapêuticas, as contra-indicações e efeitos colaterais, e Parágrafo único. As bulas dos produtos homeopáticos
precauções, quando for o caso, a posologia, o modo de usar serão sucintas e restringir-se-ão aos termos das indicações
ou via de administração, o término do prazo de validade, a terapêuticas aprovadas.
exigência de receita médica para a venda, se houver as Art 103 Tratando-se de produtos de higiene, cosméticos e
prescrições determinadas na legislação específica quando o similares, os rótulos e demais impressos, explicativos,
produto estiver submetido a regime especial de controle, e deverão conter, ainda:
as necessárias ao conhecimento dos médicos, dentistas e I - A advertência e cuidados necessários, se o uso
pacientes. prolongado ou quantidade em excesso puderem acarretar
§ 1º As drogas e produtos químicos e oficinais, destinados danos à saúde.
ao uso farmacêutico, deverão ostentar nos rótulos, os II - Em destaque, o prazo de validade de uso, se sujeitos a
dizeres "FARMACOPÉIA BRASILEIRA" ou a possível perda de eficiência.
abreviatura oficial "FARM. BRAS." Art 104 Os produtos antiperspirantes quando associados
§ 2º As contra-indicações, precauções e efeitos colaterais aos desodorantes conterão obrigatoriamente nos rótulos a
deverão ser impressos em tipos maiores dos que os declaração da existência dessa associação.
utilizados nas demais indicações e em linguagem acessível Art 105 Os rótulos dos produtos anti-solares deverão
ao público. declarar o período máximo de eficiência, e a necessidade
§ 3º As drogas e os produtos químicos e oficinais não de reaplicação se não forem de apreciável resistência à
enquadrados no § 1º, mas, que constem de farmacopéia ação da água doce ou salgada.
estrangeira ou de formulários admitidos pela Comissão de Art 106 Os rótulos dos produtos destinados a simular o
Revisão da Farmacopéia do Ministério da Saúde, terão nos bronzeamento da pele deverão conter a advertência
rótulos a indicação respectiva. "Atenção: não protege contra a ação solar".
Art 96 As bulas dos medicamentos somente poderão fazer Art 107 Os rótulos das tinturas capilares e dos agentes
referência à ação dos seus componentes, devendo as clareadores de cabelos que contenham substâncias capazes
indicações terapêuticas se limitarem estritamente a repetir de produzir intoxicações agudas ou crônicas deverão
as contidas nos termos do registro. conter as advertências "CUIDADO. Contém substâncias
Art 97 Nos rótulos e bulas dos medicamentos biológicos passíveis de causar irritação na pele de determinadas
vendidos sob receita médica constarão ainda o método de pessoas. Antes de usar, faça a prova de toque. A aplicação
dosagem de sua potência ou atividade e das provas de direta em sobrancelhas ou cílios pode causar irritação nos
eficiência, o número da série por partida da fabricação, e as olhos ou cegueira".
condições de conservação, quando for indicado, de acordo Parágrafo único. É obrigatório a inclusão de instruções de
com a natureza do produto. uso, prospectos ou bulas no acondicionamento dos
Art 98 As bulas dos medicamentos destinados ao produtos a que se refere este artigo, contendo
tratamento de doenças infecto-contagiosas, deverão conter explicitamente a prova de toque.
conselhos sobre as medidas de higiene recomendadas em Art 108 Os cosméticos, perfumes e produtos de higiene
cada caso. cuja embalagem seja sob a forma de aerosol, deverão trazer
Art 99 Os medicamentos cuja composição contenha em caracteres destacados e indeléveis, no rótulo respectivo,
substância entorpecente, deverão ter nos rótulos e bulas, a as advertências "CUIDADO. Conteúdo sob pressão. O
indicação da denominação comum do mesmo e a vasilhame, mesmo vazio não deve ser perfurado. Não use
respectiva dosagem. ou guarde em lugar quente, próximo a chamas ou exposto
Parágrafo único. Quando a substância entorpecente for o ao sol. Nunca coloque esta embalagem no fogo ou
ópio ou a coca, deverá ser mencionada nos rótulos e bulas incinerador. Guarde em ambiente fresco ou ventilado", ou
a correspondente dose de morfina ou cocaína. outros dizeres esclarecedores.
Art 100 Os rótulos das embalagens dos medicamentos que Parágrafo único. Os produtos de que trata este artigo,
contenham substância entorpecente ou que determine apresentados sob a forma de aerosóis, premidos, incluirão
dependência física ou psíquica deverão ter uma faixa preta nos rótulos, em caracteres destacados, as advertências
em toda a sua extensão com as dimensões estabelecidas no "Evite a inalação deste produto" e "Proteja os olhos
§ 2º do artigo 94, com os dizeres "Venda sob prescrição durante a aplicação".
médica", "Pode causar dependência física ou psíquica". Art 109 Os rótulos, bulas e demais impressos dos
Parágrafo único. O órgão de vigilância sanitária preparados para ondular cabelos deverão indicar os agentes
competente do Ministério da Saúde baixará instruções ativos e a advertência "Este preparado somente deve ser
acerca da aplicação do disposto neste artigo. usado para o fim a que se destina, sendo PERIGOSO para
qualquer outro uso; não deve ser aplicado se houver
feridas, escoriações ou irritações no couro cabeludo".
Revisada em 26.07.11 83
Art 110 Os rótulos, bulas e demais impressos instrutivos jogue no fogo ou em incinerador, perigo de aplicação
dos tônicos capilares que contenham substâncias próximo a chamas ou em superfícies aquecida".
exacerbantes conterão a advertência "Este produto pode b) Quando apresentados como iscas, as advertências "Não
eventualmente causar irritações ao couro cabeludo de coloque este produto em utensílio para uso alimentar".
determinadas pessoas, caso em que seu uso dever ser c) Quando apresentados sob as formas sólidas, pastosa ou
interrompido". líquida, advertências, tais como "Não aplique sobre
Art 111 Dos rótulos, bulas e demais impressos dos alimentos e utensílios de cozinha", "Em caso de contato
depilatórios ou epilatórios serão obrigatórias as direto com este produto, lave a parte atingida com água fria
advertências "Não deve ser aplicado sobre mucosas ou em e sabão".
regiões a ela circunvizinhas, sobre a pele ferida, inflamada d) Quando apresentados sob a forma de fumigantes que
ou irritada". "Imediatamente antes ou após sua aplicação atuem por volatização, provocada ou espontânea, as
não use desodorantes, perfumes ou outras soluções advertências "Não permita a presença de pessoas ou
alcoólicas" "Não faça mais do que uma aplicação semanal animais no local durante a aplicação, arejando-o, após até a
na mesma região". eliminação dos odores emanados".
Art 112 Tratando-se de produtos dietéticos os rótulos e § 2º Dos rótulos e impressos dos raticidas deverão constar
demais impressos conterão, ainda: obrigatoriamente, mais os seguintes dizeres:
I - A composição qualitativa indicando os nomes dos a) Quando apresentados sob a forma de bombas
componentes básicos, em ordem decrescente. compressoras, contendo gazes tóxicos e venenosos, em
II - A análise aproximada percentual, especificando os caracteres destacados e indeléveis, gravados ou firmados
teores dos componentes em que se baseia a utilização diretamente ou impressos nos rótulos, as advertências
dietética especial e nos produtos para dieta de restrição, a "Cuidado, conteúdo sob pressão, Guarde esta embalagem à
taxa eventualmente presente do componente restrito. sombra e em local seco e ventilado. Evite a inalação do
III - Em destaque os dizeres "PRODUTO DIETÉTICO", produto e proteja os olhos durante sua aplicação".
impressos em área equivalente a utilizada para o nome do b) Quando tratar-se de produto de alta toxicidade, impressa
produto. com destaque, a figura da caveira e duas tíbias, símbolo do
IV - O modo de preparar para o uso, quando for o caso. perigo de vida, acrescentado nos últimos, o aviso "Venda
Art 113 Tratando-se de aparelhos, instrumentos, acessórios exclusiva à organização especializada em desratização".
ou outros correlatos, de utilização sujeita à prescrição c) Quando apresentada sob a forma de iscas, deverão ser
médica, ou de cirurgião-dentista, os prospectos e impressos acompanhados de instruções relativas à sua colocação, de
conterão essa advertência e, ainda, as destinadas a cuidados modo a evitar, por parte do consumidor, confusão com
e advertêncas específicos. bebidas, produtos alimentícios, medicamentos, produtos de
Art 114 Tratando-se de saneantes domissanitários, higiene e outros.
desinfetantes, detergentes e similares, os rótulos, Art 116 As alterações na apresentação e dizeres da
prospectos ou impressos conterão: rotulagem e demais impressos dependerá de prévia e
I - Instruções devidas para o caso do acidente. expressa autorização do órgão de vigilância sanitária
II - Advertências para o não aproveitamento da embalagem competente do Ministério da Saúde, a ser anotada à
vazia. margem do registro próprio.
III - Recomendações para conservação, quando for o caso. Art 117 A propaganda dos medicamentos, drogas ou de
Parágrafo único. É proibido, nos rótulos, prospectos e qualquer outro produto submetido ao regime da Lei nº
demais impressos dos produtos referidos ao artigo o uso de 6.360, de 23 de setembro de 1976, cuja venda dependa de
expressões como "Não tóxico", "Inofensivo", "Inócuo", e prescrição por médico ou cirurgião-dentista, somente
outras no mesmo sentido. poderá ser feita junto a esses profissionais através de
Art 115 Os rótulos e demais impressos dos saneantes publicações específicas.
domissanitários, além da observância dos requisitos dos Art 118 A propaganda dos medicamentos, drogas ou de
artigos 93, 94 e 114, parágrafo único, deverão conter, qualquer outro produto submetido ao regime da Lei nº
ainda: 6.360, de 23 de setembro de 1976, e deste Regulamento,
I - O grupo químico a que pertençam os componentes cuja venda independa de prescrição do médico ou
ativos da fórmula e seus antídotos, quando houver medidas cirurgião-dentista, prescindirá de autorização prévia do
terapêuticas a serem adotadas, em caso de acidente. Ministério da Saúde, deste que sejam observadas as
II - A advertência, em destaque "CONSERVE FORA DO seguintes condições:
ALCANCE DAS CRIANÇAS E DOS ANIMAIS I - Registro do produto, quando este for obrigatório, no
DOMÉSTICOS". órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da
§ 1º Dos rótulos e impressos dos inseticidas deverão Saúde.
constar, obrigatoriamente, mais as seguintes frases de II - Que o texto, figura, imagem, ou projeções não ensejem
advertência: interpretação falsa, erro ou confusão quanto à composição
a) Quando apresentados em aerosóis premidos, as do produto, suas finalidades, modo de usar ou procedência,
advertências, em caracteres destacadas e indeléveis, ou apregoem propriedades terapêuticas não comprovadas
impressos, gravados ou firmados diretamente no vasilhame por ocasião do registro a que se refere o item anterior.
continente, as expressões "Cuidado: evite a inalação deste III - Que sejam declaradas obrigatoriamente as contra-
produto e proteja os olhos durante a aplicação", indicações, indicações, cuidados e advertências sobre o uso
"Inflamável: não perfure o vasilhame mesmo vazio", "Não do produto.
Revisada em 26.07.11 84
IV - Enquadrar-se nas demais exigências genéricas que Art 124 Os vasilhames dos produtos sob a forma de
venham a ser fixadas pelo Ministério da Saúde. premidos em aerosóis não poderão ter capacidade superior
§ 1º A dispensa de exigência de autorização prévia nos a 500 (quinhentos) mililítros.
termos deste artigo não exclui a fiscalização por parte do Art 125 Não será permitida a embalagem sob a forma de
órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da aerosóis para os talcos.
Saúde, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios. Art 126 As embalagens dos medicamentos que contenham
§ 2º No caso de infração, constatado a inobservância do substância entorpecente ou que determine dependência
disposto nos itens I, II e III deste artigo, física ou psíquica obedecerão à padronização que vier a ser
independentemente da penalidade aplicável, a empresa aprovada pelo órgão competente do Ministério da Saúde.
ficará sujeita ao regime de prévia autorização previsto no Art 127 Os produtos de que trata este Regulamento, que
artigo 58 da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, em exijam condições especiais de armazenamento e guarda
relação aos textos de futuras propagandas. para garantia de sua eficácia e pureza, somente poderão ser
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se a todos os meios de transportados em veículos devidamente equipados e
divulgação, comunicação, ou publicidade, tais como munidos para esse fim.
cartazes, anúncios luminosos ou não, placas, referências Art 128 As empresas para realizarem o transporte de
em programações radiotônicas, filmes de televisão ou produtos sob regime de vigilância sanitária dependem de
cinema e outras modalidades. autorização específica, inclusive as autorizadas a
Art 119 É proibido a inclusão ou menção de indicações ou industrializá-los.
expressões, mesmo subjetivas, de qualquer ação Parágrafo único. A habilitação da empresa será produzida
terapêutica, ou tratamento de distúrbios metabólicos, na em processo próprio e independente, mediante a
propaganda ao público, dos produtos dietéticos, cuja apresentação do documento comprobatório de sua
desobediência sujeitará os infratores ao disposto no item I instituição legal, da qual conste o ramo de transporte como
do artigo 147. de sua atividade, a indicação de seu representante legal, a
sede e locais de destino.
TÍTULO XI Art 129 Os veículos utilizados no transporte de qualquer
DAS EMBALAGENS dos produtos de que trata este Regulamento, não sujeitos às
Art 120 É obrigatório a aprovação, pelo órgão de exigências do artigo 127, ficam, entretanto, obrigados a ter
vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde, das asseguradas as condições de desinfecção e higiene
embalagens, equipamentos e utensílios elaborados ou necessárias à preservação da saúde humana.
revestidos internamente com substâncias que, em contato
com produto sob regime de vigilância sanitária deste TÍTULO XII
Regulamento, possam alterar-lhe os efeitos ou produzir DO CONTROLE DE QUALIDADE E DA INSPEÇÃO DA
dano à saúde. PRODUÇÃO
§ 1º Não será autorizado o emprego de embalagem Art. 130. Sempre que se fizer necessário, inclusive para
destinada a conter ou acondicionar droga, medicamentos atender a atualização do processo tecnológico, serão
ou insumo farmacêutico, suscetível de causar direta ou determinadas, mediante regulamentação dos órgãos e
indiretamente efeitos nocivos a saúde. entidades competentes do Ministério da Saúde, as medidas
§ 2º A aprovação do tipo de embalagem será precedida de e os mecanismos destinados a garantir ao consumidor a
análise prévia, quando necessária. qualidade dos produtos, tendo em vista a identidade, a
Art 121 A câmara técnica competente do Conselho atividade, a pureza, a eficácia e a segurança dos
Nacional de Saúde elaborará e fará publicar no Diário produtos.(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
Oficial da União as relações: 10.10.2001)
I - Das substâncias consideradas isentas de agentes § 1o As medidas e mecanismos a que se refere este artigo
patogênicos ou microorganismos que possam contaminar o efetivar-se-ão essencialmente pelas especificações de
produto ou produzir efeitos nocivos à saúde. qualidade do produto, do controle de qualidade e da
II - Das substâncias que empregadas no revestimento inspeção de produção para a verificação do cumprimento
interno das embalagens, equipamentos e utensílios possam das boas práticas de fabricação e controle.(Parágrafo
alterar os efeitos dos produtos ou produzir danos à saúde. númerado pelo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
III - Das substâncias de emprego proibido nas embalagens § 2o Estão igualmente sujeitos a inspeção sanitária os
ou acondicionamento dos medicamentos, especialmente os estabelecimentos de dispensação, públicos ou privados, os
de via injetável, cuja presença possa tornar-se direta ou transportadores, os armazenadores, os distribuidores e os
indiretamente, nociva à saúde. demais agentes que atuam desde a produção até o
Art 122 As embalagens dos produtos para ondular cabelos consumo, para a verificação do cumprimento das boas
serão constituídas de recipientes hermeticamente fechados, práticas específicas e demais exigências da legislação
para utilização única e individual, contendo a quantidade vigente.(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961, de
máxima do componente ativo. 10.10.2001)
Art 123 Os vasilhames dos produtos apresentado sob a Art 131 Nenhuma matéria-prima ou produto semi-
forma de aerosol sendo de vidro envolvido por material elaborado poderá ser utilizado na produção de
plástico, deverão conter pequenos orifícios para a saída do medicamentos, sem que seja verificado possuir qualidade
conteúdo, se quebrar. aceitável, após submetido a provas adequadas, cujos
resultados hão de ficar expressamente consignados.
Revisada em 26.07.11 85
Art 132 As especificações de qualidade visarão § 2º É facultado às empresas realizar o controle de
determinar, entre outros: qualidade dos produtos em institutos ou laboratórios
I - Os critérios para a aceitação das matérias-primas e dos oficiais, através de convênios ou contratos.
produtos semi-elaborados a serem utilizados na fabricação § 3o A terceirização do controle de qualidade de matérias-
dos medicamentos. primas e produtos terminados somente será facultada nos
II - Os critérios para determinar se o produto acabado é seguintes casos:(Parágrafo incluído pelo Decreto nº 3.961,
dotado das qualidades que se lhe pretendeu atribuir. de 10.10.2001)
Art 133 As especificações de qualidade das matérias- I - quando a periculosidade ou o grau de complexidade da
primas constarão de compêndios oficiais, tais como, análise laboratorial tornar necessária a utilização de
farmacopéias, codex e formulários, baseando-se nas equipamentos ou recursos humanos altamente
características dos métodos empregados para a produção especializados;(Inciso incluído pelo Decreto nº 3.961, de
dessas matérias, compreendendo: 10.10.2001)
I - Descrições das características físicas, físico-químicas e II - quando a freqüência com a qual se efetuam certas
químicas. análises seja tão baixa que se faça injustificável a aquisição
II - Provas específicas de identificação. de equipamentos de alto custo.(Inciso incluído pelo
III - Provas de Pureza. Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)" (NR)
IV - Métodos de ensaio e/ou análise. Art 139 Todos os informes sobre acidentes ou reações
V - Testes de contaminação microbiológica, quando for o nocivas causadas por medicamentos serão notificados ao
caso. órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da
Art 134 As especificações para os produtos semi- Saúde, que os retransmitirá à câmara técnica competente
elaborados que interessam particularmente às empresas, do Conselho Nacional de Saúde, para avaliação como caso
terão em conta: de agravos inusitados à saúde, em conformidade com a Lei
I - Determinar as reais adequações dos produtos semi- nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
elaborados aos procedimentos complementares de Parágrafo único. As mudanças operadas na qualidade dos
fabricação. medicamentos a qualquer alteração de suas características
II - A suficiência das qualidades dos produtos semi- físicas serão investigadas com todos os detalhes, e uma vez
elaborados, para orientar sua aquisição no mercado interno comprovada, serão objeto das medidas corretivas cabíveis.
ou externo. Art 140 As empresas adotarão normas adequadas para o
Art 135 As especificações para os produtos acabados controle em todos os compartimentos ou áreas de produção
visarão os resultados obtidos, através da descrição dos estabelecimentos e procederão ao lançamento dos
minuciosa e detalhada dos critérios a serem utilizados pelo pormenores operacionais em protocolos próprios, para que
serviço de inspeção para determinar a aceitação dos fiquem registrados.
medicamentos. Art 141 Todos os empregados em estabelecimentos de
Art 136 A inspeção da produção dos medicamentos, terá produção de medicamentos deverão ser submetidos a
em vista, prioritariamente, o processo de fabricação exames periódicos de saúde, incluindo exames
levando em conta os fatores intrínsecos e extrínsecos microbiológicos, para que os acometidos de infecções
desfavoráveis, tais como, a contaminação das matérias- inaparentes ou portadores de germes sejam afastados.
primas, dos produtos semi-elaborados e do produto Art 142 Aplicam-se, no que couber, as disposições dos
acabado. artigos 130 a 141 aos demais produtos submetidos ao
Art 137 O controle de qualidade de medicamentos regime da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e deste
objetivará essencialmente o produto acabado, a fim de Regulamento.
verificar-se o atendimento das especificações pertinentes
pelos responsáveis técnicos pela fabricação, os locais e TÍTULO XIII
equipamentos, o saneamento do meio, as matérias-primas DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
empregadas, e a eficácia dos sistemas de inspeção e auto- Art 143 A inobservância dos preceitos da Lei nº 6.360, de
inspeção. 23 de setembro de 1976, deste ou de seus demais
Art. 138. Todo estabelecimento destinado à produção de Regulamentos e normas complementares, ou de outras
medicamentos é obrigado a manter departamento técnico pertinentes, configura infração de natureza sanitária,
de inspeção de produção que funcione de forma autônoma ficando os infratores, empresa ou pessoas naturais, sujeitos
em sua esfera de competência, com a finalidade de ao processo e penalidades do Decreto-lei nº 785, de 25 de
verificar a qualidade das matérias-primas ou substâncias, agosto de 1969, sem prejuízo das cominações penais e
vigiar os aspectos qualitativos das operações de fabricação, civis cabíveis.
a estabilidade dos medicamentos produzidos, e realizar os Parágrafo único. O processo a que se refere este artigo
demais testes necessários, de forma a garantir o poderá ser instaurado e julgado pelo órgão de vigilância
cumprimento das boas práticas de fabricação e sanitária competente do Ministério da Saúde ou pelas
controle.(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de autoridades sanitárias dos Estados, do Distrito Federal e
10.10.2001) dos Territórios, conforme couber, segundo competência
§ 1º Os laboratórios especiais destinados ao cumprimento estabelecida pela Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976.
do disposto neste artigo, constituirão unidades Art 144 Considera-se alterado, adulterado, ou impróprio
independentes e realizarão o controle dos produtos em para o uso o medicamento, a droga e o insumo
todas as fases de elaboração. farmacêutico:
Revisada em 26.07.11 86
I - Que houver sido misturado ou acondicionado com embalagens excetuados os soros terapêuticos que puderem
substância que modifique seu valor terapêutico ou a ser redosados ou refiltrados.
finalidade a que se destine. V - A industrialização de produtos sem a assistência
II - Quando houver sido retirado ou falsificado no todo ou efetiva de técnico legalmente responsável.
em parte, elemento integrante de sua composição normal, VI - A utilização, na preparação de hormônios de órgãos
ou substituído por outro de qualidade inferior, ou de animais que estejam doentes, estafados ou emagrecidos
modificada a dosagem, ou lhe tiver sido acrescentada ou que apresentarem sinais de decomposição no momento
substância estranha à sua composição, de modo que esta se de serem manipulados.
torne diferente da fórmula constante do registro. VII - A revenda de produto biológico não guardado em
III - Cujo volume, peso ou unidade farmacêutica não refrigerador, de acordo com as indicações determinadas
corresponder à quantidade aprovada. pelo fabricante aprovadas pelo órgão de vigilância sanitária
IV - Quando suas condições de pureza, qualidade e competente do Ministério da Saúde.
autenticidade não satisfizerem às exigências da VIII - A aplicação por empresas particulares de raticidas,
Farmacopéia Brasileira ou de outro Código adotado pelo cuja ação se produza por gás ou vapor, em galerias,
Ministério da Saúde. bueiros, porões, sótãos ou locais de possível comunicação
Parágrafo único. Tendo a empresa ciência de alteração do com residências ou frequentados por pessoas ou animais
produto, indesejável sob o aspecto de saúde pública, fica úteis.
obrigada a proceder imediatamente à sua retirada do IX - Sonegar ou procrastinar a entrega de informações ou
consumo, sob pena de configurar-se infração sanitária e documentos solicitados pelas autoridades sanitárias
penal. competentes nos prazos fixados.
Art 145 Considera-se fraudado, falsificado ou adulterado o
produto de higiene, cosmético, perfume ou similar quando: TíTULO XIV
I - Contenha indicações que induzam a erros, engano ou DA FISCALIZAÇÃO
confusão quanto à sua procedência, origem, composição ou Art. 148. A ação de vigilância sanitária implicará também
finalidade. na fiscalização de todo e qualquer produto de que trata este
II - Não observados os padrões e paradígmas estabelecidos Regulamento, inclusive os dispensados de registro, os
na Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, neste estabelecimentos de fabricação, distribuição,
Regulamento, ou às especificações contidas no registro. armazenamento e venda, e os veículos destinados ao
III - Acondicionamento, subtraído ou omitido, de transporte dos produtos, para garantir o cumprimento das
substâncias ou componentes que alterem a sua natureza, respectivas boas práticas e demais exigências da legislação
composição, propriedades ou características essenciais, que vigente.(Redação dada pelo Decreto nº 3.961, de
constituiram as condições do registro. 10.10.2001)
Parágrafo único. Sujeitam-se ao disposto neste artigo, os § 1o As empresas titulares de registro, fabricantes ou
insumos constituídos por matéria-prima ativa, aditiva ou importadores, têm a responsabilidade de garantir e zelar
complementar, de natureza química, bioquímica ou pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos
biológica, de origem natural ou sintética, ou qualquer outro produtos até o consumidor final, a fim de evitar riscos e
material destinado à fabricação, manipulação e ao efeitos adversos à saúde.(Parágrafo incluído pelo Decreto
beneficiamento dos produtos de higiene cosméticos nº 3.961, de 10.10.2001)
perfumes e similares. § 2o A responsabilidade solidária de zelar pela qualidade,
Art 146 É proibido o reaproveitamento e a utilização de segurança e eficácia dos produtos, bem como pelo
vasilhames tradicionalmente usados para alimentos, consumo racional, inclui os demais agentes que atuam
bebidas e refrigerantes, produtos dietéticos, medicamentos, desde a produção até o consumo.(Parágrafo incluído pelo
drogas, produtos químicos de higiene, cosméticos e Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
perfumes, no envasilhamento dos saneantes e congêneres. § 3o Ficam igualmente sujeitos a ação de vigilância, a
Art 147 Independentemente das previstas no Decreto-lei nº propaganda e a publicidade dos produtos e das marcas, por
785, de 25 de agosto de 1969, configuram infrações graves qualquer meio de comunicação, a rotulagem e a
ou gravíssimas, segundo os termos da Lei nº 6.360, de 23 etiquetagem, de forma a impedir a veiculação de
de setembro de 1976, as seguintes práticas, puníveis com informações inadequadas, fraudulentas e práticas antiéticas
as sanções indicadas naquele diploma legal: de comercialização.(Parágrafo númerado pelo Decreto nº
I - A rotulagem e a propaganda dos produtos sob regime de 3.961, de 10.10.2001)
vigilância sanitária sem observância do disposto na Lei nº § 4o As ações de vigilância sanitária incluem, também, a
6.360, de 23 de setembro de 1976, neste Regulamento, e vigilância toxicológica e a farmacovigilância como forma
demais normas pertinentes ou contrariando as condições do de investigar os efeitos que comprometem a segurança, a
registro ou autorização, respectivos. eficácia ou a relação risco-benefício de um produto, e,
II - A alteração do processo de fabricação sem prévio ainda, a fiscalização dos estudos realizados com
assentimento do órgão de vigilância sanitária competente medicamentos novos, principalmente na fase de estudos
do Ministério da Saúde. clínicos em seres humanos.(Parágrafo incluído pelo
III - A venda ou exposição e venda de produto cujo prazo Decreto nº 3.961, de 10.10.2001)
de validade haja expirado. Art 149 A ação fiscalizadora e da competência:
IV - A aposição de novas datas em produtos cujo prazo de I - Do órgão de vigilância sanitária competente do
validade haja expirado ou recondicionamento em novas Ministério da Saúde.
Revisada em 26.07.11 87
a) quando o produto estiver em trânsito de uma para outra tenha modificado as condições organoléticas do produto ou
unidade federativa em estrada, via fluvial, lacustre as de sua pureza e eficácia.
marítima ou área sob controle de órgãos e agentes federais; VII - Proceder a imediata inutilização da unidadde do
b) quando se tratar de um produto importado ou exportado; produto cuja a adulteração ou deterioração seja flagrante, e
c) quando se tratar de colheitas para análise prévia, de à apreensão e interditação do restanmte do lote ou partida,
controle, a fiscal nos casos de suspeita de fraude ou para análise fiscal.
infarção sanitária, de que decorram cancelamento do VIII - Lavrar os autos de infração para início do processo
registro ou interdição do produto em todo território administrativo previsto no Decreto-lei nº 785, de 25 de
nacional e outros de relevante interesse para a saúde agosto de 1969, inclusive, no que se refere à publicidade
pública. proibida.
II - Do órgão competente de saúde dos Estados, do Distrito Art 152 Sendo os produtos sujeitos a análise de controle, e
Federal e dos Territórios. a empresa responsável obrigada a comunicar a data e local
a) quando se tratar de produto industrializado ou entregue de sua entrega ao consumo dentro do prazo de até 30
ao consumo na área de jurisdição respectiva; (trinta) dias, indicando o número do registro respectivo.
b) quanto aos estabelecimentos, instalações e § 1º Descumprindo o prazo previsto neste artigo, será
equipamentos de indústria ou comércio; cancelado o registro.
c) quanto aos transportes nas estradas e vias fluviais ou § 2º Recebida a comunicação a que se refere este artigo, o
lacrustes de suas áreas geográficas; órgão competente de fiscalização do Ministério da Saúde
d) quando se tratar de colheita de amostras para análise processará a imediata colheita de amostras para realização
fiscal. de análise de controle.
Parágrafo único. A competência de que trata este artigo § 3º Sendo aprobatório o resultado da análise, serão
poderá ser delegada mediante convênio, reciprocamente, expedidas três vias do laudo respectivo, uma para ser
pela União, Estados e Distrito Federal, ressalvadas as arquivada no laboratório de controle do Mistério da Saúde,
hipóteses de poderes indelégáveis. outra para ser entregue à empresa e a terceira para integrar
Art 150 A ação de vigilância sanitária se efetivará em ao processo de registro e passar a constituir o elemento de
caráter permanente e constituirá atividade de rotina dos identificação do produto.
órgãos de saúde. § 4º No caso de falhas ou irregularidades sanáveis a
Parágrafo único. Quando solicitados pelos órgãos de empresa será notificada para proceder em prazo necessário
vigilância sanitária competente, deverão as empresas a correção que for determinada.
prestar as informações ou proceder a entrega de § 5º Na hipótese de análise condenatória será cancelado o
documentos, nos prazos fixados, a fim de não obstarem a registro do produto e determinada a sua apreensão e
ação de vigilância e as medidas que se fizerem necessárias. inutilização em todo território nacional.
Art 151 Os agentes a serviço de vigilância sanitária em Art 153 A apuração das infrações far-se-á mediante
suas atividades dentre outras, terão as atribuições e gozarão apreensão de amostras e interdição do produto e/ou do
das prerrogativas, seguintes; estabelecimento, mediante lavratura do termo respectivo.
I - Livre acesso aos locais onde processe, em qualquer fase, § 1º Na hipótese de apreensão de amostras, será esta em
a industrialização, o comércio, e o transporte dos produtos quantidade suficiente do estoque existente, a qual, dividida
regidos pela Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, por em três partes, colocada em três invólucros, será tornada
este Regulamento e demais normas pertinentes. inviolável para que se assegurem as características de
II - Colher as amostras necessárias as análises de controle conservação e autenticidade, sendo uma delas entregue à
ou fiscal, lavrando os respectivos termo de apreensão. empresa para servir de controle, e as outras duas
III - Proceder as visitas nas inspenções de rotinas e as encaminhadas ao laboratório de controle competente para
vistorias para apuração de infrações ou eventos que tornem análise.
os produtos passíveis de alteração, das quais lavrarão os § 2º Se a quantidade ou natureza do produto não admitir a
respectivos termos. colheita de amostras, será o mesmo levado para laboratório
IV - Verificar o atendimento das condições de saúde e de controle, onde, na presença do representante da empresa
higiene pessoal exigidas aos empregados que participem da e do perito pela mesma indicado, ou na falta deste, por
elaboração dos medicamentos, produtos dietéticos e de duas testemunhas capacitadas, será efetuada, de imediato, a
higiene, cosméticos, perfumes e correlatos. análise fiscal.
V - Verificar a procedência e condições dos produtos § 3º Havendo interdição, o prazo desta não excederá 60
quando expostos a venda. (sessenta) dias, findo o qual cessará automaticamente, se
VI - Inderditar, lavrando o termo respectivo, parcial ou não houver decisão da análise.
totalmente, os estabelecimentos industriais ou comerciais § 4º A interdição tornar-se -á definitiva no caso de análise
em que se realize atividade prevista neste Regulamento, fiscal condenatória, mas se não for comprovada a infração
bem como lotes ou partidas dos produtos, seja por cessará e será liberado o produto.
inobservância ou desobediência aos termos da Lei nº Art 154 Será lavrado laudo da análise fiscal, com as vias
6.360, de 23 de setembro de 1976, do Decreto-lei nº 785 de necessárias para entrega ao órgão competente de
25 de agosto de 1969, da Lei nº 5.726, de 29 de outubro de fiscalização sanitária e à empresa.
1971, de seus Regulamentos, e de demais normas § 1º Sendo análise condenatória, será notificada a empresa
pertinentes ou por força do evento natural ou sinistro que para que apresente defesa ou, em caso de discórdia,
Revisada em 26.07.11 88
requeira a perícia de contraprova, no prazo de 10 (dez) especiais, os responsáveis, além de incursos nas sanções
dias. prevista no Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto de 1969, ou
§ 2º A perícia de contraprova será precedida sobre amostra em outras dispostas em lei especial e na penal cabível,
em poder da empresa, e não será efetuada se houver ficarão sujeitos à ação disciplinar própria ao regime
indícios de violação. jurídico a que estejam submetidos.
§ 3º Silenciando a empresa no transcurso do prazo de que
trata o § 1º o laudo de análise será considerado definitivo. TíTULO XV
§ 4º Havendo divergência entre os peritos quanto ao DOS ÓRGÃOS DE VIGILÂNCIA
resultado da análise condenatória ou entre o resultado desta Art 161 As atividades de vigilância sanitária de que trata a
com a da perícia de contraprova, caberá recurso ao Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 e este
dirigente do órgão competente de fiscalização, a ser Regulamento serão exercidas:
interposto no prazo de 10 (dez) dias contados da conclusão I - No plano federal, pelo Ministério da Saúde, através dos
da análise, a ser decidido em igual período. seguintes órgãos:
Art 155 Tratando-se de partida de grande valor a) De vigilância sanitária competente, com funções
econômico, configurada a condenação em perícia de deliberativas, normativas e executivas.
contraprova poderá a empresa solicitar nova apreensão, b) Laboratório Central de Controle de Drogas,
aplicando-se adequada técnica de amostragem estatística. Medicamentos e Alimentos, com funções técnicas de
Art 156 O resultado da análise condenatória de produto de controle e normativo.
que trata este Regulamento realizada por órgão de saúde c) Órgão de Fiscalização e Entorpecentes, com funções de
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Territórios, será caráter normativo, destinadas a aprovar o emprego ou
comunicado no prazo de 3 (três) dias ao órgão competente utilização de substâncias entorpecentes ou psicotrópicos, e
de fiscalização do Ministério da Saúde, para que proceda à exercer as demais atribuições previstas em Lei.
sua apreensão e inutilização em todo o território nacional, d) Laboratórios de Universidades Federais em convênio
ao cancelamento do registro e, conforme o caso, à cassação com o Ministério da Saúde.
da licença do estabelecimento, pelo Estado, Distrito e) Câmaras técnicas do Conselho Nacional de Saúde:
Federal ou Território, e a cassação da autorização para 1 - de Biofarmácia ou que lhe suceder com funções de
funcionar no País. caráter normativo destinadas a estabelecer as normas e
§ 1º As medidas de que trata este artigo somente se especificações para a qualidade dos medicamentos e dos
tornarão efetivas após a publicação da decisão demais produtos abrangidos por este Regulamento, bem
condenatória irrecorrível no Diário Oficial da União. como a permissão e a proibição do emprego de aditivos,
§ 2º Os cancelamentos da licença do estabelecimento e da inclusive, coadjuvantes da tecnologia de fabricação, e
autorização da empresa pelo Ministério da Saúde funções consultivas quando solicitadas e se pronunciar pala
decorrerão da evidência de fraude ou adulteração do Secretaria de Vigilância Sanitária e órgãos de sua estrutura,
produto, constatada em processo instaurado segundo o com a finalidade de fundamentar seus atos, e por outras
disposto pelo Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto de 1969. instituições da administração pública.
Art 157 Darão igualmente motivo a apreensão, interdição 2 - de Revisão da Farmacopéia Brasileira ou a que lhe
e inutilização, as auterações a vidas em decorrência de suceder, com funções de atualização da Farcopéia e do
causas, circunstâncias e eventos naturais ou imprevisíveis formulário nacional.
que determinem avaria, deterioração ou contaminação dos II - No plano estadual, no Distrito Federal e nos
produtos tornando-os ineficazes ou nocivos à saúde. Territórios, através de seus órgãos sanitários competentes,
Art 158 Para efeito de fiscalização sanitária os ensaios e e de outros orgãos ou entidades oficiais, observado o que
análises destinados à verificação de eficácia da fórmula, dispuserem as normas federais e a legislação estadual.
serão realizados consoante as normas fixadas pelo
laboratório de controle do Ministério da Saúde. TíTULO XVI
Art 159 Não poderá ter exercício em órgãos de DISPOSIÇÕES FINAIS
fiscalização sanitária e em laboratórios de controle, os Art 162 As empresas que já explorem as atividades de que
servidores públicos que sejam sócios, acionistas ou trata a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, terão o
interessados, por qualquer forma, de empresas que prazo de 12 (doze) meses, contados de sua vigência, para
exerçam atividades sujeitas ao regime da Lei nº 6.360, de as alterações e adaptações necessárias ao cumprimento do
23 de setembro de 1976 e deste Regulamento, ou lhes que nela se dispõe.
prestem serviços, com ou sem vínculo empregatício. Art 163 Os serviços prestados pelos órgãos do Ministério
Art 160 A fiscalização dos órgão e entidades de que trata o da Saúde relacionados com o disposto neste Regulamento,
artigo 10, obedecerá aos mesmos preceitos fixados para o serão remunerados pelo regime de preços públicos, a serem
controle sanitário dos demais estabelecimentos industriais, estabelecidos em Portaria do Ministro da Saúde, fixando-
inclusive no que concerne às suas instalações, lhes os valores e determinado o seu recolhimento e
equipamentos, assistências e responsabilidade técnicas, e destinação.
competirá ao órgão de saúde da respectiva alçada Art 164 As drogas, os produtos químicos e os produtos
administrativa, civil ou militar, a que pertençam. inscritos na Farmacopéia Brasileira, serão vendidos em
Parágrafo único. Na hipótese de ser apurada infração ao suas embalagens originais, somente podendo ser
disposto na Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, neste fracionados, para revenda, nos estabelecimentos
Regulamento e nas demais normas sanitárias, inclusive,
Revisada em 26.07.11 89
comerciais, quando sob a responsabilidade direta do Parágrafo único. As amostras de que trata este artigo
respectivo responsável técnico. deverão corresponder, sempre que possível, à quantidade
Art 165 O disposto na Lei nº 6.360, de 23 de setembro de de unidades farmacotécnicas, necessárias ao tratamento de
1976, e neste Regulamento, não exclui a aplicação das um paciente.
demais normas a que estejam sujeitas as atividades nela Art 171 Este Regulamento entrará em vigor na data de sua
enquadradas, em relação a aspectos objeto de legislação publicação, revogadas as disposições em contrário, em
específicas. especial de sua publicação, revogadas as disposições em
Art 166 Aos produtos mencionados no artigo 1º, regidos contrário, em especial os Decretos nº 20.397, de 14 de
por normas especiais, aplicam-se no que couber as janeiro de 1946, nº 27.763, de 8 de fevereiro de 1950, nº
disposições deste Regulamento. 33.932, de 28 de setembro de 1953, nº 43.702, de 9 de
Art 167 Excluem-se do regime deste Regulamento, os maio de 1958, nº 71.625, de 29 de dezembro de 1972, e os
produtos saneantes fitossanitários e zoossanitários, os de de nº 57.395, de 7 de dezembro de 1965, nº 61.149, de 9 de
exclusivo uso veterinário, e os destinados ao combate na agosto de 1967, e nº 67.112, de 26 de agosto de 1970.
agricultura, a ratos e outros roedores. Brasília, 5 de janeiro de 1977; 156º da Independência e 89º
Art 168 O Ministério da Saúde, através do órgão de da República.
vigilância sanitária e da câmara técnica, competências, ERNESTO GEISEL
elaborar e fará publicar no Diário Oficial da União, as Paulo de Almeida Machado
relações:
I - O primeiro:
a) Das matérias-primas cuja importação dependa de prévia
autorização do Ministério da Saúde.
b) Da substância e medicamento sujeitos a controle
especial de venda.
c) Dos aparelhos, instrumentos, acessórios ou outros
produtos mencionados no parágrafo único do artigo 35.
II - A segunda:
a) Das substâncias inocuas que podem ser utilizadas para o
emprego nos cosméticos, perfumes, produtos de higiene
pessoal e similares, contendo as especificações pertinentes
a cada categoria, os insumos, as matérias-primas, os
corantes e os solventes permitidos.
b) Dos aditivos e coadjuvantes da tecnologia de fabricação
dos produtos de que trata este Regulamento, e, em especial,
dos aditivos, dos corantes inorgânicos e orgânicos, seus
sais e suas lacas, permitidos na composição dos produtos
referidos na alínea a, com a indicação dos limites máximos
de impurezas tolerados.
c) Dos propelentes cujo uso seja permitido em aerosóis.
d) Das concentrações máximas permitidas para cada
substância inseticida ou sinérgica.
e) Das substâncias consideradas isentas de agentes
patogênicos ou microrganismos cujo emprego é permitido
nas embalagens.
f) Das substâncias que utilizadas no revestimento interno
das embalagens, equipamentos e utensílios possam alterar
os efeitos dos produtos ou produzir danos à saúde.
g) Das substâncias proibidas no acondicionamento dos
medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos, por serem
capazes, direta ou indiretamente, de causarem efeitos
nocivos à saúde.
Art 169 Para exclusivo atendimento da Central de
Medicamentos (CEME), fica ressalvado o disposto no
artigo 2º, parágrafo único, e o artigo 4º do Decreto nº
72.343, de 8 de junho de 1973, quando aos rótulos e bulas,
e à fabricação, destinação dos medicamentos, drogas e
insumos farmacêuticos.
Art 170 É permitida a distribuição de amostras gratuitas de
medicamentos, exclusivamente a médicos, cirurgiões-
destintas, exetuadas aquelas de produtos que contenham
substâncias entorpecentes ou que produzem dependência
física ou psíquica.
Revisada em 26.07.11 90
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a
Decreto nº 2.181 de 20/03/97 política nacional de proteção e defesa do consumidor;
Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de II - receber, analisar, avaliar e apurar consultas e denúncias
Defesa do Consumidor — SNDC, estabelece as normas apresentadas por entidades representativas ou pessoas
gerais de aplicação das sanções administrativas previstas jurídicas de direito público ou privado ou por
na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, revoga o consumidores individuais;
Decreto nº 861, de 9 julho de 1993, e dá outras III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre
providências. seus direitos e garantias;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor, por
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição intermédio dos diferentes meios de comunicação;
Federal, e tendo em vista o disposto na Lei no 8.078, de 11 V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito
de setembro de 1990, para apuração de delito contra o consumidor, nos termos da
legislação vigente;
DECRETA: VI - representar ao Ministério Público competente, para
Art. 1º Fica organizado o Sistema Nacional de Defesa do fins de adoção de medidas processuais, penais e civis, no
Consumidor — SNDC e estabelecidas as normas gerais de âmbito de suas atribuições;
aplicação das sanções administrativas, nos termos da Lei VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as
no 8.078, de 11 de setembro de 1990. infrações de ordem administrativa que violarem os
Capítulo I - O Sistema Nacional de Defesa do interesses difusos, coletivos ou individuais dos
Consumidor: art. 2º consumidores;
Capítulo II - Da Competência dos Órgãos Integrantes VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União,
do SNDC: arts. 3º a 8º dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem
Capítulo III - Da Fiscalização, das Práticas Infrativas e como auxiliar na fiscalização de preços, abastecimento,
das Penalidades Administrativas: arts. 9º a 28 quantidade e segurança de produtos e serviços;
Seção I - Da Fiscalização: arts. 9º a 11 IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros
Seção II - Das Práticas Infrativas: arts. 12 a 17 programas especiais, a criação de órgãos públicos estaduais
Seção III - Das Penalidades Administrativas: arts. 18 a e municipais de defesa do consumidor e a formação, pelos
28 cidadãos, de entidades com esse mesmo objetivo;
Capítulo IV - Da Destinação da Multa e da X - fiscalizar e aplicar as sanções administrativas previstas
Administração dos Recursos: arts. 29 a 32 na Lei no 8.078, de 1990, e em outras normas pertinentes à
Capítulo V - Do Processo Administrativo: arts. 33 a 55 defesa do consumidor;
Seção I - Das Disposições Gerais: art. 33 XI - solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória
Seção II - Da Reclamação: art. 34 especialização técnico-científica para a consecução de seus
Seção III - Dos Autos de Infração, de Apreensão e do objetivos;
Termo de Depósito: arts. 35 a 38 XII - provocar a Secretaria de Direito Econômico para
Seção IV - Da Instauração do Processo Administrativo celebrar convênios e termos de ajustamento de conduta, na
por Ato de Autoridade Competente: arts. 39 a 41 forma do § 6º do art. 5º da Lei no 7.347, de 24 de julho de
Seção V - Da Notificação: art. 42 1985;
Seção VI - Da Impugnação e do Julgamento do XIII - elaborar e divulgar o cadastro nacional de
Processo Administrativo: arts. 43 a 47 reclamações fundamentadas contra fornecedores de
Seção VII - Das Nulidades: art. 48 produtos e serviços, a que se refere o art. 44 da Lei no
Seção VIII - Dos Recursos Administrativos: arts. 49 a 8.078, de 1990;
54 XIV - desenvolver outras atividades compatíveis com suas
Seção IX - Da Inscrição na Dívida Ativa: art. 55 finalidades.
Capítulo VI - Do Elenco de Cláusulas Abusivas e do Art. 4º No âmbito de sua jurisdição e competência, caberá
Cadastro de Fornecedores: arts. 56 a 62 ao órgão estadual, do Distrito Federal e municipal de
Seção I - Do Elenco de Cláusulas Abusivas: art. 56 proteção e defesa do consumidor, criado, na forma da lei,
Seção II - Do Cadastro de Fornecedores: arts. 57 a 62 especificamente para este fim, exercitar as atividades
Capítulo VII - Das Disposições Gerais: arts. 63 a 67 contidas nos incisos II a XII do art. 3o deste decreto e,
Capítulo I ainda:
O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a
Art. 2º Integram o SNDC a Secretaria de Direito política estadual, do Distrito Federal e municipal de
Econômico do Ministério da Justiça — SDE, por meio do proteção e defesa do consumidor, nas suas respectivas
seu Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor — áreas de atuação;
DPDC, e os demais órgãos federais, estaduais, do Distrito II - dar atendimento aos consumidores, processando,
Federal, municipais e as entidades civis de defesa do regularmente, as reclamações fundamentadas;
consumidor. III - fiscalizar as relações de consumo;
Capítulo II IV - funcionar, no processo administrativo, como instância
Da Competência dos Órgãos Integrantes do SNDC de instrução e julgamento, no âmbito de sua competência,
Art. 3º Compete ao DPDC, a coordenação da política do dentro das regras fixadas pela Lei nº 8.078, de 1990, pela
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe: legislação complementar e por este decreto;
Revisada em 26.07.11 91
V - elaborar e divulgar anualmente, no âmbito de sua Art. 8o As entidades civis de proteção e defesa do
competência, o cadastro de reclamações fundamentadas consumidor, legalmente constituídas, poderão:
contra fornecedores de produtos e serviços, de que trata o I - encaminhar denúncias aos órgãos públicos de proteção e
art. 44 da Lei nº 8.078, de 1990, e remeter cópia ao DPDC; defesa do consumidor, para as providências legais cabíveis;
VI - desenvolver outras atividades compatíveis com suas II - representar o consumidor em juízo, observado o
finalidades. disposto no inciso IV do art. 82 da Lei nº 8.078, de 1990;
Art. 5º Qualquer entidade ou órgão da Administração III - exercer outras atividades correlatas
Pública, federal, estadual e municipal, destinado à defesa
dos interesses e direitos do consumidor, tem, no âmbito de Capítulo III
suas respectivas competências, atribuição para apurar e Da Fiscalização, das Práticas Infrativas
punir infrações a este decreto e à legislação das relações de e das Penalidades Administrativas
consumo. Seção I
Parágrafo único. Se instaurado mais de um processo Da Fiscalização
administrativo por pessoas jurídicas de direito público Art. 9º A fiscalização das relações de consumo de que
distintas, para apuração de infração decorrente de um tratam a Lei nº 8.078, de 1990, este decreto e as demais
mesmo fato imputado ao mesmo fornecedor, eventual normas de defesa do consumidor será exercida em todo o
conflito de competência será dirimido pelo DPDC, que território nacional pela Secretaria de Direito Econômico do
poderá ouvir a Comissão Nacional Permanente de Defesa Ministério da Justiça, por meio do DPDC, pelos órgãos
do Consumidor — CNPDC, levando sempre em federais integrantes do SNDC, pelos órgãos conveniados
consideração a competência federativa para legislar sobre a com a Secretaria e pelos órgãos de proteção e defesa do
respectiva atividade econômica. consumidor criados pelos Estados, Distrito Federal e
Art. 6o As entidades e órgãos da Administração Pública Municípios, em suas respectivas áreas de atuação e
destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos competência.
pelo Código de Defesa do Consumidor poderão celebrar Art. 10. A fiscalização de que trata este decreto será
compromissos de ajustamento de conduta às exigências efetuada por agentes fiscais, oficialmente designados,
legais, nos termos do § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de vinculados aos respectivos órgãos de proteção e defesa do
1985, na órbita de suas respectivas competências. consumidor, no âmbito federal, estadual, do Distrito
§ 1º A celebração de termo de ajustamento de conduta não Federal e municipal, devidamente credenciados mediante
impede que outro, desde que mais vantajoso para o Cédula de Identificação Fiscal, admitida a delegação
consumidor, seja lavrado por quaisquer das pessoas mediante convênio.
jurídicas de direito público integrantes do SNDC. Art. 11. Sem exclusão da responsabilidade dos órgãos que
§ 2º A qualquer tempo, o órgão subscritor poderá, diante compõem o SNDC, os agentes de que trata o artigo
de novas informações ou se assim as circunstâncias o anterior responderão pelos atos que praticarem quando
exigirem, retificar ou complementar o acordo firmado, investidos da ação fiscalizadora.
determinando outras providências que se fizerem Seção II
necessárias, sob pena de invalidade imediata do ato, Das Práticas Infrativas
dando-se seguimento ao procedimento administrativo Art. 12. São consideradas práticas infrativas:
eventualmente arquivado. I - condicionar o fornecimento de produto ou serviço ao
§ 3º O compromisso de ajustamento conterá, entre outras, fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem
cláusulas que estipulem condições sobre: justa causa, a limites quantitativos;
I - obrigação do fornecedor de adequar sua conduta às II - recusar atendimento às demandas dos consumidores na
exigências legais, no prazo ajustado; exata medida de sua disponibilidade de estoque e, ainda, de
II - pena pecuniária, diária, pelo descumprimento do conformidade com os usos e costumes;
ajustado, levando-se em conta os seguintes critérios: III - recusar, sem motivo justificado, atendimento à
a) o valor global da operação investigada; demanda dos consumidores de serviços;
b) o valor do produto ou serviço em questão; IV - enviar ou entregar ao consumidor qualquer produto ou
c) os antecedentes do infrator; fornecer qualquer serviço, sem solicitação prévia;
d) a situação econômica do infrator; V - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do
III - ressarcimento das despesas de investigação da consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
infração e instrução do procedimento administrativo. conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus
§ 4º A celebração do compromisso de ajustamento produtos ou serviços;
suspenderá o curso do processo administrativo, se VI - exigir do consumidor vantagem manifestamente
instaurado, que somente será arquivado após atendidas excessiva;
todas as condições estabelecidas no respectivo termo. VII - executar serviços sem a prévia elaboração de
Art. 7º Compete aos demais órgãos públicos federais, orçamento e autorização expressa do consumidor,
estaduais, dos Distritos Federais e municipais que ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as
passarem a integrar o SNDC fiscalizar as relações de partes;
consumo no âmbito de sua competência, e autuar, na forma VIII - repassar informação depreciativa referente a ato
da legislação, os responsáveis por práticas que violem os praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;
direitos do consumidor. IX - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
serviço:
Revisada em 26.07.11 92
a) em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos congelados, administrados, fixados ou controlados pelo
oficiais competentes, ou, se normas específicas não Poder Público;
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas IX - submeter o consumidor inadimplente a ridículo ou a
— ABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho qualquer tipo de constrangimento ou ameaça;
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade X - impedir ou dificultar o acesso gratuito do consumidor
Industrial — CONMETRO; às informações existentes em cadastros, fichas, registros de
b) que acarrete riscos à saúde ou à segurança dos dados pessoais e de consumo, arquivados sobre ele, bem
consumidores e sem informações ostensivas e adequadas; como sobre as respectivas fontes;
c) em desacordo com as indicações constantes do XI - elaborar cadastros de consumo com dados irreais ou
recipiente, da embalagem, da rotulagem ou mensagem imprecisos;
publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua XII - manter cadastros e dados de consumidores com
natureza; informações negativas, divergentes da proteção legal;
d) impróprio ou inadequado ao consumo a que se destina XIII - deixar de comunicar, por escrito, ao consumidor a
ou que lhe diminua o valor; abertura de cadastro, ficha, registro de dados pessoais e de
X - deixar de reexecutar os serviços, quando cabível, sem consumo, quando não solicitada por ele;
custo adicional; XIV - deixar de corrigir, imediata e gratuitamente, a
XI - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua inexatidão de dados e cadastros, quando solicitado pelo
obrigação ou deixar a fixação ou variação de seu termo consumidor;
inicial a seu exclusivo critério. XV - deixar de comunicar ao consumidor, no prazo de
Art. 13. Serão consideradas, ainda, práticas infrativas, na cinco dias úteis, as correções cadastrais por ele solicitadas;
forma dos dispositivos da Lei nº 8.078, de 1990: XVI - impedir, dificultar ou negar, sem justa causa, o
I - ofertar produtos ou serviços sem as informações cumprimento das declarações constantes de escritos
corretas, claras, precisas e ostensivas, em língua particulares, recibos e pré-contratos concernentes às
portuguesa, sobre suas características, qualidade, relações de consumo;
quantidade, composição, preço, condições de pagamento, XVII - omitir em impressos, catálogos ou comunicações,
juros, encargos, garantia, prazos de validade e origem, impedir, dificultar ou negar a desistência contratual, no
entre outros dados relevantes; prazo de até sete dias a contar da assinatura do contrato ou
II - deixar de comunicar à autoridade competente a do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a
periculosidade do produto ou serviço, quando do contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial,
lançamento dos mesmos no mercado de consumo, ou especialmente por telefone ou a domicílio;
quando da verificação posterior da existência do risco; XVIII - impedir, dificultar ou negar a devolução dos
III - deixar de comunicar aos consumidores, por meio de valores pagos, monetariamente atualizados, durante o
anúncios publicitários, a periculosidade do produto ou prazo de reflexão, em caso de desistência do contrato pelo
serviço, quando do lançamento dos mesmos no mercado de consumidor;
consumo, ou quando da verificação posterior da existência XIX - deixar de entregar o termo de garantia, devidamente
do risco; preenchido com as informações previstas no parágrafo
IV - deixar de reparar os danos causados aos consumidores único do art. 50 da Lei nº 8.078, de 1990;
por defeitos decorrentes de projetos, fabricação, XX - deixar, em contratos que envolvam vendas a prazo ou
construção, montagem, manipulação, apresentação ou com cartão de crédito, de informar por escrito ao
acondicionamento de seus produtos ou serviços, ou por consumidor, prévia e adequadamente, inclusive nas
informações insuficientes ou inadequadas sobre a sua comunicações publicitárias, o preço do produto ou do
utilização e risco; serviço em moeda corrente nacional, o montante dos juros
V - deixar de empregar componentes de reposição de mora e da taxa efetiva anual de juros, os acréscimos
originais, adequados e novos, ou que mantenham as legal e contratualmente previstos, o número e a
especificações técnicas do fabricante, salvo se existir periodicidade das prestações e, com igual destaque, a soma
autorização em contrário do consumidor; total a pagar, com ou sem financiamento;
VI - deixar de cumprir a oferta, publicitária ou não, XXI - deixar de assegurar a oferta de componentes e peças
suficientemente precisa, ressalvada a incorreção retificada de reposição, enquanto não cessar a fabricação ou
em tempo hábil ou exclusivamente atribuível ao veículo de importação do produto, e, caso cessadas, de manter a oferta
comunicação, sem prejuízo, inclusive nessas duas de componentes e peças de reposição por período razoável
hipóteses, do cumprimento forçado do anunciado ou do de tempo, nunca inferior à vida útil do produto ou serviço;
ressarcimento de perdas e danos sofridos pelo consumidor, XXII - propor ou aplicar índices ou formas de reajuste
assegurado o direito de regresso do anunciante contra seu alternativos, bem como fazê-lo em desacordo com aquele
segurador ou responsável direto; que seja legal ou contratualmente permitido;
VII - omitir, nas ofertas ou vendas eletrônicas, por telefone XXIII - recusar a venda de produto ou a prestação de
ou reembolso postal, o nome e endereço do fabricante ou serviços, publicamente ofertados, diretamente a quem se
do importador na embalagem, na publicidade e nos dispõe a adquiri-los mediante pronto pagamento,
impressos utilizados na transação comercial; ressalvados os casos regulados em leis especiais;
VIII - deixar de cumprir, no caso de fornecimento de XXIV - deixar de trocar o produto impróprio, inadequado,
produtos e serviços, o regime de preços tabelados, ou de valor diminuído, por outro da mesma espécie, em
perfeitas condições de uso, ou de restituir imediatamente a
Revisada em 26.07.11 93
quantia paga, devidamente corrigida, ou fazer abatimento X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra
proporcional do preço, a critério do consumidor. ou de atividade;
Art. 14. É enganosa qualquer modalidade de informação ou XI - intervenção administrativa;
comunicação de caráter publicitário, inteira ou XII - imposição de contrapropaganda.
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo § 1º Responderá pela prática infrativa, sujeitando-se às
por omissão, capaz de induzir a erro o consumidor a sanções administrativas previstas neste decreto, quem por
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, ação ou omissão lhe der causa, concorrer para sua prática
propriedade, origem, preço e de quaisquer outros dados ou dela se beneficiar.
sobre produtos ou serviços. § 2º As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas
§ 1º É enganosa, por omissão, a publicidade que deixar de pelos órgãos oficiais integrantes do SNDC, sem prejuízo
informar sobre dado essencial do produto ou serviço a ser das atribuições do órgão normativo ou regulador da
colocado à disposição dos consumidores. atividade, na forma da legislação vigente.
§ 2º É abusiva, entre outras, a publicidade discriminatória § 3º As penalidades previstas nos incisos III a XI deste
de qualquer natureza, que incite à violência, explore o artigo sujeitam-se a posterior confirmação pelo órgão
medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de normativo ou regulador da atividade, nos limites de sua
julgamento e da inexperiência da criança, desrespeite competência.
valores ambientais, seja capaz de induzir o consumidor a se Art. 19. Toda pessoa física ou jurídica que fizer ou
comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou promover publicidade enganosa ou abusiva ficará sujeita à
segurança, ou que viole normas legais ou regulamentares pena de multa, cumulada com aquelas previstas no artigo
de controle da publicidade. anterior, sem prejuízo da competência de outros órgãos
§ 3º O ônus da prova da veracidade (não-enganosidade) e administrativos.
da correção (não-abusividade) da informação ou Parágrafo único. Incide também nas penas deste artigo o
comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. fornecedor que:
Art. 15. Estando a mesma empresa sendo acionada em a) deixar de organizar ou negar aos legítimos interessados
mais de um Estado federado pelo mesmo fato gerador de os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação
prática infrativa, a autoridade máxima do sistema estadual à mensagem publicitária;
poderá remeter o processo ao órgão coordenador do b) veicular publicidade de forma que o consumidor não
SNDC, que apurará o fato e aplicará as sanções possa, fácil e imediatamente, identificá-la como tal.
respectivas. Art. 20. Sujeitam-se à pena de multa os órgãos públicos
Art. 16. Nos casos de processos administrativos tramitando que, por si ou suas empresas concessionárias,
em mais de um Estado, que envolvam interesses difusos ou permissionárias ou sob qualquer outra forma de
coletivos, o DPDC poderá avocá-los, ouvida a Comissão empreendimento, deixarem de fornecer serviços
Nacional Permanente de Defesa do Consumidor, bem adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
como as autoridades máximas dos sistemas estaduais. contínuos.
Art. 17. As práticas infrativas classificam-se em: Art. 21. A aplicação da sanção prevista no inciso II do art.
I - leves: aquelas em que forem verificadas somente 18 terá lugar quando os produtos forem comercializados
circunstâncias atenuantes; em desacordo com as especificações técnicas estabelecidas
II - graves: aquelas em que forem verificadas em legislação própria, na Lei nº 8.078, de 1990, e neste
circunstâncias agravantes. decreto.
Seção III § 1º Os bens apreendidos, a critério da autoridade, poderão
Das Penalidades Administrativas ficar sob a guarda do proprietário, responsável, preposto ou
Art. 18. A inobservância das normas contidas na Lei no empregado que responda pelo gerenciamento do negócio,
8.078 de 1990, e das demais normas de defesa do nomeado fiel depositário, mediante termo próprio, proibida
consumidor constituirá prática infrativa e sujeitará o a venda, utilização, substituição, subtração ou remoção,
fornecedor às seguintes penalidades, que poderão ser total ou parcial, dos referidos bens.
aplicadas isolada ou cumulativamente, inclusive de forma § 2º A retirada de produto por parte da autoridade
cautelar, antecedente ou incidente no processo fiscalizadora não poderá incidir sobre quantidade superior
administrativo, sem prejuízo das de natureza cível, penal e àquela necessária à realização da análise pericial.
das definidas em normas específicas: Art. 22. Será aplicada multa ao fornecedor de produtos ou
I - multa; serviços que, direta ou indiretamente, inserir, fizer circular
II - apreensão do produto; ou utilizar-se de cláusula abusiva, qualquer que seja a
III - inutilização do produto; modalidade do contrato de consumo, inclusive nas
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão operações securitárias, bancárias, de crédito direto ao
competente; consumidor, depósito, poupança, mútuo ou financiamento,
V - proibição de fabricação do produto; e especialmente quando:
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviços; I - impossibilitar, exonerar ou atenuar a responsabilidade
VII - suspensão temporária de atividade; do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; e serviços ou implicar renúncia ou disposição de direito do
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de consumidor;
atividade; II - deixar de reembolsar ao consumidor a quantia já paga,
nos casos previstos na Lei nº 8.078, de 1990;
Revisada em 26.07.11 94
III - transferir responsabilidades a terceiros; utilização de tipos de letra e cores diferenciados, entre
IV - estabelecer obrigações consideradas iníquas ou outros recursos gráficos e visuais;
abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem XXIII - que impeça a troca de produto impróprio,
exagerada, incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; inadequado, ou de valor diminuído, por outro da mesma
V - estabelecer inversão do ônus da prova em prejuízo do espécie, em perfeitas condições de uso, ou a restituição
consumidor; imediata da quantia paga, devidamente corrigida, ou fazer
VI - determinar a utilização compulsória de arbitragem; abatimento proporcional do preço, a critério do
VII - impuser representante para concluir ou realizar outro consumidor.
negócio jurídico pelo consumidor; Parágrafo único. Dependendo da gravidade da infração
VIII - deixar ao fornecedor a opção de concluir ou não o prevista nos incisos dos arts. 12, 13 e deste artigo, a pena
contrato, embora obrigando o consumidor; de multa poderá ser cumulada com as demais previstas no
IX - permitir ao fornecedor, direta ou indiretamente, art. 18, sem prejuízo da competência de outros órgãos
variação unilateral do preço, juros, encargos, forma de administrativos.
pagamento ou atualização monetária; Art. 23. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou
X - autorizar o fornecedor a cancelar o contrato entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso IV
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao do art. 12 deste decreto, equiparam-se às amostras grátis,
consumidor, ou permitir, nos contratos de longa duração ou inexistindo obrigação de pagamento.
de trato sucessivo, o cancelamento sem justa causa e Art. 24. Para a imposição da pena e sua gradação, serão
motivação, mesmo que dada ao consumidor a mesma considerados:
opção; I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;
XI - obrigar o consumidor a ressarcir os custos de cobrança II - os antecedentes do infrator, nos termos do art. 28 deste
de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido decreto.
contra o fornecedor; Art. 25. Consideram-se circunstâncias atenuantes:
XII - autorizar o fornecedor a modificar unilateralmente o I - a ação do infrator não ter sido fundamental para a
conteúdo ou a qualidade do contrato após sua celebração; consecução do fato;
XIII - infringir normas ambientais ou possibilitar sua II - ser o infrator primário;
violação; III - ter o infrator adotado as providências pertinentes para
XIV - possibilitar a renúncia ao direito de indenização por minimizar ou de imediato reparar os efeitos do ato lesivo.
benfeitorias necessárias; Art. 26. Consideram-se circunstâncias agravantes:
XV - restringir direitos ou obrigações fundamentais à I - ser o infrator reincidente;
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar o seu objeto II - ter o infrator, comprovadamente, cometido a prática
ou o equilíbrio contratual; infrativa para obter vantagens indevidas;
XVI - onerar excessivamente o consumidor, considerando- III - trazer a prática infrativa conseqüências danosas à
se a natureza e o conteúdo do contrato, o interesse das saúde ou à segurança do consumidor;
partes e outras circunstâncias peculiares à espécie; IV - deixar o infrator, tendo conhecimento do ato lesivo, de
XVII - determinar, nos contratos de compra e venda tomar as providências para evitar ou mitigar suas
mediante pagamento em prestações, ou nas alienações conseqüências;
fiduciárias em garantia, a perda total das prestações pagas, V - ter o infrator agido com dolo;
em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, VI - ocasionar a prática infrativa dano coletivo ou ter
pleitear a rescisão do contrato e a retomada do produto caráter repetitivo;
alienado, ressalvada a cobrança judicial de perdas e danos VII - ter a prática infrativa ocorrido em detrimento de
comprovadamente sofridos; menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas
XVIII - anunciar, oferecer ou estipular pagamento em portadoras de deficiência física, mental ou sensorial,
moeda estrangeira, salvo nos casos previstos em lei; interditadas ou não;
XIX - cobrar multas de mora superiores a dois por cento, VIII - dissimular-se a natureza ilícita do ato ou atividade;
decorrentes do inadimplemento de obrigação no seu termo, IX - ser a conduta infrativa praticada aproveitando-se o
conforme o disposto no § 1º do art. 52 da Lei no 8.078, de infrator de grave crise econômica ou da condição cultural,
1990, com a redação dada pela Lei nº 9.298, de 1º de social ou econômica da vítima, ou, ainda, por ocasião de
agosto de 1996; calamidade.
XX - impedir, dificultar ou negar ao consumidor a Art. 27. Considera-se reincidência a repetição de prática
liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, infrativa, de qualquer natureza, às normas de defesa do
mediante redução proporcional dos juros, encargos e consumidor, punida por decisão administrativa irrecorrível.
demais acréscimos, inclusive seguro; Parágrafo único. Para efeito de reincidência, não prevalece
XXI - fizer constar do contrato alguma das cláusulas a sanção anterior, se entre a data da decisão administrativa
abusivas a que se refere o art. 56 deste decreto; definitiva e aquela da prática posterior houver decorrido
XXII - elaborar contrato, inclusive o de adesão, sem período de tempo superior a cinco anos.
utilizar termos claros, caracteres ostensivos e legíveis, que Art. 28. Observado o disposto no art. 24 deste decreto pela
permitam sua imediata e fácil compreensão, destacando-se autoridade competente, a pena de multa será fixada
as cláusulas que impliquem obrigação ou limitação dos considerando-se a gravidade da prática infrativa, a
direitos contratuais do consumidor, inclusive com a extensão do dano causado aos consumidores, a vantagem
auferida com o ato infrativo e a condição econômica do
Revisada em 26.07.11 95
infrator, respeitados os parâmetros estabelecidos no qualquer outro meio de comunicação, a quaisquer dos
parágrafo único do art. 57 da Lei nº 8.078, de 1990. órgãos oficiais de proteção e defesa do consumidor.
Capítulo IV Seção III
Da Destinação da Multa e da Administração dos Recursos Dos Autos de Infração, de Apreensão e do Termo de
Art. 29. A multa de que trata o inciso I do art. 56 e caput Depósito
do art. 57 da Lei nº 8.078, de 1990, reverterá para o Fundo Art. 35. Os Autos de Infração, de Apreensão e o Termo de
pertinente à pessoa jurídica de direito público que impuser Depósito deverão ser impressos, numerados em série e
a sanção, gerido pelo respectivo Conselho Gestor. preenchidos de forma clara e precisa, sem entrelinhas,
Parágrafo único. As multas arrecadadas pela União e rasuras ou emendas, mencionando:
órgãos federais reverterão para o Fundo de Direitos I - o Auto de Infração:
Difusos de que tratam a Lei nº 7.347, de 1985, e Lei nº a) o local, a data e a hora da lavratura;
9.008, de 21 de março de 1995, gerido pelo Conselho b) o nome, o endereço e a qualificação do autuado;
Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos – c) a descrição do fato ou do ato constitutivo da infração;
CFDD. d) o dispositivo legal infringido;
Art. 30. As multas arrecadadas serão destinadas ao e) a determinação da exigência e a intimação para cumpri-
financiamento de projetos relacionados com os objetivos la ou impugná-la no prazo de dez dias;
da Política Nacional de Relações de Consumo, com a f) a identificação do agente autuante, sua assinatura, a
defesa dos direitos básicos do consumidor e com a indicação do seu cargo ou função e o número de sua
modernização administrativa dos órgãos públicos de defesa matrícula;
do consumidor, após aprovação pelo respectivo Conselho g) a designação do órgão julgador e o respectivo endereço;
Gestor, em cada unidade federativa. h) a assinatura do autuado;
Art. 31. Na ausência de Fundos municipais, os recursos II - o Auto de Apreensão e o Termo de Depósito:
serão depositados no Fundo do respectivo Estado e, a) o local, a data e a hora da lavratura;
faltando este, no Fundo federal. b) o nome, o endereço e a qualificação do depositário;
Parágrafo único. O Conselho Federal Gestor do Fundo de c) a descrição e a quantidade dos produtos apreendidos;
Defesa dos Direitos Difusos poderá apreciar e autorizar d) as razões e os fundamentos da apreensão;
recursos para projetos especiais de órgãos e entidades e) o local onde o produto ficará armazenado;
federais, estaduais e municipais de defesa do consumidor. f) a quantidade de amostra colhida para análise;
Art. 32. Na hipótese de multa aplicada pelo órgão g) a identificação do agente autuante, sua assinatura, a
coordenador do SNDC nos casos previstos pelo art. 15 indicação do seu cargo ou função e o número de sua
deste decreto, o Conselho Federal Gestor do FDD restituirá matrícula;
aos fundos dos Estados envolvidos o percentual de até h) a assinatura do depositário;
oitenta por cento do valor arrecadado. i) as proibições contidas no § 1o do art. 21 deste decreto.
Art. 36. Os Autos de Infração, de Apreensão e o Termo de
Capítulo V Depósito serão lavrados pelo agente autuante que houver
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO verificado a prática infrativa, preferencialmente no local
Seção I onde foi comprovada a irregularidade.
Das Disposições Gerais Art. 37. Os Autos de Infração, de Apreensão e o Termo de
Art. 33. As práticas infrativas às normas de proteção e Depósito serão lavrados em impresso próprio, composto de
defesa do consumidor serão apuradas em processo três vias, numeradas tipograficamente.
administrativo, que terá início mediante: § 1º Quando necessário, para comprovação de infração, os
I - ato, por escrito, da autoridade competente; Autos serão acompanhados de laudo pericial.
II - lavratura de auto de infração; § 2º Quando a verificação do defeito ou vício relativo à
III - reclamação. qualidade, oferta e apresentação de produtos não depender
§ 1º Antecedendo à instauração do processo de perícia, o agente competente consignará o fato no
administrativo, poderá a autoridade competente abrir respectivo Auto.
investigação preliminar, cabendo, para tanto, requisitar dos Art. 38. A assinatura nos Autos de Infração, de Apreensão
fornecedores informações sobre as questões investigadas, e no Termo de Depósito, por parte do autuado, ao receber
resguardado o segredo industrial, na forma do disposto no cópias dos mesmos, constitui notificação, sem implicar
§ 4º do art. 55 da Lei nº 8.078, de 1990. confissão, para os fins do art. 44 do presente decreto.
§ 2º A recusa à prestação das informações ou o desrespeito Parágrafo único. Em caso de recusa do autuado em assinar
às determinações e convocações dos órgãos do SNDC os Autos de Infração, de Apreensão e o Termo de
caracterizam desobediência, na forma do art. 330 do Depósito, o Agente competente consignará o fato nos
Código Penal, ficando a autoridade administrativa com Autos e no Termo, remetendo-os ao autuado por via postal,
poderes para determinar a imediata cessação da prática, com Aviso de Recebimento (AR) ou outro procedimento
além da imposição das sanções administrativas e civis equivalente, tendo os mesmos efeitos do caput deste artigo.
cabíveis. Seção IV
Seção II Da Instauração do Processo Administrativo por Ato de
Da Reclamação Autoridade Competente
Art. 34. O consumidor poderá apresentar sua reclamação Art. 39. O processo administrativo de que trata o art. 33
pessoalmente, ou por telegrama, carta, telex, fac-símile ou deste decreto poderá ser instaurado mediante reclamação
Revisada em 26.07.11 96
do interessado ou por iniciativa da própria autoridade pelas partes, não estando vinculada ao relatório de sua
competente. consultoria jurídica ou órgão similar, se houver.
Parágrafo único. Na hipótese de a investigação preliminar § 2º Julgado o processo e fixada a multa, será o infrator
não resultar em processo administrativo com base em notificado para efetuar seu recolhimento no prazo de dez
reclamação apresentada por consumidor, deverá este ser dias ou apresentar recurso.
informado sobre as razões do arquivamento pela § 3º Em caso de provimento do recurso, os valores
autoridade competente. recolhidos serão devolvidos ao recorrente na forma
Art. 40. O processo administrativo, na forma deste decreto, estabelecida pelo Conselho Gestor do Fundo.
deverá, obrigatoriamente, conter: Art. 47. Quando a cominação prevista for a
I - a identificação do infrator; contrapropaganda, o processo poderá ser instruído com
II - a descrição do fato ou ato constitutivo da infração; indicações técnico-publicitárias, das quais se intimará o
III - os dispositivos legais infringidos; autuado, obedecidas, na execução da respectiva decisão, as
IV - a assinatura da autoridade competente. condições constantes do § 1º do art. 60 da Lei nº 8.078, de
Art. 41. A autoridade administrativa poderá determinar, na 1990.
forma de ato próprio, constatação preliminar da ocorrência Seção VII
de prática presumida. Das Nulidades
Seção V Art. 48. A inobservância de forma não acarretará a
Da Notificação nulidade do ato, se não houver prejuízo para a defesa.
Art. 42. A autoridade competente expedirá notificação ao Parágrafo único. A nulidade prejudica somente os atos
infrator, fixando o prazo de dez dias, a contar da data de posteriores ao ato declarado nulo e dele diretamente
seu recebimento, para apresentar defesa, na forma do art. dependentes ou de que sejam conseqüência, cabendo à
44 deste decreto. autoridade que a declarar indicar tais atos e determinar o
§ 1º A notificação, acompanhada de cópia da inicial do adequado procedimento saneador, se for o caso.
processo administrativo a que se refere o art. 40, far-se-á: Seção VIII
I - pessoalmente ao infrator, seu mandatário ou preposto; Dos Recursos Administrativos
II - por carta registrada ao infrator, seu mandatário ou Art. 49. Das decisões da autoridade competente do órgão
preposto, com Aviso de Recebimento (AR). público que aplicou a sanção caberá recurso, sem efeito
§ 2º Quando o infrator, seu mandatário ou preposto não suspensivo, no prazo de dez dias, contados da data da
puder ser notificado, pessoalmente ou por via postal, será intimação da decisão, a seu superior hierárquico, que
feita a notificação por edital, a ser afixado nas proferirá decisão definitiva.
dependências do órgão respectivo, em lugar público, pelo Parágrafo único. No caso de aplicação de multas, o recurso
prazo de dez dias, ou divulgado, pelo menos uma vez, na será recebido, com efeito suspensivo, pela autoridade
imprensa oficial ou em jornal de circulação local. superior.
Seção VI Art. 50. Quando o processo tramitar no âmbito do DPDC,
Da Impugnação e do Julgamento do Processo o julgamento do feito será de responsabilidade do Diretor
Administrativo daquele órgão, cabendo recurso ao titular da Secretaria de
Art. 43. O processo administrativo decorrente de Auto de Direito Econômico, no prazo de dez dias, contados da data
Infração, de ato de ofício de autoridade competente, ou de da intimação da decisão, como segunda e última instância
reclamação será instruído e julgado na esfera de atribuição recursal.
do órgão que o tiver instaurado. Art. 51. Não será conhecido o recurso interposto fora dos
Art. 44. O infrator poderá impugnar o processo prazos e condições estabelecidos neste decreto.
administrativo, no prazo de dez dias, contados Art. 52. Sendo julgada insubsistente a infração, a
processualmente de sua notificação, indicando em sua autoridade julgadora recorrerá à autoridade imediatamente
defesa: superior, nos termos fixados nesta Seção, mediante
I - a autoridade julgadora a quem é dirigida; declaração na própria decisão.
II - a qualificação do impugnante; Art. 53. A decisão é definitiva quando não mais couber
III - as razões de fato e de direito que fundamentam a recurso, seja de ordem formal ou material.
impugnação; Art. 54. Todos os prazos referidos nesta Seção são
IV - as provas que lhe dão suporte. preclusivos.
Art. 45. Decorrido o prazo da impugnação, o órgão Seção IX
julgador determinará as diligências cabíveis, podendo Da Inscrição na Dívida Ativa
dispensar as meramente protelatórias ou irrelevantes, Art. 55. Não sendo recolhido o valor da multa em trinta
sendo-lhe facultado requisitar do infrator, de quaisquer dias, será o débito inscrito em dívida ativa do órgão que
pessoas físicas ou jurídicas, órgãos ou entidades públicas houver aplicado a sanção, para subseqüente cobrança
as necessárias informações, esclarecimentos ou executiva.
documentos, a serem apresentados no prazo estabelecido. Capítulo VI
Art. 46. A decisão administrativa conterá relatório dos Do Elenco de Cláusulas Abusivas e do Cadastro de
fatos, o respectivo enquadramento legal e, se condenatória, Fornecedores
a natureza e gradação da pena. Seção I
§ 1º A autoridade administrativa competente, antes de Do Elenco de Cláusulas Abusivas
julgar o feito, apreciará a defesa e as provas produzidas
Revisada em 26.07.11 97
Art. 56. Na forma do art. 51 da Lei nº 8.078, de 1990, e gratuitamente, vedada a utilização abusiva ou, por qualquer
com o objetivo de orientar o Sistema Nacional de Defesa outro modo, estranha à defesa e orientação dos
do Consumidor, a Secretaria de Direito Econômico consumidores, ressalvada a hipótese de publicidade
divulgará, anualmente, elenco complementar de cláusulas comparativa.
contratuais consideradas abusivas, notadamente para o fim Art. 61. O consumidor ou fornecedor poderá requerer, em
de aplicação do disposto no inciso IV do art. 22 deste cinco dias a contar da divulgação do cadastro e mediante
decreto. petição fundamentada, a retificação de informação inexata
§ 1º Na elaboração do elenco referido no caput e que nele conste, bem como a inclusão de informação
posteriores inclusões, a consideração sobre a abusividade omitida, devendo a autoridade competente, no prazo de dez
de cláusulas contratuais se dará de forma genérica e dias úteis, pronunciar-se, motivadamente, pela procedência
abstrata. ou improcedência do pedido.
§ 2º O elenco de cláusulas consideradas abusivas tem Parágrafo único. No caso de acolhimento do pedido, a
natureza meramente exemplificativa, não impedindo que autoridade competente providenciará, no prazo deste
outras, também, possam vir a ser assim consideradas pelos artigo, a retificação ou inclusão de informação e sua
órgãos da Administração Pública incumbidos da defesa dos divulgação, nos termos do § 1º do art. 59 deste decreto.
interesses e direitos protegidos pelo Código de Defesa do Art. 62. Os cadastros específicos de cada órgão público de
Consumidor e legislação correlata. defesa do consumidor serão consolidados em cadastros
§ 3º A apreciação sobre a abusividade de cláusulas gerais, nos âmbitos federal e estadual, aos quais se aplica o
contratuais, para fins de sua inclusão no elenco a que se disposto nos artigos desta Seção.
refere o caput deste artigo, se dará de ofício ou por Capítulo VII
provocação dos legitimados referidos no art. 82 da Lei nº Das Disposições Gerais
8.078, de 1990. Art. 63. Com base na Lei nº 8.078, de 1990, e legislação
Seção II complementar, a Secretaria de Direito Econômico poderá
Do Cadastro de Fornecedores expedir atos administrativos, visando à fiel observância das
Art. 57. Os cadastros de reclamações fundamentadas normas de proteção e defesa do consumidor.
contra fornecedores constituem instrumento essencial de Art. 64. Poderão ser lavrados Autos de Comprovação ou
defesa e orientação dos consumidores, devendo os órgãos Constatação, a fim de estabelecer a situação real de
públicos competentes assegurar sua publicidade, mercado, em determinado lugar e momento, obedecido o
confiabilidade e continuidade, nos termos do art. 44 da Lei procedimento adequado.
nº 8.078, de 1990. Art. 65. Em caso de impedimento à aplicação do presente
Art. 58. Para os fins deste decreto, considera-se: decreto, ficam as autoridades competentes autorizadas a
I - cadastro: o resultado dos registros feitos pelos órgãos requisitar o emprego de força policial.
públicos de defesa do consumidor de todas as reclamações Art. 66. Este decreto entra em vigor na data de sua
fundamentadas contra fornecedores; publicação.
II - reclamação fundamentada: a notícia de lesão ou Art. 67. Fica revogado o Decreto nº 861, de 9 de julho de
ameaça a direito de consumidor analisada por órgão 1993.
público de defesa do consumidor, a requerimento ou de Brasília, 20 de março de 1997; 176º da Independência e
ofício, considerada procedente, por decisão definitiva. 109º da República.
Art. 59. Os órgãos públicos de defesa do consumidor FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
devem providenciar a divulgação periódica dos cadastros Nelson A. Jobim
atualizados de reclamações fundamentadas contra
fornecedores.
§ 1º O cadastro referido no caput deste artigo será
publicado, obrigatoriamente, no órgão de imprensa oficial
local, devendo a entidade responsável dar-lhe a maior
publicidade possível por meio dos órgãos de comunicação,
inclusive eletrônica.
§ 2º O cadastro será divulgado anualmente, podendo o
órgão responsável fazê-lo em período menor, sempre que
julgue necessário, e conterá informações objetivas, claras e
verdadeiras sobre o objeto da reclamação, a identificação
do fornecedor e o atendimento ou não da reclamação pelo
fornecedor.
§ 3º Os cadastros deverão ser atualizados
permanentemente, por meio das devidas anotações, não
podendo conter informações negativas sobre fornecedores,
referentes a período superior a cinco anos, contado da data
da intimação da decisão definitiva.
Art. 60. Os cadastros de reclamações fundamentadas
contra fornecedores são considerados arquivos públicos,
sendo informações e fontes a todos acessíveis,
Revisada em 26.07.11 98
produtos farmacêuticos para uso veterinário;
Decreto nº 85.878 de 07/04/1981 d) estabelecimentos industriais em que se fabriquem
insumos farmacêuticos para uso humano ou veterinário e
ÂMBITO PROFISSIONAL DO FARMACÊUTICO insumos para produtos dietéticos e cosméticos com
indicação terapêutica;
Estabelece normas para execução de Lei nº 3.820, de 11 de e) estabelecimentos industriais em que se fabriquem
novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de produtos saneantes, inseticidas, raticidas, antisséticos e
farmacêutico, e dá outras providências. desinfetantes;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição f) estabelecimentos industriais ou instituições
que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição. governamentais onde sejam produzidos radiosótopos ou
DECRETA: radiofármacos para uso em diagnóstico e terapêutica;
Art. 1º - São atribuições privativas dos profissionais g) estabelecimentos industriais, instituições
farmacêuticos: governamentais ou laboratórios especializados em que se
I - desempenho de funções de dispensação ou manipulação fabriquem conjuntos de reativos ou de reagentes destinados
de fórmulas magistrais e farmacopéicas, quando a serviço às diferentes análises auxiliares do diagnóstico
do público em geral ou mesmo de natureza privada; médico;
II - assessoramento e responsabilidade técnica em: h) estabelecimentos industriais em que se fabriquem
a) estabelecimentos industriais farmacêuticos em que se produtos cosméticos sem indicação terapêutica e produtos
fabriquem produtos que tenham indicações e/ou ações dietéticos e alimentares;
terapêuticas, anestésicos ou auxiliares de diagnóstico, ou i) órgãos, laboratórios ou estabelecimentos em que se
capazes de criar dependência física ou psíquica; pratiquem exames de caráter químico-toxicológico,
b) órgãos, laboratórios, setores ou estabelecimentos químico-bromatológico, químico-farmacêutico, biológicos,
farmacêuticos em que se executem controle e/ou inspeção microbiológicos, fitoquímicos e sanitários;
de qualidade, análise prévia, análise de controle e a análise j) controle, pesquisa e perícia da poluição atmosférica e
fiscal de produtos que tenham destinação terapêutica, tratamento dos despejos industriais.
anestésica ou auxiliar de diagnósticos ou capazes de II - tratamento e controle de qualidade das águas de
determinar dependência física ou psíquica; consumo humano, de indústria farmacêutica, de piscinas,
c) órgãos laboratórios, setores ou estabelecimentos praias e balneários, salvo se necessário o emprego de
farmacêuticos em que se pratique extração, purificação, reações químicas controladas ou operações unitárias;
controle de qualidade, inspeção de qualidade, análise III - vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços
prévia, análise de controle e análise fiscal de insumos técnicos, elaboração de pareceres, laudos e atestados do
farmacêuticos de origem vegetal, animal e mineral; âmbito das atribuições respectivas.
d) depósitos de produtos farmacêuticos de qualquer Art. 3º - As disposições deste Decreto abrangem o
natureza. exercício da profissão de farmacêutico no serviço público
III - a fiscalização profissional sanitária e técnica de da União, dos Estados, Distrito Federal, Territórios,
empresas, estabelecimentos, setores, fórmulas, produtos, Municípios e respectivos órgãos da administração indireta,
processos e métodos farmacêuticos ou de natureza bem como nas entidades particulares.
farmacêutica; Art. 4º - As dúvidas provenientes do exercício de
IV - a elaboração de laudos técnicos e a realização de atividades afins com outras profissões regulamentadas
perícias técnico-legais relacionados com atividades, serão resolvidas através de entendimento direto entre os
produtos, fórmulas, processos e métodos farmacêuticos ou Conselhos Federais interessados.
de natureza farmacêutica; Art. 5º - Para efeito do disposto no artigo anterior,
V - o magistério superior das matérias privativas considera-se afim com a do farmacêutico a atividade da
constantes do currículo próprio do curso de formação mesma natureza, exercida por outros profissionais
farmacêutica, obedecida a legislação do ensino; igualmente habilitados na forma da legislação específica.
VI - desempenho de outros serviços e funções, não Art. 6º - Cabe ao Conselho Federal de Farmácia expedir as
especificados no presente Decreto, que se situem no resoluções necessárias à interpretação e execução do
domínio de capacitação técnico-científica profissional. disposto neste Decreto.
Art. 2º - São atribuições dos profissionais farmacêuticos, as Art. 7º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua
seguintes atividades afins, respeitadas as modalidades publicação, revogadas as disposições em contrário.
profissionais, ainda que não privativas ou exclusivas: Brasília, 07 de abril de 1981; 160º da Independência e 93º
I - a direção, o assessoramento, a responsabilidade técnica da República.
e o desempenho de funções especializadas exercidas em:
a) órgãos, empresas, estabelecimentos, laboratórios ou João Figueiredo
setores em que se preparem ou fabriquem produtos Murilo Macedo
biológicos, imunoterápicos, soros, vacinas, alérgenos,
opoterápicos para uso humano e veterinário, bem como de
derivados do sangue;
b) órgãos ou laboratórios de análises clínicas ou de saúde
pública ou seus departamentos especializados;
c) estabelecimentos industriais em que se fabriquem
Revisada em 26.07.11 99
TRITURADAS OU PULVERIZADAS
Decreto nº 4154 de 28/12/2004 APRESENTADAS DE FORMA ISOLADA, NÃO
Publicado no Diário Oficial Nº 6882 de 28/12/2004 ASSOCIADA COM OUTRAS MATÉRIAS-PRIMAS
Súmula: Aprova o Regulamento Técnico para Produção e VEGETAIS.
Comercialização de Mátérias-Primas Vegetais...
. O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso 1 ALCANCE
das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V, da 1.1 OBJETIVO
Constituição Estadual e tendo em vista o disposto nos arts. Padronizar os procedimentos a serem adotados para a
167 a 172 da mesma Carta, combinados com os arts. 23, 24 produção, o controle sanitário, dispensa de registro,
e 225 da Constituição Federal; segurança e a comercialização de matérias-primas vegetais,
considerando o Código de Saúde do Paraná, com base na em todo território do Estado do Paraná.
Lei n° 13.331, de 23 de novembro de 2001 e no Decreto n° 1.2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO
5.711, de 23 de maio de 2002; O presente Regulamento Técnico não se aplica a
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento medicamentos fitoterápicos, os quais são regulamentados
das ações de prevenção e controle sanitário na área de por legislação especifica da Agência Nacional de
plantas medicinais visando à saúde da população; Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde.
considerando a necessidade de estabelecer condições para 1.3 ABRANGÊNCIA
produção, comercialização e avaliação da segurança de De acordo com Resolução RDC n.° 48 de 16 de março de
plantas medicinais, 2004, que estabelece a normatização do registro de
medicamentos fitoterápicos, as plantas medicinais não são
DECRETA: objeto de registro ou cadastro como medicamentos
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento Técnico para fitoterápicos.
Produção e Comercialização de Matérias-Primas Vegetais
íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas apresentadas 2 DEFINIÇÕES
de forma isolada, não associada com outras matérias- 2.1 MATÉRIA PRIMA VEGETAL - planta medicinal
primas vegetais. fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal.
Art. 2º. As empresas têm o prazo de 90 (noventa) dias a 2.2 DROGA VEGETAL - plantas medicinais ou suas
contar da data da publicação deste Regulamento para se partes (folhas, sementes, frutos, flores, caule, casca, raiz)
adequarem ao mesmo. após os processos de coleta e/ou colheita, estabilização e
Art. 3º. O descumprimento aos termos deste Decreto secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou
constitui infração sanitária sujeita aos dispositivos da Lei pulverizada.
Estadual nº 13.331, de 23 de novembro de 2001 e demais 2.3 INSUMO FARMACÊUTICO - droga ou matéria-
disposições aplicáveis. prima aditiva ou complementar de qualquer natureza,
Art. 4º. Este Decreto entra em vigor na data de sua destinada a emprego em medicamentos, quando for o caso,
publicação. e seus recipientes.
2.4 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO - produto
Curitiba, em 28 de dezembro de 2004, 183º da farmacêutico obtido por processos tecnologicamente
Independência e 116º da República. adequados, empregando-se exclusivamente matérias-
primas vegetais, com finalidades profiláticas, curativas,
paliativas ou para fins de diagnóstico. É caracterizado pelo
ROBERTO REQUIÃO, conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim
Governador do Estado como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade.
Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na
LUIZ EDUARDO CHEIDA, sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos qualquer origem, nem as associações destas com extratos
Hídricos vegetais.
2.5 EMBALAGEM - Compreende-se por embalagem
CLAUDIO MURILO XAVIER, ou material de acondicionamento o recipiente, envoltório,
Secretário de Estado da Saúde invólucro ou qualquer outra forma de proteção, destinado a
envasar, proteger, manter, cobrir ou empacotar
ORLANDO PESSUTI, especificamente os produtos que trata este Regulamento.
Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento 2.6 ROTULO - é a identificação impressa ou
litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a
CAÍTO QUINTANA, fogo, pressão ou decalque aplicados diretamente sobre
Chefe da Casa Civil recipientes, vasilhames, invólucros, envoltórios ou
ANEXO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº qualquer outro material de acondicionamento. Os rótulos
4.154/2004 terão dimensões necessárias à fácil leitura e serão redigidos
de modo a facilitar o entendimento ao consumidor. A
REGULAMENTO TÉCNICO PARA PRODUÇÃO E confecção dos rótulos deverá obedecer às normas vigentes
COMERCIALIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS do órgão federal de vigilância sanitária.
VEGETAIS ÍNTEGRAS, RASURADAS,
/ AF . -
CNPJ
RAZÃO
SOCIAL
RUA NÚMER
O
BAIRRO
CEP
UF
E-MAIL
C DADOS DA UNIDADE FABRIL
CNPJ / TERCEIRIZADA
RAZÃO
SOCIAL
NÚMER
RUA
O
BAIRRO
CEP
UF
E-MAIL
D TERMO DE RESPONSABILIDADE
, esta empresa, devidamente licenciada para a produção de planta medicinais e deu início à fabricação do(s) produto(s)
Informo que a partir de relacionado no verso
e / ou no(s) anexo(s), que estarão sendo comercializados no prazo dias, e declaro que estou ciente: a) das legislações específicas do(s) produto(s) que fabrico,
de inclusive as de
Rotulagem e outros pertinentes; e a) de que a unidade fabril pode ser inspecionada por essa autoridade sanitária, conforme prevê a legislação
---------------------------------------------------------------------------------------------- -----------------------------------------------------------------------------
--
Nome legível do responsável Técnico e inscrição Assinatura
ÚLTIMA
INSPEÇÃO
LOCAL/DATA --------------------------------------------------------, ---------- / ----------/ ---------- -------------------------------------------------------------------------------------------
------ Assinatura e identificação do Responsável
PRODUTOS DISPENSADOS DE REGISTRO COM FABRICAÇÃO INICIADA
EMPRESA DETENTORA DE REGISTRO CONTROLE DE ANEXOS
CNPJ /
PRODUTO A M D
01 ESTADUAL
02 NACIONAL
03 EXPORTAÇÃO
04
05
PRODUTO>02 PARTE UTILIZADA
PRODUTO A M D
01 ESTADUAL
02 NACIONAL
03 EXPORTAÇÃO
04
05
PRODUTO>03 PARTE UTILIZADA
PRODUTO A M D
02 NACIONAL
03 EXPORTAÇÃO
04
05
Da Auto-inspeção
Revisada em 26.07.11 139
Art. 2º As empresas titulares de registro no Ministério da
Saúde deverão elaborar e manter atualizado cadastro dos
Portaria nº 2.814 de 28/05/1998 seus distribuidores, atacadistas e varejistas, credenciados
para a comercialização dos seus produtos compreendendo
O Ministro de Estado da Saúde, no uso das suas atribuições o controle da movimentação de seus produtos no
que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, item II, da mercado.
Constituição, e o artigo 87 da Lei nº 6.360, de 23 de
setembro de 1976; Parágrafo único. As empresas, de que trata o caput deste
Artigo, deverão indicar os locais onde estejam sendo
considerando que a produção e comercialização de comercializados os lotes de seus medicamentos, sempre
medicamentos falsificados, adulterados e fraudados, além que solicitado pelos órgãos de vigilância sanitária e
de constituir infração de natureza sanitária, prevista na Lei autoridades policiais.
nº 6.437/77, configura, também, crime previsto no Código
Penal, a ser apurado, na forma da lei, para punição dos Art. 3º Os distribuidores, farmácias e drogarias somente
culpados, exigindo ação conjunta das autoridades poderão adquirir medicamentos do titular do registro no
sanitárias, nos três níveis de governo, das empresas Ministério da Saúde ou daquele que detiver autorização
titulares de registro de medicamentos no Ministério da legal específica desse mesmo titular, para comercialização
Saúde e das autoridades policiais competentes para coibir de determinados lotes do produto.
tais práticas delituosas;
Art. 4º Os distribuidores de medicamentos, licenciados
considerando que às empresas titulares de registro de pelo órgão sanitário competente devem manter cadastro
medicamentos no Ministério da Saúde, incumbe garantir a dos estabelecimentos farmacêuticos e dos serviços de
qualidade e zelar pela manutenção das características de saúde, que com eles transacionam, especificando os lotes e
composição, acondicionamento, embalagem e rotulagem respectivos quantitativos a eles correspondentes, a fim de
dos seus produtos até a sua dispensação final ao permitir a pronta localização de medicamentos
consumidor, a fim de evitar riscos e efeitos adversos à identificados como impróprios e nocivos à saúde.
saúde;
Art. 5º Nas compras e licitações públicas de
considerando a necessidade de facilitar as ações de medicamentos, realizadas pelos serviços próprios, e
controle sanitário que visem a imediata retirada do conveniados pelo SUS, devem ser observadas as seguintes
consumo dos produtos suspeitos de alteração, adulteração exigências:
fraudeou falsificaçãocom risco comprovado à saúde
resolve: I - Apresentação da Licença Sanitária Estadual ou
Municipal;
Art. 1º Estabelecer procedimentos a serem observados
pelas empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e II - Comprovação da Autorização de Funcionamentoda
do comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, em empresa participante da licitação;
caráter de urgência, da identidade e qualidade de
medicamento, objeto de denúncia sobre possível III - Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle
falsificação, adulteração e fraude, mediante: por linha de produção/produtos, emitido pela Secretaria de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde;
I - Pronta notificação de casos de falsificação ou suspeita
de falsificação de medicamento, com a indicação do nº do IV - Certificado de Registro de Produtos emitido pela
lote objetivando a expedição pela Secretaria de Vigilância Secretaria de Vigilância Sanitária, ou cópia da publicação
Sanitária do Ministério da Saúde de Alerta Sanitário: a) aos no D.O.U.
órgãos que integram o Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária para apreensão do produto, em todo o território § 1º No caso de produto importado é também necessária a
nacional, análise e inutilização, quando for o caso; b) aos apresentação do certificado de Boas Práticas de Fabricação
possíveis usuários do medicamento falsificado para e Controle, emitido pela autoridade sanitária do país de
orientá-los na interrupção do seu uso e acompanhamento origem, ou laudo de inspeção emitido pela autoridade
médico imediato. sanitária brasileira, bem como laudo de análise do(s)
lote(s) a ser(em) fornecido(s), emitido(s) no Brasil.
II – Fornecimento às autoridades policiais de informações
sobre o respectivo registro no Ministério da Saúde e sobre § 2º No caso de produtos importados, que dependam de
a movimentação no mercado dos lotes dos produtos em alta tecnologia e que porventura não exista tecnologia
questão, a fim de facilitar a investigação e identificação nacional para os testes de controle de qualidade
dos possíveis locais clandestinos de produção e sua necessários, poderão ser aceitos laudos analíticos do
interdição e conseqüente responsabilização dos infratores, fabricante, desde que comprovada a certificação de origem
na forma da legislação penal civil esanitária. dos produtos, certificação de Boas Práticas de Fabricação
bem como as Boas Práticas de Laboratório, todos
traduzidos para o idiomaPortuguês.
Revisada em 26.07.11 140
§ 3º Às empresas distribuidoras, além dos documentos
previstos no caput deste artigo, será exigida a apresentação
de declaração do seu credenciamento como distribuidora
junto à empresa detentora do registro dos produtos, bem
como Termo de Responsabilidade emitido pela
distribuidora, garantindo a entrega dos mesmos no(s)
prazo(s) e quantidades estabelecidos na licitação.
JOSÉ SERRA
Para promover o Uso Racional de Medicamentos e ampliar Promove, também, o uso seguro e racional de
aadesão ao tratamento o estabelecimento, em medicamentos e outras tecnologias em saúde e reduz
conformidade com a complexidade das ações custos decorrentes do uso irracional do arsenal terapêutico
desenvolvidas, deve dispor de local para o atendimento e do prolongamento da hospitalização. Tem por função
individualizado e humanizado ao paciente em tratamento retroalimentar os demais membros da equipe de saúde com
ambulatorial e/ou em alta hospitalar. informações que subsidiem as condutas.
C.2) PREPARO DE DOSES UNITÁRIAS E Os hospitais devem adotar práticas seguras baseadas na
UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE MEDICAMENTOSA legislação vigente, em recomendações governamentais, e
unitarização de doses e o preparo de doses unitárias de em recomendaçõesde entidades científicas e afins,
medicamentos compreendem o fracionamento ,a nacionais e internacionais.
subdivisão e a transformação de formas farmacêuticas.
4.3. GESTÃO DA INFORMAÇÃO, INFRAESTRUTURA
O preparo de doses unitárias e a unitarização de doses FÍSICA E TECNOLÓGICAA gestão da informação
contribui para a redução de custos, devendo ser garantida a reveste-se de fundamental importância no desenvolvimento
rastreabilidade, por meio de procedimentos definidos e das atividades da farmácia hospitalar, devendo-se
registro. Deve existir plano de prevenção empreender esforços para possibilitar a sua realização.
de trocas ou misturas de medicamentos em atendimento à
legislação vigente. A infraestrutura física e tecnológica é entendida como a
base necessária ao pleno desenvolvimento das atividades
C.3) MANIPULAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL - da farmácia hospitalar, sendo um fator determinante para o
A manipulação de nutrição parenteral realizada em desenvolvimento da assistência farmacêutica, devendo ser
Revisada em 26.07.11 163
mantidas em condições adequadas de funcionamento e
segurança. A infraestrutura física para a realização das
atividades farmacêuticas deve ser compatível com as
atividades desenvolvidas, atendendo às normas vigentes.
I - Profiláticos da cárie
Revisada em 26.07.11 166
Resolução nº 81, de 01/09/1992
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, no
uso de suas atribuições que lhe conferem o artigo 45,
inciso XIV, da Lei Estadual nº 8485, de 03 de junho de
1987 e o artigo 9º, inciso XVI, do Decreto Estadual nº
2270, de 11 de janeiro de 1988.
RESOLVE:
1. Definir a relação de produtos farmacêuticos e
correlatos que poderão ser comercializados naqueles
estabelecimentos citados, objetivando orientar as
Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal. São os
seguintes:
- Água Oxigenada;
- Algodão;
- Ataduras;
- Bandagens;
- Compressas;
- Cotonetes;
- Curativos Protetores;
- Esparadrapos;
- Gazes;
- Herbromina (solução);
- Merthiolate (solução); e,
- Vaselina.
Nizan Pereira
SECRETÁRIO DA SAÚDE DO PARANÁ
Art. 1º - Para efeitos da presente norma técnica, são I - Para a instalação, deverá ser apresentado requerimento
adotados como estabelecimentos farmacêuticos os ao Serviço de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual,
seguintes conceitos: solicitando autorização para instalação do estabelecimento
farmacêutico na localidade desejada, desde que satisfeito o
disposto nos parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 2º desta norma;
Revisada em 26.07.11 170
II - Requerimento padrão para o pedido de funcionamento bibliográfico, fichas de pacientes, notas fiscais, etc,).
acompanhado da seguinte documentação: IV - Sala de aplicação de injetáveis com área mínima de 3
a) Parecer do órgão competente do município quanto ao m2 (três metros quadrados);
disposto no artigo 2º e 5º desta norma (alvará de
localização); Parágrafo Único - Somente as farmácias poderão manter
b) Contrato social registrado na junta comercial do Estado Laboratório de manipulação de medicamentos, com área de
do Paraná (original ou cópia); acordo com a sua demanda, à critério de autoridade
c) Contrato de trabalho do responsável técnico sanitária competente, porém não inferior à 10 m2 (dez
(farmacêutico) caso o mesmo não seja o proprietário metros quadrados) ou Sala de Fracionamento de
ou sócio; medicamentos.
d) Prova de habilitação legal do responsável técnico
(farmacêutico) expedido pelo Conselho Regional de Art. 7º - As farmácias também poderão manter, mediante
Farmácia do Paraná; autorização especial, e nas condições técnicas e higiênico-
e) Planta baixa do estabelecimento com “lay-out”, sanitárias estabelecimentos na presente norma técnica e em
acompanhada das especificações de acabamento, assinada legislações específicas, o seguinte:
por profissional habilitado; I. Sala para realização de pequenos curativos;
f) Certificado de Regularidade expedido pelo Conselho II - Sala para inalação.
Regional de Farmácia do Paraná;
g) Comprovante de pagamento de taxa sanitária municipal Art. 8º - Para a autorização especial, mencionada no Art.
ou estadual, conforme o caso. 7º, deve ser observado o seguinte:
I - O interesse e a necessidade pública;
III - Obtida toda a documentação relacionadas nos ítens II - A garantia de assistência e supervisão direta e
anteriores, sem qualquer restrição quanto aos respectivos qualificação específica do profissional farmacêutico, na
pedidos, o processo voltará ao órgão de Vigilância seguinte forma:
Sanitária para que aprecie o pedido de instalação, II.1) Declaração de assistência técnica emitido pelo
autorizando ou não, conforme instruções do processo, no Conselho Regional de Farmácia do Paraná;
prazo máximo de 5 (cinco) dias. II.2) Comprovação de que o farmacêutico responsável
possui formação específica para a área desejada, através de
IV - Em caso de necessidade por motivo de sinistro, certificados de entidades reconhecidas oficialmente.
desapropriação, rescisão de contrato de locação, ou outro III. A existência e observância das condições exigidas na
motivo de relevância, poderá o estabelecimento, já em presente norma e outras legislações específicas.
funcionamento, transferir-se para outro local, mediante
autorização prévia da Vigilância Sanitária. Art. 9º - A licença Sanitária somente será expedida após a
inspeção do local por autoridade sanitária competente,
Parágrafo Único - Havendo mais de um estabelecimento onde seja observado o cumprimento do disposto na
interessado em se instalar em determinado local, será presente norma e legislação sanitária vigente, devendo ser
seguida a ordem de entrada do pedido. a mesma renovada anualmente.
Art. 31º - Os estabelecimentos farmacêuticos somente Seção V - Dos demais serviços prestados nos
poderão comercializar as seguintes categorias de estabelecimentos farmacêuticos
alimentos:
I) Os alimentos para fins especiais, regulamentados pelas Art. 33º - É facultado às farmácias, para serviço de
Portarias nº 234/DETEN/MS de 21/05/96 e nº verificação de temperatura e pressão arterial, a manutenção
422/DETEN/MS de 22/08/96, abaixo especificados: de aparelhos termômetro, estetoscópio e esfignomanômetro
a) Alimentos para praticantes de atividades físicas, ou aparelhos eletrônicos, nas seguintes condições:
regulamentados pela Portaria nº 32/DETEN/MS de I. Sob responsabilidade do profissional farmacêutico, nos
23/01/96; procedimentos preparatórios de aplicação de injeção, e no
b) Adoçantes dietéticos, regulamentado pela Portaria acompanhamento de pacientes hipertensos;
25/SNVS/MS de 04/04/88; II. É vedada a utilização dos mesmos para indicação ou
c) Sucedâneos do sal (sal hipossódico) regulamentado pela prescrição de medicamentos;
Portaria 54/SVS/MS de 04/07/95; III. Os aparelhos de verificação de pressão arterial devem
d) Alimentos para dieta enterais, regulamentados pela ser aferidos no mínimo duas vezes ao ano, ou sempre que
Portaria nº 8/89 DINAL/MS 26/06/89; necessário por instituição oficial (INMETRO, IPEM-PR,
e) Alimentos dietéticos, destinados a fins dietoterápicos etc);
específicos, classificados no item 3.3 da Portaria nº IV. Devem ser seguidas as técnicas preconizadas para
234/DETEN/MS/96; verificação de pressão arterial e temperatura;
f) Alimentos para gestantes e nutrizes, regulamentados pela V. Na observação de alterações significativas na
Portaria nº 421/DETEN/MS de 23/08/96; temperatura e pressão dos pacientes, os mesmos devem ser
II - Complementos e suplementos nutricionais, encaminhados aos serviços de saúde mais próximo para a
regulamentados pela Pt. 59/SVS/MS de 13/07/95; devida assistência médica;
III - Alimentos para lactantes, sucedâneos (substitutos) do VI. As verificações de pressão arterial devem ser
leite materno, regulamentados pela registrados em ficha e/ou carteira de hipertenso
Res. nº 31/CNS de 12/10/92 abaixo especificados; do paciente caso o mesmo possua;
a) Leites infantis modificados; VII. Os registros, citados no item anterior devem ser
b) Leite em pó integral. fornecidos ao médico que assiste o paciente
mediante solicitação do mesmo e autorização do paciente;
Parágrafo 1º - Fica proibido para venda em farmácias e VIII. Deverá haver próximo ao local onde é verificada a
drogarias os seguintes alimentos: pressão, cartaz com os seguintes dizeres:
I. Alimentos integrais e convencionais e bebidas em geral, “ISTO NÃO É UMA CONSULTA MÉDICA, NÃO SE
in natura e/ou industrializados. AUTOMEDIQUE E NÃO ACEITE INDICAÇÃO DE
II. Refrigerantes dietéticos; MEDICAMENTOS PARA REGULAÇÃO DE PRESSÃO
III. Leites pasteurizados, esterilizados e outros derivados ARTERIAL. CONSULTE O SEU MÉDICO!”.
do leite na forma líquida;
IV. Alimentos modificados (Reduzido e Baixo - Light e Parágrafo Único - A empresa responsável pela
Low), classificados no item 3.2 da Portaria nº importação/fabricação de aparelhos de verificação de
234/DETEN/MS/96. pressão eletrônicos importados ou nacionais, deverá
apresentar à Vigilância Sanitária,
Parágrafo 2º - Deverão ser observados os seguintes quando solicitado, o seguinte:
procedimentos quanto a guarda e I. Autorização, registro ou isenção de registro junto ao
comercialização dos mesmos: Ministério da Saúde.
I. Os alimentos devem ter registro no Ministério ou II. Documentação de atestado de qualidade do fabricante
Secretaria Estadual de Saúde; do produto.
II. Devem estar separados dos demais produtos e III. Documentação de registro e aprovação do INMETRO.
medicamentos;
III. Os produtos devem obedecer a rotulagem da legislação Art. 34º - Será permitido às farmácias a colocação de
específica; brincos, observadas as condições de assepsia, desinfecção
IV. Devem estar em unidades pré-embaladas, vedado o seu e esterilização, existência de equipamento adequado para
fracionamento; este fim, e mediante avaliação e autorização de
V. Os consumidores devem ser orientados quanto às farmacêutico de vigilância sanitária municipal ou regional.
diferenças, indicações, riscos do uso destes alimentos entre
outros dados que julgar convenientes.
Revisada em 26.07.11 175
Seção VI - Das Proibições aos Estabelecimentos clandestinamente e/ou sem profissional farmacêutico
Farmacêuticos acima do período permitido em lei.
Art. 35º - É vedado às drogarias a manipulação de Art. 41º - Todo estabelecimento farmacêutico deverá
medicamentos; a realização de inalação; realização de afixar em local visível ao público, informações com
curativos; o fracionamento de medicamentos e outros telefone para reclamação junto a Vigilância local e
procedimentos exclusivos de farmácia. Conselho Regional de Farmácia do Paraná.
Nome fantasia
FARMÁCIA TAL
Nome da Razão Social
RS NONONONONO
Número do CGC e Inscrição Estadual
CGC
00.000.000/0001-00
I.E. 000.00000-Z
Endereço completo, inclusive telefone se houver
Rua Sem nome, 000,
centro
Cidade - Pr Fone
0000000
Número da Receita
Rec. n.º............. Data de sua expedição
Data ....../......./......... Nome fantasia e Razão Social, incluir CGC e I.E. se possível
Farmácia Tal - R.S. NNNNN
Farm. Resp.NoNoNo CRF-PR 0.000 Nome do Farmacêutico Responsável (pode ser substituído pelo
Visto..................... (carimbo do farmacêutico responsável)
NOME DO FABRICANTE:.....................................................................ENDEREÇO:.............................................................................................................
Colheita de amostras
Inspeção no local
Investigação do caso
Orientação ao consumidor
OBS: ........................................................................................................................................................................................................
........................................................................................
CARIMBO:
SETOR:
LOCAL:............................................................................................................... DATA: ........./......../..........
ORIENTAÇÕES:
Esta ficha, deve ser preenchida e encaminhada ao CSVS, pela Vigilância Sanitária municipal e/ou Regional, logo após o conhecimento (denúncia ou
informação) de irregularidades que envolvam medicamentos.
Enviar 01(uma) cópia da presente ficha ao LACEN, junto com o termo de colheita de amostras.A RS/Município deverá tomar as medidas locais
(interdição cautelar do produto, orientações ao consumidor, investigação do caso etc). após a investigação enviar o relatório ao CSVS.
O CSVS deverá tomar as medidas a nível estadual e informar ao Ministério da Saúde.
CAPÍTULO VI - Da Fiscalização:
Art. 23º - A fiscalização de estabelecimentos farmacêuticos
será realizada por pelo menos um farmacêutico do serviço
municipal e/ou regional de vigilância sanitária, devendo
preferentemente obedecer a seguinte freqüência:
I. A cada três meses para farmácias que possuam apenas
uma das atividades com autorização especial;
II. Mensal para farmácias que possuam duas ou mais
atividades com autorização especial;
III. Sempre que houver denúncias e/ou reclamações.
Art. 24º - Os serviços municipais e/ou regionais de
vigilância deverão prontamente cassar a autorização
especial, ou interditar cautelarmente o local irregular, na
inobservância pelo estabelecimento das condições
estabelecidas na presente norma técnica e outras legislações
específicas.
Art. 25º - É vedado a realização dos procedimentos
especiais, relacionados na presente norma, na ausência do
profissional farmacêutico, ou de farmacêutico substituto.
CAPITULO II
Do Julgamento em Segunda Instância
Artigo 17 - O julgamento no Conselho Federal de Farmácia
far-se-á conforme o seu Regimento Interno.
CAPITULO III
Da Eficácia e Execução das Decisões
Artigo 18 - Transitada em julgado a decisao, a Secretaria do
Conselho Regional expedirá notificação ao autuado,
juntamente com a guia de recolhimento de multa, para que,
no prazo de 10 (dez) dias, a partir do recebimento, efetue o
pagamento.
Artigo 19 - Decorrido o prazo de que trata o artigo anterior,
sem o cumprimento da obrigação, o crédito será inscrito em
Dívida Ativa.
Parágrafo único - A certidão de dívida ativa indicará
obrigatoriamente:
a) - o nome do devedor e, sendo o caso, dos co-
responsáveis, bem como o domicílio ou a residência de um e
de outros;
b) - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de
mora acrescidos;
c) - a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
d) - a data em que foi inscrita;
e) - o número do processo administrativo de que se originar
o crédito;
f) - a indicação do livro e da folha de inscrição.
Artigo 20 - São definitivas as decisões:
I - de primeira instância, esgotado o prazo para recurso
voluntário, sem que este tenha sido interposto;
II - de segunda instância após publicação no Diário Oficial
da União.
Parágrafo único - Serão também definitivas, as decisões de
primeira instância, na parte que não for objeto de recurso
voluntário ou não estiver sujeita a recurso de ofício.
Publique-se:
Lérida Maria dos Santos Vieira
Secretária-Geral CFF
ANEXO V –
FORMULÁRIO PADRÃO PARA DECLARAÇÃO DE OUTRAS ATIVIDADES
Declaro para os devidos fins que exerço atualmente as seguintes atividades profissionais ou
análogas:FIRMA/ÓRGÃO:_____________________________ENDEREÇO:______________
_______CIDADE:______________________CEP:________________TELEFONE:________
_________________CARGO/FUNÇÃO: _____________________________HORÁRIO DE TRABALHO:
_____________01.FIRMA/ÓRGÃO: ____________________
ENDEREÇO:_____________________________________CIDADE:____________________
_______CEP:_________________TELEFONE:__________CARGO/FUNÇÃO:___________
____________________________ HORÁRIO DE TRABALHO:
__________________________________________________01.FIRMA/ÓRGÃO:_________
______________ENDEREÇO:___________________________________________________
_____________________________________________________CIDADE:_______________
CEP:__________________TELEFONE:______________CARGO/FUNÇÃO:_____________ ____________HORÁRIO DE
TRABALHO: _____________________________________
04. Não exerço outras atividades profissionais ou análogas ( ) Declaro, também, ter conhecimento de que a omissão de qualquer
informação ou a declaração falsa no presente documento sujeitar-me a ação, criminal pelo cometimento do crime de “falsidade
ideológica”, previsto no artigo 299 do Código Penal Brasileiro, e falta ética prevista no artigo 23 Inciso IV do Código de Ética
Profissional, bem como me comprometo a comunicar o CRF sobre as eventuais alterações que ocorrerem a qualquer tempo nas
informações prestadas, sob pena de incorrer nas mesmas penalidades.
____________________ de_____________________ de 20 ____.
___________________
Assinatura do Farmacêutico.
ANEXO VII
FORMULÁRIO PADRÃO PARA TERMO DE VISITA
DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO
Termo de Visita Nº______Razão Social:________________________
Nome do Estabelecimento: _____________________________________________________
Atividade: __________________________________________ Nº de Registro no
CRF:____________Endereço:____________________________________________________
______Bairro:__________________________Fone:_________________Município:________
_____________________________ CEP: ______________Responsável Técnico: CRF: _________________
Responsável Técnico: ______________________________Presente ( ) Ausente ( ) DOCUMENTAÇÃO VERIFICADA -
Registro da firma no CRF: ( ) SIM ( ) NÃO - Recibo da anuidade da firma: ( ) SIM ( ) NÃO - Certidão de Regularidade (Res. Nº
276/95): ( ) SIM ( ) NÃO - Licença Sanitária: ( ) SIM ( ) NÃO -
Observações:_______________________________________________________________
Informações prestadas por:_______________________________________Assinatura:
________________________________________Nome: _________________________ RG ou CPF:
____________________________Cargo:__________________Hora da Visita:___________________Data:_______/________
/_________
ASSINATURA E CARIMBO DO FISCAL - Anexar ficha de verificação das condições do exercício profissional
ATENÇÃO: Este documento deve ser preenchido de forma legível
1ª via: fiscalização 2ª via: estabelecimento 3ª via: arquivo.
FICHA DE VERIFICAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL EM FARMÁCIA/DROGARIA
I – Estabelecimento: 01. Nome Fantasia: 02. Termo de Visita Nº:
03. Razão Social: 04. Município:
Obs.: Os dados coletados nesta ficha refletem o Data: ___/ ___/ ___ Hora:___
momento da inspeção.
II – Farmacêutico (s) Responsável (s):
01. Diretor Técnico: CRF/XX:
02. Assistente Técnico: CRF/XX:
03. Substituto: CRF/XX:
III – Verificação de Documentos Imprescindíveis
01. Certidão de Regularidade ( )Sim ( )Não
Técnica (CRT) atualizada? (Res.
494/08 CFF)
02. Alvará de Licença da ( )Sim ( )Não
Vigilância Sanitária
Estadual/Municipal atualizada?
03. Autorização de ( )Sim ( )Não
Funcionamento da ANVISA
Revisada em 26.07.11 255
atualizada?
IV – Verificação das Condições do Exercício Profissional
01. CRT estava em local visível ( )Sim ( )Não
(Res. 357/01, Art. 9, CFF)?
02. Comercializa Medicamentos ( )Sim ( )Não
da Portaria 344/98 MS?
ANEXO XIV –
FORMULÁRIO PADRÃO DO AUTO DE INFRAÇÃO
(ART. 24 DA LEI 3.820/60)
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO
_______________________Endereço:_____________________________________________
______________CNPJ:__________________________Telefone:_______________________
____________Fax:____________.DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO - Auto de Infração - Nome do Estabelecimento:
____________________________________________________________________________ ______________ Inscrição
Estadual:_______________________________________________________________Razão
Social:______________________________________________________________CNPJ____
______________Endereço:______________________________________________________
______Bairro:____________________________Município:___________________________
____________CEP:__________________________.
Aos dias do mês de do ano de 20 _________ o Fiscal do Conselho Regional de Farmácia, abaixo assinado, no uso de suas
atribuições, constatou a prática da infração ao artigo 24 da Lei nº 3.820/60, exercida pela empresa acima citada, que explora
serviços para os quais são necessárias atividades de profissional farmacêutico, não provando quem seja o profissional habilitado
e registrado, na forma da lei, para o exercício destas atividades, enquadrando-se às sanções do parágrafo único do artigo e lei
citados, com redação dada pelas Leis 5.724/71 e 6.205/75. O presente auto é lavrado na forma regulamentar, com prazo de 05
(cinco) dias úteis, a contar do primeiro dia após esta data, para o infrator, apresentar defesa escrita. (Resolução nº 258/94). E,
para constar, foi lavrado o presente AUTO DE INFRAÇÃO em três (3) vias, da qual a primeira foi entregue ao Autuado,
conforme se verifica abaixo. Acrescentar o artigo 13 da Res. 363/2001. Observações:
Ciente:__________________________________________________________
Assinatura:_________________
Nome: RG ou CPF:_____________________________________________
Função: ________________________________________
ASSINATURA E CARIMBO DO FISCAL
- 1ª via: processo - 2ª via: firma - 3ª.via: arquivo.
Revisada em 26.07.11 262
ANEXO XV
FORMULÁRIO PADRÃO PARA AUTO DE INFRAÇÃO QUE REGULAMENTA O ARTIGO 21 DA PRESENTE
RESOLUÇÃO
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO _________________________. DEPARTAMENTO DE
FISCALIZAÇÃO - AUTO DE INFRAÇÃO - Nome do
estabelecimento:_____________________________________________________Razão Social:
______________________________Inscrição Estadual: ________________________CNPJ:
___________________________Atividade: _________________________________________ Nº de Registro do
CRF:_____________Endereço:_________________________________Bairro:____________ CEP:______________
Município: ______________Fone:_______________
Às __________ horas do dia __________ do mês de__________________ do ano de 20____. O Fiscal do Conselho Regional de
Farmácia do Estado _____________________________________ , abaixo assinado, no uso de suas atribuições, constatou a
prática de infração prevista no artigo 24 da Lei 3.820/60 e no 30 do anexo “I” da Resolução nº ____________________ do
Conselho Federal de Farmácia (CFF), por estar em atividade, no momento da visita de fiscalização, sem a presença do
responsável técnico. O presente Auto é lavrado na forma regulamentar, com prazo de 05 (cinco) dias úteis, a contar desta data,
para o infrator, apresentar defesa escrita (Resolução nº 258/94 do CFF). O não atendimento desta intimação implicará na
penalidade prevista nos dispositivos citados. E, para constar, foi lavrado o presente AUTO DE INFRAÇÃO em 03 (três) vias, da
qual a segunda foi entregue ao Autuado, conforme se verifica abaixo. Acrescentar o artigo 13 da Res. 363/2001. Observações:
Ciente:___________________________________________________Assinatura:__________ ____________________Nome:
_______________________________________RG ou
CPF:__________________Função:_______________________________________________ _______
Proprietário(a): _________________________________________________________________
____________________________________ASSINATURA E CARIMBO DO FISCAL. 1ª Via: Processo/CRF - 2ª Via:
Empresa - 3ª Via: Arquivo.
ANEXO XVI
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO_______________
Notificação de Multa
Endereço:_______________________CNPJ:____________________Telefone:____________
_____________Fax:_____________________.
DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO - Pelo presente termo de notificação fica a
firma____________________________estabelecida a ________________________________notificada a recolher ao Conselho
Regional de Farmácia do Estado do a importância de ( _______ ), oriunda do “Auto de Infração” de nº __________ , datado
___________________relativo ao(s) artigo(s) ___________________________________________ da Lei nº 3.820/60.
Conforme determinação vigente, de toda decisão que impuser multa por infração, caberá recurso legal ao egrégio Conselho
Federal de Farmácia - CFF, no prazo de dez (10) dias (Resoluções nº 258/94 e 450/06 a contar da data do recebimento da
presente notificação, através do CRF ______, mediante depósito prévio da quantia supra. Observamos que somente a quitação da
multa NÃO regulariza a situação do estabelecimento, havendo a necessidade de urgentes providências, junto ao nosso Regional
no tocante a infração cometida, salientando que o CRF continuará autuando sistematicamente a Firma, até que haja a legalização
desejada. ______________________de______________de 20_______________________Diretor Responsável pela
Fiscalização.
ANEXO II
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE REGISTRO (OUTROS)
1 ENXOFRE EM PÓ ANVS/MS
2 GELATINA EM CÁPSULAS (PÓ) ANVS/MS
3 LECITINA DE SOJA (EM PÓ E ÓLEO) ANVS/MS
4 LEVEDURA DE CERVEJA ANVS/MS
5 PASTA D'ÁGUA ANVS/MS
6 PASTA D'ÁGUA MENTOLADA ANVS/MS
7 POMADA DE WITFIELD ANVS/MS
8 SOLUÇÃO ALCOÓLICA DE WITFIELD ANVS/MS
9 SOLUÇÃO DILUÍDA DE HIPOCLORITO ANVS/MS
(Líquido de Dakin)
ANEXO II
ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA FINS DE VERIFICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
MEDICAMENTOS
1.8 N Possui placa contendo o nome completo do farmacêutico e horário de sua atuação, em local visível
para o público, com informações legíveis e ostensivas?
1.9 N Possui indicação, em local visível para o público, contendo informações legíveis e ostensivas de
que o fracionamento deve ser realizado sob a responsabilidade do farmacêutico?
2 - ARMAZENAMENTO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS:
2.1 N Existe local para o armazenamento de medicamentos? S N N/A
2.3 N O local de armazenamento está identificado de forma legível e ostensiva, permitindo a fácil
localização dos medicamentos acondicionados em embalagens fracionáveis?
2.4 N Os medicamentos estão devidamente armazenados?
3 - FRACIONAMENTO:
3.1 I Existe área identificada, de forma legível e S N N/A
ostensiva, para o fracionamento de
medicamentos?
3.1.1 I Essa área é visível ao consumidor ou usuário de
medicamentos?
3.2 N As instalações possuem condições higiênico-
sanitárias satisfatórias e estão em bom estado de
conservação?
3.3 N Possui os equipamentos e utensílios necessários
para os procedimentos realizados?
3.4 N Existem procedimentos escritos para as atividades
de fracionamento de medicamentos?
3.5 I Todos os medicamentos fracionados são
dispensados mediante prescrição segundo a
legislação vigente?
3.6 N A conferência das prescrições é efetuada pelo
farmacêutico?
Revisada em 26.07.11 359
3.7 N O estabelecimento dispõe de mecanismo e
procedimento de registro com relação à
dispensação de medicamentos fracionados?
3.8 N Os registros estão com escrituração atualizada,
legível e sem rasuras?
3. 9 N Os equipamentos e os materiais de rotulagem
destinados às embalagens contendo os
medicamentos fracionados estão guardados em
local seguro, com acesso restrito às pessoas
autorizadas?
3.10 I Os dizeres de rotulagem da embalagem
secundária para fracionados contemplam todas as
informações especificadas nas normas vigentes?
Registro
Pós-Registro
Petição:
Cumprimento de Exigência
Aditamento
Dados do processo
Medicamento genérico
Forma farmacêutica
Concentração
Classe terapêutica
Nome do laboratório executor do estudo de
bioequivalência
País em que foi realizado o estudo de bioequivalência
Nome e endereço completo do fabricante do fármaco
utilizado no medicamento, com o qual foram realizados
os estudos de equivalência farmacêutica e de
bioequivalência.
Número do lote e data de fabricação do medicamento
com o qual foram realizados os estudos de equivalência
de farmacêutica e de bioequivalência.
Dados da empresa solicitante do registro
Empresa solicitante
Endereço
Telefone
Fax
E-mail
Responsável técnico
Dados da(s) empresa(s) fabricante/produtora do
medicamento genérico
Fabricante do medicamento
Endereço
Tem terceirização de etapas da produção? Qual etapa?
Nome e endereço da empresa
Número da Resolução e data de publicação do CBPFC
no DOU
Dados do medicamento de referência
Medicamento de referência
Laboratório fabricante do medicamento de referência
considerando a Lei nº. 6.360, de 23 de Setembro de 1976, Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data da sua
que dispõe sobre a vigilância a que ficam sujeitos os publicação.
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e
CLÁUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES
correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos;
ANEXO
considerando Medida Provisória nº. 2190-34, de 23 de
agosto de 2001, que altera a Lei nº. 6.360 definindo REGULAMENTO TÉCNICO PARA MEDICAMENTO
medicamento similar; SIMILAR
considerando que a ANVISA tem como missão ABRANGÊNCIA
institucional, no âmbito do mercado farmacêutico, assegurar
que os medicamentos apresentem garantia de segurança, Este Regulamento estabelece os critérios para o registro
eficácia e qualidade; de Medicamento Similar.
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico, em anexo, para O detalhamento técnico para efeito de execução e
registro de Medicamento Similar. atendimento às exigências legais pertinentes ao registro e
às alterações e inclusões deste estará disposto em guias
Art. 2º Determinar que, para o registro como Medicamento oficiais específicos por temas.
Similar, as empresas interessadas deverão cumprir, na
íntegra, os dispositivos deste Regulamento. DEFINIÇÕES
j) Para todos os medicamentos deverão ser apresentados os k.1) Em caso de medicamento similar composto por
resultados dos testes de Equivalência Farmacêutica, associações medicamentosas; ou, duas ou mais
descrevendo a metodologia utilizada, realizados por apresentações em uma mesma embalagem para uso
laboratórios habilitados (REBLAS), conforme GUIA PARA concomitante ou seqüencial, será exigida a comprovação
REALIZAÇÃO DE ESTUDO E ELABORAÇÃO DO da Biodisponibilidade Relativa de cada princípio ativo da
RELATORIO DE EQUIVALENCIA FARMACEUTICA. fórmula em relação ao medicamento de referência.
j.1) Nos casos em que a fabricação do medicamento similar k.2) Cópia do Certificado de Boas Práticas em
e do medicamento de referência seja, comprovadamente, Biodisponibilidade e Bioequivalência de Medicamentos
realizada no mesmo local de fabricação com processo do(s) Centro(s) executor(es) do estudo, com validade no
produtivo, equipamentos e formulação idênticos; em período de realização do estudo.
substituição ao Certificado de Equivalência Farmacêutica,
deverá ser apresentado um laudo analítico de controle de k.3) Nos casos em que a fabricação do medicamento
qualidade do medicamento emitido por laboratório similar e do medicamento de referência seja,
REBLAS. comprovadamente, realizada no mesmo local de
fabricação com formulação, processo produtivo e
k) Relatório de testes de Biodisponibilidade Relativa, para equipamentos idênticos, o medicamento similar será
os medicamentos de venda sob prescrição médica e não isento da apresentação do estudo de Biodisponibilidade
isentos deste estudo, conforme GUIA PARA ISENÇÃO E Relativa, desde que seja apresentado um laudo analítico
SUBSTITUIÇÃO DE ESTUDOS DE conforme descrito no número 1 da letra j (“j.1”) do
BIOEQUIVALÊNCIA, realizados em laboratório subitem 1 do item II - DO REGISTRO.
certificado pela ANVISA. Deverão ser utilizados lotes para
os quais já tenha sido comprovada a estabilidade e que l) Relatório Técnico
tenham sido produzidos nos equipamentos que serão
l.1) Relatório completo de produção, por forma
utilizados na produção em escala industrial. O estudo de
farmacêutica, contendo:
biodisponibilidade relativa deverá estar de acordo com o
GUIA PARA PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DA l.1.1) os componentes da fórmula-mestre/fórmula-padrão
ETAPA ESTATÍSTICA DE ESTUDOS DE devem ser designados conforme a DCB, DCI ou a
BIODISPONIBILIDADE denominação descrita no CAS, respeitando-se esta ordem
RELATIVA/BIOEQUIVALÊNCIA e GUIA PARA de prioridade;
PROVAS DE BIODISPONIBILIDADE
RELATIVA/BIOEQUIVALÊNCIA. É facultado à empresa l.1.2) fórmula-mestre/fórmula-padrão com a descrição da
enviar Protocolo do estudo de Biodisponibilidade Relativa, quantidade de cada substância expressa no sistema
exceto para os citados no número 4 do item I - DAS internacional de unidades (SI) ou unidade padrão,
MEDIDAS ANTECEDENTES AO REGISTRO DE indicando sua função na fórmula e a respectiva referência
Revisada em 26.07.11 388
de especificação de qualidade descrita na Farmacopéia l.2.2.1) A documentação do fármaco deverá ser
Brasileira ou, na ausência desta, em outro código oficial apresentada em papel timbrado da empresa produtora.
autorizado pela legislação vigente;
l.2.2.2) A empresa solicitante deverá especificar qual
l.1.3) definição do(s) tamanho(s) do(s) lote(s) industrial(ais) fabricante do(s) fármaco(s) está(ão) sendo utilizado(s) na
a ser(em) produzido(s) (incluindo mínimo e máximo); fabricação do lote do medicamento submetido à
Equivalência Farmacêutica e a Biodisponibilidade
l.1.4) descrição de todas as etapas do processo de produção Relativa e enviar cópias das documentações originais
contemplando os equipamentos utilizados, e detalhamento abaixo discriminadas da(s) empresa(s) fabricante(s) do(s)
da capacidade máxima individual; fármaco(s):
l.1.5) cópia de dossiês completos de produção e controle de l.2.2.2.1) dados gerais da empresa fabricante com o
qualidade, com inclusão da ordem de produção, processo de endereço completo do local de fabricação do fármaco;
produção detalhado e controle em processo, referentes aos
três lotes-pilotos fabricados, cuja Notificação de Produção l.2.2.2.2) rota de síntese, com a descrição das moléculas
foi apresentada anteriormente à solicitação do registro. intermediárias, seus nomes químicos e solventes
utilizados;
l.1.5.1) caso o medicamento, objeto de registro, já tenha
registro no País e seja produzido pela mesma empresa l.2.2.2.3) descrição das especificações e métodos
fabricante declarada na documentação para registro, ou caso analíticos adotados pelo fabricante do fármaco e cópia do
seja um medicamento importado; os dossiês de produção e laudo analítico do controle de qualidade fornecido pelo
controle de qualidade deverão ser referentes a três lotes, mesmo;
sendo dois industriais fabricados nos últimos três anos, ou
dois lotes-piloto, quando aplicável, e o terceiro referente ao l.2.2.2.4) quantificação e limites dos principais
lote submetido aos estudos de Equivalência Farmacêutica contaminantes, de acordo com a rota de síntese do
e/ou de Biodisponibilidade Relativa. fármaco;
l.1.5.2) apresentar laudo analítico de controle de qualidade l.2.2.2.5) no caso de fármacos que apresentem
do(s) lote(s) do(s) fármaco(s) utilizado(s) na fabricação do quiralidade, dados sobre os teores dos estereoisômeros,
medicamento; quando a proporção desses estereoisômeros possa
comprometer a eficácia e a segurança do medicamento;
l.1.5.3) para medicamentos com três ou mais concentrações
diferentes e formulações proporcionais, apresentar os l.2.2.2.6) no caso de fármacos que apresentem
dossiês de produção e controle de qualidade da menor e da polimorfismo, informações, metodologia analítica adotada
maior concentração; e resultados dos testes de determinação dos prováveis
polimorfos do fármaco;
l.1.6) Descrição dos critérios de identificação do lote
industrial. l.2.2.2.7) validação dos métodos analíticos empregados,
quando não seguirem metodologia farmacopeica;
l.2) Relatório de controle de qualidade
l.2.2.2.8) cópias dos laudos analíticos de controle de
l.2.1) Excipientes qualidade, fornecido pelo fabricante do fármaco e
realizado pela empresa produtora do medicamento.
l.2.1.1) citar a referência bibliográfica adotada no controle
de qualidade de todos os excipientes da formulação do I.2.2.3) Fica facultado ao(s) fabricante(s) do(s) fármaco(s)
medicamento. No caso de excipiente não descrito em enviar, diretamente à ANVISA, a documentação
compêndios oficiais, apresentar as especificações e os explicitada no número 2.2.2 da letra l do item II deste
métodos de análise adotados. Anexo, devidamente identificada com o número do
processo de registro a que se relaciona.
l.2.1.2) cópia do laudo analítico de controle de qualidade
do(s) excipiente(s), realizado pela empresa. l.2.3) Medicamento
l.2.2) Fármaco(s)
Revisada em 26.07.11 389
l.2.3.1) apresentar as especificações e métodos analíticos, a PARA A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE
referência bibliográfica da Farmacopéia consultada e ESTABILIDADE;
reconhecida pela ANVISA, de acordo com a legislação
vigente. No caso de não se tratarem de compêndios oficiais l.3.3) laudo analítico de controle de qualidade do
reconhecidos pela ANVISA, apresentar especificações, a medicamento, de acordo com as especificações e
descrição detalhada de todas as metodologias utilizadas no metodologias apresentadas durante o processo de registro,
controle de qualidade, com os métodos analíticos para cada fabricante.
devidamente validados para o(s) princípio(s) ativo(s) e para
l.3.4) apresentar, para as formas farmacêuticas aplicáveis,
o medicamento de acordo com o GUIA PARA
perfil de dissolução comparativo entre o medicamento
VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS E
que foi submetido aos estudos de equivalência
BIOANALÍTICOS, indicando a fonte bibliográfica ou de
farmacêutica e/ou de biodisponibilidade relativa,
desenvolvimento. Neste último caso, apresentar tradução
conforme GUIA PARA REALIZAÇÃO DO ESTUDO E
quando o idioma não for o inglês ou espanhol.
ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE
l.2.3.2) laudo analítico de controle de qualidade do EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E PERFIL DE
medicamento, de acordo com as especificações e DISSOLUÇÃO e o medicamento produzido por cada
metodologias apresentadas durante o processo de registro. fabricante do fármaco. No caso de mais de uma
concentração do medicamento, devem ser comparados os
l.2.3.3) apresentar, para as formas farmacêuticas aplicáveis, perfis entre todas as concentrações, adotando-se como
perfil de dissolução comparativo com o medicamento que referência o medicamento que foi submetido aos estudos
foi submetido aos estudos de Equivalência Farmacêutica de equivalência farmacêutica e/ou de biodisponibilidade
e/ou de Biodisponibilidade Relativa, conforme GUIA relativa.
PARA REALIZAÇÃO DO ESTUDO E ELABORAÇÃO
DO RELATÓRIO DE EQUIVALÊNCIA m) Enviar informações adicionais de acordo com a
FARMACÊUTICA E PERFIL DE DISSOLUÇÃO. No caso legislação vigente sobre controle da Encefalopatia
de mais de uma concentração do medicamento, devem ser Espongiforme Transmissível, quando cabível.
comparados os perfis entre todas as concentrações,
n) Apresentar especificações e métodos analíticos
adotando-se como referência o medicamento que foi
utilizados no controle de qualidade da embalagem
submetido aos estudos de Equivalência Farmacêutica e/ou
primária do medicamento e dos acessórios, quando
de Biodisponibilidade Relativa.
aplicável.
l.3) Documentação adicional, no relatório técnico, quando
o) Para solução parenteral de grande e pequeno volume
houver apresentação de mais de um fabricante do fármaco:
(Diluente), acompanhando o medicamento objeto de
Esta documentação refere-se aos lotes dos medicamentos registro, apresentar documentação conforme legislação
que não foram submetidos aos estudos de Equivalência pertinente.
Farmacêutica e/ou Biodisponibilidade
2. Os fabricantes ou seus representantes que pretendam
Relativa/Bioequivalência, no caso da apresentação de mais
comercializar medicamentos similares produzidos em
de um fabricante do(s) fármaco(s).
território estrangeiro e importados a granel, na
documentação não inclui os três lotes cujos dossiês de embalagem primária ou como produto terminado, além
produção serviram para o estudo de Equivalência dos dispositivos anteriores, terão que apresentar:
Farmacêutica, Biodisponibilidade Relativa e estudo de
a) Autorização da empresa fabricante para o registro,
Estabilidade.
representação comercial e uso da marca no Brasil, quando
l.3.1) dossiê de produção de um lote do medicamento cabível.
produzido com o fármaco correspondente a cada fabricante
b) Cópia do CBPFC emitido pela ANVISA para a
apresentado;
empresa fabricante, atualizado, por linha de produção.
l.3.2) resultados e avaliação do estudo de estabilidade
b.1) No caso de a ANVISA ainda não ter realizado
acelerada de um lote do medicamento produzido para cada
inspeção na empresa fabricante, será aceito comprovante
fabricante apresentado, conforme os critérios do GUIA
Revisada em 26.07.11 390
do pedido de inspeção sanitária à ANVISA, acompanhado estrangeiro usados para fins de registro, expedidos pelas
do certificado de boas práticas de fabricação de produtos autoridades sanitárias, deverão ser acompanhados de
farmacêuticos por linha de produção, emitido pelo órgão tradução juramentada na forma da lei.
responsável pela Vigilância Sanitária do país fabricante.
3. É permitida a fabricação do medicamento similar em
c) Apresentar comprovação do registro do medicamento, mais de um local concomitantemente. Essa possibilidade
emitida pelo órgão responsável pela vigilância sanitária do está condicionada à apresentação, para cada local de
país origem. Na impossibilidade, deverá ser apresentada fabricação solicitado, de toda a documentação para
comprovação de registro em vigor, emitida pela autoridade registro que couber, além de uma justificativa técnica para
sanitária do país em que seja comercializado ou autoridade tal solicitação e declaração da formalização da prestação
sanitária internacional. de serviço assinada pelos representantes legais e
responsáveis técnicos das empresas envolvidas. Devem
d) Apresentar metodologia de controle de qualidade físico- ser realizados estudos in vitro e in vivo para o
química, química, microbiológica e biológica a ser realizada medicamento de cada local de fabricação conforme os
pelo importador, de acordo com a forma farmacêutica, do critérios definidos em legislação específica; quando a
produto a granel, na embalagem primária ou terminado. comparação dos perfis de dissolução for aplicável, deve-
Caso o método não seja farmacopeico, enviar a validação da se empregar como referência o medicamento submetido
metodologia analítica. ao estudo de Biodisponibilidade Relativa.
d.1) Enviar ainda, cópia de laudo analítico do controle de 4. Para formas farmacêuticas que requeiram acessório
qualidade do medicamento realizado pelo importador. dosador para administração do medicamento, deverão
obrigatoriamente, tê-los em quantidades adequadas
d.2) O importador deverá realizar todos os testes de controle
considerando sua posologia.
de qualidade que são executados pelo fabricante do
medicamento. 5. Os Medicamentos Similares terão que adotar
obrigatoriamente nome comercial ou marca, com exceção
e) Apresentar cópia do CBPFC atualizado emitido pela
dos casos previstos em legislação específica. Estes
ANVISA para a linha de embalagem a ser realizada no País,
produtos não são intercambiáveis por lei. A elaboração
quando se tratar de importação de produto a granel ou em
dos nomes deve seguir legislação específica.
sua embalagem primária.
6. Todos os documentos deverão ser encaminhados na
f) Para produtos farmacêuticos importados a granel, na
forma de uma via impressa assinados na folha final e
embalagem primária ou terminados, os resultados e
rubricada em todas as folhas pelo responsável técnico pela
avaliação do teste de estabilidade na embalagem primária de
empresa. Adicionar cópia de especificações, métodos
comercialização devem seguir o GUIA PARA A
analíticos, referências bibliográficas e, quando aplicável,
REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE DE
validação analítica em disquete ou CD-ROM.
MEDICAMENTOS. Enviar cópia dos resultados originais
deste estudo. Em caso de necessidade de importar amostras, 7. A ANVISA poderá, a qualquer momento e a seu
deverá ser solicitada à ANVISA, a autorização para esta critério, exigir provas adicionais de identidade e qualidade
importação. dos componentes de um medicamento e/ou requerer
novas provas para comprovação de biodisponibilidade
g) Contar o prazo de validade do produto importado a granel
relativa ou equivalência farmacêutica, caso ocorram fatos
a partir da data de fabricação do produto no exterior e não
que dêem ensejo a avaliações complementares, mesmo
da data de embalagem no Brasil, respeitando o prazo de
após a concessão do registro.
validade registrado na ANVISA.
III - DAS MEDIDAS DO PÓS - REGISTRO
h) É facultada à ANVISA a solicitação de tradução de
qualquer documentação do processo de registro para o 1. As alterações de registro devem seguir os processos
idioma português, exceto para as informações contidas em especificados no GUIA PARA REALIZAÇÃO DE
rótulos, bulas e embalagens que devem estar ALTERAÇÕES, INCLUSÕES, NOTIFICAÇÕES E
obrigatoriamente em português e em conformidade com a CANCELAMENTO PÓS-REGISTRO DE
legislação em vigor. Os documentos oficiais em idioma MEDICAMENTOS.
Revisada em 26.07.11 391
2. A ANVISA poderá realizar a análise de controle de lotes 1.7 Cópia de notas fiscais comprovando a
comercializados para fins de monitoração da qualidade e comercialização do medicamento em um máximo de 3
conformidade do medicamento com o registrado. (três) notas por forma farmacêutica. Poderá ser
apresentada uma declaração referente à(s)
3. Caso o registro tenha sido concedido com prazo de apresentação(ões) não comercializada(s) para a(s) qual(is)
validade provisório, de acordo com estudo de estabilidade a empresa tenha interesse em manter o registro, desde que
acelerada, decorrido o prazo de validade declarado para o pelo menos uma apresentação daquela forma farmacêutica
medicamento, a empresa deverá protocolar, na forma de tenha sido comercializada;
complementação de informações ao processo, relatório
contendo os resultados e avaliação final do estudo de 1.7.1 Para os Laboratórios Oficiais, quando não houver a
estabilidade de longa duração dos três lotes apresentados na produção do medicamento no referido período, apresentar
submissão do registro. uma justificativa da não comercialização.
1.4 Cópia da Autorização de Funcionamento da empresa ou, 1.12. Relatório de Incidência de Reações Adversas e
quando for cabível, da Autorização Especial de Ineficácia Terapêutica do medicamento.
Funcionamento, publicada no DOU;
1.13 Para medicamentos importados:
1.5 Cópia do Certificado de Responsabilidade Técnica,
atualizado, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia; 1.13.1 Cópia do CBPFC atualizado emitido pela ANVISA
para a linha de produção e embalagem da empresa
1.6 Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e fabricante, quando se tratar de importação de produto a
Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA para a linha de granel, na embalagem primária ou como produto
produção na qual o medicamento similar, objeto de registro, terminado;
é fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de solicitação de
inspeção para fins de emissão do CBPFC. Este protocolo 1.13.1.1 No caso de a ANVISA ainda não ter realizado
será válido desde que a linha de produção pretendida esteja inspeção na empresa fabricante, será aceito comprovante
satisfatória na última inspeção realizada para fins de do pedido de inspeção sanitária, acompanhado do
verificação de cumprimento de BPFC; certificado de boas práticas de fabricação de produtos
ANEXOS
ANEXO VII ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA FARMÁCIA (ATENÇÃO O ANEXO NÃO FOI
IMPRESSO)
(NR)
...........................................
11.6.6. N No caso das bases SIM NÃO
galênicas e de produtos
acabados, é realizado o
monitoramento mensal
da pureza
microbiológica e
adotado sistema de
rodízio considerando o
tipo de base, produto e
manipulador ?
(NR)
..........................................
14. DISPENSAÇÃO
............ R A repetição de SIM NÃO
............ atendimento de uma
............ mesma receita
.....14.3 somente ocorre se
houver indicação ou
confirmação expressa
do prescritor quanto à
Revisada em 26.07.11 474
Art. 1º Este Regulamento se aplica à propaganda,
publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo
RDC nº 96, de 17/12/2008 seja a divulgação ou promoção comercial de
medicamentos de produção nacional ou estrangeira,
Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e quaisquer que sejam as formas e meios de sua veiculação,
outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou incluindo as transmitidas no decorrer da programação
promoção comercial de medicamentos. normal das emissoras de rádio e televisão.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância TÍTULO I
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11, REQUISITOS GERAIS
inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de Art. 2º Para efeito deste Regulamento são adotadas as
Vigilância Sanitária aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 seguintes definições:
de abril de 1999, e conforme artigo 11, inciso IV, do DENOMINAÇÃO COMUM BRASILEIRA/DCB -
Regimento Interno, aprovado nos termos do Anexo I da Denominação do fármaco ou princípio
Portaria nº 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião responsável pela vigilância sanitária.
realizada em 21 de novembro de 2008; DENOMINAÇÃO COMUM INTERNACIONAL/DCI -
Considerando a Constituição Federal de 1988; Denominação do fármaco ou princípio
Considerando a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976; farmacologicamente ativo recomendada pela Organização
Considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977, Mundial da Saúde.
que regulamenta a Lei nº 6.360, de 24 de setembro de 1976; EMPRESA - Pessoa jurídica, de direito público ou
Considerando a Lei nº 9.782, de 26, de janeiro de 1999; privado, que exerça como atividade principal ou
Considerando a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999; subsidiária a produção, manipulação, comércio,
Considerando a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006; fornecimento, distribuição e divulgação de medicamentos,
Considerando o Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de insumos farmacêuticos e outros produtos que sejam
1976, que regulamenta a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de anunciados como medicamento.
1976; MARCA NOMINATIVA - É aquela constituída por uma
Considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sobre ou mais palavras no sentido amplo do alfabeto romano,
infrações sanitárias, compreendendo, também, os neologismos e as
Considerando a Lei nº 9.294 de 15 de julho de 1996; combinações de letras e/ou algarismos romanos e/ou
Considerando o Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996, arábicos.
que regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996; MARCA FIGURATIVA - É aquela constituída por
Considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990; desenho, figura ou qualquer forma estilizada de letra e
Considerando o Decreto nº. 2.181, de 20 de março de 1997; número, isoladamente.
Considerando a Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990; MARCA MISTA - É aquela constituída pela combinação
Considerando a Lei nº. 10.742, de 6 de outubro de 2003; de elementos nominativos e figurativos ou de elementos
Considerando a RDC nº. 26, de 30 de março de 2007; nominativos com grafia apresentada de forma estilizada.
Considerando a Portaria nº. 3.916, de 30 de outubro de MATERIAL CIENTÍFICO - Artigos científicos
1998, que define a Política Nacional de Medicamentos; publicados e livros técnicos.
Considerando a publicação do Ministério da Saúde e da MATERIAL DE AJUDA VISUAL - peça publicitária
Agência Nacional de Vigilância Sanitária intitulada Estudo utilizada exclusivamente pelos propagandistas com o
Comparado - Regulamentação da PROPAGANDA DE objetivo de apresentar aos profissionais prescritores e
MEDICAMENTOS; dispensadores os medicamentos com informações e
Considerando a necessidade de atualização do Regulamento linguagem uniformizadas pela empresa.
Técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e MEDICAMENTO BIOLÓGICO - Medicamento
Informação de Medicamentos; biológico que contém molécula com atividade biológica
Adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu conhecida, e que tenha passado por todas as etapas de
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. fabricação (formulação, envase, liofilização, rotulagem,
Art. 1º O Regulamento anexo a esta Resolução se aplica à embalagem, armazenamento, controle de qualidade e
propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo liberação do lote de produto biológico para uso).
objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de MENSAGEM RETIFICADORA - É aquela elaborada
medicamentos, de produção nacional ou estrangeira, para esclarecer e corrigir erros e equívocos causados pela
quaisquer que sejam as formas e meios de sua veiculação, veiculação de propagandas enganosas e/ou abusivas, e/ou
incluindo as transmitidas no decorrer da programação que apresentem informações incorretas e incompletas
normal das emissoras de rádio e televisão. sendo, portanto, capazes de induzir, direta ou
Art. 2º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em indiretamente, o consumidor a erro e a se comportar de
vigor 180 (cento e oitenta) dias após a sua publicação. forma prejudicial à sua saúde e segurança.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO MONOGRAFIA - Material elaborado mediante uma
ANEXO compilação de informações técnico-científicas
REGULAMENTO provenientes de estudos publicados, livros técnicos e
informações contidas na documentação de registro
Revisada em 26.07.11 475
submetida à Anvisa, visando munir o profissional de saúde se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
com variadas informações sobre determinado medicamento, ou segurança.
apresentando resumos com informações equilibradas, ou PROPAGANDA/PUBLICIDADE ENGANOSA - É
seja, resultados satisfatórios e não satisfatórios, e conclusões qualquer modalidade de informação ou comunicação de
fiéis à original. caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou que,
NIVEL DE EVIDÊNCIA I - Nível de estudo I: Ensaios por qualquer outro modo, mesmo por omissão de dado
clínicos randomizados, com desfecho e magnitude de efeitos essencial do produto, seja capaz de induzir o consumidor
clinicamente relevantes, correspondentes à hipótese a erro, a respeito da natureza, características, qualidade,
principal em tese, com adequado poder e mínima quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer
possibilidade de erro alfa. Meta-análises de ensaios clínicos outros dados sobre produtos e serviços.
de nível II, comparáveis e com validade interna, com PROPAGANDA/PUBLICIDADE INDIRETA - É aquela
adequado poder final e mínima possibilidade de erro alfa. que, sem mencionar o nome dos produtos, utiliza marcas,
NIVEL DE EVIDÊNCIA II - Nível de estudo II: Ensaio símbolos, designações e/ou indicações capaz de
clínico randomizado que não preenche os critérios do nível identificá-los e/ou que cita a existência de algum tipo de
I. Análise de hipóteses secundárias de estudos nível I. tratamento para uma condição específica de saúde.
PATROCÍNIO - Custeio total ou parcial da produção de REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA - Conjunto
material, programa de rádio ou televisão, evento, projeto padronizado de elementos descritivos que permite a
comunitário, atividade cultural, artística, esportiva, de identificação de documentos utilizados, possibilitando sua
pesquisa ou de atualização científica, concedido como localização e obtenção direta por um leitor interessado.
estratégia de marketing, bem como custeio dos participantes SUBSTÂNCIA ATIVA - Qualquer substância que
das atividades citadas. apresente atividade farmacológica ou outro efeito direto
PEÇA PUBLICITÁRIA - Cada um dos elementos no diagnóstico, tais como: cura, alívio, tratamento ou
produzidos para uma campanha publicitária ou de promoção prevenção de doenças; ou afete qualquer função do
de vendas, com funções e características próprias, que organismo humano.
seguem a especificidade e a linguagem de cada veículo. VACINAS - Produtos biológicos que contêm uma ou
Exemplos: anúncio, encarte, filmete, spot, jingle, cartaz, mais substâncias antigênicas que, quando inoculados, são
cartazete, painel, letreiro, display, folder, banner, móbile, capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger
outdoor, busdoor, visual aid etc. contra a doença causada pelo agente infeccioso que
PESSOA FÍSICA - aquela que, de forma direta ou indireta, originou o antígeno.
seja responsável por atividades relacionadas à produção, Art. 3º Somente é permitida a propaganda ou publicidade
manipulação, comércio, fornecimento, distribuição e de medicamentos regularizados na Anvisa.
divulgação de medicamentos, insumos farmacêuticos e § 1º A propaganda ou publicidade deve ser procedente de
outros produtos que sejam anunciados como medicamento. empresas regularizadas perante o órgão sanitário
PREPARAÇÃO MAGISTRAL - É aquela preparada na competente, quando assim a legislação o exigir, ainda que
farmácia, de forma individualizada, para ser dispensada a peça publicitária esteja de acordo com este
atendendo a uma prescrição de um profissional habilitado, Regulamento.
respeitada a legislação vigente, que estabelece sua § 2º Todas as alegações presentes na peça publicitária
composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. referentes à ação do medicamento, indicações, posologia,
PREPARAÇÃO OFICINAL - É aquela preparada na modo de usar, reações adversas, eficácia, segurança,
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita nas farmacopéias, qualidade e demais características do medicamento devem
compêndios ou formulários reconhecidos pelo Ministério da ser compatíveis com as informações registradas na
Saúde. Anvisa.
PROGRAMAS DE FIDELIZAÇÃO - São aqueles §3º As referências bibliográficas, citadas na propaganda
realizados por farmácias e drogarias, as quais, na intenção ou publicidade de medicamentos, devem estar disponíveis
de fidelizar o consumidor, possibilitam aos clientes, em no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e aos
troca da compra de produtos, a participação em sorteios, profissionais prescritores e dispensadores de
ganho de prêmios ou descontos na compra de produtos, medicamentos.
entre outros benefícios. Art. 4º Não é permitida a propaganda ou publicidade
PROPAGANDA/PUBLICIDADE - Conjunto de técnicas e enganosa, abusiva e/ou indireta.
atividades de informação e persuasão com o objetivo de Parágrafo único - Fica vedado utilizar técnicas de
divulgar conhecimentos, tornar mais conhecido e/ou comunicação que permitam a veiculação de imagem e/ou
prestigiado determinado produto ou marca, visando exercer menção de qualquer substância ativa ou marca de
influência sobre o público por meio de ações que objetivem medicamentos, de forma não declaradamente publicitária,
promover e/ou induzir à prescrição, dispensação, aquisição e de maneira direta ou indireta, em espaços editoriais na
utilização de medicamento. televisão; contexto cênico de telenovelas; espetáculos
PROPAGANDA/PUBLICIDADE ABUSIVA - É aquela teatrais; filmes; mensagens ou programas radiofônicos;
que incita a discriminação de qualquer natureza, a violência, entre outros tipos de mídia eletrônica ou impressa.
explora o medo ou superstições, se aproveita da deficiência Art. 5º As empresas não podem outorgar, oferecer,
de julgamento e de experiência da criança, desrespeita prometer ou distribuir brindes, benefícios e vantagens aos
valores ambientais ou que seja capaz de induzir o usuário a profissionais prescritores ou dispensadores, aos que
Art. 18º - Para assegurar a proteção do funcionário, do Art. 24º - Todos os funcionários devem ser capacitados
usuário e do produto contra contaminação ou danos à saúde, quanto ao cumprimento da legislação sanitária vigente e
devem ser disponibilizados aos funcionários envolvidos na aplicável às farmácias e drogarias, bem como dos
prestação de serviços farmacêuticos equipamentos de Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) do
proteção individual (EPI’s). estabelecimento.
Art. 20º - As atribuições do farmacêutico responsável Art. 26º - Deve ser fornecido treinamento inicial e
técnico são aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e contínuo quanto ao uso e descarte de EPI’s, de acordo
regional de farmácia, observadas a legislação sanitária com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços
vigente para farmácias e drogarias. de Saúde - PGRSS, conforme legislação específica.
Parágrafo único - O farmacêutico responsável técnico pode
delegar algumas das atribuições para outro farmacêutico, Art. 27º - Nos treinamentos, os funcionários devem ser
com exceção das relacionadas à supervisão e instruídos sobre procedimentos a serem adotados em caso
responsabilidade pela assistência técnica do de acidente e episódios envolvendo riscos à saúde dos
estabelecimento, bem como daquelas consideradas funcionários ou dos usuários das farmácias e drogarias.
indelegáveis pela legislação específica dos conselhos federal
e regional de farmácia. Art. 28º - Devem ser mantidos registros de cursos e
treinamentos dos funcionários contendo, no mínimo, as
Art. 21º - A prestação de serviço farmacêutico deve ser seguintes informações:
realizada por profissional devidamente capacitado, I - descrição das atividades de capacitação realizadas;
respeitando-se as determinações estabelecidas pelos II - data da realização e carga horária;
conselhos federal e regional de farmácia. III - conteúdo ministrado;
IV - trabalhadores treinados e suas respectivas
Art. 22º - Os técnicos auxiliares devem realizar as assinaturas;
atividades que não são privativas de farmacêutico V - identificação e assinatura do profissional, equipe ou
respeitando os Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) empresa que executou o curso ou treinamento; e
do estabelecimento e o limite de atribuições e competências VI - resultado da avaliação.
estabelecidos pela legislação vigente, sob supervisão do
farmacêutico responsável técnico ou do farmacêutico CAPÍTULO V
substituto. DA COMERCIALIZAÇÃO E DISPENSAÇÃO DE
PRODUTOS
Art. 23º - São atribuições do responsável legal do Seção I
estabelecimento: Dos Produtos com Dispensação ou Comercialização
I - prover os recursos financeiros, humanos e materiais Permitidas
necessários ao funcionamento do estabelecimento;
II - prover as condições necessárias para o cumprimento Art. 29º - Além de medicamentos, o comércio e
desta Resolução, assim como das demais normas sanitárias dispensação de determinados correlatos poderá ser
federais, estaduais e municipais vigentes e aplicáveis às extensivo às farmácias e drogarias em todo território
farmácias e drogarias; nacional, conforme relação, requisitos e condições
III - assegurar as condições necessárias à promoção do uso estabelecidos em legislação sanitária específica.
racional de medicamentos no estabelecimento; e
Art. 30º - Somente podem ser adquiridos produtos Art. 35º - Todos os produtos devem ser armazenados de
regularizados junto a Anvisa, conforme legislação vigente. forma ordenada, seguindo as especificações do fabricante
§1º - A regularidade dos produtos consiste no registro, e sob condições que garantam a manutenção de sua
notificação ou cadastro, conforme a exigência determinada identidade, integridade, qualidade, segurança, eficácia e
em legislação sanitária específica para cada categoria de rastreabilidade.
produto. §1º - O ambiente destinado ao armazenamento deve ter
§2º - A legislação sanitária pode estabelecer, ainda, a capacidade suficiente para assegurar o armazenamento
isenção do registro, notificação ou cadastro de determinados ordenado das diversas categorias de produtos.
produtos junto a Anvisa. §2º - O ambiente deve ser mantido limpo, protegido da
ação direta da luz solar, umidade e calor, de modo a
Art. 31º - As farmácias e drogarias devem estabelecer, preservar a identidade e integridade química, física e
documentar e implementar critérios para garantir a origem e microbiológica, garantindo a qualidade e segurança dos
qualidade dos produtos adquiridos. mesmos.
§1º - A aquisição de produtos deve ser feita por meio de §3º - Para aqueles produtos que exigem armazenamento
distribuidores legalmente autorizados e licenciados em temperatura abaixo da temperatura ambiente, devem
conforme legislação sanitária vigente. ser obedecidas às especificações declaradas na respectiva
§2º - O nome, o número do lote e o fabricante dos produtos embalagem, devendo a temperatura do local ser medida e
adquiridos devem estar discriminados na nota fiscal de registrada diariamente.
compra e serem conferidos no momento do recebimento. §4º - Deve ser definida em Procedimento Operacional
Padrão (POP) a metodologia de verificação da
Art. 32º - O recebimento dos produtos deve ser realizado temperatura e umidade, especificando faixa de horário
em área específica e por pessoa treinada e em conformidade para medida considerando aquela na qual há maior
com Procedimento Operacional Padrão (POP) e com as probabilidade de se encontrar a maior temperatura e
disposições desta umidade do dia.
Resolução. §5º - O Procedimento Operacional Padrão (POP) deverá
definir medidas a serem tomadas quando forem
Art. 33º - Somente é permitido o recebimento de produtos verificadas condições inadequadas para o armazenamento,
que atendam aos critérios definidos para a aquisição e que considerando o disposto nesta
tenham sido transportados conforme especificações do Resolução.
fabricante e condições estabelecidas na legislação sanitária
específica. Art. 36º - Os produtos devem ser armazenados em
gavetas, prateleiras ou suporte equivalente, afastados do
Art. 34º - No momento do recebimento deverá ser piso, parede e teto, a fim de permitir sua fácil limpeza e
verificado o bom estado de conservação, a legibilidade do inspeção.
número de lote e prazo de validade e a presença de
mecanismo de conferência da autenticidade e origem do Art. 37º - O estabelecimento que realizar dispensação de
produto, além de observadas outras especificidades legais e medicamentos sujeitos a controle especial deve dispor de
regulamentares vigentes sobre rótulo e embalagem, a fim de sistema segregado (armário resistente ou sala própria)
evitar a exposição dos usuários a produtos falsificados, com chave para o seu armazenamento, sob a guarda do
corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios para o farmacêutico, observando as demais condições
uso. estabelecidas em legislação específica.
§1º - Caso haja suspeita de que os produtos sujeitos às
normas de vigilância sanitária tenham sido falsificados, Art. 38º - Os produtos violados, vencidos, sob suspeita de
corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios para o falsificação, corrupção, adulteração ou alteração devem
uso, estes devem ser imediatamente separados dos demais ser segregados em ambiente seguro e diverso da área de
produtos, em ambiente seguro e diverso da área de dispensação e identificados quanto a sua condição e
dispensação, devendo a sua identificação indicar claramente destino, de modo a evitar sua entrega ao consumo.
que não se destinam ao uso ou comercialização. §1º - Esses produtos não podem ser comercializados ou
§2º - No caso do parágrafo anterior, o farmacêutico deve utilizados e seu destino deve observar legislação
notificar imediatamente a autoridade sanitária competente, específica federal, estadual ou municipal.
informando os dados de identificação do produto, de forma §2º - A inutilização e o descarte desses produtos deve
a permitir as ações sanitárias pertinentes. obedecer às exigências de legislação específica para
Art. 42º - O estabelecimento farmacêutico deve assegurar Art. 50º - É vedada a captação de receitas contendo
ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso prescrições magistrais e oficinais em drogarias, ervanárias
de medicamentos. e postos de medicamentos, ainda que em filiais da mesma
§1º - O estabelecimento deve manter a disposição dos empresa, bem como a intermediação entre empresas.
usuários, em local de fácil visualização e de modo a permitir
a imediata identificação, lista atualizada dos medicamentos Art. 51º - A política da empresa em relação aos produtos
genéricos comercializados no país, conforme relação com o prazo de validade próximo ao vencimento deve
estar clara a todos os funcionários e descrita no
Art. 66º - O farmacêutico deve orientar o usuário a buscar Art. 71º - Para a medição de parâmetros fisiológicos e
assistência de outros profissionais de saúde, quando julgar bioquímico permitidos deverão ser utilizados materiais,
necessário, considerando as informações ou resultados aparelhos e acessórios que possuam registro, notificação,
decorrentes das ações de atenção farmacêutica. cadastro ou que sejam legalmente dispensados de tais
requisitos junto a Anvisa.
Art. 67º - O farmacêutico deve contribuir para a Parágrafo único - Devem ser mantidos registros das
farmacovigilância, notificando a ocorrência ou suspeita de manutenções e calibrações periódicas dos aparelhos,
evento adverso ou queixa técnica às autoridades sanitárias. segundo regulamentação específica do órgão competente
e instruções do fabricante do equipamento.
Subseção I
Da Atenção Farmacêutica Domiciliar Art. 72º - Os Procedimentos Operacionais Padrão
(POP’s) relacionados aos procedimentos de aferição de
Art. 68º - A atenção farmacêutica domiciliar consiste no parâmetros fisiológicos e bioquímico devem indicar
serviço de atenção farmacêutica disponibilizado pelo claramente os equipamentos e as técnicas ou
estabelecimento farmacêutico no domicílio do usuário, nos metodologias utilizadas, parâmetros de interpretação de
termos desta Resolução. resultados e as referências bibliográficas utilizadas.
Parágrafo único - A prestação de atenção farmacêutica Parágrafo único - O Procedimento Operacional Padrão
domiciliar por farmácias e drogarias somente é permitida a (POP) deve incluir os equipamentos de proteção
estabelecimentos devidamente licenciados e autorizados individual (EPI’s) a serem utilizados para a medição de
pelos órgãos sanitários competentes. parâmetros fisiológicos e bioquímico, assim como trazer
orientações sobre seu uso e descarte.
Subseção II
Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e Bioquímico Art. 73º - Os procedimentos que gerem resíduos de
Permitidos saúde, como materiais perfurocortantes, gaze ou algodão
sujos com sangue, deverão ser descartados conforme as
Art. 69º - A aferição de parâmetros fisiológicos ou exigências de legislação específica para Gerenciamento
bioquímico oferecida na farmácia e drogaria deve ter como de Resíduos de Serviços de Saúde.
finalidade fornecer subsídios para a atenção farmacêutica e
o monitoramento da terapia medicamentosa, visando à Da Administração de Medicamentos
melhoria da sua qualidade de vida, não possuindo, em
nenhuma hipótese, o objetivo de diagnóstico. Art. 74º - Fica permitida a administração de
§1º - Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é permitida medicamentos nas farmácias e drogarias no contexto do
nos termos desta Resolução são pressão arterial e acompanhamento farmacoterapêutico.
temperatura corporal. Parágrafo único - É vedada a administração de
§2º - O parâmetro bioquímico cuja aferição é permitida nos medicamentos de uso exclusivo hospitalar.
termos desta Resolução é a glicemia capilar.
§3º - Verificada discrepância entre os valores encontrados e Art. 75º - Os medicamentos para os quais é exigida a
os valores de referência constantes em literatura técnico- prescrição médica devem ser administrados mediante
científica idônea, o usuário deverá ser orientado a procurar apresentação de receita e após sua avaliação pelo
assistência médica. farmacêutico.
§4º - Ainda que seja verificada discrepância entre os valores §1º - O farmacêutico deve entrar em contato com o
encontrados e os valores de referência, não poderão ser profissional prescritor para esclarecer eventuais
indicados medicamentos ou alterados os medicamentos em problemas ou dúvidas que tenha detectado no momento
uso pelo paciente quando estes possuam restrição de "venda da avaliação da receita.
sob prescrição médica". §2º - A data de validade do medicamento deve ser
verificada antes da administração.
Resíduos Grupo A São todos os demais que não se enquadram nos grupos
Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio descritos anteriormente.
ambiente devido à presença de agentes biológicos: ANEXO II
Limites de Eliminação de Rejeitos Radioativos-CNEN
- inóculo, mistura de microrganismos e meios de cultura
inoculados provenientes de laboratório clínico ou de
pesquisa, bem como, outros resíduos provenientes de
laboratórios de análises clínicas;
- vacina vencida ou inutilizada;
- filtros de ar e gases aspirados da área contaminada,
membrana filtrante de equipamento médico hospitalar e de
pesquisa, entre outros similares;
- sangue e hemoderivados e resíduos que tenham entrado em
contato com estes;
- tecidos, membranas, órgãos, placentas, fetos, peças
anatômicas;
- animais inclusive os de experimentação e os utilizados
para estudos, carcaças, e vísceras, suspeitos de serem
portadores de doenças transmissíveis e os morto à bordo de
meios de transporte, bem como, os resíduos que tenham
entrado em contato com estes;
- objetos perfurantes ou cortantes, provenientes de
estabelecimentos prestadores de serviços de saúde;
- excreções, secreções, líquidos orgânicos procedentes de
pacientes, bem como os resíduos contaminados por estes;
- resíduos de sanitários de pacientes;
- resíduos advindos de área de isolamento;
- materiais descartáveis que tenham entrado em contato com
paciente;
- lodo de estação de tratamento de esgoto (ETE) de
estabelecimento de saúde; e
- resíduos provenientes de áreas endêmicas ou epidêmicas
definidas pela autoridade de saúde competente.
Resíduos Grupo B
Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio
ambiente devido as suas características física, químicas e
físico-químicas:
1 - DADOS GERAIS
Estabelecimento:.............................................................................................................................
CNPJ.: ....................................................................................... PA: .............................................
Representante Legal: .....................................................................................................................
2 - DADOS DO FARMACÊUTICO
Nome:.............................................................................................. CRF:............... PA: ................
GRADUAÇÃO
FARMÁCIA ( ) F.BIOQUÍMICA ( ) F.INDUSTRIAL ( )
Instituição: .........................................................................................................................................................
Disciplina de Farmacotécnica Homeopática: ( ) Não ( ) Sim – Carga Horária: .................
ESTÁGIO
Farmácia: .........................................................................................................................................................
Diretor Técnico: ..............................................................................................................................
Carga Horária: ............................................
ESPECIALIZAÇÃO
Área de concentração: ...................................................................................................................
Instituição: ........................................................................................... Conclusão: .......................
MESTRADO ( ) DOUTORADO ( )
Área de concentração: ..................................................................................................................
Instituição: ........................................................................................... Conclusão: ......................
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL COM MANIPULAÇÃO:
( ) Alopatia ..................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................
( ) Homeopatia ............................................................................................................................
.........................................................................................................................................................
OBS: .........................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................
4 - ATIVIDADES DA FARMÁCIA
4.1 Manipulação 4.2 Revenda
( ) Homeopáticos ( ) Homeopáticos ( ) Aromaterapia
( ) Alopáticos ( ) Alopáticos ( ) Linha Diet
( ) Fitoterápicos ( ) Fitoterápicos ( ) Livros Técnicos
( ) Florais ( ) Florais
( ) Dermatológicos ( ) Ortomolecular
( ) Cosméticos ( ) Produtos Naturais
( ) Ortomolecular ( ) Alimentos Integrais
Quais? .........................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................
Nós,................................................................................................, CPF........................................ e,
.............................................................................., inscrito sob o CRF número..................., respectivamente, representante
legal e diretor(a) técnico(a) do estabelecimento .........................
.........................................................................................................., CNPJ ................................., com sede no endereço
...................................................................................................................
.........................................................................................................................................................
DECLARAMOS, a fim de comprovar as exigências da Lei 5.991/73 e da Resolução 440/05 do Conselho Federal de
Farmácia, que:
Temos ciência que a declaração falsa no presente documento ou o não cumprimento de seus termos implicará na
tomada de providências por parte do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, seja pela adoção de
medidas de sua competência, dentre elas a instauração de procedimento disciplinar e a retenção da Certidão de
Regularidade ou seu cancelamento, como também a comunicação a outras entidades da administração para
providências além do alcance das atribuições do CRF/PR, com base no artigo 10, alínea “c” da Lei 3.820/60, sem
prejuízo de outras medidas, judiciais ou administrativas, cíveis ou criminais, ou ainda quando da constatação de
outras irregularidades por parte do serviço de fiscalização deste CRF/PR.
Curitiba, .............de...................................de................ .
Representante legal:.........................................................................................................
DECLARAMOS que o estabelecimento atende o disposto na legislação vigente, possuindo áreas específicas e segregadas
para a manipulação de alopatia e homeopatia e estamos cientes de que a tramitação do procedimento de registro do
estabelecimento e/ou ingresso do profissional somente será levada a apreciação do Plenário deste CRF/PR após o
encaminhamento de documento específico emitido pela Vigilância Sanitária Municipal comprovando que o estabelecimento
está regular, ou seja, possui estrutura física adequada para manipulação de alopatia e homeopatia.
Curitiba, .............de...................................de.................. .
Primeiro Declarante:..............................................................................................
assinatura do socio-gerente
Segundo Declarante:..............................................................................................
assinatura do(a) diretor(a) técnico(a)
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº GOMES MJVM, REIS AMM. Ciências Farmacêuticas:
261, de 16/09/94. Dispõe sobre responsabilidade técnica. uma abordagem em Farmácia Hospitalar. São Paulo:
DOU de 17/10/1994; Atheneu, 2000;
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº Considerando a necessidade de criar mecanismos para
288, de 21/03/96. Dispõe sobre a competência legal para o melhorar a qualidade da assistência farmacêutica prestada
exercício da manipulação de drogas antineoplasicas pelo aos pacientes, promovendo o uso racional de
farmacêutico. DOU de 17/5/1996; medicamentos, germicidas de uso em hospitais e produtos
para a saúde;
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº
292, de 24/05/96. Ratifica a competência legal para o Considerando a função do farmacêutico na farmácia de
exercício da atividade de nutrição parenteral e enteral, pelo hospital na redução do grau de morbidade e mortalidade
farmacêutico. Dou de 21/6/1996; em relação a erros na dispensação de medicamentos, no
índice de intoxicação pelo uso incorreto de fármacos e,
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº ainda, a necessidade de identificar e comunicar a
300, de 30/01/97. Regulamenta o exercício profissional em ocorrência de efeitos adversos decorrentes de seu uso;
farmácia e unidade hospitalar, clínicas e casa de saúde de
natureza pública ou privada. DOU de 30/1/1997; Considerando a necessidade de emissão de Parecer pela
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº Comissão Técnica de Farmácia Hospitalar do CRF-PR
417, de 29/09/04. Aprova o Código de Ética Farmacêutica. sobre a necessidade da assistência farmacêutica pelo
DOU de 17/11/2004; farmacêutico habilitado em todas as atividades
desenvolvidas no campo da Farmácia Hospitalar;
BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução nº
1552 de 23/08/99. A prescrição de antibióticos nas Considerando a necessidade de regular o horário de
unidades hospitalares obedecerá às normas emanadas da assistência técnica em estabelecimentos farmacêuticos de
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). hospitais de acordo com a exigência, porte, atividades,
DOU de 17/9/1999; especialidades desenvolvidas pelo hospital e profissionais
disponíveis e habilitados para as funções de internação, em
BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde do número suficiente para o exercício das atividades
Paraná. Resolução SESA/PR nº 321 de 14/06/04. Implanta farmacêuticas.
e torna obrigatória a utilização do Roteiro de Inspeção para
Liberação da licença sanitária aos Estabelecimentos DELIBERA:
Hospitalares;
Art. 1º - Para efeito desta Deliberação são adotados os
BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Paraná. seguintes conceitos:
Deliberação nº 411/95. Dispõe sobre o preenchimento do
questionário descritivo sobre a Instituição e a Farmácia a) Empresa - pessoa física ou jurídica, de direito público ou
Hospitalar; privado, que exerça como atividade principal ou
subsidiária o comércio, venda, fornecimento e
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Básico para a distribuição de drogas, medicamentos, insumos
Farmácia Hospitalar. Brasília: Coordenação de Controle de farmacêuticos e correlatos, equiparando-se à mesma,
Infecção Hospitalar. Departamento de Promoção e para os efeitos da lei nº 5.991/73, as unidades dos órgãos
Assistência à Saúde, Secretaria de assistência à Saúde; da administração direta ou indireta, federal, estadual, do
1994; Distrito Federal, dos Municípios e entidades paraestatais,
incumbidas de serviços correspondentes;
Revisada em 26.07.11 566
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência
b) Estabelecimento de saúde - nome genérico dado a Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos,
qualquer local ou ambiente físico destinado à prestação comportamentos, habilidades, compromissos e co-
de assistência sanitária à população em regime de responsabilidades na prevenção de doenças, promoção
internação e/ou não internação, qualquer que seja o nível e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de
de categorização; saúde. É a interação direta do farmacêutico com o
usuário, visando uma terapêutica racional e a obtenção
c) Farmácia Hospitalar - é uma unidade clínica, de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a
administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, melhoria da qualidade de vida. Esta interação também
ligada hierarquicamente à direção do hospital e deve envolver as concepções dos seus sujeitos,
integrada funcionalmente com as demais unidades de respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais,
assistência ao paciente; sob a ótica da integralidade das ações de saúde;
Art. 3º - O estabelecimento de saúde que funcionar VIII - Estabelecimentos hospitalares que possuam
ininterruptamente deverá possuir farmácia hospitalar com procedimentos de alta complexidade e/ou criticidade, com
responsabilidade e assistência técnica de farmacêutico, 71 a 150 leitos ativos deverão manter a assistência
com carga horária mínima, de acordo com o número de farmacêutica por no mínimo 12 horas diárias ininterruptas,
leitos ativos e a complexidade e/ou criticidade dos compreendida entre as 6 às 19 horas;
serviços:
Revisada em 26.07.11 568
IX - Estabelecimentos hospitalares que possuam Art. 5º - A Comissão de Farmácia Hospitalar do Conselho
procedimentos de alta complexidade e/ou criticidade e com Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) expedirá
pronto socorro, com 71 a 150 leitos ativos, deverão manter Parecer em todo registro de empresa ou estabelecimento
a assistência farmacêutica por no mínimo 16 horas diárias hospitalar e similar, ingresso de responsável técnico e
ininterruptas, compreendida entre as 6 às 23 horas; alteração de horário de assistência técnica, para apreciação
do plenário do CRF-PR, para os casos omissos.
X - Estabelecimentos hospitalares que não
possuam procedimentos de alta complexidade e/ou Art. 6º - A Comissão de Farmácia Hospitalar do CRF-PR
criticidade, com mais de 150 leitos ativos deverão manter a poderá solicitar emissão de certificado de regularidade a
assistência farmacêutica por no mínimo 12 horas diárias título precário quando julgar necessário.
ininterruptas, compreendida entre as 6 às 19 horas;
Art. 7º - Para efeito desta deliberação consideram-se como
XI - Estabelecimentos hospitalares que possuam atividades de assistência farmacêutica as previstas na
procedimentos de alta complexidade e/ou criticidade, com Resolução nº 300/97 do Conselho Federal de Farmácia
mais de 150 leitos ativos deverão manter a assistência (CFF).
farmacêutica por no mínimo 16 horas diárias ininterruptas,
compreendida entre as 6 às 23 horas; Art. 8º - Será afixado no estabelecimento o Certificado de
Regularidade Técnica emitido pelo CRF-PR, em local
XII - Estabelecimentos hospitalares que possuam visível, indicando horário de funcionamento da farmácia
procedimentos de alta complexidade e/ou criticidade e com hospitalar, nome e o horário de assistência de cada
pronto socorro, com mais de 150 leitos ativos, deverão farmacêutico em relação a direção, responsabilidade e
manter a assistência farmacêutica por 24 horas diárias. assistência técnica.