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"A minha preocupação não está em ser coerente com as minhas afirmações

anteriores sobre determinado problema, mas em ser coerente com a verdade."


Mahatma Gandhi

U m novo ano começa e a esperança de um novo


tempo invade nossos corações e mentes! A
entrada do Ano Novo nos remete à reflexão, a
Leon Szklarowsky; neste mês, em que se completam 60 anos
do assassinato de Mahatma Gandhi, a coluna Os Grandes
Iluminados faz uma merecida homenagem a esse Mestre de
reavaliarmos nossas metas, sempre na expectativa de Sabedoria.
progredirmos e evoluirmos, pois ambas as correntes Embora seja para alguns um tema polêmico, de autoria
devem caminhar juntas. do insigne escritor maçônico Joaquim Gervásio de Figueiredo,
Em meio à troca de presentes, aos abraços e as abrimos um espaço na coluna Ritos Maçônicos para a matéria
rabanadas, ficaram, para trás, as comemorações “Maçonaria Feminina”, e pretendemos, com isso, abrir um
natalinas. O comércio, que registrou recordes de grande debate entre nossos leitores, a fim de tentarmos
vendas, nos faz pensar onde está a crise. Por falar no entender o porquê de a mulher não poder participar da
consumo excessivo de final de ano, nos faz pensar, Maçonaria.
também, onde está a razão do Natal. Comemora-se o Gostaria de destacar a matéria “Templo de Salomão,
nascimento do Mestre Jesus com mesa farta, presentes e Ideais e Compromissos”, de autoria de um querido Irmão,
roupas novas, em um feroz consumismo, enquanto seu pelo qual tenho grande apreço, o Poderoso Irmão Antônio do
real significado é o renascimento interno, através dos Carmo Ferreira, Eminente Grão-Mestre do GOIPE e Presidente
excelsos ensinamentos pregados por esse Avatara, que da ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, cujo
se doou em sacrifício, e não me canso de repetir, em registro nossa Revista tem a honra de possuir.
Sacro-Ofício, para que a humanidade pudesse ascender Corroborando com a essência de nosso Editorial,
em estado de consciência, e não em status convido a todos a uma leitura meditativa na coluna
social, material, etc. Reflexões, através da bela matéria “Sobre Xícaras,
Pobre e cega humanidade, que Cafés e Pessoas”, lamentavelmente, para mim, de
se aferra à própria vaidade e ao falso autor ignoto.
brilho do que é efêmero! Nossa Revista, a cada edição, vem
Permitimo-nos aproveitar a desbravando fronteiras e chegando às mais
virada do ano, para sugerirmos aos distantes partes do Brasil e a vários países. Seja o
nossos leitores uma profunda reflexão dos mais distante Oriente, em que a cultura maçônica
reais valores da vida e começarmos um encontre “eco”, teremos o imenso prazer de lá estar.
novo ano sem os grilhões da materialidade, Relatos de nossos leitores afirmam que
ou, pelo menos, predispondo-nos a retirá- as matérias publicadas, de autoria de nossos
los. prestimosos Irmãos Colaboradores, têm se
A Revista Arte Real, aproveitando a transformado em valiosas Peças de
entrada de 2009 e, “coincidentemente”, o final Arquiteturas, enriquecendo e enaltecendo o estudo e a
de um ciclo de 22 edições, à guisa dos 22 Arcanos pesquisa em suas Lojas, o que é muito gratificante e nos dá a
do Tarô, das 22 letras do sagrado alfabeto hebraico, certeza de que estamos no caminho certo.
reveste-se de nova cara, de nova diagramação e de um Temos recebido muitas solicitações de cadastramento
conteúdo, cada vez, mais interessante, o que a fez cair de e-mail em nossa listagem, para recebimento direto, o que
nas graças de seus seletos, exigentes e participativos nos fez chegar a 2009 ultrapassando o expressivo número de
leitores. Muitos deles tendo participação direta com o 12.000, obrigando-nos a aquisição de software específico para o
grande sucesso e rápida ascensão de nossa Revista. envio de nossa Revista. Vários sites maçônicos já a
Sua nova roupagem, jamais deverá afastá-la de disponibilizam para download, além de várias listas de
seu objetivo maior, a transmissão da cultura maçônica discussão maçônica que a distribuem entre seus membros.
como instrumento transformador do Maçom, retirando- Quem assim desejar disponibilizá-la, basta fazer contato, que
lhe as vendas da ignorância, fazendo luz nos assuntos teremos prazer em atender.
mais transcendentes e necessários, que lhe servirão Aguardamos as sempre valorosas considerações,
como ferramentas precisas para autotransformação e, críticas e sugestões de nossos leitores, a fim de nos ajudar a
conseqüentemente, da sociedade, pois essa é a missão produzir, cada vez melhor, a Revista que trata a cultura
de um Obreiro da Arte Real. maçônica com a seriedade que merece.
Nesta edição, na coluna Destaques, saudamos o Esse ano, que se inicia, com certeza, será de muitas
alvorecer de um novo ano e de, oxalá, uma nova era, conquistas, isto, porque nos queremos. Que se cumpra!?
com a matéria “Ano 2009 da Era Vulgar”, de autoria de
a b
Capa – Inaugurando Um Novo Ciclo.......................Capa Ritos Maçônicos – Maçonaria Feminina.....................................9
Editorial.................................................................................2 Trabalhos – A Pronúncia do Nome Jeová......................................10
Destaque -.Ano de 2009 da E∴V∴– Feliz Ano Novo......3 - Templo de Salomão, Ideais e Compromissos.......12
- Os Arcanos do Taro e a Tradição Oculta.......4 Lançamentos – Livros....................................................................13
Informe Cultural – Sejamos Solidários!................................6 Boas Dicas – E-book/Indicação de Livros / Edições Anteriores.....13
Os Grandes Iniciados – Mahatma Gandhi.....................6 Reflexões – Sobre Xícaras, Cafés e Pessoas...............................14

Ano de 2009 da E∴V∴ – Feliz Ano Novo


Leon Frejda Szklarowsky

N em todos os seres humanos comemoram, na


mesma época, o raiar de um novo ano, variando
este no espaço e no tempo. Muitas e muitas civilizações se
orgulhar do que lhe deixaremos (violência incontida, tortura,
guerras, miséria, fome, inversão de valores, crimes contra a natureza,
impunidade, corrupção desenfreada e leis iníquas). Nem nos
perderam, embora tenham deixado gravados resquícios de apetecem o Estado onipotente e onipresente previsto por George
sua cultura e o calendário, como ancoradouro, para atender Orwell e a sociedade, também, prevista por Monteiro Lobato, no
às necessidades da vida religiosa e civil, demarcando o primeiro quarto do Século XX, apesar das boas coisas realizadas e
tempo em dia, mês e ano. Outros povos mantêm, ainda, das conquistas científicas, que poderiam propiciar à sociedade
calendários próprios, como os cristãos, os chineses, os humana o tão sonhado bem-estar.
muçulmanos e os judeus. Atualmente, o calendário Paradoxalmente, apenas, uma pequena parcela dela
gregoriano é universalmente aceito nas relações entre os desfruta, mercê da insanidade e torpeza da "pequena humanidade".
homens, conquanto guardem esses povos suas próprias Credite-se, porém, que a "grande humanidade" silenciosa e boa
tradições e datas religiosas. existe, apesar de tudo e por isso mesmo. Com certeza, quando
Há de se lembrar que alguns sábios e estudiosos dos houver o equilíbrio absoluto entre as duas realidades, ser-nos-á
Livros Sagrados têm feito profundos revelado o mistério da vida. O ser humano
estudos e pesquisas sobre a idade do não está no planeta Terra, em vão. Sua
universo, que, na verdade, tem passagem por esse mundo tem um
bilhões de anos, o que não contradiz, significado muito grande, pois o homem,
absolutamente, as Escrituras sem dúvida, representa a criação maior do
Sagradas, um marco de fundamental Altíssimo e tem uma missão a cumprir!
importância na história humana, Prossegue sua jornada em busca da
coincidindo com os ensinamentos da perfeição e do aprimoramento espiritual,
ciência moderna. Admitem esses visando à construção de um mundo melhor
estudiosos que os ciclos sabáticos para todos e para seus descendentes, sem
tenham existido antes de Adão. embargo de as gerações anteriores nos terem
Assim, devem-se levar em conta os legado uma sociedade apodrecida,
anos divinos, e não terrestres. Um dia divino dura mil anos desarticulada e feroz. Enquanto houver seres humanos na Terra,
terrestres, e um ano divino equivale a 365.250 anos terrestres, haverá sempre uma chance de convivência, a alegria de viver e a
chegando-se, dessa forma, a 15.340.500.000 anos de idade, esperança, porque os valores maiores são eternos e jamais serão
exatamente, quando, segundo os cientistas, ocorreu o Big olvidados.
Bang, há aproximadamente 15 bilhões de anos. A presença do homem na Terra e, quiçá, em outros planetas
Não obstante, o ser humano, apesar das imensas e e astros, não parece ser por acaso nem em vão.
revolucionárias conquistas técnicas e científicas, não evoluiu Não importa a religião que professe ou até que não a
o bastante, para atingir a suprema verdade e a professe, sem dúvida, o homem deverá palmilhar o verdadeiro
espiritualidade que lhe revelariam o mistério da vida. caminho para a união fraterna e aperfeiçoamento moral, preparando
Rememorem-se a bíblica Sodoma e Gomorra, as catástrofes, o mundo material e espiritual para grandes acontecimentos.
as guerras infindas, a violência, a decadência da moral e dos Que 2009 seja o prenúncio do encontro do homem com o
costumes, a corrupção, o desamor, o clamor dos miseráveis e Altíssimo. ?
dos desprotegidos! Dir-se-á que nos aproximamos do fim de *O autor é membro da A∴R∴L∴S∴ Abrigo do Cedro nº 8,
um ciclo ou de uma civilização. Tampouco, podemo-nos G∴L∴D∴F∴.
a b
Os Arcanos do Tarô e a Tradição Oculta
Francisco Feitosa

H á uma frase que


carrego comigo e que
muito utilizamos em auxílio à
educação de nossa filha mais
nova: um dos segredos da vida é
estar sempre atento a tudo e a
todos!
Já tivemos a oportunidade
de publicar a matéria, “O Tabuleiro
de Xadrez e o Jogo da Vida”, na
edição nº 17, sobre o Simbolismo
Esotérico do Jogo de Xadrez,
mostrando sua estreita relação com
diversos aspectos dos
Ensinamentos Iniciáticos, Vários deles ensinaram meios para que os Adeptos, que visaram à instrução da
abordando o tema em uma direta homens pudessem alcançar esse equilíbrio. sociedade da época por meio de Escolas
relação de suas peças, movimentos Dentre Eles, cada um “escolheu” um Iniciáticas, as quais, ainda hoje, perduram.
e objetivos com os Mistérios que estado de consciência, um “Raio Assim, para ocultar as Verdades
envolvem a ascensão espiritual. Planetário”, traduzindo para a Sagradas, criaram eles um livro composto
Percebemos que, em alguns humanidade seus ensinamentos, os quais, de várias lâminas ou figuras, que as
jogos, seja através do Simbolismo, em linguagem simbólica, seriam encerram de uma maneira sintética.
da Numerologia, etc., ocultam-se, à incompreendidos pela grosseira mente (“Segundo uma tradição muito antiga, diz-
visão profana, muitos humana, em sua maioria. Assim sendo, se que Thot – uma das divindades egípcias
ensinamentos que vistos com olhos dentro das sete chaves do conhecimento e - na sua passagem pela Terra, ensinou aos
de ver, ou seja, pelas lentes de um dos ramos da ciência, bem como suas antigos moradores do Nilo a arte de
verdadeiro Iniciado, podem revelar subdivisões, temos seres como Yeseus escrever, a maneira de dividir o tempo,
profundos conhecimentos, Krishna e o Príncipe Sidharta Gautama (o averiguar enigmas cifrados nas medidas e,
sabiamente, inseridos no cotidiano Buda) no Oriente, Jeoshua Ben Pandira após haver declarado de viva voz o
popular, a fim de despertar a (Jesus, o Cristo), Conde Saint Germain, mistério da vida e da morte, legou-lhes um
Centelha Divina, que habita em Helena Petrovna Blavatsky (HPB), livro, no qual se encontrava “a chave” que
cada um de nós. Ludwing van Beethoven, Wagner, Bach, no abria os Portais do Conhecimento e de
Esta edição, de nº 23, inicia Ocidente, inclusive Henrique José de tudo mais.
uma nova fase da Revista, após uma Souza (JHS), no Brasil, etc. Embora muitos Esse conjunto de Símbolos foi,
trajetória de 22 edições, por isso uma Deles não sejam conhecidos pela grande originalmente, engendrado pelos sábios
nova cara, nova diagramação, etc., maioria da humanidade, sendo-O, apenas, atlantes como a forma concreta de uma
embora mantendo o mesmo padrão por aqueles que se dedicam aos estudos linguagem profundamente abstrata, capaz
de qualidade de seu conteúdo. dos Mistérios Celestes, Ocultismo, de atravessar a interminável sucessão de
Numerologicamente, além de 22 ser Teosofia, ou outro nome que lhe queiram gerações, civilizações e experiências
um número Mestre, nos estudos da dar. Seus ensinamentos, no entanto, humanas, sem se desatualizar, nem se
Ciência Iniciática das Idades, está permanecem vivos e infiltrados no Seio da deturpar, assimilando as adequadas
relacionado aos 22 Arcanos Maiores, Humanidade através de seus discípulos e renovações a cada ciclo evolutivo.
tema, que vem presentear nossos simpatizantes, à parte, vínculos com Decodificado por Hermes, formou um livro
leitores através de um profundo quaisquer Instituições ou Ordens composto, apenas, por figuras, sendo, mais
trabalho de pesquisa e compilação Iniciáticas, determinadas a propagar Seus tarde, acrescentado nomes a essas figuras.
em diversos estudos da Eubiose. Legados através dos tempos, sempre O Livro de Thot, como ficou
renovados pelos Ciclos. conhecido, estava integrado por 78 lâminas
“Trabalhar pela
No antigo Egito, havia um Ser com de ouro, em cujas figurações esmaltara o
Humanidade é a única forma de
a denominação de Hermés, o Trismegisto autor diversos signos, letras e números,
servir à Divindade”. Por isso, ao
(o Três Vezes Grande), o qual legou àquela ordenados de tal maneira, que cada lâmina
longo dos tempos, vários Avataras,
civilização um enorme cabedal de ocupava determinado plano, e permitindo
Adeptos, Seres Iluminados vêm
conhecimento, traduzido em livros e em que na série de 78 lâminas estivessem
cumprindo sua Missão na Terra em
outras escrituras. Ao que parece Hermés presentes todos os símbolos, letras e
prol dessa mesma Humanidade.
não foi um único Ser, mas uma corte de números que os egípcios conheciam
curingas. No século passado, um grupo de filósofos, tendo à frente
o Dr. Papus, o sábio Estanislau Guayta, Ste. Yves D’Alvedre e
outros, procuraram restituir, tanto quanto possível, às suas formas
primitivas, essas famosas lâminas, por guardarem e serem
portadoras de um significado, no mínimo, muito interessante,
parte que fazem da linguagem dos Símbolos, da linguagem
hieroglífica, não, porém, no sentido da linguagem sacerdotal, mas
sim de uma linguagem que deu origem a todas as tradições, que se
consubstanciam naquilo que nós denominamos de Mosaico. Os
antigos egípcios expressavam as suas idéias a respeito da
Cosmogênese e da Antropogênese nessas línguas, ou nessas
lâminas, como que em procura de ideogramas simbolizadores dos
seus conhecimentos a respeito da formação dos Universos, da
origem dos homens, das Leis que regem os seres em todos os
planos da existência.
Em determinada fase da antiga iniciação egípcia, o
hierofante conduzia o postulante à iniciação a um grande salão,
possuidor de doze colunas de cada lado. Entre elas, havia as vinte e
duas lâminas dos Arcanos Maiores, sendo onze em cada lado, entre
as colunas, deixando o neófito com, apenas, um pedaço de pão, um
na época. Os ensinamentos contidos em tal obra foram pouco de água e um candeeiro, que passava toda noite meditando
divulgados muitos anos mais tarde, entre a casta sacerdotal, e refletindo sobre seu significado, uma lâmina por noite, sendo
dizendo-se, a respeito, que, ao se retirarem os israelitas do argüido sobre o que entendeu com os primeiros raios de sol. Abro,
Egito, Moisés levou consigo parte dessas lâminas. aqui, um breve parêntese para chamar atenção para outro assunto:
Relacionando, então, parte das primeiras 22 com as 22 letras o termo “Entre Colunas”, em nossa Ordem, diante do exposto,
do alfabeto hebraico, converteu-as nos ARCANOS toma outra roupagem, no sentido de ascensão, de adquirir
MAIORES, que explicam, graficamente, o sentido dessas conhecimento, até porque essa posição, no eixo do Templo, assim
letras e facilitam a sua aplicação prática, inclusive, o conhecida, está ligada ao nosso Chacra Raiz. Mas isso já é outro
descobrimento de múltiplas incógnitas, sendo que, em assunto. Voltemos ao tema!
muitas delas, os 22 Arcanos Maiores são assistidos pelos 56 Em tais condições, não há que admirar que, pelo fato de o
Menores. Esse saber arcano tem a virtude de atualizar, em Papa Clemente XIV ter encontrado, na Biblioteca do Vaticano,
nós, outras determinadas faculdades primárias, prestando- alguns manuscritos hebraicos, atribuindo-os a Simão Ben Jokay,
se a interpretar e fazer encarregasse o Abade Lany de decifrá-los, tendo em vista ser ele
inteligível o saber expresso acerca de determinado tema. profundo conhecedor dessa linguagem antiga. Os aludidos
Os hierofantes egípcios e gregos, do Rito de Elêusis, manuscritos das famosas Lâminas de “Thot-Hermés”, deram
já haviam recebido esse instrumental da enorme série de então, oportunidades de pesquisas maravilhosas das velhas
Escolas Iniciáticas, que, desde os tempos atlantes, vinham tradições egípcias, tendo sido usadas como uma ciência divinatória
preservando-o e o transmitindo de geração em geração. (note-se que a palavra “divinatória” difere de sua aparentada
Dessa forma, seu emprego ultrapassa os limites do “adivinhatória”, pois, em verdade, a primeira refere-se aos estudos
antigo Egito, para iniciar sua trajetória ao longo do ligados ao Espírito, algo dito divino, por isso, superior,
Itinerário da Mônada Humana. Na Idade Média, esse encaminhando ao descobrimento dos laços existentes entre o
conjunto de Símbolos ganhou o nome de “Tarô, palavra de mundo sutil e o mundo visível).
origem céltica, pois os druidas, também, os conheceram. Interessante que tal palavra TARÔ nos vocábulos ou na
Coube aos ciganos, naturais da Boêmia e Morávia, região linguagem semítica, usando o processo da "temura", consiste na
da Europa Central, não sendo de duvidar que os ciganos, permutação de letras, endereça-nos à palavra TORAH, a que os
oriundos do baixo Egito, tivessem o papel de vulgarizá-lo, Rabinos denominam de Lei...
no fim da época medieval.
A origem do Tarô dos Boêmios pode ser relatada a
partir dos meados da Idade Média, ocasião, em que
apareceu na Europa, trazido que foi pelos boêmios certo
número de lâminas estranhas, das quais surgiram mais
tarde as famosas cartas, que usamos para jogar, com seus
quatro naipes. Diz a Tradição que o baralho foi introduzido
na Europa no século XIII, simultaneamente, no caminho de
Santiago de Compostela e em Veneza. Ciganos aparecem
entre os romeiros, que se dirigiam a Santiago, e em meio da
nova aristocracia veneziana, utilizando-se de misteriosas
cartas para ler a sorte.
Cada naipe possui 14 valores e, assim sendo, nos
endereça aos 56 Arcanos Menores, incluindo os quatro
Assim, refletindo sobre o tema, observamos “adivinhatórias” do Tarô e com as cartas do jogo do baralho,
como a Divindade se utiliza de artifícios para perpetuar agora, livres das vendas da ignorância, que, antes cobriam-nos
os ensinamentos da Tradição Oculta, a fim de auxiliar a olhos, estaremos aptos para entender que tudo, em nossa volta,
humanidade em sua infinita caminhada evolucional. merece ser visto com “olhos de ver”, sendo um dos segredos
Após essa breve elucidação sobre o tema, ao da vida o estar sempre atento a tudo e a todos! ?
defrontarmos, novamente, com as Cartas
a b

Sejamos Solidários
Francisco Feitosa

M eus Irmãos, todo trabalho voltado para a


coletividade é nobre, principalmente,
quando não se tem interesse em se beneficiar com ele, o
cozinheira de uma Escola Pública na cidade, que, em um
trabalho altruístico, tem reunido pessoas e vem solicitando
ajuda através da mídia local, em prol dos mais necessitados.
que é raro nos dias de hoje. Dona Ana Paula, neste Natal de 2008, com a ajuda de
Nossa Revista tem o objetivo de difundir, através pessoas da região, angariou doações para a realização do Natal
desta coluna, toda Obra sócio-cultural, que Lojas de 250 crianças da pobre Comunidade de Jatobá e Jacarandá e,
Maçônicas, Instituições ou, até mesmo, pessoas como a em ato contínuo, vem trabalhando para a “Campanha Caderno
Sra. Ana Paula vêm desenvolvendo. Feliz”, a fim de facilitar a vida dessas mesmas crianças em seu
Solicitamos a quem possa ajudar, retorno escolar no ano de 2009.
principalmente, nossos Irmãos da Região Sul Mineira, a Os Irmãos que puderem engajar-se nessa bela
AACJJ – Associação dos Amigos da Cultura do bairro de empreitada, em prol das crianças daquela região, por favor,
Jatobá e Jacarandá, no Município de Pouso Alegre, Sul façam contato com a Dona Ana Paula, através do telefone (35)
de Minas – MG, fundada e sob a presidência da Sra. Ana 9941-3804. As doações poderão ser depositadas no Banco
Paula Petinato Santiago, viúva, funcionária pública, Santander, Agência 2255, Conta Corrente 01002158-1. ?
a b

Mahatma Ghandi

“A política do Ocidente morreu com Franklin Delano Roosevelt, e no Oriente, com


Mahatma Gandhi, o maior Mártir do século XX, a jóia preciosa da Velha Aryavartha.”
Professor Henrique José de Souza
Francisco Feitosa

H á exatos sessenta anos, no mês em que lamentamos o cruel assassinato do Ser


que mais praticou a não-violência, tornando-se um ícone da Paz,
abrilhantamos esta coluna com o aura desse Grande Mestre da Sabedoria - Mohandas
Karanchand Gandhi - na esperança de que a mesma envolva a todos nós e ao mundo, nos
retirando da inércia frente às cruéis Bastilhas da atualidade.
Essa matéria é uma compilação baseada no texto de Lázaro Curvêlo Chaves,
publicado no site www.culturabrasil.pro.br e no de Elias Rodrigues Barrocas - M∴
I∴ - 33º, membro da Loja de Estudos e Pesquisas Professor Henrique José de Souza e o da
Sociedade Brasileira de Eubiose.
Temos no mundo, duas grandes Tradições Esotéricas: a Ocidental e a Oriental. A
Tradição Oriental remonta às Escolas de Mistério do Antigo Egito e da Caldéia. Delas
nutriram-se várias gerações de nossos dirigentes espirituais, e nossa Tradição sempre foi
mantida secreta ou, de alguma forma, sob o controle de determinados grupos sociais,
contra outros que poderiam destruí-la intencionalmente (como os mais altos funcionários
das religiões constituídas, particularmente, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) ou por
ignorância (como todos aqueles a quem a Tradição representava complicação
exageradamente distante de sua lida cotidiana). Segundo desejam alguns, dentre os quais se
destaca
Platão, essa Tradição remonta, mais remotamente ainda, à Atlântida, cuja
existência empírica jamais foi conclusivamente comprovada ou definitivamente descartada.
A Tradição Oriental se apresenta de maneira administração britânica era representada pelo Indian Civil
distinta, principalmente, na China, no Tibete, no Japão e Service.
na Índia. Ali não parece ter ocorrido tão severa cisão Paradoxalmente, foram os ingleses que, com sua
entre a religião e a Tradição, de maneira que as próprias administração, criaram condições favoráveis para o
religiões constituídas se transformaram em importantes surgimento de um nacionalismo indiano, que acabaria por
veículos de transmissão da Tradição. Enquanto, no levar o país à independência. A descentralização política, as
Ocidente, tinham de se enfrentar perseguições as mais comunicações mais rápidas, a difusão da língua inglesa, foram
diversas à Tradição, no Oriente, por suas peculiaridades, alguns dos fatores que serviram para aproximar os diversos
essa foi intensamente difundida e popularizada. Ali a povos indianos, até então separados.
Tradição protege-se a si mesma em sua complexidade e A educação ocidental, proporcionada nas
fascina a quantos dela se aproximam. Também, segundo universidades, revelou aos intelectuais do imenso país os
alguns, aquela Tradição reverbera a de um outro princípios do Liberalismo e Nacionalismo europeus. Em 1885,
continente perdido no Oceano Pacífico: a Lemúria, de funda-se o Partido do Congresso, que marca o início da
existência tão provável ou improvável, quanto a consciência política da Índia.
Atlântida, e datação, portanto, tão complexa, A complexa Teologia Hindu reza que há um único
quanto sua similar ocidental. Deus e este se apresenta em 3 formas: Brahma, o
Embora aparente, não há divergência Criador; Shiva, o Destruidor (sempre presente
de fundo entre as Tradições do Ocidente e quando a história chega a seu final) e Vishnu, o
do Oriente, o que foi provado pelas Equilibrador (a serviço de Dharma). Quando o
descobertas sensacionais de gente do quilate caos ameaça a humanidade, Vishnu toma a
de Fritjof Capra e Joseph Campell. Mera forma humana para recompor a ordem.
questão de escolha pessoal, de afinidade Segundo o Mahabharata, Vishnu veio ao
eletiva, identificamo-nos com a Tradição mundo como Krishna, no alvorecer da
de nossa gente, de nosso povo, do civilização indiana. Para seus
mundo e da civilização em que nascemos contemporâneos, Mohandas Gandhi, que
e nos criamos. Sempre, com enorme respeito repudiava ser chamado assim, constituía a mais
pela Tradição Ocidental, e buscando preservar a recente encarnação da divindade, portanto era
forma como a nossa Tradição se encaminha há chamado de Grande Alma. Devotou a sua vida à
milênios. causa da Independência da Índia e a encaminhou
Fizemos este preâmbulo por ser política e religiosamente em perfeita harmonia
necessário pontuar o quanto com a Tradição de seu povo, daí o
Mohandas Gandhi foi movido pela Tradição de seu estrondoso sucesso obtido.
povo. Poucos seres humanos incorporaram, tão Descendente de Brahmanes, de sua infância em
profundamente, a Tradição e a alma de sua gente como Probandar, Gandhi registra, em sua autobiografia, a freqüência aos
Gandhi. Esse o principal motivo, que leva seus biógrafos locais sagrados e de prece com a mesma naturalidade do registro
a, sempre, fazerem reiteradas referências à Tradição de episódios corriqueiros e cotidianos. A religião de seus ancestrais
Oriental e, freqüentemente, converterem-se aEela, por lançava profundas raízes em seu coração. Casou-se, a exemplo de
ser mesmo fascinante. todos de sua casta e Nação naquele tempo, ao final da infância,
Se, em algum momento na história da com uma prima, também, saindo da infância, Kasturbai.
humanidade, pode dizer-se que uma Nação teve um Adulto, parte para estudar direito em Londres,
porta-voz, essa foi a Índia, e seu porta-voz consensual, formando-se em 1891 e regressando a sua terra para praticar a
na primeira metade do século XX, foi Mohandas profissão. Dois anos depois, vai, a convite, para a África do
Karanchand Gandhi – Mahatma, a “Grande Alma”. Sul, onde trabalha em uma empresa hindu e faceia as
Ficou conhecido como Mahatma Gandhi; nasceu em 02 primeiras dificuldades diante do poderoso Império Britânico,
de outubro de 1869, em Probandar, povoação costeira, na que domina as Nações do mundo no século XIX e primeiros
Província de Bombaim, costa Ocidental da Índia. lustros do XX, com o mesmo poder e descaso para outros
Quando Gandhi nasceu, em 1869, o domínio povos, com que o Império Ianque age hoje. Em 1914, regressa à
britânico atingia seu apogeu. A Companhia das Índias Índia em definitivo e dá início à sua luta pela independência
fora suprimida em 1858, e a autoridade passara da dominação britânica, que já dura quase três séculos, e, com
inteiramente para a Coroa Inglesa. Em Londres, foi igual vigor, pela Tradição de sua gente, em grande medida
instituído um Secretário de estado para a Índia, onde a contaminada e fragilizada diante da infecção capitalista.
Como líder político e não por acaso, chamado de Índico, eram meditação”.
espiritual da Índia, soube proibidos de produzir sal. O sal Admirado por aliados e
utilizar-se, engenhosamente, de utilizado no cotidiano de todas as adversários, foi chamado pelo Primeiro
toda a Tradição para reerguer o famílias tinha o fluxo, a produção e a Ministro britânico Winston Churchill de
orgulho de sua gente, abalado circulação, monopolizados pelos “faquir despido”. A questão, que marca,
pela dominação, dando muito britânicos. Gandhi ensina os hindus a é: um faquir despido, que se alimenta
que pensar àqueles que se desobedecerem a essa sandice. Do centro com uma côdea de arroz e uma terrina
consideravam “superiores” e, por da Índia, em 1930, faz saber ao Primeiro d’água por dia e se veste com uma peça
isso, dominavam. Este sempre foi Ministro britânico que se dirigiria ao de tecido, feita por ele mesmo e
e segue sendo o discurso do mar, para produzir sal, num gesto de semelhante a uma fralda, um homem
dominador: uma pretensa desobediência civil, ativa, provocativa e, com tal forma de comportamento e
“superioridade”, que, ao cabo, contudo, pacífica. Foi acompanhado de hábitos espartanos pode ser suspeito de
demonstra-se circunscrever no um pequeno grupo, e a este se foram corrupção? Alguém presumiria estar ele
campo da belicosidade e ponto agregando, cada vez mais, significativas lutando por algo diferente do que diz?
final. Gandhi centra sua luta na massas humanas. Ao fim, a história Albert Einstein o saudou como
busca de demonstrar a registra que milhares de pessoas “porta-voz da humanidade”.
superioridade moral dos hindus andaram mais de 320 Km a pé. Este Quando o armamento mais
sobre seus dominadores contingente imenso de seres humanos sofisticado está nas mãos do adversário,
britânicos, reavivando, assim, a chega à praia e começa a fazer sal. Qual que domina, a resistência pacífica,
mente de seus conterrâneos o problema? O povo da Índia vai à praia fundada na resistência e persistência
quanto a dois ensinamentos, tão banhada pelo Oceano Índico fazer sal pela Verdade, é o encaminhamento mais
antigos quanto o hinduísmo: A- para o seu consumo. O que têm os eficiente. Impossível ao hindu derrotar o
Himsa – Não-Violência - ou, britânicos a ver com isso? dominador britânico através de
como Gandhi preferia dizer, O controle do sal estava na raiz guerrilhas ou luta armada. Por outro
“Persistência pela Verdade”; do domínio de toda a economia hindu lado, utilizando a Verdade como arma,
Satiagraha – Viver em santidade. pelos britânicos. Tão logo Gandhi seu poderio é inquestionável!
Tomemos a não-violência. começa a fazer sal e a ser imitado, a Encaminhar o processo político a
Gandhi pregava a resistência dominação é colocada em xeque. Os partir de um resgate profundo do que de
pacífica (não confundir com ingleses já não controlam os indianos. mais sincero, bonito e duradouro existe
passiva; a não-violência deve ser Estes estão prestes a tomar seu destino na Tradição e na Alma de seu povo, esta
ativa e provocativa!). Não em suas próprias mãos. é uma das lições que nos deixa Mahatma
concordar em se submeter ao mal Outros fatores contribuem para a Gandhi.
e estar disposto a dar até a vida, se emancipação do povo hindu de maneira No dia 30 de janeiro de 1948,
necessário for, para provar que diferente daquela desejada por Gandhi, Gandhi se dirigia para suas orações
está do lado do que é justo, bom e que, mais de uma vez, fez um “jejum até diárias. Tudo aconteceu muito depressa.
correto. Foi assim que, de a morte”, para protestar contra a Naturam Vinaiac Godse, um hindu
demonstração maciça em dominação britânica e pedir paz a seu extremista, acionou o gatilho por três
demonstração maciça, o Império povo. Em momentos considerados vezes. Gandhi teve forças para fazer um
Britânico comprovou, muitas cruciais para a economia britânica, sinal em forma de triângulo acima da
vezes, a superioridade moral Gandhi convocava o povo a “jornadas cabeça, pronunciando: “o Deus que está
daquele povo oprimido e de jejum e meditação” – na prática, em mim saúda o Deus que está em ti.”. E
dominado. ninguém trabalhava, mas Gandhi jamais o Ser amante da paz, da filosofia da não-
A famosa “Marcha para o falava ou mesmo pensava na palavra violência teve morte brutal, alguns
Sal” foi um ponto de inflexão “greve”. A expressão apropriada, dentro meses após ter atingido seu grande
decisivo. Os Hindus, moradores da Tradição hindu, para o que se estava objetivo – a Independência da Índia. ?
da região banhada pelo Oceano, fazendo, era “Jornada de jejum e
a b
Maçonaria Feminina
Joaquim Gervásio de Figueiredo

E m sã consciência, na Maçonaria e em seus


rituais, nada existe de que a mulher não possa
participar; em sua antiga tradição, nada há que
Freemason, que aparece, é um ato do Parlamento, do ano de
1350, 25º do reinado de Eduardo I, regulamentando a profissão
de pedreiro; é minucioso, mas omisso em relação à mulher.
justifique a recusa e afastamento do elemento feminino Depois, vem o chamado "Manuscrito Régio" ou
das cerimônias e iniciações maçônicas. E a julgar pelo "Manuscrito de Halliwell", descoberto por um antiquário não-
que se observa em todas as religiões e igrejas, a maçom e, aparentemente, sacerdote católico, no Museu
admissão da cara-metade do homem nos Templos Britânico de Dnodez, escrito em 1390 e publicado no Magazine
Maçônicos, hoje, tão vazios em toda parte, só lhes Freemason, de junho de 1815, que, segundo alguns autores, era
poderia dar maior colorido e vitalidade, enriquecendo cópia de um escrito mais antigo. Trata-se de um pequeno livro
sua cultura, sua moral e sua utilidade social. em papel de vitela, um poema, com 794 versos, em inglês
Tornaria a Loja Maçônica mais completa em seu antigo; as linhas 1 a 86 tratam da antiga tradição da
significado filosófico-espiritual e mais autêntica em seu corporação, e, em seguida, divididos em duas partes, os 15
conteúdo simbólico, a ser verdadeira (como o é) a lenda pontos da lei, aumentados de 15 pontos amplificativos
maçônica de que uma Loja é o símbolo do Universo, ou denominados Plures Constitutiones. Dos versos 97 ao 794, de
o Universo em miniatura. Ora, no universo de Deus, não estrito teor legal maçônico, não se encontra nenhuma
há nenhuma distinção entre os sexos; não consignação de ser a Maçonaria privativa tão-só do
existem ali leis masculinas ou femininas; há homem. Bem, ao contrário, deparam-se ali provas
leis iguais para todos, homens e mulheres, de que a Maçonaria Operativa daquela época
anjos e humanos, vivos e mortos. Se esse tinha, no mínimo, a colaboração feminina. Com
é o exemplo que nos dá o G∴A∴D∴ efeito, em seu artigo 10º, versos 203 e 204, se
U∴, por que fazerem os homens coisa lê: “que nenhum Mestre suplante outro, senão
diferente no mundo, especialmente na que procedam entre si como irmão e irmã”. No
Loja Maçônica, reflexo desse ponto 9º, versos 351 e 352, se diz:
Universo? Portanto, sob o critério “amavelmente servindo-nos a todos, como se
filosófico, a Maçonaria se destina tanto fôssemos irmã e irmão”.
ao homem quanto à mulher, Em todo esse histórico documento,
complementos, um do outro, destinados básico para uma autêntica enumeração dos
a constituir a família como base celular de "Antigos Limites", ou Landmarks, existe só uma
uma sociedade bem organizada. proibição: “a de admitir como Aprendizes os
Se examinarmos esse assunto à luz da servos” (verso 129) e “os inválidos” (verso 154).
tradição maçônica e remontarmos sua origem aos Também, a Constituição de York (cf. YORK, Carta ou
antigos Mistérios do Egito, Grécia e Roma, sem Constituição), de 926, em seu artigo 11º, assinala a condição
esquecermos a Escola de Pitágoras, fundada em obrigatória de o candidato à Iniciação não ser servo, inválido
Crotana, em 529 a.C., calcada nesses mistérios e, depois, ou de maus costumes; nada expressa contra a iniciação da
difundida pela Grécia, ali encontraremos iniciados mulher. Igualmente nada se encontra em outros documentos
homens e mulheres, passando todos, igualmente, pelas antigos, como o "Manuscrito de Watson", datado de 1440, o
mesmas provas e cerimônias. Se, ao contrário, qual coincide bastante com o "Manuscrito Régio" e com o
preferirmos encurtar a idade da Maçonaria e situar sua "Manuscrito de Rawlison", levando o nome de quem o
origem nas Corporações Operativas da Idade Média, descobriu na Biblioteca Bodleina, de Oxford.
então, nada descobriremos expresso claramente a favor Afinal, no regulamento elaborado em Londres, em 27
dessa tese, tampouco nada depararemos contra. Essa foi de dezembro de 1663, numa Assembléia Geral, em que Henry
uma época tenebrosa para a Maçonaria, em que foi Jermin, Conde de Santo Albano, foi eleito Grão-Mestre, consta,
forçada a trabalhar em completa clandestinidade, em seu artigo 2º, que "ninguém seria admitido na Confraria que
devido às perseguições da Igreja Católica e dos governos não fosse são de corpo, de nascimento honrado, de boa reputação e
ditatoriais. Some-se a isso a sua característica de submetido às leis do país". Ainda uma vez, nenhuma referência à
sociedade secreta, que nada deixava escrito, e a do mulher. Mais recentes, ainda, são as Constituições da Grande
trabalho profissional de seus membros, de natureza Loja de Hamburgo e os Estatutos da Grande Loja e da Dieta
masculina, e tem-se a completa explicação. No entanto, o Alemã. Essas Constituições foram aceitas e aprovadas em 10
exame dos mais antigos documentos maçônicos, de Março de 1782, sendo Frederico Guilherme da Prússia o
existentes na Inglaterra, minuciosos em pormenores e Grão-Mestre e Protetor da Ordem. Elas reproduzem, com
em proibições, não nos mostra nenhuma proibição esmerada exatidão, os "Antigos Limites", sob a denominação
contra as mulheres, havendo mesmo indicações de que mais moderna de "Charges Landmarks", e nenhuma alusão
elas por ali andaram. O Primeiro Escrito com o nome de fazem à mulher ou contra a sua admissão na Maçonaria.
A primeira vez que tal proibição aparece, na longa ampliaram os horizontes da Maçonaria, transformando-a de
história da Maçonaria, é no "Livro das Constituições", Operativa em Especulativa, e pelas mesmas mãos que
compilado e publicado em 1723, por James Anderson, codificaram suas leis e princípios!
presbítero anglicano e Gd∴Vig∴da Grande Loja de O fato é que a Maçonaria continental jamais se
Londres, em seu artigo 3º, que diz, no final: "As pessoas conformou com tratamento tão esdrúxulo. Conseqüentemente,
admitidas a fazer parte de uma Loja devem ser boas, sinceras, em 1730, esboçou-se, na França, a Maçonaria de Adoção, para
livres, de idade madura; não são admitidos escravos, mulheres, as mulheres, em quatro graus. Outras Ordens surgiram depois,
pessoas imorais e escandalosas, mas, exclusivamente, as como a de Moisés, em 1738, fundada por alemães, e a dos
que gozem boa reputação." Lenhadores, em 1747, derivada dos Carbonários, na
Essa proibição foi repetida Itália. Mais associações similares vieram depois,
posteriormente no 18º Landmark, como a Ordem do Machado e a Ordem da
compilado por Mackey em sua Felicidade, na França, cujo Grande Oriente
Enciclopédia. Donde teria James tirado tal acabou criando um novo Rito em 1774,
proibição para enxertá-la em sua chamado de Adoção, com seus regulamentos
Constituição? É difícil saber-se agora. Tê- e sob o patrocínio de uma Loja Regular. Em
la-ia inspirado o Antigo Testamento, em 27 de Julho de 1786, o Conde Cagliostro
que a Lei Mosaica era tão dura e cruel com a funda, em Lyon, França, a Loja-Master
mulher (João 8:4, 5) e tão liberal com o homem Sabedoria Triunfante, do Rito da Maçonaria
(I Reis 11:3), ao cometerem o mesmo pecado? Ou Egípcia, adaptado a homens e mulheres. E,
teve de jungir-se a algum preconceito inglês daquela finalmente, as Lojas de Adoção se espalharam por toda
época, talvez, apoiado em lei, que, mesmo no século XIX a Europa e, depois, pela América do Norte; o movimento
relevava a tão difícil e dolorosa emancipação política da culminou com a fundação, em 4 de abril de 1893, pelo Dr.
mulher naquele país, como bem o atesta a luta desesperada Georges Martim e sua esposa, da Ordem Maçônica Mista
das sufragistas? Ramsay, contemporâneo dos Internacional "O Direito Humano", também, conhecida por Co-
reformadores, é dessa opinião (V.RAMSAY, Miguel André, Maçonaria Internacional, que outorga igual direito a homens e
5º). A não ser assim, é inexplicável como se veio a admitir e mulheres "livres e de bons costumes" e os admite no mesmo
criar esse óbice à mulher, justamente, na ocasião em que se nível de igualdade. ?
a b

Pronúncia do Nome Jeová


O Tetragrama do Delta
Nilton Almeida

E xiste um registro na bíblia judaico-cristã,


onde o Deus de Moisés se
materializou aos seus olhos como um
confundido como se fosse o Deus dos israelitas. Para
o judeu e seus peritos religiosos, o seu Deus
tem um nome que pode ser vertido como
fogo sobre um arbusto e disse: "eu sou Javé, Iavé, Elohím, Adhonay, Jah, e outros.
aquele que é", e, ainda, "eu sou me Em língua portuguesa, é comum
enviou até vós". Isso para uma encontrar-se o nome próprio Jeová.
mente não-treinada constitui um Aviltado pelo antropomorfismo
absurdo, pois algo que afirma que, generalizado e diante da confusão da
apenas, é tem sentido vago, impreciso, existência de miríades de deuses e santos,
e não pode ser associado com uma esbarra-se com as mais diversas linhas de
entidade de qualquer tipo. Em seu estado pensamento que defendem um número enorme de
natural, sem a devida instrução, o homem tem pouca, ou variações. Quando perguntado por Moisés, aquele deus se
nenhuma capacidade de lidar com o abstrato. Mas, por apresentou como aquele que, apenas, é. Isso tem semelhança
condicionamento mental, ele tem necessidade de, sempre, com o conceito de Grande Arquiteto do Universo, o que não
converter as informações que o rodeiam em símbolos. causa discussões vazias e tolas. Mas, para um simples operário,
Tem tendência natural de nomear tudo o que encontra ao lavrador, criador de amimais é subjetivo e abstrato. O próprio
seu redor, para tudo há necessidade de criar um símbolo. Moisés solicitou que aquele Deus declinasse o nome quando em
E o Maçom sabe muito bem o quanto os símbolos são seu primeiro encontro. Inclusive ele, dotado de grande cultura,
importantes para o processo cognitivo. Pelo dicionário, com todo o treinamento iniciático egípcio, com todo o
deus não é nome próprio, é substantivo masculino conhecimento dos segredos e da cultura metafísica evoluída dos
comum, por isso é escrito em letras minúsculas, só sacerdotes egípcios, privilégio, que a condição de adido da
utilizando maiúscula quando for nome próprio. Daí o família real proporcionou, teve como primeira reação obter um
Deus do cristão poder ser representado por: Deus, símbolo para algo, que se identificou, apenas, como aquilo que,
Criador, o Todo-Poderoso, o Pai, o Pai Eterno, o simplesmente, é. Isso facilita a dedução do porquê de o povo
Onipotente, o Altíssimo, e outros; até Jesus Cristo é judeu dar-lhe um nome. Um deus sem nome já era incômodo
por razões racionais, intuitivas e naturais, mas era agravado contrapartida, seria errado, também, negar-lhes a verdade em
sobremaneira, porque os vizinhos os tinham com nomes, e, como decorrência do rigor técnico da historicidade. Todas as alegorias e
é comum entre as religiões, aqueles, certamente, desdenhavam fábulas da origem do universo e do homem do Pentateuco são partes do
do Deus de Moisés. Mesmo com a promessa de que um que convinha à mentalidade de um povo inculto, que se satisfazia com
descendente obteria um nome para Ele, diante da realidade isso, para tentar explicar a origem do universo e de todas as coisas e
vivida nos desertos, os orgulhosos judeus exigiram que o seu criaturas. A Maçonaria usa de semelhante processo em suas instruções.
Deus tivesse um nome, também. Daí inventou-se o Tetragrama Mas aquele povo carregava, em seus genes, a necessidade de nomear
hebraico Iod, He, Vau, He, escrito da direita para a esquerda, tudo o que o rodeava, daí exigirem um nome para o seu Deus. Com
contrário ao padrão de escrita latinizado da esquerda para a seus recursos de escrita, registraram o pentagrama, que representava o
direita, e que pode ser escrito IHVH, ou IHWH, ou, ainda, JHVH. nome de seu Deus, e que só eles, os inventores, tiveram a capacidade de
Existem diversas maneiras de verter o Tetragrama do nome produzir o som correto da pronúncia dos fonemas representados.
inefável em línguas latinas, mas dão, apenas, uma noção muito A Maçonaria usa o nome Jeová ao referir-se ao Tetragrama, e
pobre de tradução escrita do nome do Deus de Israel. nenhuma argumentação justifica o abandono do uso desse nome
As consoantes no nome original, que o Deus de Israel próprio, principalmente, em resultado de não se saber o seu som
recebeu no deserto pelos seus adoradores, chegaram até nossos original, o que constitui uma insignificância, transmitida pelo próprio
dias. O problema é a inexistência de vogais no hebraico original. E Moisés, quando em seu primeiro contato com o Deus que, apenas, é.
sabe-se que as consoantes não produzem sons, antes, elas alteram Não se deve deixar de dar um nome, principalmente, se esse for o Deus
o som produzido pelas vogais. Apenas, as vogais produzem que satisfaz às necessidades metafísicas individuais. Nomear as coisas, e,
fonemas em resultado de símbolos gráficos. Fonema é som; letra principalmente, aquilo que se considera o mais sagrado, a razão de
é o sinal gráfico que representa o som. As incógnitas são quais existir, é uma necessidade física e emocional de cada um a sua maneira.
vogais a combinar com as quatro consoantes. É um problema O próprio uso freqüente, que fazem os mais diversos escritores dos
insolúvel, pois não existiam gravadores de som naquela época! livros da Bíblia, o justifica, haja vista que o Tetragrama aparece quase
As vogais eram introduzidas e usadas ao gosto de cada um. É de sete mil vezes, apenas, nas Escrituras hebraicas, ou Velho Testamento.
conhecimento geral que qualquer processo lingüístico é dinâmico Ademais, Jeová é um nome próprio, designativo de um ser,
no tempo; basta observar as gritantes diferenças existentes entre o independente do que seja ou de como é. É um nome pessoal, para uso
português falado no Brasil e em Portugal, mesmo com as rígidas do cidadão que deseja um relacionamento pessoal com essa divindade.
regras ortográficas estabelecidas em comum. Pela ausência de Reconhecendo a grave falha de retirar o nome do Incriado da Bíblia e do
pontuações vocálicas, entre os próprios judeus da época de uso coloquial, apareceram traduções novas, como A Bíblia de Jerusalém,
Moisés, já se foram estabelecendo mudanças quanto à correta que introduziu o nome Iahweh. Já é um avanço, pois tanto faz o nome,
fonação do Tetragrama. O hebraico só veio a utilizar-se de pontos que se dê: Iahweh ou Jeová são nomes próprios e em nada diminuem o
vocálicos na segunda metade do primeiro milênio da Era Cristã, valor, que seus adoradores lhe dedicam.
faz um pouco mais de um milênio. E esses pontos vocálicos A maior liberdade é a preconizada pela Maçonaria por
introduzidos não fornecem a chave, para se pronunciar o nome influência dos Iluministas. Na seara da discussão de detalhes, como dar
inefável do Deus israelita exatamente, como faziam Moisés e seus um nome para aquele que, simplesmente, é, nada se adiciona na
contemporâneos. construção que dignifique o homem e sua sã racionalidade. O Século
Acrescente-se a isso que o próprio povo judaico, por das Luzes, injustamente acusado de advento do ateísmo, é, na verdade,
excesso de zelo, estabeleceu como pecaminoso pronunciar o o início da libertação dos grilhões da pequenez humana, que discute
nome do Deus representado pelo Tetragrama. Inexistem provas detalhes da divindade, em nada melhorando as condições de vida
cabais para determinar quando, exatamente, os judeus passaram moral do cidadão, antes, foi e é causa de guerras. O que de fato interessa
a evitar a pronúncia do nome do seu Deus. Sabe-se que o excesso é obter o laboratório próprio, para efetuar saltos no conhecimento, para
de zelo dos sacerdotes foi endurecendo, cada vez mais, as rígidas propiciar eras de paz e tranqüilidade para a humanidade, no encontro
normas religiosas judaicas a tal ponto, que passaram a considerar ao desejo do desenho do Grande Geômetra. O despotismo combatido
que o nome de Deus fosse sagrado demais, para ser pronunciado pela Maçonaria não admite, em seu meio, que se perca tempo com
por ordinários e imperfeitos mortais. Todavia, ao ler as Escrituras prospecção da pronúncia correta de um deus, por isso estabeleceu, como
hebraicas, é fácil observar que os mais antigos escritores não forma de atender às necessidades metafísicas de cada adepto, o conceito
tinham o menor receio de se utilizarem do Tetragrama nos Grande Arquiteto do Universo, representando Jeová ou qualquer outro
escritos, que traduziam suas experiências metafísicas. Naquela Deus, que o iniciado maçom tenha como resultado de suas necessidades
época, o Tetragrama era usado tanto em escritos religiosos como espirituais.?
em correspondência mundana. Existem estudos, que pretendem a b
definir que o povo judaico passou a evitar proferir o nome
inefável, quando do êxodo para a Babilônia, no ano 607 antes de
Cristo, o que é falso e baseado numa tendência das Escrituras
hebraicas apresentarem o nome cada vez menos. A data mais
provável da abstenção do uso do nome é cerca do ano 270 antes
de Cristo, mas, também, não passa de especulação. Resumindo: o
nome passou a não ser usado por simples fanatismo.
Na introdução ao Pentateuco da Bíblia de Jerusalém, os
autores afirmam que seria um absurdo exigir das tradições de um
povo o que lhe propiciava sentimento de unidade e a base de sua
fé, a precisão exigida por um historiador moderno. Em
Templo de Salomão, Ideais & Compromissos
Antônio do Carmo Ferreira

V ejo, com admiração, o esforço de muitos Maçons, no


sentido de mostrarem que a Maçonaria tem tudo a
ver com o Templo de Salomão! A história chega a ser farta de
menções a esse respeito. Numas passagens dessa história, até
que existe relação, enquanto, noutras, melhor seria sequer
insinuar. Por exemplo: no que se refere à participação nos
trabalhos de construção da obra, os Maçons não estavam lá, não
é porque não quisessem ou não tivessem sido chamados. Não,
não foi isso. O motivo é outro. É que nos tempos da construção
do Templo, ainda não havia a Instituição Maçônica. Vale a
intenção, mas só isso. Pois seria chique e nobre a participação,
caso, todavia, ela tivesse acontecido.
A construção do Templo de Salomão era um
atendimento ao desejo do Grande Arquiteto do Universo, se a Deus que lhe dê inteligência e sabedoria para governar o seu
revelado por Davi no Capítulo 28, versículos 6 e 10 das I povo, como parte do saber destinado ao Rei Salomão (II Cron. 1, 12).
Crônicas (Velho Testamento). E essa meta foi perseguida. Era O homem ingressa na Maçonaria para, em seu seio, aprender
preciso construir aquela Casa Sagrada, para o encontro das a ser justo, solidário, e, assim, trabalhar para tornar feliz a
criaturas com o Criador. A construção se desenvolveu, também, humanidade. Quer dizer, o homem se inicia para obter a
com esse objetivo. O Templo foi erigido no Monte Moriá, com a oportunidade de se instruir na prática da virtude. E vai à Loja
magnitude e o esplendor a que a Bíblia se reporta, embora haja buscando isto. Submeter sua vontade e vencer as paixões, qualidades,
quem discorde da mencionada suntuosidade, conforme que alcançadas, diagnosticam o estado de progresso a que chegou o
apreciação de Ambrósio Peters em artigo publicado na edição nº Maçom.
137 da revista maçônica O PRUMO. É preciso respeitar os compromissos e se envolver com a
No ano 586 a.C., aquele Templo foi destruído pelos colimação dos ideais da Ordem. O Maçom não estava na construção
guerreiros de Nabucodonosor. Porém, como os sonhos ninguém do Templo de Jerusalém, o de “pedra e cal”, mas essa ausência não o
“deleta”, continuaram de pé. Assim é que, em 520 a.C., outro desobriga em nada. Ao contrário, mais exige o seu papel nas
Templo, no mesmo local que o anterior, estava construído, reconstruções. Continua de pé a convocação, para amar a Deus e ao
passando à história, vinculado ao nome de Zorobabel. Dezenove próximo, cuja prática se auspiciava para aquele local. Construir um
anos antes da era cristã, Herodes mandou demolir esse segundo quarto Templo de Salomão, em Jerusalém, não está no roteiro da
Templo, e, ali mesmo, fez construir um terceiro – o Templo de civilização. Mas fazer do corpo uma morada divina está ao nosso
Jerusalém, em que Jesus, aos doze anos, encontrou-se com os alcance e em nossas obrigações. Teremos que nos esforçar para que o
doutores (Luc. 2, 46), e, tempos depois, expulsou, de sua porta, os objetivo seja alcançado. Transformar o coração em Morada do Senhor
vendilhões (Mat. 21, 12; Is. 56, 7 e Jer. 7, 11.). No ano 70 d.C., o deverá ser sonho, e, ao mesmo tempo, realização de cada Maçom,
comandante Tito mandou que suas legiões destruíssem o Templo inclusive, porque isso é decreto do Novo Testamento (I Cor. 3, 16).
de Jerusalém. As pedras e os tijolos foram demolidos e Escreveu Michel Montaigne, em seu admirável livro dos
desarrumados, mas os ideais não se destroem. São compromissos Ensaios, que “a utilidade da vida não está na duração e sim no
que a honra cobra. Ainda estarão eles vivos perante o Grande emprego que se lhe é dado”. Útil, pois, é a vida para a qual foi traçado
Arquiteto do Universo? um roteiro, naturalmente, que voltado para o bem, e esse foi seguido
Para aquela civilização, a vida só teria glória, honrando- com determinação e perseverança.
se os sonhos e respeitando-se os compromissos. João chegou a Pensar no Templo de Jerusalém é importante. Não só por sua
escrever, em Apocalipse, sobre a fidelidade aos juramentos. Ele história, mas pelo significado de ser Casa de Deus, por cuja construção
lembra o estabelecimento de um valioso prêmio, para os que uma, duas, três vezes aquela civilização lutou, morreu e viveu.
fossem fiéis aos sonhos. Mas só para os que chegassem a ser Legando esse denso Simbolismo à posteridade, de que não precisa, em
fiéis até o último instante. Reza essa cláusula de fidelidade: “Sê nossos dias, buscar-se a construção de paredes, portas e telhas, mas a
fiel até o fim e ganharás o prêmio da vida” (Apoc. 2, 10.). edificação, em cada ser, de um Templo para Deus, ainda mais
Melhor que isso não há. Mas só para os que forem fiéis até o fim. majestoso que o de Salomão, Zorobabel e Herodes, em Jerusalém. Que
Conforme disse no caput deste artigo, a Maçonaria não seja isso, para todos, como é para o Maçom, um sonho e, ao mesmo
estava na construção do Templo de Jerusalém, em nenhum dos
tempo, inarredável compromisso com sua realização.?
três. Então, por que os Maçons gostariam tanto que isso tivesse
• o autor é acadêmico e escritor maçônico, Grão-Mestre do Grande Oriente
acontecido? Desejam tanto, que deram à cadeira do Venerável
Independente de Pernambuco e o Presidente da ABIM – Associação Brasileira de
Mestre, em suas Lojas, a condição de Trono do Poderoso Rei Imprensa Maçônica.
Salomão, quando sabemos que o Trono estava em Palácio do a b
Rei e não no Templo. Mais ainda: na posse do Venerável, roga-
.

A Editora Maçônica A Trolha lançou, no mês de dezembro do


ano passado, o Livro Manual de Banquete Ritualístico, de
autoria do nosso Irmão Paulo Roberto Marinho de Almeida – um dos
maiores pesquisadores de Maçonaria da atualidade.
Relato do autor:
“Em nossas pesquisas seguimos as pegadas dos acontecimentos, das
particularidades e das narrativas com a devida prudência, registrando como
verdadeiro o que está documentalmente provado e como provável aquilo que
pudemos deduzir por raciocínio lógico e, em respeito às opiniões e às propostas
de pesquisadores maçônicos fidedignos.”. ?
-------------- X --------------

O nosso Irmão Wanderley Rebello Filho - Advogado, também,


autor do livro "1988, O Verão das Latas de Maconha, o Processo",
lançou, em novembro de 2008, no Centro Cultura da Justiça Federal, no
RJ, sua segunda Obra Literária pela Editora Letra Capital.
Trata, o presente livro, do caso verdadeiro de Márcio, um jovem
de 19 anos que foi acusado, injustamente, de furto pela sua ex-namorada,
filha de uma autoridade do poder judiciário. Para um crime cuja pena
mínima é de 1 ano de reclusão, Márcio foi condenado a 6 anos e 6 meses
de reclusão, mas ficou foragido. O autor fez uma Revisão Criminal e
conseguiu a redução para a pena mínima, e o decreto de prescrição da
pretensão punitiva. Márcio jamais foi preso! ?
-------------- X --------------

O autor, nosso Irmão Celso Grinaldi Filho, é atualmente Gerente Nacional de


Vendas de uma grande organização do segmento editorial. Possui mais de 30
anos de experiência em gerenciamento de grandes equipes de vendas, tendo como área de
especialização as atividades de treinamento, planejamento e avaliação de desempenho
dessas equipes.
Este livro, O VENDEDOR TALENTOSO, discorre sobre a necessidade de pensar
como um vendedor, as suas opções de vendas, os passos iniciais e finais de uma venda,
sobre o atendimento, sobre os tipos de compradores, sobre a arte de vender, as virtudes
de um vendedor, os defeitos a serem evitados, os objetivos da venda, o merchandising, a
construção do futuro do vendedor e enfatiza o Decálogo do Vendedor. Além de se
estudar, em profundidade, as Técnicas de Venda, propriamente dita, o vendedor como
imagem da empresa, como superar as objeções de uma venda, como evitar que surjam obstáculos para a venda, o planejamento do
trabalho de venda, a busca da persistência e da criatividade, a promoção no ponto de venda e a relação Empresa/Vendedor Talentoso.
Agrega um Glossário de Termos Usuais em Vendas que o leitor não encontrará compilado em nenhuma obra similar. ?
a b

a E-books b
Façam o download do e-book “Cavaleiros Templários – Os Pobres Soldados de
Jesus Cristo e do Templo de Salomão, de autoria do Irmão Lázaro Curvêlo
Chaves. Cliquem no link http://superdownloads.uol.com.br/download/63/cavaleiros-
templarios-pobres-soldados-jesus-cristo-templo-salomao/

a Indicação de Livros b
Indico os livros “Manual de Banquete Maçônico” de autoria do Irmão
Paulo Roberto Marinho de Almeida, pela editora “A Trolha” e “Abaixo
do Sólio” de autoria do Eminente Grão-Mestre do G∴O∴I∴Pe∴,
Irmão Antônio do Carmo Ferreira.
a Arte Real – Edições Anteriores b
As edições anteriores se encontram disponíveis para download
no site www.entreirmaos.net e em vários sites maçônicos! ?
a b
Sobre Xícaras, Café e Pessoas
Autor desconhecido

U m grupo de ex-alunos, todos muito bem estabelecidos


profissionalmente, se reuniu para visitar um antigo
professor da universidade. Em pouco tempo, a conversa girava em
torno de queixas de estresse no trabalho e na vida como um todo.
Ao oferecer café aos seus convidados, o professor foi à
cozinha e retornou com um grande bule e uma variedade de xícaras -
de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas simples, outras caras,
outras requintadas, dizendo a todos que se servissem. Quando
estavam de xícaras em punho, o professor disse:
- Se vocês repararam, pegaram todas as xícaras bonitas e
caras, e deixaram as simples e baratas para trás; uma vez que não é
nada anormal que queiram o melhor para si, isso é a fonte dos seus
problemas e estresse.
Tenham certeza de que xícaras em si não adicionam
qualidade nenhuma ao café; na maioria das vezes, são, apenas, mais Elas são, apenas, ferramentas para
caras e, noutras, até ocultam o que estamos bebendo. O que todos, sustentar e conter a Vida... e o tipo de xícara, que
realmente, queriam era o café, não as xícaras, mas escolheram, temos, não define, nem altera a qualidade de Vida,
conscientemente, as melhores. Então, ficaram de olho nas xícaras uns que vivemos. Às vezes, ao nos concentrarmos,
dos outros. apenas, nela, deixamos de saborear o café que
Agora pensem nisso: a Vida é o café; e os empregos, dinheiro Deus nos deu. Saboreiem o seu café! ?
e posição social as xícaras.
a b

A rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, comregistro
ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal
de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para mais
na

de 12.000 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas
de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.
A partir desta edição, inaugura um novo ciclo! Após 22 edições ininterruptas, à guisa dos 22 Arcanos
Maiores do Tarô, reveste-se com nova cara, nova diagramação, novo estilo, porém sem se desviar da
qualidade de seu conteúdo, que a fez uma referência dentre as Revistas Maçônicas.
Editor Responsável, Diagramação e Editoração Gráfica: Francisco Feitosa da Fonseca
Revisão: João Geraldo de Freitas Camanho
Colaboradores nesta edição: Antônio do Carmo Ferreira – Joaquim Gervásio de Figueiredo – Leon Fredja Szklorowsky –
Nilton Almeida.
Empresas Patrocinadoras: Aldo Vídeo - Arte Real Software – CH Dedetizadora – CONCIV - CFC
Objetiva Auto Escola – Livro (Wanderley Rebello F°) - Livro (Celso Grinaldi F°) - López y López
Advogados - Maurílio Advocacia – Santana Pneus – Sul Minas Lab. Fotográfico.
Contatos: E-mail - feitosa@entreirmaos.net Skype – francisco.feitosa.da.fonseca -
MSN – entre-irmaos@hotmail.com ( (35) 3331-1288
Distribuição gratuita via Internet.
Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários. ?
Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!

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