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Diário da República, 1.ª série — N.

º 138 — 19 de julho de 2013 4191

Secretaria-Geral adotada em Paris na 16.ª Sessão da Conferência Geral da


UNESCO, em 14 de novembro de 1970:
Declaração de Retificação n.º 30/2013
Ratificação/
Países Entrada em vigor
aceitação
Nos termos das disposições da alínea h) do n.º 1 do
artigo 4.º e do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 4/2012 de Belize . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26-01-1990 26-04-1990
16 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 41/2013 de Comunidade da Austrália. . . . . . . . . . . 30-10-1989 30-01-1990
21 de março, declara-se que a Portaria n.º 200/2013, de Comunidade das Bahamas . . . . . . . . . . 09-10-1997 09-01-1998
31 de maio, publicada no Diário da República n.º 105, Estado da Palestina . . . . . . . . . . . . . . . 22-03-2012 22-06-2012
Federação Russa. . . . . . . . . . . . . . . . . . 28-04-1988 28-07-1988
1.ª série de 31 de maio de 2013, saiu com uma inexatidão Granada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10-09-1992 10-12-1992
que, mediante declaração da entidade emitente, assim se Mongólia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23-05-1991 23-08-1991
retifica: Nova Zelândia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01-02-2007 01-05-2007
1 — No n.º 2 do artigo 1.º, onde se lê: Reino da Bélgica . . . . . . . . . . . . . . . . . 31-03-2009 01-07-2009
Reino da Noruega . . . . . . . . . . . . . . . . 16-02-2007 16-05-2007
«2 — Para efeitos de aplicação da Portaria n.º 215/2012, Reino da Suazilândia . . . . . . . . . . . . . . 30-10-2012 30-01-2013
Reino de Espanha. . . . . . . . . . . . . . . . . 10-01-1986 10-04-1986
de 17 de julho, é considerado «estabelecimento autó- Reino dos Países Baixos . . . . . . . . . . . 17-07-2009 17-10-2009
nomo» o estabelecimento alojado ou compreendido no República da África do Sul . . . . . . . . . 18-12-2003 18-03-2004
interior de um outro estabelecimento de comércio ali- República da Bielorrúsia . . . . . . . . . . . 28-04-1988 28-07-1988
mentar, independentemente de ambos usarem a mesma República da Costa do Marfim . . . . . . 30-10-1990 30-01-1991
República da Costa Rica . . . . . . . . . . . 06-03-1996 06-06-1996
insígnia ou nome de estabelecimento ou serem explorados República da Colômbia . . . . . . . . . . . . 24-05-1988 24-08-1988
pelo mesmo titular, ou de terem sido objeto de licencia- República da Estónia . . . . . . . . . . . . . . 27-10-1995 27-01-1996
mento específico, no qual se prestam serviços ou vendem República da Finlândia . . . . . . . . . . . . 14-06-1999 14-09-1999
produtos distintos dos que são transacionados no estabe- República da Guiné Equatorial . . . . . . 17-06-2010 17-09-2010
República da Moldávia . . . . . . . . . . . . 14-09-2007 14-12-2007
lecimento de comércio que o aloja, dotado de caixas de República da Ucrânia. . . . . . . . . . . . . . 28-04-1988 28-07-1988
saída próprias ou de barreiras físicas análogas destinadas República de Angola . . . . . . . . . . . . . . 07-11-1991 07-02-1992
a delimitar a área de venda, e em que as transações nele República de Madagáscar . . . . . . . . . . 21-06-1989 21-09-1989
República do Azerbaijão . . . . . . . . . . . 25-08-1999 25-11-1999
efetuadas são exclusivamente registadas e pagas no seu República do Burkina Faso . . . . . . . . . 07-04-1987 07-07-1987
interior ou nas respetivas caixas de saída próprias, onde República do Cazaquistão . . . . . . . . . . 09-02-2012 09-05-2012
não podem ser registadas ou pagas transações efetuadas República do Chade . . . . . . . . . . . . . . . 17-06-2008 17-09-2008
no estabelecimento de comércio que os aloja;» República do Mali . . . . . . . . . . . . . . . . 06-04-1987 06-07-1987
República do Ruanda . . . . . . . . . . . . . . 25-09-2001 25-12-2001
República do Tadjiquistão . . . . . . . . . . 28-08-1992 28-11-1992
deve ler-se: República do Uzbequistão . . . . . . . . . . 15-03-1996 15-06-1996
República Federal da Alemanha . . . . . 30-11-2007 30-02-2008
«2 — Para efeitos de aplicação da Portaria n.º 215/2012, República Francesa . . . . . . . . . . . . . . . 07-01-1997 07-04-1997
de 17 de julho, é considerado «estabelecimento autó- República Libanesa . . . . . . . . . . . . . . . 25-08-1992 25-11-1992
nomo» o estabelecimento alojado ou compreendido no República Popular da China. . . . . . . . . 28-11-1989 28-02-1990
República Popular do Bangladesh . . . . 09-12-1987 09-03-1988
interior de um outro estabelecimento de comércio, in- República Quirguiz . . . . . . . . . . . . . . . 03-07-1995 03-10-1995
dependentemente de ambos usarem a mesma insígnia Roménia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06-12-1993 06-03-1994
ou nome de estabelecimento ou serem explorados pelo
mesmo titular, ou de terem sido objeto de licenciamento Portugal é Parte desta Convenção, aprovada, para ra-
específico, no qual se prestam serviços ou vendem pro- tificação, pelo Decreto do Governo n.º 26/85, conforme
dutos distintos dos que são transacionados no estabele- publicado no Diário da República 1.ª série, n.º 170, de
cimento de comércio que o aloja, dotado de caixas de 26 de julho de 1985, tendo depositado o seu instrumento
saída próprias ou de barreiras físicas análogas destinadas de ratificação em 9 de dezembro de 1985, de acordo com
a delimitar a área de venda, e em que as transações nele o Aviso n.º 78/2002 publicado no Diário da República
efetuadas são exclusivamente registadas e pagas no seu 1.ª série-A, n.º 177, de 2 de agosto de 2002.
interior ou nas respetivas caixas de saída próprias, onde Nos termos do seu artigo 21.º, a Convenção em apreço
não podem ser registadas ou pagas transações efetuadas entrou em vigor para a República Portuguesa três meses
no estabelecimento de comércio que os aloja;» após a data do depósito do instrumento de ratificação, ou
seja, no dia 9 de março de 1986.
Secretaria-Geral, 16 de julho de 2013. — O Secretário-
-Geral, José Maria Belo de Sousa Rego. Direção-Geral de Política Externa, 24 de junho de
2013. — O Subdiretor-Geral, Rui Vinhas Tavares Gabriel.

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DO EMPREGO


Aviso n.º 83/2013 Decreto-Lei n.º 95/2013
Por ordem superior se torna público o depósito, junto de 19 de julho
da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ci- A Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu
ência e Cultura (UNESCO), dos seguintes instrumentos de e do Conselho, de 12 de dezembro de 2006, relativa aos
ratificação e aceitação à Convenção relativa às Medidas a serviços no mercado interno que estabeleceu os princípios
Adotar para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e e os critérios que devem ser observados pelos regimes de
a Transferência de Propriedade Ilícita de Bens Culturais, acesso e de exercício de atividades de serviços na União
4192 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

Europeia foi transposta para a ordem jurídica interna pelo Assim:


Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho. Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
Menos burocracia, procedimentos mais rápidos e des- tituição, o Governo decreta o seguinte:
materializados, o deferimento tácito, o acesso mais fácil
ao exercício da atividade e uma maior responsabilização Artigo 1.º
dos agentes económicos pela atividade que desenvolvem Objeto
tornam o mercado de serviços mais competitivo, contri-
buindo para o crescimento económico e para a criação O presente decreto-lei procede à primeira alteração ao
de emprego. Complementarmente, são intensificados os Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, que estabelece
instrumentos de fiscalização e garante-se aos consumidores as condições de acesso e de exercício da atividade das
uma maior transparência e mais informação. empresas de animação turística e dos operadores marítimo-
O Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, foi precur- -turísticos, conformando-o com o Decreto-Lei n.º 92/2010,
sor de um regime simplificado de acesso e de exercício de 26 de julho, que transpôs para a ordem jurídica interna
da atividade das empresas de animação turística e dos a Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do
operadores marítimo-turísticos ao estabelecer, designada- Conselho, de 12 de dezembro de 2006, relativa aos serviços
mente, a desmaterialização do procedimento de registo, a no mercado interno.
criação de um balcão único no Turismo de Portugal, I. P., Artigo 2.º
o deferimento tácito do pedido de acesso à atividade, a
transferência para os organismos públicos do ónus da co- Alteração ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio
municação de dados, bem como ao eliminar a exigência de Os artigos 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º,
forma jurídica específica e a obrigação de existência de um 12.º, 13.º, 16.º, 19.º, 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º, 25.º, 26.º,
capital social mínimo para aquele tipo de empresas. 27.º, 28.º, 29.º, 30.º, 31.º, 33.º, 34.º, 35.º, 36.º, 37.º e 40.º
Contudo, com a transposição da Diretiva n.º 2006/123/CE, do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, passam a ter
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezem- a seguinte redação:
bro de 2006, pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de
julho, mostra-se necessário proceder a alguns ajustamen- «Artigo 2.º
tos destinados a adequar o regime à legislação nacional [...]
aplicável a todo o setor dos serviços, pelo que se impõe 1 — Para efeitos do presente decreto-lei entende-se
a alteração do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, por:
no que se refere à simplificação de procedimentos e à
eliminação da burocracia e dos obstáculos no acesso à a) «Empresa de animação turística», a pessoa singu-
atividade. lar ou coletiva que desenvolva, com caráter comercial,
Deste modo, o presente decreto-lei prevê que o acesso alguma das atividades de animação turística referidas no
à atividade se faça por mera comunicação prévia ou por artigo seguinte, incluindo o operador marítimo-turístico;
comunicação prévia com prazo quando seja requerido o b) «Operador marítimo-turístico», a empresa su-
reconhecimento de atividades de turismo de natureza, a jeita ao Regulamento da Atividade Marítimo-Turística
realizar através de formulário eletrónico disponível no (RAMT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31
Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística, aces- de janeiro, e alterado pelos Decretos-Leis n.os 178/2002,
sível através do balcão único eletrónico de serviços, a que de 31 de julho, 269/2003, de 28 de outubro, 289/2007, de
se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de 17 de agosto, e 108/2009, de 15 de maio, que desenvolva
julho, e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P.. alguma das atividades de animação turística referidas
Por outro lado, a uma maior liberdade no acesso à ati- no n.º 2 do artigo 4.º.
vidade o decreto-lei faz corresponder o reforço dos ins-
trumentos de fiscalização e dos deveres de informação, 2 — Consideram-se excluídas do âmbito de aplicação
assegurando, assim, o equilíbrio dos interesses dos con- do presente decreto-lei as visitas a museus, palácios e
sumidores e das empresas. monumentos nacionais, e outras atividades de extensão
O diploma altera o âmbito da atividade das empre- cultural, quando organizadas pela Direção-Geral do
sas de animação turística, densificando o conceito e Património Cultural ou pelas Direções Regionais de
delimitando-o. Cultura, considerando-se atividades de divulgação do
Prevê-se ainda uma redução muito significativa do valor património cultural nacional.
das taxas previstas para o acesso à atividade, cujo valor 3 — Consideram-se igualmente excluídas do âm-
passa também a refletir o grau de complexidade do serviço bito de aplicação do presente decreto-lei as atividades
prestado pela administração. de informação, visitação, educação e sensibilização
Por fim, o presente decreto-lei prevê pequenos ajustes das populações, dos agentes e das organizações na
ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, que, durante área da conservação da natureza e da biodiversidade,
o respetivo período de vigência, se revelaram adequados que tenham em vista criar uma consciência coletiva
e necessários. da importância dos valores naturais, quando organiza-
Foi ouvida a Comissão Nacional de Proteção de Dados. das pelo Instituto da Conservação da Natureza e das
Foram ouvidas, a título facultativo, a Associação Portu- Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), ou pelos respetivos serviços
guesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e dependentes.
Eventos, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens Artigo 3.º
e Turismo e a Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes
Atividades de animação turística
e Correios de Turismo.
Foi promovida a audição do Conselho Nacional do 1 — São atividades de animação turística as ativida-
Consumo. des lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultu-
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ral, que se configurem como atividades de turismo de apenas podem exercer as atividades previstas no n.º 2
ar livre ou de turismo cultural e que tenham interesse do artigo anterior.
turístico para a região em que se desenvolvam, tais 3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de
como as enunciadas no anexo ao presente decreto-lei, empreendimentos turísticos que exerçam atividades
que dele faz parte integrante. próprias das empresas de animação turística como com-
2 — Para efeitos do presente decreto-lei, consideram- plementares à sua atividade principal estão sujeitas ao
-se: regime da mera comunicação prévia ou da comunicação
prévia com prazo através do RNAAT, nos termos pre-
a) «Atividades de turismo de ar livre», também vistos nos artigos 11.º e 13.º, com isenção do pagamento
denominadas por «atividades outdoor», de «turismo das taxas a que se refere o artigo 16.º.
ativo» ou de «turismo de aventura», as atividades que, 4 — As associações, clubes desportivos, misericór-
cumulativamente: dias, mutualidades, instituições privadas de solidarie-
i) Decorram predominantemente em espaços naturais, dade social e entidades análogas podem exercer ativi-
traduzindo-se em vivências diversificadas de fruição, dades próprias de animação turística estando isentas de
experimentação e descoberta da natureza e da paisa- inscrição no RNAAT, desde que cumpram cumulativa-
gem, podendo ou não realizar-se em instalações físicas mente os seguintes requisitos:
equipadas para o efeito; a) A organização e venda das atividades não tenham
ii) Suponham organização logística e ou supervisão fim lucrativo;
pelo prestador; b) As atividades se dirijam única e exclusivamente
iii) Impliquem uma interação física dos destinatários aos seus membros ou associados e não ao público em
com o meio envolvente; geral;
c) As atividades tenham caráter esporádico e não se-
b) «Atividades de turismo cultural», as atividades jam realizadas de forma contínua ou permanente, salvo
pedestres ou transportadas, que promovam o contacto se forem desenvolvidas por entidades de cariz social,
com o património cultural e natural através de uma me- cultural ou desportivo;
diação entre o destinatário do serviço e o bem cultural d) Obedeçam, na realização de transportes, ao dis-
usufruído, para partilha de conhecimento. posto no artigo 26.º, com as devidas adaptações;
e) No caso de serem utilizadas embarcações e de-
3 — Excluem-se do âmbito dos números anteriores: mais meios náuticos, estes cumpram os requisitos e
a) A organização de campos de férias e similares; procedimentos técnicos, designadamente em termos de
b) A organização de espetáculos, feiras, congressos, segurança, regulados por diploma próprio.
eventos de qualquer tipo e similares;
c) O mero aluguer de equipamentos de animação, 5 — As entidades a que se refere o número ante-
com exceção dos previstos no n.º 2 do artigo 4.º. rior estão obrigadas a celebrar um seguro de respon-
sabilidade civil e de acidentes pessoais que cubra os
Artigo 4.º riscos decorrentes das atividades a realizar e, quando
se justifique, um seguro de assistência válido no estran-
[...] geiro, nos termos previstos no capítulo VII e na portaria
1 — As atividades de animação turística desenvolvi- a que se refere o n.º 2 do artigo 27.º, aplicando-se-lhes
das em áreas classificadas ou outras com valores natu- igualmente a admissibilidade de garantia financeira ou
rais designam-se por atividades de turismo de natureza, instrumento equivalente, nos termos dos n.os 2 e 3 do
artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho,
desde que sejam reconhecidas como tal, nos termos
devidamente adaptados.
previstos no artigo 13.º e no capítulo V.
6 — As empresas de animação turística registadas
2— ..................................... no RNAAT, que no âmbito das suas atividades desen-
3— ..................................... volvam percursos pedestres urbanos ou visitas guiadas
a museus, palácios, monumentos e sítios históricos,
Artigo 5.º incluindo arqueológicos, têm direito a entrada livre nos
Registo Nacional de Agentes de Animação Turística recintos, palácios, museus, monumentos, sítios históri-
cos e arqueológicos, do Estado e das autarquias locais,
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 4 do ar- quando em exercício de funções e durante as horas de
tigo 29.º, apenas as empresas que tenham realizado a abertura ao público.
mera comunicação prévia ou a comunicação prévia 7 — A gratuitidade de entrada nos locais referidos no
com prazo através do Registo Nacional de Agentes de número anterior apenas é garantida mediante exibição
Animação Turística (RNAAT), acessível através do de documento comprovativo do registo e, tratando-se
balcão único eletrónico de serviços, a que se refere o de pessoa diversa da constante no registo, declaração
artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, da empresa contendo a identificação do profissional em
e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P., nos exercício de funções de visita guiada complementada
termos previstos nos artigos 11.º e 13.º, podem exercer com documento de identificação civil.
e comercializar, em território nacional, as atividades de
animação turística definidas no artigo 3.º e nos n.os 1 e Artigo 6.º
2 do artigo anterior.
[...]
2 — Quando pretendam exercer exclusivamente ativi-
dades marítimo-turísticas, as empresas devem inscrever- 1 — Antes da contratualização da prestação dos seus
-se no RNAAT como operadores marítimo-turísticos e serviços, as empresas de animação turística e os ope-
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radores marítimo-turísticos devem informar os clien- disponível ao público no balcão único eletrónico de
tes sobre as características específicas das atividades a serviços, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei
desenvolver, dificuldades e eventuais riscos inerentes, n.º 92/2010, de 26 de julho, e no sítio na Internet do
material necessário quando não seja disponibilizado Turismo de Portugal, I. P..
pela empresa, aptidões físicas e técnicas exigidas aos 2 — O registo das empresas de animação turística e
participantes, idade mínima e máxima admitida, serviços dos operadores marítimo-turísticos inscritos no RNAAT
disponibilizados e respetivos preços, e quaisquer outros contém:
elementos indispensáveis à realização das atividades
a) A firma ou denominação social da entidade regis-
em causa.
tada para o exercício de atividades de animação turística,
2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º do
ou o nome no caso de se tratar de pessoa singular;
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, antes do início
b) Sempre que estabelecidos em território nacional,
da atividade, deve ser prestada aos clientes informa-
o tipo, a sede ou estabelecimento principal, a conser-
ção completa e clara sobre as regras de utilização de
vatória do registo onde se encontrem matriculadas, o
equipamentos, legislação ambiental relevante e proce-
seu número de matrícula e de identificação de pessoa
dimentos a cumprir nas diferentes situações de perigo
coletiva, caso exista, o objeto social ou estatutário ou, no
ou emergência previsíveis, bem como informação re-
caso de se tratar de pessoa singular, o respetivo número
lativa à formação e experiência profissional dos seus
de identificação fiscal e código da atividade económica,
colaboradores.
assim como, em qualquer dos casos, a localização de
3— .....................................
todos os estabelecimentos em território nacional;
c) (Revogada.)
Artigo 7.º d) A identificação pormenorizada das atividades de
[...] animação que a empresa estabelecida em território na-
cional exerce;
1— .....................................
e) Referência ao reconhecimento da empresa como
2 — As atividades de animação turística realizadas
de turismo de natureza, quando aplicável;
em áreas protegidas devem, nomeadamente, observar os
f) As marcas utilizadas pela empresa estabelecida em
respetivos planos de ordenamento e cartas de desporto
território nacional;
da natureza ou outros documentos de ordenamento em
g) Os números das apólices de seguros obrigatórios,
vigor.
ou de seguros, garantias financeiras ou instrumentos
Artigo 8.º equivalentes, quando exigíveis nos termos do artigo 27.º,
[...]
o respetivo prazo de validade e o montante garantido,
ou a referência à isenção de que goza, nos termos dos
1 — As denominações de «empresa de animação artigos 28.º ou 28.º-A, conforme o caso aplicável;
turística» e de «operador marítimo-turístico» só podem h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ser usadas por empresas que exerçam e comercializem i) As menções distintivas de qualidade quando as
legalmente em território nacional, nos termos do pre- mesmas constem da comunicação prévia referida no
sente decreto-lei, as atividades de animação turística número anterior.
definidas no artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 4.º.
2 — Em contratos, correspondência, publicações, Artigo 10.º
anúncios e em toda a atividade externa, as empresas de [...]
animação turística e os operadores marítimo-turísticos
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
devem indicar o número de registo, nacional ou do
qualquer alteração aos elementos constantes do registo
Estado-Membro da União Europeia ou do espaço econó-
de empresas estabelecidas em território nacional, nos
mico europeu de estabelecimento, quando aplicável, e a
termos referidos no n.º 2 do artigo anterior, incluindo a
localização da sua sede, sem prejuízo de outras referên-
abertura de novos estabelecimentos ou formas de repre-
cias obrigatórias nos termos do Código das Sociedades
sentação locais, o encerramento de estabelecimento ou
Comerciais e demais legislação aplicável.
a cessação da atividade da empresa em território nacio-
3 — A utilização de marcas por empresas de anima-
nal, deve ser comunicada ao Turismo de Portugal, I. P.,
ção turística e operadores marítimo-turísticos inscritos
através do RNAAT, no prazo de 30 dias após a respetiva
no RNAAT carece, nos termos do artigo 10.º, de comu-
verificação.
nicação ao Turismo de Portugal, I. P..
2 — A atualização dos elementos indicados na alí-
4— .....................................
nea g) do n.º 2 do artigo anterior segue os termos dos
5 — O logótipo a que se refere o número anterior é
n.os 6 a 8 do artigo 27.º.
aprovado por portaria dos membros do Governo respon-
3 — A comunicação prevista nos números anteriores
sáveis pelas áreas do ambiente e do turismo.
destina-se à atualização do RNAAT.
4— .....................................
Artigo 9.º
[...] Artigo 11.º
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém Acesso à atividade de animação turística
atualizado o RNAAT, que integra o registo das empre-
1 — O exercício de atividades de animação turística
sas de animação turística e dos operadores marítimo-
depende de:
-turísticos que tenham realizado mera comunicação
prévia e comunicação prévia com prazo, quando apli- a) Inscrição no RNAAT pela regular apresentação de
cável, nos termos do presente decreto-lei, de acesso mera comunicação prévia, tal como definida na alínea b)
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do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de tro Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço
26 de julho, sem prejuízo do disposto no artigo 29.º; Económico Europeu.
b) Contratação dos seguros obrigatórios ou dos segu- 7 — O disposto no número anterior não é aplicável
ros, garantias financeiras ou instrumentos equivalentes, ao cumprimento das condições referentes diretamente
nos termos dos artigos 27.º a 28.º-A. às instalações físicas localizadas em território nacional,
nem aos respetivos controlos por autoridade compe-
2 — A inscrição no RNAAT das empresas estabe- tente.
lecidas em território nacional é realizada através de Artigo 12.º
formulário eletrónico disponibilizado no balcão único
eletrónico de serviços, a que se refere o artigo 6.º do [...]
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no sítio na 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte,
Internet do Turismo de Portugal, I. P., e deve incluir: regularmente recebida a mera comunicação prévia por
a) A identificação do interessado; via eletrónica é automaticamente enviado um recibo de
b) (Revogada.) receção ao remetente, o qual pode iniciar a sua atividade,
c) A localização da sede, ou do domicílio no caso de desde que se encontrem pagas as taxas a que se refere
se tratar de pessoa singular, e dos estabelecimentos em o artigo 16.º, quando devidas.
território nacional; 2 — Caso o interessado, obrigado ao pagamento da
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . quantia a que se refere o artigo 16.º a ele não tenha pro-
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cedido previamente à realização da mera comunicação
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . prévia, ou pretendendo exercer a sua atividade, por
natureza sem riscos assinaláveis, de forma notoriamente
perigosa nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º,
3 — Sem prejuízo do disposto na alínea d) do ar- não tenha ainda assim apresentado o comprovativo re-
tigo 5.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, a ferido na alínea d) do n.º 3 do artigo anterior, o Turismo
mera comunicação prévia referida no número anterior de Portugal, I. P., notifica-o, no prazo de cinco dias, para
é instruída com os seguintes elementos: proceder ao pagamento daquela quantia ou à apresen-
a) (Revogada.) tação daquele comprovativo, suspendendo o registo da
b) Extrato em forma simples do teor das inscrições empresa até ao cumprimento do solicitado.
em vigor no registo comercial ou código de acesso à 3 — No prazo de 10 dias a contar da data da comu-
respetiva certidão permanente ou, no caso de se tratar de nicação prévia ou do cumprimento do solicitado nos
pessoa singular, cópia simples da declaração de início termos do número anterior, o Turismo de Portugal, I. P.,
de atividade; comunica à Direção-Geral de Recursos Naturais, Se-
c) Indicação do número de registo, na autoridade gurança e Serviços Marítimos (DGRM), à Direção-
competente, das marcas que pretenda utilizar; -Geral da Autoridade Marítima (DGAM) e à Agência
d) Cópia simples das apólices de seguro obrigatório e Portuguesa do Ambiente, I. P., o registo de operadores
comprovativo do pagamento do prémio ou fração inicial, marítimo-turísticos e de empresas de animação turística
ou comprovativo de contratação e validade dos seguros, cujo projeto de atividades inclua o exercício de ativi-
garantias financeiras ou instrumentos equivalentes nos dades marítimo-turísticas e, no caso da DGRM, ainda
termos dos artigos 27.º e 28.º, quando aplicável; quando o exercício dessas atividades também inclua a
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . modalidade da pesca turística.
f) Declaração de compromisso em como os equipa-
mentos e as instalações, quando existam, satisfazem os Artigo 13.º
requisitos legais; Reconhecimento de atividades de turismo de natureza
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — O exercício de atividades de animação turística
h) Comprovativo do pagamento das taxas a que se fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como
refere o artigo 16.º, nos casos em que sejam devidas. definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente
4 — Quando algum dos elementos referidos no nú- pretenda obter o reconhecimento das suas atividades
mero anterior se encontrar disponível na Internet, a como turismo de natureza nos termos previstos no capí-
respetiva apresentação pode ser substituída por uma tulo V, salvo nos casos previstos no n.º 3 do artigo 20.º
declaração do interessado que indique o endereço do que ficam sujeitos ao regime da mera comunicação
sítio onde aquele documento pode ser consultado e prévia.
autorize, se for caso disso, a sua consulta. 2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos
5 — A inscrição no RNAAT de empresas em regime termos do artigo 20.º permite ao interessado iniciar ati-
de livre prestação de serviços em território nacional é vidade com o deferimento da pretensão ou, na ausência
realizada na sequência da comunicação prévia referida de resposta ao pedido de reconhecimento, no prazo de
no n.º 2 do artigo 29.º. 25 dias.
6 — Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º 3 — O prazo referido no número anterior é contado a
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, não pode partir do momento do pagamento das taxas devidas nos
haver duplicação entre as condições exigíveis para o termos do artigo 16.º, quando o mesmo seja efetuado na
cumprimento dos procedimentos previstos no presente data da comunicação prévia ou em data posterior, ou da
decreto-lei e os requisitos e os controlos equivalentes, realização da comunicação prévia, quando não sejam
ou comparáveis quanto à finalidade, a que o requerente devidas taxas ou quando o seu pagamento tenha sido
já tenha sido submetido em território nacional ou nou- efetuado em data anterior ao da realização da comunica-
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ção prévia, valendo o recibo de receção da comunicação anos anteriores, excluindo a habitação, e publicado pelo
como comprovativo de reconhecimento. Instituto Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.).
4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo 6 — Consideram-se microempresas as empresas
ao ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado certificadas como tal de acordo com o Decreto-Lei
da receção da comunicação prévia com prazo, para n.º 372/2007, de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-
apreciação nos termos dos artigos 21.º e 22.º. -Lei n.º 143/2009, de 16 de junho, no momento em
5 — Caso o ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo que sejam devidas as taxas referidas nos números an-
referido no n.º 2, presume-se o respetivo reconheci- teriores.
mento. 7 — O produto das taxas referidas nos n.os 1 a 3,
6 — O reconhecimento de atividades de turismo reverte em:
de natureza pode ser requerido aquando da mera co-
municação prévia para inscrição no RNAAT, prevista a) 20 % para o ICNF, I. P.;
na alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º, ou em momento b) 20 % para a DGRM;
posterior. c) 20 % para a DGAM;
d) 40 % para o Turismo de Portugal, I. P..
Artigo 16.º
[...] 8 — Sem prejuízo do disposto no artigo 25.º, com a
inscrição no RNAAT e o pagamento das taxas a que se
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, pela inscrição refere o presente artigo, as empresas de animação turís-
no RNAAT de empresas de animação turística estabe- tica e os operadores marítimo-turísticos ficam isentos da
lecidas em território nacional é devida uma taxa, com obrigação de obtenção de permissões administrativas e
o valor a seguir indicado, consoante o caso: do pagamento de quaisquer outras taxas exigidas para
a) 135,00 EUR, para empresas de animação turística o exercício das atividades abrangidas pelo presente
e operadores marítimo-turísticos que não pretendam decreto-lei, sendo contudo devido o pagamento das:
reconhecimento como prestando atividades de turismo a) Taxas relativas a licenças individuais de pesca
de natureza; turística quando seja exercida esta modalidade da ati-
b) 240,00 EUR, para empresas de animação turís- vidade marítimo-turística;
tica e operadores marítimo-turísticos que pretendam b) Taxas e cauções, devidas pela emissão de títulos
reconhecimento como prestando atividades de turismo de utilização privativa de recursos hídricos nos termos
de natureza; do disposto no artigo 59.º na Lei da Água, aprovada
c) 90,00 EUR, para empresas de animação turística pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e alterada
cuja atividade seja exclusivamente o desenvolvimento, pelos Decretos-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e
em ambiente urbano, de percursos pedestres e visitas 130/2012, de 22 de junho, e respetiva legislação comple-
a museus, palácios e monumentos e, simultaneamente, mentar e regulamentar, quando esteja em causa a reserva
se encontrem isentas da obrigação de contratação dos de áreas do domínio público hídrico para o exercício da
seguros previstos no artigo 27.º, nos termos da alínea b) atividade ou instalação de estruturas de apoio ou quando
do n.º 1 do artigo 28.º. tal utilização implicar alteração no estado dos recursos
ou colocar esse estado em perigo.
2 — As empresas de animação turística e operadores
marítimo-turísticos, em regime de livre prestação de Artigo 19.º
serviços em território nacional que pretendam reco-
nhecimento como prestando atividades de turismo de [...]
natureza ficam sujeitas ao pagamento de uma taxa de 1 — A tramitação dos procedimentos previstos no
75,00 EUR. presente decreto-lei é realizada de forma desmateriali-
3 — Quando se trate de microempresas, os valores zada, através do RNAAT, acessível através do balcão
previstos nos números anteriores são reduzidos, respe- único eletrónico de serviços, a que se refere o artigo 6.º
tivamente, para: do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio
na Internet do Turismo de Portugal, I. P., os quais, entre
a) 90,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea a) outras funcionalidades, permitem:
do n.º 1;
b) 160,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea b) a) O envio da mera comunicação prévia, da comu-
do n.º 1; nicação prévia com prazo, das propostas referidas no
c) 20,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea c) n.º 3 do artigo 22.º, e respetivos documentos;
do n.º 1; b) A comunicação de alterações aos dados constantes
d) 45,00 EUR, quanto ao valor referido no número do RNAAT;
anterior. c) As comunicações com o interessado;
d) (Revogada.)
4 — As empresas registadas no RNAAT que queiram e) (Revogada.)
ver reconhecida a sua atividade como de turismo de f) (Revogada.)
natureza, pagam uma taxa de valor correspondente à
diferença entre o valor pago e o valor devido nos termos 2— .....................................
dos números anteriores. 3— .....................................
5 — Os valores das taxas referidos nos n.os 1 a 3 são 4 — As funcionalidades do sistema de informação
atualizados a 1 de março, de três em três anos, a partir incluem a rejeição liminar de operações de cuja exe-
de 2016, com base na média de variação do índice médio cução resultariam vícios ou deficiências de instrução,
de preços ao consumidor no continente, relativo aos três designadamente recusando o recebimento de comuni-
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cações que contenham manifestas falhas de instrução f) Disponibilização de serviços de visitação e ati-
do processo. vidades de educação ambiental associados ao projeto,
5— ..................................... quando se aplique.

Artigo 20.º 2 — Quando solicitado pelo ICNF, I. P., a empresa


Reconhecimento de atividades de turismo de natureza deve entregar informação relativa ao progresso e resul-
tados do projeto de conservação da natureza referido na
1 — As pessoas singulares e coletivas habilitadas a alínea c) do artigo anterior.
exercer atividades de animação turística ou atividades 3 — No prazo de três meses a contar da conclusão
marítimo-turísticas que pretendam obter o reconheci- do projeto de conservação da natureza, a empresa deve
mento das suas atividades como turismo de natureza entregar uma proposta para um novo projeto, o qual deve
devem efetuar a comunicação prévia com prazo nos ser aprovado pelo ICNF, I. P., nos termos do n.º 1, caso
termos previstos no artigo 13.º, instruída com os se- a empresa pretenda manter válido o reconhecimento da
guintes elementos: sua atividade como turismo de natureza.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 — O novo projeto referido no número anterior, o
b) Declaração de adesão formal a um código de con- qual pode ser submetido a aprovação através do balcão
duta das empresas de turismo de natureza, aprovado por único eletrónico de serviços a que se refere o artigo 6.º
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio
áreas do ambiente e do turismo; na Internet do Turismo de Portugal, I. P., considera-se
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . aprovado caso o ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo
de 20 dias contado da data da sua receção.
2 — O projeto de conservação de natureza a que se
refere a alínea c) do número anterior é opcional para Artigo 23.º
pessoas singulares e coletivas habilitadas a exercer ati-
[...]
vidades de animação turística ou atividades marítimo-
-turísticas que sejam certificadas como micro, pequena O reconhecimento da atividade de turismo de natu-
ou média empresa, de acordo com o Decreto-Lei reza pode ser revogado pelo ICNF, I. P. nos seguintes
n.º 372/2007, de 6 de novembro, alterado pelo Decreto- casos:
-Lei n.º 143/2009, de 16 de junho, assim como para
prestadores não estabelecidos em território nacional, a a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
operar nos termos do artigo 29.º. b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
empreendimentos reconhecidos como de turismo de
natureza que exerçam atividades próprias de anima- Artigo 24.º
ção turística nos termos previstos no n.º 3 do artigo 5.º [...]
usufruem do reconhecimento destas atividades como
turismo de natureza por mera comunicação prévia da 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, na Rede Na-
qual conste a sua identificação como proprietária ou cional de Áreas Protegidas, o exercício de atividades
exploradora de empreendimento de turismo de natureza de animação turística fora dos perímetros urbanos e da
devidamente reconhecido. rede viária nacional, regional e local, aberta à circula-
ção pública, apenas pode ser promovido por empresas
Artigo 21.º reconhecidas nos termos previstos no artigo 20.º.
2 — Para efeitos do número anterior, apenas podem
[...]
ser exercidas as seguintes atividades de animação tu-
O reconhecimento da atividade de turismo de natu- rística:
reza a desenvolver pelas empresas referidas no n.º 1 do
artigo anterior é efetuado pelo ICNF, I. P., de acordo a) [Anterior alínea a) do n.º 1.]
com os seguintes critérios: b) [Anterior alínea b) do n.º 1.]
c) [Anterior alínea c) do n.º 1.]
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) [Anterior alínea d) do n.º 1.]
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e) [Anterior alínea e) do n.º 1.]
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . f) Arborismo e outros percursos de obstáculos com
recurso a rapel, slide, pontes e similares;
Artigo 22.º g) [Anterior alínea g) do n.º 1.]
[...] h) [Anterior alínea h) do n.º 1.]
i) [Anterior alínea i) do n.º 1.]
1 — O projeto de conservação da natureza referido na j) [Anterior alínea j) do n.º 1.]
alínea c) do artigo anterior é aprovado pelo ICNF, I. P., l) Passeios em todo o terreno;
de acordo com os seguintes critérios: m) [Anterior alínea m) do n.º 1.]
a) Proporcionalidade entre o projeto proposto e a n) Pesca turística;
atividade de turismo de natureza da empresa; o) [Anterior alínea n) do n.º 1.]
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p) [Anterior alínea o) do n.º 1.]
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . q) [Anterior alínea p) do n.º 1.]
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . r) [Anterior alínea q) do n.º 1.]
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . s) Mergulho, snorkeling e similares.
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3 — Sem prejuízo da demais legislação aplicável, as os operadores marítimo-turísticos que exerçam ativi-
entidades referidas no n.º 4 do artigo 5.º, que pretendam dade em território nacional estão obrigados a celebrar
exercer as atividades mencionadas no número anterior e a manter válidos seguros que cubram os riscos para
na Rede Nacional de Áreas Protegidas devem ainda a saúde e segurança dos destinatários dos serviços ou
enviar ao ICNF, I. P., a declaração de adesão formal de terceiros decorrentes da sua atividade, nos seguintes
a um código de conduta das empresas de turismo de termos:
natureza prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º, a) Um seguro de acidentes pessoais para os destina-
aplicável com as devidas adaptações. tários dos serviços;
b) Um seguro de assistência para os destinatários dos
Artigo 25.º serviços que viajem do território nacional para o estran-
[...] geiro no âmbito ou por força do serviço prestado;
c) Um seguro de responsabilidade civil que cubra
1 — Quando as empresas de animação turística dis- os danos patrimoniais e não patrimoniais causados por
ponham de instalações fixas, estas devem satisfazer as sinistros ocorridos no decurso da prestação do serviço.
normas vigentes para cada tipo de atividade e devem
encontrar-se licenciadas ou autorizadas, pelas entidades 2 — A cobertura obrigatória e demais aspetos do
competentes, nos termos da legislação aplicável. funcionamento dos seguros referidos no número anterior
2 — A inscrição no RNAAT não substitui qualquer são definidos em portaria dos membros do Governo
ato administrativo de licenciamento ou autorização le- responsáveis pelas áreas das finanças e da economia.
galmente previstos para a utilização de equipamentos, 3 — No caso dos operadores marítimo-turísticos e
infraestruturas ou implementação prática de um estabe- das empresas de animação turística que exerçam ativi-
lecimento, iniciativa, projeto ou atividade, nem constitui dade marítimo-turística, o seguro de responsabilidade
prova do respeito pelas normas aplicáveis aos mesmos, civil previsto na alínea c) do n.º 1 fica ainda sujeito às
nem isenta os respetivos promotores da responsabilidade regras específicas previstas no anexo III do RAMT.
civil ou criminal que se possa verificar por força de 4 — Nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do
qualquer ato ilícito relacionado com a atividade. Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, considera-se
cumprida a obrigação de celebração dos seguros refe-
Artigo 26.º ridos nos números anteriores pelas empresas e opera-
[...] dores estabelecidos noutro Estado-Membro da União
Europeia ou do espaço económico europeu que tenham
1 — Na realização de passeios turísticos ou transporte as respetivas atividades a exercer em território nacional
de clientes no âmbito das suas atividades, e quando uti- cobertas por seguro, garantia financeira ou instrumento
lizem veículos automóveis com lotação superior a nove equivalente aos seguros exigidos nos termos dos núme-
lugares, as empresas de animação turística devem estar ros anteriores e dos artigos 28.º e 28.º-A.
licenciadas para a atividade de transportador público ro- 5 — Sem prejuízo das isenções previstas nos ar-
doviário de passageiros ou recorrer a entidade habilitada tigos 28.º e 28.º-A, nenhuma empresa de animação
para o efeito nos termos da legislação aplicável. turística ou operador marítimo-turístico pode iniciar
2 — Os veículos automóveis utilizados no exercí- ou exercer a sua atividade sem fazer prova junto do
cio das atividades previstas no número anterior com Turismo de Portugal, I. P., de ter contratado os seguros
lotação superior a nove lugares devem ser sujeitos a exigidos nos termos dos n.os 1 a 3, ou seguro, garantia
prévio licenciamento pelo Instituto de Mobilidade e dos financeira ou instrumento equivalente nos termos do
Transportes, I. P. (IMT, I. P.), ou estar abrangidos por número anterior.
licença europeia emitida em qualquer Estado-Membro 6 — As empresas de animação turística e os opera-
de estabelecimento, nos termos do Regulamento (CE) dores marítimo-turísticos estabelecidos em território
n.º 1073/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, nacional devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P.,
de 21 de outubro, ou, quando a utilização se restrinja a comunicação a informar da revalidação das apólices
operações de cabotagem, cumprir os requisitos respe- de seguro obrigatório ou de seguro, garantia financeira
tivos, nos termos daquele Regulamento. ou instrumento equivalente anteriormente contratado,
3 — Na realização de passeios turísticos ou transporte acompanhada de documento comprovativo, no prazo
de clientes no âmbito das suas atividades, o transporte de 30 dias a contar da data do respetivo vencimento ou
em veículos automóveis com lotação até nove lugares desadequação da respetiva garantia.
pode ser efetuado pelas próprias empresas de animação 7 — As empresas de animação turística e os opera-
turística, desde que os veículos utilizados sejam da sua dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados-
propriedade, ou objeto de locação financeira, aluguer -Membros da União Europeia ou do espaço económico
de longa duração ou aluguer operacional de viaturas europeu que prestem serviços de animação turística em
(renting), se a empresa de animação turística for a loca- território nacional em regime de livre prestação de servi-
tária, ou ainda quando recorram a entidades habilitadas ços, sempre que se verifique que o seguro obrigatório ou
para o transporte. o seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
4 — (Anterior n.º 3.) comunicado nos termos do n.º 2 do artigo 29.º já não se
encontra válido ou adequado às atividades desenvolvi-
Artigo 27.º das em território nacional, devem comprovar perante o
[...]
Turismo de Portugal, I. P., por comunicação, a subscri-
ção de novo instrumento e a respetiva validade.
1 — Sem prejuízo das isenções previstas nos arti- 8 — A comunicação prevista no número anterior deve
gos 28.º e 28.º-A, as empresas de animação turística e ser efetuada no prazo de 30 dias a contar da data do ven-
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cimento do instrumento anterior ou da desadequação da gal ou noutro Estado-Membro, dos seguros obrigatórios,
sua garantia, no caso de a empresa se encontrar à data a ou de seguros, garantias financeiras ou instrumentos
prestar serviços em Portugal, ou, no caso contrário, no equivalentes, nos termos do artigo 27.º, ou na qual de-
prazo de 30 dias a contar da sua reentrada em território clarem que estão isentos dessa contratação, nos termos
nacional. dos artigos 28.º ou 28.º-A, conforme aplicável.
9 — Os capitais mínimos a cobrir pelos seguros re- 3 — Não é todavia obrigatória a mera comunicação
feridos no n.º 1, a fixar pela portaria mencionada no prévia prevista no número anterior, bem como a con-
n.º 2, e no anexo III do RAMT, a que alude o n.º 3, são sequente inscrição no RNAAT, das empresas que em
atualizados anualmente, em função do índice de infla- Portugal se dediquem, em regime de livre prestação de
ção publicado pelo INE, I. P., no ano imediatamente serviços, à realização em ambiente urbano de percursos
anterior, sendo os montantes decorrentes da atualização pedestres e visitas a museus, palácios e monumentos ou
divulgados no portal do Turismo de Portugal, I. P., e no à realização de quaisquer outras atividades que venham
balcão único eletrónico dos serviços. a ser identificadas em portaria do membro do Governo
responsável pela área do turismo como não apresen-
Artigo 28.º tando riscos significativos para a saúde e segurança dos
Isenções gerais destinatários dos serviços ou de terceiros.
4 — As pessoas singulares e coletivas estabeleci-
1 — Não exigem a contratação dos seguros referidos das noutros Estados-Membros da União Europeia ou
nas alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo anterior:
do espaço económico europeu que pretendam exercer
a) As atividades que, nos termos de legislação espe- atividades de animação turística na Rede Nacional de
cial, estejam sujeitas à contratação dos mesmos tipos Áreas Protegidas de forma ocasional e esporádica ficam
de seguros; sujeitas ao disposto no capítulo V.
b) A realização em ambiente urbano de percursos 5 — Às empresas referidas nos números anteriores
pedestres e visitas a museus, palácios e monumentos ou são ainda aplicáveis os requisitos constantes do n.º 2,
a realização de quaisquer outras atividades que venham da alínea d) do n.º 3 e do n.º 6 do artigo 16.º, dos arti-
a ser identificadas em portaria do membro do Governo gos 25.º, 26.º e 37.º, os requisitos que o RAMT torne
responsável pela área do turismo como não apresen- expressamente aplicáveis a prestadores de serviços em
tando riscos significativos para a saúde e segurança regime de livre prestação e as obrigações constantes dos
dos destinatários dos serviços ou de terceiros, salvo artigos 27.º a 28.º-A, nos termos aí referidos.
se a específica forma de prestação do serviço assumir 6 — As empresas que, nos termos do n.º 3, tenham
natureza notoriamente perigosa; optado por não constar do RNAAT, não gozam do direito
c) A prestação de serviços por uma empresa através de de entrada livre referido no n.º 6 do artigo 5.º.
outra empresa subcontratada que disponha, ela própria,
dos seguros para a atividade objeto de subcontratação, Artigo 30.º
obrigatórios nos termos dos artigos 27.º a 28.º-A, sendo
a primeira, no entanto, solidariamente responsável pelo [...]
pagamento das indemnizações a que haja lugar, na parte 1— .....................................
não coberta por aqueles seguros. 2 — As autoridades administrativas competentes em
razão da matéria, bem como as autoridades policiais,
2 — Ficam dispensadas da contratação do seguro cooperam com os colaboradores da ASAE no exercício
de responsabilidade civil referido na alínea c) do n.º 1 das funções de fiscalização.
do artigo anterior as empresas referidas no n.º 3 do
3— .....................................
mesmo artigo, desde que o seguro contratado ao abrigo
do anexo III do RAMT cubra todas as atividades que
exerçam e que o capital mínimo de cobertura seja igual Artigo 31.º
ou superior. [...]
Artigo 29.º 1— .....................................
Livre prestação de serviços a) O exercício de atividades de animação turística
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguin- em território nacional sem que a empresa tenha regu-
tes, as pessoas singulares ou coletivas estabelecidas larmente efetuado a mera comunicação prévia ou comu-
noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço nicação prévia com prazo, em violação do disposto no
económico europeu e que aí exerçam legalmente ativida- n.º 1 do artigo 5.º, ou sem que se encontre regularmente
des de animação turística podem exercê-las livremente estabelecida noutro Estado-Membro da União Europeia
em território nacional, de forma ocasional e esporádica, ou do espaço económico europeu, nos termos previstos
em regime de livre prestação de serviços. no artigo 29.º, e exerça a atividade em território nacional
2 — As empresas referidas no número anterior que ao abrigo do regime da livre prestação de serviços;
pretendam exercer atividades de animação turística em b) O exercício de atividades de animação turística por
Portugal devem, antes do início da atividade, apresen- empresa em regime de livre prestação de serviços sem
tar, nos termos do n.º 1 do artigo 19.º, ao Turismo de ter comprovado a contratação e validade dos seguros
Portugal, I. P., mera comunicação prévia de onde conste obrigatórios, ou de seguros, garantias financeiras ou
a sua identificação, assim como a sede ou estabeleci- instrumentos equivalentes, em violação do disposto no
mento principal, acompanhada de documentação, em n.º 5 do artigo 27.º ou no n.º 2 do artigo 29.º, quando
forma simples, comprovativa da contratação, em Portu- aplicável;
4200 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

c) O exercício de atividades de animação turística tigo 26.º, cuja competência é do presidente do conselho
por entidade isenta de inscrição no registo em violação diretivo do IMT, I. P..
do disposto no n.º 4 do artigo 5.º; 2 — Compete ao ICNF, I. P., a instrução e a decisão
d) [Anterior alínea b).] dos processos de contraordenações ambientais previstos
e) [Anterior alínea c).] no presente decreto-lei.
f) [Anterior alínea d).] 3 — É da competência da ASAE a aplicação das coi-
g) A não comunicação da alteração dos elementos mas e sanções acessórias previstas no presente decreto-
constantes do registo, em violação do disposto no ar- -lei, à exceção das resultantes da infração ao disposto
tigo 10.º ou dos n.os 6 a 8 do artigo 27.º; no artigo 26.º, cuja competência é do presidente do
h) O exercício de atividades não reconhecidas como conselho diretivo do IMT, I. P..
turismo de natureza na Rede Nacional de Áreas Pro- 4 — (Revogado.)
tegidas, fora dos perímetros urbanos e da rede viária 5— .....................................
nacional, regional e local, aberta à circulação pública, 6 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias
em violação do disposto no artigo 24.º; é comunicada ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo
i) [Anterior alínea g).] de três dias após a respetiva aplicação, para efeitos de
j) [Anterior alínea h).] averbamento ao registo.
l) A falta ou insuficiência do documento descritivo da
atividade a que se refere o n.º 4 do artigo 26.º; Artigo 35.º
m) A não contratação ou falta de validade de segu- [...]
ros obrigatórios, ou de seguros, garantias financeiras
ou instrumentos equivalentes, nos termos do n.º 5 do 1— .....................................
artigo 5.º e dos artigos 27.º a 28.º-A; a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
n) O incumprimento pelas empresas que desenvol- b) 30 % para a ASAE;
vam atividades marítimo-turísticas, das obrigações que c) (Revogada.)
lhe são impostas, no exercício da sua atividade, pelo d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
disposto nas alíneas c) e d) do artigo 25.º do RAMT.
2— .....................................
2 — As contraordenações previstas no número ante-
rior, com exceção das previstas nas alíneas h) e n), são a) 20 % para o IMT, I. P.;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
puníveis com coimas de 300,00 EUR a 3 740,00 EUR ou
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de 500,00 EUR a 15 000,00 EUR, consoante o infrator
seja pessoa singular ou pessoa coletiva.
3 — A repartição do produto das coimas resultantes
3 — (Revogado.)
das contraordenações ambientais previstas no n.º 4 do
4 — Constitui contraordenação ambiental leve, nos artigo 35.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada
termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, é efetuada nos
pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, a prevista na termos do seu artigo 73.º.
alínea h) do n.º 1.
5 — A contraordenação prevista na alínea n) do n.º 1 Artigo 36.º
é punível com coima de 250,00 EUR a 1 500,00 EUR.
6 — (Anterior n.º 5.) Aplicação de medidas cautelares
7 — Às contraordenações previstas no presente 1 — A ASAE é competente para determinar a sus-
decreto-lei é aplicável o regime geral das contraorde- pensão temporária, total ou parcial, do exercício da ati-
nações, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de vidade e o encerramento temporário do estabelecimento
outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de nos seguintes casos:
17 de outubro, e 244/95, de 16 de setembro, e pelas Leis
n.os 323/2001, de 17 de dezembro, e 109/2001, de 24 de a) Quando deixe de se verificar algum dos requisitos
dezembro, com exceção da contraordenação ambiental legais exigidos para o exercício da atividade;
prevista no n.º 4 à qual se aplica a Lei n.º 50/2006, de b) Havendo declaração de insolvência da empresa,
29 de agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de sem aprovação do respetivo plano;
agosto. c) Quando não seja entregue ao Turismo de
Portugal, I. P., o comprovativo de que os seguros obriga-
Artigo 33.º tórios, ou seguros, garantias financeiras ou instrumentos
[...] equivalentes se encontram em vigor, nos termos dos
n.os 6 a 8 do artigo 27.º;
Sempre que necessário, pode ser determinada a apre- d) Em caso de violação reiterada das normas es-
ensão provisória de bens e documentos, nos termos tabelecidas no presente decreto-lei ou das normas de
previstos no artigo 42.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de proteção ambiental.
agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto.
2 — A aplicação de medidas cautelares no caso pre-
Artigo 34.º visto na alínea d) do número anterior é devidamente
[...]
fundamentada e pressupõe a ocorrência de um prejuízo
grave para os consumidores, para o ambiente ou para
1 — Compete à ASAE a instrução dos processos o mercado.
decorrentes de infração ao disposto no presente decreto- 3 — A aplicação de medidas cautelares é comunicada
-lei, salvo os decorrentes de infração ao disposto no ar- ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de três dias após
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4201

a respetiva aplicação, para efeitos de averbamento ao Artigo 16.º-A


registo. Acesso de empresas de animação turística às atividades
Artigo 37.º próprias das agências de viagens e turismo

[...] 1 — As empresas de animação turística que preten-


1 — As empresas de animação turística e os ope- dam exercer atividades próprias das agências de viagens
radores marítimo-turísticos devem dispor de livro de e turismo devem:
reclamações nos termos e condições estabelecidas no a) Efetuar a mera comunicação prévia através do
Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado Registo Nacional de Agentes de Viagens e Turismo
pelos Decretos-Leis n.os 371/2007, de 6 de novembro, (RNAVT), acessível através do balcão único eletrónico
118/2009, de 19 de maio, e 317/2009, de 30 de outu- de serviços, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei
bro. n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio na Internet do
2— ..................................... Turismo de Portugal, I. P., ou a apresentação da do-
3— ..................................... cumentação relativa às garantias referidas na alínea
seguinte, através dos mesmos meios, em caso de livre
Artigo 40.º prestação de serviços;
b) Prestar as garantias exigidas para o exercício da ati-
[...] vidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 61/2011,
1 — (Anterior corpo do artigo.) de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 199/2012,
2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto- de 24 de agosto;
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos c) Cumprir os demais requisitos exigidos para o exer-
quer pelos organismos da administração central, quer cício da atividade nos termos previstos no Decreto-Lei
n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei
pelos serviços competentes das administrações das re-
n.º 199/2012, de 24 de agosto.
giões autónomas, no âmbito do presente decreto-lei,
incluindo os registos no RNAAT, são válidos para todo 2 — As empresas referidas no número anterior,
o território nacional, excetuados os controlos referentes quando estabelecidas em território nacional, pagam
a instalações físicas.» a diferença entre o valor devido ao abrigo do n.º 4 do
artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 61/2011, de 6 de maio,
Artigo 3.º alterado pelo Decreto-Lei n.º 199/2012, de 24 de agosto,
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio e o valor das taxas pagas no âmbito do regime jurídico
da atividade de animação turística e dos operadores
São aditados ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de marítimo-turísticos.
maio, os artigos 10.º-A, 16.º-A, 28.º-A e 40.º-A com a
seguinte redação: Artigo 28.º-A
«Artigo 10.º-A Isenção específica para livre prestação de serviços
Informação pública no RNAAT 1 — As empresas de animação turística e os opera-
dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados-
1 — O Turismo de Portugal, I. P., publicita, através
-Membros da União Europeia ou do espaço económico
do RNAAT, a cessação da atividade das empresas de europeu que prestem serviços de animação turística em
animação turística e dos operadores marítimo-turísticos território nacional em regime de livre prestação e que
nele registados por um período superior a 90 dias sem estejam obrigados, nos termos da legislação do Estado-
justificação atendível bem como as situações de irre- -membro de origem, à contratação de garantia financeira
gularidade verificadas no exercício da sua atividade, para a cobertura em território nacional dos riscos para
durante o período em que as mesmas se verifiquem, a saúde e segurança dos destinatários dos serviços ou
nomeadamente, as seguintes: de terceiros, decorrentes da sua atividade, de cobertura
a) Incumprimento da obrigação de envio ao Turismo obrigatória nos termos dos n.os 1 a 3 do artigo 27.º e do
de Portugal, I. P., do comprovativo de que as devidas artigo anterior, estão isentos da obrigação de contratação
apólices de seguro obrigatórias, ou de seguros, garantias dos seguros referidos nos n.os 1 a 3 daquele artigo, ou
de seguros, garantias ou instrumentos equivalentes nos
financeiras ou instrumentos equivalentes se encontram
termos do n.º 4 do mesmo artigo 27.º.
em vigor, em violação do disposto nos n.os 6 a 8 do 2 — Nos casos em que a legislação do Estado-
artigo 27.º; -Membro de origem dos prestadores referidos no número
b) Verificação de irregularidades graves na gestão anterior só obrigue à cobertura de alguns dos riscos para
da empresa ou incumprimento grave perante fornece- a saúde e segurança dos destinatários dos serviços ou
dores ou consumidores, que sejam suscetíveis de pôr de terceiros decorrentes da sua atividade, de cobertura
em risco os interesses destes ou as condições normais obrigatória nos termos dos n.os 1 a 3 do artigo 27.º e do
de funcionamento do mercado neste setor. artigo anterior, a isenção só se aplica a esses mesmos
tipos de riscos, ficando o prestador obrigado à contra-
2 — A dissolução das empresas de animação turís- tação dos seguros obrigatórios ou de seguros, garantias
tica e dos operadores marítimo-turísticos registados ou instrumentos equivalentes relativos aos riscos para
no RNAAT dá lugar ao imediato cancelamento da sua os quais aquela legislação não obrigue à contratação de
inscrição naquele registo. qualquer garantia financeira.
4202 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

3 — Nos casos de isenção nos termos dos números 15 de maio, na versão resultante do presente decreto-lei,
anteriores, as informações referidas na alínea m) do só é aplicável às empresas já registadas no RNAAT após
n.º 1 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de a data do termo de validade dos seguros pelas mesmas já
julho, referem-se à garantia financeira contratada nos contratualizados ou da respetiva renovação.
termos da legislação do Estado-Membro de origem, de-
vendo as empresas de animação turística e os operadores Artigo 7.º
marítimo-turísticos identificar a autoridade competente
Norma revogatória
daquele Estado que exerce poder punitivo pela violação
do requisito em causa em território nacional na declara- São revogados a alínea c) do n.º 2 do artigo 9.º, a alí-
ção referida no n.º 2 do artigo seguinte e ainda sempre nea b) do n.º 2 e a alínea a) do n.º 3 do artigo 11.º, os
que tal lhe seja solicitado pelo destinatário do serviço artigos 14.º, 15.º, 17.º e 18.º, as alíneas d), e) e f) do n.º 1
ou por autoridade competente. do artigo 19.º, o n.º 3 do artigo 31.º, o n.º 4 do artigo 34.º,
a alínea c) do n.º 1 do artigo 35.º e o artigo 39.º do Decreto-
Artigo 40.º-A -Lei n.º 108/2009, de 15 de maio.
Cooperação Administrativa
Artigo 8.º
As autoridades competentes nos termos do presente
Republicação
decreto-lei participam na cooperação administrativa,
no âmbito dos procedimentos relativos a prestadores já É republicado, no anexo II ao presente decreto-lei, do
estabelecidos noutro Estado-Membro da União Euro- qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 108/2009, de
peia ou do espaço económico europeu, nos termos do 15 de maio, na sua redação atual.
capítulo VI do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho,
nomeadamente através do Sistema de Informação do Artigo 9.º
Mercado Interno.» Entrada em vigor

Artigo 4.º O presente decreto-lei entra em vigor 15 dias após a


sua publicação.
Aditamento de anexo ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de
É aditado ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio,
maio de 2013. — Pedro Passos Coelho — Vítor Louçã
um anexo, com a redação constante do anexo I do presente
Rabaça Gaspar — Miguel Bento Martins Costa Macedo
decreto-lei, do qual faz parte integrante.
e Silva — Álvaro Santos Pereira — Maria de Assunção
Oliveira Cristas Machado da Graça.
Artigo 5.º
Alterações sistemáticas
Promulgado em 15 de julho de 2013.

1 — O capítulo IV do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de Publique-se.


maio, passa a designar-se «Mera comunicação prévia para O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
inscrição no RNAAT».
2 — O capítulo VII do Decreto-Lei n.º 108/2009, de Referendado em 16 de julho de 2013.
15 de maio, passa a designar-se «Das garantias financei- O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
ras».
3 — O capítulo VIII do Decreto-Lei n.º 108/2009, de ANEXO I
15 de maio, passa a designar-se «Empresas em livre pres-
tação de serviços em território nacional». (a que se refere o artigo 4.º)

«ANEXO
Artigo 6.º
Disposições transitórias Lista exemplificativa de atividades de empresas
de animação turística
1 — As empresas de animação turística registadas no
RNAAT à data de entrada em vigor do presente decreto- (a que se refere o n.º 1 do artigo 3.º)
-lei que, no prazo de sete anos contado a partir da data do
respetivo registo, peçam o reconhecimento das suas ativi- I — Atividades de turismo de ar livre/turismo
de natureza e aventura
dades como turismo de natureza nos termos previstos no
capítulo V não estão sujeitas às taxas devidas nos termos do Caminhadas e outras atividades pedestres;
n.º 4 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de Atividades de observação da natureza (rotas geológicas,
maio, com a redação resultante do presente decreto-lei. observação de aves, observação de cetáceos e similares);
2 — Até à data de entrada em vigor da Portaria referida Atividades de orientação (percursos, geocaching, caças
no n.º 2 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de ao tesouros e similares);
15 de maio, com a redação resultante do presente decreto- Montanhismo;
-lei, mantêm-se em vigor as disposições relativas às condi- Escalada em parede natural e em parede artificial;
ções mínimas em sede de definição do capital e conteúdo Canyoning, coasteering e similares;
mínimo dos seguros obrigatórios. Espeleologia;
3 — Após a data de entrada em vigor da Portaria referida Arborismo e outros percursos de obstáculos (com re-
no número anterior, a obrigação de contratação dos seguros curso a manobras com cordas e cabos de aço como rapel,
previstos no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de slide, pontes e similares);
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4203

Paintball, tiro com arco, besta, zarabatana, carabina de das atividades de animação turística referidas no artigo
pressão de ar e similares; seguinte, incluindo o operador marítimo-turístico;
Passeios e atividades em bicicleta (btt e cicloturismo), b) «Operador marítimo-turístico», a empresa sujeita ao
em segway e similares; Regulamento da Atividade Marítimo-Turística (RAMT),
Passeios e atividades equestres, em atrelagens de tração aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31 de janeiro,
animal e similares; e alterado pelos Decretos-Leis n.os 178/2002, de 31 de
Passeios em todo o terreno (moto, moto4 e viaturas 4x4, julho, 269/2003, de 28 de outubro, 289/2007, de 17 de
kartcross e similares); agosto, e 108/2009, de 15 de maio, que desenvolva alguma
Atividades em veículos não motorizados como gokarts, das atividades de animação turística referidas no n.º 2 do
speedbalance e similares; artigo 4.º.
Passeios de barco, com e sem motor;
Canoagem e rafting em águas calmas e em águas bravas; 2 — Consideram-se excluídas do âmbito de aplicação
Natação em águas bravas (hidrospeed); do presente decreto-lei as visitas a museus, palácios e
Vela, remo e atividades náuticas similares; monumentos nacionais, e outras atividades de extensão
Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf, skiming, standup cultural, quando organizadas pela Direção-Geral do Patri-
paddle boarding e similares; mónio Cultural ou pelas Direções Regionais de Cultura,
Pesca turística, mergulho, snorkeling e similares; considerando-se atividades de divulgação do património
Balonismo, asa delta com e sem motor, parapente e cultural nacional.
similares; 3 — Consideram-se igualmente excluídas do âmbito de
Experiências de paraquedismo; aplicação do presente decreto-lei as atividades de informa-
Atividades de Teambuilding (quando incluam atividades ção, visitação, educação e sensibilização das populações,
de turismo de ar livre); dos agentes e das organizações na área da conservação da
Atividades de Sobrevivência;
natureza e da biodiversidade, que tenham em vista criar
Programas multiatividades (quando incluam atividades
uma consciência coletiva da importância dos valores na-
de turismo de ar livre).
turais, quando organizadas pelo Instituto da Conservação
II — Atividades de turismo cultural/touring da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), ou pelos
paisagístico e cultural respetivos serviços dependentes.
Rotas temáticas e outros percursos de descoberta do pa-
trimónio (por exemplo, Rota do Megalitismo, do Romano, CAPÍTULO II
do Românico, do Fresco, Gastronómicas, de Vinhos, de
Queijos, de Sabores, de Arqueologia Industrial); Âmbito da atividade das empresas
Atividades e experiências de descoberta do Património de animação turística
Etnográfico (participação em atividades agrícolas, pastoris,
artesanais, enogastronómicas e similares — por exemplo: Artigo 3.º
vindima, pisar uva, apanha da azeitona, descortiçar do so- Atividades de animação turística
breiro, plantação de árvores, ateliers de olaria, pintura, ces-
taria, confeção de pratos tradicionais, feitura de um vinho); 1 — São atividades de animação turística as atividades
Visitas guiadas a museus, monumentos e outros locais lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultural, que
de interesse patrimonial; se configurem como atividades de turismo de ar livre ou
Jogos populares e tradicionais. de turismo cultural e que tenham interesse turístico para
a região em que se desenvolvam, tais como as enuncia-
ANEXO II das no anexo ao presente decreto-lei, que dele faz parte
integrante.
(a que se refere o artigo 8.º)
2 — Para efeitos do presente decreto-lei, consideram-se:
Republicação do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio a) «Atividades de turismo de ar livre», também deno-
minadas por «atividades outdoor», de «turismo ativo» ou
CAPÍTULO I de «turismo de aventura», as atividades que, cumulativa-
Disposições gerais mente:
i) Decorram predominantemente em espaços naturais,
Artigo 1.º traduzindo-se em vivências diversificadas de fruição, ex-
Objeto perimentação e descoberta da natureza e da paisagem,
podendo ou não realizar-se em instalações físicas equipadas
O presente decreto-lei estabelece as condições de acesso para o efeito;
e de exercício da atividade das empresas de animação ii) Suponham organização logística e ou supervisão
turística e dos operadores marítimo-turísticos. pelo prestador;
iii) Impliquem uma interação física dos destinatários
Artigo 2.º com o meio envolvente;
Âmbito de aplicação
b) «Atividades de turismo cultural», as atividades pe-
1 — Para efeitos do presente decreto-lei entende-se destres ou transportadas, que promovam o contacto com
por: o património cultural e natural através de uma mediação
a) «Empresa de animação turística», a pessoa singular entre o destinatário do serviço e o bem cultural usufruído,
ou coletiva que desenvolva, com caráter comercial, alguma para partilha de conhecimento.
4204 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

3 — Excluem-se do âmbito dos números anteriores: 13.º, com isenção do pagamento das taxas a que se refere
o artigo 16.º.
a) A organização de campos de férias e similares; 4 — As associações, clubes desportivos, misericórdias,
b) A organização de espetáculos, feiras, congressos, mutualidades, instituições privadas de solidariedade social
eventos de qualquer tipo e similares; e entidades análogas podem exercer atividades próprias de
c) O mero aluguer de equipamentos de animação, com animação turística estando isentas de inscrição no RNAAT,
exceção dos previstos no n.º 2 do artigo 4.º. desde que cumpram cumulativamente os seguintes requi-
sitos:
Artigo 4.º
a) A organização e venda das atividades não tenham
Tipo de atividades
fim lucrativo;
1 — As atividades de animação turística desenvolvi- b) As atividades se dirijam única e exclusivamente aos
das em áreas classificadas ou outras com valores naturais seus membros ou associados e não ao público em geral;
designam-se por atividades de turismo de natureza, desde c) As atividades tenham caráter esporádico e não sejam
que sejam reconhecidas como tal, nos termos previstos no realizadas de forma contínua ou permanente, salvo se fo-
artigo 13.º e no capítulo V. rem desenvolvidas por entidades de cariz social, cultural
2 — As atividades de animação turística desenvolvidas ou desportivo;
mediante utilização de embarcações com fins lucrativos d) Obedeçam, na realização de transportes, ao disposto
designam-se por atividades marítimo-turísticas e integram no artigo 26.º, com as devidas adaptações;
as seguintes modalidades: e) No caso de serem utilizadas embarcações e demais
meios náuticos, estes cumpram os requisitos e procedi-
a) Passeios marítimo-turísticos; mentos técnicos, designadamente em termos de segurança,
b) Aluguer de embarcações com tripulação; regulados por diploma próprio.
c) Aluguer de embarcações sem tripulação;
d) Serviços efetuados por táxi fluvial ou marítimo; 5 — As entidades a que se refere o número anterior estão
e) Pesca turística; obrigadas a celebrar um seguro de responsabilidade civil e
f) Serviços de natureza marítimo-turística prestados me- de acidentes pessoais que cubra os riscos decorrentes das
diante a utilização de embarcações atracadas ou fundeadas atividades a realizar e, quando se justifique, um seguro
e sem meios de propulsão próprios ou selados; de assistência válido no estrangeiro, nos termos previstos
g) Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas no capítulo VII e na portaria a que se refere o n.º 2 do ar-
embarcações dispensadas de registo; tigo 27.º, aplicando-se-lhes igualmente a admissibilidade
h) Outros serviços, designadamente os respeitantes a de garantia financeira ou instrumento equivalente, nos ter-
serviços de reboque de equipamentos de caráter recreativo, mos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010,
tais como bananas, paraquedas, esqui aquático. de 26 de julho, devidamente adaptados.
6 — As empresas de animação turística registadas no
3 — As embarcações, com ou sem propulsão, e demais RNAAT, que no âmbito das suas atividades desenvolvam
meios náuticos utilizados na atividade marítimo-turística percursos pedestres urbanos ou visitas guiadas a museus,
estão sujeitos aos requisitos e procedimentos técnicos, palácios, monumentos e sítios históricos, incluindo arque-
designadamente em termos de segurança, regulados por ológicos, têm direito a entrada livre nos recintos, palácios,
diploma próprio. museus, monumentos, sítios históricos e arqueológicos,
do Estado e das autarquias locais, quando em exercício de
Artigo 5.º funções e durante as horas de abertura ao público.
Registo Nacional de Agentes de Animação Turística 7 — A gratuitidade de entrada nos locais referidos no
número anterior apenas é garantida mediante exibição de
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 4 do ar- documento comprovativo do registo e, tratando-se de pes-
tigo 29.º, apenas as empresas que tenham realizado a mera soa diversa da constante no registo, declaração da empresa
comunicação prévia ou a comunicação prévia com prazo contendo a identificação do profissional em exercício de
através do Registo Nacional de Agentes de Animação Tu- funções de visita guiada complementada com documento
rística (RNAAT), acessível através do balcão único ele- de identificação civil.
trónico de serviços, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio na Internet do Artigo 6.º
Turismo de Portugal, I. P., nos termos previstos nos artigos
11.º e 13.º, podem exercer e comercializar, em território Dever de informação
nacional, as atividades de animação turística definidas no 1 — Antes da contratualização da prestação dos seus
artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo anterior. serviços, as empresas de animação turística e os operadores
2 — Quando pretendam exercer exclusivamente ativi- marítimo-turísticos devem informar os clientes sobre as
dades marítimo-turísticas, as empresas devem inscrever-se características específicas das atividades a desenvolver, di-
no RNAAT como operadores marítimo-turísticos e apenas ficuldades e eventuais riscos inerentes, material necessário
podem exercer as atividades previstas no n.º 2 do artigo quando não seja disponibilizado pela empresa, aptidões
anterior. físicas e técnicas exigidas aos participantes, idade mínima
3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de em- e máxima admitida, serviços disponibilizados e respetivos
preendimentos turísticos que exerçam atividades próprias preços, e quaisquer outros elementos indispensáveis à
das empresas de animação turística como complementares realização das atividades em causa.
à sua atividade principal estão sujeitas ao regime da mera 2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º do Decreto-
comunicação prévia ou da comunicação prévia com prazo -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, antes do início da ativi-
através do RNAAT, nos termos previstos nos artigos 11.º e dade, deve ser prestada aos clientes informação completa e
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4205

clara sobre as regras de utilização de equipamentos, legis- que tenham realizado mera comunicação prévia e comu-
lação ambiental relevante e procedimentos a cumprir nas nicação prévia com prazo, quando aplicável, nos termos
diferentes situações de perigo ou emergência previsíveis, do presente decreto-lei, de acesso disponível ao público
bem como informação relativa à formação e experiência no balcão único eletrónico de serviços, a que se refere o
profissional dos seus colaboradores. artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no
3 — As empresas que desenvolvam atividades reconhe- sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P..
cidas como turismo de natureza devem disponibilizar ao 2 — O registo das empresas de animação turística e
público informação sobre a experiência e formação dos dos operadores marítimo-turísticos inscritos no RNAAT
seus colaboradores em matéria de ambiente, património contém:
natural e conservação da natureza.
a) A firma ou denominação social da entidade registada
para o exercício de atividades de animação turística, ou o
Artigo 7.º nome no caso de se tratar de pessoa singular;
Desempenho ambiental b) Sempre que estabelecidos em território nacional, o
tipo, a sede ou estabelecimento principal, a conservatória
1 — As atividades de animação turística devem realizar- do registo onde se encontrem matriculadas, o seu número
-se de acordo com as disposições legais e regulamentares de matrícula e de identificação de pessoa coletiva, caso
em matéria de ambiente e, sempre que possível, contribuir exista, o objeto social ou estatutário ou, no caso de se tratar
para a preservação do ambiente, nomeadamente maximi- de pessoa singular, o respetivo número de identificação
zando a eficiência na utilização dos recursos e minimizando fiscal e código da atividade económica, assim como, em
a produção de resíduos, ruído, emissões para a água e para qualquer dos casos, a localização de todos os estabeleci-
a atmosfera e os impactes no património natural. mentos em território nacional;
2 — As atividades de animação turística realizadas em c) (Revogada.)
áreas protegidas devem, nomeadamente, observar os res- d) A identificação pormenorizada das atividades de ani-
petivos planos de ordenamento e cartas de desporto da mação que a empresa estabelecida em território nacional
natureza ou outros documentos de ordenamento em vigor. exerce;
e) Referência ao reconhecimento da empresa como de
Artigo 8.º turismo de natureza, quando aplicável;
Identificação das empresas de animação turística f) As marcas utilizadas pela empresa estabelecida em
e dos operadores marítimo-turísticos território nacional;
g) Os números das apólices de seguros obrigatórios, ou
1 — As denominações de «empresa de animação tu- de seguros, garantias financeiras ou instrumentos equi-
rística» e de «operador marítimo-turístico» só podem ser valentes, quando exigíveis nos termos do artigo 27.º, o
usadas por empresas que exerçam e comercializem le- respetivo prazo de validade e o montante garantido, ou
galmente em território nacional, nos termos do presente a referência à isenção de que goza, nos termos dos arti-
decreto-lei, as atividades de animação turística definidas gos 28.º ou 28.º-A, conforme o caso aplicável;
no artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 4.º. h) As sanções aplicadas;
2 — Em contratos, correspondência, publicações, anún- i) As menções distintivas de qualidade quando as mes-
cios e em toda a atividade externa, as empresas de anima- mas constem da comunicação prévia referida no número
ção turística e os operadores marítimo-turísticos devem in- anterior.
dicar o número de registo, nacional ou do Estado-Membro
da União Europeia ou do espaço económico europeu de Artigo 10.º
estabelecimento, quando aplicável, e a localização da sua Obrigação de comunicação
sede, sem prejuízo de outras referências obrigatórias nos
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
termos do Código das Sociedades Comerciais e demais
qualquer alteração aos elementos constantes do registo de
legislação aplicável.
3 — A utilização de marcas por empresas de anima- empresas estabelecidas em território nacional, nos termos
ção turística e operadores marítimo-turísticos inscritos no referidos no n.º 2 do artigo anterior, incluindo a abertura
RNAAT carece, nos termos do artigo 10.º, de comunicação de novos estabelecimentos ou formas de representação
ao Turismo de Portugal, I. P.. locais, o encerramento de estabelecimento ou a cessação
4 — A designação «turismo de natureza» e o respetivo da atividade da empresa em território nacional, deve ser co-
logótipo só podem ser usados por empresas reconhecidas municada ao Turismo de Portugal, I. P., através do RNAAT,
como tal nos termos do artigo 20.º. no prazo de 30 dias após a respetiva verificação.
5 — O logótipo a que se refere o número anterior é apro- 2 — A atualização dos elementos indicados na alínea g)
vado por portaria dos membros do Governo responsáveis do n.º 2 do artigo anterior segue os termos dos n.os 6 a 8
pelas áreas do ambiente e do turismo. do artigo 27.º.
3 — A comunicação prevista nos números anteriores
destina-se à atualização do RNAAT.
CAPÍTULO III 4 — A alteração dos elementos do registo deve ser co-
Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística municada pelo Turismo de Portugal, I. P., às entidades
competentes em razão da matéria a que se reporte a al-
Artigo 9.º teração.
Elementos do RNAAT Artigo 10.º-A
Informação pública no RNAAT
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém
atualizado o RNAAT, que integra o registo das empresas 1 — O Turismo de Portugal, I. P., publicita, através do
de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos RNAAT, a cessação da atividade das empresas de animação
4206 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

turística e dos operadores marítimo-turísticos nele regis- petiva certidão permanente ou, no caso de se tratar de
tados por um período superior a 90 dias sem justificação pessoa singular, cópia simples da declaração de início de
atendível bem como as situações de irregularidade verifi- atividade;
cadas no exercício da sua atividade, durante o período em c) Indicação do número de registo, na autoridade com-
que as mesmas se verifiquem, nomeadamente, as seguintes: petente, das marcas que pretenda utilizar;
a) Incumprimento da obrigação de envio ao Turismo de d) Cópia simples das apólices de seguro obrigatório e
Portugal, I. P., do comprovativo de que as devidas apólices comprovativo do pagamento do prémio ou fração inicial,
de seguro obrigatórias, ou de seguros, garantias financeiras ou comprovativo de contratação e validade dos seguros,
ou instrumentos equivalentes se encontram em vigor, em garantias financeiras ou instrumentos equivalentes nos
violação do disposto nos n.os 6 a 8 do artigo 27.º; termos dos artigos 27.º e 28.º, quando aplicável;
b) Verificação de irregularidades graves na gestão da e) Programa detalhado das atividades a desenvolver,
empresa ou incumprimento grave perante fornecedores com indicação dos equipamentos a utilizar;
ou consumidores, que sejam suscetíveis de pôr em risco f) Declaração de compromisso em como os equipa-
os interesses destes ou as condições normais de funciona- mentos e as instalações, quando existam, satisfazem os
mento do mercado neste setor. requisitos legais;
g) Documentos previstos no n.º 1 do artigo 20.º, quando
2 — A dissolução das empresas de animação turística e se pretenda o reconhecimento de atividades de turismo de
dos operadores marítimo-turísticos registados no RNAAT natureza;
dá lugar ao imediato cancelamento da sua inscrição na- h) Comprovativo do pagamento das taxas a que se refere
quele registo. o artigo 16.º, nos casos em que sejam devidas.

CAPÍTULO IV 4 — Quando algum dos elementos referidos no número


anterior se encontrar disponível na Internet, a respetiva
Mera comunicação prévia para inscrição no RNAAT apresentação pode ser substituída por uma declaração do
interessado que indique o endereço do sítio onde aquele
Artigo 11.º documento pode ser consultado e autorize, se for caso
Acesso à atividade de animação turística disso, a sua consulta.
5 — A inscrição no RNAAT de empresas em regime
1 — O exercício de atividades de animação turística de livre prestação de serviços em território nacional é
depende de: realizada na sequência da comunicação prévia referida no
a) Inscrição no RNAAT pela regular apresentação de n.º 2 do artigo 29.º.
mera comunicação prévia, tal como definida na alínea b) 6 — Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do
do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, não pode haver
julho, sem prejuízo do disposto no artigo 29.º; duplicação entre as condições exigíveis para o cumpri-
b) Contratação dos seguros obrigatórios ou dos seguros, mento dos procedimentos previstos no presente decreto-lei
garantias financeiras ou instrumentos equivalentes, nos e os requisitos e os controlos equivalentes, ou comparáveis
termos dos artigos 27.º a 28.º-A. quanto à finalidade, a que o requerente já tenha sido sub-
metido em território nacional ou noutro Estado-Membro
2 — A inscrição no RNAAT das empresas estabeleci- da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.
das em território nacional é realizada através de formulá- 7 — O disposto no número anterior não é aplicável
rio eletrónico disponibilizado no balcão único eletrónico ao cumprimento das condições referentes diretamente às
de serviços, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei instalações físicas localizadas em território nacional, nem
n.º 92/2010, de 26 de julho, e no sítio na Internet do Tu- aos respetivos controlos por autoridade competente.
rismo de Portugal, I. P., e deve incluir:
Artigo 12.º
a) A identificação do interessado;
b) (Revogada.) Tramitação
c) A localização da sede, ou do domicílio no caso de 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, re-
se tratar de pessoa singular, e dos estabelecimentos em gularmente recebida a mera comunicação prévia por via
território nacional; eletrónica é automaticamente enviado um recibo de receção
d) A indicação do nome adotado para o estabelecimento ao remetente, o qual pode iniciar a sua atividade, desde que
e de marcas que a empresa pretenda utilizar; se encontrem pagas as taxas a que se refere o artigo 16.º,
e) As atividades de animação turística que a empresa quando devidas.
pretenda exercer, especificando, no caso das atividades 2 — Caso o interessado, obrigado ao pagamento da
marítimo-turísticas, as modalidades a exercer; quantia a que se refere o artigo 16.º a ele não tenha pro-
f) A indicação de interesse em obter o reconhecimento da cedido previamente à realização da mera comunicação
atividade de turismo de natureza, quando se verifique. prévia, ou pretendendo exercer a sua atividade, por na-
tureza sem riscos assinaláveis, de forma notoriamente
3 — Sem prejuízo do disposto na alínea d) do artigo 5.º perigosa nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º,
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, a mera comu- não tenha ainda assim apresentado o comprovativo re-
nicação prévia referida no número anterior é instruída com ferido na alínea d) do n.º 3 do artigo anterior, o Turismo
os seguintes elementos: de Portugal, I. P., notifica-o, no prazo de cinco dias, para
a) (Revogada.) proceder ao pagamento daquela quantia ou à apresentação
b) Extrato em forma simples do teor das inscrições daquele comprovativo, suspendendo o registo da empresa
em vigor no registo comercial ou código de acesso à res- até ao cumprimento do solicitado.
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3 — No prazo de 10 dias a contar da data da comunica- b) 240,00 EUR, para empresas de animação turística e
ção prévia ou do cumprimento do solicitado nos termos do operadores marítimo-turísticos que pretendam reconhe-
número anterior, o Turismo de Portugal, I. P., comunica à cimento como prestando atividades de turismo de natu-
Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços reza;
Marítimos (DGRM), à Direção-Geral da Autoridade Marí- c) 90,00 EUR, para empresas de animação turística
tima (DGAM) e à Agência Portuguesa do Ambiente, I. P., cuja atividade seja exclusivamente o desenvolvimento,
o registo de operadores marítimo-turísticos e de empresas em ambiente urbano, de percursos pedestres e visitas a
de animação turística cujo projeto de atividades inclua o museus, palácios e monumentos e, simultaneamente, se
exercício de atividades marítimo-turísticas e, no caso da encontrem isentas da obrigação de contratação dos seguros
DGRM, ainda quando o exercício dessas atividades tam- previstos no artigo 27.º, nos termos da alínea b) do n.º 1
bém inclua a modalidade da pesca turística. do artigo 28.º.
Artigo 13.º 2 — As empresas de animação turística e operadores
Reconhecimento de atividades de turismo de natureza marítimo-turísticos, em regime de livre prestação de servi-
ços em território nacional que pretendam reconhecimento
1 — O exercício de atividades de animação turística como prestando atividades de turismo de natureza ficam
fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como sujeitas ao pagamento de uma taxa de 75,00 EUR.
definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei 3 — Quando se trate de microempresas, os valores
n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente pretenda previstos nos números anteriores são reduzidos, respeti-
obter o reconhecimento das suas atividades como turismo vamente, para:
de natureza nos termos previstos no capítulo V, salvo nos
casos previstos no n.º 3 do artigo 20.º que ficam sujeitos a) 90,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea a)
ao regime da mera comunicação prévia. do n.º 1;
2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos ter- b) 160,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea b)
mos do artigo 20.º permite ao interessado iniciar atividade do n.º 1;
com o deferimento da pretensão ou, na ausência de resposta c) 20,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea c)
ao pedido de reconhecimento, no prazo de 25 dias. do n.º 1;
3 — O prazo referido no número anterior é contado a d) 45,00 EUR, quanto ao valor referido no número
partir do momento do pagamento das taxas devidas nos anterior.
termos do artigo 16.º, quando o mesmo seja efetuado na
data da comunicação prévia ou em data posterior, ou da 4 — As empresas registadas no RNAAT que queiram
realização da comunicação prévia, quando não sejam devi- ver reconhecida a sua atividade como de turismo de natu-
das taxas ou quando o seu pagamento tenha sido efetuado reza, pagam uma taxa de valor correspondente à diferença
em data anterior ao da realização da comunicação prévia, entre o valor pago e o valor devido nos termos dos números
valendo o recibo de receção da comunicação como com- anteriores.
provativo de reconhecimento. 5 — Os valores das taxas referidos nos n.os 1 a 3 são
4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo ao atualizados a 1 de março, de três em três anos, a partir de
ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado da 2016, com base na média de variação do índice médio de
receção da comunicação prévia com prazo, para apreciação preços ao consumidor no continente, relativo aos três anos
nos termos dos artigos 21.º e 22.º. anteriores, excluindo a habitação, e publicado pelo Instituto
5 — Caso o ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo refe- Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.).
rido no n.º 2, presume-se o respetivo reconhecimento. 6 — Consideram-se microempresas as empresas certifi-
6 — O reconhecimento de atividades de turismo de cadas como tal de acordo com o Decreto-Lei n.º 372/2007,
natureza pode ser requerido aquando da mera comunicação de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2009,
prévia para inscrição no RNAAT, prevista na alínea a) do de 16 de junho, no momento em que sejam devidas as taxas
n.º 1 do artigo 11.º, ou em momento posterior. referidas nos números anteriores.
7 — O produto das taxas referidas nos n.os 1 a 3, reverte
Artigo 14.º em:
(Revogado.) a) 20 % para o ICNF, I. P.;
b) 20 % para a DGRM;
Artigo 15.º c) 20 % para a DGAM;
(Revogado.) d) 40 % para o Turismo de Portugal, I. P..

Artigo 16.º 8 — Sem prejuízo do disposto no artigo 25.º, com a


inscrição no RNAAT e o pagamento das taxas a que se
Taxas refere o presente artigo, as empresas de animação turís-
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, pela inscrição no tica e os operadores marítimo-turísticos ficam isentos da
RNAAT de empresas de animação turística estabelecidas obrigação de obtenção de permissões administrativas e
em território nacional é devida uma taxa, com o valor a do pagamento de quaisquer outras taxas exigidas para o
seguir indicado, consoante o caso: exercício das atividades abrangidas pelo presente decreto-
-lei, sendo contudo devido o pagamento das:
a) 135,00 EUR, para empresas de animação turística
e operadores marítimo-turísticos que não pretendam re- a) Taxas relativas a licenças individuais de pesca tu-
conhecimento como prestando atividades de turismo de rística quando seja exercida esta modalidade da atividade
natureza; marítimo-turística;
4208 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

b) Taxas e cauções, devidas pela emissão de títulos de b) A comunicação de alterações aos dados constantes
utilização privativa de recursos hídricos nos termos do do RNAAT;
disposto no artigo 59.º na Lei da Água, aprovada pela Lei c) As comunicações com o interessado;
n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e alterada pelos Decretos- d) (Revogada.)
-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 130/2012, de e) (Revogada.)
22 de junho, e respetiva legislação complementar e regu- f) (Revogada.)
lamentar, quando esteja em causa a reserva de áreas do
domínio público hídrico para o exercício da atividade ou 2 — A comunicação com as diferentes entidades com
instalação de estruturas de apoio ou quando tal utilização competência no âmbito do presente decreto-lei é realizada
implicar alteração no estado dos recursos ou colocar esse de forma desmaterializada, por meio da integração e garan-
estado em perigo. tia de interoperacionalidade entre os respetivos sistemas
de informação.
Artigo 16.º-A 3 — É atribuído um número de referência a cada pro-
Acesso de empresas de animação turística às atividades
cesso no início da tramitação que é mantido em todos os
próprias das agências de viagens e turismo documentos em que se traduzem os atos e formalidades
da competência do Turismo de Portugal, I. P., ou da com-
1 — As empresas de animação turística que pretendam petência de qualquer das entidades intervenientes.
exercer atividades próprias das agências de viagens e tu- 4 — As funcionalidades do sistema de informação in-
rismo devem: cluem a rejeição liminar de operações de cuja execução
a) Efetuar a mera comunicação prévia através do Re- resultariam vícios ou deficiências de instrução, designa-
gisto Nacional de Agentes de Viagens e Turismo (RNAVT), damente recusando o recebimento de comunicações que
acessível através do balcão único eletrónico de serviços, a contenham manifestas falhas de instrução do processo.
que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 5 — Os sistemas de informação produzem notificações
de julho, e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P., automáticas para as entidades envolvidas sempre que novos
ou a apresentação da documentação relativa às garantias elementos sejam adicionados ao processo.
referidas na alínea seguinte, através dos mesmos meios,
em caso de livre prestação de serviços; CAPÍTULO V
b) Prestar as garantias exigidas para o exercício da ati-
vidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 61/2011, Turismo de natureza
de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 199/2012, de
24 de agosto; Artigo 20.º
c) Cumprir os demais requisitos exigidos para o exer-
Reconhecimento de atividades de turismo de natureza
cício da atividade nos termos previstos no Decreto-Lei
n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei 1 — As pessoas singulares e coletivas habilitadas a
n.º 199/2012, de 24 de agosto. exercer atividades de animação turística ou atividades
marítimo-turísticas que pretendam obter o reconhecimento
2 — As empresas referidas no número anterior, quando das suas atividades como turismo de natureza devem efe-
estabelecidas em território nacional, pagam a diferença tuar a comunicação prévia com prazo nos termos previstos
entre o valor devido ao abrigo do n.º 4 do artigo 8.º do no artigo 13.º, instruída com os seguintes elementos:
Decreto-Lei n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo
a) Lista das atividades disponibilizadas pela empresa;
Decreto-Lei n.º 199/2012, de 24 de agosto, e o valor das
b) Declaração de adesão formal a um código de conduta
taxas pagas no âmbito do regime jurídico da atividade de
das empresas de turismo de natureza, aprovado por porta-
animação turística e dos operadores marítimo-turísticos.
ria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do
ambiente e do turismo;
Artigo 17.º
c) Projeto de conservação da natureza, quando apli-
(Revogado.) cável.

Artigo 18.º 2 — O projeto de conservação de natureza a que se re-


fere a alínea c) do número anterior é opcional para pessoas
(Revogado.)
singulares e coletivas habilitadas a exercer atividades de
animação turística ou atividades marítimo-turísticas que
Artigo 19.º sejam certificadas como micro, pequena ou média empresa,
Sistema de informação de acordo com o Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de no-
vembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2009, de 16 de
1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pre-
junho, assim como para prestadores não estabelecidos em
sente decreto-lei é realizada de forma desmaterializada,
território nacional, a operar nos termos do artigo 29.º.
através do RNAAT, acessível através do balcão único ele-
3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de em-
trónico de serviços, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-
preendimentos reconhecidos como de turismo de natureza
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio na Internet do
que exerçam atividades próprias de animação turística nos
Turismo de Portugal, I. P., os quais, entre outras funcio-
termos previstos no n.º 3 do artigo 5.º, usufruem do reco-
nalidades, permitem:
nhecimento destas atividades como turismo de natureza por
a) O envio da mera comunicação prévia, da comunica- mera comunicação prévia da qual conste a sua identificação
ção prévia com prazo, das propostas referidas no n.º 3 do como proprietária ou exploradora de empreendimento de
artigo 22.º, e respetivos documentos; turismo de natureza devidamente reconhecido.
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4209

Artigo 21.º Artigo 24.º


Critérios de reconhecimento Exclusividade em áreas protegidas
O reconhecimento da atividade de turismo de natureza 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, na Rede Na-
a desenvolver pelas empresas referidas no n.º 1 do artigo cional de Áreas Protegidas, o exercício de atividades de
anterior é efetuado pelo ICNF, I. P., de acordo com os animação turística fora dos perímetros urbanos e da rede vi-
seguintes critérios: ária nacional, regional e local, aberta à circulação pública,
apenas pode ser promovido por empresas reconhecidas nos
a) Atividades disponibilizadas pela empresa e seu im- termos previstos no artigo 20.º.
pacte no património natural; 2 — Para efeitos do número anterior, apenas podem ser
b) Adesão ao código de conduta das empresas de tu- exercidas as seguintes atividades de animação turística:
rismo de natureza, referido na alínea b) do n.º 1 do artigo
anterior; a) Passeios pedestres, expedições fotográficas, percur-
c) Participação da empresa, diretamente ou em parce- sos interpretativos e atividades de observação de fauna e
ria com entidades públicas ou privadas, num projeto de flora;
conservação da natureza, aprovado nos termos do artigo b) Atividades de orientação;
seguinte. c) Atividades de teambuilding;
d) Jogos populares;
Artigo 22.º e) Montanhismo, escalada, atividades de neve, canyo-
Projeto de conservação da natureza ning, coasteering, e espeleologia;
f) Arborismo e outros percursos de obstáculos com re-
1 — O projeto de conservação da natureza referido na curso a rapel, slide, pontes e similares;
alínea c) do artigo anterior é aprovado pelo ICNF, I. P., de g) Paintball, tiro com arco, besta, zarabatana, carabina
acordo com os seguintes critérios: de pressão de ar e similares;
a) Proporcionalidade entre o projeto proposto e a ativi- h) Balonismo, asa delta sem motor, parapente e simi-
dade de turismo de natureza da empresa; lares;
b) Valores naturais alvo do projeto; i) Passeios de bicicleta (cicloturismo ou BTT), passeios
c) Localização das ações a executar; de segway e em outros veículos não poluentes;
d) Cronograma de execução; j) Passeios equestres, passeios em atrelagens de tração
e) Relevância do projeto para a conservação do patri- animal e similares;
mónio natural; l) Passeios em todo o terreno;
f) Disponibilização de serviços de visitação e atividades m) Passeios de barco, com ou sem motor;
de educação ambiental associados ao projeto, quando se n) Pesca turística;
aplique. o) Observação de cetáceos e outros animais marinhos;
p) Vela, remo, canoagem e atividades náuticas simi-
2 — Quando solicitado pelo ICNF, I. P., a empresa deve lares;
entregar informação relativa ao progresso e resultados do q) Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf e atividades si-
projeto de conservação da natureza referido na alínea c) milares;
do artigo anterior. r) Rafting, hidrospeed e atividades similares;
3 — No prazo de três meses a contar da conclusão do s) Mergulho, snorkeling e similares.
projeto de conservação da natureza, a empresa deve en-
tregar uma proposta para um novo projeto, o qual deve 3 — Sem prejuízo da demais legislação aplicável, as
ser aprovado pelo ICNF, I. P., nos termos do n.º 1, caso a entidades referidas no n.º 4 do artigo 5.º, que pretendam
empresa pretenda manter válido o reconhecimento da sua exercer as atividades mencionadas no número anterior na
atividade como turismo de natureza. Rede Nacional de Áreas Protegidas devem ainda enviar ao
4 — O novo projeto referido no número anterior, o qual ICNF, I. P., a declaração de adesão formal a um código de
pode ser submetido a aprovação através do balcão único conduta das empresas de turismo de natureza prevista na
eletrónico de serviços a que se refere o artigo 6.º do Decreto- alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º, aplicável com as devidas
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio na Internet do adaptações.
Turismo de Portugal, I. P., considera-se aprovado caso o
ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo de 20 dias contado CAPÍTULO VI
da data da sua receção.
Instalações e equipamento
Artigo 23.º
Artigo 25.º
Validade do reconhecimento
Instalações, equipamento e material
O reconhecimento da atividade de turismo de natureza
pode ser revogado pelo ICNF, I. P., nos seguintes casos: 1 — Quando as empresas de animação turística dispo-
nham de instalações fixas, estas devem satisfazer as normas
a) Se deixar de se verificar algum dos requisitos para o vigentes para cada tipo de atividade e devem encontrar-se
reconhecimento, previstos no presente decreto-lei; licenciadas ou autorizadas, pelas entidades competentes,
b) Incumprimento do código de conduta das empresas nos termos da legislação aplicável.
de turismo de natureza; 2 — A inscrição no RNAAT não substitui qualquer ato
c) Se não forem entregues, no prazo de seis meses, os administrativo de licenciamento ou autorização legalmente
elementos do projeto de conservação da natureza referidos previstos para a utilização de equipamentos, infraestruturas
no n.º 2 do artigo anterior. ou implementação prática de um estabelecimento, inicia-
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tiva, projeto ou atividade, nem constitui prova do respeito c) Um seguro de responsabilidade civil que cubra os da-
pelas normas aplicáveis aos mesmos, nem isenta os res- nos patrimoniais e não patrimoniais causados por sinistros
petivos promotores da responsabilidade civil ou criminal ocorridos no decurso da prestação do serviço.
que se possa verificar por força de qualquer ato ilícito
relacionado com a atividade. 2 — A cobertura obrigatória e demais aspetos do fun-
cionamento dos seguros referidos no número anterior são
Artigo 26.º definidos em portaria dos membros do Governo respon-
sáveis pelas áreas das finanças e da economia.
Utilização de meios de transporte
3 — No caso dos operadores marítimo-turísticos e das
1 — Na realização de passeios turísticos ou transporte empresas de animação turística que exerçam atividade
de clientes no âmbito das suas atividades, e quando uti- marítimo-turística, o seguro de responsabilidade civil
lizem veículos automóveis com lotação superior a nove previsto na alínea c) do n.º 1 fica ainda sujeito às regras
lugares, as empresas de animação turística devem estar específicas previstas no anexo III do RAMT.
licenciadas para a atividade de transportador público ro- 4 — Nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-
doviário de passageiros ou recorrer a entidade habilitada -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, considera-se cumprida a
para o efeito nos termos da legislação aplicável. obrigação de celebração dos seguros referidos nos núme-
2 — Os veículos automóveis utilizados no exercício ros anteriores pelas empresas e operadores estabelecidos
das atividades previstas no número anterior com lota- noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço
ção superior a nove lugares devem ser sujeitos a pré- económico europeu que tenham as respetivas atividades a
vio licenciamento pelo Instituto de Mobilidade e dos exercer em território nacional cobertas por seguro, garantia
Transportes, I. P. (IMT, I. P.), ou estar abrangidos por financeira ou instrumento equivalente aos seguros exigi-
licença europeia emitida em qualquer Estado-Membro dos nos termos dos números anteriores e dos artigos 28.º
de estabelecimento, nos termos do Regulamento (CE) e 28.º-A.
n.º 1073/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, 5 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º
de 21 de outubro, ou, quando a utilização se restrinja a e 28.º-A, nenhuma empresa de animação turística ou ope-
rador marítimo-turístico pode iniciar ou exercer a sua ativi-
operações de cabotagem, cumprir os requisitos respetivos,
dade sem fazer prova junto do Turismo de Portugal, I. P., de
nos termos daquele Regulamento.
ter contratado os seguros exigidos nos termos dos n.os 1 a 3,
3 — Na realização de passeios turísticos ou transporte ou seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
de clientes no âmbito das suas atividades, o transporte em nos termos do número anterior.
veículos automóveis com lotação até nove lugares pode ser 6 — As empresas de animação turística e os operadores
efetuado pelas próprias empresas de animação turística, marítimo-turísticos estabelecidos em território nacional
desde que os veículos utilizados sejam da sua propriedade, devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P., comunicação
ou objeto de locação financeira, aluguer de longa duração a informar da revalidação das apólices de seguro obri-
ou aluguer operacional de viaturas (renting), se a empresa gatório ou de seguro, garantia financeira ou instrumento
de animação turística for a locatária, ou ainda quando equivalente anteriormente contratado, acompanhada de
recorram a entidades habilitadas para o transporte. documento comprovativo, no prazo de 30 dias a contar
4 — Nos transportes de passeios turísticos ou transporte da data do respetivo vencimento ou desadequação da res-
de clientes em veículos com lotação até nove lugares, o petiva garantia.
motorista deve ser portador do seu horário de trabalho e 7 — As empresas de animação turística e os opera-
de documento que contenha a identificação da empresa, a dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados-
especificação do evento, iniciativa ou projeto, a data, a hora -Membros da União Europeia ou do espaço económico
e o local de partida e de chegada, que exibirá a qualquer europeu que prestem serviços de animação turística em
entidade competente que o solicite. território nacional em regime de livre prestação de servi-
ços, sempre que se verifique que o seguro obrigatório ou
o seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
CAPÍTULO VII comunicado nos termos do n.º 2 do artigo 29.º já não se
Das garantias financeiras encontra válido ou adequado às atividades desenvolvidas
em território nacional, devem comprovar perante o Turismo
Artigo 27.º de Portugal, I. P., por comunicação, a subscrição de novo
instrumento e a respetiva validade.
Seguros obrigatórios 8 — A comunicação prevista no número anterior deve
1 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º ser efetuada no prazo de 30 dias a contar da data do venci-
e 28.º-A, as empresas de animação turística e os operadores mento do instrumento anterior ou da desadequação da sua
marítimo-turísticos que exerçam atividade em território garantia, no caso de a empresa se encontrar à data a prestar
nacional estão obrigados a celebrar e a manter válidos serviços em Portugal, ou, no caso contrário, no prazo de
seguros que cubram os riscos para a saúde e segurança 30 dias a contar da sua reentrada em território nacional.
dos destinatários dos serviços ou de terceiros decorrentes 9 — Os capitais mínimos a cobrir pelos seguros referi-
da sua atividade, nos seguintes termos: dos no n.º 1, a fixar pela portaria mencionada no n.º 2, e
no anexo III do RAMT, a que alude o n.º 3, são atualizados
a) Um seguro de acidentes pessoais para os destinatários anualmente, em função do índice de inflação publicado
dos serviços; pelo INE, I. P., no ano imediatamente anterior, sendo os
b) Um seguro de assistência para os destinatários dos montantes decorrentes da atualização divulgados no portal
serviços que viajem do território nacional para o estran- do Turismo de Portugal, I. P., e no balcão único eletrónico
geiro no âmbito ou por força do serviço prestado; dos serviços.
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4211

Artigo 28.º da legislação do Estado-Membro de origem, devendo as


Isenções gerais
empresas de animação turística e os operadores marítimo-
-turísticos identificar a autoridade competente daquele
1 — Não exigem a contratação dos seguros referidos Estado que exerce poder punitivo pela violação do requisito
nas alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo anterior: em causa em território nacional na declaração referida no
a) As atividades que, nos termos de legislação espe- n.º 2 do artigo seguinte e ainda sempre que tal lhe seja
cial, estejam sujeitas à contratação dos mesmos tipos de solicitado pelo destinatário do serviço ou por autoridade
seguros; competente.
b) A realização em ambiente urbano de percursos pe-
destres e visitas a museus, palácios e monumentos ou a CAPÍTULO VIII
realização de quaisquer outras atividades que venham a ser
identificadas em portaria do membro do Governo respon- Empresas em livre prestação de serviços
sável pela área do turismo como não apresentando riscos em território nacional
significativos para a saúde e segurança dos destinatários
dos serviços ou de terceiros, salvo se a específica forma Artigo 29.º
de prestação do serviço assumir natureza notoriamente
Livre prestação de serviços
perigosa;
c) A prestação de serviços por uma empresa através de 1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintes,
outra empresa subcontratada que disponha, ela própria, as pessoas singulares ou coletivas estabelecidas noutro
dos seguros para a atividade objeto de subcontratação, Estado-Membro da União Europeia ou do espaço eco-
obrigatórios nos termos dos artigos 27.º a 28.º-A, sendo nómico europeu e que aí exerçam legalmente atividades
a primeira, no entanto, solidariamente responsável pelo de animação turística podem exercê-las livremente em
pagamento das indemnizações a que haja lugar, na parte território nacional, de forma ocasional e esporádica, em
não coberta por aqueles seguros. regime de livre prestação de serviços.
2 — As empresas referidas no número anterior que
2 — Ficam dispensadas da contratação do seguro de pretendam exercer atividades de animação turística em
responsabilidade civil referido na alínea c) do n.º 1 do Portugal devem, antes do início da atividade, apresen-
artigo anterior as empresas referidas no n.º 3 do mesmo tar, nos termos do n.º 1 do artigo 19.º, ao Turismo de
artigo, desde que o seguro contratado ao abrigo do anexo III Portugal, I. P., mera comunicação prévia de onde conste
do RAMT cubra todas as atividades que exerçam e que o a sua identificação, assim como a sede ou estabelecimento
capital mínimo de cobertura seja igual ou superior. principal, acompanhada de documentação, em forma sim-
ples, comprovativa da contratação, em Portugal ou noutro
Artigo 28.º-A Estado-Membro, dos seguros obrigatórios, ou de seguros,
Isenção específica para livre prestação de serviços garantias financeiras ou instrumentos equivalentes, nos
termos do artigo 27.º, ou na qual declarem que estão isentos
1 — As empresas de animação turística e os opera- dessa contratação, nos termos dos artigos 28.º ou 28.º-A,
dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados- conforme aplicável.
-Membros da União Europeia ou do espaço económico 3 — Não é todavia obrigatória a mera comunicação pré-
europeu que prestem serviços de animação turística em via prevista no número anterior, bem como a consequente
território nacional em regime de livre prestação e que este-
inscrição no RNAAT, das empresas que em Portugal se
jam obrigados, nos termos da legislação do Estado-membro
dediquem, em regime de livre prestação de serviços, à
de origem, à contratação de garantia financeira para a
cobertura em território nacional dos riscos para a saúde e realização em ambiente urbano de percursos pedestres e
segurança dos destinatários dos serviços ou de terceiros, visitas a museus, palácios e monumentos ou à realização de
decorrentes da sua atividade, de cobertura obrigatória nos quaisquer outras atividades que venham a ser identificadas
termos dos n.os 1 a 3 do artigo 27.º e do artigo anterior, estão em portaria do membro do Governo responsável pela área
isentos da obrigação de contratação dos seguros referidos do turismo como não apresentando riscos significativos
nos n.os 1 a 3 daquele artigo, ou de seguros, garantias ou para a saúde e segurança dos destinatários dos serviços
instrumentos equivalentes nos termos do n.º 4 do mesmo ou de terceiros.
artigo 27.º. 4 — As pessoas singulares e coletivas estabelecidas
2 — Nos casos em que a legislação do Estado-Membro noutros Estados-Membros da União Europeia ou do espaço
de origem dos prestadores referidos no número anterior económico europeu que pretendam exercer atividades de
só obrigue à cobertura de alguns dos riscos para a saúde animação turística na Rede Nacional de Áreas Protegidas
e segurança dos destinatários dos serviços ou de terceiros de forma ocasional e esporádica ficam sujeitas ao disposto
decorrentes da sua atividade, de cobertura obrigatória nos no capítulo V.
termos dos n.os 1 a 3 do artigo 27.º e do artigo anterior, a 5 — Às empresas referidas nos números anteriores
isenção só se aplica a esses mesmos tipos de riscos, ficando são ainda aplicáveis os requisitos constantes do n.º 2, da
o prestador obrigado à contratação dos seguros obrigatórios alínea d) do n.º 3 e do n.º 6 do artigo 16.º, dos artigos 25.º,
ou de seguros, garantias ou instrumentos equivalentes rela- 26.º e 37.º, os requisitos que o RAMT torne expressamente
tivos aos riscos para os quais aquela legislação não obrigue aplicáveis a prestadores de serviços em regime de livre
à contratação de qualquer garantia financeira. prestação e as obrigações constantes dos artigos 27.º a
3 — Nos casos de isenção nos termos dos números 28.º-A, nos termos aí referidos.
anteriores, as informações referidas na alínea m) do n.º 1 6 — As empresas que, nos termos do n.º 3, tenham op-
do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, tado por não constar do RNAAT, não gozam do direito de
referem-se à garantia financeira contratada nos termos entrada livre referido no n.º 6 do artigo 5.º.
4212 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

CAPÍTULO IX l) A falta ou insuficiência do documento descritivo da


atividade a que se refere o n.º 4 do artigo 26.º;
Regime sancionatório m) A não contratação ou falta de validade de seguros
obrigatórios, ou de seguros, garantias financeiras ou ins-
Artigo 30.º trumentos equivalentes, nos termos do n.º 5 do artigo 5.º
Competência para a fiscalização e dos artigos 27.º a 28.º-A;
n) O incumprimento pelas empresas que desenvolvam
1 — Sem prejuízo das competências próprias das entida- atividades marítimo-turísticas, das obrigações que lhe são
des intervenientes nos procedimentos previstos no presente impostas, no exercício da sua atividade, pelo disposto nas
decreto-lei, e das demais entidades competentes em razão alíneas c) e d) do artigo 25.º do RAMT.
da matéria ou área de jurisdição, compete à Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fiscalizar a 2 — As contraordenações previstas no número anterior,
observância do disposto no presente decreto-lei. com exceção das previstas nas alíneas h) e n), são puní-
2 — As autoridades administrativas competentes em veis com coimas de 300,00 EUR a 3 740,00 EUR ou de
razão da matéria, bem como as autoridades policiais, co- 500,00 EUR a 15 000,00 EUR, consoante o infrator seja
operam com os colaboradores da ASAE no exercício das pessoa singular ou pessoa coletiva.
funções de fiscalização. 3 — (Revogado.)
3 — Aos funcionários em serviço de inspeção devem ser 4 — Constitui contraordenação ambiental leve, nos
facultados os elementos justificadamente solicitados. termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada pela
Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, a prevista na alínea h)
Artigo 31.º do n.º 1.
Contraordenações
5 — A contraordenação prevista na alínea n) do n.º 1 é
punível com coima de 250,00 EUR a 1 500,00 EUR.
1 — Constituem contraordenações: 6 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os
limites mínimos e máximos da coima aplicável reduzidos
a) O exercício de atividades de animação turística em
para metade.
território nacional sem que a empresa tenha regularmente
7 — Às contraordenações previstas no presente decreto-
efetuado a mera comunicação prévia ou comunicação -lei é aplicável o regime geral das contraordenações, apro-
prévia com prazo, em violação do disposto no n.º 1 do ar- vado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, al-
tigo 5.º, ou sem que se encontre regularmente estabelecida terado pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de 17 de outubro,
noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço e 244/95, de 16 de setembro, e pelas Leis n.os 323/2001,
económico europeu, nos termos previstos no artigo 29.º, de 17 de dezembro, e 109/2001, de 24 de dezembro, com
e exerça a atividade em território nacional ao abrigo do exceção da contraordenação ambiental prevista no n.º 4 à
regime da livre prestação de serviços; qual se aplica a Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada
b) O exercício de atividades de animação turística por pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto.
empresa em regime de livre prestação de serviços sem ter
comprovado a contratação e validade dos seguros obri- Artigo 32.º
gatórios, ou de seguros, garantias financeiras ou instru-
mentos equivalentes, em violação do disposto no n.º 5 do Sanções acessórias
artigo 27.º ou no n.º 2 do artigo 29.º, quando aplicável; Em função da gravidade da infração e da culpa do agente,
c) O exercício de atividades de animação turística por e sempre que a gravidade da situação assim o justifique,
entidade isenta de inscrição no registo em violação do podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias:
disposto no n.º 4 do artigo 5.º;
d) A utilização de denominação ou nome ou de elemen- a) Apreensão do material através do qual se praticou
tos informativos ou identificativos com desrespeito pelas a infração;
regras previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 8.º; b) Suspensão do exercício da atividade e encerramento
e) A não comunicação da utilização de marcas, em vio- dos estabelecimentos, iniciativas ou projetos pelo período
lação do disposto no n.º 3 do artigo 8.º; máximo de dois anos.
f) A utilização da designação «Turismo de Natureza»
associada à exibição do respetivo logótipo sem o reco- Artigo 33.º
nhecimento como tal, em violação do disposto no n.º 4 Apreensão cautelar
do artigo 8.º; Sempre que necessário, pode ser determinada a apreen-
g) A não comunicação da alteração dos elementos cons- são provisória de bens e documentos, nos termos previstos
tantes do registo, em violação do disposto no artigo 10.º no artigo 42.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada
ou dos n.os 6 a 8 do artigo 27.º; pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto.
h) O exercício de atividades não reconhecidas como
turismo de natureza na Rede Nacional de Áreas Protegi- Artigo 34.º
das, fora dos perímetros urbanos e da rede viária nacional,
regional e local, aberta à circulação pública, em violação Instrução dos processos e aplicação das coimas
e das sanções acessórias
do disposto no artigo 24.º;
i) A violação ao disposto no artigo 25.º, relativamente às 1 — Compete à ASAE a instrução dos processos de-
condições de funcionamento das instalações, equipamento correntes de infração ao disposto no presente decreto-lei,
e material utilizado; salvo os decorrentes de infração ao disposto no artigo 26.º,
j) A utilização de veículos automóveis, em violação do cuja competência é do presidente do conselho diretivo do
disposto no n.º 2 do artigo 26.º; IMT, I. P..
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4213

2 — Compete ao ICNF, I. P., a instrução e a decisão 3 — A aplicação de medidas cautelares é comunicada


dos processos de contraordenações ambientais previstos ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de três dias após a
no presente decreto-lei. respetiva aplicação, para efeitos de averbamento ao registo.
3 — É da competência da ASAE a aplicação das coimas
e sanções acessórias previstas no presente decreto-lei, à
exceção das resultantes da infração ao disposto no ar- CAPÍTULO X
tigo 26.º, cuja competência é do presidente do conselho Disposições finais e transitórias
diretivo do IMT, I. P..
4 — (Revogado.) Artigo 37.º
5 — É competente para a aplicação das restantes san-
ções acessórias a entidade com competência para aplicação Livro de reclamações
das coimas nos termos do n.º 3. 1 — As empresas de animação turística e os operadores
6 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias marítimo-turísticos devem dispor de livro de reclama-
é comunicada ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de ções nos termos e condições estabelecidas no Decreto-Lei
três dias após a respetiva aplicação, para efeitos de aver- n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado pelos Decretos-
bamento ao registo. -Leis n.os 371/2007, de 6 de novembro, 118/2009, de 19 de
Artigo 35.º maio, e 317/2009, de 30 de outubro.
2 — O original da folha de reclamação deve ser enviado
Produto das coimas pelo responsável da empresa de animação turística ou
1 — O produto das coimas recebidas por violação do operador marítimo turístico à ASAE.
disposto no presente decreto-lei reverte em: 3 — A ASAE deve facultar ao Turismo de Portugal, I. P.,
acesso às reclamações dirigidas às empresas de animação
a) 10 % para a entidade que levanta o auto de notícia; turística e operadores marítimo-turísticos, nos termos de
b) 30 % para a ASAE; protocolo a celebrar entre os dois organismos.
c) (Revogada.)
d) 60 % para o Estado. Artigo 38.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31 de janeiro
2 — Excetua-se o disposto no número anterior, quando
o produto das coimas resultar da infração ao artigo 26.º, o Os artigos 1.º e 2.º do Regulamento da Atividade
qual é repartido da seguinte forma: Marítimo-Turística, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002,
de 31 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 269/2003,
a) 20 % para o IMT, I. P.; de 28 de outubro, passam a ter a seguinte redação:
b) 20 % para a entidade fiscalizadora;
c) 60 % para o Estado. «Artigo 1.º
3 — A repartição do produto das coimas resultantes [...]
das contraordenações ambientais previstas no n.º 4 do O Regulamento da Atividade Marítimo-Turística,
artigo 35.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada abreviadamente designado por RAMT, define as regras
pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, é efetuada nos termos aplicáveis às embarcações utilizadas por agentes autori-
do seu artigo 73.º. zados a exercer a atividade marítimo-turística.
Artigo 36.º
Artigo 2.º
Aplicação de medidas cautelares
[...]
1 — A ASAE é competente para determinar a suspensão
temporária, total ou parcial, do exercício da atividade e o O RAMT é aplicável às embarcações utilizadas pelos
encerramento temporário do estabelecimento nos seguintes operadores marítimo-turísticos e empresas de animação
casos: turística que exerçam a atividade marítimo-turística, em
todo o território nacional.»
a) Quando deixe de se verificar algum dos requisitos
legais exigidos para o exercício da atividade; Artigo 39.º
b) Havendo declaração de insolvência da empresa, sem
aprovação do respetivo plano; (Revogado.)
c) Quando não seja entregue ao Turismo de Portugal, I. P., Artigo 40.º
o comprovativo de que os seguros obrigatórios, ou segu-
ros, garantias financeiras ou instrumentos equivalentes Regiões Autónomas
se encontram em vigor, nos termos dos n.os 6 a 8 do ar- 1 — O presente decreto-lei é aplicável às Regiões Au-
tigo 27.º; tónomas dos Açores e da Madeira, sem prejuízo das com-
d) Em caso de violação reiterada das normas estabele- petências cometidas a serviços ou organismos da adminis-
cidas no presente decreto-lei ou das normas de proteção tração do Estado serem exercidas pelos correspondentes
ambiental. serviços e organismos das administrações regionais com
idênticas atribuições e competências.
2 — A aplicação de medidas cautelares no caso previsto 2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei
na alínea d) do número anterior é devidamente fundamen- n.º 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos quer
tada e pressupõe a ocorrência de um prejuízo grave para os pelos organismos da administração central, quer pelos
consumidores, para o ambiente ou para o mercado. serviços competentes das administrações das regiões au-
4214 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013

tónomas, no âmbito do presente decreto-lei, incluindo Artigo 43.º


os registos no RNAAT, são válidos para todo o território
Entrada em vigor
nacional, excetuados os controlos referentes a instalações
físicas. O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias a contar
Artigo 40.º-A da data da sua publicação.
Cooperação Administrativa ANEXO

As autoridades competentes nos termos do presente Lista exemplificativa de atividades de empresas


decreto-lei participam na cooperação administrativa, no de animação turística
âmbito dos procedimentos relativos a prestadores já esta-
belecidos noutro Estado-Membro da União Europeia ou (a que se refere o n.º 1 do artigo 3.º)
do espaço económico europeu, nos termos do capítulo VI
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente I — Atividades de turismo de ar livre/turismo
através do Sistema de Informação do Mercado Interno. de natureza e aventura

Artigo 41.º Caminhadas e outras atividades pedestres;


Atividades de observação da natureza (rotas geológicas,
Empresas de animação turística e operadores observação de aves, observação de cetáceos e similares);
marítimo-turísticos existentes Atividades de orientação (percursos, geocaching, caças
1 — As empresas de animação turística licenciadas à ao tesouros e similares);
data da entrada em vigor do presente decreto-lei consideram- Montanhismo;
-se registadas nos termos nele previstos, convertendo-se Escalada em parede natural e em parede artificial;
automaticamente o respetivo número de licença no número Canyoning, coasteering e similares;
de inscrição da empresa no RNAAT, desde que se mante- Espeleologia;
nham válidas as garantias legais exigidas. Arborismo e outros percursos de obstáculos (com re-
2 — As licenças emitidas para o exercício de atividades curso a manobras com cordas e cabos de aço como rapel,
de animação ambiental válidas à data da entrada em vigor slide, pontes e similares);
do presente decreto-lei dispensam o reconhecimento de Paintball, tiro com arco, besta, zarabatana, carabina de
atividades de turismo de natureza previsto no presente pressão de ar e similares;
decreto-lei para a Área Protegida para a qual foram emi- Passeios e atividades em bicicleta (btt e cicloturismo),
tidas e pelo respetivo prazo, findo o qual, mantendo o seu em segway e similares;
titular o interesse neste reconhecimento, deve efetuar o Passeios e atividades equestres, em atrelagens de tração
respetivo pedido junto do Turismo de Portugal, I. P., nos animal e similares;
termos previstos no capítulo V. Passeios em todo o terreno (moto, moto4 e viaturas 4x4,
3 — As empresas de animação turística licenciadas à kartcross e similares);
data da entrada em vigor do presente decreto-lei podem Atividades em veículos não motorizados como gokarts,
pedir o reconhecimento das suas atividades como turismo speedbalance e similares;
de natureza nos termos previstos no capítulo V ou a in- Passeios de barco, com e sem motor;
clusão no seu objeto do exercício de atividades marítimo-
Canoagem e rafting em águas calmas e em águas bravas;
-turísticas, sem encargos adicionais.
Natação em águas bravas (hidrospeed);
4 — Os operadores marítimo-turísticos licenciados
como tal à data da entrada em vigor do presente decreto- Vela, remo e atividades náuticas similares;
-lei devem pedir o respetivo registo no RNAAT junto do Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf, skiming, standup
Turismo de Portugal, I. P., no prazo de seis meses contados paddle boarding e similares;
da sua publicação, sem encargos adicionais. Pesca turística, mergulho, snorkeling, e similares;
Balonismo, asa delta com e sem motor, parapente e
Artigo 42.º similares;
Experiências de paraquedismo;
Norma revogatória Atividades de Teambuilding (quando incluam atividades
São revogados: de turismo de ar livre);
Atividades de Sobrevivência;
a) O Decreto-Lei n.º 204/2000, de 1 de setembro, alte- Programas multiatividades (quando incluam atividades
rado pelo Decreto-Lei n.º 108/2002, de 16 de abril; de turismo de ar livre).
b) Os n.os 2 e 3 do artigo 2.º e os artigos 8.º, 9.º e 12.º
do Decreto-Lei n.º 47/99, de 16 de fevereiro, alterado pelo II — Atividades de turismo cultural/touring
Decreto-Lei n.º 56/2002, de 11 de março; paisagístico e cultural
c) Os artigos 3.º a 15.º, 29.º a 32.º e os anexos I e II do
Regulamento aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002, de Rotas temáticas e outros percursos de descoberta do pa-
31 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 269/2003, de trimónio (por exemplo, Rota do Megalitismo, do Romano,
28 de outubro; do Românico, do Fresco, Gastronómicas, de Vinhos, de
d) O Decreto Regulamentar n.º 18/99, de 27 de agosto, Queijos, de Sabores, de Arqueologia Industrial);
com exceção do artigo 6.º; Atividades e experiências de descoberta do Património
e) O Decreto Regulamentar n.º 17/2003, de 10 de ou- Etnográfico (participação em atividades agrícolas, pastoris,
tubro; artesanais, enogastronómicas e similares — por exemplo:
f) A Portaria n.º 138/2001, de 1 de março; vindima, pisar uva, apanha da azeitona, descortiçar do
g) A Portaria n.º 164/2005, de 11 de fevereiro. sobreiro, plantação de árvores, ateliers de olaria, pintura,
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4215

cestaria, confeção de pratos tradicionais, feitura de um florestal e do território, e à conservação dos ecossistemas
vinho); e da paisagem;
Visitas guiadas a museus, monumentos e outros locais − O conhecimento das ações de alteração do uso do solo
de interesse patrimonial; ou de ocupação florestal enquanto instrumento fundamen-
Jogos populares e tradicionais. tal para o acompanhamento das dinâmicas associadas ao
território e como fonte importante de informação sobre o
regime e estrutura da propriedade em regiões sem cadastro,
mas com elevado potencial silvícola;
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO MAR, − O reforço da componente de acompanhamento e
DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO fiscalização da execução das intervenções florestais, em
detrimento do simples controlo administrativo prévio,
Decreto-Lei n.º 96/2013 permitindo o acompanhamento posterior pelas entidades
públicas com atribuições nesse domínio;
de 19 de julho
− A adequada alocação de atribuições e competências
As ações de arborização e rearborização estão sujeitas entre as diferentes entidades públicas responsáveis;
a regulamentação legal desde a aprovação do Regime − A diminuição dos custos de contexto, associados aos
Florestal em 1901, que passou a enquadrar as iniciati- procedimentos administrativos, apostando na sua desma-
vas, de cariz público ou privado, realizadas no âmbito terialização em reforço da transparência dos processos
florestal. Desde então, ao longo de mais de um século, de decisão.
diversos diplomas legais de âmbito florestal, ambiental e
de desenvolvimento agrícola e rural introduziram novas A aplicação do presente decreto-lei não irá pôr em causa
regras aplicáveis às ações de arborização, visando o seu o cumprimento das demais normas legais e regulamenta-
enquadramento no contexto de diversas políticas públicas res condicionantes ou incidentes sobre as intervenções
com incidência territorial. florestais e o uso do solo, incluindo, designadamente, as
Reconhecidamente, as ações de arborização e rearbori- resultantes de regimes especiais de proteção de espécies,
zação podem promover quer a valorização produtiva dos as orientações dos PROF, dos PGF e os instrumentos de
espaços silvestres, quer a recuperação de ecossistemas gestão das zonas de intervenção florestal, as normas e os
degradados, bem como a evolução da composição dos planos do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios
povoamentos pré-existentes, adaptando-os aos objetivos (SDFCI), o regime jurídico da conservação da natureza e
de gestão florestal dos proprietários e gestores florestais. da biodiversidade, os planos especiais e setoriais relevantes
O planeamento e execução devem, por isso, assegurar a ou, ainda, os regimes jurídicos de avaliação de impacte
prossecução dos objetivos de conservação dos recursos ambiental ou de proteção e gestão dos recursos hídricos.
naturais e de racionalização do ordenamento do territó- Cumulativamente, todos os objetivos de interesse geral
rio, identificados nos «modelos gerais de silvicultura e salvaguardados na Lei n.º 1951, de 9 de março de 1937,
de gestão de recursos» constantes nos planos regionais nos Decreto-Lei n.º 28039 e Decreto n.º 28040, ambos de
de ordenamento florestal (PROF) e nos planos de gestão 14 de setembro de 1937, nos Decretos-Leis n.ºs 139/88, de
florestal (PGF), estabelecidos no Decreto-Lei n.º 16/2009, 22 de abril, 175/88, de 17 de maio, 180/89, de 30 de maio,
de 14 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 114/2010, e nas Portarias n.ºs 513/89, de 6 de julho e 528/89, de 11
de 22 de outubro. de julho, que ora se revogam, e que mantêm atualidade e
Contudo, no quadro legal em vigor, fruto da redefinição validade técnica, continuam a ser plenamente prosseguidos,
evolutiva das políticas públicas ocorrida ao longo dos quer pelo presente decreto-lei, quer por outra legislação
anos, vem-se assistindo a uma profusão e grande hete- especial já em vigor, incluindo, para além dos acima re-
rogeneidade de procedimentos de licenciamento ou de feridos, o regime da utilização de espécies não indígenas,
autorização de ações de arborização ou rearborização, que aprovado pelo Decreto-Lei n.º 565/99, de 21 de dezembro,
em algumas situações impõem o cumprimento sucessivo alterado pelo Decreto-Lei n.º 205/2003, de 12 de setem-
de diversos regimes normativos desarticulados entre si, bro, o regime dos povoamentos florestais percorridos por
enquanto noutras não é exigida qualquer autorização, ou incêndios, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 327/90, de 22 de
sequer comunicação prévia. outubro, alterado pela Lei n.º 54/91, de 8 de agosto, e pelos
O presente decreto-lei, dando expressão às linhas de Decretos-Leis n.ºs 34/99, de 5 de fevereiro e 55/2007, de 12
ação da Estratégia Nacional para as Florestas, aprovada de março e ainda o Código Civil. A título exemplificativo,
pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 114/2006, destaca-se a Lei n.º 1951, de 9 de março de 1937, alterada
de 15 de setembro, em particular na meta de «Racionali- pelo Decreto-Lei n.º 28039, de 14 de setembro de 1937, e
zação e simplificação do quadro legislativo», visa, assim, regulamentada pelo Decreto n.º 28040, também de 14 de
prosseguir os seguintes objetivos: setembro de 1937, ora revogados e cujo âmbito de apli-
− A simplificação e atualização do quadro legislativo cação já não abarca a acácia-mimosa, o ailanto e muitas
incidente sobre as arborizações e rearborizações de cariz espécies de eucaliptos, uma vez que a utilização destas
florestal, concentrando num único diploma o seu regime espécies está hoje proibida em lei especial reguladora da
jurídico, em especial o procedimento de autorização e o introdução na natureza de espécies não indígenas da flora e
quadro sancionatório aplicável; da fauna. Adicionalmente, ao longo dos anos, não só várias
− A eliminação dos regimes jurídicos que se revelaram disposições dos diplomas legais que se revogam através
inconciliáveis com os princípios, objetivos e medidas de do presente decreto-lei foram declaradas inconstitucionais,
política florestal nacional, aprovados pela Lei n.º 33/96, de com força obrigatória geral, pelo Tribunal Constitucional,
17 de agosto e, bem assim, daqueles que não asseguram a como a proteção de edifícios e outros bens, face à neces-
realização do interesse público associado ao ordenamento sidade de controlar os combustíveis florestais (árvores e

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