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ral, que se configurem como atividades de turismo de apenas podem exercer as atividades previstas no n.º 2
ar livre ou de turismo cultural e que tenham interesse do artigo anterior.
turístico para a região em que se desenvolvam, tais 3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de
como as enunciadas no anexo ao presente decreto-lei, empreendimentos turísticos que exerçam atividades
que dele faz parte integrante. próprias das empresas de animação turística como com-
2 — Para efeitos do presente decreto-lei, consideram- plementares à sua atividade principal estão sujeitas ao
-se: regime da mera comunicação prévia ou da comunicação
prévia com prazo através do RNAAT, nos termos pre-
a) «Atividades de turismo de ar livre», também vistos nos artigos 11.º e 13.º, com isenção do pagamento
denominadas por «atividades outdoor», de «turismo das taxas a que se refere o artigo 16.º.
ativo» ou de «turismo de aventura», as atividades que, 4 — As associações, clubes desportivos, misericór-
cumulativamente: dias, mutualidades, instituições privadas de solidarie-
i) Decorram predominantemente em espaços naturais, dade social e entidades análogas podem exercer ativi-
traduzindo-se em vivências diversificadas de fruição, dades próprias de animação turística estando isentas de
experimentação e descoberta da natureza e da paisa- inscrição no RNAAT, desde que cumpram cumulativa-
gem, podendo ou não realizar-se em instalações físicas mente os seguintes requisitos:
equipadas para o efeito; a) A organização e venda das atividades não tenham
ii) Suponham organização logística e ou supervisão fim lucrativo;
pelo prestador; b) As atividades se dirijam única e exclusivamente
iii) Impliquem uma interação física dos destinatários aos seus membros ou associados e não ao público em
com o meio envolvente; geral;
c) As atividades tenham caráter esporádico e não se-
b) «Atividades de turismo cultural», as atividades jam realizadas de forma contínua ou permanente, salvo
pedestres ou transportadas, que promovam o contacto se forem desenvolvidas por entidades de cariz social,
com o património cultural e natural através de uma me- cultural ou desportivo;
diação entre o destinatário do serviço e o bem cultural d) Obedeçam, na realização de transportes, ao dis-
usufruído, para partilha de conhecimento. posto no artigo 26.º, com as devidas adaptações;
e) No caso de serem utilizadas embarcações e de-
3 — Excluem-se do âmbito dos números anteriores: mais meios náuticos, estes cumpram os requisitos e
a) A organização de campos de férias e similares; procedimentos técnicos, designadamente em termos de
b) A organização de espetáculos, feiras, congressos, segurança, regulados por diploma próprio.
eventos de qualquer tipo e similares;
c) O mero aluguer de equipamentos de animação, 5 — As entidades a que se refere o número ante-
com exceção dos previstos no n.º 2 do artigo 4.º. rior estão obrigadas a celebrar um seguro de respon-
sabilidade civil e de acidentes pessoais que cubra os
Artigo 4.º riscos decorrentes das atividades a realizar e, quando
se justifique, um seguro de assistência válido no estran-
[...] geiro, nos termos previstos no capítulo VII e na portaria
1 — As atividades de animação turística desenvolvi- a que se refere o n.º 2 do artigo 27.º, aplicando-se-lhes
das em áreas classificadas ou outras com valores natu- igualmente a admissibilidade de garantia financeira ou
rais designam-se por atividades de turismo de natureza, instrumento equivalente, nos termos dos n.os 2 e 3 do
artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho,
desde que sejam reconhecidas como tal, nos termos
devidamente adaptados.
previstos no artigo 13.º e no capítulo V.
6 — As empresas de animação turística registadas
2— ..................................... no RNAAT, que no âmbito das suas atividades desen-
3— ..................................... volvam percursos pedestres urbanos ou visitas guiadas
a museus, palácios, monumentos e sítios históricos,
Artigo 5.º incluindo arqueológicos, têm direito a entrada livre nos
Registo Nacional de Agentes de Animação Turística recintos, palácios, museus, monumentos, sítios históri-
cos e arqueológicos, do Estado e das autarquias locais,
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 4 do ar- quando em exercício de funções e durante as horas de
tigo 29.º, apenas as empresas que tenham realizado a abertura ao público.
mera comunicação prévia ou a comunicação prévia 7 — A gratuitidade de entrada nos locais referidos no
com prazo através do Registo Nacional de Agentes de número anterior apenas é garantida mediante exibição
Animação Turística (RNAAT), acessível através do de documento comprovativo do registo e, tratando-se
balcão único eletrónico de serviços, a que se refere o de pessoa diversa da constante no registo, declaração
artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, da empresa contendo a identificação do profissional em
e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P., nos exercício de funções de visita guiada complementada
termos previstos nos artigos 11.º e 13.º, podem exercer com documento de identificação civil.
e comercializar, em território nacional, as atividades de
animação turística definidas no artigo 3.º e nos n.os 1 e Artigo 6.º
2 do artigo anterior.
[...]
2 — Quando pretendam exercer exclusivamente ativi-
dades marítimo-turísticas, as empresas devem inscrever- 1 — Antes da contratualização da prestação dos seus
-se no RNAAT como operadores marítimo-turísticos e serviços, as empresas de animação turística e os ope-
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radores marítimo-turísticos devem informar os clien- disponível ao público no balcão único eletrónico de
tes sobre as características específicas das atividades a serviços, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei
desenvolver, dificuldades e eventuais riscos inerentes, n.º 92/2010, de 26 de julho, e no sítio na Internet do
material necessário quando não seja disponibilizado Turismo de Portugal, I. P..
pela empresa, aptidões físicas e técnicas exigidas aos 2 — O registo das empresas de animação turística e
participantes, idade mínima e máxima admitida, serviços dos operadores marítimo-turísticos inscritos no RNAAT
disponibilizados e respetivos preços, e quaisquer outros contém:
elementos indispensáveis à realização das atividades
a) A firma ou denominação social da entidade regis-
em causa.
tada para o exercício de atividades de animação turística,
2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º do
ou o nome no caso de se tratar de pessoa singular;
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, antes do início
b) Sempre que estabelecidos em território nacional,
da atividade, deve ser prestada aos clientes informa-
o tipo, a sede ou estabelecimento principal, a conser-
ção completa e clara sobre as regras de utilização de
vatória do registo onde se encontrem matriculadas, o
equipamentos, legislação ambiental relevante e proce-
seu número de matrícula e de identificação de pessoa
dimentos a cumprir nas diferentes situações de perigo
coletiva, caso exista, o objeto social ou estatutário ou, no
ou emergência previsíveis, bem como informação re-
caso de se tratar de pessoa singular, o respetivo número
lativa à formação e experiência profissional dos seus
de identificação fiscal e código da atividade económica,
colaboradores.
assim como, em qualquer dos casos, a localização de
3— .....................................
todos os estabelecimentos em território nacional;
c) (Revogada.)
Artigo 7.º d) A identificação pormenorizada das atividades de
[...] animação que a empresa estabelecida em território na-
cional exerce;
1— .....................................
e) Referência ao reconhecimento da empresa como
2 — As atividades de animação turística realizadas
de turismo de natureza, quando aplicável;
em áreas protegidas devem, nomeadamente, observar os
f) As marcas utilizadas pela empresa estabelecida em
respetivos planos de ordenamento e cartas de desporto
território nacional;
da natureza ou outros documentos de ordenamento em
g) Os números das apólices de seguros obrigatórios,
vigor.
ou de seguros, garantias financeiras ou instrumentos
Artigo 8.º equivalentes, quando exigíveis nos termos do artigo 27.º,
[...]
o respetivo prazo de validade e o montante garantido,
ou a referência à isenção de que goza, nos termos dos
1 — As denominações de «empresa de animação artigos 28.º ou 28.º-A, conforme o caso aplicável;
turística» e de «operador marítimo-turístico» só podem h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ser usadas por empresas que exerçam e comercializem i) As menções distintivas de qualidade quando as
legalmente em território nacional, nos termos do pre- mesmas constem da comunicação prévia referida no
sente decreto-lei, as atividades de animação turística número anterior.
definidas no artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 4.º.
2 — Em contratos, correspondência, publicações, Artigo 10.º
anúncios e em toda a atividade externa, as empresas de [...]
animação turística e os operadores marítimo-turísticos
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
devem indicar o número de registo, nacional ou do
qualquer alteração aos elementos constantes do registo
Estado-Membro da União Europeia ou do espaço econó-
de empresas estabelecidas em território nacional, nos
mico europeu de estabelecimento, quando aplicável, e a
termos referidos no n.º 2 do artigo anterior, incluindo a
localização da sua sede, sem prejuízo de outras referên-
abertura de novos estabelecimentos ou formas de repre-
cias obrigatórias nos termos do Código das Sociedades
sentação locais, o encerramento de estabelecimento ou
Comerciais e demais legislação aplicável.
a cessação da atividade da empresa em território nacio-
3 — A utilização de marcas por empresas de anima-
nal, deve ser comunicada ao Turismo de Portugal, I. P.,
ção turística e operadores marítimo-turísticos inscritos
através do RNAAT, no prazo de 30 dias após a respetiva
no RNAAT carece, nos termos do artigo 10.º, de comu-
verificação.
nicação ao Turismo de Portugal, I. P..
2 — A atualização dos elementos indicados na alí-
4— .....................................
nea g) do n.º 2 do artigo anterior segue os termos dos
5 — O logótipo a que se refere o número anterior é
n.os 6 a 8 do artigo 27.º.
aprovado por portaria dos membros do Governo respon-
3 — A comunicação prevista nos números anteriores
sáveis pelas áreas do ambiente e do turismo.
destina-se à atualização do RNAAT.
4— .....................................
Artigo 9.º
[...] Artigo 11.º
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém Acesso à atividade de animação turística
atualizado o RNAAT, que integra o registo das empre-
1 — O exercício de atividades de animação turística
sas de animação turística e dos operadores marítimo-
depende de:
-turísticos que tenham realizado mera comunicação
prévia e comunicação prévia com prazo, quando apli- a) Inscrição no RNAAT pela regular apresentação de
cável, nos termos do presente decreto-lei, de acesso mera comunicação prévia, tal como definida na alínea b)
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do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de tro Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço
26 de julho, sem prejuízo do disposto no artigo 29.º; Económico Europeu.
b) Contratação dos seguros obrigatórios ou dos segu- 7 — O disposto no número anterior não é aplicável
ros, garantias financeiras ou instrumentos equivalentes, ao cumprimento das condições referentes diretamente
nos termos dos artigos 27.º a 28.º-A. às instalações físicas localizadas em território nacional,
nem aos respetivos controlos por autoridade compe-
2 — A inscrição no RNAAT das empresas estabe- tente.
lecidas em território nacional é realizada através de Artigo 12.º
formulário eletrónico disponibilizado no balcão único
eletrónico de serviços, a que se refere o artigo 6.º do [...]
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no sítio na 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte,
Internet do Turismo de Portugal, I. P., e deve incluir: regularmente recebida a mera comunicação prévia por
a) A identificação do interessado; via eletrónica é automaticamente enviado um recibo de
b) (Revogada.) receção ao remetente, o qual pode iniciar a sua atividade,
c) A localização da sede, ou do domicílio no caso de desde que se encontrem pagas as taxas a que se refere
se tratar de pessoa singular, e dos estabelecimentos em o artigo 16.º, quando devidas.
território nacional; 2 — Caso o interessado, obrigado ao pagamento da
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . quantia a que se refere o artigo 16.º a ele não tenha pro-
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cedido previamente à realização da mera comunicação
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . prévia, ou pretendendo exercer a sua atividade, por
natureza sem riscos assinaláveis, de forma notoriamente
perigosa nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º,
3 — Sem prejuízo do disposto na alínea d) do ar- não tenha ainda assim apresentado o comprovativo re-
tigo 5.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, a ferido na alínea d) do n.º 3 do artigo anterior, o Turismo
mera comunicação prévia referida no número anterior de Portugal, I. P., notifica-o, no prazo de cinco dias, para
é instruída com os seguintes elementos: proceder ao pagamento daquela quantia ou à apresen-
a) (Revogada.) tação daquele comprovativo, suspendendo o registo da
b) Extrato em forma simples do teor das inscrições empresa até ao cumprimento do solicitado.
em vigor no registo comercial ou código de acesso à 3 — No prazo de 10 dias a contar da data da comu-
respetiva certidão permanente ou, no caso de se tratar de nicação prévia ou do cumprimento do solicitado nos
pessoa singular, cópia simples da declaração de início termos do número anterior, o Turismo de Portugal, I. P.,
de atividade; comunica à Direção-Geral de Recursos Naturais, Se-
c) Indicação do número de registo, na autoridade gurança e Serviços Marítimos (DGRM), à Direção-
competente, das marcas que pretenda utilizar; -Geral da Autoridade Marítima (DGAM) e à Agência
d) Cópia simples das apólices de seguro obrigatório e Portuguesa do Ambiente, I. P., o registo de operadores
comprovativo do pagamento do prémio ou fração inicial, marítimo-turísticos e de empresas de animação turística
ou comprovativo de contratação e validade dos seguros, cujo projeto de atividades inclua o exercício de ativi-
garantias financeiras ou instrumentos equivalentes nos dades marítimo-turísticas e, no caso da DGRM, ainda
termos dos artigos 27.º e 28.º, quando aplicável; quando o exercício dessas atividades também inclua a
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . modalidade da pesca turística.
f) Declaração de compromisso em como os equipa-
mentos e as instalações, quando existam, satisfazem os Artigo 13.º
requisitos legais; Reconhecimento de atividades de turismo de natureza
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — O exercício de atividades de animação turística
h) Comprovativo do pagamento das taxas a que se fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como
refere o artigo 16.º, nos casos em que sejam devidas. definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente
4 — Quando algum dos elementos referidos no nú- pretenda obter o reconhecimento das suas atividades
mero anterior se encontrar disponível na Internet, a como turismo de natureza nos termos previstos no capí-
respetiva apresentação pode ser substituída por uma tulo V, salvo nos casos previstos no n.º 3 do artigo 20.º
declaração do interessado que indique o endereço do que ficam sujeitos ao regime da mera comunicação
sítio onde aquele documento pode ser consultado e prévia.
autorize, se for caso disso, a sua consulta. 2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos
5 — A inscrição no RNAAT de empresas em regime termos do artigo 20.º permite ao interessado iniciar ati-
de livre prestação de serviços em território nacional é vidade com o deferimento da pretensão ou, na ausência
realizada na sequência da comunicação prévia referida de resposta ao pedido de reconhecimento, no prazo de
no n.º 2 do artigo 29.º. 25 dias.
6 — Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º 3 — O prazo referido no número anterior é contado a
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, não pode partir do momento do pagamento das taxas devidas nos
haver duplicação entre as condições exigíveis para o termos do artigo 16.º, quando o mesmo seja efetuado na
cumprimento dos procedimentos previstos no presente data da comunicação prévia ou em data posterior, ou da
decreto-lei e os requisitos e os controlos equivalentes, realização da comunicação prévia, quando não sejam
ou comparáveis quanto à finalidade, a que o requerente devidas taxas ou quando o seu pagamento tenha sido
já tenha sido submetido em território nacional ou nou- efetuado em data anterior ao da realização da comunica-
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ção prévia, valendo o recibo de receção da comunicação anos anteriores, excluindo a habitação, e publicado pelo
como comprovativo de reconhecimento. Instituto Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.).
4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo 6 — Consideram-se microempresas as empresas
ao ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado certificadas como tal de acordo com o Decreto-Lei
da receção da comunicação prévia com prazo, para n.º 372/2007, de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-
apreciação nos termos dos artigos 21.º e 22.º. -Lei n.º 143/2009, de 16 de junho, no momento em
5 — Caso o ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo que sejam devidas as taxas referidas nos números an-
referido no n.º 2, presume-se o respetivo reconheci- teriores.
mento. 7 — O produto das taxas referidas nos n.os 1 a 3,
6 — O reconhecimento de atividades de turismo reverte em:
de natureza pode ser requerido aquando da mera co-
municação prévia para inscrição no RNAAT, prevista a) 20 % para o ICNF, I. P.;
na alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º, ou em momento b) 20 % para a DGRM;
posterior. c) 20 % para a DGAM;
d) 40 % para o Turismo de Portugal, I. P..
Artigo 16.º
[...] 8 — Sem prejuízo do disposto no artigo 25.º, com a
inscrição no RNAAT e o pagamento das taxas a que se
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, pela inscrição refere o presente artigo, as empresas de animação turís-
no RNAAT de empresas de animação turística estabe- tica e os operadores marítimo-turísticos ficam isentos da
lecidas em território nacional é devida uma taxa, com obrigação de obtenção de permissões administrativas e
o valor a seguir indicado, consoante o caso: do pagamento de quaisquer outras taxas exigidas para
a) 135,00 EUR, para empresas de animação turística o exercício das atividades abrangidas pelo presente
e operadores marítimo-turísticos que não pretendam decreto-lei, sendo contudo devido o pagamento das:
reconhecimento como prestando atividades de turismo a) Taxas relativas a licenças individuais de pesca
de natureza; turística quando seja exercida esta modalidade da ati-
b) 240,00 EUR, para empresas de animação turís- vidade marítimo-turística;
tica e operadores marítimo-turísticos que pretendam b) Taxas e cauções, devidas pela emissão de títulos
reconhecimento como prestando atividades de turismo de utilização privativa de recursos hídricos nos termos
de natureza; do disposto no artigo 59.º na Lei da Água, aprovada
c) 90,00 EUR, para empresas de animação turística pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e alterada
cuja atividade seja exclusivamente o desenvolvimento, pelos Decretos-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e
em ambiente urbano, de percursos pedestres e visitas 130/2012, de 22 de junho, e respetiva legislação comple-
a museus, palácios e monumentos e, simultaneamente, mentar e regulamentar, quando esteja em causa a reserva
se encontrem isentas da obrigação de contratação dos de áreas do domínio público hídrico para o exercício da
seguros previstos no artigo 27.º, nos termos da alínea b) atividade ou instalação de estruturas de apoio ou quando
do n.º 1 do artigo 28.º. tal utilização implicar alteração no estado dos recursos
ou colocar esse estado em perigo.
2 — As empresas de animação turística e operadores
marítimo-turísticos, em regime de livre prestação de Artigo 19.º
serviços em território nacional que pretendam reco-
nhecimento como prestando atividades de turismo de [...]
natureza ficam sujeitas ao pagamento de uma taxa de 1 — A tramitação dos procedimentos previstos no
75,00 EUR. presente decreto-lei é realizada de forma desmateriali-
3 — Quando se trate de microempresas, os valores zada, através do RNAAT, acessível através do balcão
previstos nos números anteriores são reduzidos, respe- único eletrónico de serviços, a que se refere o artigo 6.º
tivamente, para: do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio
na Internet do Turismo de Portugal, I. P., os quais, entre
a) 90,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea a) outras funcionalidades, permitem:
do n.º 1;
b) 160,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea b) a) O envio da mera comunicação prévia, da comu-
do n.º 1; nicação prévia com prazo, das propostas referidas no
c) 20,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea c) n.º 3 do artigo 22.º, e respetivos documentos;
do n.º 1; b) A comunicação de alterações aos dados constantes
d) 45,00 EUR, quanto ao valor referido no número do RNAAT;
anterior. c) As comunicações com o interessado;
d) (Revogada.)
4 — As empresas registadas no RNAAT que queiram e) (Revogada.)
ver reconhecida a sua atividade como de turismo de f) (Revogada.)
natureza, pagam uma taxa de valor correspondente à
diferença entre o valor pago e o valor devido nos termos 2— .....................................
dos números anteriores. 3— .....................................
5 — Os valores das taxas referidos nos n.os 1 a 3 são 4 — As funcionalidades do sistema de informação
atualizados a 1 de março, de três em três anos, a partir incluem a rejeição liminar de operações de cuja exe-
de 2016, com base na média de variação do índice médio cução resultariam vícios ou deficiências de instrução,
de preços ao consumidor no continente, relativo aos três designadamente recusando o recebimento de comuni-
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cações que contenham manifestas falhas de instrução f) Disponibilização de serviços de visitação e ati-
do processo. vidades de educação ambiental associados ao projeto,
5— ..................................... quando se aplique.
3 — Sem prejuízo da demais legislação aplicável, as os operadores marítimo-turísticos que exerçam ativi-
entidades referidas no n.º 4 do artigo 5.º, que pretendam dade em território nacional estão obrigados a celebrar
exercer as atividades mencionadas no número anterior e a manter válidos seguros que cubram os riscos para
na Rede Nacional de Áreas Protegidas devem ainda a saúde e segurança dos destinatários dos serviços ou
enviar ao ICNF, I. P., a declaração de adesão formal de terceiros decorrentes da sua atividade, nos seguintes
a um código de conduta das empresas de turismo de termos:
natureza prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º, a) Um seguro de acidentes pessoais para os destina-
aplicável com as devidas adaptações. tários dos serviços;
b) Um seguro de assistência para os destinatários dos
Artigo 25.º serviços que viajem do território nacional para o estran-
[...] geiro no âmbito ou por força do serviço prestado;
c) Um seguro de responsabilidade civil que cubra
1 — Quando as empresas de animação turística dis- os danos patrimoniais e não patrimoniais causados por
ponham de instalações fixas, estas devem satisfazer as sinistros ocorridos no decurso da prestação do serviço.
normas vigentes para cada tipo de atividade e devem
encontrar-se licenciadas ou autorizadas, pelas entidades 2 — A cobertura obrigatória e demais aspetos do
competentes, nos termos da legislação aplicável. funcionamento dos seguros referidos no número anterior
2 — A inscrição no RNAAT não substitui qualquer são definidos em portaria dos membros do Governo
ato administrativo de licenciamento ou autorização le- responsáveis pelas áreas das finanças e da economia.
galmente previstos para a utilização de equipamentos, 3 — No caso dos operadores marítimo-turísticos e
infraestruturas ou implementação prática de um estabe- das empresas de animação turística que exerçam ativi-
lecimento, iniciativa, projeto ou atividade, nem constitui dade marítimo-turística, o seguro de responsabilidade
prova do respeito pelas normas aplicáveis aos mesmos, civil previsto na alínea c) do n.º 1 fica ainda sujeito às
nem isenta os respetivos promotores da responsabilidade regras específicas previstas no anexo III do RAMT.
civil ou criminal que se possa verificar por força de 4 — Nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do
qualquer ato ilícito relacionado com a atividade. Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, considera-se
cumprida a obrigação de celebração dos seguros refe-
Artigo 26.º ridos nos números anteriores pelas empresas e opera-
[...] dores estabelecidos noutro Estado-Membro da União
Europeia ou do espaço económico europeu que tenham
1 — Na realização de passeios turísticos ou transporte as respetivas atividades a exercer em território nacional
de clientes no âmbito das suas atividades, e quando uti- cobertas por seguro, garantia financeira ou instrumento
lizem veículos automóveis com lotação superior a nove equivalente aos seguros exigidos nos termos dos núme-
lugares, as empresas de animação turística devem estar ros anteriores e dos artigos 28.º e 28.º-A.
licenciadas para a atividade de transportador público ro- 5 — Sem prejuízo das isenções previstas nos ar-
doviário de passageiros ou recorrer a entidade habilitada tigos 28.º e 28.º-A, nenhuma empresa de animação
para o efeito nos termos da legislação aplicável. turística ou operador marítimo-turístico pode iniciar
2 — Os veículos automóveis utilizados no exercí- ou exercer a sua atividade sem fazer prova junto do
cio das atividades previstas no número anterior com Turismo de Portugal, I. P., de ter contratado os seguros
lotação superior a nove lugares devem ser sujeitos a exigidos nos termos dos n.os 1 a 3, ou seguro, garantia
prévio licenciamento pelo Instituto de Mobilidade e dos financeira ou instrumento equivalente nos termos do
Transportes, I. P. (IMT, I. P.), ou estar abrangidos por número anterior.
licença europeia emitida em qualquer Estado-Membro 6 — As empresas de animação turística e os opera-
de estabelecimento, nos termos do Regulamento (CE) dores marítimo-turísticos estabelecidos em território
n.º 1073/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, nacional devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P.,
de 21 de outubro, ou, quando a utilização se restrinja a comunicação a informar da revalidação das apólices
operações de cabotagem, cumprir os requisitos respe- de seguro obrigatório ou de seguro, garantia financeira
tivos, nos termos daquele Regulamento. ou instrumento equivalente anteriormente contratado,
3 — Na realização de passeios turísticos ou transporte acompanhada de documento comprovativo, no prazo
de clientes no âmbito das suas atividades, o transporte de 30 dias a contar da data do respetivo vencimento ou
em veículos automóveis com lotação até nove lugares desadequação da respetiva garantia.
pode ser efetuado pelas próprias empresas de animação 7 — As empresas de animação turística e os opera-
turística, desde que os veículos utilizados sejam da sua dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados-
propriedade, ou objeto de locação financeira, aluguer -Membros da União Europeia ou do espaço económico
de longa duração ou aluguer operacional de viaturas europeu que prestem serviços de animação turística em
(renting), se a empresa de animação turística for a loca- território nacional em regime de livre prestação de servi-
tária, ou ainda quando recorram a entidades habilitadas ços, sempre que se verifique que o seguro obrigatório ou
para o transporte. o seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
4 — (Anterior n.º 3.) comunicado nos termos do n.º 2 do artigo 29.º já não se
encontra válido ou adequado às atividades desenvolvi-
Artigo 27.º das em território nacional, devem comprovar perante o
[...]
Turismo de Portugal, I. P., por comunicação, a subscri-
ção de novo instrumento e a respetiva validade.
1 — Sem prejuízo das isenções previstas nos arti- 8 — A comunicação prevista no número anterior deve
gos 28.º e 28.º-A, as empresas de animação turística e ser efetuada no prazo de 30 dias a contar da data do ven-
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cimento do instrumento anterior ou da desadequação da gal ou noutro Estado-Membro, dos seguros obrigatórios,
sua garantia, no caso de a empresa se encontrar à data a ou de seguros, garantias financeiras ou instrumentos
prestar serviços em Portugal, ou, no caso contrário, no equivalentes, nos termos do artigo 27.º, ou na qual de-
prazo de 30 dias a contar da sua reentrada em território clarem que estão isentos dessa contratação, nos termos
nacional. dos artigos 28.º ou 28.º-A, conforme aplicável.
9 — Os capitais mínimos a cobrir pelos seguros re- 3 — Não é todavia obrigatória a mera comunicação
feridos no n.º 1, a fixar pela portaria mencionada no prévia prevista no número anterior, bem como a con-
n.º 2, e no anexo III do RAMT, a que alude o n.º 3, são sequente inscrição no RNAAT, das empresas que em
atualizados anualmente, em função do índice de infla- Portugal se dediquem, em regime de livre prestação de
ção publicado pelo INE, I. P., no ano imediatamente serviços, à realização em ambiente urbano de percursos
anterior, sendo os montantes decorrentes da atualização pedestres e visitas a museus, palácios e monumentos ou
divulgados no portal do Turismo de Portugal, I. P., e no à realização de quaisquer outras atividades que venham
balcão único eletrónico dos serviços. a ser identificadas em portaria do membro do Governo
responsável pela área do turismo como não apresen-
Artigo 28.º tando riscos significativos para a saúde e segurança dos
Isenções gerais destinatários dos serviços ou de terceiros.
4 — As pessoas singulares e coletivas estabeleci-
1 — Não exigem a contratação dos seguros referidos das noutros Estados-Membros da União Europeia ou
nas alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo anterior:
do espaço económico europeu que pretendam exercer
a) As atividades que, nos termos de legislação espe- atividades de animação turística na Rede Nacional de
cial, estejam sujeitas à contratação dos mesmos tipos Áreas Protegidas de forma ocasional e esporádica ficam
de seguros; sujeitas ao disposto no capítulo V.
b) A realização em ambiente urbano de percursos 5 — Às empresas referidas nos números anteriores
pedestres e visitas a museus, palácios e monumentos ou são ainda aplicáveis os requisitos constantes do n.º 2,
a realização de quaisquer outras atividades que venham da alínea d) do n.º 3 e do n.º 6 do artigo 16.º, dos arti-
a ser identificadas em portaria do membro do Governo gos 25.º, 26.º e 37.º, os requisitos que o RAMT torne
responsável pela área do turismo como não apresen- expressamente aplicáveis a prestadores de serviços em
tando riscos significativos para a saúde e segurança regime de livre prestação e as obrigações constantes dos
dos destinatários dos serviços ou de terceiros, salvo artigos 27.º a 28.º-A, nos termos aí referidos.
se a específica forma de prestação do serviço assumir 6 — As empresas que, nos termos do n.º 3, tenham
natureza notoriamente perigosa; optado por não constar do RNAAT, não gozam do direito
c) A prestação de serviços por uma empresa através de de entrada livre referido no n.º 6 do artigo 5.º.
outra empresa subcontratada que disponha, ela própria,
dos seguros para a atividade objeto de subcontratação, Artigo 30.º
obrigatórios nos termos dos artigos 27.º a 28.º-A, sendo
a primeira, no entanto, solidariamente responsável pelo [...]
pagamento das indemnizações a que haja lugar, na parte 1— .....................................
não coberta por aqueles seguros. 2 — As autoridades administrativas competentes em
razão da matéria, bem como as autoridades policiais,
2 — Ficam dispensadas da contratação do seguro cooperam com os colaboradores da ASAE no exercício
de responsabilidade civil referido na alínea c) do n.º 1 das funções de fiscalização.
do artigo anterior as empresas referidas no n.º 3 do
3— .....................................
mesmo artigo, desde que o seguro contratado ao abrigo
do anexo III do RAMT cubra todas as atividades que
exerçam e que o capital mínimo de cobertura seja igual Artigo 31.º
ou superior. [...]
Artigo 29.º 1— .....................................
Livre prestação de serviços a) O exercício de atividades de animação turística
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguin- em território nacional sem que a empresa tenha regu-
tes, as pessoas singulares ou coletivas estabelecidas larmente efetuado a mera comunicação prévia ou comu-
noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço nicação prévia com prazo, em violação do disposto no
económico europeu e que aí exerçam legalmente ativida- n.º 1 do artigo 5.º, ou sem que se encontre regularmente
des de animação turística podem exercê-las livremente estabelecida noutro Estado-Membro da União Europeia
em território nacional, de forma ocasional e esporádica, ou do espaço económico europeu, nos termos previstos
em regime de livre prestação de serviços. no artigo 29.º, e exerça a atividade em território nacional
2 — As empresas referidas no número anterior que ao abrigo do regime da livre prestação de serviços;
pretendam exercer atividades de animação turística em b) O exercício de atividades de animação turística por
Portugal devem, antes do início da atividade, apresen- empresa em regime de livre prestação de serviços sem
tar, nos termos do n.º 1 do artigo 19.º, ao Turismo de ter comprovado a contratação e validade dos seguros
Portugal, I. P., mera comunicação prévia de onde conste obrigatórios, ou de seguros, garantias financeiras ou
a sua identificação, assim como a sede ou estabeleci- instrumentos equivalentes, em violação do disposto no
mento principal, acompanhada de documentação, em n.º 5 do artigo 27.º ou no n.º 2 do artigo 29.º, quando
forma simples, comprovativa da contratação, em Portu- aplicável;
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c) O exercício de atividades de animação turística tigo 26.º, cuja competência é do presidente do conselho
por entidade isenta de inscrição no registo em violação diretivo do IMT, I. P..
do disposto no n.º 4 do artigo 5.º; 2 — Compete ao ICNF, I. P., a instrução e a decisão
d) [Anterior alínea b).] dos processos de contraordenações ambientais previstos
e) [Anterior alínea c).] no presente decreto-lei.
f) [Anterior alínea d).] 3 — É da competência da ASAE a aplicação das coi-
g) A não comunicação da alteração dos elementos mas e sanções acessórias previstas no presente decreto-
constantes do registo, em violação do disposto no ar- -lei, à exceção das resultantes da infração ao disposto
tigo 10.º ou dos n.os 6 a 8 do artigo 27.º; no artigo 26.º, cuja competência é do presidente do
h) O exercício de atividades não reconhecidas como conselho diretivo do IMT, I. P..
turismo de natureza na Rede Nacional de Áreas Pro- 4 — (Revogado.)
tegidas, fora dos perímetros urbanos e da rede viária 5— .....................................
nacional, regional e local, aberta à circulação pública, 6 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias
em violação do disposto no artigo 24.º; é comunicada ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo
i) [Anterior alínea g).] de três dias após a respetiva aplicação, para efeitos de
j) [Anterior alínea h).] averbamento ao registo.
l) A falta ou insuficiência do documento descritivo da
atividade a que se refere o n.º 4 do artigo 26.º; Artigo 35.º
m) A não contratação ou falta de validade de segu- [...]
ros obrigatórios, ou de seguros, garantias financeiras
ou instrumentos equivalentes, nos termos do n.º 5 do 1— .....................................
artigo 5.º e dos artigos 27.º a 28.º-A; a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
n) O incumprimento pelas empresas que desenvol- b) 30 % para a ASAE;
vam atividades marítimo-turísticas, das obrigações que c) (Revogada.)
lhe são impostas, no exercício da sua atividade, pelo d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
disposto nas alíneas c) e d) do artigo 25.º do RAMT.
2— .....................................
2 — As contraordenações previstas no número ante-
rior, com exceção das previstas nas alíneas h) e n), são a) 20 % para o IMT, I. P.;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
puníveis com coimas de 300,00 EUR a 3 740,00 EUR ou
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de 500,00 EUR a 15 000,00 EUR, consoante o infrator
seja pessoa singular ou pessoa coletiva.
3 — A repartição do produto das coimas resultantes
3 — (Revogado.)
das contraordenações ambientais previstas no n.º 4 do
4 — Constitui contraordenação ambiental leve, nos artigo 35.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada
termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, é efetuada nos
pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, a prevista na termos do seu artigo 73.º.
alínea h) do n.º 1.
5 — A contraordenação prevista na alínea n) do n.º 1 Artigo 36.º
é punível com coima de 250,00 EUR a 1 500,00 EUR.
6 — (Anterior n.º 5.) Aplicação de medidas cautelares
7 — Às contraordenações previstas no presente 1 — A ASAE é competente para determinar a sus-
decreto-lei é aplicável o regime geral das contraorde- pensão temporária, total ou parcial, do exercício da ati-
nações, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de vidade e o encerramento temporário do estabelecimento
outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de nos seguintes casos:
17 de outubro, e 244/95, de 16 de setembro, e pelas Leis
n.os 323/2001, de 17 de dezembro, e 109/2001, de 24 de a) Quando deixe de se verificar algum dos requisitos
dezembro, com exceção da contraordenação ambiental legais exigidos para o exercício da atividade;
prevista no n.º 4 à qual se aplica a Lei n.º 50/2006, de b) Havendo declaração de insolvência da empresa,
29 de agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de sem aprovação do respetivo plano;
agosto. c) Quando não seja entregue ao Turismo de
Portugal, I. P., o comprovativo de que os seguros obriga-
Artigo 33.º tórios, ou seguros, garantias financeiras ou instrumentos
[...] equivalentes se encontram em vigor, nos termos dos
n.os 6 a 8 do artigo 27.º;
Sempre que necessário, pode ser determinada a apre- d) Em caso de violação reiterada das normas es-
ensão provisória de bens e documentos, nos termos tabelecidas no presente decreto-lei ou das normas de
previstos no artigo 42.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de proteção ambiental.
agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto.
2 — A aplicação de medidas cautelares no caso pre-
Artigo 34.º visto na alínea d) do número anterior é devidamente
[...]
fundamentada e pressupõe a ocorrência de um prejuízo
grave para os consumidores, para o ambiente ou para
1 — Compete à ASAE a instrução dos processos o mercado.
decorrentes de infração ao disposto no presente decreto- 3 — A aplicação de medidas cautelares é comunicada
-lei, salvo os decorrentes de infração ao disposto no ar- ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de três dias após
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3 — Nos casos de isenção nos termos dos números 15 de maio, na versão resultante do presente decreto-lei,
anteriores, as informações referidas na alínea m) do só é aplicável às empresas já registadas no RNAAT após
n.º 1 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de a data do termo de validade dos seguros pelas mesmas já
julho, referem-se à garantia financeira contratada nos contratualizados ou da respetiva renovação.
termos da legislação do Estado-Membro de origem, de-
vendo as empresas de animação turística e os operadores Artigo 7.º
marítimo-turísticos identificar a autoridade competente
Norma revogatória
daquele Estado que exerce poder punitivo pela violação
do requisito em causa em território nacional na declara- São revogados a alínea c) do n.º 2 do artigo 9.º, a alí-
ção referida no n.º 2 do artigo seguinte e ainda sempre nea b) do n.º 2 e a alínea a) do n.º 3 do artigo 11.º, os
que tal lhe seja solicitado pelo destinatário do serviço artigos 14.º, 15.º, 17.º e 18.º, as alíneas d), e) e f) do n.º 1
ou por autoridade competente. do artigo 19.º, o n.º 3 do artigo 31.º, o n.º 4 do artigo 34.º,
a alínea c) do n.º 1 do artigo 35.º e o artigo 39.º do Decreto-
Artigo 40.º-A -Lei n.º 108/2009, de 15 de maio.
Cooperação Administrativa
Artigo 8.º
As autoridades competentes nos termos do presente
Republicação
decreto-lei participam na cooperação administrativa,
no âmbito dos procedimentos relativos a prestadores já É republicado, no anexo II ao presente decreto-lei, do
estabelecidos noutro Estado-Membro da União Euro- qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 108/2009, de
peia ou do espaço económico europeu, nos termos do 15 de maio, na sua redação atual.
capítulo VI do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho,
nomeadamente através do Sistema de Informação do Artigo 9.º
Mercado Interno.» Entrada em vigor
«ANEXO
Artigo 6.º
Disposições transitórias Lista exemplificativa de atividades de empresas
de animação turística
1 — As empresas de animação turística registadas no
RNAAT à data de entrada em vigor do presente decreto- (a que se refere o n.º 1 do artigo 3.º)
-lei que, no prazo de sete anos contado a partir da data do
respetivo registo, peçam o reconhecimento das suas ativi- I — Atividades de turismo de ar livre/turismo
de natureza e aventura
dades como turismo de natureza nos termos previstos no
capítulo V não estão sujeitas às taxas devidas nos termos do Caminhadas e outras atividades pedestres;
n.º 4 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de Atividades de observação da natureza (rotas geológicas,
maio, com a redação resultante do presente decreto-lei. observação de aves, observação de cetáceos e similares);
2 — Até à data de entrada em vigor da Portaria referida Atividades de orientação (percursos, geocaching, caças
no n.º 2 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de ao tesouros e similares);
15 de maio, com a redação resultante do presente decreto- Montanhismo;
-lei, mantêm-se em vigor as disposições relativas às condi- Escalada em parede natural e em parede artificial;
ções mínimas em sede de definição do capital e conteúdo Canyoning, coasteering e similares;
mínimo dos seguros obrigatórios. Espeleologia;
3 — Após a data de entrada em vigor da Portaria referida Arborismo e outros percursos de obstáculos (com re-
no número anterior, a obrigação de contratação dos seguros curso a manobras com cordas e cabos de aço como rapel,
previstos no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de slide, pontes e similares);
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Paintball, tiro com arco, besta, zarabatana, carabina de das atividades de animação turística referidas no artigo
pressão de ar e similares; seguinte, incluindo o operador marítimo-turístico;
Passeios e atividades em bicicleta (btt e cicloturismo), b) «Operador marítimo-turístico», a empresa sujeita ao
em segway e similares; Regulamento da Atividade Marítimo-Turística (RAMT),
Passeios e atividades equestres, em atrelagens de tração aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31 de janeiro,
animal e similares; e alterado pelos Decretos-Leis n.os 178/2002, de 31 de
Passeios em todo o terreno (moto, moto4 e viaturas 4x4, julho, 269/2003, de 28 de outubro, 289/2007, de 17 de
kartcross e similares); agosto, e 108/2009, de 15 de maio, que desenvolva alguma
Atividades em veículos não motorizados como gokarts, das atividades de animação turística referidas no n.º 2 do
speedbalance e similares; artigo 4.º.
Passeios de barco, com e sem motor;
Canoagem e rafting em águas calmas e em águas bravas; 2 — Consideram-se excluídas do âmbito de aplicação
Natação em águas bravas (hidrospeed); do presente decreto-lei as visitas a museus, palácios e
Vela, remo e atividades náuticas similares; monumentos nacionais, e outras atividades de extensão
Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf, skiming, standup cultural, quando organizadas pela Direção-Geral do Patri-
paddle boarding e similares; mónio Cultural ou pelas Direções Regionais de Cultura,
Pesca turística, mergulho, snorkeling e similares; considerando-se atividades de divulgação do património
Balonismo, asa delta com e sem motor, parapente e cultural nacional.
similares; 3 — Consideram-se igualmente excluídas do âmbito de
Experiências de paraquedismo; aplicação do presente decreto-lei as atividades de informa-
Atividades de Teambuilding (quando incluam atividades ção, visitação, educação e sensibilização das populações,
de turismo de ar livre); dos agentes e das organizações na área da conservação da
Atividades de Sobrevivência;
natureza e da biodiversidade, que tenham em vista criar
Programas multiatividades (quando incluam atividades
uma consciência coletiva da importância dos valores na-
de turismo de ar livre).
turais, quando organizadas pelo Instituto da Conservação
II — Atividades de turismo cultural/touring da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), ou pelos
paisagístico e cultural respetivos serviços dependentes.
Rotas temáticas e outros percursos de descoberta do pa-
trimónio (por exemplo, Rota do Megalitismo, do Romano, CAPÍTULO II
do Românico, do Fresco, Gastronómicas, de Vinhos, de
Queijos, de Sabores, de Arqueologia Industrial); Âmbito da atividade das empresas
Atividades e experiências de descoberta do Património de animação turística
Etnográfico (participação em atividades agrícolas, pastoris,
artesanais, enogastronómicas e similares — por exemplo: Artigo 3.º
vindima, pisar uva, apanha da azeitona, descortiçar do so- Atividades de animação turística
breiro, plantação de árvores, ateliers de olaria, pintura, ces-
taria, confeção de pratos tradicionais, feitura de um vinho); 1 — São atividades de animação turística as atividades
Visitas guiadas a museus, monumentos e outros locais lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultural, que
de interesse patrimonial; se configurem como atividades de turismo de ar livre ou
Jogos populares e tradicionais. de turismo cultural e que tenham interesse turístico para
a região em que se desenvolvam, tais como as enuncia-
ANEXO II das no anexo ao presente decreto-lei, que dele faz parte
integrante.
(a que se refere o artigo 8.º)
2 — Para efeitos do presente decreto-lei, consideram-se:
Republicação do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio a) «Atividades de turismo de ar livre», também deno-
minadas por «atividades outdoor», de «turismo ativo» ou
CAPÍTULO I de «turismo de aventura», as atividades que, cumulativa-
Disposições gerais mente:
i) Decorram predominantemente em espaços naturais,
Artigo 1.º traduzindo-se em vivências diversificadas de fruição, ex-
Objeto perimentação e descoberta da natureza e da paisagem,
podendo ou não realizar-se em instalações físicas equipadas
O presente decreto-lei estabelece as condições de acesso para o efeito;
e de exercício da atividade das empresas de animação ii) Suponham organização logística e ou supervisão
turística e dos operadores marítimo-turísticos. pelo prestador;
iii) Impliquem uma interação física dos destinatários
Artigo 2.º com o meio envolvente;
Âmbito de aplicação
b) «Atividades de turismo cultural», as atividades pe-
1 — Para efeitos do presente decreto-lei entende-se destres ou transportadas, que promovam o contacto com
por: o património cultural e natural através de uma mediação
a) «Empresa de animação turística», a pessoa singular entre o destinatário do serviço e o bem cultural usufruído,
ou coletiva que desenvolva, com caráter comercial, alguma para partilha de conhecimento.
4204 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013
3 — Excluem-se do âmbito dos números anteriores: 13.º, com isenção do pagamento das taxas a que se refere
o artigo 16.º.
a) A organização de campos de férias e similares; 4 — As associações, clubes desportivos, misericórdias,
b) A organização de espetáculos, feiras, congressos, mutualidades, instituições privadas de solidariedade social
eventos de qualquer tipo e similares; e entidades análogas podem exercer atividades próprias de
c) O mero aluguer de equipamentos de animação, com animação turística estando isentas de inscrição no RNAAT,
exceção dos previstos no n.º 2 do artigo 4.º. desde que cumpram cumulativamente os seguintes requi-
sitos:
Artigo 4.º
a) A organização e venda das atividades não tenham
Tipo de atividades
fim lucrativo;
1 — As atividades de animação turística desenvolvi- b) As atividades se dirijam única e exclusivamente aos
das em áreas classificadas ou outras com valores naturais seus membros ou associados e não ao público em geral;
designam-se por atividades de turismo de natureza, desde c) As atividades tenham caráter esporádico e não sejam
que sejam reconhecidas como tal, nos termos previstos no realizadas de forma contínua ou permanente, salvo se fo-
artigo 13.º e no capítulo V. rem desenvolvidas por entidades de cariz social, cultural
2 — As atividades de animação turística desenvolvidas ou desportivo;
mediante utilização de embarcações com fins lucrativos d) Obedeçam, na realização de transportes, ao disposto
designam-se por atividades marítimo-turísticas e integram no artigo 26.º, com as devidas adaptações;
as seguintes modalidades: e) No caso de serem utilizadas embarcações e demais
meios náuticos, estes cumpram os requisitos e procedi-
a) Passeios marítimo-turísticos; mentos técnicos, designadamente em termos de segurança,
b) Aluguer de embarcações com tripulação; regulados por diploma próprio.
c) Aluguer de embarcações sem tripulação;
d) Serviços efetuados por táxi fluvial ou marítimo; 5 — As entidades a que se refere o número anterior estão
e) Pesca turística; obrigadas a celebrar um seguro de responsabilidade civil e
f) Serviços de natureza marítimo-turística prestados me- de acidentes pessoais que cubra os riscos decorrentes das
diante a utilização de embarcações atracadas ou fundeadas atividades a realizar e, quando se justifique, um seguro
e sem meios de propulsão próprios ou selados; de assistência válido no estrangeiro, nos termos previstos
g) Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas no capítulo VII e na portaria a que se refere o n.º 2 do ar-
embarcações dispensadas de registo; tigo 27.º, aplicando-se-lhes igualmente a admissibilidade
h) Outros serviços, designadamente os respeitantes a de garantia financeira ou instrumento equivalente, nos ter-
serviços de reboque de equipamentos de caráter recreativo, mos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010,
tais como bananas, paraquedas, esqui aquático. de 26 de julho, devidamente adaptados.
6 — As empresas de animação turística registadas no
3 — As embarcações, com ou sem propulsão, e demais RNAAT, que no âmbito das suas atividades desenvolvam
meios náuticos utilizados na atividade marítimo-turística percursos pedestres urbanos ou visitas guiadas a museus,
estão sujeitos aos requisitos e procedimentos técnicos, palácios, monumentos e sítios históricos, incluindo arque-
designadamente em termos de segurança, regulados por ológicos, têm direito a entrada livre nos recintos, palácios,
diploma próprio. museus, monumentos, sítios históricos e arqueológicos,
do Estado e das autarquias locais, quando em exercício de
Artigo 5.º funções e durante as horas de abertura ao público.
Registo Nacional de Agentes de Animação Turística 7 — A gratuitidade de entrada nos locais referidos no
número anterior apenas é garantida mediante exibição de
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 4 do ar- documento comprovativo do registo e, tratando-se de pes-
tigo 29.º, apenas as empresas que tenham realizado a mera soa diversa da constante no registo, declaração da empresa
comunicação prévia ou a comunicação prévia com prazo contendo a identificação do profissional em exercício de
através do Registo Nacional de Agentes de Animação Tu- funções de visita guiada complementada com documento
rística (RNAAT), acessível através do balcão único ele- de identificação civil.
trónico de serviços, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do sítio na Internet do Artigo 6.º
Turismo de Portugal, I. P., nos termos previstos nos artigos
11.º e 13.º, podem exercer e comercializar, em território Dever de informação
nacional, as atividades de animação turística definidas no 1 — Antes da contratualização da prestação dos seus
artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo anterior. serviços, as empresas de animação turística e os operadores
2 — Quando pretendam exercer exclusivamente ativi- marítimo-turísticos devem informar os clientes sobre as
dades marítimo-turísticas, as empresas devem inscrever-se características específicas das atividades a desenvolver, di-
no RNAAT como operadores marítimo-turísticos e apenas ficuldades e eventuais riscos inerentes, material necessário
podem exercer as atividades previstas no n.º 2 do artigo quando não seja disponibilizado pela empresa, aptidões
anterior. físicas e técnicas exigidas aos participantes, idade mínima
3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de em- e máxima admitida, serviços disponibilizados e respetivos
preendimentos turísticos que exerçam atividades próprias preços, e quaisquer outros elementos indispensáveis à
das empresas de animação turística como complementares realização das atividades em causa.
à sua atividade principal estão sujeitas ao regime da mera 2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º do Decreto-
comunicação prévia ou da comunicação prévia com prazo -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, antes do início da ativi-
através do RNAAT, nos termos previstos nos artigos 11.º e dade, deve ser prestada aos clientes informação completa e
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clara sobre as regras de utilização de equipamentos, legis- que tenham realizado mera comunicação prévia e comu-
lação ambiental relevante e procedimentos a cumprir nas nicação prévia com prazo, quando aplicável, nos termos
diferentes situações de perigo ou emergência previsíveis, do presente decreto-lei, de acesso disponível ao público
bem como informação relativa à formação e experiência no balcão único eletrónico de serviços, a que se refere o
profissional dos seus colaboradores. artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no
3 — As empresas que desenvolvam atividades reconhe- sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P..
cidas como turismo de natureza devem disponibilizar ao 2 — O registo das empresas de animação turística e
público informação sobre a experiência e formação dos dos operadores marítimo-turísticos inscritos no RNAAT
seus colaboradores em matéria de ambiente, património contém:
natural e conservação da natureza.
a) A firma ou denominação social da entidade registada
para o exercício de atividades de animação turística, ou o
Artigo 7.º nome no caso de se tratar de pessoa singular;
Desempenho ambiental b) Sempre que estabelecidos em território nacional, o
tipo, a sede ou estabelecimento principal, a conservatória
1 — As atividades de animação turística devem realizar- do registo onde se encontrem matriculadas, o seu número
-se de acordo com as disposições legais e regulamentares de matrícula e de identificação de pessoa coletiva, caso
em matéria de ambiente e, sempre que possível, contribuir exista, o objeto social ou estatutário ou, no caso de se tratar
para a preservação do ambiente, nomeadamente maximi- de pessoa singular, o respetivo número de identificação
zando a eficiência na utilização dos recursos e minimizando fiscal e código da atividade económica, assim como, em
a produção de resíduos, ruído, emissões para a água e para qualquer dos casos, a localização de todos os estabeleci-
a atmosfera e os impactes no património natural. mentos em território nacional;
2 — As atividades de animação turística realizadas em c) (Revogada.)
áreas protegidas devem, nomeadamente, observar os res- d) A identificação pormenorizada das atividades de ani-
petivos planos de ordenamento e cartas de desporto da mação que a empresa estabelecida em território nacional
natureza ou outros documentos de ordenamento em vigor. exerce;
e) Referência ao reconhecimento da empresa como de
Artigo 8.º turismo de natureza, quando aplicável;
Identificação das empresas de animação turística f) As marcas utilizadas pela empresa estabelecida em
e dos operadores marítimo-turísticos território nacional;
g) Os números das apólices de seguros obrigatórios, ou
1 — As denominações de «empresa de animação tu- de seguros, garantias financeiras ou instrumentos equi-
rística» e de «operador marítimo-turístico» só podem ser valentes, quando exigíveis nos termos do artigo 27.º, o
usadas por empresas que exerçam e comercializem le- respetivo prazo de validade e o montante garantido, ou
galmente em território nacional, nos termos do presente a referência à isenção de que goza, nos termos dos arti-
decreto-lei, as atividades de animação turística definidas gos 28.º ou 28.º-A, conforme o caso aplicável;
no artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 4.º. h) As sanções aplicadas;
2 — Em contratos, correspondência, publicações, anún- i) As menções distintivas de qualidade quando as mes-
cios e em toda a atividade externa, as empresas de anima- mas constem da comunicação prévia referida no número
ção turística e os operadores marítimo-turísticos devem in- anterior.
dicar o número de registo, nacional ou do Estado-Membro
da União Europeia ou do espaço económico europeu de Artigo 10.º
estabelecimento, quando aplicável, e a localização da sua Obrigação de comunicação
sede, sem prejuízo de outras referências obrigatórias nos
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
termos do Código das Sociedades Comerciais e demais
qualquer alteração aos elementos constantes do registo de
legislação aplicável.
3 — A utilização de marcas por empresas de anima- empresas estabelecidas em território nacional, nos termos
ção turística e operadores marítimo-turísticos inscritos no referidos no n.º 2 do artigo anterior, incluindo a abertura
RNAAT carece, nos termos do artigo 10.º, de comunicação de novos estabelecimentos ou formas de representação
ao Turismo de Portugal, I. P.. locais, o encerramento de estabelecimento ou a cessação
4 — A designação «turismo de natureza» e o respetivo da atividade da empresa em território nacional, deve ser co-
logótipo só podem ser usados por empresas reconhecidas municada ao Turismo de Portugal, I. P., através do RNAAT,
como tal nos termos do artigo 20.º. no prazo de 30 dias após a respetiva verificação.
5 — O logótipo a que se refere o número anterior é apro- 2 — A atualização dos elementos indicados na alínea g)
vado por portaria dos membros do Governo responsáveis do n.º 2 do artigo anterior segue os termos dos n.os 6 a 8
pelas áreas do ambiente e do turismo. do artigo 27.º.
3 — A comunicação prevista nos números anteriores
destina-se à atualização do RNAAT.
CAPÍTULO III 4 — A alteração dos elementos do registo deve ser co-
Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística municada pelo Turismo de Portugal, I. P., às entidades
competentes em razão da matéria a que se reporte a al-
Artigo 9.º teração.
Elementos do RNAAT Artigo 10.º-A
Informação pública no RNAAT
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém
atualizado o RNAAT, que integra o registo das empresas 1 — O Turismo de Portugal, I. P., publicita, através do
de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos RNAAT, a cessação da atividade das empresas de animação
4206 Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013
turística e dos operadores marítimo-turísticos nele regis- petiva certidão permanente ou, no caso de se tratar de
tados por um período superior a 90 dias sem justificação pessoa singular, cópia simples da declaração de início de
atendível bem como as situações de irregularidade verifi- atividade;
cadas no exercício da sua atividade, durante o período em c) Indicação do número de registo, na autoridade com-
que as mesmas se verifiquem, nomeadamente, as seguintes: petente, das marcas que pretenda utilizar;
a) Incumprimento da obrigação de envio ao Turismo de d) Cópia simples das apólices de seguro obrigatório e
Portugal, I. P., do comprovativo de que as devidas apólices comprovativo do pagamento do prémio ou fração inicial,
de seguro obrigatórias, ou de seguros, garantias financeiras ou comprovativo de contratação e validade dos seguros,
ou instrumentos equivalentes se encontram em vigor, em garantias financeiras ou instrumentos equivalentes nos
violação do disposto nos n.os 6 a 8 do artigo 27.º; termos dos artigos 27.º e 28.º, quando aplicável;
b) Verificação de irregularidades graves na gestão da e) Programa detalhado das atividades a desenvolver,
empresa ou incumprimento grave perante fornecedores com indicação dos equipamentos a utilizar;
ou consumidores, que sejam suscetíveis de pôr em risco f) Declaração de compromisso em como os equipa-
os interesses destes ou as condições normais de funciona- mentos e as instalações, quando existam, satisfazem os
mento do mercado neste setor. requisitos legais;
g) Documentos previstos no n.º 1 do artigo 20.º, quando
2 — A dissolução das empresas de animação turística e se pretenda o reconhecimento de atividades de turismo de
dos operadores marítimo-turísticos registados no RNAAT natureza;
dá lugar ao imediato cancelamento da sua inscrição na- h) Comprovativo do pagamento das taxas a que se refere
quele registo. o artigo 16.º, nos casos em que sejam devidas.
3 — No prazo de 10 dias a contar da data da comunica- b) 240,00 EUR, para empresas de animação turística e
ção prévia ou do cumprimento do solicitado nos termos do operadores marítimo-turísticos que pretendam reconhe-
número anterior, o Turismo de Portugal, I. P., comunica à cimento como prestando atividades de turismo de natu-
Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços reza;
Marítimos (DGRM), à Direção-Geral da Autoridade Marí- c) 90,00 EUR, para empresas de animação turística
tima (DGAM) e à Agência Portuguesa do Ambiente, I. P., cuja atividade seja exclusivamente o desenvolvimento,
o registo de operadores marítimo-turísticos e de empresas em ambiente urbano, de percursos pedestres e visitas a
de animação turística cujo projeto de atividades inclua o museus, palácios e monumentos e, simultaneamente, se
exercício de atividades marítimo-turísticas e, no caso da encontrem isentas da obrigação de contratação dos seguros
DGRM, ainda quando o exercício dessas atividades tam- previstos no artigo 27.º, nos termos da alínea b) do n.º 1
bém inclua a modalidade da pesca turística. do artigo 28.º.
Artigo 13.º 2 — As empresas de animação turística e operadores
Reconhecimento de atividades de turismo de natureza marítimo-turísticos, em regime de livre prestação de servi-
ços em território nacional que pretendam reconhecimento
1 — O exercício de atividades de animação turística como prestando atividades de turismo de natureza ficam
fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como sujeitas ao pagamento de uma taxa de 75,00 EUR.
definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei 3 — Quando se trate de microempresas, os valores
n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente pretenda previstos nos números anteriores são reduzidos, respeti-
obter o reconhecimento das suas atividades como turismo vamente, para:
de natureza nos termos previstos no capítulo V, salvo nos
casos previstos no n.º 3 do artigo 20.º que ficam sujeitos a) 90,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea a)
ao regime da mera comunicação prévia. do n.º 1;
2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos ter- b) 160,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea b)
mos do artigo 20.º permite ao interessado iniciar atividade do n.º 1;
com o deferimento da pretensão ou, na ausência de resposta c) 20,00 EUR, quanto ao valor referido na alínea c)
ao pedido de reconhecimento, no prazo de 25 dias. do n.º 1;
3 — O prazo referido no número anterior é contado a d) 45,00 EUR, quanto ao valor referido no número
partir do momento do pagamento das taxas devidas nos anterior.
termos do artigo 16.º, quando o mesmo seja efetuado na
data da comunicação prévia ou em data posterior, ou da 4 — As empresas registadas no RNAAT que queiram
realização da comunicação prévia, quando não sejam devi- ver reconhecida a sua atividade como de turismo de natu-
das taxas ou quando o seu pagamento tenha sido efetuado reza, pagam uma taxa de valor correspondente à diferença
em data anterior ao da realização da comunicação prévia, entre o valor pago e o valor devido nos termos dos números
valendo o recibo de receção da comunicação como com- anteriores.
provativo de reconhecimento. 5 — Os valores das taxas referidos nos n.os 1 a 3 são
4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo ao atualizados a 1 de março, de três em três anos, a partir de
ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado da 2016, com base na média de variação do índice médio de
receção da comunicação prévia com prazo, para apreciação preços ao consumidor no continente, relativo aos três anos
nos termos dos artigos 21.º e 22.º. anteriores, excluindo a habitação, e publicado pelo Instituto
5 — Caso o ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo refe- Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.).
rido no n.º 2, presume-se o respetivo reconhecimento. 6 — Consideram-se microempresas as empresas certifi-
6 — O reconhecimento de atividades de turismo de cadas como tal de acordo com o Decreto-Lei n.º 372/2007,
natureza pode ser requerido aquando da mera comunicação de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2009,
prévia para inscrição no RNAAT, prevista na alínea a) do de 16 de junho, no momento em que sejam devidas as taxas
n.º 1 do artigo 11.º, ou em momento posterior. referidas nos números anteriores.
7 — O produto das taxas referidas nos n.os 1 a 3, reverte
Artigo 14.º em:
(Revogado.) a) 20 % para o ICNF, I. P.;
b) 20 % para a DGRM;
Artigo 15.º c) 20 % para a DGAM;
(Revogado.) d) 40 % para o Turismo de Portugal, I. P..
b) Taxas e cauções, devidas pela emissão de títulos de b) A comunicação de alterações aos dados constantes
utilização privativa de recursos hídricos nos termos do do RNAAT;
disposto no artigo 59.º na Lei da Água, aprovada pela Lei c) As comunicações com o interessado;
n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e alterada pelos Decretos- d) (Revogada.)
-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 130/2012, de e) (Revogada.)
22 de junho, e respetiva legislação complementar e regu- f) (Revogada.)
lamentar, quando esteja em causa a reserva de áreas do
domínio público hídrico para o exercício da atividade ou 2 — A comunicação com as diferentes entidades com
instalação de estruturas de apoio ou quando tal utilização competência no âmbito do presente decreto-lei é realizada
implicar alteração no estado dos recursos ou colocar esse de forma desmaterializada, por meio da integração e garan-
estado em perigo. tia de interoperacionalidade entre os respetivos sistemas
de informação.
Artigo 16.º-A 3 — É atribuído um número de referência a cada pro-
Acesso de empresas de animação turística às atividades
cesso no início da tramitação que é mantido em todos os
próprias das agências de viagens e turismo documentos em que se traduzem os atos e formalidades
da competência do Turismo de Portugal, I. P., ou da com-
1 — As empresas de animação turística que pretendam petência de qualquer das entidades intervenientes.
exercer atividades próprias das agências de viagens e tu- 4 — As funcionalidades do sistema de informação in-
rismo devem: cluem a rejeição liminar de operações de cuja execução
a) Efetuar a mera comunicação prévia através do Re- resultariam vícios ou deficiências de instrução, designa-
gisto Nacional de Agentes de Viagens e Turismo (RNAVT), damente recusando o recebimento de comunicações que
acessível através do balcão único eletrónico de serviços, a contenham manifestas falhas de instrução do processo.
que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 5 — Os sistemas de informação produzem notificações
de julho, e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P., automáticas para as entidades envolvidas sempre que novos
ou a apresentação da documentação relativa às garantias elementos sejam adicionados ao processo.
referidas na alínea seguinte, através dos mesmos meios,
em caso de livre prestação de serviços; CAPÍTULO V
b) Prestar as garantias exigidas para o exercício da ati-
vidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 61/2011, Turismo de natureza
de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 199/2012, de
24 de agosto; Artigo 20.º
c) Cumprir os demais requisitos exigidos para o exer-
Reconhecimento de atividades de turismo de natureza
cício da atividade nos termos previstos no Decreto-Lei
n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei 1 — As pessoas singulares e coletivas habilitadas a
n.º 199/2012, de 24 de agosto. exercer atividades de animação turística ou atividades
marítimo-turísticas que pretendam obter o reconhecimento
2 — As empresas referidas no número anterior, quando das suas atividades como turismo de natureza devem efe-
estabelecidas em território nacional, pagam a diferença tuar a comunicação prévia com prazo nos termos previstos
entre o valor devido ao abrigo do n.º 4 do artigo 8.º do no artigo 13.º, instruída com os seguintes elementos:
Decreto-Lei n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo
a) Lista das atividades disponibilizadas pela empresa;
Decreto-Lei n.º 199/2012, de 24 de agosto, e o valor das
b) Declaração de adesão formal a um código de conduta
taxas pagas no âmbito do regime jurídico da atividade de
das empresas de turismo de natureza, aprovado por porta-
animação turística e dos operadores marítimo-turísticos.
ria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do
ambiente e do turismo;
Artigo 17.º
c) Projeto de conservação da natureza, quando apli-
(Revogado.) cável.
tiva, projeto ou atividade, nem constitui prova do respeito c) Um seguro de responsabilidade civil que cubra os da-
pelas normas aplicáveis aos mesmos, nem isenta os res- nos patrimoniais e não patrimoniais causados por sinistros
petivos promotores da responsabilidade civil ou criminal ocorridos no decurso da prestação do serviço.
que se possa verificar por força de qualquer ato ilícito
relacionado com a atividade. 2 — A cobertura obrigatória e demais aspetos do fun-
cionamento dos seguros referidos no número anterior são
Artigo 26.º definidos em portaria dos membros do Governo respon-
sáveis pelas áreas das finanças e da economia.
Utilização de meios de transporte
3 — No caso dos operadores marítimo-turísticos e das
1 — Na realização de passeios turísticos ou transporte empresas de animação turística que exerçam atividade
de clientes no âmbito das suas atividades, e quando uti- marítimo-turística, o seguro de responsabilidade civil
lizem veículos automóveis com lotação superior a nove previsto na alínea c) do n.º 1 fica ainda sujeito às regras
lugares, as empresas de animação turística devem estar específicas previstas no anexo III do RAMT.
licenciadas para a atividade de transportador público ro- 4 — Nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-
doviário de passageiros ou recorrer a entidade habilitada -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, considera-se cumprida a
para o efeito nos termos da legislação aplicável. obrigação de celebração dos seguros referidos nos núme-
2 — Os veículos automóveis utilizados no exercício ros anteriores pelas empresas e operadores estabelecidos
das atividades previstas no número anterior com lota- noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço
ção superior a nove lugares devem ser sujeitos a pré- económico europeu que tenham as respetivas atividades a
vio licenciamento pelo Instituto de Mobilidade e dos exercer em território nacional cobertas por seguro, garantia
Transportes, I. P. (IMT, I. P.), ou estar abrangidos por financeira ou instrumento equivalente aos seguros exigi-
licença europeia emitida em qualquer Estado-Membro dos nos termos dos números anteriores e dos artigos 28.º
de estabelecimento, nos termos do Regulamento (CE) e 28.º-A.
n.º 1073/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, 5 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º
de 21 de outubro, ou, quando a utilização se restrinja a e 28.º-A, nenhuma empresa de animação turística ou ope-
rador marítimo-turístico pode iniciar ou exercer a sua ativi-
operações de cabotagem, cumprir os requisitos respetivos,
dade sem fazer prova junto do Turismo de Portugal, I. P., de
nos termos daquele Regulamento.
ter contratado os seguros exigidos nos termos dos n.os 1 a 3,
3 — Na realização de passeios turísticos ou transporte ou seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
de clientes no âmbito das suas atividades, o transporte em nos termos do número anterior.
veículos automóveis com lotação até nove lugares pode ser 6 — As empresas de animação turística e os operadores
efetuado pelas próprias empresas de animação turística, marítimo-turísticos estabelecidos em território nacional
desde que os veículos utilizados sejam da sua propriedade, devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P., comunicação
ou objeto de locação financeira, aluguer de longa duração a informar da revalidação das apólices de seguro obri-
ou aluguer operacional de viaturas (renting), se a empresa gatório ou de seguro, garantia financeira ou instrumento
de animação turística for a locatária, ou ainda quando equivalente anteriormente contratado, acompanhada de
recorram a entidades habilitadas para o transporte. documento comprovativo, no prazo de 30 dias a contar
4 — Nos transportes de passeios turísticos ou transporte da data do respetivo vencimento ou desadequação da res-
de clientes em veículos com lotação até nove lugares, o petiva garantia.
motorista deve ser portador do seu horário de trabalho e 7 — As empresas de animação turística e os opera-
de documento que contenha a identificação da empresa, a dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados-
especificação do evento, iniciativa ou projeto, a data, a hora -Membros da União Europeia ou do espaço económico
e o local de partida e de chegada, que exibirá a qualquer europeu que prestem serviços de animação turística em
entidade competente que o solicite. território nacional em regime de livre prestação de servi-
ços, sempre que se verifique que o seguro obrigatório ou
o seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
CAPÍTULO VII comunicado nos termos do n.º 2 do artigo 29.º já não se
Das garantias financeiras encontra válido ou adequado às atividades desenvolvidas
em território nacional, devem comprovar perante o Turismo
Artigo 27.º de Portugal, I. P., por comunicação, a subscrição de novo
instrumento e a respetiva validade.
Seguros obrigatórios 8 — A comunicação prevista no número anterior deve
1 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º ser efetuada no prazo de 30 dias a contar da data do venci-
e 28.º-A, as empresas de animação turística e os operadores mento do instrumento anterior ou da desadequação da sua
marítimo-turísticos que exerçam atividade em território garantia, no caso de a empresa se encontrar à data a prestar
nacional estão obrigados a celebrar e a manter válidos serviços em Portugal, ou, no caso contrário, no prazo de
seguros que cubram os riscos para a saúde e segurança 30 dias a contar da sua reentrada em território nacional.
dos destinatários dos serviços ou de terceiros decorrentes 9 — Os capitais mínimos a cobrir pelos seguros referi-
da sua atividade, nos seguintes termos: dos no n.º 1, a fixar pela portaria mencionada no n.º 2, e
no anexo III do RAMT, a que alude o n.º 3, são atualizados
a) Um seguro de acidentes pessoais para os destinatários anualmente, em função do índice de inflação publicado
dos serviços; pelo INE, I. P., no ano imediatamente anterior, sendo os
b) Um seguro de assistência para os destinatários dos montantes decorrentes da atualização divulgados no portal
serviços que viajem do território nacional para o estran- do Turismo de Portugal, I. P., e no balcão único eletrónico
geiro no âmbito ou por força do serviço prestado; dos serviços.
Diário da República, 1.ª série — N.º 138 — 19 de julho de 2013 4211
cestaria, confeção de pratos tradicionais, feitura de um florestal e do território, e à conservação dos ecossistemas
vinho); e da paisagem;
Visitas guiadas a museus, monumentos e outros locais − O conhecimento das ações de alteração do uso do solo
de interesse patrimonial; ou de ocupação florestal enquanto instrumento fundamen-
Jogos populares e tradicionais. tal para o acompanhamento das dinâmicas associadas ao
território e como fonte importante de informação sobre o
regime e estrutura da propriedade em regiões sem cadastro,
mas com elevado potencial silvícola;
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO MAR, − O reforço da componente de acompanhamento e
DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO fiscalização da execução das intervenções florestais, em
detrimento do simples controlo administrativo prévio,
Decreto-Lei n.º 96/2013 permitindo o acompanhamento posterior pelas entidades
públicas com atribuições nesse domínio;
de 19 de julho
− A adequada alocação de atribuições e competências
As ações de arborização e rearborização estão sujeitas entre as diferentes entidades públicas responsáveis;
a regulamentação legal desde a aprovação do Regime − A diminuição dos custos de contexto, associados aos
Florestal em 1901, que passou a enquadrar as iniciati- procedimentos administrativos, apostando na sua desma-
vas, de cariz público ou privado, realizadas no âmbito terialização em reforço da transparência dos processos
florestal. Desde então, ao longo de mais de um século, de decisão.
diversos diplomas legais de âmbito florestal, ambiental e
de desenvolvimento agrícola e rural introduziram novas A aplicação do presente decreto-lei não irá pôr em causa
regras aplicáveis às ações de arborização, visando o seu o cumprimento das demais normas legais e regulamenta-
enquadramento no contexto de diversas políticas públicas res condicionantes ou incidentes sobre as intervenções
com incidência territorial. florestais e o uso do solo, incluindo, designadamente, as
Reconhecidamente, as ações de arborização e rearbori- resultantes de regimes especiais de proteção de espécies,
zação podem promover quer a valorização produtiva dos as orientações dos PROF, dos PGF e os instrumentos de
espaços silvestres, quer a recuperação de ecossistemas gestão das zonas de intervenção florestal, as normas e os
degradados, bem como a evolução da composição dos planos do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios
povoamentos pré-existentes, adaptando-os aos objetivos (SDFCI), o regime jurídico da conservação da natureza e
de gestão florestal dos proprietários e gestores florestais. da biodiversidade, os planos especiais e setoriais relevantes
O planeamento e execução devem, por isso, assegurar a ou, ainda, os regimes jurídicos de avaliação de impacte
prossecução dos objetivos de conservação dos recursos ambiental ou de proteção e gestão dos recursos hídricos.
naturais e de racionalização do ordenamento do territó- Cumulativamente, todos os objetivos de interesse geral
rio, identificados nos «modelos gerais de silvicultura e salvaguardados na Lei n.º 1951, de 9 de março de 1937,
de gestão de recursos» constantes nos planos regionais nos Decreto-Lei n.º 28039 e Decreto n.º 28040, ambos de
de ordenamento florestal (PROF) e nos planos de gestão 14 de setembro de 1937, nos Decretos-Leis n.ºs 139/88, de
florestal (PGF), estabelecidos no Decreto-Lei n.º 16/2009, 22 de abril, 175/88, de 17 de maio, 180/89, de 30 de maio,
de 14 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 114/2010, e nas Portarias n.ºs 513/89, de 6 de julho e 528/89, de 11
de 22 de outubro. de julho, que ora se revogam, e que mantêm atualidade e
Contudo, no quadro legal em vigor, fruto da redefinição validade técnica, continuam a ser plenamente prosseguidos,
evolutiva das políticas públicas ocorrida ao longo dos quer pelo presente decreto-lei, quer por outra legislação
anos, vem-se assistindo a uma profusão e grande hete- especial já em vigor, incluindo, para além dos acima re-
rogeneidade de procedimentos de licenciamento ou de feridos, o regime da utilização de espécies não indígenas,
autorização de ações de arborização ou rearborização, que aprovado pelo Decreto-Lei n.º 565/99, de 21 de dezembro,
em algumas situações impõem o cumprimento sucessivo alterado pelo Decreto-Lei n.º 205/2003, de 12 de setem-
de diversos regimes normativos desarticulados entre si, bro, o regime dos povoamentos florestais percorridos por
enquanto noutras não é exigida qualquer autorização, ou incêndios, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 327/90, de 22 de
sequer comunicação prévia. outubro, alterado pela Lei n.º 54/91, de 8 de agosto, e pelos
O presente decreto-lei, dando expressão às linhas de Decretos-Leis n.ºs 34/99, de 5 de fevereiro e 55/2007, de 12
ação da Estratégia Nacional para as Florestas, aprovada de março e ainda o Código Civil. A título exemplificativo,
pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 114/2006, destaca-se a Lei n.º 1951, de 9 de março de 1937, alterada
de 15 de setembro, em particular na meta de «Racionali- pelo Decreto-Lei n.º 28039, de 14 de setembro de 1937, e
zação e simplificação do quadro legislativo», visa, assim, regulamentada pelo Decreto n.º 28040, também de 14 de
prosseguir os seguintes objetivos: setembro de 1937, ora revogados e cujo âmbito de apli-
− A simplificação e atualização do quadro legislativo cação já não abarca a acácia-mimosa, o ailanto e muitas
incidente sobre as arborizações e rearborizações de cariz espécies de eucaliptos, uma vez que a utilização destas
florestal, concentrando num único diploma o seu regime espécies está hoje proibida em lei especial reguladora da
jurídico, em especial o procedimento de autorização e o introdução na natureza de espécies não indígenas da flora e
quadro sancionatório aplicável; da fauna. Adicionalmente, ao longo dos anos, não só várias
− A eliminação dos regimes jurídicos que se revelaram disposições dos diplomas legais que se revogam através
inconciliáveis com os princípios, objetivos e medidas de do presente decreto-lei foram declaradas inconstitucionais,
política florestal nacional, aprovados pela Lei n.º 33/96, de com força obrigatória geral, pelo Tribunal Constitucional,
17 de agosto e, bem assim, daqueles que não asseguram a como a proteção de edifícios e outros bens, face à neces-
realização do interesse público associado ao ordenamento sidade de controlar os combustíveis florestais (árvores e