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Erros em Radiologia

Devemos evitar erros em radiologia para não obtermos radiografias sem valor de diagnóstico que obriguem à
repetição, o que sujeita o paciente a uma maior exposição de radiação.

Radiografias com valor de diagnóstico:


-Critérios para as radiografias periapicais:
Área anatómica correta;
3 a 4 mm de osso além do ápex;
Imagem não alongada ou encurtada;
Densidade aceitável;
Ausência de erros de manuseamento ou processamento;
Pontos de contacto não sobrepostos;
Ausência de corte de cone;
Convexidade para incisal ou oclusal.
-Critérios para as radiografias bitewing:
Pontos de contacto não sobrepostos desde distal do canino até mesial do terceiro molar;
Coroas da maxila e da mandibula centradas;
Crista do osso alveolar visível;
Plano oclusal horizontal.

Erros nas radiografias intra-orais:


-Execução da radiografia: Preparação do paciente, seleção do recetor, posicionamento do recetor, utilização
de suportes, orientação do cone da ampola e exposição.
-Processamento convencional: Tempo e temperatura, contaminação química, manuseamento da pelicula e
iluminação.
-Preparação do paciente: Não remoção de próteses, pastilha elástica, marcas de dentes, movimento do paciente
e colar cervical.
-Seleção do recetor: Tipo e tamanho inapropriado.
-Posicionamento do recetor: Recetor mal posicionado – ausência de visualização das áreas apicais - recetor
dobrado, colocação do recetor ao contrário e movimento do recetor.
-Utilização de suportes radiográficos: Não utilização – uso de dedos - uso incorreto.
-Orientação do cone da ampola: Angulação incorreta – vertical ou horizontal – corte de cone e movimento da
ampola.
-Exposição: Ausência de exposição, sobre-exposição, subexposição e dupla exposição.
-Processamento químico: Tempo e temperatura, contaminação química, manuseamento da película e
iluminação.

Erros em radiologia – Ortopantomografias

Erros em radiografias extra-orais:


Erros na preparação do paciente – objeto
Erros na exposição e enquadramento da fonte – fonte
Erros na manipulação do recetor – recetor

Erros na preparação do paciente:


Não remoção de acessórios do paciente;
Mau posicionamento do paciente (coluna cervical);
Má oclusão no mordente;
Inclinação do plano de Frankfurt;
Mau ajuste do cefalostato;
Falta de instruções do procedimento.
Erros na exposição e enquadramento da fonte:
Má colocação da pelicula na cassete;
Exposição acidental;
Ecrã intensificador sujo;
Dupla exposição;
Mau ajuste dos parâmetros de exposição;
Subexposição;
Sobre-exposição;
Mau funcionamento do equipamento.
Erros na manipulação do recetor:
Mau processamento da película.

Anomalias Dentárias

Anomalias de desenvolvimento:
-Tamanho: microdontia, macrodontia
-Forma: cúspides em garra, germinação (nº de dentes na arcada é igual), fusão (nº de dentes na arcada
é menor), concrescência (a nível radicular), dilaceração e taurodontismo.
-Número: anodontia (não existe nenhum dente), oligodontia (ausência de 7 ou mais dentes, excluindo
os cisos), hipodontia (ausência de poucos dentes), agenesia (ausência de um dente), ausência congénita de
incisivo central superior e dentes supranumerários.
-Erupção: erupção prematura, retardada, dentes impactados, dentes inclusos, ectopia dentária (dente
localizado nos maxilares, mas fora do seu local normal de erupção), heterotopia (dente localizado fora dos
maxilares) e transposição (troca de posição de dois dentes contíguos).
-Constituição: defeitos de constituição do esmalte (hipoplasia de esmalte, amelogénese imperfeita),
defeitos hereditários da dentina (dentinogénese imperfeita), defeitos do esmalte e da dentina (odontodisplasia
regional (dentes fantasma)).
-Organogénese (alterações na forma e no órgão do esmalte): dente invaginado (dens in dente), dente
evaginado e pérolas de esmalte (proliferações).

Métodos de localização imagiológicos

Aplicações:
-Diagnóstico de patologia traumática, tumoral ou quística;
-Localização de corpos estranhos;
-Dentes inclusos;
-Anomalias ósseas e dentárias;
-Preparação para cirurgia;
-Ensino.

Método de Clark ou Principio da Paralaxe (1909):

Mudando a angulação horizontal, podem-se distinguir raízes e outras estruturas sobrepostas.


Um corpo estranho por lingual “desloca-se” no mesmo sentido da ampola, para mesial.
Um corpo estranho por vestibular “desloca-se” em sentido inverso ao da ampola, para distal.

Método de Miller-Winter ou Método de Planos Perpendiculares, Dupla Incidência ou de Ângulo Reto (1914):
Para além da radiografia periapical, executa-se um Rx com uma incidência oclusal, perpendicular à
primeira.
Duas incidências perpendiculares permitem, neste cado, dimensionar patologia tumoral.
Modificação de Donovan: (Método específico para os cisos – É uma modificação da técnica anterior)
Colocando a película na transição do corpo para o ramo ascendente da mandíbula, é possível relacionar as
raízes dos cisos com o canal dentário.

Método Tomográfico ou Estudo por Planos:


Tomografia: Os cones tomográficos permitem esclarecer pormenores não visíveis numa radiografia
convencional.
Tomografia Computorizada (TC): Um fibroma cimentificante visualiza-se mal num Rx Panorâmico
mas numa TC torna-se evidente a sua localização e limites.

Estereoradiografia (1898):
Técnica radiográfica que surgiu logo após a descoberta dos Raios X.
Observação de um corpo com recurso à estereoscopia, a partir de duas radiografias.
Localização de estruturas através da perceção da sua posição relativa num corpo.
Razões para o gradual abandono da técnica: Dificuldade técnica e erros na execução; Radiação excessiva.
Modificações recentes que explicam o seu ressurgimento: Diminuição da dose de radiação com os novos
equipamentos e materiais disponíveis; Diminuição do tempo de execução de um exame; Visão instantânea;
Reprodutibilidade.

3D – Estereoscopia:
Fornecer a cada olho uma perspetiva diferente, tentando reproduzir a visão natural, binocular.

Técnica antiga de execução:


Regra básica: Deslocação horizontal de 72mm; Técnica estereoscópica semelhante à utilizada em
estereofotografia ou fotogrametria para distâncias >1,5m; Se exagerada conduz a efeito Hiper-Estereo.
É necessário que o assunto a radiografar permaneça perfeitamente imóvel.

Execução correta da técnica: Executam-se duas radiografias com uma deslocação horizontal da ampola, que
é de 1/30 da distância desta à película: regra para a macro-estereo-radiografia; deslocação precisa da ampola
de Raio-X; perfeita imobilização do paciente e do recetor.
Como visualizar as Estereoradiografias?
Cada olho deve ver a imagem da perspetiva correspondente, por forma a que o nosso cérebro “pense”
que se trata de uma imagem só, tridimensional.
Para um observador individual:
-Visores individuais (slides e radiografias periapicais);
-Entrecruzamento do olhar contra um negatoscópio (Rx panorâmico e telerradiografia).

Técnicas de visualização Estereoscópicas de grupo:


1. Método Anaglífico
2. Luz polarizada
3. Redes lenticulares
4. Óculos Obturadores

Conclusões:
Que informação é possível “extrair” de uma Estereoradiografia?
-Perceção da posição relativa e da profundidade;
-Localização de corpos estranhos;
-Esclarecimento de imagens radiográficas confusas.

É uma técnica simples, de baixo custo e de baixa dosagem relativamente a outras técnicas volumétricas.
Fotografia

Importância da fotografia:
Considerações legais – simulações, facetas, coroas, controlo;
Marketing – uso de branqueamento;
Ilustração – para colocar em artigos, pósteres;
Auto-avaliação – estética, técnica;
Comunicação – plano de tratamento, mostrar casos a outros colegas;
Documentação – diagnóstico, comparação, registo, controlo.
As fotografias aos pacientes apenas devem ser tiradas com consentimento informado.

Exposição = Abertura do diafragma + Velocidade do obturador + ISO


Abertura do diafragma: Controla a quantidade de luz que atinge o sensor.
Grande abertura = Pequena profundidade de campo.
Pequena abertura = Grande profundidade de campo.
Velocidade do obturador:
1/200 – vê-se imagem parada
1/2 – vê-se imagem em movimento
ISO:
Sensibilidade do sensor
Quanto menor o número, menor a sensibilidade.

Princípios da fotografia em Medicina Dentária:


Aberturas pequenas, Iso mínimo, Velocidade sincronizada com o flash, Lente macro, Iluminação pelo
flash.

Equipamento fotográfico: Câmara, objetiva, flash e acessórios.

Sensores Digitais: O tamanho do sensor, fará grande diferença nas nossas fotos e no investimento.
Quanto maior o sensor melhor será a nitidez da imagem final – mais pontos de luz serão transformados
em foto.

Lentes: Qualidade de imagem, ampliação, distância de trabalho, profundidade de campo.

Melhor para medicina dentária: lentes de 105mm – boa distancia de trabalho, mínima distorção de imagem e
ampliação de 1:1.

Dicas para o cuidado das lentes:


Proteção com filtro protetor UV, remoção de poeiras, de gordura, de salpicos, evitar tocar na lente e
usar tampas de proteção próprias.

Flashes: Flash Bilateral: reprodução tridimensional do volume, aparecimento de sombras, destaca texturas e
formas.
Flash Anelar: luz difusa, sem sombras.
Acessórios: Afastadores, espelhos fotográficos, seringa de ar...

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