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Devemos evitar erros em radiologia para não obtermos radiografias sem valor de diagnóstico que obriguem à
repetição, o que sujeita o paciente a uma maior exposição de radiação.
Anomalias Dentárias
Anomalias de desenvolvimento:
-Tamanho: microdontia, macrodontia
-Forma: cúspides em garra, germinação (nº de dentes na arcada é igual), fusão (nº de dentes na arcada
é menor), concrescência (a nível radicular), dilaceração e taurodontismo.
-Número: anodontia (não existe nenhum dente), oligodontia (ausência de 7 ou mais dentes, excluindo
os cisos), hipodontia (ausência de poucos dentes), agenesia (ausência de um dente), ausência congénita de
incisivo central superior e dentes supranumerários.
-Erupção: erupção prematura, retardada, dentes impactados, dentes inclusos, ectopia dentária (dente
localizado nos maxilares, mas fora do seu local normal de erupção), heterotopia (dente localizado fora dos
maxilares) e transposição (troca de posição de dois dentes contíguos).
-Constituição: defeitos de constituição do esmalte (hipoplasia de esmalte, amelogénese imperfeita),
defeitos hereditários da dentina (dentinogénese imperfeita), defeitos do esmalte e da dentina (odontodisplasia
regional (dentes fantasma)).
-Organogénese (alterações na forma e no órgão do esmalte): dente invaginado (dens in dente), dente
evaginado e pérolas de esmalte (proliferações).
Aplicações:
-Diagnóstico de patologia traumática, tumoral ou quística;
-Localização de corpos estranhos;
-Dentes inclusos;
-Anomalias ósseas e dentárias;
-Preparação para cirurgia;
-Ensino.
Método de Miller-Winter ou Método de Planos Perpendiculares, Dupla Incidência ou de Ângulo Reto (1914):
Para além da radiografia periapical, executa-se um Rx com uma incidência oclusal, perpendicular à
primeira.
Duas incidências perpendiculares permitem, neste cado, dimensionar patologia tumoral.
Modificação de Donovan: (Método específico para os cisos – É uma modificação da técnica anterior)
Colocando a película na transição do corpo para o ramo ascendente da mandíbula, é possível relacionar as
raízes dos cisos com o canal dentário.
Estereoradiografia (1898):
Técnica radiográfica que surgiu logo após a descoberta dos Raios X.
Observação de um corpo com recurso à estereoscopia, a partir de duas radiografias.
Localização de estruturas através da perceção da sua posição relativa num corpo.
Razões para o gradual abandono da técnica: Dificuldade técnica e erros na execução; Radiação excessiva.
Modificações recentes que explicam o seu ressurgimento: Diminuição da dose de radiação com os novos
equipamentos e materiais disponíveis; Diminuição do tempo de execução de um exame; Visão instantânea;
Reprodutibilidade.
3D – Estereoscopia:
Fornecer a cada olho uma perspetiva diferente, tentando reproduzir a visão natural, binocular.
Execução correta da técnica: Executam-se duas radiografias com uma deslocação horizontal da ampola, que
é de 1/30 da distância desta à película: regra para a macro-estereo-radiografia; deslocação precisa da ampola
de Raio-X; perfeita imobilização do paciente e do recetor.
Como visualizar as Estereoradiografias?
Cada olho deve ver a imagem da perspetiva correspondente, por forma a que o nosso cérebro “pense”
que se trata de uma imagem só, tridimensional.
Para um observador individual:
-Visores individuais (slides e radiografias periapicais);
-Entrecruzamento do olhar contra um negatoscópio (Rx panorâmico e telerradiografia).
Conclusões:
Que informação é possível “extrair” de uma Estereoradiografia?
-Perceção da posição relativa e da profundidade;
-Localização de corpos estranhos;
-Esclarecimento de imagens radiográficas confusas.
É uma técnica simples, de baixo custo e de baixa dosagem relativamente a outras técnicas volumétricas.
Fotografia
Importância da fotografia:
Considerações legais – simulações, facetas, coroas, controlo;
Marketing – uso de branqueamento;
Ilustração – para colocar em artigos, pósteres;
Auto-avaliação – estética, técnica;
Comunicação – plano de tratamento, mostrar casos a outros colegas;
Documentação – diagnóstico, comparação, registo, controlo.
As fotografias aos pacientes apenas devem ser tiradas com consentimento informado.
Sensores Digitais: O tamanho do sensor, fará grande diferença nas nossas fotos e no investimento.
Quanto maior o sensor melhor será a nitidez da imagem final – mais pontos de luz serão transformados
em foto.
Melhor para medicina dentária: lentes de 105mm – boa distancia de trabalho, mínima distorção de imagem e
ampliação de 1:1.
Flashes: Flash Bilateral: reprodução tridimensional do volume, aparecimento de sombras, destaca texturas e
formas.
Flash Anelar: luz difusa, sem sombras.
Acessórios: Afastadores, espelhos fotográficos, seringa de ar...