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UNINGÁ-UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ

FACULDADE INGÁ

MARIA CARIDAD HIDALGO MAIGUA

MICROBIOTA EM ABSCESSOS DENTOALVEOLARES

BAURU
2016
MARIA CARIDAD HIDALGO MAIGUA

MICROBIOTA EM ABSCESSOS DENTOALVEOLARES

Monografia apresentada à UNINGÁ – Unidade


de Ensino Superior Ingá, Faculdade Ingá, como
exigência parcial para obtenção do título de
Especialista em Endodontia.

Orientador: Prof. Sávio Brandelero Junior

BAURU
2016
Hidalgo Maigua María Caridad- Microbiota em
Abscessos Dentoalveolares-- Bauru, 2016. Número de
páginas p.: 35 il.; 30 cm.

Monografia. (Especialização) -- Faculdade Ingá,


UNINGÁ - Unidade de Ensino Superior Ingá.

Orientador: Prof. Sávio Bradelero Junior

Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total


ou parcial desta monografia, por processos fotocopiadores e outros meios
eletrônicos.

Assinatura:

Data:
FOLHA DE APROVAÇÃO

MARIA CARIDAD HIDALGO MAIGUA

MICROBIOTA EM ABSCESSOS DENTOALVEOLARES

Monografia apresentada à UNINGÁ – Unidade de


Ensino Superior Ingá, Faculdade Ingá, como
exigência parcial para obtenção do título de
especialista em Endodontia.

Aprovada em: ______/______/______

COMISSÃO EXAMINADORA

__________________________________________
Prof. Dr. Sávio Brandelero Junior

C.P.O. UNINGÁ

__________________________________________
Prof. Dr. Celso Kenji Nishiyama

C.P.O. UNINGÁ

__________________________________________
Profa. Dra. Cláudia Ramos Pinheiro
C.P.O. UNINGÁ
DEDICATORIA

Este trabalho vá dedicado primeiramente a Deus quem me deu muita


fortaleza para seguir em frente em momentos que me sentia vencida.

Logo a meu esposo Norman e filhos Dylan e Kirlian por seu apoio e
sacrifício incondicional tanto económico como sentimental para que eu possa
culminar mina especialidade, um sonho anelado toda minha vida.

A meus pais Humberto, Juana, a me irmão Paul que a pesar de duros


momentos que vivemos no transcurso de este tempo estiveram ai com suas
palavras de alento.

A meus primos e amigas que me ensinaram que uma amizade é eterna e


que não só podia contar com eles nas boas se não em todo momento.

Um Deus lhe pague de todo coração a todos.


AGRADECIMENTOS

A nossa coordenadora Profa. Dra. Claudia Ramos Pinheiro, por seus


conhecimentos impartidos, tem sido nossa guia, e por estar sempre disposta a
ajudar em todo sentido.

A equipe docente da UNINGÁ, por seus ensinos e sua paciência graças


por não só ser mestres se não amigos, Dras. Carolina, Simone, Lidiane, Dres.
Tulio, Kenji, Mateo.

A todo o pessoal que trabalha na UNINGÁ, por sempre atendermos com


um sorriso e cordialidade.

E por ultimo e não por isso menos importante a meu coordenador Dr.
Sávio Brandelero por sua amizade, paciência e preocupação, obrigadas por ser
uma grandiosa pessoa.

Deus os abençoe sempre.


RESUMO

Na cavidade oral encontramos uma grande quantidade de


microorganismos que desempenham um papel fundamental no ecossistema
humano. Quando há um desequilíbrio de estes por qualquer causa estamos
frente a um dano no hóspede. Esta microbiota pode estar formada por
bactérias, vírus e fungos. Esta microbiota tem vários caminhos de acesso para
a polpa entre os que encontramos: um acesso direto, por via pulpoperiodontal
e corrente sanguínea. Uma das consequências deste desequilíbrio é o
abscesso que consiste em uma acumulação de pus em uma cavidade
formada pela liquefação do tecido. A microbiota mais comum encontrada nos
abscessos periapicais é: Fusubacteria nucleatum, Prevotella intermedium,
Peptostreptococcus micros, Peptostreptococcus prevotii, Porphyromonas
Gingivalis,Strep sanguis, Strep mirelli. O tratamento dos abscessos apicais
agudos implica a incisão para a drenagem e o tratamento do canal radicular
ou a extração do dente afetado para eliminar a fonte de infecção. Em alguns
casos, a drenagem se pode obter através do canal da raiz, mas quando está
presente o inchaço, a incisão para a drenagem também deve realizar-se
sempre que seja possível. Antibióticos sistémicos adjuvantes não são
necessários na maioria dos casos de abscessos apicais localizados e não
complicados. Os analgésicos podem ser receitados para controlar a dor.

Palavras-Chaves: 1. Abscessos. 2. Microbiota. 3. Infecção.

ABSTRACT
In the oral cavity we find a large number of microorganisms which play
an important role in human ecosystem. When there is an imbalance of these
for any reason we are facing an injury in the guest. This microflora can be
formed by bacteria, viruses and fungi. This microbiota has several access
roads to the pulp between those who find: direct access, via pulpoperiodontal
and bloodstream. One consequence of this imbalance is the abscess which
consists of a collection of pus in a cavity formed by the liquefaction of tissue.
The most common microorganisms found in periapical abscess is:
Fusubacteria nucleatum, Prevotella intermedium, Peptostreptococcus micros,
Peptostreptococcus prevotii, Porphyromonas gingivalis, Strep sanguis, Strep
Mirelli. The treatment of acute apical abscesses involves the incision for
drainage and root canal treatment or extraction of the affected tooth to
eliminate the source of infection. In some cases, drainage can be obtained
through the root canal but when this swelling, the incision for drainage must
also be performed whenever possible. Adjuvant systemic antibiotics are not
needed in most cases apical localized abscesses and uncomplicated.
Analgesics may be prescribed to control the pain.

Key Words: 1. Abscesses. 2. Microbiota. 3. Infection.


SUMARIO

1.INTRODUÇÃO............................................................................................11
2. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................13
2.1. Microbiologia Básica...............................................................................13
2.2. História....................................................................................................13
2.3. Classificação dos Microorganismos.......................................................14
2.3.1. Em base a presencia do núcleo .........................................................14
2.3.2. Em termos gerais.................................................................................14
2.3.2.1. Bactérias...........................................................................................14
2.3.2.2. Vírus.................................................................................................18
2.3.2.3. Fungos..............................................................................................18
2.4. Rotas de entrada microbiana para a polpa.............................................19
2.4.1. Acesso Direto......................................................................................19
2.4.2. Via Pulpo- Periodontal.........................................................................20
2.4.3. Corrente Sanguínea............................................................................20
2.5. Abscesso Dento Alveolar........................................................................21
2.5.1. Microbiota presente em um Abscesso.................................................22
2.6. Tratamento para o Abscesso Dento Alveolar.........................................29
2.7. Estudo comparativo da microbiota entre uma Pulpite Irreversível,
Abscesso Dento Alveolar e Retratamento Endodôntico........................32
2.7.1. Pulpite Irreversível...............................................................................32
2.7.2. Abscesso Dento Alveolar.....................................................................33
2.7.3. Retratamento.......................................................................................33
3. DISCUSSÃO..............................................................................................35
4. CONCLUÇÕES.........................................................................................39
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................40
10

1. INTRODUÇÃO
Na cavidade oral encontramos uma abundância de microorganismos
que desempenham um papel fundamental no ecossistema humano. Esta
microbiota é inofensiva pelo geral, mas em ocações, quando encontram um
substrato alimentício adequado ou o hóspede se encontra imunossuprimido
pode haver um desequilíbrio enquanto a sua quantidade e/ou qualidade
causando um grande dano no ser humano.
Em 1890, W.D. Miller associou a presencia de bactérias com a doença
pulpar e indicou que as infecções endodônticas são de origem polimicrobiano
(NAGESWAR 2011). Embora fungos, archaeas, e vírus contribuem a
diversidade microbiana em infecções endodônticas, as bactérias são os
microorganismos mais comuns que ocorrem em estas infecções (SIQUEIRA;
ROCAS, 2009).
O abscesso dentoalveolar é um processo infeccioso que ocorre com
frequência. O destino da infecção depende da virulência da bactéria, fatores
de resistência do hóspede, e a anatomía regional. Graves consequências
podem derivar-se da propagação dos microorganismos que compreendem a:
anaeróbios estritos, como cocos anaeróbios, Prevotella, Fusobacterium
espécies e anaeróbios facultativos, como grupo viridans estreptococos e
grupo da anginosus Streptococcus (SHWETA; KRISHNA, 2013).
Nos casos de necropulpetomia é alto o predomínio de anaeróbios,
Gram negativos que liberam produtos e subprodutos tóxicos especialmente
endotoxinas constituídas de LipoPoliSacaridos (L.P.S) que atuam nos
neutrófilos, fibroblastos e macrófagos permitindo a liberação de mediadores
químicos inflamatórios ou citotoxinas que levam aos signos e sintomas
característicos nos pacientes (LEONARDO R, 2012).
O objetivo de este trabalho é que a partir de estudos científicos atuais
o endodontista e o clínico em geral tenha conhecimento da importância que
tem conhecer a Microbiota que se encontra em um processo dentoalveolar
para poder dirigi-lo adequadamente tanto com tratamento farmacológico como
com o mecanizado para conseguir resultados óptimos e de longa duração.
11

2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. MICROBIOLOGIA BASICA,

A boca humana abriga uma das mais diversas microbiomas no corpo


humano, incluindo vírus, fungos, protozoos, bactérias e arqueas (WADE,
2013).
Faremos um estudo geral sobre a história e estruturas de cada um de
estes microorganismos para poder ter uma ideia clara à medida que vamos
profundando no estudo de estas espécies.

2.2. HISTÓRIA
 1er AC Varo e Columella postularam que as doenças eram
causadas por seres invisíveis.
 1683 Antony von Leeuwenhoek foi o primeiro que observou os
microorganismos e os chamou “pequenos animálculos”
 1822 – 95 / 1843 – 1910 Louis Pasteur e Robert Koch
descobriram o papel dos microorganismos na etiologia da
doença.
 1827 – 1912 Joseph Lister propus que as doenças que as
infecções pós-operatórias ocorrem devido aos micróbios no ar e
recalcou sobre a importância da assepsia.
 1890 W.D. Miller estudou os microorganismos da boca humana
e propus que a fermentação do açúcar pelas bactérias causava
a caries.
 1936 Fish e McLean disseram que as polpas dos dentes vitais e
sadios são estéreis.
 1976 Sundquist Le atribuiu o papel as bactérias anaeróbias nas
infecções endodônticas.
 1999 Baumgartner observou que os anaeróbios predominantes
nas infecções endodônticas eram P. nigrescens e P. intermedia
(NAGESWAR, 2011).

2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS MICROORGANISMOS


2.3.1. Em base a presencia ou ausência do núcleo
12

PROCARIOTAS EUCARIOTAS
(Bactérias) (Fungos, Protozoos, algas, etc.)
 Não posse nucléolo nem  Posse nucléolo e membrana
membrana nuclear nuclear
 Cromosoma único  Cromosomas múltiplos
 Não posse organelos  Apresentam organelos
que delimitem a (mitocôndrias, A. Golgi, ER) que
membrana delimitam as membranas.
 Ribosomas 70s  Ribosomas 80s
 Sua respiração se dá por  Sua respiração se dá por médio
médio da membrana das mitocôndrias.
celular
(NAGESWAR, 2011).

2.3.2. Em termos Gerais

2.3.2.1. Bactérias

São células procariotas que não apresentam núcleo e possuem um


único cromossoma, pode multiplicar-se por bipartição, conjugação,
transformação e transdução (VARGAS; VILLAZANTE, 2014).
As bactérias geralmente têm um tamanho de 1.5 u de largura e 2 a 6 u
de comprimento. Apresentam as seguintes estruturas (Fig. 5.1):
Uma parede celular rígida que tem uma espessura de 10 – 25 nm, aqui
se encontram antígenos bacterianos que são os encarregados da virulência e
imunidade do organismo (NAGESWAR, 2011).
Embaixo da parede celular se encontra a membrana citoplasmática, a
capa mais interna, composta por proteínas e fosfolípides (bicapa lipídica).
Suas funções são a permeabilidade seletiva e transporte de solutos (a maior
parte das moléculas que a atravessam não o fazem de forma passiva), a
fosforilação oxidativa nos organismos aeróbicos, a liberação de enzimas
hidrolíticas e a reciclagem de receptores (MOLINA; URIBARREN, 2015). É
uma capa delgada de 5 – 10 nm de espessura, é de caráter semipermeável
(NAGESWAR, 2011).
No citoplasma se encontram todas as enzimas necessárias para
divisão e metabolismos bacterianos, assim, conta com ribossomos de menor
tamanho em relação a células eucariotas, mas não apresenta mitocôndrias,
retículo endoplásmico nem corpo de Golgi; as enzimas para o transporte de
13

elétrons se encontram na membrana citoplásmica. Os pigmentos requeridos


por bactérias fotossintéticas se localizam em vesículas embaixo da
mencionada membrana. As reservas se observam como grânulos insolúveis
(enxofre, glicogênio, fosfatos e outros). A base do citoplasma é parecida a um
gel na qual se identificam vitaminas, iones, água, nutrimentos, resíduos, o
nucleoide e plásmidos (MOLINA; URIBARREN, 2015). A este material viscoso
quando está organizado com uma estrutura definida se lhe chama Cápsula,
se não está bem organizado se chama Capa de Limo. Este material capsular
é de natureza antígena e protege as bactérias contra as enzimas líticas e
também contribui à virulência do organismo a inibição da fagocitose.
Os núcleos bacterianos não têm membrana nuclear ou nucléolo. O
genoma consiste em uma molécula de DNA de duplo filamento disposto na
forma de um círculo. As bactérias também podem poseer certo material
genético extra nuclear chamado plásmidos ou episomas que contribuem a
propriedade como toxigenicidade e resistência a droga (NAGESWAR, 2011).
Os flagelos são apêndices filamentosos e muito finos compostos pela
proteína flagelina disposta em fibras helicoidal e com aparência lisa,
ancorados a parede celular. Apresentam um grampo, que une o filamento ao
corpo basal (parte motora). Sua função é o desplazamento da célula mediante
movimentos variáveis de rotação. Sua distribuição é variável, assim como seu
número. Independentemente do mecanismo de locomoção que despreguem
as bactérias, este lhes permite responder em sentido positivo ou negativo a
gradientes físico-químicos (quimiotropismo, fototropismo). São muito
antigênicos.
O Pili e as Fimbrias são estruturas mais delgadas e curtas que os
flagelos. Atuam como órgãos de fixação entre células (bactéria - bactéria,
bactéria - célula eucariota) Também se lhes relaciona com a formação de
biopelículas e a conjugação (pilis sexuais). Fatores de relevância na
colonização. Exemplo: as fimbrias de Streptococcus pyogenes contem o
principal fator de virulência, a proteína M.
A espora é uma estrutura formada por algumas espécies de bactérias
gram-positivas, por exemplo: Clostridium e Bacillus. É uma estrutura
altamente diferenciada cujas características lhe conferem grande resistência
14

ante o médio ambiente e agente nocivo. Em ambiente hostil sofre mudanças


estruturais e metabólicas que dão lugar a uma célula interna em repouso, a
endospora, que pode ser liberada como uma espora. É altamente resistente
a dessecação, calor, luz ultravioleta e agentes químicos (bactericidas)
(MOLINA; URIBARREN, 2015).
As bactérias de acordo a sua forma se classificam em (Fig. 5.2):

 Cocos: células esféricas/ováis


 Bacilos: células com forma de bastões.
 Vibrios: células com forma de coma (mobilidade vibratória).
 Espirilos: formas espiráis rígidas.
 Espiroquetas: formas espiráis flexivéis.
 Actinomicetos: forma filamentosa ramificada (patrão em raio de sol).
 Micoplasma: não tem uma morfología estável.
 Pleomórfico: formas variáveis (parede celular deficiente).

De acordo com a tinção de Gram (Figs. 5.3 A e B):

Foi interposto por primeira vez por Christian Gram no ano de 1884. A
técnica se baseia nas diferencias físicas fundamentais da parede celular e
emprega corantes catiônicos (cristal violeta e safranina), que se combina com
elementos carregados negativamente (MOLINA; URIBARREN, 2015).

Segue 4 caminhos:

 Realiza-se uma tinção primaria com cristais de violeta, violeta de


genciana.
 Aplica-se uma solução de iodo diluído
 Descolora-se com um solvente orgânico como o etanol.
 Realiza-se uma contra tinção com fucsina fenicada.

 Gram Positiva: resiste à descoloração e conserva a tinção original.


 Gram Negativa: consegue a descoloração e aceita a contra tinção.
15

Esta diferencia em ambos os tipos de organismos é devido a diferencia


na permeabilidade da parede celular da bactéria e a membrana citoplasmática
ao complexo do iodo e corante (NAGESWAR, 2011).
As bactérias gram-positivas (se observam de cor azul - devido ao
corante cristal violeta) e gram-negativas (perdem o cristal violeta e conservam
a safranina - se apreciam de cor vermelho ou rosa).
As bactérias gram-positivas contam com três capas externas: cápsula
(em alguns casos), parede celular grossa e membrana citoplásmica. As
bactérias gram-negativas apresentam cápsulas (algumas), uma parede
celular delgada, membrana externa (que equivale ao LipoPoliSacárido) e uma
membrana interna (citoplasmática) (MOLINA; URIBARREN, 2015).

De acordo a disposição das células

 Em pares.- Diplococos
 Em cadeias.- Estreptococos
 Em quatro.- Tétrada
 Em oito.- Sarcina
 Em racimos.- Estafilococos

De acordo com as características fisiológicas (ambiente de crescimento


ideal):

I.Aerobios obrigados:
a. Requer de oxígeno para crescer
b. Posee catalasa e superóxido dismutasa, ej. Mycobacterium
tuberculosis
II.Anaerobios facultativos:
a. Cresce em presencia ou ausencia de oxígeno.
b. Posee catalasa e superóxido dismutasa, ej. Estreptococo mutans
III.Microaerofílico:
a. Cresce em áreas com menos tensão de oxígeno.
b. Contem superóxido dismutasa.
16

c. Não posee catalasa, ej. Campylobacter


IV.Anaerobios obrigados:
a. Cresce em ausencia de oxígeno
b. Carece de superóxido dismutasa e catalasa (NAGESWAR, 2011).

2.3.2.2. Virus

Não são seres celulares, dado que não se movimentam por si mesmos
e não são capazes de metabolizar de maneira independente: somente podem
viver quando tem infetado uma célula (CULTURAL S.A, 1998). É a unidade
viva menor na terra, são de natureza ultramicroscópica. A partícula infecciosa
extracelular se chama Virión (NAGESWAR, 2011). Fig. 5.4.
CULTURAL S.A (1998) citou que o Virión consiste em um filamento de
ADN ou de ARN (mas nunca ambos ácidos nucleicos em um mesmo vírus)
contendo em uma envoltura proteica de forma geométrica denominada
cápside, que está integrada por um conjunto de subunidades idênticas, os
capsômeros, dispostos em mosaico. Os viriones podem apresentar-se
descobertos ou bem revestidos de uma envoltura lipoprotéica, procedente de
uma porção da membrana plasmática da célula hóspede.

2.3.2.3. Fungos

Os fungos são seres Protistas – Eucariotos carecem de clorofila e não


são fotossintéticos eles absorbem seus nutrientes através da membrana e
parede celular que está é rígida e contem mannan, quitina e outros
polissacáridos. Sua membrana citoplasmática posse esteroles, além, tem
núcleo verdadeiro com membrana nuclear e cromossomas em pares.
Os fungos se reproduzem por médio de esporas que se criam por
mecanismos assexuais, sexuais ou uma combinação de ambos.

Dependendo de sua forma celular se dividem em:

 Levaduras são de formas esféricas ou elipsoidais e são unicelulares


 Levulimorfos se parecem as levaduras e as hifas
 Mofos dão forma a verdadeiros micelios
17

 Dimórfico sua forma é como levadura ou filamentos. São responsáveis


da grande parte de infecções sistémicas.

2.4. ROTAS DE ENTRADA MICROBIANA PARA A POLPA

Podem entrar os microorganismos para a polpa por três vias principais:


 Acesso Direto
 Via pulpo periodontal
 Corrente sanguínea

2.4.1. Acesso Direto

Pode ser por médio de duas vias:

Por exposição da polpa

Frequentemente pode ser a rota mais comum da entrada microbiana


que se deve a grande extensão da carie na cavidade pulpar. Outras causas
posiveis da exposição pulpar podem ser por:

 Abrasão, Erosão ou Atrição.


 Em cavidades profundas ou preparações para coroas.
 Por fratura produzida por um trauma.

Por túbulos dentinários expostos

Estes túbulos geralmente se abrem quando realizamos preparações


para prótese ou retiramos caries profundas. Estudos preliminares dizem que
nos túbulos se encontram microorganismos que apresentam pouco ou
nenhuma ameaça para a polpa sempre e quando a dentina tenha uma
espessura maior a 0.5 mm.

2.4.2. Via pulpo periodontal

Os patógenos ingressam a polpa pelas seguintes vias anatómicas:

 Pelos condutos laterais


18

 Pelos furos apicais

KOBAYASHI (1990) citou sobre a associação da microflora dos canais


radiculares e das bolsas periodontais dos dentes desvitalizados e com
periodontite avançada concluiu sinalando que a bolsa periodontal pode ser
uma possível causa das infecções dos canais radiculares com Streptococcus,
Peptostreptococcus, Eubacterium, Bacteroides e Fusubacterium, como as
espécies predominantes comuns a ambas as regiões e responsáveis das
lesões endodônticas e periodontais. Um mecanismo inverso também pode
funcionar, com uma via para a polpa que está presente.

2.4.3. Corrente sanguínea

Segundo NAGESWAR (2011) as bactérias podem entrar a polpa pela


corrente sanguínea durante as bacteremias transitórias que ocorrem depois
de cirurgias, extrações, instrumentação do canal radicular, etc.
As bactérias que entram a corrente sanguínea são destruídas
geralmente pelos mecanismos de defesa, mas algumas bactérias se localizam
igualmente fora do fluxo sanguíneo nos tecidos inflamados. Este fenómeno se
chama Anacorese Hematógena.
Se diz que as bacteriemias transitórias conjuntamente com o fenómeno
da Anacorese podem permitir que as bactérias transmitidas por sangue
infetem a polpa não exposta mas previamente lesionadas.
A Anacorese se pode definir como o transporte de micróbios através do
sangue ou linfa, até uma área de inflamação, como um dente com pulpite.
Apesar de tudo, se considera possível que a Anacorese constitui o mecanismo
pelo qual se infetam alguns dentes traumatizados. Não tem se podido
demonstrar Anacorese em canais instrumentados sem preenchimento
(COHEN; BURNS, 2002).

2.5. ABSCESSO DENTOALVEOLAR


19

Em 1890 W.D Miller o pai da biologia, foi o primeiro investigador que


associou a presencia de bactérias com a doença pulpar (COHEN; BURNS,
2002).
As doenças orais incluindo a doença periodontal e caries são algumas
das doenças infecciosas mais frequentes nos seres humanos. Diferentes
espécies microbianas coabitam e formam uma biopelícula polimicrobiana
chamada placa dental na cavidade oral. O Biofilme está formado pela
aderença de um grupo de microorganismos as superfícies tanto de tecidos
duros e moles da cavidade oral (PING XU y GUNSOLLEY, 2014).

Quando há um desequilíbrio de esta flora começam as complicações


que terminará na maioria dos casos em abscessos quando não há um bom
tratamento.
Um abscesso consiste em uma acumulação de pus em uma cavidade
formada pela liquefação do tecido. Os términos abscesso dental, abscesso
dentoalveolar e abscesso odontogênicas se utilizam frequentemente como
sinónimos para descrever os abscessos que se formam nos tecidos que
cercam o dente. A causa pode ser uma infecção de endodontia (abscesso
apical agudo) ou uma infecção periodontal (abscesso periodontal e
pericoronarite). O abscesso apical agudo é a forma mais comum dos
abscessos dentários (SIQUEIRAS; ROCAS, 2015).
Uma infecção endodôntica só se desenvolve nos canais radiculares
dos dentes carentes de uma polpa vital. Isto pode ser devido à necrose da
polpa dental como consequência da caries ou trauma no dente ou da retirada
do tecido da polpa para o anterior tratamento do canal radicular. Um correto
diagnóstico é básico para poder diferenciar estas patologias com
características clínicas tão similares que podem dar lugar a erros na hora de
escolher o tratamento mais adequado para cada caso.
A elevada quantidade de bactérias presentes na cavidade oral faz
necessário conhecer aquelas que intervêm na formação e desenvolvimento
de estas patologias. Os abscessos dentários são patologias frequentes que
necessitam tratamento de urgência devido à sintomatologia que apresentam
20

a rápida destruição de tecidos que produzem e a possibilidade de que se


manifestem complicações. (PICO; RODRIGUEZ, 2012).
Os estudos que utilizam a cultura e métodos avançados de
microbiologia molecular para a identificação microbiana em abscessos apicais
tem demonstrado uma comunidade multiespecífica conceitualmente
dominada por bactérias anaeróbias. Espécie / filotipos se encontra
comumente em estas infecções pertencem os géneros Fusobacterium,
Parvimonas, Prevotella, Porphyromonas, Dialister, Streptococcus, e
Treponema (SIQUEIRA; ROCAS, 2015).

2.5.1 Microbiota presente em um abscesso

Segundo estudos realizados desde varias décadas concordam que o


abscesso dentoalveolar se encontra geralmente formado por bactérias
anaeróbias Gram Negativas.
SIQUEIRA; ROCAS (2015) citaram as mostras para as análises
microbiológicas dos abscessos que se podem tomar já seja desde os canais
radiculares dos dentes afetados ou pela aspiração do exsudado purulento da
inchada mucosa / pele.
Em um nível taxonômico mais amplo, a grande maioria das espécies
bacterianas detectadas com frequência pertence a sete diferentes phyla
bacteriana, a saber:

Firmicutes:
 Streptococcus
 Dialister
 Filifactor
 Pseudoramibacter
Fusubacteria:
 Fusubacterium
 Leptotrichia
Bacteroidetes:
 Porphyromonas
 Prevotella
21

 Tonnarella
Actinobacteria:
 Actinomyces
 Propionibacterium
Espiroquetas:
 Treponema
Synergistetes:
 Pyramidobacter
 Filotipos no cultivables

Proteobacterias:
 Campylobacter
 Eikenella
NAGESWAR (2011) citou que a microbiota mais comum encontrada
nos abscessos periapicais é:

 Fusubacteria nucleatum
 Prevotella intermedium
 Peptostreptococcus micros
 Peptostreptococcus prevotii
 Porphyromonas Gingivalis
 Strep sanguis
 Strep mirelli.

LEITAO, et al., (2004) citaram: Os gêneros Anaeróbios encontrados em


adultos foram: Prevotella spp. 80% (16/20), Peptostreptococcus spp. 45%
(9/20), Fusobacterium spp. Actinomyces spp., ambos em um 25% (5/20),
Clostridium spp. em um 20% (4/20), Porphyromonas gingivalis em um 15%
(3/20) e Bacteroides 5% (1/20).
Os Aeróbios isolados foram Streptococcus viridans 50% (10/20),
Difteroides 5% (1/20) e Cândida albicans 5% (1/20).
22

A continuação um estudo dos microrganismos mais importantes e os


que têm se encontrado em maior porcentagem em um abscesso:

Prevotella Spp.

São bacilos gram-negativos finos, em pares e ocasionalmente


aparecem cadeias curtas e formas cocobacilares, são não esporulados e não
móveis. O gênero Prevotella agrupa as espécies em dependência da
produção de pigmentos ou não e sensibilidade a bílis. Crescem de 35 a 36 O

C, a pH 7, em condições de anaerobiose em ágar-sangue com vancomicina e


kanamicina. Crescem em bilis a 20 % (BELKIS, 2015).
O gênero Prevotella se separou da Bacteroidaceae em 1990 e na
atualidade compreende diversos organismos que constituem o maior grupo
de importância médica gram-negativa anaeróbia. Organismos cultivados de
Prevotella têm sido implicados em uma ampla gama de infecções, e alguns
membros do gênero expressam uma marcada atividade proteolítica e
hemolisinas. Tipicamente, um cultivo anaeróbio subestima significativamente
a abundancia de Prevotella e outros anaeróbios em locais de infecção
(NADKARNI; CALDON, et al; 2004).
É uma Bactéria-preta pigmentada, a Prevotella intermedia é
dependente da porção hemo da hemoglobina como uma fonte de ferro
necessária para o crescimento bacteriano e degrada a hemoglobina para
liberar a porção hemo a superfície da molécula de hemoglobina e
posteriormente sequestrar ferro para seu crescimento. A P. intermedia se
degrada para formar a oxihemoglobina (Fe (III) PPIX) 2 ou como um produto
intermédio, que se converte em Fe (III) PPIX.OH por uma depressão no pH.
O baixo pH estimula a deposição da superfície celular de insolúvel Fe (III)
PPIX.OH que atuaria como uma barreira contra as espécies reativas de
oxigênio, e também para proteger contra H 2 O 2 através de sua inerente
atividade da catalasa (TEIXEIRA, et al; 2012).
Cepas de p. micra, Prevotella oralis, Porphyromonas gingivalis e
Prevotella disiens foram sensíveis a bencilpenicilina, amoxicilina e amoxicilina
+ ácido clavulánico (MONTAGNER, et al; 2014).

Fusubacterium
23

São bacilos gram-negativos pleomórficos, que se coloram de forma


irregular; podem encontrar-se formas cocoides e filamentosas. São
anaeróbios obrigados, não esporulados; algumas cepas são móveis pela
presencia de flagelos perítricos, embora a maioria seja imóvel e não
capsulados. Crescem em anaerobioses a 35 e 36 0C, a pH 7, em médio de
ágar-sangue com vancomicina (5 mg/mL). É catalasa negativa; não reduzem
NO3 a NO2; não produzem uréases. Em sua parede celular possuem LPS
(LipoPoliSacáridos), com alguns dos componentes típicos presentes nas
bactérias entéricas. Não poseem cápsula. Os microorganismos do gênero
Fusobacterium produzem infecções polimicrobianas de origem endógeno que
aparecem quando no hospedeiro existem fatores predisponentes como:
traumas, instrumentação, manipulação, infecções orais, diminuição do
potencial de O2 e necrose do tecido. As fusobactérias são sensíveis à
penicilina G, que se utiliza como droga de eleição, e como droga alternativa
secundaria se utilizam a clindamicina e o cloranfenicol (BELKIS, 2015).

Porphyromonas Gengivalis

O gênero Bacteroide agrupou em sua primeira classificação, um conjunto de


bactérias heterogéneas, com características de serem anaeróbios obrigados,
Gram negativo, não esporulados e de forma bacilar, aproveita as condições
que dá o hóspede para gerar maior dano. Esta bactéria produz vários fatores
de virulência, assim como sua capacidade de invadir células periodontais,
dando-se uma proteção contra o sistema de defesa do hóspede, isolando-se
também de abscessos dentoalveolares.
Chamados agora Porphyromonas, que em seus inicios esteve
formando por 3 espécies, P. gengivalis P. asaccharolyticus e P. endodontalis.
24

É um bacilo curto ou cocobacilo, que mede de 0.5 - 0.8 um x 1 - 3.5 um


anaeróbio estrito, Gram negativo, é considerado um comensal na cavidade oral.
Sua parede celular apresenta ao nível da membrana externa as endotoxinas,
são capsulados, não esporulados, sem flagelos e abundantes fimbrias de
diferentes tipos. Ao nível superficial apresenta vesículas que contem uma
variedade de enzimas que jogam um rol importante em sua virulência. Assim
também produz múltiplas enzimas com capacidade de degradar compostos
proteicos.
P. gengivalis é considerado um colonizador secundário, comensal do
sulco gengival, que chega por contagio ou transmissão por indivíduos
infectados, por médio da saliva principalmente.
O tratamento para a redução e eliminação de P. gengivalis se baseia
em a remoção do Biofilme sub-gengival, recomendando a remoção em uma
única cita. A sua vez se indica a melhora da fisioterapia do paciente, a um
nível de controle do índice de higiene oral a 20 %. Outro elemento que pode
ajudar a melhorar o tratamento é o uso de antimicrobianos, já seja locais como
a clorexidina a 0.12 % aplicada 2 vezes por dia por um período de 10 a 14
dias, sistémicos como a amoxicilina de 500 mg e Ácido clavulánico de 125 mg
por 7 dias, amoxicilina de 500 mg e metronidazol de 500 mg por 5-7 dias,
fluoroquinolonas como a moxifloxacina em dose de 400 mg por dia e a
azitromicina de 500 mg por dia, em 3 dias consecutivos via oral (RAMOS,
MORONI e MARTINEZ; 2012).

Peptostreptococuss
25

Peptostreptococcus é um coco Gram-positivo, anaeróbio não


formadores de esporas, é um membro da normalidade da flora oral e vaginal.
Sua participação nas infecções orais tais como a doença periodontal está
menos definida. Peptostreptococcus tem se associado com a gengivite e a
periodontite, embora um estudo anterior sugeriu que o organismo se encontra
em placa subgengival em níveis muito baixos. É uma das espécies que se
encontram com maior frequência nos canais radiculares de dentes e estão
associados com a umidade dos canais e exsudados purulentos.
Peptostreptococcus espécies são susceptíveis aos antibióticos Beta-
lactámicos (RIGGIO, 2002).

Estreptococcus Sanguis e Milleri


Se trata de cocos gram-positivos, anaeróbios facultativos, associados
em par ou cadeias, que não produzem catalasa e fermentam a glucose com
produção de ácido láctico. Os estreptococos do grupo viridans (SGV) são
habitantes normais da mucosa oral onde jogam um papel importante na
prevenção da colonização de patógenos potenciais. As infecções clínicas por
SGV ocorrem, maiormente, trás uma lesão nas zonas de seu hábitat normal.
É conhecido que diversos microorganismos de este grupo, como
Streptococcus mitis, Streptococcus sanguis e Streptococcus mutans, tem a
capacidade de produzir dextranos extracelulares que atuam como mediadores
nos mecanismos de fixação, favorecendo o estabelecimento de nichos em
diferentes superfícies como são, por exemplo, os dentes e as válvulas
cardíacas.
O término viridans deriva do latim viridis, que significa verde, já que
produzem, em sua maioria, umas colônias pequenas em ágar sangue
26

rodeadas de um halo estreito de hemólises verde devido a uma destruição


incompleta dos eritrócitos (hemólises α).
Tradicionalmente, os estreptococos do grupo viridans têm sido muito
sensíveis à ação da penicilina e outros antibióticos como as cefalosporinas,
os macróbios, os aminoglucósidos, a vancomicina, a rifampicina, ou
cotrimoxazol, as lincosamidas e o cloranfenicol. De fato, a penicilina tem
demonstrado sua eficácia nas infecções graves causadas por ditos
microorganismos, constituindo o tratamento de eleição, entre outros, da
endocardite infecciosa de esta etiologia (ALCAIDE, 2001).

Cândida Albicans
Cândida albicans é um fungo e, como a maioria de eles, sua
temperatura óptima de crescimento é 37º C (temperatura corporal). Além, para
sua supervivência precisa umidade, assim que suas zonas preferidas para
habitar são as mucosas, a pele e as unhas. Cândida albicans geralmente se
apresentar como uma célula oval com um tamanho médio de 2 a 4 micras;
porém, em tecidos infectados também tem se identificado formas filamentosas
cujos extremos apresentam diâmetros de 3 a 5 micras (SEGUNDO, 2006).
O gênero Cândida é um dos que causa infecções com mais frequência
e em concreto, a espécie albicans é a mais patógena.
A levadura Cândida Albicans é exemplo de microorganismos capazes
de resistir os processos de desinfeção no tratamento endodôntico.
C. albicans é o fungo mais frequentemente isolado das cavidades orais
e tratamentos de canais. Entre as características de C. albicans incluem a
capacidade de mono infecção, a supervivência em entornos com escassos
nutrientes, coagregação de bactérias, dimorfismo, adaptação a diferentes
condições ambientais, a aderença aos tecidos, produção de enzimas
27

hidrolíticas, a formação de biopelículas, e a modulação da resposta imune de


acolhida (DE FREITAS; DA COSTA, 2015).

2.6. TRATAMENTO PARA O ABSCESSO DENTOALVEOLAR


O tratamento dos abscessos apicais agudos implica a incisão para a
drenagem e o tratamento do canal radicular ou a extração do dente afetado
para eliminar a fonte de infecção. Em alguns casos, a drenagem se pode obter
através do canal da raiz, mas quando está presente a inchaço, a incisão para
a drenagem também deve realizar-se sempre que seja possível, já que este
enfoque tem se demonstrado que produz uma melhora rápida que a
drenagem só pela apertura do canal da raiz.
Antibióticos sistémicos adjuvantes não são necessários na maioria dos
casos de abscessos apicais localizados e não complicados. Os analgésicos
podem ser receitados para controlar a dor.
Á ocasiões seletivas quando os antibióticos estão indicados em casos
de abscessos apicais agudos incluem as seguintes: abscessos associados
com afetação sistémica, incluindo febre, mal-estar geral e linfadenopatía; a
difusão de infecções que resultam na celulite, inflamação difusa progressiva,
e / ou trismo; e abscessos em pacientes sistemicamente comprometidos que
estão em maior risco de uma infecção secundaria (focal) depois da
bacteriemias.
Por tanto, em casos complicados, além da pronta e drenagem cirúrgica
agressiva para o tratamento, o inicio do tratamento empírico com antibióticos
é muito recomendável. Se é necessário, se pode ajustar de acordo com os
resultados de provas de sensibilidade aos antibióticos. A combinação de
diagnóstico cedo, a iniciação da terapia antibiótica empírica, e a intervenção
28

cirúrgica oportuna podem ser consideradas como a tríada decisiva para o


sucesso da gestão das complicações dos abscessos dentários agudos.
A seleção de antibióticos na prática clínica é já seja empírico ou sobre
a base dos resultados das provas de sensibilidade microbiana. Respeito as
doenças microbianas com causas conhecidas para as quais tem se
estabelecido a microbiota provável na literatura, a terapia empírica se pode
utilizar. Isto é especialmente aplicável aos abscessos dentários agudos, já
que as provas antimicrobianas dependentes da cultura das bactérias
anaeróbias podem tomar muito tempo para dar resultados sobre a
susceptibilidade aos antibióticos (ao redor de 7 a 14 dias). Pelo tanto, é
preferível optar por um agente antimicrobiano cujo espectro de ação inclui as
bactérias mais comumente detectadas.
A maioria das espécies bacterianas implicadas com as infecções
endodônticas, incluindo abscessos, são susceptíveis as penicilinas. Isto faz
que estes fármacos na primeira opção para o tratamento das infecções
endodônticas quando a alergia do paciente a penicilina tem se descartado. A
penicilina V ou a amoxicilina tem se prescrito comumente. Dado que o uso de
antibióticos se limita a infecções de abscessos graves e complicados, parece
prudente utilizar amoxicilina, uma penicilina semissintética com um espectro
mais amplo de atividade antimicrobiana que a penicilina V. Além, a amoxicilina
pode proporcionar uma melhora rápida na dor ou a inflamação, e o
cumprimento do paciente com o regime prescrito pode ser mais bem devido
aos intervalos de dosagem mais longo da amoxicilina. Nos casos mais graves
incluídos as condições que ameaçam a vida, associação de amoxicilina com
ácido clavulánico ou metronidazol pode ser necessária para lograr efeitos
antimicrobianos óptimos como resultado do espectro de ação se estendeu
para incluir as cepas resistentes a penicilina. Um ensaio clínico aleatorizado
comparou a eficácia da terapia adjuvante com amoxicilina-ácido clavulánico a
que com a penicilina V no tratamento do abscesso apical agudo depois de
drenagem cirúrgico e a intervenção, já seja a extração do dente ou do canal
radicular e informou de que, a pesar de que os sintomas melhoraram em todos
os pacientes, os que receberam amoxicilina-ácido clavulánico registraram
uma diminuição significativamente maior nos sintomas durante o segundo e
29

terceiro dias. Outro estudo observou diminuição da inflamação nos pacientes


no grupo de amoxicilina que nos pacientes que tomam a penicilina.
A clindamicina tem uma forte atividade antimicrobiana contra
anaeróbios orais e tem se demonstrado para produzir bons resultados clínicos
similares aos da penicilina para o tratamento dos abscessos dentários
agudos. Porém, uma maior taxa de efeitos adversos gastrointestinais e
diarreia têm sido reportadas em associação com o tratamento com
clindamicina, deixando a este fármaco como uma alternativa eficaz em
pacientes alérgicos a penicilina ou quando o tratamento com amoxicilina
resultou em fracasso.
O moxifloxacino é uma fluoroquinolona que tem surgido como um
possível fármaco para o tratamento de abscessos, dada sua boa atividade
antibacteriana frente às bactérias aeróbias e anaeróbias Gram-positivas e
Gram-negativas isoladas de infecções odontogênicas. Um ensaio clínico
demostrou que a moxifloxacina como resultado significativamente melhor
redução da dor e a resposta clínica em geral que a clindamicina para os
pacientes com abscessos dentários.
A manifestação de resistência aos antibióticos de uso comum tem se
informado de bactérias que se encontram nos abscessos dentários. Uma
revisão sistemática revelou que os resultados globais dos estudos de
laboratório indicam que não só antibiótico é eficaz in vitro contra todas as
espécies que se encontram nos abscessos dentários. Prevotella espécies tem
sido considerada como fontes importantes de resistência aos agentes beta-
lactámicos na cavidade oral devido à produção de beta-lactamasa. Kuriyama
et al., revelaram que a beta-lactamasa se detectou em o 36% da obscuridade
pigmentada Prevotella e 32% das não pigmentadas Prevotella espécies
isoladas de amostras de pus de abscessos orais. Outras espécies
anaeróbicas orais produtoras de enzimas incluem cepas das bactérias Gram-
negativas F.nucleatum , E. corrodens, e T. forsythia e o Gram-positivas
bacterias P. acnes, Actinomyces espécies,
e Peptostreptococcus espécies. As bactérias que produzem beta-lactamasas
não só podem proteger-se das penicilinas, mas também podem se proteger
30

de outras bactérias sensíveis a penicilina presentes em uma comunidade


mista mediante a liberação livre de beta-lactamasa no médio ambiente.
Susceptibilidade de Prevotella cepas a varias cefalosporinas, eritromicina,
azitromicina e tem se encontrado que se correlaciona com a susceptibilidade
amoxicilina; é dizer, as cepas resistentes a amoxicilina podem ser igualmente
resistentes a estes outros antibióticos. Por outra parte, os macrólidos
(eritromicina e azitromicina) tem apresentado diminuição da atividade contra
Fusobacterium e não pigmentadas Prevotella especies. Por tanto, parece ser
de pouco valor para utilizar cefalosporinas e macrólidos orais para o
tratamento de abscessos dentários como alternativa a amoxicilina
(SIQUEIRA, ROCA; 2013).

2.7. ESTUDO COMPARATIVO DE MICROFLORA ENTRE UMA PULPITE


IRREVERSIVEL, ABSCESSO DENTOALVEOLAR, E
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO.

2.7.1 Pulpite Irreversível


É uma doença inflamatória persistente da polpa, causada por um
estímulo nocivo. Pode apresentar-se sintomática ou assintomática.
Apresenta-se como uma dor crónica, localizada, que não cede depois de
aplicar um estímulo doloroso e que aumenta com o calor e diminui com o frio.
A pulpite irreversível deverá ser tratada sempre, já que não se pode recuperar,
fazendo uma endodontia ou, se o dente não pode ser salvo, uma extração
(MCDOUGAL, DELANO, CAPLAN; 2004).
ROCAS, et al., (2015) citaram que os microorganismos mais
frequentemente detectados no ensaio de tabuleiro de xadrez eram Atopobium
genomospecies C1 (53%), alactolyticus Pseudoramibacter (37%), especies de
Streptococcus (33%), Streptococcus mutans (33%), micra Parvimonas (13%),
Fusobacterium nucleatum (13 %), e espécies de Veillonella (13%). Espécies
de Streptococcus, invisus Dialister, e P. micra se associaram
significativamente com a dor aguda, S. mutans com dor a percussão, e
Lactobacillus com dor continuo. Estreptococos e lactobacilos foram muito
31

frequentes, mas representavam só o 0,09% e o 2% de toda a população


bacteriana, respectivamente.

2.7.2. Abscesso alveolar


A um nível taxonômico mais amplo, a grande maioria das espécies
bacterianas detectadas com frequência pertence a sete diferentes phyla
bacteriana, a saber, os Firmicutes (por exemplo, gêneros Streptococcus,
Dialister, Filifactor, e Pseudoramibacter), Bacteroidetes (por exemplo, gêneros
Porphyromonas, Prevotella, e Tannerella), Fusobacterias (por exemplo,
gêneros Fusobacterium e Leptotrichia), Actinobacteria (por exemplo, os
gêneros Actinomyces e Propionibacterium), espiroquetas (por exemplo,
gênero Treponema), synergistetes (por exemplo, gênero Pyramidobacter e
alguns filotipos, que ainda não foram cultivadas), e Proteobacteria (por
exemplo, os gêneros Campylobacter e Eikenella). Independentemente do
estudo e o método de identificação, os phyla Firmicutesy Bacteroidetes juntos
contribuem a mais de 70% das espécies encontradas em abscessos.
Representantes de espiroquetas e synergistetes tem se revelado somente por
métodos moleculares independentes do cultivo.

2.7.3. Retratamento
YINGLONG, et al., (2015) citaram que ao tratar uma infecção
persistente do canal, a tarefa principal para aumentar a taxa de sucesso é
erradicar efetivamente a infecção durante a terapia. Porém, os tratamentos
tradicionais, incluindo técnicas de instrumentação mecânicas, irrigação com
uma seringa e não com o uso de ultrassom não podem lograr um efeito
suficiente devido ao complexo sistema de canais radiculares e a capacidade
de resistência inata das biopelículas.
Muitos estudos têm demonstrado que Enterococcus faecalis se isolam
comumente e são bactérias associadas com lesões periapicais persistentes
e, frequentemente existe em forma de biopelículas que são comunidades
microbianas unidas a uma interfase e tipicamente integradas com sustância
polimérica extracelular (EPS). Pelo geral, as biopelículas exibem maior
32

resistência à fagocitose, anticorpos, e antimicrobianos que as bactérias


planctónicas.
O E. Faecalis é uma bactéria anaeróbia facultativa Gram positiva,
podem colonizar dentina e sobreviver incluso em condições muito duras. Este
organismo contem vários fatores de virulência tais como o ácido lipoteicoico
(LTA), peptidoglicanos, a agregação de sustâncias, citolisina e enzimas líticas
(TIAN, ZHANG; 2015).
Normalmente, a taxa de sucesso da terapia de canal radicular em
condições assépticas oscila entre 70% - 95%. A presencia de uma infecção
persistente é a principal razão do fracasso do tratamento endodôntico.
Espécies de micróbios que se encontram nos canais radiculares depois do
tratamento endodôntico não são limitados em comparação com os
encontrados nos não tratados. O E. Faecalis é o mais isolado na zona
periapical, é uma espécie do gênero Enterococcus, tem um metabolismo
fermentativo e não forma endosporas (ZHANG, DU, PENG; 2015).

3. DISCUSSÃO

NAGESWAR (2011) citou que a microbiota mais comum encontrada


nos abscessos periapicais e: Fusubacteria nucleatum, Prevotella
intermedium, Peptostreptococcus micros, Peptostreptococcus prevotii,
Porphyromonas Gingivalis, Strep sanguis, Strep mirelli.
E encontramos uma concordância com LEITAO et al., (2004) que
citaram: Os gêneros Anaeróbios encontrados em adultos foram: Prevotella
spp. 80% (16/20), Peptostreptococcus spp. 45% (9/20), Fusobacterium spp.
Actinomyces spp., ambos em um 25% (5/20), Clostridium spp. em um 20%
(4/20), Porphyromonas gengivalis em um 15% (3/20) e Bacteroides 5% (1/20).
33

Os Aeróbios isolados foram Streptococcus viridans 50% (10/20),


Difteroides 5% (1/20) e Cândida albicans 5% (1/20).
RAMOS et al., (2012) nos dizem que o tratamento para a redução e
eliminação de P. gengivalis se baseia na remoção do Biofilme sub-gengival,
recomendando a remoção em uma sola cita. A sua vez se indica a melhora
da fisioterapia do paciente, a um nível de controle do índice de higiene oral a
20 %. Outro elemento que pode ajudar a melhorar o tratamento é o uso de
antimicrobianos, já seja locais como a clorhexidina a 0.12 % aplicada 2 vezes
por dia por um período de 10 a 14 dias, sistémicos como a amoxicilina de 500
mg e Ácido clavulánico de 125 mg por 7 dias, amoxicilina de 500 mg e
metronidazol de 500 mg por 5-7 dias, fluoroquinolonas como a moxifloxacina
em doses de 400 mg por dia e a azitromicina de 500 mg por dia, em 3 dias
consecutivos via oral.
E esta de acordo com o que mencionou SIQUEIRA, ROCA (2013). A
maioria das espécies bacterianas implicadas com as infecções endodônticas,
incluindo abscessos, são susceptíveis as penicilinas. Isto faz que estes
fármacos na primeira opção para o tratamento das infecções endodônticas
quando a alergia do paciente a penicilina tem se descartado. A penicilina V ou
a amoxicilina tem se prescrito comumente. Dado que o uso de antibióticos se
limita a infecções de abscessos graves e complicados, parece prudente
utilizar amoxicilina, uma penicilina semissintética com um espectro mais
amplo de atividade antimicrobiana que a penicilina V. Além, a amoxicilina pode
proporcionar uma melhora rápida na dor ou a inflamação, e o cumprimento do
paciente com o regime prescrito pode ser melhor devido aos intervalos de
dosificação mais longo da amoxicilina. Nos casos mais graves, incluídas as
condições que ameaçam a vida, associação de amoxicilina com ácido
clavulánico ou metronidazol pode ser necessária para lograr efeitos
antimicrobianos óptimos como resultado do espectro de ação se estendeu
para incluir as cepas resistentes a penicilina. Um ensaio clínico aleatorizado
comparou a eficácia da terapia adjuvante com amoxicilina-ácido clavulánico a
que com a penicilina V no tratamento do abscesso apical agudo depois do
drenagem cirúrgico e a intervenção, já seja a extração do dente ou do canal
radicular e informou de que, a pesar de que os sintomas melhoraram em todos
34

os pacientes, os que receberam amoxicilina-ácido clavulánico registraram


uma diminuição significativamente maior nos sintomas durante o segundo e
terceiro dia. Outro estudo observou diminuição da inflamação nos pacientes
no grupo de amoxicilina que nos pacientes que tomam a penicilina.
A clindamicina tem uma forte atividade antimicrobiana contra
anaeróbios orais e tem se demonstrado para produzir bons resultados clínicos
similares aos da penicilina para o tratamento dos abscessos dentários
agudos. Porém, uma maior taxa de efeitos adversos gastrointestinais e
diarreia têm sido reportadas em associação com o tratamento com
clindamicina, deixando a este fármaco como uma alternativa eficaz em
pacientes alérgicos a penicilina ou quando o tratamento com amoxicilina
resultou em fracasso.
O moxifloxacino é uma fluoroquinolona que tem surgido como um
possível fármaco para o tratamento de abscessos, dada sua boa atividade
antibacteriana frente a bactérias aeróbias e anaeróbias Gram-positivas e
Gram-negativas isoladas de infecções odontogênicas. Um ensaio clínico
demostrou que a moxifloxacina como resultado significativamente melhor
redução da dor e a resposta clínica em geral que a clindamicina para os
pacientes com abscessos dentários.
Aparição de resistência aos antibióticos de uso comum tem se
informado de bactérias que se encontram nos abscessos dentários. Uma
revisão sistemática revelou que os resultados globais dos estudos de
laboratório indicam que não só antibiótico é eficaz in vitro contra todas as
espécies que se encontram nos abscessos dentários. Prevotella espécies tem
sido considerados como fontes importantes de resistência aos agentes beta-
lactâmicos na cavidade oral devido à produção de beta-lactamasa. Kuriyama
et al., revelaram que a beta-lactamasa se detectou no 36% da obscuridade
pigmentada Prevotella e 32% das não pigmentadas Prevotella espécies
isoladas de mostras de pus de abscessos orais. Outras espécies anaeróbicas
orais produtoras de enzimas incluem cepas das bactérias Gram-
negativas F.nucleatum , E. corrodens , e T. forsythia e o Gram-positivas
bactérias P. acne, Actinomyces espécies, e Peptostreptococcus espécies. As
bactérias que produzem beta-lactamasas não só pode proteger-se das
35

penicilinas, mas também podem proteger outras bactérias sensíveis a


penicilina presentes em uma comunidade mista mediante a liberação livre de
beta-lactamasa no médio ambiente.
Susceptibilidade de Prevotella cepas a varias cefalosporinas,
eritromicina, azitromicina e tem se encontrado que se correlaciona com a
susceptibilidade amoxicilina; é dizer, as cepas resistentes a amoxicilina pode
ser igualmente resistentes a estes outros antibióticos. Por outra parte, os
macrólidos (eritromicina e azitromicina) tem apresentado diminuição da
atividade contra Fusobacterium e não pigmentadas Prevotella espécies. Pelo
tanto, parece ser de pouco valor para utilizar cefalosporinas e macrólidos orais
para o tratamento de abscessos dentários como alternativa a amoxicilina.
No caso de retratamento nos dizem (TIAN, ZHANG; 2015) que muitos
estudos têm demostrado que Enterococcus faecalis se isolam comumente e
são bactérias associadas com lesões periapicais persistentes e,
frequentemente existe em forma de biopelículas que são comunidades
microbianas unidas a uma interfase e tipicamente integradas com sustância
polimérica extracelular (EPS). Pelo geral, as biopelículas exibem maior
resistência à fagocitose, anticorpos, e antimicrobianos que as bactérias
planctónicas.
E isto tem uma concordância com o que se indica de que o E. Faecalis
são os mais frequentemente isolados na zona periapical, é uma espécie do
gênero Enterococcus, tem um metabolismo fermentativo e não forma
endosporas (ZHANG, DU, PENG; 2015)
36

4. CONCLUSÕES

De acordo aos estudos realizados podemos dizer que a cavidade bucal


posse uma infinidade de microorganismos que devemos estar pendentes para
que se encontre em um ecossistema equilibrado e não causem um dano
considerável ao hóspede.
Devemos ter presente que necessitamos um conhecimento prévio das
características, classificação, estrutura de cada um de estes microorganismos
para poder aplicar um adequado tratamento ante a presencia de estes em
nossos pacientes. Em nossa especialidade devemos ser muito precavidos ao
enfrentarmos a estes microorganismos para poder prevenir uma ameaça pior
como é a formação de abscessos dento alveolares.
Podemos concluir que os abscessos dentoalveolares estão causados
principalmente por bactérias Gram negativas, anaeróbia onde predominam:
fusubacterium, prevotella, peptostreptococcus e que, maiormente seu
37

tratamento se baseia em antibióticos sendo as Amoxicilinas as primeiras em


eleição assim como o tratamento cirúrgico para poder drenar é outra opção.
Ao realizar um estudo comparativo da microbiota dos abscessos com
a de pulpite e retratamento encontramos muita diferencia enquanto a
microorganismos, quantidade e patogenicidade. Sendo assim que na pulpite
há um predomínio de Atopobium genomospecies C1, alactolyticus
Pseudoramibacter, espécies de Streptococcus, Streptococcus mutans, micra
Parvimonas, Fusobacterium nucleatum e espécies de Veillonella que são
menos virulentos e que são mais facilmente controláveis. Enquanto que no
retratamento há um predomínio de Enterococcus Faecalis e sua
patogenicidade e supervivência é mais complexa, por si mais difícil de
erradicar, por isso a necessidade de realizar tratamentos de canais tomando
todas as medidas de assepsia e instrumentação com responsabilidade para
obter o sucesso esperado.
38

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