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INTRODUÇÃO

Conteúdo de proteção radiológica para fins de base para estudo no centro


de educação tecnológica do Amazonas; no Curso de Radiologia Médica

PORTARIA FEDERAL Nº 453, DE 1 DE JUNHO DE 1998


Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica
em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em
todo território nacional e dá outras providências.
A Secretária de Vigilância Sanitária, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista as
disposições constitucionais e a Lei 8.080, de 19 de outubro 1990, que tratam das co
ndições para a promoção e recuperação da saúde como direito fundamental do ser humano, e co
derando:
A expansão do uso das radiações ionizantes na Medicina e Odontologia no país; os riscos
inerentes ao uso das radiações ionizantes e a necessidade de se estabelecer uma políti
ca nacional de proteção radiológica na área de radiodiagnóstico;
Que as exposições radiológicas para fins de saúde constituem a principal fonte de expos
ição da população a fontes artificiais de radiação ionizante;
Que o uso das radiações ionizantes representa um grande avanço na medicina, requerend
o, entretanto, que as práticas que dão origem a exposições radiológicas na saúde sejam efet
adas em condições otimizadas de proteção;
As responsabilidades regulatórias do Ministério da Saúde relacionadas à produção, comercial
zação e utilização de produtos e equipamentos emissores de radiações ionizantes;
A necessidade de garantir a qualidade dos serviços de radiodiagnóstico prestados à pop
ulação, assim como de assegurar os requisitos mínimos de proteção radiológica aos pacientes
aos profissionais e ao público em geral;
A necessidade de padronizar, a nível nacional, os requisitos de proteção radiológica pa
ra o funcionamento dos estabelecimentos que operam com raios-x diagnósticos e a ne
cessidade de detalhar os requisitos de proteção em radiologia diagnóstica e intervenci
onista estabelecidos na Resolução nº 6, de 21 de dezembro de 1988, do Conselho Naciona
l de Saúde;
As recomendações da Comissão Internacional de Proteção Radiológica estabelecidas em 1990 e
996, refletindo a evolução dos conhecimentos científicos no domínio da proteção contra radi
aplicada às exposições radiológicas na saúde;
As recentes Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica estabelecidas em conjunto pela Or
ganização Mundial da Saúde, Organização Pan-americana da Saúde, Organização Internacional d
balho, Organização de Alimento e Agricultura, Agência de Energia Nuclear e Agência Inter
nacional de Energia Atômica;
As recomendações do Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energi
a Nuclear, órgão de referência nacional em proteção radiológica e metrologia das radiações
antes;
Que a matéria foi aprovada pelo Grupo Assessor Técnico-Científico em Radiações Ionizantes
do Ministério da Saúde, submetida a consulta pública através da Portaria nº 189, de 13 de
maio de 1997, debatida e consolidada pelo Grupo de Trabalho instituído, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico "Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnósti
o Médico e Odontológico", parte integrante desta Portaria, que estabelece os requisi
tos básicos de proteção radiológica em radiodiagnóstico e disciplina a prática com os raios
x para fins diagnósticos e intervencionistas, visando a defesa da saúde dos paciente
s, dos profissionais envolvidos e do público em geral.
Art. 2º Este Regulamento deve ser adotado em todo território nacional e observado pe
las pessoas físicas e jurídicas, de direito privado e público, envolvidas com a utiliz
ação dos raios-x diagnósticos.
Art. 3º Compete aos órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios o licenciamento dos estabelecimentos que empregam os raios-x diagnósticos
, assim como a fiscalização do cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observânci
a de outros regulamentos federais, estaduais e municipais supletivos sobre a matér
ia.
Art. 4º A inobservância dos requisitos deste Regulamento constitui infração de natureza
sanitária nos termos da Lei 6.437, de 25 de agosto de 1977, ou outro instrumento l
egal que venha a substituí-la, sujeitando o infrator ao processo e penalidades pre
vistas, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.
Art. 5º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal devem im
plementar os mecanismos necessários para adoção desta Portaria, podendo estabelecer re
gulamentos de caráter suplementar a fim de atender às especificidades locais.
Parágrafo único. Os regulamentos estaduais e/ou municipais sobre esta matéria devem se
r compatibilizados de forma a observar os requisitos do Regulamento aprovado por
esta Portaria.
Art. 6º Todos os serviços de radiodiagnóstico devem manter um exemplar deste Regulamen
to nos seus diversos setores que empregam os raios-x diagnósticos.
Art. 7º Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário.

MARTA NOBREGA MARTINEZ


DIRETRIZES DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM
RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO E ODONTOLÓGICO
CAPÍTULO 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Definições
1.1 Os termos em itálico devem ser interpretados neste Regulamento conforme defini
dos no Glossário (Anexo C).
Objetivos
1.2 Atendendo à política nacional de proteção à saúde, o presente Regulamento tem por objet
vos:
a) Baixar diretrizes para a proteção da população dos possíveis efeitos indevidos inerente
s à utilização dos raios-x diagnósticos, visando minimizar os riscos e maximizar os bene
fícios desta prática.
b) Estabelecer parâmetros e regulamentar ações para o controle das exposições médicas, das
xposições ocupacionais e das exposições do público, decorrentes das práticas com raios-x di
gnósticos.
c) Estabelecer requisitos para o licenciamento e a fiscalização dos serviços que reali
zam procedimentos radiológicos médicos e odontológicos.
Campo de Aplicação
1.3 Este Regulamento deve ser adotado em todo o território nacional pelas pessoas
jurídicas e físicas, de direito privado e público, envolvidas com:
a) A produção e comercialização de equipamentos de raios-x diagnósticos, componentes e ace
ssórios.
b) A prestação de serviços que implicam na utilização raios-x diagnósticos para fins médico
odontológicos.
c) A utilização dos raios-x diagnósticos nas atividades de pesquisa biomédica e de ensin
o.
Autoridade Regulatória
1.4 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e os órgãos de Vigilância S
tária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aqui designados de autorida
des sanitárias, adotarão as medidas cabíveis para assegurar o cumprimento deste Regula
mento.
1.5 Compete às autoridades sanitárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Município
s o licenciamento dos serviços que empregam os raios-x diagnósticos, assim como a fi
scalização do cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observância de outros regul
amentos federais, estaduais e municipais supletivos sobre a matéria.
Inspeções Sanitárias
1.6 Os responsáveis principais devem assegurar à autoridade sanitária livre acesso a t
odas as dependências do serviço e manter à disposição todos os assentamentos e documentos
especificados neste Regulamento.
Infrações
1.7 A inobservância dos requisitos deste Regulamento ou a falha na execução de ações corre
tivas ou preventivas em tempo hábil constitui infração de natureza sanitária, sujeitando
o infrator ao processo e penalidades previstas na legislação vigente, sem prejuízo da
s responsabilidades civil e penal cabíveis.
1.8 Em casos de não conformidade com o cumprimento de qualquer requisito deste Reg
ulamento, os responsáveis principais devem, conforme apropriado:
a) Providenciar uma investigação de suas causas, circunstâncias e conseqüências.
b) Tomar as medidas cabíveis para corrigir as circunstâncias que levaram à infração e prev
enir a recorrência de infrações similares.
Interpretações e Casos Omissos
1.9 Os casos omissos e dúvidas relativas à interpretação e aplicação deste Regulamento serã
irimidos pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.

CAPÍTULO 2 - SISTEMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA


Princípios Básicos
2.1 Os princípios básicos que regem este Regulamento são:
a) Justificação da prática e das exposições médicas individuais.
b) Otimização da proteção radiológica.
c) Limitação de doses individuais.
d) Prevenção de acidentes.
Justificação
2.2 A justificação é o princípio básico de proteção radiológica que estabelece que nenhuma
ou fonte adscrita a uma prática deve ser autorizada a menos que produza suficient
e benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detr
imento que possa ser causado.
2.3 O princípio da justificação em medicina e odontologia deve ser aplicado consideran
do:
a) Que a exposição médica deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou
para sociedade, tendo em conta a totalidade dos benefícios potenciais em matéria de
diagnóstico ou terapêutica que dela decorram, em comparação com o detrimento que possa s
er causado pela radiação ao indivíduo.
b) A eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o mesmo o
bjetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposição a radiações ionizantes.
2.4 Na área da saúde existem dois níveis de justificação: justificação genérica da prática
ficação da exposição individual do paciente em consideração.
a) Justificação genérica
(I) todos os novos tipos de práticas que envolvam exposições médicas devem ser previamen
te justificadas antes de serem adotadas em geral.
(II) os tipos existentes de práticas devem ser revistos sempre que se adquiram nov
os dados significativos acerca de sua eficácia ou de suas conseqüências.
b) Justificação da exposição individual.
(I) todas as exposições médicas devem ser justificadas individualmente, tendo em conta
os objetivos específicos da exposição e as características do indivíduo envolvido.
2.5 Fica proibida toda exposição que não possa ser justificada, incluindo:
a) Exposição deliberada de seres humanos aos raios-x diagnósticos com o objetivo único d
e demonstração, treinamento ou outros fins que contrariem o princípio da justificação.
b) Exames radiológicos para fins empregatícios ou periciais, exceto quando as inform
ações a serem obtidas possam ser úteis à saúde do indivíduo examinado, ou para melhorar o e
tado de saúde da população.
c) Exames radiológicos para rastreamento em massa de grupos populacionais, exceto
quando o Ministério da Saúde julgar que as vantagens esperadas para os indivíduos exam
inados e para a população são suficientes para compensar o custo econômico e social, inc
luindo o detrimento radiológico. Deve-se levar em conta, também, o potencial de dete
cção de doenças e a probabilidade de tratamento efetivo dos casos detectados.
d) Exposição de seres humanos para fins de pesquisa biomédica, exceto quando estiver d
e acordo com a Declaração de Helsinque, adotada pela 18ª Assembléia Mundial da OMS de 19
64; revisada em 1975 na 29ª Assembléia, em 1983 na 35ª Assembléia e em 1989 na 41ª Assemblé
a, devendo ainda estar de acordo com resoluções específicas do Conselho Nacional de Saúd
e.
e) Exames de rotina de tórax para fins de internação hospitalar, exceto quando houver
justificativa no contexto clínico, considerando-se os métodos alternativos.
Otimização da Proteção Radiológica
2.6 O princípio de otimização estabelece que as instalações e as práticas devem ser planeja
as, implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o núme
ro de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos qua
nto razoavelmente exeqüíveis, levando-se em conta fatores sociais e econômicos, além das
restrições de dose aplicáveis.
2.7 A otimização da proteção deve ser aplicada em dois níveis, nos projetos e construções d
quipamentos e instalações, e nos procedimentos de trabalho.
2.8 No emprego das radiações em medicina e odontologia, deve-se dar ênfase à otimização da
roteção nos procedimentos de trabalho, por possuir uma influência direta na qualidade
e segurança da assistência aos pacientes.
2.9 As exposições médicas de pacientes devem ser otimizadas ao valor mínimo necessário par
a obtenção do objetivo radiológico (diagnóstico e terapêutico), compatível com os padrões a
táveis de qualidade de imagem. Para tanto, no processo de otimização de exposições médicas
eve-se considerar:
a) A seleção adequada do equipamento e acessórios.
b) Os procedimentos de trabalho.
c) A garantia da qualidade.
d) Os níveis de referência de radiodiagnóstico para pacientes.
e) As restrições de dose para indivíduo que colabore, conscientemente e de livre vonta
de, fora do contexto de sua atividade profissional, no apoio e conforto de um pa
ciente, durante a realização do procedimento radiológico.
2.10 As exposições ocupacionais e as exposições do público decorrentes das práticas de radi
diagnóstico devem ser otimizadas a um valor tão baixo quanto exeqüível , observando-se:
a) As restrições de dose estabelecidas neste Regulamento.
b) O coeficiente monetário por unidade de dose coletiva estabelecido pela Resolução-CN
EN n.º 12, de 19/07/88, quando se tratar de processos quantitativos de otimização.
Limitações de Doses Individuais
2.11 Os limites de doses individuais são valores de dose efetiva ou de dose equiva
lente, estabelecidos para exposição ocupacional e exposição do público decorrentes de práti
as controladas, cujas magnitudes não devem ser excedidas.
2.12 Os limites de dose:
a) Incidem sobre o indivíduo, considerando a totalidade das exposições decorrentes de
todas as práticas a que ele possa estar exposto.
b) Não se aplicam às exposições médicas.
c) Não devem ser considerados como uma fronteira entre "seguro" e "perigoso".
d) Não devem ser utilizados como objetivo nos projetos de blindagem ou para avaliação
de conformidade em levantamentos radiométricos.
e) Não são relevantes para as exposições potenciais.
2.13 Exposições ocupacionais
a) As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo, decorrentes de todas as prática
s, devem ser controladas de modo que os valores dos limites estabelecidos na Res
olução-CNEN n.º 12/88 não sejam excedidos. Nas práticas abrangidas por este Regulamento, o
controle deve ser realizado da seguinte forma:
(I) a dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquer período de 5 anos c
onsecutivos, não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano.
(II) a dose equivalente anual não deve exceder 500 mSv para extremidades e 150 mSv
para o cristalino.
b) Para mulheres grávidas devem ser observados os seguintes requisitos adicionais,
de modo a proteger o embrião ou feto:
(I) a gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada;
(II) as condições de trabalho devem ser revistas para garantir que a dose na superfíci
e do abdômen não exceda 2 mSv durante todo o período restante da gravidez, tornando po
uco provável que a dose adicional no embrião ou feto exceda cerca de 1 mSv neste perío
do.
c) Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-x diagnósticos, exceto em treina
mentos.
d) Para estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profiss
ional, as exposições devem ser controladas de modo que os seguintes valores não sejam
excedidos:
(I) dose efetiva anual de 6 mSv ;
(II) dose equivalente anual de 150 mSv para extremidades e 50 mSv para o cristal
ino.
e) É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos.
2.14 As exposições normais de indivíduos do público decorrentes de todas as práticas devem
ser restringidas de modo que a dose efetiva anual não exceda 1 mSv.
Prevenções de Acidentes
2.15 No projeto e operação de equipamentos e de instalações deve-se minimizar a probabil
idade de ocorrência de acidentes (exposições potenciais).
2.16 Deve-se desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para minimizar a
contribuição de erros humanos que levem à ocorrência de exposições acidentais.
CAPÍTULO 3 - REQUISITOS OPERACIONAIS
Obrigações Básicas
3.1 Nenhuma instalação pode ser construída, modificada, operada ou desativada, nenhum
equipamento de radiodiagnóstico pode ser vendido, operado, transferido de local, m
odificado e nenhuma prática com raios-x diagnósticos pode ser executada sem que este
jam de acordo com os requisitos estabelecidos neste Regulamento.
Registros
3.2 Nenhum tipo ou modelo de equipamento de raios-x diagnósticos, componentes (tub
o, cabeçote, sistema de colimação, mesa "bucky", "bucky" mural, seriógrafo, sistema inte
nsificador de imagem) e acessórios de proteção radiológica em radiodiagnóstico pode ser co
mercializado sem possuir registro do Ministério da Saúde.
3.3 Os fornecedores de equipamentos de raios-x diagnósticos devem informar semestr
almente por escrito a cada autoridade sanitária estadual, sobre cada equipamento c
omercializado a ser instalada no respectivo estado, incluindo o seu número de série,
de modo a permitir a rastreabilidade dos equipamentos instalados no país.

Licenciamento
3.4 Nenhum serviço de radiodiagnóstico pode funcionar sem estar devidamente licencia
do pela autoridade sanitária local.
3.5 O licenciamento de um serviço de radiodiagnóstico segue o seguinte processo:
a) Aprovação, sob os aspectos de proteção radiológica, do projeto básico de construção das
lações.
b) Emissão do alvará de funcionamento.
3.6 A aprovação de projeto está condicionada à análise e parecer favorável sobre os seguint
s documentos:
a) Projeto básico de arquitetura das instalações e áreas adjacentes, conforme Portaria 1
884/94 do Ministério da Saúde ou outra que venha a substituí-la, incluindo:
(I) planta baixa e cortes relevantes apresentando o leiaute das salas de raios-x
e salas de controle, posicionamento dos equipamentos, painel de controle, visor
es, limites de deslocamento do tubo, janelas, mesa de exame, "bucky" vertical e
mobiliário relevante;
(II) classificação das áreas do serviço indicando os fatores de uso e os fatores de ocup
ação das vizinhanças de cada instalação;
(III) descrição técnica das blindagens (portas, paredes, piso, teto, etc.) incluindo m
aterial utilizado, espessura e densidade.
b) Relação dos equipamentos de raios-x diagnósticos (incluindo fabricante, modelo, mA
e kVp máximas), componentes e acessórios, previstos para as instalações.
c) Relação dos exames a serem praticados, com estimativa da carga de trabalho semana
l máxima, considerando uma previsão de operação de cada instalação por, no mínimo, 5 anos.
d) Planilha de cálculo de blindagem assinada por um especialista em física de radiod
iagnóstico, ou certificação equivalente, reconhecida pelo Ministério da Saúde.
3.7 Ficam dispensadas do item 3.5-a) as instalações que dispõem apenas de equipamentos
móveis, desde que não utilizados como fixos, e os consultórios odontológicos com soment
e equipamentos de radiografia intra-oral.
3.8 O alvará de funcionamento inicial do serviço deve ser solicitado instruído dos seg
uintes documentos:
a) Requerimento, conforme modelo próprio da autoridade sanitária local, assinado pel
o responsável legal do estabelecimento;
b) Ficha cadastral devidamente preenchida e assinada, conforme apresentado no An
exo B.
c) Termos de responsabilidade, conforme modelo próprio da autoridade sanitária:
(I) termo de responsabilidade primária, assinado pelo responsável legal;
(II) termo de responsabilidade técnica, assinado pelo responsável técnico (RT) do serv
iço;
(III) termo de proteção radiológica, assinado pelo supervisor de proteção radiológica em ra
iodiagnóstico (SPR) do serviço.
d) Memorial descritivo de proteção radiológica, assinado pelo responsável legal do estab
elecimento e pelo SPR.
3.9 O memorial descritivo de proteção radiológica deve conter, no mínimo:
a) Descrição do estabelecimento e de suas instalações, incluindo:
(I) identificação do serviço e seu responsável legal;
(II) relação dos procedimentos radiológicos implementados;
(III) descrição detalhada dos equipamentos e componentes, incluindo modelo, número de
série, número de registro no Ministério da Saúde, tipo de gerador, ano de fabricação, data
a instalação, mobilidade e situação operacional;
(IV) descrição dos sistemas de registro de imagem (cassetes, tipos de combinações tela-f
ilme, vídeo, sistema digital, etc.);
(V) descrição da(s) câmara(s) escura(s), incluindo sistema de processamento.
b) Programa de proteção radiológica, incluindo:
(I) relação nominal de toda a equipe, suas atribuições e responsabilidades, com respecti
va qualificação e carga horária;
(II) instruções a serem fornecidas por escrito à equipe, visando a execução das atividades
em condições de segurança;
(III) programa de treinamento periódico e atualização de toda a equipe;
(IV) sistema de sinalização, avisos e controle das áreas;
(V) programa de monitoração de área incluindo verificação das blindagens e dispositivos de
segurança;
(VI) programa de monitoração individual e controle de saúde ocupacional;
(VII) descrição das vestimentas de proteção individual, com respectivas quantidades por
sala;
(VIII) descrição do sistema de assentamentos;
(IX) programa de garantia de qualidade, incluindo programa de manutenção dos equipam
entos de raios-x e processadoras;
(X) procedimentos para os casos de exposições acidentais de pacientes, membros da eq
uipe ou do público, incluindo sistemática de notificação e registro.
c) Relatórios de aceitação da instalação:
(I) relatório do teste de aceitação do equipamento de raios-x, emitido pelo fornecedor
após sua instalação com o aceite do titular do estabelecimento;
(II) relatório de levantamento radiométrico, emitido por especialista em física de rad
iodiagnóstico (ou certificação equivalente), comprovando a conformidade com os níveis de
restrição de dose estabelecidos neste Regulamento;
(III) certificado de adequação da blindagem do cabeçote emitido pelo fabricante.
3.10 Validade e renovação
a) O alvará de funcionamento do serviço tem validade de, no máximo, dois anos.
b) A renovação do alvará de funcionamento do serviço deve ser solicitada pelo titular in
struída de:
(I) requerimento e termos de responsabilidade, conforme modelos próprios da autori
dade sanitária;
(II) relatório do programa de garantia de qualidade, assinado por um especialista
em física de radiodiagnóstico, ou certificação equivalente, reconhecida pelo Ministério da
Saúde;
(III) documento de atualização do memorial descritivo de proteção radiológica, caso tenham
ocorrido alterações não notificadas no período.
3.11 A concessão e renovação de alvará de funcionamento do serviço está condicionada à apro
os documentos apresentados e à comprovação do cumprimento dos requisitos técnicos especi
ficados neste Regulamento, mediante inspeção sanitária.
3.12 Quaisquer modificações a serem introduzidas nas dependências do serviço ou nos equi
pamentos de raios-x devem ser notificadas previamente à autoridade sanitária local p
ara fins de aprovação, instruídas dos documentos relevantes do processo de aprovação de pr
ojeto.
3.13 Um novo relatório de levantamento radiométrico deve ser providenciado:
a) Após a realização das modificações autorizadas.
b) Quando ocorrer mudança na carga de trabalho semanal ou na característica ou ocupação
das áreas circunvizinhas.
c) Quando decorrer 4 anos desde a realização do último levantamento.
3.14 O alvará de funcionamento, contendo identificação dos equipamentos, deve ser afix
ado em lugar visível ao público no estabelecimento
3.15 Todo serviço deve manter uma cópia do projeto básico de arquitetura de cada insta
lação (nova ou modificada), conforme especificado no item 3.6-a), disponível à autoridad
e sanitária local, inclusive nos consultórios odontológicos e nas instalações com equipame
ntos móveis, dispensados do processo de aprovação de projeto.
3.16 A desativação de equipamento de raios-x deve ser comunicada à autoridade sanitária,
por escrito, com solicitação de baixa de responsabilidade e notificação sobre o destino
dado ao equipamento.
3.17 A desativação de um serviço de radiodiagnóstico deve ser notificada à autoridade sani
tária local informando o destino e a guarda dos arquivos e assentamentos, inclusiv
e dos históricos ocupacionais, conforme especificado neste Regulamento.

Requisitos de Organização
3.18 Os serviços de radiodiagnóstico devem implementar uma estrutura organizacional
de modo a facilitar o desenvolvimento de uma cultura de segurança que se traduza e
m:
a) Adoção de uma atitude de prevenção e de aprimoramento constantes em proteção radiológica
omo parte integrante das funções diárias de cada membro da equipe.
b) Definição clara das linhas hierárquicas para a tomada de decisões no âmbito do estabele
cimento, e as responsabilidades de cada indivíduo.
c) Estabelecimento de um conjunto de regras e procedimentos, tendo a proteção radiológ
ica como tema prioritário, incluindo a pronta identificação e correção dos problemas, de a
cordo com sua relevância.
3.19 Em cada serviço de radiodiagnóstico deve ser nomeado um membro da equipe para r
esponder pelas ações relativas ao programa de proteção radiológica, denominado supervisor
de proteção radiológica de radiodiagnóstico (SPR).
a) O SPR deve estar adequadamente capacitado para cumprir as responsabilidades q
ue lhe competem e possuir certificação de qualificação conforme especificado neste Regul
amento.
b) O SPR pode assessorar-se de consultores externos, conforme a necessidade e o
porte do serviço. As atividades exercidas pelos assessores externos devem estar di
scriminadas no memorial descritivo de proteção radiológica.
3.20 Para cada setor de radiologia diagnóstica ou intervencionista desenvolvida no
estabelecimento, o titular deve designar um médico, ou um odontólogo, em se tratand
o de radiologia odontológica, para responder pelos procedimentos radiológicos no âmbit
o do serviço, denominado responsável técnico (RT).
a) O RT deve estar adequadamente capacitado para as responsabilidades que lhe co
mpetem e possuir certificação de qualificação, conforme especificado neste Regulamento.
b) O RT pode responsabilizar-se por, no máximo, dois serviços, desde que haja compat
ibilidade operacional de horários.
c) Cada RT pode ter até dois substitutos para os casos de seu impedimento ou ausênci
a.
d) O titular do serviço que é também RT deve assumir as responsabilidades de ambos.
3.21 É permitido ao RT assumir também as funções de SPR desde que seja possível a compatib
ilidade entre as funções e não
haja prejuízo em seu desempenho.
3.22 Em estabelecimentos hospitalares deve haver um comitê de proteção radiológica integ
rando por, no mínimo, o SPR, um representante da direção do hospital e um médico especia
lista de cada um das unidades que fazem uso das radiações ionizantes, de modo a:
a) Revisar sistematicamente o programa de proteção radiológica para garantir que os eq
uipamentos sejam utilizados e os procedimentos executados observando-se os regul
amentos vigentes de proteção radiológica.
b) Recomendar as medidas cabíveis para garantir o uso seguro dos equipamentos emis
sores de radiação existentes na instituição.
Responsabilidades Básicas
3.23 Os empregadores e titulares dos serviços são os responsáveis principais pela apli
cação deste Regulamento.
3.24 Constitui obrigação dos responsáveis principais tomar todas as providências necessári
as relativas ao licenciamento dos seus serviços.
3.25 Compete aos titulares e empregadores, no âmbito do seu estabelecimento, a res
ponsabilidade principal pela segurança e proteção dos pacientes, da equipe e do público
em geral, devendo assegurar os recursos materiais e humanos e a implementação das me
didas necessárias para garantir o cumprimento dos requisitos deste Regulamento. Pa
ra tanto, os titulares e empregadores devem:
a) Assegurar que estejam disponíveis os profissionais necessários em número e com qual
ificação para conduzir os procedimentos radiológicos, bem como a necessária competência em
matéria de proteção radiológica.
b) Incumbir aos médicos do estabelecimento (ou odontólogos, no caso de radiologia od
ontológica) a tarefa e obrigação primária de garantir a proteção global do paciente na requ
sição e na realização do procedimento radiológico.
c) Nomear um membro qualificado da equipe para responder pelas ações relativas ao pr
ograma de proteção radiológica do serviço, com autoridade e responsabilidades definidas
(SPR).
d) Nomear um médico da equipe (ou odontólogo, em radiologia odontológica) para respond
er pelos procedimentos radiológicos, levando em conta os princípios e requisitos de
proteção radiológica estabelecidos neste Regulamento, com autoridade e responsabilidad
es definidas (RT).
e) Tomar todas as medidas necessárias para evitar falhas e erros, incluindo a impl
ementação de procedimentos adequados de calibração, controle de qualidade e operação dos eq
ipamentos de raios-x.
f) Garantir os recursos necessários para o treinamento apropriado e atualização periódic
a da equipe sobre técnicas e procedimentos radiológicos, incluindo aspectos de proteção
radiológica.
g) Assessorar-se de um especialista de física de radiodiagnóstico na execução das medida
s de proteção radiológica no âmbito do serviço, incluindo controle de qualidade.
h) Assegurar que nenhum paciente seja submetido a uma exposição médica sem que seja so
licitada por um médico, ou odontólogo, no caso de radiologia odontológica.
i) Zelar para que as exposições médicas de pacientes sejam as mínimas necessárias para ati
ngir o objetivo radiológico pretendido e que sejam consideradas as informações relevan
tes de exames prévios que possam evitar exames adicionais desnecessários.
j) Zelar para que cada profissional tome todas as medidas necessárias para restrin
gir as exposições ocupacionais e exposições do público a valores tão baixos quanto razoavel
ente exeqüíveis, limitados conforme especificado neste Regulamento.
k)Assegurar que a exposição voluntária de acompanhante, ao ajudar um paciente durante
um procedimento radiológico, seja otimizada de modo que sua dose seja tão baixa quan
to razoavelmente exeqüível, considerando o nível de restrição de dose estabelecido neste R
egulamento.
l) Prover monitoração individual e o controle de saúde do pessoal ocupacionalmente exp
osto, conforme descrito neste Regulamento.
m) Prover as vestimentas de proteção individual para a proteção dos pacientes, da equipe
e de eventuais acompanhantes.
n) Manter as instalações e seus equipamentos de raios-x nas condições exigidas neste Reg
ulamento, devendo prover serviço adequado de manutenção periódica.
o) Assegurar que todos os procedimentos operacionais estejam escritos, atualizad
os e disponíveis à equipe.
p) Garantir que seja fornecida à equipe, por escrito, informação adequada sobre os ris
cos decorrentes das exposições médicas e das exposições ocupacionais.
q) A responsabilidade de obter os históricos de exposições ocupacionais prévias, como pré-
requisito para contratação ou engajamento de pessoal.
r) Manter um exemplar deste Regulamento em cada serviço de radiodiagnóstico sob sua
responsabilidade e assegurar que cada membro da equipe tenha acesso ao mesmo.
s) Estabelecer, e assegurar que sejam entendidas, as funções e responsabilidades de
cada profissional, assim como linhas claras de autoridade para tomada de decisão n
o âmbito do estabelecimento.
3.26 Compete ao SPR assessorar o titular nos assuntos relativos à proteção radiológica,
com autoridade para interromperoperações inseguras, devendo:
a) Elaborar e manter atualizado o memorial descritivo de proteção radiológica.
b) Verificar se as instalações estão de acordo com todos os requisitos deste Regulamen
to.
c) Certificar a segurança das instalações durante o planejamento, construção e/ou modificaç
d) Estabelecer, em conjunto com o RT, os procedimentos seguros de operação dos equip
amentos e assegurar que os operadores estejam instruídos sobre os mesmos.
e) Realizar monitoração de área, periodicamente, e manter os assentamentos dos dados o
btidos, incluindo informações sobre ações corretivas.
f) Implementar o programa de garantia da qualidade e manter os assentamentos dos
dados obtidos, incluindo informações sobre ações corretivas.
g) Manter os assentamentos de monitoração individual e informar mensalmente, ao pess
oal monitorado, os valores das doses registradas.
h) Revisar e atualizar periodicamente os procedimentos operacionais de modo a ga
rantir a otimização da proteção radiológica.
i) Investigar cada caso conhecido ou suspeito de exposição elevada para determinar s
uas causas e para que sejam tomadas as medidas necessárias para prevenir a ocorrênci
a de eventos similares.
j) Coordenar o programa de treinamento periódico da equipe sobre os aspectos de pr
oteção radiológica e garantia de qualidade.
k) Informar ao titular todos os dados relevantes obtidos nos programas de proteção r
adiológica e garantia de qualidade, para subsidiar o mesmo no exercício de suas resp
onsabilidades.
l) Redigir e distribuir instruções e avisos sobre proteção radiológica aos pacientes e pro
fissionais envolvidos, visando à execução das atividades de acordo com os princípios e r
equisitos estabelecidos neste Regulamento.
3.27 Compete ao RT responsabilizar-se pelos procedimentos radiológicos a que são sub
metidos os pacientes, levando em conta os princípios e requisitos de proteção radiológic
a estabelecidos neste Regulamento, devendo:
a) Assegurar que nos procedimentos radiológicos sejam utilizados as técnicas e os eq
uipamentos adequados.
b) Zelar para que as exposições de pacientes sejam as mínimas necessárias para atingir o
objetivo do procedimento radiológico requisitado, levando em conta os padrões aceitáv
eis de qualidade de imagem e as restrições conferidas pelos níveis de referência de radi
odiagnóstico estabelecidos neste Regulamento.
c) Elaborar e revisar as tabelas de exposição (técnicas de exames) para cada equipamen
to de raios-x do serviço, com o apoio do SPR.
d) Orientar e supervisionar as atividades da equipe no que se refere às técnicas e p
rocedimentos radiológicos.
e) Assegurar que sejam feitos os assentamentos dos procedimentos radiológicos, req
ueridos neste Regulamento.
f) Apoiar o SPR nos programas de garantia de qualidade da imagem e otimização da pro
teção radiológica.
3.28 Compete aos técnicos e auxiliares:
a) Executar suas atividades em conformidade com as exigências deste Regulamento e
com as instruções do RT e do SPR.
b) Realizar apenas exposições médicas autorizadas por um médico do serviço, ou odontólogo,
m se tratando de radiologia odontológica.
c) Atuar no programa de garantia de qualidade, nas avaliações de doses em pacientes
e nas avaliações do índice de rejeição de radiografias, segundo instruções do SPR.
d) Assentar os procedimentos radiográficos realizados.
e) Manter assentamento, em livro próprio, de qualquer ocorrência relevante sobre con
dições de operação e de segurança de equipamentos, das manutenções e dos reparos.
3.29 Compete a cada membro da equipe:
a) Estar ciente do conteúdo deste Regulamento, dos riscos associados ao seu trabal
ho, dos procedimentos operacionais e de emergência relacionados ao seu trabalho, e
de suas responsabilidades na proteção dos pacientes, de si mesmo e de outros.
b) Informar imediatamente ao SPR qualquer evento que possa resultar em alterações no
s níveis de dose ou em aumento do risco de ocorrência de acidentes, assim como qualq
uer outra circunstância que possa afetar a conformidade com este Regulamento.
c) Submeter-se aos treinamentos de atualização regularmente oferecidos.
d) Fornecer ao titular informações relevantes sobre suas atividades profissionais at
uais e anteriores, de modo a permitir um controle ocupacional adequado.
e) Utilizar o dosímetro individual e vestimentas de proteção individual, conforme os r
equisitos deste Regulamento e as instruções do SPR.
f) Notificar ao titular sua gravidez, confirmada ou suspeita, de modo a possibil
itar os passos necessários para garantir a observação do limite de dose estabelecido p
ara o período restante da gestação.
g) Notificar à autoridade sanitária condições inseguras de trabalho.
h) Evitar a realização de exposições médicas desnecessárias.
3.30 É responsabilidade do médico ou odontólogo, no caso de radiologia odontológica, que
prescreve ou solicita um procedimento radiológico estar ciente dos riscos das rad
iações ionizantes, do princípio de justificação, das proibições, das limitações e vantagens
ca radiológica comparada com técnicas alternativas.
3.31 Os responsáveis legais das empresas prestadoras de serviço de manutenção e/ou assis
tência técnica de equipamentos de raios-x diagnósticos devem:
a) Providenciar o licenciamento de sua empresa junto à autoridade sanitária local.
b) Assegurar que sua equipe técnica esteja treinada e ciente dos requisitos de des
empenho e de segurança dos equipamentos, especificados neste Regulamento.
c) Atender aos requisitos de controle ocupacional estabelecidos neste Regulament
o.
Qualidade Profissional
3.32 Nenhum indivíduo pode administrar, intencionalmente, radiações ionizantes em sere
s humanos a menos que:
a) Tal indivíduo seja um médico ou odontólogo qualificado para a prática, ou que seja um
técnico, enfermeiro ou outro profissional de saúde treinado e que esteja sob a supe
rvisão de um médico ou odontólogo.
b) Possua certificação de qualificação que inclua os aspectos proteção radiológica, exceto
a indivíduos que estejam realizando treinamentos autorizados.
3.33 Para responder pela solicitação ou prescrição de um procedimento radiológico é necessá
possuir formação em medicina ou odontologia, no caso de radiologia odontológica.
3.34 Para responder pela função de RT é necessário possuir:
a) Formação em medicina, ou odontologia, no caso de radiologia odontológica.
b) Certificação de qualificação para a prática, emitida por órgão de reconhecida competênci
colegiados profissionais, cujo sistema de certificação avalie também o conhecimento ne
cessário em física de radiodiagnóstico, incluindo proteção radiológica, e esteja homologado
no Ministério da Saúde para tal fim.
3.35 Para desempenhar as funções de SPR no serviço é necessário atender a um dos seguintes
requisitos:
a) Possuir certificação de especialista de física de radiodiagnóstico, emitida por órgão de
reconhecida competência ou colegiados profissionais cujo sistema de certificação avali
e o conhecimento necessário em física de radiodiagnóstico, incluindo metrologia das ra
diações ionizantes e proteção radiológica, e esteja homologado no Ministério da Saúde para
fim, ou
b) Possuir a mesma certificação de qualificação exigida para o RT do serviço.
3.36 Para desempenhar as atividades de técnico de raios-x diagnósticos é necessário:
a) Possuir formação de técnico em radiologia na área específica de radiodiagnóstico.
b) Comprovar conhecimento e experiência em técnicas radiográficas em medicina, conside
rando os princípios e requisitos de proteção radiológica estabelecidos neste Regulamento
.
3.37 Qualquer indivíduo em treinamento em técnicas e procedimentos radiológicos soment
e pode realizar exposições médicas sob a direta supervisão de um profissional qualificad
o e sob a responsabilidade do RT.
Treinamentos Periódicos
3.38 Os titulares devem implementar um programa de treinamento anual, integrante
do programa de proteção radiológica, contemplando, pelo menos, os seguintes tópicos:
a) Procedimentos de operação dos equipamentos, incluindo uso das tabelas de exposição e
procedimentos em caso de acidentes.
b) Uso de vestimenta de proteção individual para pacientes, equipe e eventuais acomp
anhantes.
c) Procedimentos para minimizar as exposições médicas e ocupacionais.
d) Uso de dosímetros individuais.
e) Processamento radiográfico.
f) Dispositivos legais.
Controle de Áreas do Serviço
3.39 Os ambientes do serviço devem ser delimitados e classificados em áreas livres o
u em áreas controladas, segundo as
características das atividades desenvolvidas em cada ambiente.
3.40 Nos ambientes classificados como áreas controladas, devem ser tomadas medidas
específicas de proteção e segurança para controlar as exposições normais e prevenir ou lim
tar a extensão de exposições potenciais.
3.41 As salas onde se realizam os procedimentos radiológicos e a sala de comando d
evem ser classificadas como áreas controladas e:
a) Possuir barreiras físicas com blindagem suficiente para garantir a manutenção de níve
is de dose tão baixos quanto razoavelmente exeqüíveis, não ultrapassando os níveis de rest
rição de dose estabelecidos neste Regulamento.
b) Dispor de restrição de acesso e de sinalização adequada, conforme especificado neste
Regulamento.
c) Ser exclusivas aos profissionais necessários à realização do procedimento radiológico e
ao paciente submetido ao procedimento. Excepcionalmente, é permitida a participação d
e acompanhantes, condicionada aos requisitos apresentados neste Regulamento.
3.42 Em instalações de radiodiagnóstico, toda circunvizinhança da área controlada deve ser
classificada como área livre, sob o aspecto de proteção radiológica.
3.43 Um programa de monitoração de área deve ser implantado para comprovar os níveis mínim
os de radiação, incluindo verificação de blindagem e dos dispositivos de segurança.
3.44 A grandeza operacional que deve ser usada para verificar a conformidade com
os níveis de restrição de dose em monitoração de área é o equivalente de dose ambiente, H*
.
3.45 Para fins de planejamento de barreiras físicas de uma instalação e para verificação d
e adequação dos níveis de radiação em levantamentos radiométricos, os seguintes níveis de e
valente de dose ambiente devem ser adotados como restrição de dose:
a) 5 mSv/ano em áreas controladas,
b) 0,5 mSv/ano em áreas livres.
Controle Ocupacional
3.46 Compensações ou privilégios especiais para os indivíduos ocupacionalmente expostos
não devem, em hipótese alguma, substituir a observância das medidas de proteção e segurança
estabelecidas neste Regulamento.
3.47 Monitoração individual
a) Os titulares devem estabelecer um programa rotineiro de monitoração individual de
modo a:
(I) obter uma estimativa da dose efetiva e/ou da dose equivalente no cristalino
e extremidades, compatível com a atividade exercida, de modo a demonstrar conformi
dade com os requisitos administrativos e operacionais estabelecidos pelo serviço e
com as exigências estabelecidas por este Regulamento;
(II) contribuir para o controle e melhoria da operação da instalação;
(III) em caso de exposição acidental envolvendo altas doses, fornecer informações para i
nvestigação e suporte para acompanhamento médico e tratamento.
b) Todo indivíduo que trabalha com raios-x diagnósticos deve usar, durante sua jorna
da de trabalho e enquanto permanecer em área controlada, dosímetro individual de lei
tura indireta, trocado mensalmente.
c) A obrigatoriedade do uso de dosímetro individual pode ser dispensada, a critério
da autoridade sanitária local e mediante ato normativo, para os serviços odontológicos
com equipamento periapical e carga de trabalho máxima inferior a 4 mA min / seman
a.
d) Os dosímetros individuais destinados a estimar a dose efetiva devem ser utiliza
dos na região mais exposta do tronco.
e) Durante a utilização de avental plumbífero, o dosímetro individual deve ser colocado
sobre o avental, aplicando-se um fator de correção de 1/10 para estimar a dose efeti
va. Em casos em que as extremidades possam estar sujeitas a doses significativam
ente altas, deve-se fazer uso adicional de dosímetro de extremidade.
f) O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário do dosímetro no serviço para o qua
l foi designado.
g) Durante a ausência do usuário, os dosímetros individuais devem ser mantidos em loca
l seguro, com temperatura amena, umidade baixa e afastados de fontes de radiação ion
izante, junto ao dosímetro padrão, sob a supervisão do SPR.
h) Se houver suspeita de exposição acidental, o dosímetro individual deve ser enviado
para leitura em caráter de urgência.
i) Os titulares devem providenciar a investigação dos casos de doses efetivas mensai
s superiores a 1,5 mSv. Os resultados da investigação devem ser assentados.
(I) os titulares devem comunicar à autoridade sanitária local os resultados mensais
acima de 3/10 do limite anual, juntamente com um relatório das providências que fora
m tomadas.
(II) quando os valores mensais relatados de dose efetiva forem superiores a 100
mSv, os titulares devem providenciar uma investigação especial e, havendo uma provável
exposição do usuário do dosímetro, devem submeter o usuário a uma avaliação de dosimetria
ogenética.
j) No caso de indivíduos que trabalham em mais de um serviço, os titulares de cada s
erviço devem tomar as medidas necessárias de modo a garantir que a soma das exposições o
cupacionais de cada indivíduo não ultrapasse os limites estabelecidos neste Regulame
nto. Pode-se adotar, entre outras medidas:
(I) guias operacionais individuais, considerando a fração das jornadas de trabalho e
m cada estabelecimento, ou
(II) acerto de cooperação entre os titulares de modo a fornecer/ obter os resultados
de monitoração em cada serviço.
k) Os dosímetros individuais devem ser obtidos apenas em laboratórios de monitoração ind
ividual credenciados pela CNEN.
l) A grandeza operacional para verificar a conformidade com os limites de dose e
m monitoração individual externa é o equivalente de dose pessoal, Hp(d).
3.48 Controle de saúde
a) Todo indivíduo ocupacionalmente exposto deve estar submetido a um programa de c
ontrole de saúde baseado nos princípios gerais de saúde ocupacional.
b) Exames periódicos de saúde não podem ser utilizados para substituir ou complementar
o programa de monitoração individual.
c) Ocorrendo exposição acidental com dose equivalente acima do limiar para efeitos d
eterminísticos, o titular deve encaminhar o indivíduo para acompanhamento médico e, se
necessário, com o aconselhamento de um médico especialista com experiência ou conheci
mento específico sobre as conseqüências e tratamentos de efeitos determinísticos da radi
ação.
Restrições de Dose em Exposições Médicas
3.49 Exposição médica de pacientes
a) Os exames de radiodiagnóstico devem ser realizados de modo a considerar os níveis
de referência de radiodiagnóstico apresentados no Anexo A deste Regulamento.
b) Os níveis de referência de radiodiagnóstico devem ser utilizados de modo a permitir
a revisão e adequação dos procedimentos e técnicas quando as doses excederem os valores
especificados (como parte do programa de otimização)
c) Os níveis de referência apresentados neste Regulamento foram obtidos apenas para
paciente adulto típico.
3.50 Exposição de acompanhantes
a) A presença de acompanhantes durante os procedimentos radiológicos somente é permiti
da quando sua participação for imprescindível para conter, confortar ou ajudar pacient
es.
(I) esta atividade deve ser exercida apenas em caráter voluntário e fora do contexto
da atividade profissional do acompanhante;
(II) é proibido a um mesmo indivíduo desenvolver regularmente esta atividade;
(III) durante as exposições, é obrigatória, aos acompanhantes, a utilização de vestimenta d
proteção individual compatível com o tipo de procedimento radiológico e que possua, pel
o menos, o equivalente a 0,25 mm de chumbo;
b) O conceito de limite de dose não se aplica para estes acompanhantes; entretanto
, as exposições a que forem submetidos devem ser otimizadas com a condição de que a dose
efetiva não exceda 5 mSv durante o procedimento.
Assentamentos
3.51 O responsável legal pelo serviço deve manter um sistema de assentamento de dado
s, conforme discriminado neste Regulamento, sobre os procedimentos radiológicos re
alizados, sistema de garantia da qualidade, controle ocupacional implantado e tr
einamentos realizados.
a) Cada procedimento radiológico deve ser assentado, constando de:
(I) data do exame, nome e endereço completo do paciente, sexo, idade, indicação do exa
me, tipo de procedimento radiológico realizado, quantidade de filmes utilizados e,
quando aplicável, tempo de fluoroscopia, número de cortes de CT e intervalo dos cor
tes;
(II) peso e técnica radiológica (kVp, mAs, distância fonte-receptor de imagem, tela-fi
lme), quando justificável.
(III) não é necessário um sistema de registro em separado quando for possível recuperar
a informação requerida com referência a outros registros do serviço.
b) No assentamento de garantia de qualidade devem constar os dados relativos ao
controle de qualidade implantado no serviço e conter, no mínimo, os resultados dos t
estes descritos neste Regulamento.
c) Os assentamentos de levantamentos radiométricos devem incluir:
(I) croquis da instalação e vizinhanças, com o leiaute apresentando o equipamento de r
aios-x e o painel de controle, indicando a natureza e a ocupação das salas adjacente
s;
(II) identificação do equipamento de raios-x (fabricante, modelo, numero de série);
(III) descrição da instrumentação utilizada e da calibração;
(IV) descrição dos fatores de operação utilizados no levantamento (mA, tempo, kVp, direção
o feixe, tamanho de campo, fantoma, entre outros);
(V) carga de trabalho máxima estimada e os fatores de uso relativos às direções do feixe
primário;
(VI) leituras realizadas em pontos dentro e fora da área controlada, considerando
as localizações dos receptores de imagem. As barreiras primárias devem ser avaliadas s
em fantoma. Os pontos devem estar assinalados no croquis;
(VII) estimativa dos equivalentes de dose ambiente semanais (ou anuais) nos pont
os de medida, considerando os fatores de uso (U), de ocupação (T) e carga de trabalh
o (W) aplicáveis;
(VIII) conclusões e recomendações aplicáveis;
(IX) data, nome, qualificação e assinatura do responsável pelo levantamento radiométrico
.
d) Assentamento de controle ocupacional (histórico ocupacional)
(I) os dados relativos ao controle ocupacional devem ser assentados para cada in
divíduo ocupacionalmente exposto, incluindo a natureza do trabalho que executa, tr
einamentos de atualização realizados, todos os resultados dosimétricos mensais contabi
lizados anualmente (ano calendário) e todas as ocorrências relativas à monitoração individ
ual, desde o início da monitoração no estabelecimento;
(II) o nível de registro estabelecido para monitoração mensal do tronco é de 0,10 mSv.
(III) as doses anuais (ano calendário) devem ser computadas considerando os valore
s abaixo do nível de registro como iguais a zero e as doses mensais desconhecidas
ou extraviadas iguais ao valor médio das doses assentadas no ano;
(IV) cópias dos dados de controle ocupacional devem ser fornecidas ao empregado no
ato da demissão;
e) No assentamento dos treinamentos realizados devem constar os dados relativos
ao programa, tais como, carga horária, conteúdo, período e identificação dos participantes
.
f) Todos os dados assentados devem ser mantidos atualizados e apresentados à autor
idade sanitária sempre que solicitado.
g) O titular deve zelar pela integridade dos assentamentos por 5 anos, exceto do
s dados de monitoração individual que devem ser armazenados por um período mínimo de 30
anos após o término da atividade com radiação, exercida pelo indivíduo monitorado. Podem s
er utilizados meios adequados de armazenamento digital.
Características Gerais do Equipamento
3.52 Todo equipamento de raios-x diagnósticos importado ou fabricado no País deve es
tar de acordo com os padrões nacionais, com os padrões internacionais que o Brasil t
enha acordado, além dos requisitos estabelecidos neste Regulamento.
a) Todo equipamento de raios-x diagnósticos deve ser projetado e construído visando
garantir que:
(I) seja facilitada a execução de exposições médicas a níveis tão baixos quanto racionalmen
exeqüíveis, consistente com a obtenção da informação diagnóstica necessária;
(II) eventuais falhas em um único componente do sistema possam ser imediatamente d
etectadas, para prevenir exposições não planejadas de pacientes e operadores;
(III) seja mínima a probabilidade de ocorrência de erro humano como causa de exposições
não planejadas.
b) O equipamento de raios-x deve possuir:
(I) documentação fornecida pelo fabricante relativa às características técnicas, especific
ações de desempenho, instruções de operação, de manutenção e de proteção radiológica, com t
língua portuguesa, quando se tratar de equipamento importado;
(II) certificação da blindagem do cabeçote quanto à radiação de fuga.
c) Componentes tais como gerador, tubo, cabeçote, mesa e sistema de colimação devem po
ssuir identificação própria (marca, tipo, número de série), mediante etiqueta fixada em lu
gar visível, e documentação conforme item anterior.
d) A terminologia e os valores dos parâmetros de operação devem estar exibidos no pain
el de controle do equipamento em linguagem ou simbologia internacionalmente acei
ta, compreensível para o usuário.
e) Os parâmetros operacionais, tais como tensão do tubo, filtração inerente e adicional,
posição do ponto focal, distância fonte-receptor de imagem, tamanho de campo (para eq
uipamento distância fonte-receptor de imagem constante), tempo e corrente do tubo
ou seu produto devem estar claramente indicados no equipamento.
f) A emissão de raios-x, enquanto durar a exposição radiográfica, deve ser indicada por
um sinal sonoro e luminoso localizado no painel de controle do aparelho.
g) As taxas de kerma no ar fora da região de exame, devido à radiação de fuga ou espalha
mento, devem ser mantidas em níveis tão baixos quanto racionalmente exeqüíveis, levando-
se em conta as restrições apresentadas neste Regulamento.
h) Os equipamentos radiográficos devem ser providos de dispositivo que corte autom
aticamente a irradiação ao final do tempo, dose, ou produto corrente-tempo seleciona
dos.
i) O botão disparador deve ser do tipo que permita interromper a exposição a qualquer
momento dentro do intervalo selecionado de exposição, observando-se ainda os seguint
es requisitos:
(I) a emissão do feixe de raios-x deve ocorrer somente enquanto durar a pressão inte
ncional sobre o botão disparador, exceto em CT;
(II) para repetir a exposição, deve ser necessário aliviar a pressão sobre o botão e press
ioná-lo novamente, salvo em casos de seriografia automática;
(III) o botão disparador deve estar instalado de tal forma que seja difícil efetuar
uma exposição acidental.
j) Todo equipamento com anodo rotatório deve ter dois estágios de acionamento do fei
xe.
3.53 Não deve ser autorizada a importação de equipamentos de raios-x cuja utilização tenha
sido proibida por razões sanitárias no país de origem ou por recomendação explícita de org
nismos internacionais.
3.54 Equipamentos de raios-x diagnósticos usados, reformados ou reconstruídos soment
e podem ser comercializados mediante documentos comprobatórios de teste de desempe
nho que demonstrem o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos neste Regu
lamento Técnico.
Garantia de Qualidade
3.55 Os titulares devem implementar um programa de garantia de qualidade, integr
ante do programa de proteção radiológica, com os seguintes objetivos:
a) Verificar, através dos testes de constância, a manutenção das características técnicas e
requisitos de desempenho dos equipamentos de raios-x e do sistema de detecção/ regis
tro de imagem.
b) Identificar, levando-se em consideração as informações fornecidas pelos fabricantes,
possíveis falhas de equipamentos e erros humanos que possam resultar em exposições médic
as indevidas e promover as medidas preventivas necessárias.
c) Evitar que os equipamentos sejam operados fora das condições exigidas neste Regul
amento e assegurar que as ações reparadoras necessárias sejam executadas prontamente,
mediante um programa adequado de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos.
d) Estabelecer e implementar padrões de qualidade de imagem e verificar a sua manu
tenção.
e) Determinar os valores representativos das doses administradas nos pacientes e
m decorrência dos exames realizados no serviço e verificar se podem ser reduzidas, l
evando-se em consideração os níveis de referência de radiodiagnóstico estabelecidos neste
Regulamento.
f) Verificar a adequação da calibração e das condições de operação dos instrumentos de moni
de dosimetria de feixe.
g) Averiguar a eficácia do programa de treinamento implementado.
3.56 O programa de garantia de qualidade deve incluir, o assentamento dos testes
e avaliações realizadas e os resultados obtidos, assim como a documentação e verificação d
s procedimentos operacionais e das tabelas de exposição, considerando os requisitos
de proteção radiológica estabelecidos neste Regulamento.
3.57 Os titulares devem implementar auditorias periódicas, internas e/ou externas,
para rever a execução e eficácia do programa de garantia de qualidade.
3.58 Toda vez que for realizado qualquer ajuste ou alteração das condições físicas origina
is do equipamento de raios-x, deve ser realizado um teste de desempenho, corresp
ondente aos parâmetros modificados, e manter o relatório arquivado no serviço.
3.59 Após troca de tubo ou colimador ou manutenção do cabeçote, a adequação da blindagem do
cabeçote e do sistema de colimação deve ser comprovada novamente por um especialista e
m física de radiodiagnóstico ou pelo fabricante.
3.60 Os instrumentos para medição de níveis de radiação em levantamentos radiométricos e do
imetria de feixe devem ser
calibrados a cada 2 anos em laboratórios credenciados, rastreados à rede nacional ou
internacional de metrologia das radiações ionizantes, nas qualidades de feixes de r
aios-x diagnósticos.
CAPÍTULO 4 - REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO
4.1 Em adição aos requisitos gerais aplicáveis, dispostos nos Capítulos 1, 2 e 3, os ser
viços de radiodiagnóstico médico devem obedecer às exigências definidas neste Capítulo.
Dos Ambientes
4.2 Os ambientes do estabelecimento de saúde que emprega os raios-x diagnósticos dev
em estar em conformidade com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para P
rojetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, Portaria
1884 de 11/11/94, ou a que vier a substituí-la.
4.3 As salas de raios-x devem dispor de:
a) Paredes, piso, teto e portas com blindagem que proporcione proteção radiológica às área
s adjacentes, de acordo com os requisitos de otimização, observando-se os níveis de re
strição de dose estabelecidos neste Regulamento. Deve-se observar,
ainda:
(I) as blindagens devem ser contínuas e sem falhas;
(II) a blindagem das paredes pode ser reduzida acima de 210 cm do piso, desde qu
e devidamente justificado;
(III) particular atenção deve ser dada à blindagem da parede com "bucky" mural para ex
ame de tórax e às áreas atingidas pelo feixe primário de radiação;
(IV) toda superfície de chumbo deve estar coberta com revestimento protetor como l
ambris, pintura ou outro material adequado.
b) Cabine de comando com dimensões e blindagem que proporcione atenuação suficiente pa
ra garantir a proteção do operador. Deve-se observar ainda os seguintes requisitos:
(I) a cabine deve permitir ao operador, na posição de disparo, eficaz comunicação e obse
rvação visual do paciente mediante um sistema de observação eletrônico (televisão) ou visor
apropriado com, pelo menos, a mesma atenuação calculada para a cabine;
(II) quando o comando estiver dentro da sala de raios-x, é permitido que a cabine
seja aberta ou que seja utilizado um biombo fixado permanentemente no piso e com
altura mínima de 210 cm, desde que a área de comando não seja atingida diretamente pe
lo feixe espalhado pelo paciente;
(III) a cabine deve estar posicionada de modo que, durante as exposições, nenhum ind
ivíduo possa entrar na sala sem ser notado pelo operador;
(IV) deve haver um sistema de reserva ou sistema alternativo para falha eletrônica
, no caso de sistema de observação eletrônico.
c) Sinalização visível na face exterior das portas de acesso, contendo o símbolo interna
cional da radiação ionizante acompanhado das inscrições: "raios-x, entrada restrita" ou
"raios-x, entrada proibida a pessoas não autorizadas".
d) Sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso, acompanha
da do seguinte aviso de advertência: "Quando a luz vermelha estiver acesa, a entra
da é proibida". A sinalização luminosa deve ser acionada durante os procedimentos radi
ológicos indicando que o gerador está ligado e que pode haver exposição. Alternativament
e, pode ser adotado um sistema de acionamento automático da sinalização luminosa, dire
tamente conectado ao mecanismo de disparo dos raios-x.
e) Quadro com as seguintes orientações de proteção radiológica, em lugar visível:
(I) "Não é permitida a permanência de acompanhantes na sala durante o exame radiológico,
salvo quando estritamente necessário e autorizado";
(II) "Acompanhante, quando houver necessidade de contenção de paciente, exija e use
corretamente vestimenta plumbífera para sua proteção".
f) Quadro no interior da sala, em lugar e tamanho visível ao paciente, com o segui
nte aviso: "Nesta sala somente pode permanecer um paciente de cada vez".
g) Vestimentas de proteção individual para pacientes, equipe e acompanhantes, e todo
s acessórios necessários aos procedimentos previstos para a sala, conforme estabelec
ido neste Regulamento. Deve haver suportes apropriados para sustentar os aventai
s plumbíferos de modo a preservar a sua integridade.
4.4 Junto ao painel de controle de cada equipamento de raios-x deve ser mantido
um protocolo de técnicas radiográficas (tabela de exposição) especificando, para cada ex
ame realizado no equipamento, as seguintes informações:
a) Tipo de exame (espessuras e partes anatômicas do paciente) e respectivos fatore
s de técnica radiográfica.
b) Quando aplicável, parâmetros para o controle automático de exposição.
c) Tamanho e tipo da combinação tela-filme.
d) Distância foco-filme.
e) Tipo e posicionamento da blindagem a ser usada no paciente.
f) Quando determinado pela autoridade sanitária local, restrições de operação do equipamen
to e procedimentos de segurança.
4.5 A sala de raios-x deve dispor somente do equipamento de raios-x e acessórios i
ndispensáveis para os
procedimentos radiológicos a que destina.
4.6 Não é permitida a instalação de mais de um equipamento de raios-x por sala.
4.7 O serviço de radiodiagnóstico deve implantar um sistema de controle de exposição médic
a de modo a evitar exposição inadvertida de pacientes grávidas, incluindo avisos de ad
vertência como:
"Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez: favor informarem ao médico ou ao técni
co antes do exame".
4.8 As instalações móveis devem ser projetadas e utilizadas observando-se os níveis de r
estrição de dose
estabelecidos neste Regulamento.
4.9 A câmara escura deve ser planejada e construída considerando-se os seguintes req
uisitos:
a) Dimensão proporcional à quantidade de radiografias e ao fluxo de atividades previ
stas no serviço.
b) Vedação apropriada contra luz do dia ou artificial. Atenção especial deve ser dada à po
rta, passa chassis e
sistema de exaustão.
c) O(s) interruptor(es) de luz clara deve(m) estar posicionado(s) de forma a evi
tar acionamento acidental.
d) Sistema de exaustão de ar de forma a manter uma pressão positiva no ambiente.
e) Paredes com revestimento resistente à ação das substâncias químicas utilizadas, junto a
os locais onde possam ocorrer respingos destas substâncias.
f) Piso anticorrosivo, impermeável e antiderrapante.
g) Sistema de iluminação de segurança com lâmpadas e filtros apropriados aos tipos de fi
lmes utilizados, localizado
a uma distância não inferior a 1,2 m do local de manipulação.
4.10 A câmara escura para revelação manual deve ser provida de cronômetro, termômetro e ta
bela de revelação para garantir o processamento nas condições especificadas pelo fabrica
nte dos produtos de revelação.
4.11 Deve ser previsto local adequado para o armazenamento de filmes radiográficos
, de forma que estes filmes sejam mantidos:
a) Em posição vertical.
b) Afastados de fontes de radiação.
c) Em condições de temperatura e umidade compatíveis com as especificações do fabricante.
4.12 A iluminação da sala de interpretação e laudos deve ser planejada de modo a não causa
r reflexos nos negatoscópios que possam prejudicar a avaliação da imagem.
Dos Equipamentos
4.13 Em adição às características especificadas no capítulo anterior, todo equipamento de
radiodiagnóstico médico deve possuir:
a) Condições técnicas em conformidade com os padrões de desempenho especificados neste R
egulamento.
b) Blindagem no cabeçote de modo a garantir um nível mínimo de radiação de fuga, restringi
da a uma taxa de kerma no ar de 1 mGy/h a um metro do ponto focal, quando operad
o em condições de ensaio de fuga. Este mesmo requisito se aplica à radiação de fuga através
do sistema de colimação.
c) Filtração total permanente do feixe útil de radiação de, no mínimo o equivalente a:
2,5 mm de alumínio, ou 0,03 mm de molibdênio para equipamentos de mamografia.
d) Diafragma regulável com localização luminosa para limitar o campo de radiação à região d
nteresse clínico. Equipamentos que operam com distância foco-filme fixa podem possui
r colimador regulável sem localização luminosa ou colimadores cônicos convencionais, des
de que seja possível variar e identificar os tamanhos de campo de radiação.
e) Sistema para identificar quando o eixo do feixe de radiação está perpendicular ao p
lano do receptor de imagem e para ajustar o centro do feixe de radiação em relação ao ce
ntro do receptor de imagem, nos equipamentos fixos.
f) Indicação visual do tubo selecionado no painel de controle, para equipamentos com
mais de um tubo.
g) Cabo disparador com comprimento mínimo de 2 m, nos equipamentos móveis.
h) Suporte do cabeçote ajustável, de modo a manter o tubo estável durante uma exposição, a
menos que o
movimento do cabeçote seja uma função projetada do equipamento.
4.14 Os sistemas de radiografia convencional devem possuir gerador do tipo pulsa
do retificado ou de armazenamento de carga. Fica proibida a utilização de sistemas a
uto-retificados ou retificação de meia onda.
4.15 Quando houver sistema de controle automático de exposição, o painel de controle d
eve possuir uma indicação clara de quando se utiliza este modo de operação.
4.16 A absorção produzida pela mesa ou pelo porta-chassis vertical deve ser, no máximo
, o equivalente a 1,2 mm de alumínio, a 100 kVp.
4.17 Todo equipamento de fluoroscopia deve possuir, além dos requisitos aplicáveis d
o item 4.13:
a) Sistema de intensificação de imagem.
b) Dispositivo para selecionar um tempo acumulado de fluoroscopia. Este tempo não
deve exceder 5 min sem que o dispositivo seja reajustado. Um alarme sonoro deve
indicar o término do tempo pré-selecionado e continuar soando enquanto os raios-x são
emitidos, até que o dispositivo seja reajustado. Decorridos 10 min sem que seja re
ajustado o dispositivo, a exposição será interrompida. Alternativamente, o dispositivo
pode interromper a exposição ao final do tempo selecionado.
c) Diafragma regulável para definir o feixe útil.
d) Cortina ou saiote plumbífero inferior/lateral para a proteção do operador contra a
radiação espalhada pelo paciente, com espessura não inferior a 0,5 mm equivalente de c
humbo, a 100 kVp.
e) Sistema para impedir que a distância foco-pele seja inferior a 38 cm para equip
amentos fixos e 30 cm para equipamentos móveis.
f) Sistema para garantir que o feixe de radiação seja completamente restrito à área do r
eceptor de imagem.
g) Um sinal sonoro contínuo quando o controle de "alto nível" estiver acionado.
4.18 Todo equipamento de mamografia deve possuir, além dos requisitos aplicáveis do
item 4.13:
a) Dispositivo para manter compressão firme na mama de forma a assegurar uma espes
sura uniforme na porção radiografada. A placa de compressão deve produzir uma atenuação de
, no máximo, o equivalente a 2 mm de PMMA. A força de compressão do dispositivo deve e
star entre 11 e 18 kgf
b) Suporte de receptor de imagem com transmissão menor que 1 µGy por exposição a 5 cm, s
em a presença da mama, para valores máximos de kVp e mAs empregados.
c) Tubo especificamente projetado para mamografia, com janela de berílio.
d) Gerador trifásico ou de alta freqüência.
e) Escala de tensão em incrementos de 1 kV.
f) Distância foco-pele não inferior a 30 cm.
g) Tamanho nominal do ponto focal não superior a 0,4 mm.
4.19 Os fabricantes de equipamentos de mamografia devem disponibilizar fantoma d
e mama para testes de qualidade de imagem.
4.20 Todo equipamento de tomografia linear deve possuir, além dos requisitos aplicáv
eis do item 4.13.
a) Método para ajustar a posição do centro de corte.
b) Indicação da posição do centro do corte.
4.21 Todo equipamento de tomografia computadorizada, CT, deve possuir, além dos re
quisitos aplicáveis do item 4.13:
a) Meios que permitam a determinação visual do plano de referência.
b) Dispositivo que permita ao operador interromper, a qualquer instante, qualque
r varredura de duração maior que 0,5 s.
c) Indicação visual, no painel de controle, dos parâmetros de técnica, incluindo espessu
ra de corte e incremento de varredura, antes do inicio de uma série.
d) Meios para ajustar os números de CT, de modo que os dados de calibração no fantoma
de água produzam números iguais a zero.
4.22 Os fabricantes de equipamentos de CT devem disponibilizar fantoma para cali
brações e testes de constância, incluindo ruído e uniformidade da imagem.
4.23 Fica proibida a utilização de sistemas de CT de primeira e segunda geração.
4.24 A documentação fornecida pelo fabricante, relativa às características técnicas e oper
acionais dos equipamentos de raios-x, deve estar facilmente disponível no serviço pa
ra a equipe de trabalho, o pessoal de manutenção e a autoridade sanitária.
Procedimentos de Trabalho
4.25 A fim de produzir uma dose mínima para o paciente, consistente com a qualidad
e aceitável da imagem e o propósito clínico do procedimento radiológico, os médicos, os téc
icos e demais membros da equipe de radiodiagnóstico devem selecionar e combinar ad
equadamente os parâmetros abaixo discriminados. Atenção particular deve ser dada aos c
asos de Radiologia Pediátrica e Radiologia Intervencionista. Os valores padronizad
os para os exames rotineiros devem ser estabelecidos em tabelas de exposição.
a) A região do corpo a ser examinada e o número de exposições por exame (e.g., número de f
ilmes ou de cortes em CT) ou o tempo de exame em fluoroscopia.
b) O tipo de receptor de imagem (e.g., telas rápidas ou regulares).
c) Grade anti-difusora apropriada, quando aplicável.
d) Colimação apropriada do feixe primário, para minimizar o volume de tecido irradiado
e melhorar a qualidade da imagem.
e) Valores apropriados dos parâmetros operacionais (e.g., kVp, mA e tempo ou mAs).
f) Técnicas apropriadas para registrar imagem em exames dinâmicos (e.g., número de ima
gens por segundo).
g) Fatores adequados de processamento da imagem (e.g., temperatura do revelador
e algoritmo de reconstrução de imagem).
4.26 Durante a realização de procedimentos radiológicos, somente o paciente a ser exam
inado e a equipe necessária ao procedimento médico ou treinandos podem permanecer na
sala de raios-x.
a) Todos, os profissionais necessários na sala devem:
(I) posicionar-se de tal forma que nenhuma parte do corpo incluindo extremidades
seja atingida pelo feixe primário sem estar protegida por 0,5 mm equivalente de c
humbo;
(II) proteger-se da radiação espalhada por vestimenta ou barreiras protetoras com at
enuação não inferior a 0,25 mm equivalentes de chumbo.
b) Havendo necessidade da permanência de acompanhante do paciente na sala durante
a realização do exame, isto somente será possível com a permissão do RT e após tomadas toda
as providências de proteção radiológica devidas, conforme item 3.45.
c) O técnico operador deve manter-se dentro da cabine de comando e observar o paci
ente durante o exame radiográfico, em instalações fixas.
d) As portas de acesso de instalações fixas devem ser mantidas fechadas durante as e
xposições. A sinalização luminosa nas portas de acesso deverá estar acionada durante os pr
ocedimentos radiológicos, conforme item 4.3-d).
4.27 A realização de exames radiológicos com equipamentos móveis em leitos hospitalares
ou ambientes coletivos de internação, tais como unidades de tratamento intensivo e b
erçários, somente será permitida quando for inexeqüível ou clinicamente inaceitável transfe
ir o paciente para uma instalação com equipamento fixo. Neste caso, além dos requisito
s previstos no 4.26-a) e 4.26-b), deve ser adotada uma das seguintes medidas:
a) Os demais pacientes que não puderem ser removidos do ambiente devem ser protegi
dos da radiação espalhada por uma barreira protetora (proteção de corpo inteiro) com, no
mínimo, 0,5 mm equivalentes de chumbo; ou,
b) Os demais pacientes que não puderem ser removidos do ambiente devem ser posicio
nados de modo que nenhuma parte do corpo esteja a menos de 2 metros do cabeçote ou
do receptor de imagem.
4.28 O técnico deve realizar apenas exposições que tenham sido autorizadas por um médico
do serviço. Toda repetição de exposição deve ser anotada nos assentamentos do paciente e
ser especialmente supervisionada pelo RT.
4.29 Deve ser evitada a realização de exames radiológicos com exposição do abdômen ou pelve
de mulheres grávidas ou que possam estar grávidas, a menos que existam fortes indicações
clínicas.
a) Informação sobre possível gravidez deve ser obtida da própria paciente.
b) Se a mais recente menstruação esperada não ocorreu e não houver outra informação relevan
e, a mulher deve ser considerada grávida.
4.30 O feixe de raios-x deve ser cuidadosamente posicionado no paciente e alinha
do em relação ao receptor de imagem.
a) O feixe útil deve ser limitado à menor área possível e consistente com os objetivos d
o exame radiológico.
(I) o campo deve ser no máximo do tamanho do receptor de imagem;
(II) o tamanho do filme/cassete deve ser o menor possível, consistente com o taman
ho do objeto de estudo.
b) Deve-se colocar blindagem adequada , com menos 0,5 mm equivalente de chumbo,
nos órgãos mais radiosensíveis tais como gônadas, cristalino e tireóide, quando, por neces
sidade, eles estiverem diretamente no feixe primário de radiação ou até 5 cm dele, a não s
er que tais blindagens excluam ou degradem informações diagnósticas importantes.
4.31 Os procedimentos radiológicos devem ser realizados apenas com equipamentos qu
e possuam potência suficiente para realizá-los.
4.32 Para realização de exames contrastados do aparelho digestivo, o equipamento dev
e possuir seriógrafo.
4.33 Equipamentos móveis com potência inferior a 4 kW e instalados como fixos só podem
ser usados para exames de extremidades.
4.34 Chassis nunca devem ser segurados com as mãos durante a exposição.
4.35 Exceto em mamografia, a tensão do tubo, a filtração (adicional) e a distância foco-
pele devem ser as maiores possíveis, consistente com o objetivo do estudo, de modo
a reduzir a dose no paciente.
4.36 É proibida a realização de radiografia de pulmão com distância fonte-receptor menor q
ue 120 cm, exceto em radiografias realizadas em leito hospitalar, observando-se
o disposto no item 4.27.
4.37 O filme, a tela intensificadora e outros dispositivos de registro de imagem
devem ser de maior sensibilidade possível, consistentes com os requisitos do exam
e. Cassete sem tela intensificadora não deve ser utilizado para nenhum exame radio
gráfico rotineiro.
4.38 Em exames de mamografia, devem ser utilizados apenas:
a) Equipamentos projetados especificamente para este tipo de procedimento radiológ
ico, sendo vedada a utilização de equipamentos de raios-x diagnósticos convencionais o
u modificados.
b) Receptores de imagem específicos para mamografia.
c) Processadoras específicas e exclusivas para mamografia.
d) Negatoscópios com luminância entre 3000 e 3500 nit.
4.39 Os equipamentos de abreugrafia devem ser desativados ou substituídos por equi
pamentos de fotofluorografia com intensificação de imagem ou técnica equivalente ou, a
inda, por equipamentos de teleradiografia com potência suficiente para produzir ra
diografias de tórax de alta qualidade.
4.40 Em fluoroscopia:
a) As palpações devem ser realizadas somente com luvas plumbíferas com proteção não inferio
ao equivalente a 0,25 mm de chumbo.
b) A duração do exame deve ser a mais breve possível, com a menor taxa de dose e menor
tamanho de campo.
c) Em nenhuma circunstância o tubo deve ser energizado quando o executor do exame
não estiver olhando para o monitor.
d) O tempo de exposição deve ser anotado nos assentamentos do paciente.
4.41 A fluoroscopia não deve ser utilizada em substituição à radiografia.
4.42 As vestimentas plumbíferas não devem ser dobradas. Quando não estiverem em uso, d
evem ser mantidas de forma a preservar sua integridade, sobre superfície horizonta
l ou em suporte apropriado.
4.43 Para assegurar o processamento correto dos filmes, deve-se:
a) Seguir as recomendações do fabricante com respeito à concentração das soluções, tempo e
peratura, de modo a garantir uma revelação adequada.
b) Monitorar as soluções regularmente e regenerá-las, quando necessário, levando-se em c
onta a quantidade de filmes revelados.
c) Proceder manutenção preventiva periódica nas processadoras automáticas.
d) Manter limpa a câmara escura e assegurar a sua utilização exclusiva para a finalida
de a que se destina.
e) Monitorar rotineiramente a temperatura e umidade da câmara escura.
Controle de Qualidade
4.44 Todo equipamento de raios-x diagnósticos deve ser mantido em condições adequadas
de funcionamento e submetido regularmente a verificações de desempenho. Atenção particul
ar deve ser dada aos equipamentos antigos. Qualquer deterioração na qualidade das ra
diografias deve ser imediatamente investigada e o problema corrigido.
4.45 O controle de qualidade previsto no programa de garantia de qualidade, deve
incluir o seguinte conjunto mínimo de testes de constância, com a seguinte freqüência mín
ima:
a) Testes bianuais:
(I) valores representativos de dose dada aos pacientes em radiografia e CT reali
zadas no serviço;
(II) valores representativos de taxa de dose dada ao paciente em fluoroscopia e
do tempo de exame, ou do produto dose-área.
b) Testes anuais:
(I) exatidão do indicador de tensão do tubo (kVp);
(II) exatidão do tempo de exposição, quando aplicável;
(III) camada semi-redutora;
(IV) alinhamento do eixo central do feixe de raios-x;
(V) rendimento do tubo (mGy / mA min m2);
(VI) linearidade da taxa de kerma no ar com o mAs;
(VII) reprodutibilidade da taxa de kerma no ar;
(VIII) reprodutibilidade do sistema automático de exposição;
(IX) tamanho do ponto focal;
(X) integridade dos acessórios e vestimentas de proteção individual;
(XI) vedação da câmara escura.
c) Testes semestrais
(I) exatidão do sistema de colimação;
(II) resolução de baixo e alto contraste em fluoroscopia;
(III) contato tela-filme;
(IV) alinhamento de grade;
(V) integridade das telas e chassis;
(VI) condições dos negatoscópios;
(VII) índice de rejeição de radiografias (com coleta de dados durante, pelo menos, doi
s meses).
d) Testes semanais:
(I) calibração, constância e uniformidade dos números de CT;
(II) temperatura do sistema de processamento;
(III) Densitometria do sistema de processamento.
4.46 Testes relevantes devem ser realizados sempre que houver indícios de problema
s ou quando houver mudanças, reparos ou ajustes no equipamento de raios-x.
4.47 Para mamografia, os testes relativos ao processamento devem ser realizados
diariamente e os cassetes, limpados semanalmente.
4.48 Em cada equipamento de mamografia, deve ser realizada, mensalmente, uma ava
liação da qualidade de imagem com um fantoma mamográfico equivalente ao adotado pela A
CR. Não devem ser realizadas mamografias em pacientes se o critério mínimo de qualidad
e de imagem não for alcançado. As imagens devem ser arquivadas e mantidas à disposição da
autoridade sanitária local.
4.49 Padrões de desempenho
a) Os níveis de radiação de fuga são definidos a 1 m do foco, fora do feixe primário. Cada
ponto de medida no campo de radiação pode ser dado pelo valor médio obtido em uma área
de medição de 100 cm2, com dimensão linear que não exceda 20 cm.
b) O valor representativo de dose dada aos pacientes pode ser determinado em fan
toma apropriado ou pelo terceiro quartil da distribuição de dose em pacientes, para
cada tipo de exame, ou por outro método apropriado. O Anexo A apresenta os níveis de
referência de radiodiagnóstico para fins de otimização.
c) A taxa de kerma no ar em fluoroscopia deve ser inferior a 50 mGy/min na entra
da da pele do paciente, na menor distância (foco-pele) de operação, exceto durante cin
e ou quando o sistema opcional de "alto nível" estiver ativado. Se o tubo estiver
sob a mesa, as medidas devem ser realizadas a 1 cm sobre a mesa ou berço.
d) O indicador de tensão do tubo deve apresentar um desvio (diferença entre o valor
nominal e o valor medido) no intervalo de tolerância de ± 10% em qualquer corrente d
e tubo selecionada, exceto para equipamentos de mamografia, que devem apresentar
um desvio no intervalo de tolerância de ± 2 kV.
e) O indicador de tempo de exposição deve apresentar desvio (diferença entre o valor n
ominal e o valor medido) no intervalo de tolerância de ± 10% em qualquer tempo de ex
posição selecionado.
f) O valor da camada semi-redutora do feixe útil não deve ser menor que o valor most
rado na Tabela I, para uma dada tensão do tubo e fase, de modo a demonstrar confor
midade com os requisitos de filtração mínima. Valores intermediários podem ser obtidos p
or interpolação.
g) A camada semi-redutora para mamografia (filme/tela) deve estar entre os valor
es medidos de kVp/100 e kVp/100 + 0,1 mm equivalentes de alumínio. A camada semi-r
edutora deve incluir a contribuição da filtração produzida pelo dispositivo de compressão.
h) O eixo central do feixe de raios-x deve apresentar desvio de alinhamento meno
r que 3 graus em relação ao eixo perpendicular ao plano do receptor de imagem.
i) Para uma tensão de tubo de 80 kV, o rendimento de um sistema com gerador trifásic
o ou multipulso com filtração apropriada deve estar no intervalo de 4,8 a 6,4 mGy /
mAminAm2, e para um gerador monofásico com retificação de onda completa, deve estar en
tre 2,4 a 4,8 mGy / mA min m2.
j) Para uma dada tensão do tubo, a taxa de kerma no ar deve ser linear com o produ
to da corrente pelo tempo (mAs) para a faixa de corrente e de tempo utilizados r
otineiramente. O desvio (diferença entre duas taxas de kerma no ar expressas em mG
y/mAs) máximo não deve ultrapassar 20% do valor médio, para todas as combinações de tempo
e corrente comumente utilizadas.
k) Para um dado mAs, a taxa de kerma no ar deve ser reprodutível em ±10%. Isto é, para
um grupo de quatro medidas, a diferença máxima entre duas medidas deve ser menor qu
e 10% do valor médio.
l) A taxa de kerma no ar com sistema automático de exposição deve ser reprodutível em ± 10
%.
m) Para colimadores ajustáveis e com indicação visual do campo, o desalinhamento entre
as bordas do campo visual e do campo de raios-x deve ser menor que 2% da distânci
a foco-filme.
n) Resolução de baixo contraste: saliências ou cavidades cilíndricas de 5 mm de diâmetro (
ou objeto de tamanho equivalente, dependendo do fantoma) devem ser visíveis na ima
gem fluoroscópica quando a atenuação do feixe diferir de 1% ou mais daquela obtida no
meio onde estão situadas.
o) Resolução de alto contraste: saliências ou cavidades cilíndricas de 1 mm de diâmetro (o
u objeto de tamanho equivalente, dependendo do fantoma) devem ser visíveis na imag
em fluoroscópica quando a atenuação do feixe diferir de 10% ou mais daquela obtida no
meio onde estão situadas.
p) Se o sistema de tomografia computadorizada utiliza números de CT expressos em u
nidades de Hounsfield, o
mesmo deve estar calibrado de modo que uma exposição no ar produza um valor médio dos
números de CT de -1000 ± 5 e na água produza um valor médio dos números de CT de 0 ± 5.
q) Os sistemas de radiografia de mama devem ser capazes de identificar a imagem
de uma fibra de 0,75 mm, uma microcalcificação de 0,32 mm e uma massa de 0,75 mm no
fantoma, equivalente ao adotado pelo ACR.
Tabela I. Valores mínimos de camadas semi-redutoras em função da fase e tensão do tubo.
CSR(mm Ai)
KVp monofásico trifásico
70 2.1 2.3
80 2.3 2.6
90 2.5 3.0
100 2.7 3.2
110 3.0 3.5
120 3.2 3.9
130 3.5 4.1
CAPÍTULO 5 - REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA
5.1 Em adição aos requisitos gerais aplicáveis, dispostos nos Capítulos 1, 2 e 3, os est
abelecimentos que empregam os raios-x em odontologia devem obedecer às exigências de
finidas neste Capítulo.
Dos Ambientes
5.2 O equipamento de radiografia intra-oral deve ser instalado em ambiente (cons
ultório ou sala) com dimensões suficientes para permitir à equipe manter-se à distância de
, pelo menos, 2 m do cabeçote e do paciente.
5.3 O equipamento de radiografia extra-oral deve ser instalado em sala específica,
atendendo aos mesmos
requisitos do radiodiagnóstico médico.
5.4 As salas equipadas com aparelhos de raios-x devem dispor de:
a) Sinalização visível nas portas de acesso, contendo o símbolo internacional da radiação i
nizante acompanhado da inscrição: "raios-x, entrada restrita" ou "raios-x, entrada p
roibida a pessoas não autorizadas";
b) Quadro com as seguintes orientações de proteção radiológica, em lugar visível:
(I) "paciente, exija e use corretamente vestimenta plumbífera para sua proteção durant
e exame radiográfico";
(II) "não é permitida a permanência de acompanhantes na sala durante o exame radiológico
, salvo quando
estritamente necessário";
(III) "acompanhante, quando houver necessidade de contenção de paciente, exija e use
corretamente vestimenta plumbífera para sua proteção durante exame radiológico".
5.5 Para cada equipamento de raios-x deve haver uma vestimenta plumbífera que gara
nta a proteção do tronco dos pacientes, incluindo tireóide e gônadas, com pelo menos o e
quivalente a 0,25 mm de chumbo.

5.6 O serviço deve possuir instalações adequadas para revelação dos filmes.
a) A câmara escura deve ser construída de modo a prevenir a formação de véu nos filmes; de
ve ser equipada com lanterna de segurança apropriada ao tipo de filme e possuir um
sistema de exaustão adequado.
b) Para radiografias intra-orais, pode ser permitida a utilização de câmaras portáteis d
e revelação manual, desde que confeccionadas com material opaco.
c) Para revelação manual, deve estar disponível no local um cronômetro, um termômetro e um
a tabela de revelação para garantir o processamento nas condições especificadas pelo fab
ricante.
Dos Equipamentos
5.7 Em adição às características gerais aplicáveis, todo equipamento de raios-x para uso o
dontológico deve atender aos seguintes requisitos:
a) Tensão:
(I) em radiografias intra-orais a tensão no tubo de raios-x deve ser maior ou igua
l a 50 kVp, preferencialmente maior que 60 kVp;
(II) equipamentos para radiografias extra-orais não devem possuir tensão inferior a
60 kVp.
b) Filtração total:
(I) equipamentos com tensão de tubo inferior ou igual a 70 kVp devem possuir uma f
iltração total permanente não inferior ao equivalente a 1,5 mm de alumínio;
(II) equipamentos com tensão de tubo superior a 70 kVp devem possuir uma filtração tot
al permanente não inferior ao equivalente a 2,5 mm de alumínio.
c) Radiação de fuga:
(I) em radiografias intra-orais, o cabeçote deve estar adequadamente blindado de m
odo a garantir um nível mínimo de radiação de fuga, limitada a uma taxa de kerma no ar máx
ima de 0,25 mGy/h a 1 m do ponto focal, quando operado em condições de ensaio de fug
a;
(II) para outros equipamentos emissores de raios-x, os requisitos para radiação de f
uga são os mesmos estabelecidos para radiodiagnóstico médico.
d) Colimação:
(I) todo equipamento de raios-x deve possuir um sistema de colimação para limitar o
campo de raios-x ao mínimo necessário para cobrir a área em exame;
(II) para radiografias intra-orais o diâmetro do campo não deve ser superior a 6 cm
na extremidade de saída do
localizador. Valores entre 4 e 5 cm são permitidas apenas quando houver um sistema
de alinhamento e
posicionamento do filme;
(III) em radiografias extra-orais é obrigatório o uso de colimadores retangulares.
e) Distância foco-pele:
(I) equipamentos para radiografias intra-orais devem possuir um localizador de e
xtremidade de saída aberta para posicionar o feixe e limitar a distância foco-pele;
(II) o localizador deve ser tal que a distância foco-pele seja de, no mínimo, 18 cm
para tensão de tubo menor ou igual a 60 kVp, no mínimo de 20 cm para tensão entre 60 e
70 kVp (inclusive) e, no mínimo, 24 cm para tensão maior que 70 kVp;
(III) o localizador e o diafragma/colimador devem ser construídos de modo que o fe
ixe primário não interaja com a extremidade de saída do localizador.
f) Duração da exposição:
(I) a duração da exposição pode ser indicada em termos de tempo ou em número de pulsos;
(II) o sistema de controle da duração da exposição deve ser do tipo eletrônico e não deve p
rmitir exposição com duração superior a 5 s;
(III) deve haver um sistema para garantir que raios-x não sejam emitidos quando o
indicador de tempo de exposição se encontrar na posição "zero" e o disparador for pressi
onado.
g) O botão disparador deve ser instalado em uma cabine de proteção ou disposto de tal
forma que o operador que o maneje possa ficar a uma distância de, pelo menos, 2 m
do tubo e do paciente durante a exposição.
h) O sistema de suporte do cabeçote deve ser tal que o mesmo permaneça estável durante
a exposição.
Procedimentos de Trabalho
5.8 A fim de reduzir a dose no paciente, devem ser adotados os seguintes procedi
mentos:
a) Exames radiográficos somente devem ser realizados quando, após exame clínico e cuid
adosa consideração das necessidades de saúde geral e dentária do paciente, sejam julgado
s necessários. Deve-se averiguar a existência de exames radiográficos anteriores que t
ornem desnecessário um novo exame.
b) O tempo de exposição deve ser o menor possível, consistente com a obtenção de imagem de
boa qualidade. Isto inclui o uso de receptor de imagem mais sensível que possa fo
rnecer o nível de contraste e detalhe necessários. No caso de radiografias extra-ora
is, deve-se utilizar uma combinação de filme e tela intensificadora com o mesmo critér
io.
c) A repetição de exames deve ser evitada por meio do uso da técnica correta de exposição
e de um processamento confiável e consistente.
d) Para radiografias intra-orais deve-se utilizar, preferencialmente:
(I) a técnica do paralelismo com localizadores longos;
(II) dispositivos de alinhamento (posicionadores);
(III) prendedores de filme e de "bite-wing" de modo a evitar que o paciente tenh
a que segurar o filme.
e) A extremidade do localizador deve ser colocada o mais próximo possível da pele do
paciente para garantir tamanho de campo mínimo.
f) Em radiografias extra-orais deve-se utilizar tamanho de campo menor ou igual
ao tamanho do filme.
g) O operador deve observar e ouvir o paciente durante as exposições.
h) É proibido o uso de sistema de acionamento de disparo com retardo.
i) Uso de vestimenta de proteção individual de modo a proteger a tireóide o tronco e a
s gônadas dos pacientes durante as exposições. Os aventais plumbíferos devem ser acondic
ionados de forma a preservar sua integridade, sobre superfície horizontal ou em su
porte apropriado.
5.9 Proteção do operador e equipe
a) Equipamentos panorâmicos ou cefalométricos devem ser operados dentro de uma cabin
e ou biombo fixo de proteção com visor apropriado ou sistema de televisão.
(I) o visor deve ter, pelo menos, a mesma atenuação calculada para a cabine.
(II) a cabine deve estar posicionada de modo que, durante as exposições, nenhum indi
víduo possa entrar na sala sem o conhecimento do operador;
b) Em exames intra-orais em consultórios, o operador deve manter-se a uma distância
de, pelo menos, 2 metros do tubo e do paciente durante as exposições. Se a carga de
trabalho for superior a 30 min por semana, o operador deve manter-se atrás de uma
barreira protetora com uma espessura de, pelo menos, 0,5 mm equivalentes ao chum
bo,
c) O operador ou qualquer membro da equipe não deve colocar-se na direção do feixe pri
mário, nem segurar o cabeçote ou o localizador durante as exposições.
d) Nenhum elemento da equipe deve segurar o filme durante a exposição.
5.10 Somente o operador e o paciente podem permanecer na sala de exame durante a
s exposições.
a) Caso seja necessária a presença de indivíduos para assistirem uma criança ou um pacie
nte debilitado, elas devem fazer uso de avental plumbífero com, pelo menos, o equi
valente a 0,25 mm Pb e evitar localizar-se na direção do feixe primário.
b) Nenhum indivíduo deve realizar regularmente esta atividade.
5.11 Proteção do público
a) O titular deve demonstrar através de levantamento radiométrico que os níveis de rad
iação produzidos atendem aos requisitos de restrição de dose estabelecidos neste Regulam
ento.
b) O acesso à sala onde exista aparelho de raios-x deve ser limitado durante os ex
ames radiológicos.
c) Uma sala de raios-x não deve ser utilizada simultaneamente para mais que um exa
me radiológico.
5.12 No processamento do filme:
a) Devem ser seguidas as recomendações do fabricante com respeito à concentração da solução
emperatura e tempo de revelação.
(I) deve ser afixada na parede da câmara uma tabela de tempo e temperatura de reve
lação;
(II) deve-se medir a temperatura do revelador antes da revelação.
b) As soluções devem ser regeneradas ou trocadas quando necessário, de acordo com as i
nstruções do fabricante.
c) Não devem ser utilizados filmes ou soluções de processamento com prazo de validade
expirado.
d) Não deve ser realizada qualquer inspeção visual do filme durante os processamentos
manuais.
e) A câmara escura e as cubas de revelação devem ser mantidas limpas.
5.13 Os filmes devem ser armazenados em local protegido do calor, umidade, radiação
e vapores químicos.
Controle de Qualidade
5.14 O controle de qualidade, previsto no programa de garantia de qualidade, dev
e incluir o seguinte conjunto mínimo de testes de constância, com freqüência mínima de doi
s anos:
a) Camada semi-redutora;
b) Tensão de pico;
c) Tamanho de campo;
d) Reprodutibilidade do tempo de exposição ou reprodutibilidade da taxa de kerma no
ar;
e) Linearidade da taxa de kerma no ar com o tempo de exposição;
f) Dose de entrada na pele do paciente;
g) Padrão de imagem radiográfica;
h) Integridade das vestimentas de proteção individual
5.15 Padrões de desempenho
a) Os níveis de radiação de fuga são definidos a 1 m do foco, fora do feixe primário, pelo
valor médio sobre áreas de medição de 100 cm2, com dimensão linear que não exceda 20 cm.
b) O valor da camada semi-redutora do feixe útil não deve ser menor que o valor most
rado na Tabela II para tensão de tubo máxima de operação, de modo a demonstrar conformid
ade com os requisitos de filtração mínima. Valores intermediários podem ser obtidos por
interpolação.
c) A tensão medida no tubo não deve ser inferior a 50 kVp, com uma tolerância de - 3 k
V.
d) O seletor de tempo de exposição deve garantir exposições reprodutíveis de modo que o de
svio (diferença entre duas medidas de tempo de exposição) máximo seja menor ou igual a 1
0% do valor médio, para quatro medidas. Alternativamente, para um dado tempo de ex
posição, a taxa de kerma no ar deve ser reprodutível em 10%.
e) A taxa de kerma no ar deve ser linear com o tempo de exposição. O desvio (diferença
entre duas medidas) máximo não deve ultrapassar ± 20% do valor médio, para os tempos co
mumente utilizados.
f) As doses na entrada na pele dos pacientes em radiografia intra-oral devem ser
inferiores ao nível de referência de radiodiagnóstico apresentados no Anexo A.
Tabela II. Valores mínimos de camadas semi-redutoras em função da tensão de tubo máxima de
operação
kVp
CSR (mm AI)
51 1.2
60 1.3
70 1.5
71 2.1
80 2.3
90 2.5

CAPÍTULO 6 - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS


6.1 A aplicação deste Regulamento implica em reavaliações de instalações, equipamentos, pro
edimentos, qualificação profissional e de práticas. Desta forma, ficam concedidos praz
os diferenciais para o cumprimento dos requisitos discriminados neste Capítulo. As
autoridades sanitárias locais podem reduzir em atos normativos os prazos estabele
cidos.
6.2 As exigências abaixo devem ser atendidas no menor tempo possível, não ultrapassand
o os prazos indicados, contados a partir da data de publicação deste Regulamento.
a) Um ano para que sejam adquiridos apenas equipamentos que atendam aos itens re
lativos a certificação de blindagem do cabeçote e teste de aceitação. Os equipamentos já in
talados devem ser avaliados por um especialista em física de radiodiagnóstico (ou ce
rtificação equivalente) no prazo máximo de três anos.
b) Quatro anos para que as exigências relativas à qualificação profissional sejam cumpri
das.
c) Três anos para implantação do sistema de garantia da qualidade e respectivos assent
amentos.
d) Um ano para que sejam desativados ou substituídos os equipamentos de abreugrafi
a convencional.
e) Cinco anos para substituir os atuais sistemas convencionais de fluoroscopia p
or sistema com intensificador de imagem. A partir da data da publicação deste Regula
mento Técnico somente devem ser instalados equipamentos de fluoroscopia com intens
ificadores de imagem.
f) Um ano para que sejam substituídos ou desativados os sistemas de disparo com re
tardo de raios-x de uso odontológico.
g) Um ano para que sejam substituídos nos equipamentos odontológicos os controladore
s de duração de exposição mecânicos por eletrônicos e com sistema de disparo do tipo "dead-
an".
h) Três anos para atendimento dos requisitos de calibração dos instrumentos de dosimet
ria de feixe e de
monitoração de área.
i) Um ano para que sejam utilizados em radiografias apenas filmes verdes e telas
intensificadoras de terras raras correspondentes, ou outros receptores de image
m com sensibilidade maior ou igual.
6.3 Em casos de relevante interesse de saúde pública, o prazo estabelecido no item 6
.2-e) pode ser dilatado, em ato normativo, a critério da autoridade sanitária local.
6.4 Até que sejam concluídos os estudos de implementação do sistema de calibração em termos
das novas grandezas operacionais no LNMRI-IRD/CNEN, devem ser utilizadas as segu
intes grandezas;
a) Dose individual, para monitoração individual visando a estimativa da dose efetiva
em exposições ocupacionais.
b) Dose de extremidade, para estimativa da dose equivalente nas extremidades em
exposições ocupacionais.
c) Dose externa, para monitoração do ambiente de trabalho e sua circunvizinhança.
Anexo A – níveis de referência de radiodiagnóstico.
TABELA A1. Níveis de referência de radiodiagnóstico por radiografia para paciente adul
to típico
EXAME
DEP (mGy)*
coluna lombar AP 10
LAT 30
JLS 40
abdomen, urografia e colecistografia AP 10
pelve AP 10/TD
bacia AP 10
tórax PA 0.4
LAT 1.5
Coluna torácica AP 7
LAT 2.0
Odontológico Periapical 3.5**
AP 5
Crânio AP 5
LAT 3
Mama*** CC com grade 10
CC sem grade 4
Notas: PA: projeção póstero-anterior; AP: projeção antero-posterior; LAT: projeção lateral;
: projeção crânio-caudal; JLS: junção lombo-sacro.
(*) DEP, dose de entrada da pele. Estes valores são para receptor de imagem de sen
sibilidade média, velocidade relativa de 200. Para combinações filme-tela mais rápidas (
400-600) estes valores devem ser reduzidos por um fator de 2 a 3.
(**) para filme do grupo E.
(***) determinada em uma mama comprimida de 4,5 cm para sistema tela-filme e uma
unidade com anodo e filtração de molibdênio.
TABELA A2. Níveis de referência de radiodiagnóstico em CT para paciente adulto típico
Exame
Dose média em cortes multiplos (mGy)*
Cabeça 50
Coluna lombar 35
Abdômen 25
(*) determinada no eixo de rotação em fantoma de água, comprimento de 15 cm e diâmetro d
e 16 cm para cabeça e 30 cm para coluna e abdômen.
Anexo B – Ficha de Cadastro de Instituição
Com a finalidade de permitir a padronização dos dados cadastrais mínimos e a implement
ação de uma base de dados nacional sobre os serviços de radiodiagnósticos, as autoridade
s sanitárias locais devem providenciar a preparação de fichas cadastrais conforme espe
cificação apresentada neste Anexo.
Anexo B1 - Instituições de Radiodiagnóstico Médico
Campo 1: Tipo de movimentação cadastral - 2 alternativas: cadastro inicial ou alteração
de cadastro
Campo 2: Código da Instituição
Campo 3: Natureza da Instituição (códigos no verso) - 7 alternativas numeradas de 1 a
7
Campo 4: Razão Social
Campo 5: CGC
Campo 6: Nome Fantasia
Campo 7: Setor/Departamento
Campo 8: Endereço (rua, av, número e complemento)
Campo 9: Município
Campo 10: Bairro/Distrito
Campo 11: UF
Campo 12: CEP
Campo 13: DDD/Telefone
Campo 14: FAX
Campo 15: Titular/Proprietário
Campo 16: Provê Dosímetro Individual? - 2 alternativas: sim ou não
Campo 17: Laboratório
Campo 18: Responsável Técnico pelo setor
Campo 19: CPF
Campo 20: CRM
Campo 21: Substituto do responsável técnico
Campo 22: CPF
Campo 23: CRM
Campo 24: Supervisor de proteção radiológica de radiodiagnóstico.
Campo 25: CPF
Campo 26: Formação do SPR (códigos no verso) - 4 alternativas
Campo 27: Tabela de equipamentos e exames com 13 linhas e 8 colunas
Cabeçalho das colunas:
1 - Ref.
2 - Mobilidade do aparelho
3 - Identificação da Sala
4 - Fabricante e modelo
5 - Quantidade de tubos
6 - Exames que realiza (códigos no verso)
7 - Número de exames/mês
8 - Exame mais freqüente
Campo 28: Observações
Campo 29: Local e data
Campo 30: Assinatura do titular/proprietário
Instruções para o preenchimento da ficha de cadastro de instituição (verso da ficha cada
stral)
Campo 1: Assinalar "cadastro inicial" quando se tratar de Instituição nova ou não cada
strada. Assinalar "alteração de cadastro" quando se tratar de mudança de endereço, modif
icação da instalação, aquisição ou modificação de aparelho de raios-x, etc. Neste caso, pre
r a identificação da Instituição e os itens referentes às alterações.
Campo 2: Código de cadastro da Instituição na autoridade sanitária. Não preencher no caso
de cadastro inicial.
Campo 3: Natureza da Instituição. Marque com X até três dos seguintes códigos:
1 - Municipal, 2 - Estadual, 3 - Federal, 4 - Privada, 5 - Universitário / Institu
ição de Pesquisa, 6 - Militar, 7 - Convênio SUS.
Campo 4: Escrever o nome completo da Instituição (razão social). Utilizar uma cópia dest
a ficha para cada unidade (filial) ou setor/departamento da Instituição, se houver.
Campo 5: Escrever o número de registro no CGC.
Campo 6: Escrever o nome Fantasia, quando houver.
Campo 7: Nome completo do Setor/Departamento (Serviço de radiodiagnóstico, Unidade o
u Divisão) da Instituição. Caso não haja identificação para o setor, deixar este campo em b
anco. Caso exista mais de um setor, favor utilizar uma cópia desta ficha para cada
.
Campo 8 a 12: Escrever o endereço completo da Instituição/setor.
Campos 13 e 14: Telefone, ramal e fax.
Campo 15: Nome completo do Responsável Legal pela Instituição (Titular, Diretor ou Pro
prietário).
Campo 16 e 17: Indicar se é realizada Monitoração Individual no pessoal ocupacionalmen
te exposto. Em caso afirmativo, indicar a Entidade/Laboratório prestadora deste se
rviço.
Campo 18: Nome completo do Responsável Técnico pelo setor.
Campo 19: Escrever o CPF do Responsável Técnico.
Campo 20: Escrever o número de registro no CRM do Responsável Técnico.
Campo 21: Se houver, escrever o nome do substituto do responsável técnico.
Campo 22: Escrever o CPF do substituto do responsável técnico.
Campo 23: Escrever o número de registro no CRM do substituto do responsável técnico.
Campo 24: Nome completo do supervisor de proteção radiológica de radiodiagnóstico (SPR).
Campo 25: CPF do SPR.
Campo 26: Marque com um X a formação do SPR (1 - físico, 2 - médico, 3 - engenheiro, 4 -
outro)
Campo 27: Preenchimento da tabela de equipamentos e exames:
Ref.: Número de referência do aparelho. Devem ser cadastrados todos os aparelhos de
raios-x existentes no serviço.
Mobilidade do Aparelho: Indicar com a letra F se o equipamento for Fixo, com M s
e for do tipo móvel/ transportável, com V se o aparelho estiver instalado em veículo.
Identificação da sala: Indicar o número da sala ou outro tipo de identificação onde está lo
alizado o aparelho. Caso haja mais de um aparelho nesta sala, repetir a identifi
cação. Para aparelho móvel, identificar a localização mais freqüente do mesmo.
Fabricante e modelo: Indicar o nome do fabricante (ou marca) e o modelo do apare
lho.
Quantidade de tubos: Indicar a quantidade de tubos de raios-x que o aparelho pos
sui.
Exames que realiza: Utilizando os códigos abaixo, indicar os tipos de exames reali
zados com o aparelho.
Número de exames/mês. Indicar o número de exames radiológicos que são realizados por mês co
o aparelho. Nos casos de grandes variações mensais, indicar o número médio.
Exame mais freqüente: Utilizando os códigos abaixo, indicar o exame mais freqüente rea
lizado com este aparelho.
Campo 28: Observações: Utilizar para informar ou explicar dados cadastrais não incluídos
no formulário e demais observações julgadas necessárias. Por exemplo, aparelho desativa
do; aparelho anteriormente cadastrado e que foi alienado (vendido, cedido, etc.)
.
Campo 29 e 30: Local, data e assinatura: O Titular da instituição deve datar e assin
ar o formulário, responsabilizando-se pelas informações prestadas.
CÓDIGO DE EXAMES
00 - Exames Gerais 01 - Crânio/face 02 -Coluna 03 - Extremidades
04 - Pélvis/bacia 05 - Tórax 05a - Abreugrafia 05b - Planigrafia
06 - Aparelho Digestivo 07 - Aparelho geniturinário 08 - Abdômen
08a - Mamografia 08b - Densitometria óssea 09 - Procedimentos especiais
10 - Neuro-radiologia 12 - Angiografia 13 - Intervencionista
34 - CT 99 -Outros (favor especificar no formulário)

Anexo B2 - Instituições de Radiodiagnóstico Odontológico


Campo 1: Tipo de movimentação cadastral - 2 alternativas: cadastro inicial ou alteração
de cadastro
Campo 2: Código da Instituição
Campo 3: Natureza da Instituição (códigos no verso) - 7 alternativas numeradas
Campo 4: Razão social
Campo 5: CGC/CPF
Campo 6: Nome Fantasia
Campo 7: Setor/Departamento
Campo 8: Endereço (rua, av, número e complemento)
Campo 9: Município
Campo 10: Bairro/Distrito
Campo 11: UF
Campo 12: CEP
Campo 13: DDD/Telefone
Campo 14: FAX
Campo 15: Titular/Proprietário
Campo 16: Provê Dosímetro Individual? - 2 alternativas: sim ou não
Campo 17: Laboratório
Campo 18: Responsável Técnico pelo setor
Campo 19: CPF
Campo 20: CRO
Campo 21: Substituto do responsável técnico
Campo 22: CPF
Campo 23: CRO
Campo 24: Supervisor de proteção radiológica de radiodiagnóstico.
Campo 25: CPF
Campo 26: Tipo de instalação - 2 alternativas: "consultório" ou "clínica radiológica"
Campo 27: Tabela de equipamentos e exames com 7 linhas e 6 colunas
Cabeçalho das colunas:
1 - Ref.
2 - Mobilidade do aparelho
3 - Identificação da Sala
4 - Fabricante e modelo
5 - Exames que realiza (códigos no verso)
6 - Número de filmes por mês
Campo 28: Observações
Campo 29: Local e data
Campo 30: Assinatura do titular/proprietário
Instruções para o preenchimento da ficha de cadastro de instituição (verso da ficha cada
stral)
Campo 1: Assinalar "cadastro inicial" quando se tratar de Instituição nova ou não cada
strada. Assinalar "alteração de cadastro" quando se tratar de mudança de endereço, modif
icação da instalação, aquisição ou modificação de aparelho de raios-x, etc. Neste caso, pre
r a identificação da Instituição e os itens referentes às alterações.
Campo 2: Código de registro da Instituição na autoridade sanitária. Não preencher no caso
de cadastro inicial.
Campo 3: Natureza da Instituição. Marque com X até três dos seguintes códigos:
1 - Municipal, 2 - Estadual, 3 - Federal, 4 - Particular, 5 - Universitário / Inst
ituição de Pesquisa, 6 - Militar, 7 - Convênio SUS.
Campo 4: Escrever o nome completo da Instituição (razão social). Utilizar uma cópia dest
a ficha para cada unidade (filial) ou setor/departamento da Instituição, se houver.
Campo 5: Escrever o número de registro no CGC ou CPF no caso.
Campo 6: Escrever o nome Fantasia, quando houver.
Campo 7: Nome completo do Setor/Departamento (Serviço, Unidade ou Divisão) da Instit
uição. Caso não haja identificação para o setor, deixar este campo em branco. Caso exista
mais de um setor, favor utilizar uma cópia desta ficha para cada.
Campo 8 a 12: Escrever o endereço completo da Instituição/setor.
Campos 13 e 14: Telefone, ramal e fax.
Campo 15: Nome completo do Responsável Legal pela Instituição (Titular, Diretor ou Pro
prietário).
Campo 16 e 17: Indicar se é realizada Monitoração Individual no pessoal ocupacionalmen
te exposto. Em caso afirmativo, indicar a Entidade/Laboratório prestadora deste se
rviço.
Campo 18: Nome completo do Responsável Técnico pelo setor.
Campo 19: Escrever o CPF do Responsável Técnico.
Campo 20: Escrever o número de registro no CRO do Responsável Técnico.
Campo 21: Se houver, escrever o nome do substituto do responsável técnico no setor.
Campo 22: Escrever o CPF do substituto do responsável técnico.
Campo 23: Escrever o número de registro no CRO do substituto do responsável técnico.
Campo 24: Nome completo do supervisor de proteção radiológica de radiodiagnóstico.
Campo 25: CPF do supervisor de proteção radiológica de radiodiagnóstico.
Campo 26: Marque com um X se o serviço é um consultório odontológico ou clínica de radiolo
gia odontológica
Campo 27: Preenchimento da tabela de equipamentos e exames:
Ref.: Número de referência do aparelho. Devem ser cadastrados todos os aparelhos de
raios-x que existem no serviço.
Mobilidade do Aparelho: Indicar com a letra F se o equipamento está instalado como
fixo, caso contrário indicar M, móvel.
Identificação da sala: Indicar o número da sala ou outro tipo de identificação onde está lo
alizado o aparelho. Caso haja mais de um aparelho nesta sala, repetir a identifi
cação. Para aparelho móvel, identificar a localização mais freqüente do mesmo.
Fabricante e modelo: Indicar o nome do fabricante (ou marca) e o modelo do apare
lho.
Exames que realiza: Utilizando os códigos abaixo, indicar os tipos de exames reali
zados com o aparelho.
Número de filmes/mês. Indicar o número de filmes utilizados nos exames radiológicos que
são realizados por mês com o aparelho citado. Nos casos de grandes variações mensais, in
dicar o número médio.
Campo 28: Observações: Utilizar para informar ou explicar dados cadastrais não incluídos
no formulário e demais observações julgadas necessárias. Por exemplo, aparelho desativa
do; aparelho anteriormente cadastrado e que foi alienado (vendido, cedido, etc.)
.
Campo 29 e 30: Local, data e assinatura: O Titular da instituição deve datar e assin
ar o formulário, responsabilizando-se pelas informações prestadas.
Código de Exame
I - Intra-oral
C - Cefalométrico
P - Panorâmico
O - Outros (favor especificar no formulário).
Anexo C - Glossário
(1) Acidente - Qualquer evento não intencional, incluindo erros de operação e falhas d
e equipamento, cujas conseqüências reais ou potenciais são relevantes sob o ponto de v
ista de proteção radiológica.
(2) ACR - "American College of Radiology".
(3) Alvará de funcionamento - Licença ou autorização de funcionamento ou operação do serviç
ornecida pela autoridade sanitária local. Também chamado de licença ou alvará sanitário.
(4) Área controlada - Área sujeita a regras especiais de proteção e segurança com a finali
dade de controlar as exposições normais e evitar exposições não autorizadas ou acidentais.
(5) Área livre - Área isenta de controle especial de proteção radiológica, onde os níveis d
equivalente de dose ambiente devem ser inferiores a 0,5 mSv/ano.
(6) Autoridade competente - Autoridade municipal, estadual ou federal, que dispõe
de poderes legais para decidir sobre alguma matéria tratada neste Regulamento.
(7) Autoridade sanitária - Autoridade competente, no âmbito da área de saúde, com podere
s legais para baixar regulamentos e executar licenciamento e fiscalização, inclusive
na área de segurança e proteção radiológica.
(8) Autorização - Ato administrativo pelo qual a autoridade competente emite documen
to permitindo ao requerente executar uma prática ou qualquer ação especificada no item
"Obrigações Gerais" deste Regulamento.
(9) Blindagem - Barreira protetora. Material ou dispositivo interposto entre uma
fonte de radiação e seres humanos ou meio ambiente com o propósito de segurança e proteção
radiológica.
(10) Camada semi-redutora - CSR - Espessura de um material especificado que, int
roduzido no feixe de raios-x, reduz a taxa de kerma no ar à metade. Nesta definição, c
onsidera-se excluída a contribuição de qualquer radiação espalhada que não estava presente
nicialmente no feixe considerado.
11. Carga de trabalho (semanal) - W - Somatório dos produtos da corrente pelo
tempo (mAs) utilizados na semana. Aproximadamente, o produto do número de radiogra
fias semanais pelo mAs médio utilizado. Para relatórios de levantamento radiométrico e
para planejamento de blindagem, os seguintes valores típicos de carga de trabalho
semanal, podem ser utilizados como orientação para a obtenção de valores realistas.

Equipamento de radiodiagnóstico pacientes por dia W (mA min / sem)


100 kVp 125 kVp 150 kVp
Unidade de radiografia geral 24 320 160 80
Unidade de radiografia de torax 60 160 80 -
Tomógrafo computadorizado 24 - 5000 -
Unidade de fluoroscopia* 24 750 300 -
Unidade de procedimentos especiais 8 700 280 140
Unidade de radiograf. dentária intra-oral 24 4-30 - -
Unidade de radiografia panorâmica 24 200 - -
Mamógrafo (<50 kVp) 24 2000 - -
*para unidades sem intensificador de imagem e para telecomandados, multiplicar p
or 2)
(12) CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear.
(13) Colimador - Dispositivo ou mecanismo utilizado para limitar o campo de radi
ação.
(14) Condições de ensaio de fuga - São definidas pelos parâmetros específicos utilizados p
ara medir radiação de fuga em cabeçotes de equipamentos de raios-x diagnósticos, estabel
ecidos como segue:
(a) para equipamento com energia armazenada em capacitores: tensão máxima (kVp) espe
cificada pelo fabricante e número máximo de exposições especificado pelo fabricante para
1 h com o menor mAs disponível, desde que superior a 10 mAs;
(b) para equipamento com operação pulsada: número máximo de pulsos especificado pelo fab
ricante para 1 h de operação na tensão máxima (kVp);
(c) demais tipos de equipamento: tensão máxima (kVp) especificada e a máxima corrente
contínua de tubo especificada pelo fabricante para a máxima kVp.
(15) CT - Tomografia computadorizada. Produção de imagens tomográficas através de medida
s múltiplas de transmissão de raios-x e processamento computacional.
(16) Detrimento - O dano total esperado para um grupo de indivíduos e seus descend
entes como resultado da exposição deste grupo à radiação ionizante. Determinado pela combi
nação dos danos à saúde (por unidade de dose) compreendidos pela probabilidade condicion
al de indução de câncer letal, câncer não letal, danos hereditários e redução da expectativ
vida.
(17) Dose absorvida - D - Grandeza expressa por D = d /dm, onde d é o valor espera
do da energia depositada pela radiação em um volume elementar de matéria de massa dm.
A unidade SI de dose absorvida é o joule por quilograma, denominada gray (Gy).
(18) Dose - Dose absorvida, dose efetiva, dose equivalente, equivalente de dose,
dependendo do contexto.
(19) Dose coletiva - Expressão da dose efetiva total recebida por uma população ou um
grupo de pessoas, definida como o produto do número de indivíduos expostos a uma fon
te de radiação ionizante pelo valor médio da distribuição de dose efetiva destes indivíduos
A dose coletiva é expressa em sievert-homem (Sv-homem).
(20) Dose de entrada na pele - DEP - Dose absorvida no centro do feixe incidente
na superfície do paciente submetido a um procedimento radiológico. Inclui retro-esp
alhamento.
(21) Dose de extremidade - Grandeza operacional para fins de monitoração individual
de extremidades, obtida em um monitor de extremidade, calibrado em termos de ker
ma no ar, pelo fator f = 1,14 Sv/Gy.
(22) Dose efetiva - E - Média aritmética ponderada das doses equivalentes nos divers
os órgãos. Os fatores de ponderação dos tecidos foram determinados de tal modo que a dos
e efetiva represente o mesmo detrimento de uma exposição uniforme de corpo inteiro.
A unidade de dose efetiva é o joule por quilograma, denominada sievert (Sv). Os fa
tores de ponderação dos tecidos, wT, são apresentados na publicação No 60 da ICRP (1991),
com os seguintes valores: para osso, superfície óssea e pele, 0,01; para bexiga, mam
a, fígado, esôfago, tireóide e restante, 0,05; para medula óssea, cólon, pulmão e estômago,
12; e para gônadas, 0,20.
(23) Dose equivalente - HT - Grandeza expressa por HT = DTwR, onde DT é dose absor
vida média no órgão ou tecido humano e wR é o fator de ponderação da radiação. Para os raio
wR = 1 e a dose equivalente é numericamente igual à dose absorvida. A unidade SI de
dose equivalente é denominada sievert, Sv.
(24) Dose individual - Hx - Grandeza operacional definida pela CNEN para monitor
ação individual externa a feixes de fótons, obtida multiplicando-se o valor determinad
o pelo dosímetro individual utilizado na superfície do tronco do indivíduo, calibrado
em kerma no ar, pelo fator f = 1,14 Sv/Gy.
(25) Dose externa - Grandeza operacional para monitoração de um campo de raios-x, de
finida neste Regulamento como o valor determinado pelo monitor de área calibrado e
m kerma no ar, multiplicado por f = 1,14 Sv/Gy.
(26) Dose média em cortes múltiplos (MSAD - "multiple scan average dose") - Termo em
pregado em tomografia computadorizada e definido como:
onde n é o número total de cortes em uma série clínica, I é o incremento de distância entre
os cortes, e D(z) é a dose na posição z, paralela ao eixo de rotação.
(27) Dosimetria citogenética - Avaliação de dose absorvida através de contagem da freqüênci
de cromossomas discêntricos em cultura de linfócitos do indivíduo irradiado.
(28) Dosímetro individual - Dispositivo usado junto a partes do corpo de um indivídu
o, de acordo com regras específicas, com o objetivo de avaliar a dose efetiva ou a
dose equivalente acumulada em um dado período. Também chamado de monitor individual
(29) Dosímetro padrão - Dosímetro de leitura indireta, mantido fora do alcance da radi
ação produzida no serviço, utilizado como base para correção da radiação de fundo nos dosím
individuais, incluindo qualquer exposição durante o trajeto. Também chamado de dosímetr
o de referência
30) Efeitos determinísticos - São aqueles para os quais existe um limiar de dose nec
essário para sua ocorrência e cuja gravidade aumenta com a dose.
(31) Efeitos estocásticos - São aqueles para os quais não existe um limiar de dose par
a sua ocorrência e cuja probabilidade de ocorrência é uma função da dose. A gravidade dest
es efeitos é independente da dose.
(32) Efeitos indevidos (da radiação) - Efeitos estocásticos e efeitos determinísticos pr
oduzidos pela radiação em decorrência de uma prática autorizada.
(33) Empregador - Pessoa jurídica com reconhecidas responsabilidades e deveres par
a com seu empregado no seu trabalho devido a um contrato de mútuo acordo. Um autônom
o é considerado empregador e empregado.
(34) Equipamentos fixos - Aqueles cujo uso restringe-se a um ambiente exclusivo
de operação.
(35) Equipamentos móveis - Aqueles que podem ser deslocados para diversos ambiente
s, tais como em berçários e unidades de terapia intensiva. Também chamados de equipame
ntos transportáveis.
(36) Equivalente de dose - H - Grandeza definida por H = D Q, onde D é dose absorv
ida em um ponto do tecido humano e Q é o fator de qualidade da radiação. Q=1 para raio
s-x.
(37) Equivalente de dose ambiente (em um ponto de um campo de radiação) - H*(d) - Eq
uivalente de dose que seria produzido por um campo alinhado e expandido em uma e
sfera da ICRU a uma profundidade d, no raio oposto ao sentido do feixe de radiação i
ncidente.
(38) Equivalente de dose pessoal - Hp(d) - Grandeza operacional de monitoração indiv
idual externa definida como o equivalente de dose em um ponto a uma profundidade
d do corpo, no tecido mole.
(39) Especialista em física de radiodiagnóstico - Indivíduo com formação plena de nível sup
rior, com conhecimento, treinamento e experiência comprovada em física das radiações em
medicina e em proteção radiológica nas práticas com raios-x diagnósticos. A habilitação dev
er comprovada mediante certificação emitida por órgãos de reconhecida competência ou coleg
iados profissionais cujos critérios de avaliação estejam homologados pelo Ministério da
Saúde.
(40) Exposição acidental - Exposição involuntária e imprevisível ocorrida em condições de a
te.
(41) Exposição do público - Exposição de membros da população a fontes de radiação ionizant
uindo exposição ocupacional, exposição médica e exposição natural normal devido à radiação
do local. Incluem exposições a fontes e práticas autorizadas, e em situações de intervençã
(42) Exposição médica - Exposição a que são submetidos:
a) pacientes, em decorrência de exames ou tratamentos médicos ou odontológicos;
b) indivíduos não ocupacionalmente expostos que voluntariamente ajudam a confortar o
u conter pacientes durante o procedimento radiológico (acompanhantes, geralmente,
familiares ou amigos próximos);
c) indivíduos voluntários em programas de pesquisa médica ou biomédica e que não proporcio
na qualquer benefício direto aos mesmos.
(43) Exposição normal - Exposição esperada em decorrência de uma prática autorizada, em con
ições normais de operação de uma fonte ou de uma instalação, incluindo os casos de pequenos
possíveis contratempos que podem ser mantidos sob controle.
(44) Exposição ocupacional - Exposição de um indivíduo em decorrência de seu trabalho em pr
cas autorizadas.
(45) Exposição potencial - Exposição cuja ocorrência não pode ser prevista com certeza mas
ue pode resultar de um acidente com uma fonte de radiação ou em conseqüência de um event
o ou uma série de eventos de natureza probabilística.
(46) Fantoma - Objeto físico ou matemático utilizado para reproduzir as característica
s de absorção e espalhamento do corpo ou parte do corpo humano em um campo de radiação.
(47) Fator de ocupação - T - Fator utilizado para redução dos requisitos de blindagem, d
eterminado pela estimativa da fração de ocupação por indivíduos na área em questão, durante
período de operação da instalação. Para fins de orientação: T=1 em áreas controladas, adjac
com permanência constante, recepção; T=1/4 em vestiário, circulação interna; T=1/16 em circ
lação externa, WC, escada, etc.
(48) Fator de Uso - U - Fator que indica a percentagem de carga de trabalho sema
nal para uma determinada direção de feixe primário de raios-x.
49) Feixe primário (de radiação) - Feixe de radiação que passa através da abertura do colim
dor e que é usado para formação da imagem radiográfica.
(50) Filtração total - Filtração permanente dada pela soma da filtração inerente e a filtra
dicional, incluindo o espelho do sistema colimador.
(51) Filtração - Material no feixe primário que absorve preferencialmente a radiação menos
penetrante.
(52) Fiscalização - Verificação, pela autoridade competente, da conformidade com requisi
tos estabelecidos em legislação específica e a adoção de medidas cabíveis para impor o cump
imento destes requisitos.
(53) Fornecedor - Pessoa jurídica com obrigações relativas ao projeto, fabricação, produção
construção de um equipamento ou fonte de radiação ionizante. Um importador de um equipa
mento de raios-x é também um fornecedor.
(54) Garantia de qualidade - Conjunto de ações sistemáticas e planejadas visando garan
tir a confiabilidade adequada quanto ao funcionamento de uma estrutura, sistema,
componentes ou procedimentos, de acordo com um padrão aprovado. Em radiodiagnóstico
, estas ações devem resultar na produção continuada de imagens de alta qualidade com o mín
imo de exposição para os pacientes e operadores. A parte do programa de garantia de
qualidade que consiste do conjunto das operações destinadas a manter ou melhorar a q
ualidade é chamada de controle de qualidade.
(55) Guias operacionais - São expressões da política gerencial dirigidas aos empregado
s (incluindo projetistas de equipamentos e instalações). Eles são geralmente expressos
como doses anuais abaixo das quais a gerência deseja operar. Eles não são limites nem
alvos e devem ser suplementados por um requisito superior de fazer o melhor sem
pre que seja razoavelmente exeqüível.
(56) Grandezas de limitação de dose - Dose efetiva e dose equivalente.
(57) Grandezas operacionais - Grandezas mensuráveis, definidas em um ponto, estabe
lecidas para avaliar as grandezas de limitação de dose.
(58) ICRP - "International Commission on Radiological Protection".
(59) ICRU - "International Commission on Radiological Units and Measurements".
(60) Indivíduo do público - Qualquer membro da população não submetido a exposição ocupacio
ou exposição médica.
(61) Instalação radiológica, ou simplesmente instalação - O equipamento de raios-x, seu pa
inel de controle e demais componentes, o ambiente no qual está instalado, e respec
tivas blindagens.
(62) Instalações móveis - Equipamentos de raios-x montados em veículos automotores.
(63) IRD - Instituto de Radioproteção e Dosimetria.
(64) Kerma - Grandeza definida por k = dEtr/dm, onde dEtr é a energia cinética inici
al de todas partículas carregadas liberadas por partículas ionizantes não carregadas e
m um material de massa dm. A unidade SI é o joule por quilograma, com denominação espe
cial de gray (Gy).
(65) Levantamento radiométrico - Monitoração de área.
(66) Licença - Documento no qual a autoridade sanitária autoriza o requerente a exec
utar determinada prática sob condições estabelecidas em leis e regulamentos, bem como
condições especificadas na própria Licença.
(68) Licenciamento - Operação administrativa de autorização para execução de uma prática on
a pessoa jurídica responsável pela mesma comprova e se submete a avaliação dos requisito
s estabelecidos pela autoridade sanitária.
(69) Limites de dose individual, limites de dose ou simplesmente limites - São val
ores estabelecidos para exposição ocupacional e exposição do público, de modo que uma expo
sição continuada pouco acima do limite de dose resultaria em um risco adicional que
poderia ser considerado inaceitável em circunstâncias normais. Os limites constituem
parte integrante dos princípios básicos de proteção radiológica para práticas autorizadas.
(70) LNMRI - Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes do IRD/CNEN,
por delegação do INMETRO.
(71) Memorial descritivo de proteção radiológica - Descrição do serviço e suas instalações,
rograma de proteção radiológica, da garantia de qualidade, incluindo relatórios de aceit
ação da instalação.
(72) Modificação - Qualquer alteração de estrutura, sistema ou componente que envolva a
segurança e a proteção radiológica em uma instalação radiológica, para a qual a autoridade
itária local já tenha concedido qualquer autorização.
(73) Monitoração - Medição de dose para fins de controle da exposição à radiação, e a inter
s resultados. Pode ser classificada em monitoração individual e monitoração de área.
(74) Monitoração individual (externa) - Monitoração por meio de dosímetros individuais col
ocados sobre o corpo do indivíduo para fins de controle das exposições ocupacionais. A
monitoração individual tem a função primária de avaliar a dose no indivíduo monitorado. É
bém, um mecanismo efetivo para detectar flutuações das condições de trabalho e para fornec
er dados úteis para o programa de otimização.
(75) Monitoração de área - Levantamento radiométrico. Avaliação dos níveis de radiação nas
uma instalação. Os resultados devem ser expressos para as condições de carga de trabalho
máxima semanal.
(76) Níveis de investigação - Valores estabelecidos pelo titular que, se excedidos, de
manda-se uma investigação local.
(77) Níveis de referência de radiodiagnóstico - Valores de uma grandeza específica na prát
ica de radiodiagnóstico para exames típicos em grupos de pacientes típicos. Estes níveis
não devem ser ultrapassados nos procedimentos habituais quando são aplicadas as boa
s práticas correntes relativas ao diagnóstico. Estes níveis são uma forma de nível de inve
stigação e devem ser relativos apenas a tipos comuns de exames diagnósticos e a tipos
de equipamentos amplamente definidos. Os níveis não foram planejados para serem util
izados de maneira exata e uma multiplicidade de níveis reduziriam sua utilidade.
(78) Nível de registro - Valor de dose obtido em um programa de monitoração, com signi
ficância suficiente acima do qual justifica-se o seu assentamento. Estabelecido pe
lo titular da instalação e/ou autoridade nacional e aplica-se principalmente à exposição o
cupacional com particular referência à monitoração de indivíduos e dos locais de trabalho.
(79) Números de CT - Conjunto de números definidos em uma escala linear, relacionado
s ao coeficiente de atenuação linear e calculados pelo tomógrafo computadorizado. Os núm
eros de CT variam de -1000 para o ar até +1000 para o osso, com valor zero para a ág
ua, em unidades "Hounsfield".
(80) OMS - Organização Mundial da Saúde.
(81) Operador - Profissional treinado e autorizado a operar equipamentos de raio
s-x.
(82) Paciente adulto típico (para fins de avaliação de exposição médica em adulto) - Indiví
com característica biométrica típica de adulto, com peso entre 60 e 75 kg e altura en
tre 1,60 e 1,75 m.
(83) Painel de controle - Componente do equipamento de raios-x onde estão montados
o botão disparador e demais dispositivos necessários para selecionar os fatores de
técnica antes de iniciar uma exposição.
(84) PMMA - Polimetil-meta-acrilato, comercializado como plexiglass, acrílico e lu
cite.
(85) Prática - Qualquer atividade humana que implique ou possa potencialmente impl
icar em exposições de pessoas à radiação ionizante.
(86) Procedimento radiológico - Exame de radiodiagnóstico ou utilização intervencionista
dos raios-x diagnósticos.
(87) Proteção radiológica - Conjunto de medidas que visam proteger o homem, seus desce
ndentes e seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação
ionizante. Também chamada de radioproteção.
(88) Radiação ionizante, ou simplesmente radiação - para fins de proteção radiológica, qual
r partícula ou radiação eletromagnética que, ao interagir com a matéria biológica, ioniza s
us átomos ou moléculas.
(89) Radiação de fuga - Radiação que consegue atravessar o cabeçote e/ou sistema de colimaç
não pertencente ao feixe primário. Também chamada radiação de vazamento
(90) Radiodiagnóstico - Prática com utilização de raios-x diagnósticos.
(91) Raios-x diagnósticos - Fótons obtidos em tubos de até 150 kVp, utilizados para im
pressionar um receptor de imagem, com fins de diagnóstico ou para orientar procedi
mentos médicos invasivos (ou intervencionistas).
(92) Receptor de imagem - Um sistema que transforma os fótons de raios-x que passa
m através do paciente em uma imagem visível ou outra forma que pode tornar-se visível
por transformações adicionais. Exemplos: sistema filme-tela, sistema intensificador
de imagem, detetor de estado sólido em CT.
(93) Registro - Ato pelo qual o Ministério da Saúde autoriza a fabricação, a comercializ
ação e uso/consumo de produtos de interesse à saúde. Esta exigência aplica-se também a prod
tos importados.
(94) Responsáveis principais - Empregadores e titulares.
(95) Responsável legal - Indivíduo responsável perante a justiça por um estabelecimento.
Este indivíduo é geralmente o diretor ou o proprietário, quando não existe diretoria.
(96) Responsável técnico ou RT - Médico ou odontólogo que atende aos requisitos de quali
ficação profissional estabelecidos neste Regulamento e que assina o termo de respons
abilidade técnica perante a autoridade sanitária local.
(97) Restrição de dose - Restrição prospectiva nas doses individuais relacionadas a uma
determinada fonte de radiação ionizante, destinada a ser usada como uma fronteira na
etapa de planejamento de proteção radiológica para limitar a gama de opções consideradas
no processo de otimização. Estabelecida por autoridade nacional, aplica-se às exposições o
cupacionais e do público e a voluntários em pesquisa biomédica e em assistência não ocupac
ional a pacientes. No caso de exposições médicas de pacientes, pode ser interpretada c
omo o nível de referência de diagnóstico.
(98) Serviço de radiodiagnóstico, ou simplesmente serviço - Estabelecimento, ou um set
or definido do estabelecimento ou instituição, onde se realizam procedimentos radiológ
icos médicos ou odontológicos. Nesta definição estão incluídos os consultórios odontológico
equipamento de raios-x diagnósticos.
(99) Símbolo internacional da radiação ionizante - Símbolo utilizado internacionalmente
para indicar a presença de radiação ionizante. Deve ser acompanhado de um texto descre
vendo o emprego da radiação ionizante.
(100) Supervisor de proteção radiológica em radiodiagnóstico ou SPR - Indivíduo com formaçã
lena de nível superior, com conhecimento, treinamento e experiência comprovada em físi
ca das radiações e proteção radiológica na área de radiodiagnóstico, designado pelo titular
um serviço para assumir as tarefas estabelecidas neste Regulamento
(101) Termo de proteção radiológica - Documento assinado pelo supervisor de proteção radio
lógica em radiodiagnóstico assumindo, perante a autoridade sanitária local, as suas re
sponsabilidades conforme estabelecido neste Regulamento.
(102) Termo de responsabilidade primária - Declaração do titular do serviço listando sua
s responsabilidades, para fins de licenciamento.
(103) Termo de responsabilidade técnica - Documento assinado pelo responsável técnico
assumindo, perante a autoridade sanitária local, as sua responsabilidades conforme
estabelecido neste Regulamento.
(104) Teste de aceitação (do equipamento) - Um conjunto de medidas e verificações, reali
zadas após a montagem do equipamento na sala, para atestar a conformidade com as c
aracterísticas de projeto e de desempenho declarados pelo fabricante e com os requ
isitos deste Regulamento. Deve confirmar que quando operado como desejado, a ima
gem é obtida com a qualidade requerida e a menor dose para o paciente.
(105) Teste de constância - Avaliação rotineira dos parâmetros técnicos e de desempenho de
instrumentos e equipamentos da instalação.
(106) Teste de desempenho - Um conjunto de medidas e verificações para atestar confo
rmidade com os padrões de desempenho.
(107) Titular - Responsável legal pelo estabelecimento para o qual foi outorgada u
ma licença ou outro tipo de autorização.
(108) Vestimenta de Proteção Individual - Aventais, luvas, óculos e outras blindagens
de contato utilizadas para a proteção de pacientes, de acompanhantes autorizados ou
de profissionais durante as exposições.
RESUMO DA PORTARIA 453
Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária n.° 453, de 1 ° de junho de 1998
DIRETRIZES DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO E ODONTOLÓGICO
CAPÍTULO 4 - REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO
4.1 Em adição aos requisitos gerais aplicáveis, dispostos nos Capítulos 1, 2 e 3, os ser
viços de radiodiagnóstico médico devem obedecer às exigéncias definidas neste Capítulo.
Dos ambientes
4.2 Os ambientes do estabelecimento de saúde que emprega os raios-x diagnósticos dev
em estar em conformidade com as normas estabelecidas pelo Ministérío da Saúde para Pro
jetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Portaria 1884 de 11/11/94,
ou a que vier substituí-la.
4.3 As salas de ralos-x devem dispor de:
a ) Paredes, piso, teto e portas com blindagem que proporcione proteção radiológica às áre
as adjacentes, de acordo com os requisitos de otimização, observando-se os níveis de r
estrição de dose estabelecidos neste Regulamento. Deve-se observar, ainda:
(I) as blindagens devem ser contínuas e sem falhas:
(II) a blindagem das paredes pode ser reduzida acima de 210 cm do piso, desde qu
e devidamente justificado;
(III) particular atenção deve ser dada à blindagem da parede com "bucky" mural para ex
ame de tórax e às áreas atingidas pelo feixe primaio de radiação:
(IV)toda superfície de chumbo deve estar coberta com revestimento protetor como la
mbris, pintura ou outro material adequado
b) Cabine de comando com dimensões e blindagem que proporcione atenuação suficiente pa
ra garantir a proteção do operador. Deve-se observar ainda os seguintes requisitos:
c) Sinalização visível na face exterior das portas de acesso, contendo o símbolo interna
cional da radiação ionizante acompanhado das inscrições: "raios-x, entrada restrita” ou "r
aios-x, entrada proibida a pessoas não autorizadas".
d) Sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso, acompanha
da do seguinte aviso de advertência "Quando a luz vermelha estiver acesa, a entrad
a é proibida". A sinalização luminosa deve ser acionada durante os procedimentos radio
lógicos indicando que o gerador está ligado e que pode haver exposição. Alternativamente
, pode ser adotado um sistema de acionamento auto da sinalização luminosa, dìretament
e conectado ao mecanismo de disparo dos raios-x.
e) Quadro com as seguintes orientações de proteção radiológica, em lugar visível:
(I) "Não é permitida a permanência de acompanhantes na sala durante o exame radiológico,
salvo quando estritamente necessário e autorizado”;
(II) "Acompanhante, quando houver necessidade de contenção de paciente, exija e use
corretamente vestimenta plumbífera para sua proteção”.
f) Quadro no interior da sala, em lugar e tamanho visível ao paciente, com o segui
nte aviso: "Nesta sala somente pode permanecer um paciente de cada vez".
g) Vestimentas de proteção individual para pacientes, equipe e acompanhantes, e todo
s acessórios necessários aos procedimentos previstos para a sala, conforme estabelec
ido neste Regulamento. Deve haver suportes apropriados para sustentar os aventai
s plumbíferos de modo a preservar a sua integridade.
4.4 Junto ao painel de controle de cada equipamento de raios-x deve ser mantido
um protocolo de técnicas radiográficas (tabela de exposição) especificando, para cada ex
ame realizado no equipamento, as seguintes informações:
a) Tipo de exame (espessura e partes anatômica, do paciente) e respectivos fatores
de técnica radiográfica.
b) Quando aplicável, parâmetros para o controle automático de exposição.
Portaria 453
Um documento de âmbito nacional.
Mostraremos neste site o resumo de um documento que define os procedimentos lega
is para as instituições e profissionais que trabalham com radiologia.
Em julho de 1998 foi emitida a Portaria N. 453 pelo Ministério da Saúde aprovando o
Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiod
iagnóstico médico e odontológico e dispondo sobre o uso dos raios-X diagnósticos em todo
território nacional. Antes desse documento, o controle centralizado pelo governo
federal era problemático. Por essa Portaria, os órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados
, do Distrito Federal e dos Municípios, coordenados pela Secretaria de Vigilância Sa
nitária do Min. da Saúde, passam a adotar as medidas cabíveis para assegurar o cumprim
ento do Regulamento.
O Documento define os princípios básicos da proteção radiológica, ou seja, o de justificaçã
a prática com raios-X, o de otimização e o de limitação de doses individuais. Atribui as r
esponsabilidades básicas para os trabalhadores e empregadores sob os aspectos de l
icenciamento de instalações, a segurança e proteção dos pacientes, o bom funcionamento dos
aparelhos de raios-X através de controles de qualidade e de levantamentos radiométr
icos, a padronização dos procedimentos de exame e de processamento de imagens, o tre
inamento e reciclagem dos técnicos e o controle periódico de doses recebidas pelos p
rofissionais por meio de sistemas de dosimetria pessoal.
Algumas exigências de segurança são impostas nos seguintes casos:
Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez devem informar ao médico ou ao técnico a
ntes do exame. Coletes ou aventais protetores para raios-X devem ser usados em p
acientes cobrindo zonas de seu corpo que não serão irradiadas. Pacientes que precisa
m ser assistidos porque são crianças ou deficientes, não deverão ser seguros pelos técnico
s, mas por acompanhantes, com exceção de mulheres grávidas. Limites de dose são estipula
dos para os técnicos visando que durante seu trabalho com raios-X estes não sejam ir
radiados em níveis maiores que os estipulados por regulamentos internacionais. A p
ermanência de pessoas estranhas nas salas de exame deve ser proibida, ficando apen
as o paciente submetido à radiação. O técnico ficará numa cabine de comando protegida para
raios-X ou mesmo fora da sala de exame. Não serão permitidas radiografias com as po
rtas da sala abertas, devendo haver um inter-travamento que inibe a operação do apar
elho se a porta da sala não for completamente fechada. Em alguns casos, não há inter-t
ravamento, mas uma lâmpada vermelha será acesa durante a operação do aparelho de raios-X
. As paredes e portas da sala de raios-X deverão ser construídas de maneira a serem
blindadas para a radiação gerada pela máxima potência do aparelho. As portas das salas d
e raios-X deverão ter sinalização com adesivos de “Perigo Raios-X” com o respectivo símbolo
internacional.
O controle de qualidade. Todo equipamento de raios-X diagnósticos deve ser mantido
em condições adequadas de funcionamento e submetido regularmente a verificações de dese
mpenho. O controle de qualidade deve incluir testes periódicos, anuais, bianuais,
semestrais e semanais com relação à exatidão de voltagem, corrente, tempo de exposição, int
gridade do tubo de raios-X, fuga de radiação do cabeçote, tamanho do campo de radiação, fi
ltração do feixe primário e outros parâmetros.
O levantamento radiométrico. Os níveis de radiação dos cômodos anexos à sala de exame devem
ser mantidos abaixo de valores limitados pelo regulamento e um levantamento radi
ométrico feito com instrumento de medida de alta precisão revela estes níveis quando o
aparelho de raios-X é acionado. Este levantamento deve ser repetido a cada 4 anos
ou quando a carga de trabalho da sala for aumentada com novos procedimentos ou
quando for feita alguma obra de modificação das dimensões da sala ou dos parâmetros do a
parelho. O responsável pela instalação deve demonstrar, através do levantamento radiométri
co, que os níveis de radiação produzidos atendem aos requisitos de restrição de dose estab
elecidos neste Regulamento.
Uso de dosímetros pessoais. Todos os técnicos ou trabalhadores que freqüentam constant
emente ou eventualmente as salas de exame devem usar dosímetros (detectores de rad
iação) na posição superior do tórax para radiologia convencional ou de extremidade (pulsei
ras, anéis) para trabalhos com fluoroscopia e hemodinâmica em que o profissional fic
a em contato permanente com o paciente para chegar a um diagnóstico pesquisado dur
ante o procedimento de exame. Mensalmente estes dosímetros devem ser analisados em
laboratório credenciado e devem ser apresentados relatórios de dose ao responsável pe
lo serviço de radiologia a fim de que a dose acumulada de radiação não seja ultrapassada
.
A Portaria N. 453 é extensa e exaustiva, cobrindo todos os pontos da atividade em
radiologia diagnóstica e o texto completo seria pouco útil se fosse reproduzido nest
e site. Toda instalação de radiologia é obrigada a ter esse texto em seus arquivos par
a eventual consulta.
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
6. Radiologia Médica
6.1.
6.2.
6.3. Instalações
6.4. Funcionamento
6.5. Plano de Radioproteção
6.6. Programa de Garantia de Qualidade
6.1. Para efeito desta Norma Técnica os serviços de radiologia médica, serão classificad
os.como:
a) Serviços de Pequeno Porte - são aqueles que possuem equipamentos fixos ou móveis co
m corrente elétrica menor ou igual a 100mA, que podem executar somente exames de e
xtremidades em urgências ou emergências ou exames em leitos em UTIs e/ou centros cirúr
gicos; incluem-se nesta classificação os serviços que realizam mamografia, exclusivame
nte.
b) Serviços de Médio Porte - são aqueles que possuem equipamentos com mesa "bucky" e c
om corrente elétrica entre 100 e 299mA e realizam quaisquer exames radiológicos não co
ntrastados;
c) Serviços de Grande Porte - são aqueles com equipamentos de corrente elétrica maior
ou igual a 300mA, podendo possuir mesa "bucky", seriógrafo, "bucky" mural, tomógrafo
linear, tomógrafo computadorizado, angiógrafo, craniógrafo ou outro equipamento espec
ializado; esses serviços podem realizar além dos exames radiológicos gerais, exames pe
diátricos de rotina ou urgentes, exames contrastados, exames especializados como a
ngiografia digital.
6.2. Os equipamentos de radiodiagnóstico, para efeito desta Norma Técnica serão classi
ficados como:
a) Equipamentos fixos – são aqueles cujo uso restringe-se a um ambiente exclusivo de
operação, incluem-se nesta classificação equipamentos fabricados para serem utilizados
como portáveis que são, na prática mantidos sempre na mesmo ambiente.
b) Equipamentos móveis – são aqueles usados em diversos ambientes tais como leitos, ce
ntros cirúrgicos e UTIs.
c) Unidades móveis – são equipamentos fixos ou móveis, montados em veículos automotores.
6.3.Instalações
6.3.1 Das dependências
6.3.1.1. Todo serviço de radiologia médica deverá conter uma sala para recepção de pacient
es com área adequada ao movimento do serviço.
6.3.1.2. As salas de1 raios X deverão ter área mínima de 15 m2 (quinze metros quadrado
s).
6.3.1.3. As salas em que estiverem instalados equipamentos de abreugrafia ou de
mamografia poderão ter área mínima de 6 m2 (seis metros quadrados).
6.3.1.4. A câmara escura, quando exigida pelo processo de revelação, deverá ter área mínima
de 5 m2 (cinco metros quadrados) e estar dotada de sistema de exaustão de gases e
vapores.
6.3.1.5 Na porta das salas de raios X deverá ser afixado o símbolo internacional da
presença de radiação ionizante e aviso de acesso restrito.
6.3.1.6 As portas de acesso à sala de raios X deverão ser providas de lâmpadas indicad
oras do acionamento do feixe.
6.3.1.7. A sala de raios X deverá possuir apenas móveis e equipamentos indispensáveis,
devendo os mesmos ser, preferencialmente, constituídos de material de número anatômic
o baixo.
6.3.1.8. Dois equipamentos de raios X só poderão ser instalados na mesma sala se tiv
erem comando único ou dispositivo comutador, de modo que não seja possível o acionamen
to simultâneo dos mesmos.
6.3.2. Os serviços de radiologia médica deverão possuir declaração da empresa responsável p
la instalação (ou assistência técnica) do equipamento de raios X que ateste o cumpriment
o da Norma Brasileira sobre riscos elétricos (NB3 da ABNT, ou outra que venha subs
tituíla).
6.3.3. Dos acessórios pumblíferos.
6.3.3.1. Os serviços de radiologia médica deverão possuir número suficiente de aventais
plumbíferos para realização simultânea de exames em todas as suas salas.
6.3.3.2. Os serviços de grande porte deverão possuir também luvas plumbíferas e protetor
es para gônadas, tireóide e olhos.
6.3.3.3. Os aventais deverão ser acondicionados de forma a preservar sua integrida
de, mantidos sobre superfície horizontal ou em cabides apropriados.
6.3.4. Da radiação de fuga do equipamento.
6.3.4.1. Os equipamentos de raios X deverão ter blindagem no cabeçote tal que o "ker
ma" no ar da radiação de fuga ou vazamento do conjunto emissor de radiação X, a um metro
do ponto focal, em qualquer ponto em torno do envoltório protetor, não ultrapasse 1
mGv / h ( um miligrav em uma hora).
6.3.4.2. A conformidade a este ítem deverá ser atestada por profissional capacitado,
através de laudo assinado que descreva as medidas efetuadas sobre uma área de 100 c
m2 (cem centímetros quadrados) da qual nenhuma dimensão linear exceda 20 cm (vinte c
entímetros), quando operando em tensão nominal do tubo de raios X, sob condições de apli
cação de carga que corresponde à energia máxima aplicada em meia hora.
6.3.4.3. Os equipamentos novos deverão sair de fábrica com essas medidas atestadas.
6.3.4.4. Toda vez que o tubo de raios X for substituído e/ou a blindagem do cabeçote
for modificada, a conformidade ao descrito no caput deste item deverá ser novamen
te, atestada, como descrito nos itens anteriores.
6.3.5. Do nível radiométrico nas vizinhanças da sala de exames.
6.3.5.1. O levantamento radiométrico deverá apresentar os valores de nível radiométrico
encontrados em todas as vizinhanças da sala, atrás do biombo do operador e atrás do vi
sor plumbífero, de acordo com regulamentação específica.
6.3.5.2. Os resultados de levantamento radiométrico deverão ser apresentados sob for
ma de laudo, assinado por físico com especialização em proteção radiológica, ou por supervi
or credenciado pela CNEN, como definido nesta Norma Técnica.
6.3.5.3. Os laudos de levantamentos radiométricos terão validade por 5 anos, contado
s a partir da data de sua emissão.
6.3.6. Da filtração do feixe de raios X.
6.3.6.1. Para emissores com tensão nominal inferior ou igual 70 kV, o filtro total
mínimo deverá ter espessura de material tal que a atenuação seja equivalente a 1,5 mm d
e alumínio.
6.3.6.2. Para emissores com tensão nominal superior a 70 kV, o filtro total mínimo d
everá ter espessura de material tal que a atenuação seja equivalente a 2,5 mm de alumíni
o.
6.3.6.3. Para mamógrafos com alvo de molibdênio, o filtro deverá ser de 0,5 mm de alumín
io ou de 0,03 mm de molibdênio.
6.3.7. Da localização do comando do equipamento de raios X.
6.3.7.1. Quando a mesa de comando do aparelho de raios X fixo, de tensão nominal i
gual ou inferior a 125 kV, estiver situada dentro da sala de raios X, deverá haver
um biombo protetor fixo para o operador provido de visor fixo de vidro plumbífero
, ou outro sistema de visualização do paciente, que permita ao técnico, na posição de disp
aro, visualizar o paciente e, que garanta a manutenção dos limites de dose previstos
nesta Norma Técnica.
6.3.7.2. Quando o aparelho de raios X tiver tensão nominal superior a 125 kV, o co
mando deverá estar instalado em cabina fechada com paredes e teto tais que os limi
tes de dose equivalente previstos nesta Norma Técnica sejam garantidos no seu inte
rior.
6.3.8. Da colimação do feixe de raios X.
6.3.8.1. Os equipamentos de raios X fixos e móveis deverão estar equipados com diafr
agma regulável e feixe luminoso para colimação do campo de irradiação.
6.3.8.2. Equipamentos que operam com distância foco-filme fixa, poderão ser usados c
om colimadores cilíndricos ou cônicos convencionais, desde que seja possível a variação do
tamanho do campo irradiado.
6.3.9. Os equipamentos de raios X usados em fluoroscoscopia deverão ser providos d
e:
a) dispositivos sonoros que alertem sobre o funcionamento contínuo após o término de i
ntervalo de tempo preestabelecido.
b) diafragma regulável.
c) saiote inferior e/ou lateral para a proteção do operador;
d) vidro plumbífero íntegro sobre a tela fluorescente;
e) indicação no painel de que está havendo emissão de radiação.
6.3.10. Das unidades móveis.
6.3.10.1. As unidades móveis (equipamentos de raios X montados em veículos automotor
es) deverão possuir blindagem suficiente para garantir os limites de dose estabele
cidos nesta Norma Técnica.
6.3.10.2. As unidades móveis deverão possuir dispositivo de segurança que não permita o
funcionamento do aparelho de raios x com as por abertas.
6.3.10.3. As portas das unidades móveis deverão ser sinalizadas com o símbolo da prese
nça de radiação e indicação de acesso restrito.
6.3.11. Todos os equipamentos de abreugrafia convencionais deverão ser substituídos
por equipamentos de telerradiografia.
6.4 Funcionamento.
6.4.1. Os estabelecimentos que prestam serviços de radiologia médica só poderão operar c
om alvará de funcionamento, fornecido pela autoridade sanitária competente, para cad
a equipamento emissor de radiação ionizante.
6.4.2. Os serviços de radiologia médica deverão ser mantidos em perfeitas condições de ord
em e higiene.
6.4.3. Da responsabilidade técnica.
6.4.3.1. Os serviços de radiologia médica deverão estar sob a responsabilida
de técnica de médico legalmente habilitado, com termo de responsabilidade assinado j
unto à autoridade sanitária competente.
6.4.3.2. Nos serviços de pequeno porte o responsável técnico poderá ser um médico generali
sta, desde que aprovado em curso de radioproteção ministrado por entidades da especi
alidade ou por instituições universitárias.
6.4.3.3. Nos serviços de médio e grande porte o responsável deverá ser médico radiologista
com título de especialista em radiologia pelo CBR.
6.4.3.4. Os serviços de radiologia médica deverão ter seus equipamentos de raios X ope
rados exclusivamente por profissional legalmente habilitado e durante a permanênci
a do responsável pela radioproteção.
6.4.4. Da responsabilidade pela radioproteção.
6.4.4.1. Nos serviços de grande porte onde forem realizados exames de hemodinâmica e
de angiografia digital, o responsável pela radioproteção deverá ser um físico com título d
especialista em radiodiagnóstico pela ABFM, ou supervisor credenciado pela CNEN,
como definido nesta Norma técnica.
6.4.4.2. Nos outros serviços o responsável técnico poderá ser o responsável pela radioprot
eção desde que tenha sido aprovado em curso de radioproteção ministrado por entidades da
especialidade ou por instituições universitárias.
6.4.5. Nos serviços de radiologia médica deverão ser afixados, em cada sala, avisos ao
público sobre:
a) os exames ali realizados;
b) a necessidade da utilização do avental de chumbo pelo acompanhante,
quando for necessária sua permanência na sala de exames;
c) a necessidade do uso de protetores plumbíferos pelo paciente em determinados ti
pos de exame.
6.4.6. Equipamentos com corrente elétrica inferior a 300mA não poderão ser usados em e
xames constratados, exames especializados ou exames pediátricos, exceção feita a exame
s de extremidades em situações de emergência.
6.4.7. Serviços que realizam exames contrastados do aparelho digestivo deverão obrig
atoriamente possuir seriógrafo.
6.4.8. Radiografias que requeiram incidência do feixe útil próxima às regiões mais sensívei
à radiação ionizante como tireóide, gônadas e olhos, deverão ser realizadas com proteção p
ra especial, desde que não interfiram no resultado do exame.
6.4.9. Será proibido o uso de radioscopia para a localização de campos a serem radiogr
afados, com exceção para alguns exames especiais, como os exames contrastados do apa
relho digestivo e outros, a critério exclusivo do responsável técnico.
6.4.10. Da permanência na sala de raios X.
6.4.10.1. Durante a realização de exames radiológicos só poderão ficar na sala o paciente,
o médico e/ou o técnico.
6.4.10.2. Excepcionalmente, a permanência de uma terceira pessoa poderá ser requerid
a para segurar o paciente; nesses casos, quando possível, a tarefa deverá ser atribuíd
a ao acompanhante, desde que devidamente protegido com luvas e avental plumbíferos
.
6.4.11. Todos os serviços de radiologia médica deverão empregar filmes verdes e "écran"
de terras raras, ou outros que impliquem menor dose ao paciente, para os procedi
mentos radiográficos. Os equipamentos de mamografia deverão usar "écran minR" e ‘filme m
inR’.
6.5. Plano de radiação.
6.5.1. O Plano de Radioproteção de um serviço de radiologia médica deverá conter:
a) croquis da sala de exames em escala 1:50 com a localização de portas, janelas, mo
biliário e equipamentos de raios X e com identificação das vizinhanças laterais, superio
r e inferior;
b) croquis de veículo para o caso de unidades móveis;
c) descrição do tipo de ocupação das seis ou mais vizinhanças da sala;
d) descrição técnica da natureza e espessura dos materiais usados nas paredes, piso, t
eto, portas e janelas, bem como dos revestimentos usados;
e) descrição técnica dos equipamentos de raios X: tensão e corrente elétrica máximas, filtr
s, colimadores e disparadores;
f) descrição do dispositivo de segurança que interrompe o feixe quando se abre a porta
, para unidades móveis e serviços de hemodinâmica;
g) descrição técnica dos equipamentos de proteção individual: aventais, luvas, protetores
e biombos plumbíferos;
h) descrição sumária das técnicas de exames mais freqüentes e previsão do número mensal de
mes;
i) lista dos trabalhadores ocupacionalmente expostos, com suas funções, qualificações e
treinamentos especificados;
j) cópia das instruções a serem fornecidas, por escrito, aos trabalhadores ocupaciona
lmente expostos, visando a execução das atividades em condições de segurança;
l) resultados de levantamento radiométrico, como descrito nesta Norma Técnica;
m) resultados das medidas de radiação de fuga ou vazamento, como descrito nesta Norm
a Técnica.
6.6. Programa de Garantia de Qualidade
6.6.1. O Programa de Garantia de Qualidade em radiologia médica visa a obtenção de ima
gens de boa qualidade que permitam diagnóstico correto, com redução da dose ao pacient
e e diminuição do custo, devido principalmente à repetição de exames.
6.6.2. O Programa de Garantia de Qualidade em radiologia médica deverá compreender a
execução do controle de qualidade dos equipamentos de raios X e do controle de proc
edimentos.
6.6.3. O controle de qualidade de equipamentos de raios X médico terão como objetivo
o teste e a conseqüente adequação dos parâmetros que estiverem em desacordo com padrões i
nternacionalmente aceitos. O conjunto mínimo de parâmetros a serem testados é o seguin
te:
a) ponto focal;
b) contato tela filme;
c) tensão de pico do feixe de radiação;
d) corrente anódica;
e) exatidão e reprodutibilidade do tempo de exposição;
f) constância da taxa de exposição;
g) coincidência do campo luminoso com o campo de radiação;
h) alinhamento vertical do feixe;
i) camada semi-redutora do feixe de raios X;
j) resolução de alto contraste em fluoroscopia;
l) resolução de baixo contraste em fluoroscopia;
m) padrão de taxa de dose dada ao paciente em fluoroscopia;
n) padrão de dose dada ao paciente nos exames realizados no serviço.
6.6.4. Os resultados dos testes enumerados no item anterior deverão ser apresentad
os sob forma de laudo assinado por profissional capacitado, conforme descrito ne
sta Norma Técnica
6.6.5. O controle de procedimentos deverá incluir no mínimo:
a) controle da qualidade do sistema de revelação;
b) análise do índice de rejeição de radiografias;
c) grau de escurecimento da sala (para fluoroscopia);
d) teste de integridade dos acessórios plumbíferos (aventais e outros);
e) conferência dos livros de registros.
6.6.6. Os serviços que fazem mamografia deverão apresentar selo de qualidade forneci
do pelo convênio CNEN/CBR, ou outro selo de qualidade oficial que venha a substituí-
lo.
Controle De Qualidade , Levantamento Radiometrico e
memorial Descrito De Proteção Radiológica

Laudos de Raio X (Controle de Qualidade)


Conjunto de testes que têm como objetivo a verificação de determinados parâmetros do equ
ipamento, para a constatação da necessidade ou não de adequação.
Todo equipamento de raios-x diagnósticos deve ser mantido em condições adequadas de fu
ncionamento e submetido regularmente a verificações de desempenho. Atenção particular de
ve ser dada aos equipamentos antigos. Qualquer deterioração na qualidade das radiogr
afias deve ser imediatamente investigada e o problema corrigido.
Os fornecedores de equipamentos novos, entenda-se também projetistas, fabricantes,
construtores e importadores, deverão fornecer o relatório do teste de aceitação do equi
pamento, que comprove seu desempenho na data da instalação, o titular do estabelecim
ento deve firmar este relatório como prova de seu aceite.
Para Equipamentos Odontológicos:
O controle de qualidade, previsto no programa de garantia de qualidade, deve inc
luir o seguinte conjunto mínimo de testes de Constancia, com freqüência mínima de dois a
nos.
a) Camada semi-redutora
b) Tensão de pico;
c) Tamanho de campo;
d) Reprodutibilidade do tempo de exposição ou reprodutibilidade da taxa de kerma no
ar;
e) Linearidade da taxa de kerma no ar com o tempo de exposição;
f) Dose de entrada na pele do paciente;
g) Padrão de imagem radiográfica;
h) Integridade das vestimentas de proteção individual.
Para equipamentos Médicos:
O controle de qualidade previsto no programa de garantia de qualidade, deve incl
uir o seguinte conjunto mínimo de testes de Constancia, com a seguinte freqüência mínima
:
a) Testes bianuais:
b) Valores representativos de dose dada aos pacientes em radiografia e CT r
ealizadas no serviço;
c) Valores representativos de taxa de dose dada ao paciente em fluoroscopia
e do tempo de exame, ou do produto dose-area.
d) Testes anuais:
e) Exatidão do indicador de tensão do tubo (kvp)
f) Exatidão do tempo de exposição, quando aplicável;
g) Camada semi-redutora
h) Alinhamento do eixo central do feixe de raios-x;
i) Rendimento do tubo (mGy/mA min m2);
j) Reprodutibilidade da taxa de kerma no ar;
k) Reprodutibilidade do sistema automático de exposição;
l) Tamanho do ponto focal
m) Integridade dos acessórios e vestimentas de proteção individual;
n) vedação da câmera escura.
o)testes semestrais:
p) exatidão do sistema de colimação;
q)resolução de baixo e alto contraste em fluoroscopia;
r)contato tela-filme;
s) alinhamento de grade;
t)integridade das telas e chassis;
u)condições dos negatoscopios;
v) índice de rejeição de radiografias (com coleta de dados)
x)testes semanais:
y)calibração, Constancia e uniformidade dos números de CT;
z)temperatura do sistema de processamento;

1) Densitometria do sistema de processamento.


Controle de qualidade, levantamento radiometrico e memorial descrito de proteção rad
iológica laudos de raios x(levantamento radiometrico).
Trata-se de uma monitoração de área em toda a vizinhança da sala de exames e atrás das bar
reiras utilizadas para a proteção do operador, tais como: biombos, visores pumblifer
os, etc...
Os resultados, que devem ser expressos para as condições de carga de trabalho máxima s
emanal, possibilitam atestar a execução dos serviços em ambientes adequados, ou ainda,
apontar a necessidade de instalação ou reforço de barreiras.
Controle de qualidade, levantamento radiometrico e memorial descritivo de proteção r
adiológica laudos de raios x(Radiação de fuga).
Fadiação de fuga ou de vazamento e a radiação não pertencente ao feixe útil, mas que conseg
e atravessar o cabeçote e/ou sistema de colimação do equipamento.
Os níveis de radiação de fuga devem ser avaliados na instalação do equipamento ou ainda se
mpre que o tubo de Raios-x, a blindagem do cabeçote ou sistema de colimação forem mod
ificados.
Atenção: os equipamentos novos devem, possuir o laudo do teste de radiação de fuga forne
cido pelo fabricante.
Controle de qualidade, levantamento radiometrico e memorial descritivo de proteção r
adiológica laudos de raios-x (barreiras e blindagens).
Para a aprovação do projeto básico de construção da instalação, sob os aspectos de proteção
ica, elaboramos a planilha de calculo de blindagem, indicando o material e quant
idade a ser utilizada, alem da classificação das áreas dos serviços.
Ainda na fase de projeto, as informações e recomendações contidas nesse documento propor
cionam, em muitos casos, a redução de gastos excessivos com a instalação de barreiras, b
lindagens e sinalizações, garantido também, após todos os dispêndios envolvidos, a seguranç
dos profissionais e públicos em geral, alem da aceitação da instalação sob aspectos abord
ados.
Controle de qualidade, levantamento radiometrico e memorial descritivo de proteção r
adiológica dosimetria pessoal.
O objeto da dosimetria pessoal e determinar a exposição de radiação recebida pelo usuário
em um determinado período de tempo. A sua utilização e exigida para operadores de equi
pamentos emissores de radiação em clinicas radiológicas tanto Odontológicas como medicas
, indústrias, laboratórios, etc...
A radiação ionizante fora dos limites admissíveis poderá acarretar danos biológico
s e, portanto deve ser precisamente monitorada.
O dosimetro individual e a maneira mais utilizada para detectar exposições em operad
ores, pois são compostas de pastilhas sensíveis e radiação ionizante e permite avaliar s
e a dose de radiação esta ou não abaixo dos níveis de restrição.
Controle de qualidade, levantamento radiometrico e memorial descritivo de proteção r
adiológica programa de garantia de qualidade.
O programa de garantia de qualidade (PGQ) esta dividido em varias etapas, analis
e de perda de filmes, realizações de testes do controle de qualidade dos equipamento
s e levantamento radiometrico do ambiente, manutenção corretiva e preventiva, testes
das condições da câmara escura, analise, testes e controle da processadora, analise d
e filmes e chassis, adaptação de melhoras técnicas para cada aparelho ,testes de aceit
ação de novos aparelhos que venha a ser adquiridos, reciclagem e cursos.
PROTEÇÃO À RADIAÇÃO NOS EXAMES RADIOLÓGICOS EFETUADOS NO
LEITO

Resumo: As enfermarias de hospitais são áreas “não controladas” sob o aspecto da radiopro
teção onde é rotineira a realização de exames de raios X de tórax com equipamentos portátei
nem sempre calibrados. Devido à condição do paciente, as repetições dos exames são freqüent
causando exposição desnecessária ao paciente e aos profissionais.
Nosso objetivo é estabelecer a distância segura dos profissionais de enfermaria ao
centro do campo de raios X gerados por equipamentos móveis.
As medidas da radiação espalhada por um simulador de nylon de 30 x 30 x 20 cm, expos
to a radiação X, foram efetuadas a 0,5, 1, 1,5 e 2 m do centro do campo, em três equip
amentos radiológicos fixos. Dois modelos de câmaras de ionização foram utilizados nos mo
dos de medida de Taxa de Kerma no ar e de Dose Equivalente Ambiental. Determinam
os a relação porcentual entre a Taxa de Kerma no ar por mAs e o rendimento do equipa
mento para cada distância, que denominamos “fração de rendimento” F (%).
Calculamos a Dose Equivalente nestas distâncias para equipamentos portáteis com base
nos valores de F e assumindo 61 µ Gy/mAs m2 como rendimento médio destes tipos de e
quipamentos. Para a determinação da distância segura de operação levamos em conta a carga
de trabalho (8400 mA.s / mês) e a Dose Equivalente média nas diversas distâncias.
Determinamos também a distância que garante que as doses equivalentes sejam inferior
es aos limites para indivíduos do público (0,08 mSv/mês). As Doses Equivalentes nos ex
ames de leito de um hospital de grande porte, a distância de 2,0 m é em média 0,56 mSv
/mês, para regime de exposição ocupacional. Enfermeiros/auxiliares devem manter-se a d
istância mínima de 2,5 m do paciente em exames de leito, para que não acumulem doses s
uperiores aos limites estabelecidos pelas normas para indivíduos do público.
Palavras chaves: raios X no leito, raios X portáteis, equipamentos radiológicos móveis
, Dose Equivalente Ambiental, Levantamento Radiométrico.
1. Introdução
As enfermarias e UTIs de hospitais de médio e grande porte são áreas “não controladas” sob
aspecto da radioproteção onde é rotineira a realização de exames de raios X.
Exames de raios X de tórax são realizados, com grande freqüência, para controle de infecçõe
pulmonares, nos quais são utilizados equipamentos radiológicos portáteis com alto ren
dimento e tempos de exposição curtos para que possam ser minimizados os movimentos i
nvoluntários ou voluntários do paciente.
Nestes exames, devido à condição do paciente, nem sempre é possível obter a qualidade otim
izada da imagem, isto é, uma boa qualidade de imagem com a menor dose absorvida pe
lo paciente. Isto se deve principalmente pela impossibilidade do uso da grade an
ti-difusora no controle da radiação espalhada (1,2).
Esta radiação espalhada, proveniente do paciente, alcança os diversos profissionais pr
esentes na enfermaria (enfermeiros, auxiliares, médicos etc..), muitas vezes próximo
s ao mesmo, por imperativo de suas funções. Quanto aos profissionais que se expõem ocu
pacionalmente, como os técnicos de raios X, estes são treinados para o uso rotineiro
das radiações e se expõem de forma controlada.
Os profissionais não expostos ocupacionalmente são denominados pelas normas de radio
proteção “indivíduos do público”, pois a exposição à radiação é ocasional e esporádica (3).
A exposição à radiação secundária é avaliada por meio de levantamentos radiométricos exigid
la legislação por ocasião da instalação de um equipamento radiológico fixo (4). Esta avalia
é exigida para equipamentos móveis, o que causa às pessoas eventualmente expostas, in
segurança e dúvidas de como devem proceder com relação à sua proteção (4) Alguns pesquisado
têm avaliado a importância do uso de dispositivos de proteção individuais, entre estes
o avental plumbífero, como proteção às radiações X secundárias (5). Para os profissionais m
s e paramédicos que não escondem sua preocupação com o assunto e para que seja do domínio
dos mesmos como se proteger contra as radiações durante a realização dos exames no leito
é que tentaremos dirimir todas as dúvidas sobre o tema.
Nosso objetivo é determinar a distância segura destes profissionais ao centro do cam
po de raios X gerados por equipamentos móveis .
2. Materiais e Métodos
O levantamento de dados foi realizado utilizando os seguintes equipamentos radio
lógicosfixos:
O Medico NeoDiagnóstico: Gerador Monofásico; 125 kVp e 500 mA; Rendimento de 1,3 mGy/
mAmin m2; CSR de 2,7 mmAl para 80 kVp.
O Philips Challenger: Gerador Trifásico; Rendimento de 4 mGy/mAmin m2; CSR de 3,5
mmAl para 80 kVp.
O Philips Diagnostic 90S: Gerador Trifásico; 150 kVp e 1000 mA; Rendimento
de 2,57 mGy/mAmin m2; CSR de 3,3 mmAl para 80 kVp.
Os instrumentos para medida da radiação secundária foram:
O Eletrômetro e Câmaras de ionizaçãos Victoreen modelos 660-5 (400 cc para feixe
secundário) e 660-3 (....cc para feixe primário);
O Eletrômetro e Câmara de ionização Radcal.(180 cc para feixe secundário).
Entre os materiais utilizamos:
O Simuladores de nylon de dimensões 30 x 30 x 5 cm;
O Tripé fotográfico.
O trena.
As medidas da radiação espalhada pelo simulador de nylon, exposto à radiação X com tensão n
minal de 80 kVp e campo colimado de 30 x 30 cm, foram efetuadas nos três equipamen
tos radiológicos à distância foco-superfície de 80 cm. Utilizamos o tripé para posicioname
nto da câmara de ionização à altura de 1,40 m do piso e afastada do centro do campo por
0,5 m, 1 m, 1,5 m e 2 m. Os dois modelos de câmaras de ionização com volumes maiores,
foram utilizados para medir a Taxa de Kerma no ar e a Dose Equivalente Ambiental
.
Para cada distância foram efetuadas três medidas em três condições técnicas nas quais varia
os a relação entre o tempo de exposição e a corrente da ampola de raios X.
As condições de exposição foram similares e estão descritas a seguir:
Equipamento Medico: 60 - 64 mAs (0,32 s; 0,5 s e 1,2 s).
Equipamento Philips Challenger: 62,5 – 64 mAs (0,32 s; 0,5 s e 0,6 s).
Equipamento Diagnostic 90S: 60 – 65 mAs (0,32 s; 0,5 s e 0,63 s).
O rendimento dos equipamentos radiológicos foram determinados experimentalmente ad
istância de 1 m, no centro de feixe de tamanho de campo 10 x 10 cm por meio da câmar
a 660-3.
Por meio dos dados experimentais obtivemos para cada equipamento radiológico os va
lores médios da Taxa de Kerma no ar e da Dose Equivalente Ambiental à distância de 50
cm e calculamos teoricamente os valores correspondentes as demais distâncias (1; 1
,5 e 2 m) pela lei fundamental da dosimetria ou como é conhecida “lei do inverso do
quadrado da distância”.
Repetimos as medidas para as demais distâncias de modo a obtermos uma média de três va
lores medidos e três calculados para cada distância. Por meio dos dados medidos para
os diferentes produtos de corrente e tempo (mAs) determinamos a relação porcentual
entre a taxa de Kerma no ar por mAs (mGy/mAs) e o rendimento do equipamento (mGy
/mAs m2) para cada distância, que denominamos “fração de rendimento” F (%).
Com base nos fatores calculados para diferentes distâncias e conhecendo o rendimen
to ou taxa de saída da radiação de um equipamento portátil operando a 80 kVp calculamos
a Dose Equivalente a 2 m de distância do centro do campo de raios X gerado por est
e equipamento.
Consideramos para o calculo da Dose Equivalente, tendo por base dados experiment
ais, que os equipamentos portáteis possuem rendimento médio de 61 µ Gy/mAs m2 . Para a
determinação da distância segura de operação levamos em conta a carga de trabalho do oper
ador e a Dose Equivalente média medida nas diversas distâncias. Determinamos também a
distância que garante que as doses equivalentes sejam inferiores aos limites para
indivíduos do público (0,08 mSv/mês ou 1 mSv/ano).
Nestes cálculos utilizamos fatores de correção do rendimento medido para tamanho de ca
mpo 10 x 10 cm, uma vez que as medidas da radiação secundária foram efetuadas com camp
o 30 x 30 cm.. Os valores de rendimento foram corrigidos pelos seguintes fatores
: 1,18 (equipamento Medicor); 1,22 (equipamento Philips Challenger); 1,07 (equip
amento Philips Diagnostic 90S).
Calculamos a Dose Equivalente para indivíduos em condições ocupacionais ou não, a uma ce
rta distância do paciente sob raios X, durante exames no leito, por meio da expres
são a seguir:
H = R.F.W.U.T onde,
H: Dose Equivalente (mSv/mês);
R: rendimento do equipamento portátil (mGy/mA s m2)
W: carga de trabalho (mAs / mês)
U: fator de uso
T: fator ocupacional
F: fração de rendimento (%)
Consideramos a carga de trabalho (W) como sendo igual a 12 000 mA.s / mês, valor e
ste originado de 50 exames de raios X no leito por dia, 6 dias por semana e 4 se
manas por mês, sendo utilizado 10 mAs em cada incidência. Consideramos ainda os fato
res de uso e ocupacional como sendo igual a 1 (5).
3. Resultados
Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam os valores da Taxa de Kerma no ar medidos e calcul
ados em função da distância para cada um dos equipamentos, em uma das condições técnicas ut
lizadas.
A tabela 1 apresenta os valores de Dose Equivalente para as diferentes condições técni
cas obtidos com os três equipamentos radiológicos, assim como, a relação porcentual das
doses em função do rendimento do equipamento ou fração F(%) e os valores normalizados em
função dos fatores de exposição (mAs). Podemos verificar que a fração F, considerando os t
equipamentos, apresentou índice de variação inferior a 20 % considerando todas as dis
tâncias. Os gráficos 4, 5 e 6 apresentam os valores de Dose Equivalente que foram me
didos e calculados em função da distância para cada um dos três equipamentos, mostrando
apenas uma das condições técnicas utilizadas.
A tabela 2 mostra os resultados das Doses Equivalentes devido ao uso de equipame
ntos portáteis nos exames de leito, calculadas para os valores médios de F obtidos c
om os três equipamentos radiológicos nas distâncias de 1, 1,5 e 2 m.
Ao aplicarmos a expressão que permite calcular a Dose Equivalente a 2 m de distância
obtemos 0,56 mSv/mês. Considerando a utilização de avental protetor com equivalente e
m chumbo de 0,25 mm, a dose equivalente passa ser 1/10 deste valor e portanto in
ferior ao limite de dose para indivíduos expostos ocupacionalmente. Considerando q
ue o profissional de enfermaria em beira de leito trabalha em média 6 horas diárias,
o que corresponde a ¼ da carga de trabalho calculada, a dose equivalente acumulad
a é de 0,14 mSv/mês ou 1,68 mSv/ano. Este resultado sugere que a distância que assegur
a os limites de dose para os profissionais de enfermaria é de 2,5 m.
4. Discussão
Medimos a Taxa de Kerma no ar e a Dose Equivalente irradiando um simulador de ta
manho considerado adequado para medida de radiação espalhada em três equipamentos com
características de qualidade de feixe e rendimento diferentes, sendo um deles do t
ipo monofásico(6). Os valores de Fração de Rendimento apresentaram-se independentes da
s diferenças intrínsecas aos equipamentos (tipo de gerador, rendimento e qualidade d
o feixe), o que demonstra a consistência dos dados experimentais obtidos.
Os valores medidos à distância de 50 cm foram os que apresentaram maior desvio, quan
do comparados aos valores calculados pela “lei do inverso do quadrado da distância”, i
ndependentemente das condições técnicas ou do modo de medida, isto é, se em Taxa de Kerm
a no ar ou em Dose Equivalente. Atribuímos esta variação a distribuição angular não homogên
da radiação secundária nas proximidades do simulador. Sendo assim, sugerimos que em av
aliações radiométricas as medidas devam ser efetuadas a pelo menos 1 m do centro do ca
mpo e calculadas as doses para distâncias menores, quando necessário, com base nos v
alores medidos no modo de Dose Equivalente. Neste modo integrado de leitura, as
medidas apresentaram maior reprodutibilidade.
Ainda com relação às câmaras de ionização, verificamos que a diferença entre seus volumes
modificou a sensibilidade de resposta, uma vez que não houve discrepâncias entre os
resultados obtidos com ambas as câmaras.
Ressaltamos a importância das mesmas estarem calibradas e da aplicação dos fatores de
correção devido à temperatura, pressão e calibração.
Segundo alguns autores, o avental de espessura de 0,5 mm pode atenuar a radiação sec
undária originada de um feixe de 80 kVp até por um fator de 200 (6,7). Outros pesqui
sadores que também estimaram experimentalmente as doses ocupacionais em mulheres g
rávidas devido à radiação espalhada, considerando várias espessuras de avental de chumbo e
tensões do tubo de raios X, obtiveram em média um fator de atenuação de 10 para 0,25 mm
de chumbo (8,9).
Com base na legislação brasileira utilizamos um fator de 10 ao calcularmos a Dose Eq
uivalente Ambiental (4) e por meio deste cálculo concluímos que somente a 3 m de dis
tância os profissionais de enfermaria estarão expostos às doses inferiores aos limites
permissíveis, considerando-os “indivíduos do público”, cujo limite de dose é 1/50 do limit
permitido ao “trabalhador (3).
Neste cálculo, consideramos uma carga de trabalho continua de 6 horas em um hospit
al de grande porte. Observando as condições de trabalho nestas enfermarias considera
mos que distâncias superiores a 2 m é suficientemente segura uma vez que os profissi
onais circulam entre os pacientes em diversas atividades.
Quando há necessidade de estar próximo ao paciente durante a realização do paciente o pr
ofissional deve utilizar o avental com o objetivo de minimizar as doses de radiação.
Os aventais de chumbo devem estar em boas condições físicas (sem rachaduras), garantin
do assim a sua eficiência (10). É relevante que a indicação médica do exame seja justificáv
l e que a repetição do mesmo seja evitada para que as doses de radiação possam ser efeti
vamente otimizadas.
Neste sentido é imprescindível que haja um controle de qualidade do desempenho do eq
uipamento radiológico, em atendimento às normas de proteção radiológica (4).

5. Conclusões
1. Enfermeiros/auxiliares devem manter-se à distância de 2,5 m do paciente em exames
de leito para que os limites de dose para indivíduos do público sejam atendidos;
2. É obrigatório que enfermeiros/auxiliares/técnicos utilizem aventais e protetores de
tiróide quando estiverem a menos de 2,5 m dos pacientes a fim de que não acumulem d
oses superiores aos limites estabelecidos pelas normas;
3. Câmaras de ionização de 400 cc e 180 cc apresentaram desempenho similar na avaliação da
s Doses Equivalentes e Taxa de Kerma no ar apesar de possuírem sensibilidades dife
rentes e podem ser utilizadas na avaliação das doses equivalentes ambientais.
BIBLIOGRAFIA
6. Referências Bibliográficas
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3. CNEN. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Diretrizes Básicas de Radioproteção.
CNEN-NE 3.01 . Rio de Janeiro, 1988.
4. Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Regulamento Técnico:
‘Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e odontológico”.
Portaria 453 de 01/06/1998.
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1984;152:217-218.

CETAM

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Manaus
2006

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Manaus
2006
SUMÁRIO
Introdução -----------------------------------------------------------------
01
Portaria Federal n 453 ----------------------------------------------- 02
Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. -------------
------------------------------------------- 04
Resumo da Portaria Federal n 453 ------------------------------- 75
Proteção Radiológica ------------------------------------------------- 80
Controle de qualidade, levantamento rodiométrico e memorial descrito de proteção radi
ológica. -----------------------------------88
Proteção à radiação nos exames radiológicos efetuados no leito ----------------------------
------------------------------------------- 91
Bibliografia --------------------------------------------------------------102

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