O documento discute um caso clínico de uma paciente com diabetes mellitus tipo 1 e hipertensão arterial. A conduta terapêutica incluiu insulina NPH para controle glicêmico e propranolol para controle da pressão arterial. No entanto, a paciente apresentava fadiga e visão turva, possivelmente devido a desequilíbrios glicêmicos ou efeitos colaterais do tratamento.
O documento discute um caso clínico de uma paciente com diabetes mellitus tipo 1 e hipertensão arterial. A conduta terapêutica incluiu insulina NPH para controle glicêmico e propranolol para controle da pressão arterial. No entanto, a paciente apresentava fadiga e visão turva, possivelmente devido a desequilíbrios glicêmicos ou efeitos colaterais do tratamento.
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O documento discute um caso clínico de uma paciente com diabetes mellitus tipo 1 e hipertensão arterial. A conduta terapêutica incluiu insulina NPH para controle glicêmico e propranolol para controle da pressão arterial. No entanto, a paciente apresentava fadiga e visão turva, possivelmente devido a desequilíbrios glicêmicos ou efeitos colaterais do tratamento.
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O Diabetes Mellitos é uma entidade patológica caracterizada por um
distúrbio de metabolismo intermediário, especialmente no que tange aos carboidratos, levando ao aumento dos níveis séricos de glicose, a complicações metabólicas agudas potencialmente fatais, bem como a uma série de complicações crônicas multissistêmicas. A respeito da Diabetes Mellitos tipo I (DM I), tem-se uma destruição completa ou quase completa das células beta das ilhotas de Langerha ns. Neste caso, o metabolismo modifica -se para um estado catabólico excessivo, exacerbando sobremaneira as reações típicas do estado de jejum. A glicogeneogênese exarcerba -se, bem com a Lipólise e, consequentemente, a cetogênese. O resultado é a ocorrência de um distúrbio metabólico grave e potencialmente fatal, denominado cetoacidose diabética, caracterizado por hiperglicemia acentuada e acidose metabólica grave, devido ao acúmulo de corpos cetônicos em grande quantidade no plasma. Dos três corpos cetônico s, dois são ácidos orgânicos não voláteis: o ácido acetoacético e o ácido P - hidroxibutírico. Como a paciente já apresentava diagnóstico definido de DM I, a conduta terapêutico-farmacológica com Insulina NPH visava à reposição exógena de insulina, objetiv ando reduzir os riscos morbi-mortalidade da patologia, através da prevenção de cetoacidose diabética. Provavelmente antes do diagnóstico de DM I, a paciente já devia apresentar sintomas típicos da DM I, como poliúria, polid ipsia, polifagia e emagrecimento. Vale destacar que antes do advento da insulina exógena, a exemplo da NPH, em 1929, os paciente viam a morrer de choque, acidose grave ou coma hiperosmolar. Segundo o estudo DCCT (Diabetes Control and complication Trial), os benefícios microvasculares pós- tratamento intensivo com Insulina são notoriamente positivos, uma vez que reduzem -se riscos de retinopatia, nefropatia e neuropatias . Existem outros tipos de insulina como as Lispro e Aspart(ultra-rápidas), Regular(rápida, Giarnina e ultra -lenta(ação prolongada) e NPH, a qual tem ação intermediária início de ação entre 2 -4h, pico de ação atingido pós 4-8h da administração e duração efetiva em torno de 10 -16h. Além da Diabetes, outro agravo foi somado: a Hipertensão arterial. Segundo o estudo UKPDS(United Kingdon Prospective Diabetes Study ), a cada 10 mmHg de redução na Pressão Arterial(PA) média no diabético , o risco geral de complicações cardiovasculares cai e 12%, a mortalidade em 15%. No DM I, a hipertensão arterial está muito associada à nefropatia pe riférica. Dentre os fármacos de ação adrenérgica, existe o grupo dos antagonistas, os quais antagonizam ação da Adrenalina e Noradrenalina , inibindo sua ligação a receptores adrenérgicos , sendo classificados, portanto, como Simpatolíticos, por sua ação bloqueadora do simpático . Dentre os simpatolíticos, temos os Į-bloqueadores e os ȕ-bloqueadores, no caso do paciente acima citado, sua conduta terapêutica anti -hipertensiva é pelo uso de Propranolol, fármaco ȕ- bloqueador não- seletivo (Bloqueador não preferencial), promovendo redução de débito cardíaco, redução de liberação de renina pelas células justaglomerulares renais, além de sua ação central, reduzindo a ação do simpático. Dentre seus efeitos colaterais, tem -se seus efeitos hipoglicemiantes. É fato que os mesmos não afetam o início da hiperglicemia após uma injeção de insulina, mas protelam moderadamente a recuperação da concentração sanguínea da glicose. Em pacientes diabéticos, a utilização desta classe de fárma cos, aumenta as chances do paciente de desencadear hipoglicemia induzida por exercício, pois a liberação normal de glicose pelo fígado induzida pela adrenalina fica diminuída, visto o bloqueio de receptores ȕ1 no fígado que controlam a liberação de glicose. De certo modo, a hipoglicemia diminui a síntese de ATP, bem como o seu aporte nos músculos esqueléticos, o que somado ao efeito redutor de débito cardíaco e de perfusão sanguínea dos músculos durante um exercício, justificaria a sintomatologia de fadiga descrita pelo enfermo. Vale ressaltar também que pode haver o caso de o paciente, mesmo seguindo a conduta terapêutico -farmacológica corretamente, estar descompensado em seus níveis glicêmicos, necessitando , pois, de aumento de Insulina NPH para doses diárias maiores que 40 U.I. deste modo, observa-se a relação de picos hiperglicêmicos com ocorrência das sedes contínuas além de provocar alterações da refratariedade do cristalino e/ou córnea, causando a visão turva . Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes e Hipertensão Arterial (SBDHA), a conduta terapêutica padrão para pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e portadores de DM I , seria a associação da Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina (ECA)- Captopril, Enelapril, Lisinopril etc, ou Antagonistas de An giotensina II , como Losartan, Ibesartan, Candesartan etc. Segundo a SBDHA, os beta bloqueadores são contra-indicados, uma vez que aumentam o risco de hipoglicemia em jejum e após exercício físico (pelo bloqueio de receptores ȕ² - hepáticos) e ocultam a resposta adrenérgica à hipoglicemia. É importante lembrar, que havendo recorrência de picos hiperglicêmicos, devem ser aumentadas as dosagens de Insulina NPH para índices maiores que 40 U.I/dia Por fim, vale destacar a eminente necessidade de mudanças de hábitos de vida do paciente, incluindo adoções de dietas mais saudáveis, com 55-60% de carboidratos, 10-20% de proteínas e 30 -35% de lipídios, preferindo - se sempre alimentos com baixo índice glicêmico (que elevem menos a glicemia pós-prandial), a restrição de lipídios, principalmente de gordura saturada e colesterol é importante para o controle dos níveis de LDL - colesterol e redução do risco de eventos cardiovasculares e pr ática de atividade física regularmente.