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1 PODER X POTENCIA

Astrologia Tradicional x Astrologia Humanista e


Psicológica – A diferença entre o Poder e a
Potência

Astrologia Humanista Astrologia Tradicional

“Potência” “Poder”

Durante todo o curso você vai aprender a visão Humanista e simples da Astrologia,
e justamente por isso, é necessário que compreenda realmente o que diferencia
esse tipo de abordagem, das abordagens mais Clássicas e Tradicionais.

Aliás, não existe só Astrologia Moderna e Astrologia Clássica, ou só Astrologia


Humanista e Astrologia Tradicional, dentro das diversas visões e abordagens desse
estudo, você sempre encontrará versões e técnicas diferentes. Mas aqui, usaremos
o termo “Tradicional” para as mais clássicas, e “Humanista” para as visões mais
holísticas. As principais diferenças das duas, são sentidas da interpretação dos
Mapas Natais.

Pontos importantes a serem aprendidos sobre isso:

A Astrologia de abordagem holística vai sempre visar o desenvolvimento, por isso,


é extremamente difícil encontrar algo no mapa que não possa ser mudado ou
transformado. Esse tipo de Astrologia é sempre julgado pelos Astrólogos
Tradicionais, por olhar para a psicologia, para o "misticismo" e para os processos
karmicos. E é por isso que é uma abordagem holística, pois considera o todo.

Essa abordagem também visa que, todos os aspectos conflituosos no Mapa, tem
origem nas inseguranças inconscientes do ser, sendo assim, indícios de que algo
na vida dessa pessoa a levou, a se comportar de uma determinada maneira, e
enquanto essa pessoa em questão não olhar e identificar esse processo, os
aspectos conflituosos funcionarão como bloqueios. Por isso, essa forma de ver o
estudo dos Astros instrui qualquer ser humano a sair de sua zona de conforto e
olhar para suas dificuldades, não como sendo “suas” de forma material e fixada,

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mas sim como elementos e partes desequilibradas que interferem no processo


fluido natural da vida. E obviamente, no passado não se tinha uma visão de
adaptação e transformação da vida, ou de si mesmo, éramos e continuamos muito
ignorantes sobre nossas capacidades de criação e transmutação. A vida tem de ser
fluida, e não estagnada.

Na interpretação Humanista, o Astrólogo reúne as informações e explica na


ordem que melhor convêm para o cliente analisado, e assim, é dado a simbologia
de suas posições e o que elas podem representar de acordo com a vida e situação
atual daquela pessoa, também podendo ter indícios do que essa pessoa absorveu
no passado e como ela pode verificar seus próximos passos. O que o mapa
significa, o que o ser em questão deve saber sobre as indicações do seu Mapa
Astral, seus elementos principais, desequilíbrios e aptidões principais.

• É importante lembrar que sempre existem exceções, e por isso, a referência


“Tradicional” ou “Humanista” também não deve se tornar uma forma de
julgar os Astrólogos, e sim de compreender que cada um tem uma certa
visão e interpretação do estudo, e essas visões tem relação com a própria
maneira de ver a vida dessas pessoas. E como sabemos, todos temos lentes
diferentes de interpretar a vida e o que nos acontece.
O Fato de usarmos essas referências verbais (nomes) é apenas pela
utilidade de explicar como diferenciar, por isso, esteja sempre se observando
com seus julgamentos e preconceitos intelectuais, eles sempre causam
conflitos, interiores ou exteriores (com outras pessoas).

A Astrologia Tradicional está sempre alinhada com os princípios do estudo, como o


seu próprio nome diz, as técnicas clássicas que respeitam a tradição. A frase
"Antigamente, era assim..." é facilmente encontrada nos Astrólogos Clássicos que
são fiéis a essa abordagem, estão sempre se referindo ao início dos tempos, como
nasceu e como deveria ter permanecido a Astrologia, só com 7 planetas e com
enfoque principal em prever acontecimentos. Pois nessa abordagem, o cliente tem
de chegar com suas questões prontas, assim como numa Cartomante. Perguntar
sobre sua saúde, seu destino, suas viagens, seus amores e o que de fato gostaria
de saber, e o Astrólogo está ali para responder concretamente a essas perguntas.
Pensamos bem que isso deveria ser muito positivo no passado, um direcionamento
de caminhos em fatos, a Astrologia como instrumento divinatório e principalmente
pelo fato de serem respostas concretas, que não deixava dúvidas ou
responsabilidades para o cliente. Hoje não acontece dessa forma, nem mesmo com
os Astrólogos Tradicionais, mas ainda assim a interpretação do Mapa Natal, dos
Trânsitos e Revoluções requerem uma série de regras, um “cientificismo”
aplicado principalmente as casas do Mapa, que nessa abordagem Clássica da
Astrologia são cenários concretos, quase que feitos de cimento e padrões. Nada é
simbológico na Astrologia Tradicional e Clássica, e de fato ela não é ruim ou cheia
de defeitos, até o momento em que desconsidera a evolução e consciência do ser
analisado.

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O que os Astrólogos que tentaram transformar a Astrologia numa ciência concreta


fazem, é se esquecer do ponto de vista humano e se concentrar única e
exclusivamente na técnica, porque a técnica existe a milhares de anos e o ser
humano tem essa visão, de que, o que é velho é mais respeitável do que é novo. A
Astrologia Tradicional atrai o desejo da mente e do ego, pois ela revela esse
“poder” de prever o futuro e os acontecimentos da nossa vida, assim, como no
ínicio dos tempos, entregamos nossas responsabilidades aos mitos, deuses,
profecias, previsões imutáveis. E, cá entre nós, realmente é ótimo reunir dados e
correlacionar fatos estatisticamente, isso dá propriedade de certeza, de
absolutismo e de segurança, mas, uma excessiva concentração sobre pormenores
faz perder o contato com o poder integrativo, sinfônico e coerente do todo.

“Quanto mais nos identificamos e apegamos ao universo intelectual, da razão


e da mente, mais nos distanciamos da natureza e da essência do saber”
(Desconhecido)

Esses fatores estatísticos na visão Clássica são as questões dos planetas, que são
considerados bons ou ruins, das casas, que indicam cenários felizes ou infelizes,
das configurações que são drásticas ou dignificadas, decanatos, cálculos perfeitos
e exatos de que uma situação vai acontecer em nossas vidas. Acredite, a
linguagem muda tudo, pois afinal, quantas vezes você já disse algo e o outro
sujeito interpretou de forma totalmente contrária?

O exemplo de ter Escorpião na casa 10, e não se identificar com a posição de


militar ou médico, pode esconder e privar a pessoa analisada, do significado
profundo de renascimento e transformação por meio das perdas e mudanças na
imagem social que essa posição se refere. De fato, as previsões da Astrologia
Tradicional, não são negativas, mas a forma que abordamos isso como fatos
imutáveis, acaba sendo.

A Astrologia Tradicional e Clássica é cheia de “complicações”, e essas


complicações e determinações são vistas como “profundidade”. Temos de
respeitar, já que profundidade na visão holística é uma coisa, e na visão
tradicional/científica é outra coisa. Temos de respeitar também, por vivermos em
tempos diferentes, onde tudo é mais rápido, onde as pessoas são mais
ressaltantes em suas personalidades, vibramos num outro tipo de consciência, de
novas descobertas e linguagens, não podemos perder tempo contestando o
passado, ou o que nos é diferente.

A Clássica, vê os cenários e aspectos do Mapa de forma bastante fatalista, e isso é


completamente compreensível, tendo em conta que os acontecimentos do passado
medieval não eram como os de hoje, pelo pouco de informações e
desenvolvimento que o ser humano que vivia naquelas épocas, poderia absorver
ou modificar, na área da saúde, do convívio social e principalmente da psicologia.
Por isso, essa visão da Astrologia sempre vai ver uma posição como algo que tem

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poder na vida pessoa, e que acaba por categorizar e separar o indivíduo da sua
consciência pessoal. O Mapa Natal acaba se tornando algo que o indivíduo teme, e
que faz o próprio criar concepções cristalizadas a respeito de si mesmo

Os astrólogos, não são melhores e nem piores que o resto dos seres, mas assim
como Padres, Pastores, Terapeutas e outras “autoridades” éticas, as pessoas vão
até eles para encontrar um direcionamento, e na maioria das vezes vão abertas ao
que eles têm a lhes dizer e explicar. Por isso, explicar para um Geminiano, nascido
no primeiro decanato, que ele é diferente dos outros geminianos de decanatos
seguintes, é uma tarefa delicada, pois se ele considerar que isso é pior ou melhor,
já terá definido isso inconscientemente como sua principal justificação para não
evoluir aos outros demais “tipos de geminiano”.

Acredito que nenhuma das duas abordagens é melhor do que a outra, o que se
observa é a linguagem e efeitos que fazem surgir nas pessoas que as buscam.
Pessoas que vivem preocupadas com a cidade onde vão passar o seu aniversário,
afim de evitar um ano infeliz de configurações tensas na Revolução Solar, ou
pessoas que acreditam não ter saídas para o Excesso de planetas numa só casa
do mapa, convencendo-se assim que as outras áreas da sua vida são vazias de
essência e significado, pessoas que não vivem um dia só sem saber o que os seus
trânsitos pessoais preveem sobre aquele dia. Todos esses conflitos e cristalizações
mentais, prejudicando a aceitação e entrega dessa pessoa com os fatores a serem
desenvolvidos e melhorados em sua vida. Devemos amar a Astrologia, como
qualquer outra fonte de sabedoria, mas não podemos nos alienar sobre ela
também.

Por fim, você não deve se abster de estudar, até mesmo os termos mais técnicos e
detalhados da Astrologia, como você viu no início, ser um Astrólogo não é ler
explicação de posição, e sim aplicar isso. Se um dia se interessar mais pela
abordagem evento-preditiva da Clássica, não tema e nem julgue, apenas leve o
aprendizado de que a natureza humana existe antes de sermos civilizados e
pragmáticos, logo, tudo o que se construiu depois dessa essência fluida natural,
poluiu as percepções que temos de vida humana e vida social, por isso, é sempre
necessário remodelar nossa forma de comunicar aquilo que sabemos. E assim
como os ensinamentos religiosos precisam ser modificados a uma nova era, a
Astrologia também.

Nota pessoal:
Sempre teremos visões diferentes, e a intenção desse texto foi dissertar um pouco
mais sobre a diferença entre as abordagens, não devemos tentar nos convencer de
nada que não nos apetece. O Curso, daqui pra frente é inteiro de abordagem
Humanista, e sinceramente espero que goste. Assinado por: Uma libriana que não
quer falar mal da Astrologia Tradicional, mas precisava explicar a diferença entre as
duas.

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