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Sistemas estruturais em Aço

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MÓDULO

Edifícios residenciais e comerciais em Aço

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Módulo 7

Índice - Módulo 7
12. Edifícios residenciais e comerciais em aço
12.1. Elementos estruturais e de vedação que compõem o edifício
- 12.1.1. Plano horizontal
- 12.1.1.1. Estrutura do piso
• Critérios para uso de lajes
• Lajes maciças de concreto armado, moldadas “in-loco”
• Lajes pré-fabricadas mistas
• Lajes “steel-deck”
• Painéis pré-fabricados de concreto protendido
• Painéis de concreto auto clavado (sical, siporex, etc)
• Painéis mistos de fibrocimento e madeira (wall, etc)
• Chapas metálicas
- 12.1.1.2. Estrutura de apoio do piso
• Critérios para uso do vigamento.
• Soluções econômicas para estruturas de piso
- 12.1.1.3. Contraventamento horizontal
- 12.1.2. Plano vertical
• Critérios para locação dos pilares
- 12.1.2.2. Contraventamentos verticais - critérios de uso
- 12.1.1.3.Vedações – interfaces
• Tipos de Vedações.
• Detalhes de interface entre as alvenarias de vedação e a estrutura metálica.

13. Estrutura de Aço de Edifícios Altos


• Estrutura dos edifícios altos.

14. Consumo Médio de Aço nas Diversas Aplicações

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Sistemas Estruturais em Aço

Parte 1 - Edifícios residenciais e comerciais em Aço


11. Edifícios residenciais e comerciais em aço

Vídeo: edifícios comerciais e residenciais

Edifícios residenciais e comerciais em aço


Somente há poucos anos, o uso da estrutura metálica para esses tipos de edi-
fícios, vem sendo mais intensamente implementado. Muito desconhecimento
ronda a execução dos projetos, devido, principalmente, à falta de experiência
brasileira nesse campo. O Brasil ainda não tem um domínio satisfatório das
interfaces entre a execução de concreto armado e de aço.

Muitos são os erros de compatibilidade entre esses materiais, devido, principal-


mente, à grande diferença de precisão entre a execução de um e outro. É um
desafio que precisa ser enfrentado. Nos países mais adiantados o uso do aço nos
edifícios não industriais ocorre há décadas, tornando esse material extrema-
mente competitivo, ocorrendo situações em que o uso do concreto torna-se
totalmente antieconômico em relação ao aço. É o caso dos edifícios com mais
de dez andares onde o uso do aço apresenta-se mais econômico. No Brasil
ainda não chega a ser assim, mas, sem dúvida nenhuma, se a opção urbanística
for pela grande verticalização, edifícios com mais de 50 andares poderão ser
mais econômicos em aço.

O usuário brasileiro, e mesmo os profissionais da área, ainda não se acostu-


maram com a linguagem estética do aço e muitos tendem a transferir para o
aço formas e detalhes comuns ao concreto armado, tornando a solução cara.
Espera-se que uma discussão mais ampla sobre o assunto com profissionais
ligados à área, principalmente o arquiteto, o gerador inicial da estrutura, possa
levar a uma aplicação mais adequada e em maior escala das estruturas em aço,
mesmo para as edificações de pequeno porte. Um dado bastante sintomático
dá conta de que 75 % dos edifícios executados no Brasil são residências uni-
familiares. Destes, apenas 1 % é executado em aço. Há, portanto, muito ainda
que se fazer neste segmento.

Os edifícios baixos e os altos apresentam a mesma solução estrutural quanto


aos seus planos horizontais (lajes e vigas). A diferenciação ocorre nos planos
verticais, onde soluções especiais devem ser previstas para os edifícios altos,
devido às forças horizontais do vento.

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Módulo 7

Para uma análise mais organizada, a estrutura do edifício será dividida em


plano horizontal e vertical. O primeiro abrange as lajes, vigas e o contraventa-
mento horizontal, o segundo os pilares e o contraventamento vertical.

11.1. Elementos estruturais e de vedação que compõem o edifício

Plano horizontal
Sendo a construção metálica um processo de pré-fabricação, a repetição de
elementos estruturais é um fator de simplificação e de economia na execução
da estrutura. Para isso é necessário que os projetos arquitetônicos prevejam
algum tipo de modulação. Isso não implica na necessidade de projetos extre-
mamente fechados.

A prova disso é que, apesar dessa necessidade de modulação, há uma infinidade


de obras que apresentam soluções muito ricas e criativas.

O módulo é a base sobre a qual podemos, sem receios, introduzir jogos de


planos horizontais e verticais, elementos curvos e inclinados, mantendo a pos-
sibilidade de soluções bastante ricas. Modulação nada tem a ver com pobreza
de solução.

O módulo fundamental, internacionalmente conhecido é de 10 cm ou 100


mm. A partir desse módulo são criados os multimódulos de 300 e 600mm e os
submódulos, que são obtidos pela divisão do módulo por um número inteiro
qualquer. O multimódulo maior, de 600 mm é, apropriado para ser usado
como base do reticulado do qual se originará o projeto em aço. Matematica-
mente o número 600 é apropriado para subdivisões, pois contém um número
exato de vezes os números primos (600 = 2³ x 3 x 5²), portanto admite muitos
divisores. Além disso, peças de 10 x 600 mm = 6 m de comprimento apresen-
tam facilidades de transporte e manuseio.

11.2. Elementos de piso

Critérios para uso de lajes


Em uma estrutura metálica podem ser usados os seguintes tipos de laje:
- lajes maciças de concreto armado, moldadas “in-loco”
- lajes pré-fabricadas mistas
- lajes de concreto com forma metálica incorporada – conhecido como “steel-
deck”
- painéis pré-fabricados de concreto protendido
- painéis de concreto auto clavado (sical, siporex, etc)
- painéis mistos de fibrocimento e madeira (wall, etc)
- chapas metálicas
- Lajes maciças de concreto armado, moldadas “in-loco”

As lajes maciças são usadas, com vantagem econômica, quando puderem ser
incorporadas às vigas metálicas, formando, com estas, seções mistas de concre-
to e aço, aproveitando o comportamento mais adequado de cada material, o
concreto trabalhando a compressão e o aço a tração.

Durante a execução da laje, as vigas metálicas podem eliminar a necessidade


de cimbramento da laje enquanto não curada, pois a forma da laje pode ser
apoiada diretamente nos perfis metálicos. Essa solução permite que sob a laje
possam ocorrer outros tipos de atividades enquanto ela não estiver curada,

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aumentando a velocidade de execução da obra.

Para que se possa usufruir das vantagens da laje maciça é necessário que ela
seja apoiada em um vigamento mais denso, com espaçamentos entre 1,5 e 4 m.
Para maiores espaçamentos a solução com laje maciça deixa de ser vantajosa.

Lajes pré-fabricadas mistas


A laje pré é pouco utilizada em obras de maior porte ou em edifícios verti-
calizados, pois não apresenta as vantagens de incorporação às vigas metálicas.
Frente ao aço, seu uso torna-se muito artesanal. Por outro lado em obras re-
sidenciais ela tem um uso bastante corriqueiro, principalmente pela questão
econômica.

O tipo de laje pré mais interessante para uso em estruturas metálicas é a de-
nominada “pré laje”. Essa laje é composta de vigotas semelhantes às das lajes
pré-moldadas convencionais, havendo apenas a eliminação das lajotas de en-
chimento entre as vigotas. Isso permite que as vigotas possam ser dispostas lado
a lado, resultando que após o enchimento da capa de concreto a laje torne-se
maciça, possibilitando, inclusive, armação em duas direções. Esse tipo de laje
pode ser incorporado ao perfil de aço para obtenção de vigas mistas.

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Módulo 7

Exemplo:

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Lajes “steel-deck”
A laje de concreto, com forma metálica incorporada, mais conhecida por
“steel-deck”, é uma solução cujo uso tem sido bastante difundido. Para sua
execução usa-se uma forma metálica trapezoidal, com capacidade de suportar
o concreto ainda fresco, em vãos de até 4m, diminuindo a necessidade de cim-
bramentos. A forma metálica desempenha além da função de forma a função
de armação da laje, compondo com o concreto uma laje nervurada. A forma
metálica pode vir pintada em diversas cores, não necessitando de acabamento
posterior. Sobre a forma é lançado concreto para completar a altura final da
laje. Essa laje também pode ser incorporada à viga metálica para a composição
de vigas mistas.

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Módulo 7

Forma de instalação:

Painéis pré-fabricados de concreto protendido


Os painéis de lajes pré-moldados protendidos têm um uso muito freqüente
devido à sua rapidez de execução e aos grandes vãos que podem vencer. Essas
lajes não permitem sua incorporação às vigas metálicas. Exigem espaço, nem
sempre disponível, para estacionamento do equipamento de lançamento. O
uso dessa laje permite que aproximadamente 250 m² possam ser executados
por dia.

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Painéis de concreto auto clavado (sical, siporex, etc)


Os painéis de concreto celular autoclavado são muito interessantes, pois são
leves e podem vencer vãos de até 4m, sem qualquer cimbramento e sem capa
de concreto.

Painéis mistos de fibrocimento e madeira (wall, etc)


Os painéis de fibrocimento e chapas metálicas exigem um grande número de
vigas (espaçamento em torno de 1m), já que não são adequados para vencerem
grandes vãos. São usados quando se tem a necessidade de grande agilidade na
execução, pois apresentam dimensões reduzidas e são muito leves. Normal-
mente esses painéis são aplicados em obras de pequeno porte e em locais de
acesso limitado.

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Módulo 7

Chapas metálicas
As chapas metálicas não são recomendadas para locais onde o ruído seja pre-
judicial ao ambiente.

A laje ideal
Concluindo, a escolha do tipo ideal de laje é função do processo construtivo,
prazos, custos e até mesmo de necessidades estéticas.

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Parte 2 - Edifícios residenciais e comerciais em Aço

11.3. Estrutura do piso

Critérios para uso do vigamento


O lançamento do vigamento está ligado à escolha do tipo de laje. Um critério
fundamental é que a estrutura resulte em menor altura total de piso, o que
significa menor altura do edifício e, portanto, em menor despesa com materiais
de acabamento e com a própria estrutura.

Basicamente, têm-se três tipos de vigas: as vigas principais, as vigas secundárias


e as terciárias. As vigas secundárias apoiam-se nas principais e as terciárias na-
quelas. As vigas principais transmitem a carga do piso para os pilares. A necessi-
dade de existência ou não de vigas secundárias e terciárias, além de estar ligada
ao tipo de laje, está também ligada à disposição dos pilares em planta.

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Módulo 7

Os painéis de laje alveolar protendida, por exemplo, podem prescindir das vi-
gas secundárias, apoiando-se, diretamente, nas vigas principais.

A direção das vigas principais é definida pela possibilidade de disposição dos


pilares. A direção onde pode haver maior quantidade de pilares, é a direção em
que se desenvolve o vigamento principal. Nem sempre essa direção é única e
as vigas principais podem não necessariamente estar numa única direção. De
maneira geral pode-se dizer que o vigamento será mais econômico quanto
mais curto for o caminho de uma carga ao pilar.

Em edifícios onde pilares internos são arquitetonicamente indesejáveis, o uso


de uma única ordem de vigas é mais econômico.

Nesse caso pode-se usar um vigamento transversal apoiado diretamente sobre


os pilares de fachada, sem a necessidade de outras vigas.

O espaçamento econômico entre estas vigas situa-se entre 1,5 e 3 m.

Para esta situação, pode ser econômico o uso de vigas com vãos de até 20m.
O uso de pilares mais próximos facilita a execução da caixilharia, que poderá
ser fixada diretamente na estrutura, dispensando o uso de outros elementos.

Quando a arquitetura permitir a existência de pilares internos ao edifício,


e quando, ainda, for necessária grande distância entre pilares, em ambas as
direções, pode-se usar duas ordens de vigamentos, ou seja: vigas principais e
secundárias.
Piso com o vigamento em 1 direção
O espaçamento entre as vigas secundárias é definido pelo tipo de laje usado,
sendo que são também econômicos espaçamentos entre 1,5 e 3 m.

Como as vigas secundárias são sempre menos carregadas que as principais cabe
a elas vencerem os vãos maiores dos retângulos formados pelos pilares. Com
isso tem-se uma solução mais econômica. São econômicos vãos de 6 a 12 m
para as vigas principais e de 7 a 20 m para as vigas secundárias.

É interessante que o eixo de algumas vigas secundárias coincidam com os ei-


xos dos pilares, para que o travamento do edifício se torne mais eficiente.

Sempre que possível, as vigas secundárias devem ser colocadas no mesmo nível
das principais, o que resulta em uma menor espessura da estrutura do piso.

Nos edifícios, onde as tubulações de serviço são intensas e grandes, pode-se


optar por colocar as vigas secundárias sobre as principais, liberando espaço para
a passagem das tubulações.

Nos edifícios de grande largura tornam-se econômicos espaçamentos maiores


para as vigas secundárias, o que exige, para não aumentar o vão das lajes, uma
terceira ordem de vigas, as vigas terciárias.
Piso com o vigamento em 2 direções

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As vigas podem ser de alma cheia, vierendeel, vierendeel alveolar ou treliçada.


As três últimas são utilizadas quando há necessidade da passagem de tubulação
no espaço ocupado pela sua altura. Lembrar que a viga de alma cheia tem
sempre menor altura que as demais.

Como já comentado, a laje maciça de concreto armado pode ser incorporada


às vigas metálicas, resultando nas vigas mistas, o que proporciona uma altura do
perfil menor do que aquela que se obteria se trabalhassem isoladamente. Para
garantir o comportamento conjunto entre laje e perfil da viga mista, evitando
deslizamento entre as duas superfícies, devido à força cortante, deve ser prevista
uma ligação adequada entre eles. Essa ligação é feita através de cantoneiras ou Piso com vigamento em 2 direções e
conectores soldados na mesa superior do perfil. vigas intermediárias transversais

Sendo os elementos de concreto armado de menor custo que os de aço, pode-


se dizer que de maneira geral em um piso, deve-se projetar lajes com vãos
maiores e vigas mais espaçadas, para diminuir o consumo de aço.

Soluções econômicas para estruturas de piso


11.5. Contraventamento horizontal

Plano Horizontal

Como foi anteriormente comentado, os edifícios com estrutura em aço, inde-


pendentemente de suas dimensões e devido à sua pouca rigidez, necessitam ser
contraventados (travados), tanto no plano horizontal como vertical.
As lajes maciças ou pré-moldadas, quando convenientemente ligadas ao vi-
gamento, comportam-se como placas horizontais de grande rigidez que dão
conveniente travamento ao edifício em seu plano horizontal.

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Caso a ligação laje-viga não for adequada será necessário criar um contraven-
tamento metálico entre as vigas. Esses contraventamentos devem ser executa-
dos na forma de X para que qualquer que seja o sentido do deslocamento as
barras funcionem a tração.

Para diminuir o peso da estrutura, os perfis que constituem as barras do con-


traventamento devem ser barras redondas ou cantoneiras.

Plano vertical
Critérios para locação dos pilares.
De modo geral, os espaçamentos econômicos entre pilares estão entre 6 e 18
m.

Outro critério que pode determinar a locação dos pilares é a necessidade do


contraventamento vertical da estrutura. Dependendo da altura do edifício e
para aumentar sua rigidez, pode ser necessária a execução de pilares com es-
paçamentos menores.

Contraventamento vertical
O contraventamento vertical representa, muitas vezes, um elemento de difícil
adaptação à arquitetura. Por isso é necessário ser previsto na concepção do
projeto arquitetônico, quando se pode, inclusive, usá-lo como elemento esté-
tico.

Constituem-se elementos possíveis de serem usados como contraventamento


vertical:
• paredes de alvenaria
• paredes de concreto
• aporticamento entre pilares e vigas
• X metálico

Para um adequado enrijecimento da estrutura metálica são necessários no


mínimo três planos de contraventamentos verticais, não permitindo que sejam
concorrentes em um mesmo vértice.

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Apesar de possível, o uso das paredes de alvenaria como contraventamento não


é recomendado em vista de sua possível eliminação quando de reformas.

As paredes de concreto, mais permanentes, são mais usadas, principalmente em


edifícios altos. Especial atenção deve ser dada ao processo construtivo, pois a
diferença de velocidade de execução dos dois materiais, quando não levado em
conta, pode provocar atraso na execução da estrutura metálica.

As paredes de concreto podem formar o denominado núcleo rígido. Este


núcleo de concreto pode ser constituído das áreas de caixas de elevadores e
escadas, que, se construído com formas deslizantes, acompanha melhor a velo-
cidade de estrutura de aço.

O aporticamento e o contraventamento em X são outras formas de enrijecer


a estrutura. São normalmente as mais usadas.

O aporticamento consiste em enrijecer a ligação entre vigas e pilares, dimi-


nuindo a deslocabilidade da estrutura. Os pórticos, entretanto, não tornam
a estrutura totalmente indeslocável, com isso os pilares passam a apresentar
um comprimento real de flambagem maior que à distância entre as vigas dos
pavimentos contíguos, o que se traduz na necessidade de pilares de maiores
dimensões, aumentando o custo da estrutura. Além disso, os pórticos são es-
truturas que apresentam momento fletor nos pilares, o que tende a aumentar
ainda mais o seu custo.

O uso do contraventamento em X é bem mais econômico que o pórtico. Por


outro lado, cria barreira formada pelo X, o que muitas vezes impede o seu
uso.

Enfim, a decisão pelo uso do tipo mais adequado de contraventamento vertical


ficará, sempre, na dependência das possibilidades arquitetônicas, econômicas e
construtivas.

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11.7. Vedações – interfaces

Vedações

As vedações utilizadas nas construções metálicas devem ter como premissa,


leveza e agilidade de execução, propriedades típicas das estruturas metálicas.
O uso de alvenarias de tijolos maciços e blocos de concreto ou cerâmico
resultam em soluções muito interessantes esteticamente, mas de certa forma
não coerente com o peso e velocidade construtiva da estrutura metálica. Caso
opte-se por esse tipo de alvenaria, cuidados especiais deverão ser adotados para
que as ligações entre os dois materiais minimizem os efeitos do comporta-
mento diferenciado entre eles. Duas são as posturas que podem ser tomadas: ou
se opta por uma ligação bastante íntima entre os dois materiais, com o uso de
esperas deixadas nas peças metálicas ou se assume sua total separação.

Atenção especial deve ser dada às vedações externas, onde as ligações entre
alvenaria e aço, mesmo que bem executadas, podem, devido ao efeito das in-
tempéries, apresentar fissuras, que mesmo não visíveis, são pontos de passagem
de umidade, que resultam não só em prejuízos estéticos, como também na
diminuição da vida útil da estrutura. O uso de rufos e/ou materiais selantes,
pode apresentar bons resultados.

Para as estruturas metálicas é mais interessante a utilização de painéis leves e


de rápida aplicação tais como placas de concreto celular autoclavado, painéis
de placas cimentícias estruturados sobre grelha metálica, de madeira com en-
chimento de isopor, de fibrocimento com enchimento de madeira; os “dry
wall” que são painéis de gesso aplicados sobre nervuras metálicas, painéis de
concreto reforçado com fibras de vidro (GFRC) e painéis de concreto con-
vencional.

O painel GFRC por ser feito de material bastante plástico e permite efeitos
semelhantes aos painéis moldados de fibras de vidro e outros plásticos. São
usados principalmente para composição de fachadas. O “dry wal” é indicado
para divisões internas.

Detalhes de interface entre as alvenarias de vedação e a estrutura


metálica.
As alvenarias apresentam respostas bem diferentes às da estrutura metálica às
questões de variação de temperatura e umidade do ambiente. Por isso as de-
formações diferenciais entre os dois materiais podem causar resultados desa-
gradáveis, como trincas e descolamentos, entre outros. Para minimizar esses
problemas devem ser previstas algumas medidas como as que são mostradas a
seguir:

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a) Ligação da base da alvenaria externa com vigas metálicas.

b) Ligação do topo das alvenarias com as vigas metálicas.

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c) Ligação dos pilares com as alvenarias

d) Perfis incorporados às alvenarias

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Parte 3 - Edifícios residenciais e comerciais em Aço

Estruturas de Aço em Edifícios Altos

Para o estudo de edifícios altos vamos utilizar a apostila desenvolvida pelo Prof.
Aloizio Fontana Margarido, O uso do Aço na Arquitetura, cujo capítulo 10
trata deste assunto.

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CONSUMO MÉDIO DE AÇO EM DIVERSAS APLICAÇÕES

Este item tem como objetivo fornecer informações que possam ser úteis na
previsão e avaliação do consumo de material nas estruturas metálicas.

É importante salientar que os valores aqui fornecidos podem ser alterados em


função de características especiais de cada projeto, mas serve de base para uma
avaliação rápida de um empreendimento, baseado em valores médios.

Mezaninos Supõem-se sobrecarga entre 300 e 500 Kgf/m²


Área Consumo médio de aço
qualquer área 35 a 45 kgf/m²
Edifícios Supõem-se vãos entre 6,0 e 8,0 m
Nº de pavimentos Consumo médio de aço
até 3 pavimentos 30 a 45 kgf/m²
de 3 a 10 40 a 45 kgf/m²
pavimentos
Galpão Supõem-se pé direito de 6 m
Vãos (m) Consumo médio de aço
10 a 12 m 10 kgf/m²
12 a 15 m 12 a 14 kgf/m²
15 a 20 m 14 a 18 kgf/m²
20 a 30 m 18 a 22 kgf/m²
30 a 40 m 20 a 25 kgf/m²
* Nos galpões em arco prever de 10 % a menos de consumo
Treliças espaciais
Modulação Consumo médio de aço
Módulo de 18 kgf/m²
20 x 20 m
Módulo de 20 kgf/m²
25 x 25 m
Módulo de 25 kgf/m²
30 x 30 m

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