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Aprendendo a

falar estatiquês II
7
1

Paulo Roberto Rufino Pereira


Frederico Tassi de Souza Silva
Kathleen S. Gonçalves
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

META Apresentar princípios básicos de estatística.

OBJETIVOS Após o estudo desta aula, você deverá ser capaz de:
1. identificar o conceito de freqüência;
2. identificar o conceito de intervalo de classes e
limites;
3. identificar o conceito de amplitudes;
4. identificar os tipos de freqüência.

PRÉ-REQUISITOS Para esta aula, você deve relembrar os conceitos


de rol e amostra que foram apresentados na
Aula 6. Também é importante rever o cálculo de
porcentagem que você aprendeu na Aula 5.

154
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
Esses dados
fazem parte da
segunda classe desta
tabela.

DOMINANDO O ESTATIQUÊS
Para falar nossa língua, o português, é preciso saber o significado das
palavras que compõem nosso vocabulário. Se alguém se dirige a você e
pergunta “Senhor(a), estou esfaimado, poderia me ajudar?”, o que você
responderia? Provavelmente nada, porque é quase certo que você não
entendeu a pergunta. Na verdade, é provável que você não tenha entendido
a palavra “esfaimado” (significa faminto), já que não é utilizada com
freqüência, e isso comprometeu a sua compreensão. O mesmo acontece
com os termos técnicos que fazem parte dos inúmeros campos do
conhecimento.
Na Aula 6, você foi apresentado a termos estatísticos como população-alvo,
amostra, variáveis e outros que são de extrema importância para o bom enten-
dimento desta disciplina. Nesta aula, você será apresentado a novos conceitos,
relacionados com aqueles já conhecidos e que fornecerão a base necessária para
que você possa analisar tabelas e gráficos com mais facilidade.

155
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

Fico com os frontispícios


rabicundos quando me
posiciono no espaço
contíguo a ti.

RECORDAR É VIVER
Para que esta aula não seja uma novidade absoluta, vamos utilizar o mesmo
exemplo da Aula 6. Você se lembra da Joana? Ela era aquela aluna que
tirou a medida das alturas de todos os alunos de sua turma. Primeiro ela
montou uma Tabela Primitiva, na qual as alturas foram colocadas de
forma desorganizada. Em seguida, ela montou um rol, que é uma forma
organizada de distribuição dos dados. A tabela que ela montou era igual
a esta a seguir:

156
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
Tabela 7.1: Alturas, em centímetros, de todos os alunos da turma de Joana em
ordem crescente de valores. Este conjunto de dados organizados é chamado de rol.

Estaturas dos 40 alunos da turma da Joana


150 154 155 157 160 161 162 164 166 169
151 155 156 158 160 161 162 164 167 170
152 155 156 158 160 161 163 164 168 172
153 155 156 160 160 161 163 165 168 173

Para continuarmos explicando os conceitos de estatística, usaremos como


modelo a tabela que foi montada por Joana.

Thiago Felipe Festa

Fonte: www.sxc.hu

Figura 7.1: A organização facilita a identificação e o uso de objetos em geral.


O mesmo raciocínio é válido para a ordenação dos dados estatísticos.

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e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

FREQÜÊNCIA
No exemplo da tabela de Joana, a variável em questão é “estatura” (altura
dos alunos). Ao olharmos os dados coletados (alturas medidas), percebemos
que muitas alturas se repetem. Esse número de vezes que um dado se repete
é chamado, em estatística, de freqüência.

DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIAS

Uma variável cujo rol de dados apresenta valores repetidos poderá ser
analisada com muito mais facilidade quando esses valores estiverem
dispostos em uma tabela que informe o número de vezes que cada valor
(no caso do exemplo, altura) aparece.
Veja na tabela a seguir como ficam os dados organizados com suas
freqüências correspondentes:

Tabela 7.2: Tabela de distribuição de freqüências. Nela estão representadas todas as


alturas que foram medidas e quantas vezes cada uma delas se repete. Observe que a
soma de todas as freqüências é igual ao número total de alunos (quarenta) da turma
de Joana.
Estatura(cm) Freqüência
150 1
151 1
152 1
153 1
154 1
155 4
156 3
157 1
158 2
160 5
161 4
162 2
163 2
164 3
165 1
166 1
167 1
168 2
169 1

158
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
170 1
172 1
173 1
Total 40

Como você pode perceber, a Tabela 7.2 tem um inconveniente: ela é


muito grande. Ficaria muito melhor se os dados fossem agrupados em
intervalos.

Oltin Dogaru

Sava Marinkovic
Andrea De Stefani
Stacy Braswell

Andrew C.

Fonte: www.sxc.hu
Figura 7.2: Os elementos (dados) de
uma pesquisa podem ser agrupados
em intervalos de mesmo tamanho,
ou seja, que contenham o mesmo
número de dados. Nessas imagens,
você pode identificar cinco grupos
(intervalos) com quatro pessoas
(elementos) em cada um deles.

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e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

ATIVIDADE 1
Atende ao Objetivo 1

Baseado nos dados do rol a seguir, responda às perguntas:

122 145 190 203 246 298 354 463


123 166 190 203 255 321 356 463
145 187 190 203 289 333 365 465
145 190 191 222 297 333 366 476
145 190 200 245 298 333 385 500

a. Qual a freqüência do valor 333?

b. Qual a freqüência do valor 190?

c. Qual a freqüência do valor 465?

d. Qual a freqüência do valor 145?

Então, quando temos uma tabela com muitos valores para serem analisados,
a melhor estratégia é agrupar esses valores em intervalos.
Em estatística, usamos símbolos para representar um intervalo (faixa de
valores).
É importante que você conheça tais símbolos para ser capaz de compreender
as informações oferecidas, senão vai se sentir como um brasileiro – que
não fala japonês – no Japão. E isso não é nada bom, você não acha?
O símbolo significa que existe um intervalo de valores que vão desde o
número à esquerda do símbolo, inclusive o próprio número, até o número à
direita do símbolo, sem incluir este número. Ou seja, até o último número,
imediatamente antes do número que aparece à direita do símbolo. Vamos
ver um exemplo:
20 40 ⇒ significa um intervalo de valores que compreende os números
que vão desde o número 20 até um número imediatamente anterior a 40.
Se o conjunto de valores pertencer aos números naturais, esse número
imediatamente anterior a 40 é o número 39. Mas se o conjunto de números

160
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
em questão pertencer aos números reais, ele pode ser uma infinidade de
números: 39,1 39,36 39,478 39,88876555 e outros. Lemos esse exemplo
(20 40) da seguinte forma: intervalo de 20 a 40, fechado em 20 e aberto
em 40.
O símbolo também significa um intervalo entre os valores da esquerda e
da direita, mas dessa vez, ao contrário do caso anterior, ele exclui o número
da esquerda e inclui o da direita. Veja o seguinte exemplo:
10 30 ⇒ significa um intervalo que compreende os valores entre o número
imediatamente posterior a 10 até o número 30, incluindo ele. Novamente,
se o conjunto de números pertencer ao conjunto dos números naturais,
o número posterior a 10 será 11. Mas se forem números reais, podemos
ter uma infinidade de números, e isso vai depender do conjunto de dados
que está sendo analisado, podendo ser então:
10,011 10, 123 10,467 10,5784777, além de muitos outros. Lemos o
exemplo (10 30) da seguinte forma: Intervalo de 10 a 30, aberto em 10
e fechado em 30.
Por fim, temos o símbolo . Como você já deve imaginar, ele é usado
quando temos um intervalo que contém os valores que estão a sua esquerda
e a sua direita. Portanto, 10 40 significa um intervalo que vai do número
10 até o 40, incluindo esses dois. Lemos esse exemplo 10 40 como:
intervalo de 10 a 40, fechado em 10 e em 40.

CURIOSIDADE

As mil e uma faces do intervalo


Quando falamos em intervalo, é comum pensarmos em
definições como: a distância entre coisas ou pessoas; o tempo
que separa determinados eventos ou fatos. Nesta aula,
você está aprendendo que intervalo também pode
ser o espaço no qual agrupamos dados estatísticos.
Mas você sabia que também existe intervalo
na música?

Fonte: www.sxc.hu

161
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

Pense no som produzido por algum instrumento musical. Quando, ao


ouvir duas notas musicais, sentir uma sensação agradável, é porque
entre essas duas notas existe um intervalo musical. Essa sensação
depende da razão (matemática) entre as freqüências dos sons, mas ela
varia de ouvinte para ouvinte.
Você percebeu que eu disse que o som tem freqüência? Mas isso é uma
outra história.
(Fonte: Adaptado de http://www.cdcc.sc.usp.br/ondulatoria/musica7.html.)

Agora, observe a tabela a seguir:

Tabela 7.3: Distribuição de freqüência com intervalos. As estaturas (altura) dos


alunos da turma de Joana estão agrupadas em intervalos.
Estatura(cm) Freqüência
150 154 4

154 158 9

158 162 11

162 166 8

166 170 5

170 174 3

Total 40

Nessa nova tabela, temos as alturas que foram medidas por Joana, mas
nem todas estão visíveis como na Tabela 7.2. Algumas alturas não são
vistas porque estão escondidas em um agrupamento de valores, ou seja,
os intervalos. Ficou confuso? Então vamos explicar melhor.
Preste atenção na segunda linha da Tabela 7.3:

Estatura(cm) Freqüência
150 154 4

162
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
Como você já aprendeu, o símbolo significa intervalo. No caso da
segunda linha da Tabela 7.3, esse intervalo é uma faixa de valores contendo
os números que vão de 150 centímetros, inclusive ele, até o último número
antes de 154 centímetros.
Observe, a seguir, uma parte da Tabela 7.2:

Estatura(cm) Freqüência
150 1
151 1
152 1
153 1
154 1

Veja que a última altura antes de 154 centímetros é 153 centímetros.


Portanto, o intervalo 150 154 contém os seguintes valores: 150, 151,
152 e 153 cm. Como cada valor aparece uma única vez no rol de dados,
a freqüência desse intervalo é quatro, que é a soma das freqüências
individuais dos valores que formam o intervalo.

Bom dia, aqui é do banco Cofre


Forte e estamos fazendo uma E o seu marido, com que
pesquisa com o objetivo de Eu vou à minha agência 3 freqüência ele visita o
melhorar nosso atendimento. vezes por semana. banco?
Gostaríamos de saber com que
freqüência a senhora vai ao
banco.

163
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

Ah, meu marido é muito A senhora tem filhos? Eles Sim, eu tenho um filho e ele
ocupado, faz tudo pela têm conta no nosso banco? também tem conta neste
internet! Ele só vai uma vez banco. Ele passa na agência
na semana ao banco. umas 2 vezes por semana.

Quer dizer, então, que sua É isso mesmo! Figura 7.3: Freqüência é o
família freqüenta nosso banco
6 vezes por semana? número de vezes que um
evento se repete. No caso
da história, é o número de
vezes que cada pessoa vai ao
banco. Quando agrupamos
os dados ou elementos (os
elementos mulher, marido
e filho formam um grupo,
que chamamos de família),
a freqüência do grupo
(que é a mesma idéia de
intervalo, pois agrupamos
os elementos) é a soma
das freqüências de cada
elemento individualmente.
A família vai seis vezes por
semana ao banco, porque
a mulher vai três vezes, o
marido uma vez e o filho
duas vezes.

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Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
Apesar de simplificar a verificação dos dados, ao agruparmos os valores em
intervalos, perdemos algumas informações. Na Tabela 7.2, por exemplo,
sabemos que três alunos possuem 156 centímetros e que não há nenhum
aluno com 159 centímetros. Já na Tabela 7.3 não temos como saber se
existe, por exemplo, um aluno com 171 centímetros, pois esse valor poderia
estar “escondido” no intervalo 170 174. No entanto, podemos saber, com
segurança, que oito alunos medem entre 162 e 165 centímetros, porque
essa é a freqüência do intervalo 162 166 (confira na tabela).
Agora que você entendeu que os dados podem ser agrupados em intervalos,
vamos aprender um novo conceito: o de classes. Antes disso, é interessante
que você realize uma atividade.

ATIVIDADE 2
Atende ao Objetivo 1

Um funcionário do setor de estoque de uma loja de eletrodomésticos montou uma tabela


com a quantidade de liquidificadores que foram vendidos durante um mês de promoção da
loja. Ao final desse período, ele fez um levantamento das vendas e colocou as quantidades
encontradas na seguinte tabela:

14 12 11 13 14 13
12 14 13 14 11 12
12 14 10 13 15 11
15 13 16 17 14 14

a. Use o modelo a seguir para montar uma tabela de distribuição de freqüência com base
nos dados anteriores:

Quantidade de liquidificadores vendidos Freqüência

Total

165
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

b. O que representa o total das freqüências da tabela que você montou?

CLASSE
Em uma tabela, chamamos de classe os intervalos que contêm dados
(valores) agrupados. Os intervalos de classe, ou apenas classes, podem
ser de diversos tamanhos. No entanto, em uma mesma tabela todas as
classes devem ser de tamanhos iguais, ou seja, elas devem conter a mesma
quantidade de dados agrupados. O que vai determinar a quantidade de
dados que você coloca nas classes de determinada tabela é o tamanho da
amostra e os critérios escolhidos para dispor os dados na tabela.

MULTIMÍDIA

a
Jan Kraten

Fonte: www.sxc.hu

Você acha que não é possível se divertir com estatística? Engano seu...
Acesse o site http://www.esteouaquele.com. Nele você vai encontrar vários
tipos de levantamentos estatísticos (alguns sérios e outros bem estranhos),
piadas sobre o tema, um dicionário de termos estatísticos, links para outros sites
(relacionados ou não) e até informações sobre vagas de emprego na área.

166
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
O número de classes (intervalos ou intervalos de classe) que teremos em
uma tabela também é variável, dependendo do tamanho da amostra e dos
critérios que foram seguidos.

Olhe novamente para a Tabela 7.3. Nela encontramos seis classes. Veja
a seguir:
150 154 ⇒ é a primeira classe
154 158 ⇒ é a segunda classe
158 162 ⇒ é a terceira classe
162 166 ⇒ é a quarta classe
166 170 ⇒ é a quinta classe
170 174 ⇒ é a sexta classe

MULTIMÍDIA

atov
Svilen Mushk

Fonte: www.sxc.hu

Os critérios mais usados para determinação do número de classes são o de


Oliveira, de Scott e de Sturges. A escolha de qual critério usar é pessoal,
atendendo da melhor forma os objetivos do estudo. Se você quiser se
aprofundar no assunto e conhecer como se faz os cálculos para cada um
desses critérios, visite o site http://www.famat.ufu.br/prof/rogerio/rogerio_
arquivos/est%20biologia/descritiva.pdf.

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e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

LIMITES DE UM INTERVALO DE CLASSE

Todas as classes têm limites, mas o que são esses limites? Os limites são
os valores que marcam o início e o fim de cada classe. O limite inferior é
sempre o menor valor do intervalo de classe e o limite superior é o maior
valor do intervalo de classe.
Por exemplo: a primeira classe da Tabela 7.3 (150 154) tem como limite
inferior o valor 150, enquanto o limite superior é 154. Na segunda classe
da Tabela 7.3 (154 158), o limite inferior é 154 e o limite superior é
158, e assim por diante.

Gabriel Robledo

Fonte: www.sxc.hu

Figura 7.4: Se você buscar a definição de limite em um dicionário,


encontrará que pode ser o ponto ou a linha terminal a qual alguma
coisa não pode, ou não deve, ultrapassar. Ou seja, é a delimitação
de algo como, por exemplo, um intervalo.

168
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
ATIVIDADE 3
Atende ao Objetivo 2
Vamos ver se você entendeu o conceito de classes e a idéia de limites de um intervalo de
classe? A tabela de distribuição de freqüência a seguir foi montada com os valores obtidos
por um agricultor que mediu, dia a dia, durante alguns meses, quantos gramas de fertilizante
ele usou em sua plantação de batatas.

Quantidade de fertilizante Freqüência


(em gramas)

100 120 10

120 140 18

140 160 24

160 180 20

180 200 27

200 220 15
Total 132

A partir dos dados da tabela montada pelo agricultor, responda:

a. Quantos dados estão contidos na terceira classe?

b. Qual o limite inferior da quarta classe?

c. Qual o limite superior da sexta classe?

d. Durante quantos dias o agricultor pesou a quantidade de fertilizante que ele usou em
sua plantação?

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e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

AMPLITUDE DE UM INTERVALO DE CLASSE

A amplitude é o tamanho do intervalo de classe, ou seja, é a diferença


entre o limite superior e o limite inferior de uma classe. Vamos pegar como
exemplo a terceira classe da Tabela 7.3 (158 162). O limite superior é
162 e o inferior é 158. A diferença entre eles é: 162 – 158 = 4. Se você
calcular a amplitude das outras classes, vai constatar que todas têm o
mesmo tamanho, ou seja, a mesma amplitude (4).

Marta Juez
Fonte: www.sxc.hu

Figura 7.5: Uma classe tem sua amplitude (tamanho) definida por seus limites.

A amplitude que foi apresentada é de cada intervalo de classe, mas existem


mais dois tipos de amplitude. Uma delas está relacionada com o tamanho da
distribuição de dados, chamada de amplitude total da distribuição. A outra
é relacionada com o tamanho de toda a amostra, chamada de amplitude
amostral. Veja, a seguir, a explicação referente a cada tipo.

AMPLITUDE TOTAL DA DISTRIBUIÇÃO

É a diferença entre o limite superior da última classe, também chamado


de limite superior máximo, e o limite inferior da primeira classe, chamado
de limite inferior mínimo.
Na Tabela 7.3, o limite superior máximo é 174 (limite superior da sexta
classe) e o limite inferior mínimo é 150 (limite inferior da primeira
classe). Assim, a diferença entre esses limites é: 174 – 150 = 24. Portanto,
a amplitude total da distribuição na Tabela 7.3 é 24.

170
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
AMPLITUDE AMOSTRAL

É a diferença entre os valores máximo e mínimo da amostra. A amplitude


amostral parece igual à amplitude total da distribuição, mas não é; na
verdade, elas nunca serão iguais e você vai saber por quê.
Você lembra que quando usamos o símbolo estamos dizendo que o valor
à direita não faz parte daquele intervalo? Se você observar o sexto intervalo
de classe da Tabela 7.3 (170 174), vai perceber que o valor 174 não
faz parte dele. Como esse é o último intervalo, quer dizer que o 174 não faz
parte do conjunto de dados. Fica fácil conferir essa observação se você olhar
para a Tabela 7.2. Qual o último dado (valor) dela? Você deve ter observado
que o último valor é 173, e não 174. Por isso, a amplitude amostral é
173 – 150 = 23.

ATENÇÃO!

Existem diversas formas (critérios) de calcular o número de classes. Se, após


fazer esse cálculo (utilizando um dos critérios escolhidos), você dividir a
amplitude amostral por esse número (de classes), vai encontrar a amplitude
que as classes da sua tabela devem ter. Quando essa divisão não é um
número exato, você deve arredondar esse número para o valor inteiro
imediatamente maior. Veja um exemplo usando a Tabela 7.2:
Digamos que você usou o critério de Sturges (uma das possíveis formas de
calcular o número de classes) e chegou ao valor de 6, ou seja, com seus
23 dados (amplitude amostral) da Tabela 7.2, você deve formar 6 classes.
Assim 23 ÷ 6 = 3,8. Mas 3,8 não é um número inteiro. Então você deve
arredondá-lo para o maior número inteiro imediatamente superior a ele,
ou seja, o número 4 (quatro). Esteja atento ao fato de que você sempre
deve arredondar para um número maior. Com esses valores, você já sabe
que deve dividir seus 23 dados em 6 classes e que cada classe deve ter o
tamanho (diferença entre o limite superior e o inferior) de 4, ou seja, deve
ter quatro dados.

171
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

Sanja Gjenero
Alaa Hamed
Fonte: www.sxc.hu
Figura 7.6: A amplitude está relacionada com o tamanho da amostra. Podemos ter amostras de pequena
amplitude (como 5 conchas), média amplitude (como 42 peões) ou grande amplitude (centenas de remédios).

Você já sabe o que é freqüência. Mas ainda não sabe que existem vários
tipos de freqüência. Mas não se preocupe, pois é isso que você vai aprender
agora. Esses tipos de freqüência não foram explicados anteriormente
porque para entendê-los era preciso que você fosse apresentado à idéia
de intervalo, classes e todos os outros conceitos associados. Agora, então,
podemos retornar a essa explicação, que é o assunto que veremos a seguir,
mas não sem antes realizar mais uma atividade.

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Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
ATIVIDADE 4
Atende aos Objetivos 2 e 3

Com o intuito de avaliar o desempenho dos alunos de um


curso preparatório para o concurso de Técnico em Segurança SIMULADO
Imitação de uma prova.
no Trabalho, o coordenador pedagógico selecionou o É muito comum em cursos (pré-
vestibulares, preparatórios para
resultado de um SIMULADO realizado com uma das turmas. concursos e outros) se fazer uma
prova-teste, como se fosse a prova
para qual o aluno está sendo
preparado. Isso serve para que ele
teste seus conhecimentos.

Com a nota dos alunos foi montada a tabela primitiva a


seguir:
84 68 33 52 47 73 68 61 73 77
74 71 81 91 65 55 57 35 85 88
59 80 41 50 53 65 76 85 73 60
67 41 78 56 94 35 45 55 64 74
65 94 66 48 39 69 89 98 42 54

a. Com os dados da tabela anterior, monte uma tabela de distribuição de freqüência com
intervalos de classes, usando o molde a seguir. Ela deve ter as seguintes características:

– O limite inferior da primeira classe é 30.

– O limite superior da última classe é 100.

– Todas as classes devem ter o limite inferior incluído no intervalo e o limite superior
excluído do intervalo.

– A amplitude de cada classe é 10.

Notas dos alunos Freqüência

Total

173
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

b. Qual a amplitude total dessa distribuição?

c. Qual a amplitude amostral desses dados?

TIPOS DE FREQÜÊNCIAS
No início da aula,você aprendeu que freqüência é o número de vezes que
cada dado se repete.
Uma informação que você precisa lembrar é que a soma das freqüências
de uma tabela tem o mesmo valor da quantidade total de dados existentes
nessa tabela. Você lembra que Joana mediu a altura dos 40 alunos de
sua turma? Se observar as Tabelas 7.2 e 7.3, verá que a soma de todas as
freqüências é 40, ou seja, o mesmo valor do total de dados.
Dependendo do objetivo do estudo, as freqüências podem ser analisadas
de diferentes formas e, portanto, recebem nomes específicos, como você
verá a seguir.

FREQÜÊNCIA SIMPLES OU ABSOLUTA

A freqüência simples ou absoluta é o número de vezes que cada dado se


repete. Se os dados estiverem agrupados em classes, cada classe terá sua
freqüência simples ou absoluta, que é a soma das freqüências de cada
dado dessa classe.
Na Tabela 7.3 a freqüência da segunda classe (154 158) é 9. Para entender
por quê, olhe para uma parte da Tabela 7.2 que está a seguir:

Estatura(cm) Freqüência
150 1
151 1
152 1
153 1
154 1
155 4
156 3
157 1
158 2

174
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
Podemos observar que a segunda classe é formada pelos valores 154, 155,
156 e 157 (o 158 não entra, lembra?). Como a freqüência da classe é a
soma das freqüências individuais de cada dado dessa classe, temos que a
freqüência será: 1 + 4 + 3 +1 = 9.

Steve Woods
Iwan Beijes
Andrzej Pobiedzinski

Fonte: www.sxc.hu
Figura 7.7: A freqüência está relacionada com o número de vezes
que um dado ou elemento se repete. Numa população de bichinhos,
como nas imagens, só há um jacaré. Portanto, o elemento jacaré tem
freqüência 1. Há três patos; portanto, a freqüência do elemento pato é
3. Já a freqüência do elemento sapo é 7. Fácil, não é mesmo?

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e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

FREQÜÊNCIA RELATIVA

O cálculo da freqüência relativa é feito dividindo a freqüência simples de


determinado dado, ou de determinada classe, pela freqüência total (soma
de todas as freqüências da tabela). Por exemplo, a freqüência simples da
terceira classe (158 162) da Tabela 7.3 é 11 e a freqüência total da tabela
é 40. Assim, a freqüência relativa da terceira classe em relação ao total é
11
= 0, 275 .
40
A freqüência relativa pode também ser expressa em porcentagem. Usando
o exemplo anterior, temos que a freqüência relativa da terceira classe é
0,275. Como você viu na Aula 5, esse valor é o mesmo que 27,5%.

FREQÜÊNCIA ACUMULADA

É a soma das freqüências simples de todos os dados até um dado


predeterminado. Por exemplo, na Tabela 7.2, a freqüência acumulada até
a estatura de 155 centímetros é de 9, que é a soma de todas as freqüências
dos valores até 155. Isso significa que 9 alunos medem até 155 centímetros.
Veja parte da tabela e as respectivas freqüências de cada estatura:

Estatura(cm) Freqüência
150 1
151 1
152 1
153 1
154 1
155 4

Quando a tabela contém os dados agrupados em classes, a freqüência


acumulada é a soma das freqüências simples das classes até uma classe
predeterminada. Vamos usar como exemplo a Tabela 7.3. Nela, a
freqüência acumulada até a terceira classe é a soma das freqüências da
primeira, segunda e terceira classes. Quer dizer que a freqüência acumulada
até a terceira classe é: 4 + 9 + 11 = 24. Esse resultado significa que 24
alunos medem menos que 162 centímetros (valor que não faz parte da
terceira classe).

176
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
Estatura (cm) Freqüência
150 154 4

154 158 9

158 162 11

FREQÜÊNCIA ACUMULADA RELATIVA

É a freqüência acumulada em relação à freqüência total, ou seja, é uma


determinada freqüência acumulada dividida pela freqüência total de uma
tabela. Na Tabela 7.3 a freqüência acumulada até a quarta classe é 32 (4
+ 9 + 11 + 8) e a freqüência total é 40. Portanto, a freqüência acumulada
32
relativa é: = 0, 8 . Assim como a freqüência relativa, a freqüência
40
acumulada relativa também pode ser expressa em porcentagem. Como você
já viu na Aula 5, o número 0,8 também pode ser expresso como 80%.

Figura 7.8: A freqüência relativa e a freqüência acumulada relativa podem


ser expressas como porcentagens.

177
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

Se calcularmos todos os tipos de freqüência apresentados até aqui, podemos


montar a seguinte tabela:

Tabela 7.4: Freqüências. Os valores foram calculados a partir dos dados da Tabela 7.3.
Classe Dados em Freqüência Freqüência relativa Freqüência Freqüência acumulada
intervalos simples acumulada relativa
1 150 154 4 0,100 10% 4 0,100 10%
2 154 158 9 0,225 22,5% 13 0,325 32,5%
3 158 162 11 0,275 27,5% 24 0,600 60%
4 162 166 8 0,200 20% 32 0,800 80%
5 166 170 5 0,125 12,5% 37 0,925 92,5%
6 170 174 3 0,075 7,5% 40 1,000 100%
Total 40 1,000 100%

A freqüência acumulada da tabela é a soma das freqüências simples até a


classe em questão. Por exemplo, a freqüência acumulada da primeira classe
é 4, porque até ali só existe a freqüência simples da primeira classe, que é 4.
A freqüência acumulada da segunda classe é a soma das freqüências simples
da primeira e segunda classes, ou seja, 4 + 9 = 13, e assim sucessivamente.
A freqüência acumulada relativa é a freqüência acumulada da classe em
questão dividida pela freqüência total. Assim, a freqüência acumulada, por
exemplo, da terceira classe é 24 (freqüência acumulada da terceira classe),
dividida por 40 (freqüência total), que é igual a 0,600 ou 60%.

Com base na Tabela 7.4, podemos responder a muitas perguntas:

a. Quantos alunos medem de 166 centímetros a 169 centímetros?


Cinco alunos é a resposta, porque quando olhamos para o intervalo de
classe 5 (166 170, lembre-se de que o valor 170 não está incluído no
intervalo), vemos que a freqüência simples é 5. Como vimos nesta aula,
a freqüência simples de uma classe representa o número de dados dessa
classe.

b. Quantos alunos têm menos de 162 centímetros?

178
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
Quando queremos saber a quantidade de dados que existem até determinado
valor (dado), calculamos a freqüência acumulada até o dado em questão.
Ou seja, se queremos saber quantos alunos têm altura menor que 162
centímetros, calculamos a freqüência acumulada até a terceira classe,
que possui como limite superior 162 centímetros. O fato de o valor 162
não entrar nesse intervalo não é um problema, pois queremos os valores
abaixo dele. Observando a Tabela 7.4, encontramos que a freqüência
acumulada até essa classe é 24, quer dizer, existem 24 alunos com menos
de 162 centímetros.

c. Qual a porcentagem de alunos que tem altura menor que 166


centímetros?
Como queremos incluir todos os dados até determinado valor (todos os
alunos com menos de 166 centímetros), temos que calcular a freqüência
acumulada. O problema pede a porcentagem de alunos, o que nos leva
a pensar em freqüência relativa. Portanto, temos que achar a freqüência
acumulada relativa.
Olhando para a Tabela 7.4, encontramos que a freqüência acumulada
relativa até a quarta classe (162 166, que não inclui o valor 166) é de
0,800. Transformando esse valor para porcentagem, temos que 80% dos
alunos têm menos de 166 centímetros.

ATIVIDADE 5
Atende ao Objetivo 4

Vamos ver se você entendeu a diferença entre os tipos de freqüência?

Observe a Tabela de Distribuição de Freqüências a seguir e complete-a com o total e as


freqüências que faltam:

Dados da Freqüência Freqüência Freqüência Freqüência


amostra simples relativa acumulada acumulada relativa
3 2
4 5
5 12
6 10
7 8
8 3
Total

179
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

ATIVIDADE 6
Atende ao Objetivo 4

Para fazer uma análise das causas de acidentes envolvendo motoristas de ônibus de uma
cidade do interior do estado de Minas Gerais, um Técnico em Segurança no Trabalho da
Prefeitura desta cidade montou uma Tabela de Distribuição de Freqüências relacionando
o número de motoristas com a quantidade de acidentes que cada um sofreu; veja a seguir:

Número de acidentes Número de motoristas


0 20
1 10
2 16
3 9
4 6
5 5
6 3
7 1

Com base na tabela anterior, responda às perguntas a seguir:

a. Quantos motoristas fazem parte desse levantamento?

b. Quantos motoristas nunca sofreram nenhum acidente?

c. Quantos motoristas sofreram de zero a três acidentes?

d. Quantos motoristas sofreram um mínimo de três e um máximo de cinco acidentes?

e. Qual a porcentagem de motoristas que sofreram dois acidentes?

180
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
RESUMINDO...

• Freqüência, também chamada de simples ou absoluta, é o número de vezes que determinado


dado se repete.

• Quando alguns dos dados de uma amostra se repetem, montamos uma tabela de distribuição
de freqüência.

• Quando existem muitos dados a serem analisados, agrupamos esses dados em intervalos.

• Os dados de uma tabela podem ser agrupados em intervalos chamados de classes.

• Limites de classe são os valores que iniciam e finalizam cada classe. O menor é o limite inferior
da classe e o maior é o limite superior da classe.

• O tamanho de uma classe é chamado de amplitude da classe.

• Amplitude total da distribuição é a diferença entre o limite superior da última classe e o limite
inferior da primeira classe.

• Amplitude amostral é a diferença entre os valores máximo e mínimo da amostra.

• Freqüência relativa é a razão entre a freqüência simples de um dado ou classe qualquer e a


freqüência total.

• Freqüência acumulada é a soma das freqüências até determinado dado.

• Freqüência acumulada relativa é a razão entre uma freqüência acumulada qualquer e a


freqüência total.

INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA


Na próxima aula, você vai aprender a montar uma tabela, passando pela
coleta de dados até os elementos que a compõem. Vai aprender também
que existem diferentes tipos de tabela dependendo dos tipos de dados
coletados.

181
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES

ATIVIDADE 1

a. o número (valor) 333 se repete 3 vezes, por isso sua freqüência é 3.


b. o número (valor) 190 se repete 5 vezes, por isso sua freqüência é 5.
c. o número (valor) 465 se repete 1 vez, por isso sua freqüência é 1.
d. o número (valor) 145 se repete 4 vezes, por isso sua freqüência é 4.

ATIVIDADE 2

a. Freqüência é o número de vezes que um determinado dado se repete. Assim, em


determinado dia foram vendidos 10 liquidificadores, e em nenhum outro dia foi vendida
a mesma quantidade, por isso a freqüência de 10 é 1. A quantidade 11 se repete em três
dias diferentes e por isso a freqüência desse dado é 3, e assim por diante.

Quantidade de Freqüência
liquidificadores vendidos
10 1
11 3
12 4
13 5
14 7
15 2
16 1
17 1
Total 24

b. Todos os dias o funcionário da loja contava quantos liquidificadores foram vendidos


e colocava esse valor na tabela. Por isso, a quantidade de valores que existem na tabela
corresponde ao número de dias que o funcionário fez o levantamento das vendas.
A freqüência é o número de vezes que cada dado aparece; assim, se somarmos as
freqüências, encontraremos a quantidade de dados da tabela. Portanto, a soma de todas
as freqüências representa o número de dias que o funcionário da loja contou o número
de liquidificadores vendidos.

ATIVIDADE 3

a. A terceira classe é (140 160). A freqüência é o número de dados que existem naquela
classe; portanto, a resposta é 24.

182
Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
b. A quarta classe é (160 180). O limite inferior é sempre o menor valor, no caso
160.
c. A sexta classe é (200 220). O limite superior é sempre o maior valor, no caso
220.
d. O número de dias que ele pesou o fertilizante é igual à quantidade de dados que
existem na tabela, porque ele tem uma medida por dia. Assim, a freqüência total da
tabela é a quantidade de dados existentes nela; então, ele pesou o fertilizante durante
132 dias.

ATIVIDADE 4

a. A primeira classe deve começar com o número 30, já que o limite inferior da
primeira classe é 30. Como a amplitude das classes é 10, a primeira classe vai de 30 a
40, porque 40 – 30 = 10. A segunda vai de 40 a 50, porque 50 – 40 = 10, e assim por
diante. Como o limite superior da última classe é 100, a última classe será de 90 a 100.
Como em todas as classes o limite inferior será incluído e o superior será excluído, o
símbolo usado é .

Notas dos alunos Freqüência


30 40 4

40 50 6

50 60 9

60 70 11

70 80 9

80 90 7

90 100 4
Total 50

b. A amplitude total da distribuição é 70, porque o limite superior da última classe é


100 e o limite inferior da primeira classe é 30. Assim, 100 – 30 = 70.
c. A amplitude amostral é a diferença entre o último dado da amostra e o primeiro.
O primeiro dado da amostra é 33 (veja na tabela primitiva que a menor nota é 33) e
o último dado da amostra é 98 (nota mais alta que encontramos na tabela). Portanto,
a amplitude amostral é 98 – 33 = 65.

183
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

ATIVIDADE 5

A freqüência relativa é o valor da freqüência simples dividida pela freqüência total, ou seja,
a freqüência relativa do primeiro dado (3), é 2 ÷ 40 = 0,050 ou 5%.
A freqüência acumulada é a soma da freqüência simples do dado com as freqüências simples
anteriores. A freqüência acumulada do primeiro dado é igual à freqüência simples. A do
segundo dado é a freqüência simples do segundo dado mais a do primeiro, ou seja, 5 + 2 = 7.
A do terceiro dado é a freqüência simples do terceiro dado mais a do segundo e do primeiro,
ou seja, 12 + 5 + 2 = 19, e assim por diante.
A freqüência acumulada relativa é a freqüência acumulada dividida pela freqüência simples.
Assim, a freqüência acumulada relativa do primeiro dado é 2 ÷ 40 = 0,050; a do segundo
é 7 ÷ 40 = 0,175, e assim por diante.

Dados da Freqüência Freqüência Freqüência Freqüência


amostra simples relativa acumulada acumulada
relativa
3 2 0,050 2 0,050
4 5 0,125 7 0,175
5 12 0,300 19 0,475
6 10 0,250 29 0,725
7 8 0,200 37 0,925
8 3 0,075 40 1,000
Total 40

ATIVIDADE 6

a. Setenta motoristas. O número total de motorista é a soma de todas as freqüências,


já que cada freqüência é o número de motoristas relativo a cada número de acidentes
ocorridos.
b. Vinte motoristas não sofreram nenhum acidente.
c. Cinqüenta e cinco motoristas. Para saber quantos motoristas sofreram de zero a três
acidentes, é só calcular a freqüência acumulada até a quantidade de motoristas que sofreram
três acidentes. Quer dizer, basta somar 20 + 10 + 16 + 9 = 55.
d. Vinte motoristas. Para saber quantos motoristas tiveram de três a cinco acidentes, basta
calcular a freqüência acumulada entre esses números de acidentes, ou seja, 9 + 6 + 5 = 20.
e. Como queremos a porcentagem de um dado em relação ao total, basta calcularmos a
freqüência relativa desse dado. Dezesseis motoristas sofreram dois acidentes, então temos
16 ÷ 70 = 0,228571; podemos arredondar este valor para 0,228, que é igual a 22,8%.

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Aula 7 • Aprendendo a falar estatiquês II
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUSSAB, Wilton O.; MORETTIN, Pedro A. Estatística básica. 5. ed.


São Paulo: Saraiva, 2003.

MARTINS, Gilberto A. Estatística geral e aplicada. 3. ed. São Paulo:


Atlas, 2005.

MAGALHÃES, Marcos N.; LIMA, Antonio C. P. Noções de


probabilidade e estatística. 6. ed. São Paulo: EDUSP, 2005.

MILONE, Giuseppe. Estatística geral e aplicada. São Paulo: Thomson


Learning, 2006.

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