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23/01/2018 União Soviética – Wikipédia, a enciclopédia livre

União Soviética
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (em russo: Союз Советских Социалистических Республик,
Союз Советских Социалистических
Soyuz Sovetskikh Sotsialisticheskikh Respublik) ou simplesmente União Soviética, (em russo:
transliterado como
Республик
Советский Союз, transliterado como Sovetskij Soyuz), ou URSS foi um Estado socialista localizado na Eurásia que
União das Repúblicas
existiu entre 1922 e 1991. Uma união de várias repúblicas soviéticas subnacionais, a URSS era governada por um regime
Socialistas Soviéticas
unipartidário altamente centralizado comandado pelo Partido Comunista e tinha como sua capital a cidade de Moscou.[6]
Federação
A União Soviética teve suas raízes na Revolução Russa de 1917, que depôs a autocracia imperial. Após a revolta, os
bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, derrubaram o governo provisório que tinha sido estabelecido. A República
Socialista Federativa Soviética Russa foi então criada e a Guerra Civil Russa começou. O Exército Vermelho entrou em
↓ 1917 – 1991 ↓

diversos territórios do antigo Império Russo e ajudou os comunistas locais a tomarem o poder. Em 1922, os bolcheviques
foram vitoriosos, formando a União Soviética, com a unificação das repúblicas soviéticas da Rússia, Ucrânia, Bielorrússia
e Transcaucásia. Em 1924, após a morte de Lenin, houve a liderança coletiva da troika e uma breve luta política, quando
então Josef Stalin chegou ao poder em meados dos anos 1920. Stalin associou a ideologia estatal ao marxismo-leninismo e
iniciou um regime de economia planificada. Como resultado, o país passou por um período de rápida industrialização e Bandeira Brasão
coletivização, que lançou as bases de apoio para o esforço de guerra posterior e para o domínio soviético após a Segunda
Guerra Mundial.[7] No entanto, Stalin reprimiu tanto os membros do Partido Comunista quanto elementos da população Lema nacional
Пролетарии всех стран,
através de seu regime autoritário. соединяйтесь!
(em português, Trabalhadores de todos
No início da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha nazista, os países, uni-vos!)
inicialmente para evitar um confronto, mas o tratado foi desconsiderado em 1941, quando os nazistas invadiram o
Hino nacional
território da URSS e deram início ao maior e mais sangrento teatro de guerra da história. As perdas soviéticas durante a "A Internacional"
guerra foram proporcionalmente as maiores do conflito, devido ao custo para adquirir vantagem sobre as forças das (1922–1944)
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Potências do Eixo em batalhas intensas, como a de Stalingrado, que conduziram os soviéticos pela Europa Oriental até a
captura de Berlim em 1945, infligindo a grande maioria das perdas alemãs durante a guerra.[8] Os territórios que a URSS
"Hino nacional da União Soviética"
conquistou das forças do Eixo na Europa Central e Oriental posteriormente se tornaram os Estados satélites do Bloco (1944–1991)
Oriental. Diferenças ideológicas e políticas com os seus homólogos do Bloco Ocidental, que era liderado pelos Estados 0:00 MENU

Unidos, levou à formação de diversos pactos econômicos e militares que culminaram no longo período da Guerra Fria.

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Um processo de desestalinização seguiu-se após a morte de Stalin, começando uma era de liberação e re-democratização.
Em seguida, a URSS passou a iniciar vários dos mais significativos avanços tecnológicos do século XX, incluindo o
lançamento do primeiro satélite artificial e do primeiro voo espacial de um ser humano na história, fatores que criaram a
corrida espacial. A crise dos mísseis de Cuba em 1962 marcou um período de extrema tensão entre as duas
superpotências, o que foi considerado o mais próximo de um confronto nuclear mútuo. Na década de 1970, houve um
relaxamento das relações internacionais, mas as tensões políticas foram retomadas com a invasão soviética do Afeganistão
em 1979. A ocupação drenou recursos econômicos e arrastou-se sem alcançar resultados políticos significativos.[9][10]

Na década de 1980 o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, buscou reformar a União com a introdução das políticas
glasnost e perestroika em uma tentativa de acabar com o período de estagnação econômica e de democratizar o governo.
No entanto, as reformas de Gorbachev levaram ao surgimento de fortes movimentos nacionalistas e separatistas no país.
As autoridades centrais então iniciaram um referendo, que foi boicotado pelas repúblicas bálticas e pela Geórgia e que
resultou em uma maioria de cidadãos que votaram a favor da preservação da União como uma federação renovada. Em
agosto de 1991, uma tentativa de golpe de Estado contra Gorbachev foi feita por membros linha-dura do governo, com a
intenção de reverter as reformas. O golpe fracassou e o presidente russo Boris Yeltsin desempenhou um papel de destaque
A União Soviética após a Segunda Guerra Mundial
em sua derrota, o que resultou na proibição do Partido Comunista. Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou e as
Continente Eurásia
doze repúblicas restantes surgiram da dissolução da União Soviética como países pós-soviéticos independentes.[11] A
Capital MoscouPB
Federação Russa, o Estado sucessor da República Socialista Federativa Soviética Russa, assumiu os direitos e obrigações
(MoscovoPE)
da antiga União Soviética e tornou-se reconhecida como a continuação de sua personalidade jurídica.[12]
Língua oficial Russo e outras 14
línguas
Religião Nenhuma [1][2][3][4]
Índice Governo Estado socialista
unitário
Nomes Secretário-Geral
História
do Partido
Comunista
Antecedentes
• 1922 - 1953 Josef Stalin
Revoluções e guerra civil (inicial)
Unificação das repúblicas • 1985 - 1991 Mikhail Gorbachev
Era Stalin (último)
Segunda Guerra Mundial Presidente do
Guerra Fria Soviete Supremo
• 1922 - 1938 Mikhail Kalinin
Era Khrushchov
(inicial)
Era Brejnev • 1988 - 1991 Mikhail Gorbachev
Era Gorbachev (último)
Colapso
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Premier
Geografia
• 1922 - 1924 Vladimir Lenin
Demografia (inicial)
Urbanização • 1991 (último) Ivan Silayev
Grupos étnicos Período histórico Século XX
Religião • outubro- Revolução do
novembro de 1917 Grande Outubro
Política
• 30 de dezembro
Partido Comunista de 1922 Tratado da URSS
Governo • 9 de maio de Vitória sobre a
Separação de poderes e reforma 1945 Alemanha Nazista
Sistema judicial • 4 de outubro de Lançamento do
Relações internacionais e forças armadas 1957 Sputnik
• 25 de dezembro Pacto de Belaveja
Repúblicas de 1991 reconhecido e
Economia extinção decretada [5]
Infraestrutura População
• 1991 est. 293 047 571
Energia
Ciência e tecnologia Moeda Rublo
Transportes Precedido por Sucedido por
Educação RSFS da Comunidade de
Saúde Rússia Estados
Transcaucásia Independentes
Cultura Estónia
RSS da
Feriados Ucrânia Letónia
Ver também RSS da Lituânia
Bielorrússia Rússia
Referências Segunda
Bibliografia Geórgia
República
Ligações externas Polonesa
Atualmente parte 15 países
de
Membro de: SDN, ONU, Pacto de Varsóvia,
Nomes COMECOM
A União Soviética também era conhecida como СССР, um acrônimo para União das Repúblicas Socialistas Soviéticas de
acordo com seu nome em russo, Союз Советских Социалистических Республик (Soyuz Soviétskikh Sotsialistítchieskikh Respúblik). Apesar de originalmente escrita no
alfabeto cirílico, o mundo ocidental acabou por adotá-la como CCCP, "latinizando" as letras. A sigla ficou bastante conhecida no mundo ocidental, devido ao uso do acrônimo
em uniformes em competições esportivas e outros objetos, em eventos culturais e tecnológicos ocorridos na URSS, como por exemplo navios, automóveis ou chapéus e
capacetes de cosmonautas. Isto também se deve pelo destacamento da União Soviética em tais eventos, o que a fez mais conhecida em todo o mundo. Devido à grande

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simbologia e a fama que esta sigla trouxe; após a abolição de seu uso, junto com o fim da URSS, a Rússia, durante a gestão de Vladimir Putin, retomou o uso do nome do país,
mas desta vez descrito como "Россия" (Rossiya), acompanhando a restauração do hino soviético, da águia bicéfala da Rússia czarista e da reutilização da bandeira com a
foice e martelo como símbolo do exército russo. [13][14][15]

História

Antecedentes
O final do século XIX viu o surgimento de vários movimentos socialistas na Rússia czarista. Alexandre II foi assassinado em 1881
por terroristas revolucionários e o reinado de seu filho, Alexandre III (1881-1894), foi menos liberal, mas mais tranquilo. O último
imperador russo, Nicolau II (1894-1917), foi incapaz de evitar que os acontecimentos da Revolução Russa de 1905, desencadeada
pela mal sucedida Guerra Russo-Japonesa e pelo incidente conhecido como Domingo Sangrento.[16]

O levante foi controlado, mas o governo foi forçado a admitir grandes reformas, incluindo a concessão das liberdades de expressão
e de reunião, a legalização dos partidos políticos, bem como a criação de um órgão legislativo eleito, a Duma do Império Russo.
Essas medidas surtiram escasso efeito, visto que os partidos eram sistematicamente vigiados e a Duma era controlada pela
Domingo Sangrento, episódio aristocracia e pelo czar, que podia dissolvê-la a qualquer momento. Até 1905, o sistema político da Rússia czarista não possuía
ocorrido durante a Revolução de partidos políticos, com todo o poder concentrado nas mãos do imperador. Destaca-se que estas mudanças, embora significativas
1905 e que acelerou a queda do sob o ponto de vista político, não alteravam o quadro social da maior parte da população russa. A migração para a Sibéria
Império Russo.
aumentou rapidamente no início do século XX, particularmente durante a reforma agrária Stolypin. Entre 1906 e 1914, mais de
quatro milhões de colonos chegaram àquela região.[17]

Em 1914, o Império Russo entrou na Primeira Guerra Mundial, em resposta à declaração de guerra do Império Austro-Húngaro contra a Sérvia, que era aliada dos russos, e
lutou em várias frentes ao mesmo tempo, isolada de seus aliados da Tríplice Entente. Em 1916, a Ofensiva Brusilov do Exército Russo quase destruiu completamente as forças
militares da Áustria-Hungria. No entanto, a já existente desconfiança da população com o regime imperial foi aprofundada pelo aumento dos custos da guerra, muitas baixas e
pelos rumores de corrupção e traição. Tudo isso formou o clima para a Revolução Russa de 1917, realizada em dois atos principais.[18][19]

Revoluções e guerra civil


Apesar da Rússia, na época, ser um dos países mais poderosos do mundo em termos militares, apenas uma fina parte da população, os nobres, tinham boas condições de vida.
Os camponeses eram terrivelmente pobres e trabalhavam de sol-a-sol os seus terrenos sem poder possuí-los. As sucessivas derrotas em várias guerras e batalhas durante a
Primeira Guerra Mundial e o descontentamento geral da população fizeram com que a economia interna começasse a deteriorar-se. Nesta ocasião, emergem com força os
sovietes e o Partido Operário Social-Democrata Russo, fundado em 1898, e posteriormente dividido entre os mencheviques e os bolcheviques, dois termos análogos a minoria
(меньше) e maioria (больше), em russo.[20]

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Este quadro político-social foi profundamente alterado pela deflagração da Primeira Guerra Mundial. A Revolução de Fevereiro de
1917 caracterizou a primeira fase da Revolução Russa. A consequência imediata foi a abdicação do czar Nicolau II. Ela ocorreu
como resultado da insatisfação popular com a autocracia czarista e com a participação negativa do país na Primeira Guerra
Mundial. Ela levou à transferência de poder do czar para um regime republicano, surgido da aliança entre liberais e socialistas que
pretendiam conduzir reformas políticas.[20]

As mudanças propostas pelos mencheviques, que haviam liderado a Revolução de Fevereiro, não alteraram o quadro social, pois o
país continuava a sofrer grandes perdas em função da participação na Guerra. A insatisfação social, aliada à atuação dos
bolcheviques, fez eclodir a Revolução de Outubro. O marco desta revolução foi a invasão do Palácio de Inverno pelos
revolucionários. A Revolução de Outubro foi liderada por Vladimir Lênin, tornando-se a primeira revolução socialista do século Vladimir Lenin, o líder da Revolução
XX.[20] de Outubro (também conhecida
como Revolução Bolchevique).
A saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial, o desejo da volta do poder da então elite russa e o medo de que o ideário comunista
poderia propagar-se pela Europa e eventualmente pelo mundo, fez eclodir a Guerra Civil Russa, que contou com a participação de
diversas nações. O então primeiro-ministro francês, George Clemenceau, criou a expressão Cordão Sanitário, com o intuito de
isolar a Rússia bolchevique do restante do mundo. O idealismo dos bolchevique propagado para a população mais pobre foi o fator
decisivo para a vitória dos partidários de Lênin.[20]

Após a Revolução de Outubro, uma guerra civil eclodiu entre o Exército Branco, que era anticomunista, e o novo regime soviético
com o seu Exército Vermelho. A Rússia bolchevista perdeu seus territórios ucranianos, poloneses, bálticos e finlandeses ao assinar
o Tratado de Brest-Litovsk, que acabou com as hostilidades com as Potências Centrais da Primeira Guerra Mundial. As potências
aliadas lançaram uma intervenção militar mal sucedida em apoio de forças anticomunistas. Entretanto tanto os bolcheviques Leon Trotsky em 1925.
quanto o movimento branco realizaram campanhas de deportações e execuções contra os outros, episódio que ficou conhecido,
respectivamente, como Terror Vermelho e Terror Branco. Até o final da guerra civil russa, a economia e a infraestrutura do país
foram profundamente danificadas. Milhões de membros do movimento branco emigraram,[21] enquanto a fome russa de 1921 matou cerca de 5 milhões de pessoas.[22]

Unificação das repúblicas


A República Socialista Federativa Soviética Russa em conjunto com as Repúblicas Socialistas Soviéticas da Ucrânia, Bielorrússia e Transcaucásia, formaram a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), ou simplesmente União Soviética, em 30 de dezembro de 1922. A República Socialista Russa era a maior e mais populosa das 15
repúblicas que compunham a URSS, e dominou a união durante toda a sua existência de 69 anos.[23]

Após a morte de Lenin, em 1924, uma troika foi designada para governar a União Soviética. No entanto, Josef Stalin, o então secretário-geral do Partido Comunista, conseguiu
suprimir todos os grupos de oposição dentro do partido e consolidar o poder em suas mãos. Leon Trotsky, o principal defensor da revolução mundial, foi exilado da União
Soviética em 1929 e a ideia de Stalin de "socialismo em um só país" tornou-se a linha principal. A contínua luta interna no Partido Bolchevique culminou no Grande Expurgo,

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um período de repressão em massa entre 1937 e 1938, durante a qual centenas de milhares de pessoas foram executadas, incluindo
os membros e líderes militares originais do partido, que foram acusados de golpe de Estado.[24]

A oposição Stalin-Trotsky ia além de um conflito pessoal pelo poder, refletia em duas concepções diferentes do desenvolvimento
do socialismo, que foi resolvido em favor de Stalin, com o apoio de Zinoviev e Kamenev. Marginalizado Trotsky (janeiro de 1925) a
construção do "socialismo em um só país", liderado por Stalin exigia a eliminação de adversários da esquerda e da direita, e à
existência no Komintern de uma estratégia internacional que seria compatível com os interesses do movimento comunista na
União Soviética. Após ser derrotado em sua posição, Trotsky foi forçado ao exílio no México, para ser morto em 1940 por Ramón
Mercader, um agente hispano-soviético.

Era Stalin
A União Soviética entre 1927 e 1953 foi dominada por Josef Stalin (a chamada era
Stalin). Muitas vezes a URSS foi descrita como um estado totalitário, modelado por um
líder que tinha todos os poderes, e que buscava reformar a sociedade soviética, com
A RSFS da Rússia como parte da
planejamento econômico agressivo, em especial, com uma varredura da coletivização
URSS em 1922 (acima) e 1936.
da agricultura e do desenvolvimento do poder industrial. Ele também construiu uma
enorme burocracia, o que sem dúvida foi responsável por milhões de mortes como
resultado de vários expurgos e esforços de coletivização. Durante seu tempo como líder da URSS, Stalin fez uso frequente de sua
polícia secreta, gulags e poder quase ilimitado, para remodelar a sociedade soviética. A subida ao poder definitivo de Joseph Stalin,
como secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética ou Gensek entre 1927 e 1929, marcou o início de uma
transformação radical da sociedade soviética. Em alguns anos, a face da União Soviética mudou radicalmente pela coletivização de
terras e pela rápida industrialização realizada pelos muitos ambiciosos planos quinquenais.

Sob a liderança de Stalin, o governo lançou promoveu uma economia planificada, a industrialização do país, que em grande parte
Josef Stalin em 1943. Ele governou ainda era basicamente rural, e a coletivização da agricultura. Durante este período de rápida mudança econômica e social, milhões
a URSS com mão de ferro, dos de pessoas foram enviadas para campos de trabalho forçado,[25] incluindo muitos presos políticos que se opunham ao governo de
anos 1930 até a sua morte, em Stalin, além de milhões que foram deportados e exilados para áreas remotas da União Soviética. A desorganizada transição agrícola
1953.
do país, combinada com duras políticas estatais e uma seca, levou à fome soviética de 1932-1933.[25] A União Soviética, embora a
um preço muito alto, foi transformada de uma economia agrária para uma grande potência industrial em um pequeno espaço de
tempo.[25]

Na mesma época em que Stalin começou a coletivização forçada, em 1929, ele também recriou a campanha contra a cultura nacional ucraniana, campanha essa que estava
dormente desde o início da década de 1920. Foi na Ucrânia que a política de coletivização stalinista deparou-se com a mais ardorosa e violenta resistência — o que não
impediu, entretanto, que o processo já estivesse praticamente completo por volta de 1932.[26]

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Mesmo com o processo de coletivização já praticamente completo na Ucrânia, Stalin anunciou que a batalha contra os kulaks
ainda não estava ganha — os kulaks haviam sido "derrotados, mas ainda não exterminados." Dado que, a essa altura, qualquer
pessoa que por qualquer definição cabível pudesse ser classificada como um kulak já havia sido expulsa, morta ou enviada para
campos de trabalho forçado, essa nova etapa da campanha soviética na Ucrânia teria o objetivo de aterrorizar os camponeses
comuns.

Stalin começou estipulando metas de produção e entrega de cereais, exageradamente altas. O não cumprimento das exigências era
considerado um ato de deliberada sabotagem. Após algum tempo, e com a produção e entrega inevitavelmente abaixo da meta,
Stalin determinou que seus ativistas confiscassem dos camponeses todo o volume de cereais necessário para alcançar as metas
estipuladas. As pessoas eram sentenciadas a dez anos de prisão e a trabalhos forçados pelo simples fato de colherem batatas, ou até
mesmo por colher espigas de milho nos pedaços de terra privada que elas podiam gerir. Normalmente é dito que o número de
ucranianos mortos na fome de 1932-33 foi de cinco milhões. De acordo com Robert Conquest, se acrescentarmos outras catástrofes
ocorridas com camponeses entre 1930 e 1937, incluindo-se aí um enorme número de deportações de supostos kulaks, o grande
total é elevado para 14,5 milhões de mortes.[26][27]

No ano de 1936, o regime de Josef Stalin expulsou ou executou um número considerável de membros do partido, entre eles muitos
dos seus opositores, nos atos que ficaram conhecidos como os "Grandes Expurgos" (ver: repressão política na União Soviética). Stalin e Nikolai Yezhov, líder do
Apesar de tudo, eles acreditavam que este seria o caminho para o comunismo, mas o rumo dessa forma social já estava traçado de NKVD. Depois que Yezhov foi
forma totalmente distinta do que Karl Marx e Lenin pensavam, não mais sendo uma forma voltada para a dissolução do próprio executado, ele foi apagado da
Estado e das classes sociais, mas agora, o regime sob o comando de Josef Stalin, já era uma forma social voltada para a fotografia (ver: Falsificações de
fotografias na União Soviética).
cristalização (a ideia de socialismo dentro de um só país). Entre as coisas que foram feitas com esse efeito contam-se as
nacionalizações e a aniquilação física da classe burguesa que o NEP havia recriado, com recurso aos gulags (campos de trabalho na
Sibéria). Alguns teóricos criticam esta forma que Stalin utilizou para liquidar a propriedade privada, por não concordarem com ela, e por acharem que ela só mancha a
imagem do comunismo perante o mundo pois o mesmo efeito poderia ter sido obtido sem a aniquilação física daquela classe. O desastre e a truculência autoritária das
políticas stalinistas contribuíram muito para a deturpação do conceito criado por Marx, de ditadura do proletariado. Após as nacionalizações, a economia foi planificada, de
modo a que esta pudesse tirar proveito da sua nacionalização. De 5 em 5 anos passou-se a realizar planos quinquenais, nos quais se decidiam que fundos seriam aplicados e
em que áreas.

Segunda Guerra Mundial


A política de apaziguamento promovida pelo Reino Unido e França sobre a anexação da Áustria e a invasão da Tchecoslováquia ampliou o poder da Alemanha nazista e
colocou uma ameaça de guerra entre o regime de Adolf Hitler e a União Soviética. Na mesma época, o Terceiro Reich aliou-se ao Império do Japão, um rival dos soviéticos no
Extremo Oriente e um inimigo declarado da URSS nas guerras de fronteira soviético-japonesas entre 1938 e 1939. Em agosto de 1939, após outro fracasso nas tentativas de
estabelecer uma aliança antinazista com os britânicos e franceses, o governo soviético decidiu melhorar suas relações com os nazistas através da celebração do Pacto Molotov-
Ribbentrop, prometendo a não-agressão entre os dois países e dividindo suas esferas de influência na Europa Oriental. Enquanto Hitler invadiu a Polônia e a França e outros
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países atuavam em uma frente única no início da Segunda Guerra Mundial, a URSS foi capaz de
construir o seu exército e recuperar alguns dos antigos territórios do Império Russo, como
resultado da invasão soviética da Polônia, da Guerra de Inverno e da ocupação dos países
bálticos. Em 22 de junho de 1941, a Alemanha nazista rompeu o tratado de não-agressão e
invadiu a União Soviética, com a maior e mais poderosa força de invasão na história humana e a
abertura do maior teatro da Segunda Guerra Mundial.[28]

Embora o exército alemão tenha tido um considerável sucesso no início da invasão, o ataque foi
interrompido na Batalha de Moscou. Posteriormente, os alemães sofreram grandes derrotas na
Batalha de Stalingrado, no inverno entre 1942 e 1943,[29] e, em seguida, na Batalha de Kursk, no
Prisioneiros de gulags em regime
verão de 1943. Outra falha alemã foi o Cerco de Leningrado, em que a cidade foi totalmente
de trabalho forçado durante a
bloqueada por terra entre 1941 e 1944 por forças alemãs e finlandesas, e sofreu uma crise de construção do canal do Mar Branco
fome que matou mais de um milhão de pessoas, mas nunca se rendeu.[30] Sob a administração (1932).
de Stalin e a liderança de comandantes como Gueorgui Jukov e Konstantin Rokossovsky, as
Caças Ilyushin Il-2 da Força forças soviéticas chegaram à Europa Oriental entre 1944 e 1945 e tomaram Berlim em maio de
Aérea Soviética durante a
1945. Em agosto de 1945, o exército soviético venceu os japoneses em Manchukuo, na China, e na Coreia do Norte, contribuindo para a
Batalha de Berlim, na
vitória dos Aliados sobre o Japão Imperial.[31][32]
Segunda Guerra Mundial.

O período da Segunda Guerra Mundial (1941-1945) é conhecido na Rússia como a Grande


Guerra Patriótica. Durante este conflito, que incluiu muitas das operações de combate mais letais da história da humanidade, as
mortes de civis e militares soviéticos foram 10,6 milhões e 15,9 milhões, respectivamente,[33] representando cerca de um terço de
todas as vítimas de todo o conflito. A perda demográfica total dos povos soviéticos foi ainda maior.[34] A economia e a
infraestrutura soviéticas sofreram uma devastação massiva, mas a URSS emergiu como uma superpotência militar reconhecida
após o fim da guerra.[35]

O Exército Vermelho ocupou a Europa Oriental depois da guerra, incluindo a Alemanha Oriental. Governos socialistas
dependentes dos soviéticos foram instalados em Estados fantoches no chamado Bloco do Leste. Ao tornar-se a segunda potência
nuclear do mundo, a União Soviética criou a aliança do Pacto de Varsóvia e entrou em uma luta pela dominação global com os
Conferência de Ialta em fevereiro de
Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), período conhecido como Guerra Fria. A União Soviética
1945, com Winston Churchill,
apoiou movimentos revolucionários em todo o mundo, inclusive na recém-formada República Popular da China, na República
Franklin D. Roosevelt e Josef Stalin
Popular Democrática da Coreia e, mais tarde, na República de Cuba. Quantidades significativas de recursos soviéticos foram
alocados em ajuda para os outros Estados socialistas.[36]

Guerra Fria

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Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os países europeus estavam semi-destruídos e sem recursos para se reconstruírem
sozinhos, com isso as superpotências resolveram ajudar cada um de seus aliados, com objetivo de não perderem áreas de
influência.

Os Estados Unidos propõem a criação de um amplo plano econômico, o Plano Marshall, que tratava-se da concessão de uma série
de empréstimos a baixos juros e investimentos públicos para facilitar o fim da crise na Europa Ocidental e repelir a ameaça do
socialismo entre a população descontente.

A União Soviética propôs-se a ajudar seus países aliados, com a criação do Conselho para Assistência Econômica Mútua
R-12 (designação SS-4), um míssil
(COMECON). O COMECON fora proposto como maneira de impedir os países-satélites da União Soviética de demonstrar interesse balístico de médio alcance
no Plano Marshall, e não abandonarem a esfera de influência de Moscou. projetado para carregar artefatos
nucleares, durante um desfile na
Em 1949 os Estados Unidos e o Canadá, juntamente com a maioria da Europa ocidental, criaram a Organização do Tratado do Praça Vermelha em Moscou (1959-
Atlântico Norte (OTAN), uma aliança militar com o objetivo de proteção internacional em caso de um suposto ataque dos países do 1962).
leste europeu.

Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia (1955) para unir forças militares
da Europa Oriental. Logo as alianças militares estavam em pleno funcionamento, e qualquer conflito entre dois
países integrantes poderia ocasionar uma guerra nunca vista antes.

A Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1975) e a Guerra do Afeganistão (1979-1989) são os
conflitos mais famosos da Guerra Fria. Além da famosa tensão na Crise dos mísseis em Cuba (1962) e, também na
América do Sul, a Guerra das Malvinas (1982). Entretanto, durante todo este período, a maior parte dos conflitos
locais, guerras civis ou guerras inter-estatais foi intensificado pela polarização entre Estados Unidos e URSS (ver:
guerra por procuração).
Máxima extensão do chamado "Império Soviético"
no planeta durante o período da Guerra Fria. Em Durante esses 40 anos de Guerra Fria, o sistema socialista soviético foi expandido de tal forma que chegou a ter
vermelho estão os países sob governos
países socialistas do Extremo Oriente a Cuba. A maioria seguindo as ordens de Moscou. Este cenário de tensão
comunistas e em laranja os países com governos
de tendências socialistas (mapa anacrônico). mundial perdurou até 1991, quando a União Soviética acabou e consequentemente o fim de uma grande ameaça ao
capitalismo e aos Estados Unidos. A Guerra Fria durou cerca de 45 anos e durante esse período o mundo já esteve
perto da guerra nuclear várias vezes.

Era Khrushchov

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Stalin morreu em 5 de março de 1953, deixando um vazio de poder que levou a uma disputa interna no PCUS (Partido Comunista
da União Soviética) pela liderança, entre Malenkov, Beria, Molotov e Khrushchov - este último vencedor. Como sucessor de Stalin,
Khrushchov empreendeu uma política de denunciar os abusos do seu antecessor. Durante o Congresso de 1956 do PCUS,
Khrushchov divulgou uma série de crimes de Stalin (ver: Discurso secreto), renegando a herança do estalinismo, estabelecendo,
assim, uma nova postura e criando um novo paradigma liberal para o comunismo internacional. A propaganda capitalista se
utilizou muito dos argumentos engendrados por Khrushchov para fazer frente à URSS.

Nesta era, houve a libertação de todos prisioneiros políticos dos gulags, um esforço sem precedentes foi realizado para a produção
de bens de consumo, e também realizou numerosas reformas, muitas vezes citadas como precipitadas ou contraditórias, também
esteve presente o Discurso secreto de Nikita Khrushchov, criticando o regime stalinista, e revelando os crimes de Stalin, e seus
cultos à personalidade.

Não existe consenso quanto à contagem de vítimas do stalinismo. Determinadas estatísticas afirmam que entre 20 a 35 milhões de A extensão máxima territorial dos
soviéticos morreram por fome, frio ou executados em campos de concentração ou de trabalhos forçados durante a época de países do mundo sob a influência
soviética, depois da Revolução
Stalin.[37]
Cubana de 1959 e antes da cisão
sino-soviética de 1961
No plano externo, ele se utilizou da chamada, Coexistência pacífica, que afirmava que o bloco comunista poderia coexistir
pacificamente com os Estados capitalistas. Esta teoria foi contrária ao princípio que o comunismo e o capitalismo eram
antagônicos e nunca poderiam existir em paz. A União Soviética aplicou-a às relações entre o mundo ocidental e, em particular, com os Estados Unidos, os países da OTAN e
as nações do Pacto de Varsóvia.

Isso repercutiu amplamente nos países socialistas da Europa Oriental (em 1956 ocorreria a Revolução Húngara que visava por fim ao aparato repressivo do regime stalinista,
mas que logo foi esmagado com a intervenção da URSS), e na China com a ruptura sino-soviética nas décadas de 1950 e 1960. Durante os anos 1960 e início dos anos 1970, a
República Popular da China, sob a liderança de seu fundador, Mao Tse-tung, que alegou que a atitude beligerante deveria ser mantida para os países capitalistas e, por isso,
inicialmente rejeitou a coexistência pacífica considerando-a como revisionismo da teoria marxista.

Como resultado da guerra fria, a União Soviética viu-se envolvida em uma corrida pela conquista do espaço com os Estados Unidos. O programa espacial soviético começou
com uma grande vantagem sobre o dos Estados Unidos. Devido a problemas técnicos para fabricar ogivas nucleares mais leves, os mísseis lançadores intercontinentais da
URSS eram imensos e potentes se comparados com seus similares estadunidenses. Logo, os foguetes para seu programa espacial já estavam prontos como resultado do esforço
militar soviético resultante da guerra fria. Assim, na época em que a Sputnik foi lançada, a capacidade de lançamento da URSS era de 500 kg, enquanto que a dos Estados
Unidos era de 5 kg. A União Soviética foi a nação que tomou a dianteira na exploração espacial ao enviar o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, e o primeiro homem ao
espaço, Yuri Gagarin. Grande parte dos feitos espaciais da União Soviética devem-se ao talento do engenheiro de foguetes Sergei Korolev, o engenheiro-chefe do programa
espacial soviético, que convenceu o líder Nikita Kruschov da importância da conquista do espaço.

No âmbito econômico, um esforço sem precedentes foi realizado para a produção de bens de consumo, e também realizou numerosas reformas na agricultura soviética.
Mesmo não obtendo o resultado esperado. Por tais medidas precipitadas e contraditórias, Khrushchov é deposto pelo Politburo.

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Era Brejnev
Leonid Brejnev toma a União Soviética em uma difícil situação após a gestão
contraditória de Khrushchov, com os países mais próximos em meio à instabilidade,
uma situação tensa com a República Popular da China, relações inconstantes, ora
apocalípticas, ora amistosas com os Estados Unidos, a resistência da Iugoslávia ao
Pacto de Varsóvia e uma divisão política dentro do partido.

A deposição de Khrushchov e a posse de Leonid Brejnev representaram a volta do poder


mais conservador no poder do partido, incluindo a burocracia que controlava a União
Presidentes Leonid Brezhnev e Soviética na época de Josef Stalin, mas que rachou-se por Khrushchov, em meio às suas Uma réplica do Sputnik 1, o primeiro
Jimmy Carter assinam os tratados medidas revisionistas.[38] satélite artificial, lançado em 1957
de SALT II em Viena em 18 de pela URSS.
junho de 1979. Brejnev desenvolveu a política da Teoria da Soberania Limitada,, que pretendia manter
a União Soviética como eixo socialista no mundo, com as demais nações alinhadas a
Moscou. Esta política era caracterizada stalinista por manter a hegemonia socialista, promover o culto da personalidade e manter
uma burocracia na política, cuja remoção, segundo Brejnev, era um exemplo de pensamento utópico e trotskista.[39]

Brejnev tentaria reabilitar o nome de Stalin, que não era pronunciado pelos líderes soviéticos havia quase dez anos, mas não
conseguiu, uma vez que as autoridades e o povo ficaram divididos pelo que dissera Khrushchov a respeito de Stalin. Por outro lado,
a simbologia comunista na época de Stalin, incluindo propagandas políticas, paradas militares, a expulsão de críticos ao regime e o
próprio culto à personalidade, em menor escala, foram uma das principais características do regime de Brejnev.

Leonid Brejnev discursa no Soviete Com o tempo, a situação política do país se estabilizou e o partido concordou em seguir uma linha neutra com relação à
Supremo da URSS, 1978.
liberalização iniciada por Khrushchov. Foi durante a gestão de Brejnev que o hino soviético recuperou sua letra e propagandas a
favor do partido eram lançadas na imprensa.[40]

Durante esta época, a URSS conseguiu atingir seu auge político, militar e econômico, tendo grande influência em todo o mundo, desde a economia até os esportes, e seu povo
teve uma grande melhora na qualidade de vida, em relação às décadas anteriores.[41] A indústria crescia rapidamente e a ciência soviética desenvolvia novas tecnologias.

Em 1982, após duas décadas de governo, Brejnev morre inesperadamente em decorrência da ingestão de pentobarbitais, sendo sucedido pelo ex-agente secreto Iuri Andropov,
que daria início a uma reforma política no país, interrompida por uma séria doença que o levou à morte, em 1984. Konstantin Chernenko, homem de confiança de Brejnev,
abriu mão da aposentadoria e assumiu a presidência da URSS, mesmo idoso e doente. Após um ano de governo, Chernenko é internado às pressas e morre no início de 1985,
representando o fim de uma geração de políticos soviéticos, caracterizados por manterem uma conservadora. Sucederia-lhe no cargo o jovem Mikhail Gorbatchov, contando
com um Politburo mais jovem, liberal e flexível.

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Era Gorbachev
A partir do final dos anos 1970 começam a ficar claras as limitações do modelo soviético de economia planificada. A Crise do Petróleo dos anos 70 elevou a economia soviética,
podendo o povo, em pleno regime socialista, consumir mais. Muitas famílias puderam comprar novas tecnologias. Automóveis, fornos microondas e aparelhos eletrônicos,
não eram novidade para muitos, mas mais de um automóvel e diversos aparelhos eletrônicos eram um sonho que dependiam de muita economia, e que agora tornava-se
realidade para muitas pessoas, dando um conforto material bem maior, sem ferir os princípios socialistas. O bem estar foi tanto que as autoridades soviéticas chegavam a
dizer que os países capitalistas estavam em crise.[42]

Por este profundo desenvolvimento econômico, político e militar, a economia soviética acabou se estagnando no final dos anos
1970. Não se previa que, mais tarde, esta pequena estagnação evoluiria para uma profunda crise, capaz de desestruturar a
economia do país. Como a estagnação dos anos 1970 se transformou na crise dos anos 1980, é objeto de discussões até os dias de
hoje. A comparação com a China, que realizou uma transição mais bem-sucedida para o capitalismo, tem auxiliado a avaliar melhor
o peso dos fatores estruturais e conjunturais na produção dessa crise.[43]

Em termos estruturais, a economia planificada talvez tenha sido a principal responsável pela crise, pois exigia que tudo que fosse
produzido em todos os setores da economia estivesse previsto nos planos quinquenais. Na prática, isto criava distorções, como
excesso de determinados produtos (indústrias de base e de bens de capital) e escassez de outros (bens de consumo). Quando a Ronald Reagan e Mikhail
produção de determinado produto era insuficiente para atender ao consumo, os preços não podiam subir a ponto de inibir a Gorbachov em Genebra, Suíça, em
demanda (como costuma ocorrer em uma economia de mercado), mas os produtos simplesmente se esgotavam e desapareciam da 1985
lojas e prateleiras dos supermercados.

No fim dos anos 1970, os custos militares da Guerra Fria já eram insustentáveis para a URSS . O país mantinha forças armadas de quase dois milhões de homens, um milhão
dos quais mobilizados na Europa Oriental. Quando a China se aproximou dos Estados Unidos, nos anos 1970, e passou a ameaçar a URSS, a situação piorou. A China
estacionou quase um milhão de homens nas fronteiras com a União Soviética, e para contrabalançar, esta teve que estacionar outro milhão de homens na fronteira com a
China. Os custos dessa mobilização permanente começavam a se mostrar insustentáveis no início dos anos 1980 sobretudo em razão do envolvimento soviético no conflito do
Afeganistão.

Segundo Angelo Segrillo, o fator militar não foi o fator principal da queda da URSS, pois o gasto soviético nesta área não cresceu significativamente, quando comparado com
dados anteriores. A queda, segundo o autor, deveu-se principalmente à mudança do paradigma mundial de produção industrial, iniciado no começo da década de 1970,
passando do modelo Fordista, em que a produção era centralizada e com pouca flexibilidade - e que fora adotado, com êxito, pela URSS - para o modelo Toyotista,
descentralizado e flexível, incompatível com as características da economia soviética.[44][45]

Mikhail Gorbatchov foi o último dirigente soviético. Assumiu o cargo de secretário-geral da PCUS (Partido Comunista da União Soviética) em março de 1985, substituindo
Konstantin Tchernenko, que falecera naquele ano. O bom relacionamento com os membros do partido e a habilidade política foram fatores que credenciaram Gorbatchov a
assumir o posto mais importante na hierarquia administrativa soviética. Defensor de ideias modernizantes, instituiu dois projetos inovadores: a perestroika (reconstrução

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econômica) e a glasnost (transparência política). A tentativa de modernização acelerada da perestroika e da glasnost viria como
proposta "salvadora" de Gorbatchov, mas não conseguiria mais reverter a crise.

O ano de 1989 viu as primeiras eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos e com a mídia livre para discutir. Ainda
que muitos partidos comunistas tivessem tentado impedir as mudanças, a perestroika e a glasnost de Gorbachev tiveram grande
efeito positivo na sociedade. Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair. A Polônia e a Hungria negociaram
eleições livres (com destaque para a vitória do partido Solidariedade na Polônia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e a
Alemanha Oriental tiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime socialista (ver: Revoluções de 1989).

E na noite de 9 de novembro de 1989 o Muro de Berlim começou a ser derrubado depois de 28 anos de existência. Antes da sua
queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme
fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta
entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.

Em 1990, com a reunificação alemã, a União Soviética cai para o posto de quarto maior PIB mundial. Este quadro piora
rapidamente com a nova crise da transição para o capitalismo nos anos 1990, quando a Rússia torna-se o 15º PIB mundial. Entre
1987 e 1988 a URSS abdica de continuar a corrida armamentista com os Estados Unidos, assinando uma nova série de acordos de
Bandeira Soviética durante a
limitação de armas estratégicas e convencionais. A URSS inicia a retirada do Afeganistão e começa a reduzir a presença militar na
cerimônia de abertura dos Jogos
Europa Oriental. O governo soviético pressiona aliados pela negociação de paz em conflitos como a Guerra Civil Angolana, onde os Olímpicos de Verão de 1972, em
termos para o fim do conflito são estabelecidos em acordo com os Estados Unidos, Angola, Cuba e África do Sul. Esta nova postura Munique.
também significou a redução de todas as formas de apoio (político, financeiro e comercial) que esta potência dava a regimes aliados
em todo o mundo.

No plano interno, Gorbatchov enfrentou grandes resistências da oligarquia e dos burocratas partidários (os Apparatchiks). A linha dura do partido via a postura de
Gorbatchov no plano internacional como covarde e acusava-o de trair a URSS e o socialismo. Estes grupos eram contra a retirada do Afeganistão e defendiam que a URSS
deveria intervir nos países da Europa Oriental que estavam passando por processos de democratização e abandonavam o socialismo, como a Polônia. Em 1991, setores mais
belicistas do governo soviético defenderam que a URSS deveria ter apoiado o Iraque na Guerra do Golfo contra a coalizão de países liderada pelos Estados Unidos e passaram
a criticar o governo Gorbatchov como fraco.

Na metade do ano de 1990 e início de 1991, a situação política e econômica na União Soviética se agravou e para tentar reverter essa crise o presidente Mikhail Gorbatchov,
pensou em primeiro resolver o problema político e étnico soviético para depois reformar a economia. O novo Tratado da União dos Estados Soberanos foi um projeto de
tratado que teria substituído o de 1922 (Tratado da Criação da URSS) e, portanto, teria substituído a União Soviética por uma nova entidade chamada União de Estados
Soberanos, uma tentativa de Mikhail Gorbachev para recuperar e reformar o Estado soviético.

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A queda muro de Berlim em 9 de


novembro de 1989.

Colapso
Em 19 de agosto de 1991, um dia antes de Gorbachev e um grupo de dirigentes das Repúblicas assinarem o novo Tratado da União,
um grupo chamado Comité Estatal para o Estado de Emergência (Государственный Комитет по Чрезвычайному
Положению, ГКЧП , pronunciado GeKaTchePe) tentou tomar o poder em Moscou. Anunciou-se que Gorbachev estava doente e
tinha sido afastado de seu posto como presidente. Gorbachev foi, então, em férias à Crimeia, onde a tomada do poder foi
desencadeada e lá permaneceu durante todo o seu curso. O vice-presidente da União Soviética, Gennady Yanaiev, foi nomeado
presidente interino. A comissão de 8 membros, incluindo o chefe da KGB Vladimir Krioutchkov e o Ministro das Relações
Exteriores, Boris Pougo, o ministro da Defesa, Dmitri Iazov, todos os que concordaram em trabalhar sob Gorbachev. Em 21 de
agosto de 1991, a grande maioria das tropas que foram enviadas a Moscou se colocam abertamente ao lado dos manifestantes ou
Yeltsin em um tanque desafiando o
Golpe de Agosto de 1991. são desertores. O golpe falhou e Gorbachev, que tinha atribuído à sua residência dacha na Crimeia, regressou a Moscou.

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Após o seu regresso ao poder, Gorbachev prometeu punir os conservadores do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Demitiu-se das suas funções como secretário-
geral, mas continua a ser presidente da União Soviética. O fracasso do golpe de Estado apresentou uma série de colapsos das instituições da união. Boris Yeltsin assumiu o
controle da empresa central de televisão e os ministérios e organismos económicos.

A derrota do golpe e o caos político e econômico que se seguiu agravou o separatismo regional e acabou levando à fragmentação do
país. Em setembro as repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) declaram a independência em relação a Moscou.

Em 1º de Dezembro, a Ucrânia proclamou sua independência por meio de um plebiscito que contou com o apoio de 90% da
população. E entre outubro e dezembro 11 (com as 3 repúblicas bálticas e a Ucrânia) das 15 repúblicas soviéticas declaram
independência.

Em 21 de dezembro, líderes da Federação Russa, Ucrânia e Bielorússia assinaram um documento onde era declarada extinta a
União Soviética. E no seu lugar era criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Mudanças nas fronteiras nacionais
após o colapso do Bloco do Leste e
No dia de natal de 1991, em cerimônia transmitida por satélite para o mundo inteiro, Gorbatchov que estava há 6 anos no poder o fim da Guerra Fria.
declara oficialmente o fim da URSS e renúncia a presidência do país e após isso, a bandeira com a foice e o martelo é retirada do
Kremlin e a bandeira russa é colocada em seu lugar. A União Soviética se dissolveu oficialmente em 31 de dezembro de 1991, após 69 anos de existência. A Federação Russa
ficou conhecida como sua sucessora, pois ficou com mais da metade do antigo território soviético, além da maioria do seu parque industrial e militar.

Geografia
A União Soviética localizava-se nas latitudes médias e do norte do Hemisfério Norte. Quase duas vezes e meia maior do que o
território dos Estados Unidos, era um país de tamanho continental, apenas ligeiramente menor do que toda a América do
Norte.[46] O território soviético tinha uma área total de 22 402 200 quilômetros quadrados, o que representava um sexto da
superfície terrestre da Terra.[47] [48] Três quartos do país estava a norte do paralelo 50;[46][47] a URSS era, no geral, muito mais
próxima do Pólo Norte do que do equador.

Estendendo para sobre 62 710 quilômetros, a fronteira soviética era não somente a maior do mundo, como também a mais larga.
Ao longo da fronteira terra quase 20.000 km, a União Soviética fazia fronteira com doze países, seis em cada continente. Na Ásia,
seus vizinhos eram a Coreia do Norte, China, Mongólia, Afeganistão, Irã, e Turquia. Na Europa, limitou-se a Romênia, Hungria,
Tchecoslováquia, Polônia, Noruega, e Finlândia. À exceção dos quilômetros gelados do Estreito de Bering, teria um décimo terceiro
vizinho: os Estados Unidos. O restante dos 60.000 km de fronteira eram com o Oceano Ártico.[46][47]

Extensão territorial da URSS. Ao norte, o litoral ártico é o domínio da tundra. Ao Sul da tundra estende-se o domínio da floresta boreal (Taiga). Mais ao Sul
ainda, a floresta enriquece-se de árvores com muitas folhas, que cobrem principalmente a parte oriental da planície europeia bem
como o Sul da Rússia extremo-oriental. Para o sul, a floresta degrada-se e se torna um estepe com poucas áreas com montanhas. Ainda há desertos no sul do país. E na parte

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europeia desenvolve-se sobre terras pretas muito férteis várias plantas de clima temperado.

Demografia
Os primeiros cinquenta anos do século XX da Rússia czarista e da União Soviética foram marcados por uma sucessão de desastres,
cada um acompanhado por grandes perdas populacionais. Mortes em excesso no decorrer da Primeira Guerra Mundial e da Guerra
Civil Russa (incluindo a fome pós-guerra) ascenderam a um total combinado de 18 milhões,[49] cerca de 10 milhões em 1930 e mais
de 26 milhões entre 1941 e 1945. A população do pós-guerra soviético era 45 e 50 milhões menor do que teria sido se o crescimento
demográfico pré-guerra tivesse continuado.[50]

A taxa de natalidade bruta da URSS diminuiu de 44,0 por mil habitantes em 1926 para 18,0 em 1974, em grande parte devido à
crescente urbanização e ao aumento da idade média dos casamentos. A taxa de mortalidade bruta demonstrou um decréscimo Evolução demográfica da União
gradual também - de 23,7 por mil em 1926 para 8,7 em 1974. Em geral, as taxas de natalidade das repúblicas do sul da Soviética (em vermelho) e das ex-
Transcaucásia e da Ásia Central eram consideravelmente maiores que as do norte da União Soviética e, em alguns casos, até repúblicas soviéticas (em azul) de
mesmo aumentaram no período pós-II Guerra, um fenômeno atribuído em parte as lentas taxas de urbanização e de casamentos, 1961 até 2009.
que tradicionalmente se realizavam mais cedo nas repúblicas do sul.[51] A Europa soviética mudou-se para a sub-fertilidade de
substituição populacional, enquanto a Ásia Central Soviética continuou a apresentar crescimento populacional bem acima do nível
de fertilidade de substituição.[52]

No final dos anos 1960 e 1970 houve uma reversão da trajetória declinante da taxa de mortalidade na URSS e foi especialmente
notável entre os homens em idade de trabalho, mas também foi predominante na Rússia e em outras áreas predominantemente
eslavas do país.[53] Uma análise dos dados oficiais do final dos anos 1980 mostrou que, após uma piora no final dos anos 1970 e
início dos anos 1980, a mortalidade de adultos começou a melhorar novamente.[54] A taxa de mortalidade infantil aumentou de
24,7 em 1970 para 27,9 em 1974. Alguns pesquisadores consideraram o aumento como uma consequência da piora nas condições
de saúde e serviços.[55] Os aumentos nas taxas de mortalidade infantil e de adultos não foram explicadas ou defendidas por oficiais Densidade populacional na URSS
soviéticos e o governo da URSS simplesmente parou de publicar todas as estatísticas de mortalidade por dez anos. Demógrafos e em 1982.
especialistas soviéticos em saúde permaneceram em silêncio sobre o aumento de mortalidade até o final da década de 1980,
quando a publicação dos dados de mortalidade foram retomados e os pesquisadores puderam aprofundar as causas reais do fenômeno.[56]

Urbanização
Maiores cidades da União Soviética (1989)
Posição Cidade República População (em milhões)
1 Moscou/Moscovo Rússia 11,5
2 São Petersburgo Rússia 4,9
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3 Kiev Ucrânia 2,7


4 Tashkent Usbequistão 2,1
5 Baku Azerbaijão 2,0
6 Minsk Bielorrússia 1,7
7 Carcóvia Ucrânia 1,5
Moscovo/Moscou Kiev
8 Alma Ata Cazaquistão 1,4
9 Novosibirsk Rússia 1,4
10 Górki Rússia 1,36
Fonte: Citymayors (http://www.citymayors.com/features/euro_cities.html)

São Petersburgo
Tashkent
Grupos étnicos
O estado extensa multinacionais que os comunistas herdaram após a sua Revolução, que foi criado pela expansão czarista por
quase quatro séculos. Alguns grupos de nações aderiram voluntariamente ao Estado, mas a maioria foram anexados à força. Os
antagonismos nacionais desenvolvidos ao longo dos anos não se dirigiam só contra os russos, mas algumas vezes surgiram entre
outras nações da União Soviética.

Por quase setenta anos, os líderes soviéticos tinham mantido que o atrito entre as muitas nacionalidades da União Soviética tinha
sido erradicado e que a União Soviética era uma família de nações que vivem harmoniosamente (ver: Commissariado do Povo para
as Nacionalidades). No entanto, o fermento nacional que abalou todos os cantos da União Soviética, na década de 1980 provou que Mapa de 1941 indicando os grupos
setenta anos de regime comunista haviam falhado na erradicação das diferenças étnicas e nacionais e que as culturas e as religiões étnicos da União Soviética.
tradicionais reemergeriam à menor oportunidade. Esta realidade enfrentada por Gorbachev e seus colegas significava que, dada a
baixa confiança no uso tradicional da força, teve de encontrar soluções alternativas para evitar o colapso da União Soviética.

As concessões atribuídas culturas nacionais e a autonomia limitada tolerada nas repúblicas da União durante o ano de 1920 levou ao desenvolvimento das elites nacionais e
um senso de identidade nacional. A repressão posterior e a russificação provocou ressentimento contra a dominação por parte de Moscovo e promoveu um maior crescimento
da consciência nacional. Sentimentos nacionais foram exacerbadas no Estado soviético multinacional do aumento da concorrência por recursos, serviços e obras.

Religião
A URSS desde 1922 tornou-se um Estado ateísta. Em 1934, 28% das igrejas ortodoxas cristãs, 42% das mesquitas muçulmanas e 52% das sinagogas judaicas foram fechadas
na URSS.[57] O ateísmo na URSS era baseado na ideologia marxista-leninista. Tal como o fundador do Estado soviético, Lenin falou o seguinte sobre a URSS e as religiões:

“ A religião é o ópio do povo: este ditado de Marx é a pedra angular de toda a ideologia do marxismo sobre religião. Todas as
modernas religiões e igrejas, todos (…) os tipos de organizações religiosas são sempre considerados pelo marxismo como órgãos ”
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de reação burguesa, usados para a proteção da exploração e o assombro da classe trabalhadora.[58]


O marxismo-leninismo tem defendido firmemente o controle, repressão, e, em última análise, a eliminação das crenças
religiosas[carece de fontes?]. Dentro de cerca de um ano da revolução do estado nacionalizou todas as propriedades da Igreja e no
período de 1922 a 1926, 28 bispos ortodoxos russos e mais de 1.200 sacerdotes foram mortos e, um número muito maior foi objeto
de perseguição [59]

A Catedral de Cristo Salvador de Moscou, a sede da Igreja Ortodoxa Russa e seu templo mais sagrado, foi destruída em duas
rodadas de explosões por ordens diretas de Stalin em 1931,[60] milhares de sacerdotes protestaram contra a decisão e foram presos
e enviados a gulags, em seu lugar os comunistas pretendiam construir o "Palácio dos Sovietes", a sede do governo stalinista.[61] A
Igreja Ortodoxa Russa possuía 54.000 paróquias durante a Primeira Guerra Mundial, que foi reduzida para 500 em 1940.[59] A
Demolição da Catedral de Cristo maioria dos seminários foram fechados, a publicação de escrita religiosa foi proibida.[59] Embora historicamente a grande maioria
Salvador de Moscou em 1931.
da Rússia fosse cristã, apenas 17% a 22% da população é atualmente cristã.[62]

Os números oficiais sobre o número de crentes religiosos na União Soviética não estavam disponíveis em 1989. Mas de acordo com várias fontes soviéticos e ocidentais, cerca
de um terço da população da União Soviética, estado oficialmente ateu, professa uma crença religiosa.[carece de fontes?] O cristianismo e o islamismo estavam lutando pela
maioria dos crentes. Cristãos dividiam-se em várias igrejas: ortodoxa, que teve o maior número de seguidores, a Igreja Católica, Batista e vários outros ramos protestantes.
Havia muitas igrejas neste país (7.500 Igrejas Ortodoxas Russas em 1974). A maioria dos seguidores da fé islâmica era sunita. O judaísmo também teve muitos seguidores.
Havia outras religiões praticadas por um número relativamente pequeno de fiéis, incluindo budismo lamaísmo e xamanismo (religião baseada em um espiritualismo
primitivo). O papel da religião na vida quotidiana dos cidadãos soviéticos variava muito. Porque os preceitos religiosos islâmicos e os valores sociais de muçulmanos estão
intimamente relacionados, a religião parece ter maior influência sobre os muçulmanos do que cristãos ou outros crentes. Dois terços da população soviética, porém, não tinha
crenças religiosas. Cerca de metade das pessoas, incluindo membros do PCUS e altas autoridades em nível de governo eram ateístas. Portanto, para a maioria dos cidadãos
soviéticos, a religião parecia irrelevante. Ainda assim, o Estado também passou a controlar as crenças dos russos e a perseguição religiosa sob o comando de Stalin fez com que
muitos seguidores fossem perseguidos e enviados para Gulags.[carece de fontes?]

Política
Havia três hierarquias de poder na União Soviética: o Poder Legislativo, representado pelo Soviete Supremo da União Soviética; o governo, representado pelo Conselho de
Ministros e o Partido Comunista da União Soviética (PCUS), o único partido legal no país.[63]

Partido Comunista
No topo do Partido Comunista estava o Comitê Central, eleito em Conferências e Congressos do Partido. O Comitê Central, por sua vez votava para o Politburo (o chamado
Presidium entre 1952 e 1966), o Secretariado e o Secretário-Geral (Primeiro Secretário de 1953 a 1966), o mais alto cargo na URSS.[64] Dependendo do grau de consolidação
de poder, ou era o Politburo como um corpo coletivo ou o Secretário-Geral, que sempre era um dos membros do Politburo, que efetivamente comandava o partido e o país[65]

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(exceto no período da autoridade altamente personalizada de Josef Stalin, exercida diretamente através de sua posição no Conselho
de Ministros).[66] Eles não eram controladas pelos membros geral do partido, visto que o princípio fundamental da organização do
partido era o centralismo democrático, o que exigia estrita subordinação aos órgãos superiores e as eleições eram incontestáveis,
endossando os candidatos propostos a partir de cima.[67]

O Partido Comunista manteve seu domínio sobre o Estado em grande parte através de seu controle sobre o sistema de nomeações.
Todos os altos funcionários do governo e a maioria dos deputados do Soviete Supremo eram membros do PCUS. As instituições em
níveis mais baixos eram supervisionados e às vezes suplantadas por organizações partidárias primárias.[68]

Na prática, no entanto, o grau de controle que o partido era capaz de exercer sobre a burocracia estatal, particularmente após a
morte de Stalin, estava longe de ser total, sendo que a burocracia perseguia interesses diferentes que, por vezes, entravam em Emblema do PCUS
conflito com o partido.[69] Também não era um próprio partido monolítico de cima para baixo, embora facções fossem
oficialmente proibidas.[70]

Governo
O Soviete Supremo (sucessor do Congresso dos Sovietes e do Comitê Executivo Central) foi nominalmente o mais alto órgão de
Estado durante a maior parte da história soviética,[71] em primeira atuação como instituição fantoche, para aprovar e implementar
todas as decisões tomadas pelo partido. No entanto, os poderes e funções do Soviete Supremo foram prorrogadas nos anos 1950,
1960 e 1970, incluindo a criação de novas comissões estaduais e comitês. Ela ganhou poderes adicionais com a aprovação dos
planos quinquenais e do orçamento do Estado soviético.[72] O Soviete Supremo elegia um Presidium para exercer o seu poder entre
as sessões plenárias,[73] ordinariamente duas vezes por ano, e designava o Supremo Tribunal,[74] o Procurador-Geral[75] e o
Conselho de Ministros (conhecido antes de 1946 como o Conselho do Comissariado do Povo), liderado pelo Presidente (Primeiro-
ministro) e que geria a enorme burocracia responsável pela administração da economia e da sociedade.[73] As estruturas
O Grande Palácio do Kremlin, a governamentais e do partido nas repúblicas constituintes em grande parte repetiam a estrutura das instituições centrais, embora a
sede oficial do Soviete Supremo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, ao contrário das outras repúblicas, pela maior parte de sua história não teve
União Soviética, em 1982.
uma filial republicana do PCUS, sendo governada diretamente pelo partido de toda a União até 1990. As autoridades locais eram
organizados da mesma forma em comitês do partido, sovietes locais e comitês executivos. Enquanto o sistema estatal era
nominalmente federal, o partido era unitário.[76]

A polícia de segurança do Estado (a KGB e suas agências antecessoras) desempenhava um papel importante na política soviética. Foi instrumental no terror stalinista,[77] mas
depois da morte de Josef Stalin, a polícia de segurança estatal foi trazida para o rigoroso controle do partido. De acordo com Yuri Andropov, presidente KGB entre 1967 e 1982
e Secretário-Geral entre 1982 e 1983, a KGB envolvia a repressão da dissidência política e manteve uma extensa rede de informantes, reafirmando-se como um ator político,
até certo ponto independente da estrutura do partido,[78] o que culminou com a campanha anticorrupção visando altos funcionários do partido no final dos anos 1970 e início
da década de 1980.[79]

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Vladimir Lênin Joseph Stalin Nikita Khruschov Leonid Brejnev Iuri Andropov Konstantin Chernenko

1922 - 1924 1924 - 1953 1953 - 1964 1964 - 1982 1982 - 1984 1984 - 1985

Mikhail Gorbatchov

1985 - 1991

Separação de poderes e reforma


As constituições soviéticas, que foram promulgadas em 1918, 1924, 1936 e 1977,[80] não limitavam o poder do Estado. Não havia separação de poderes formal existente entre o
partido, o Soviete Supremo e o Conselho de Ministros,[81] que representavam os poderes executivos e legislativos do governo. O sistema era regido menos pelo estatuto do que
por convenções informais e nenhum mecanismo estabelecia uma sucessão da liderança. Lutas internas ocorreram no Politburo após a morte de Lenin[82] e Joseph Stalin,[83]
bem como após a demissão de Khrushchev,[84] devido a uma decisão tanto pelo Politburo e do Comitê Central.[85] Todos os líderes do Partido Comunista antes de Gorbachev
morreu no exercício do cargo, exceto Geórgiy Malenkov[86] e Khrushchev, demitido da direção do partido em meio a luta interna.[85]

Entre 1988 e 1990, enfrentando uma oposição considerável, Mikhail Gorbachev promulgou reformas mudança de poder longe das mais altas instâncias do partido e tornou o
Soviete Supremo menos dependente delas. O Congresso dos Deputados do Povo foi estabelecido, cuja maioria dos membros eram eleitos diretamente em eleições
competitivas, realizada em março de 1989. O Congresso agora elegia o Soviete Supremo, que se tornou um parlamento em tempo integral, muito mais forte do que antes. Pela
primeira vez desde os anos 1920, ele recusou propostas do partido e do Conselho de Ministros.[87] Em 1990, Gorbachev introduziu e assumiu o cargo de presidente da União
Soviética, concentrou o poder em seu escritório executivo, independente do partido e subordinado ao governo,[88] agora rebatizado de Conselho de Ministros da URSS.[88]

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As tensões cresceram entre as autoridades de toda a união durante o governo de Gorbachev, reformistas liderados na Rússia por
Boris Yeltsin controlavam o recém-eleito Soviete Supremo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia. Entre 19 e 21 de
agosto de 1991, um grupo de extremistas fizeram uma tentativa de golpe fracassada. Após o fracasso do golpe, o Conselho de
Estado da União Soviética tornou-se o mais alto órgão do poder estatal.[89] Gorbachev renunciou ao cargo de Secretário-Geral nos
meses finais da existência da URSS.[90]

Sistema judicial
O judiciário não era independente dos outros ramos do governo. O Supremo Tribunal supervisionava os tribunais inferiores Motins nacionalistas antigoverno em
(Tribunal do Povo) e aplicava a lei como estabelecido pela Constituição ou como interpretado pelo Soviete Supremo. O Comitê de Dushanbe, Tajiquistão, em 1990
Supervisão Constitucional analisava a constitucionalidade das leis. A União Soviética usava o sistema inquisitorial do direito
romano, onde o juiz, procurador, advogado de defesa devem colaborar para estabelecer a verdade.[91]

Relações internacionais e forças armadas


Desde a sua criação em 1922, a União Soviética sempre manteve uma política agressiva com os outros países do mundo (ver:
ocupações soviéticas). Após a sua criação em 1922 ela passou cerca de 20 anos isolada do mundo pelos países capitalistas
ocidentais.

Após a Segunda Guerra Mundial a URSS emerge como superpotência mundial e controla um poderoso bloco socialista (ver:
Império Soviético). Durante a Guerra Fria as relações entre Estados Unidos e União Soviética se deterioram e somente a partir de
1985 é que começam as iniciativas eficazes de paz entre as duas superpotências. As relações entre a URSS e os seus países satélites
na maioria das vezes foram de paz, mas houve países socialistas que acabaram saindo da área de influência de Moscou como China
e Iugoslávia (ver: ruptura Tito-Stalin). A União Soviética era membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, o país líder Desfile militar anual em Moscovo,
do Pacto de Varsóvia (aliança militar do bloco socialista) e membro do COMECON. Além de desempenhar um papel decisivo nas que comemora o aniversário 66 da
Revolução de Outubro. O banner na
relações internacionais nos tempos da Guerra Fria.
parte superior se lê: "Glória ao
PCUS!"
A União Soviética produziu equipamentos militares que são usados e reverenciados até os tempos atuais. Entre eles estão o fuzil
AK-47 e o caça MiG-29. Deixou também uma grande quantidade de bombas atômicas à Federação Russa que especula-se manter
em estoque 37 ogivas apenas herdadas do regime soviético. A estrutura física militar da Russia é em sua maioria também herdada do antigo regime. Deixou também muita
sucata o que levanta debates em ecologistas em como armas químicas e biológicas são dispensadas no meio ambiente. A URSS sempre foi uma potência militar, seu Exército,
foi o responsável pelo suicídio de Adolf Hitler e por grande parte das exterminações dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Depois da Segunda Guerra Mundial, o Exército
Vermelho foi o eixo do Pacto de Varsóvia, a organização militar de defesa mútua integrada pelos países do Bloco Socialista no Leste Europeu. O armamento nuclear soviético
aumentou proporcionalmente ao dos norte-americanos. Depois de derrubado o regime soviético, em 1991, o Exército Vermelho foi desmantelado e desapareceu como tal. No
entanto, o atual Exército da Federação Russa ainda utiliza muitos dos símbolos da organização do Exército Vermelho da União Soviética.
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Repúblicas
Constitucionalmente, a União Soviética era uma federação das Repúblicas Socialistas Soviéticas (RSSs) e da República Socialista Federativa Soviética Russa (RSFSR), embora
a regra do altamente centralizado Partido Comunista soviético fez federalismo meramente nominal.

O tratado sobre a criação de a URSS foi assinado em dezembro de 1922 por quatro repúblicas fundadoras:

República Socialista Federativa Soviética da Rússia,


República Socialista Soviética da Bielorrússia,
República Socialista Soviética da Ucrânia, e
República Socialista Federativa Soviética Transcaucasiana.
Em 1924, durante a delimitação nacional na Ásia Central, o Uzbequistão e o Turcomenistão formaram repúblicas soviéticas a partir de partes do Turquestão e de duas
dependências soviética, o Khorezm e o Bukharan.

Em 1929, o Tajiquistão foi dividido a partir da República Socialista Soviética Uzbeque. Com a constituição de 1936, os constituintes da República Socialista Federativa
Soviética Transcaucasiana, ou seja, da Geórgia, República Socialista Soviética da Armênia e República Socialista Soviética do Azerbaijão, foram elevadas a repúblicas da
União, enquanto a República Socialista Soviética Cazaque e República Socialista Soviética Quirguiz foram separados da República Socialista Federativa Soviética da Rússia.

Em agosto de 1940, a União Soviética formou a República Socialista Soviética da Moldávia a partir de partes da República Socialista Soviética da Ucrânia e partes da
Bessarábia anexada da Roménia. No mesmo ano, anexou os Estados Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia). A República Socialista Soviética Carelo-Finlandesa foi formada a
partir de março de 1940 e incorporada em 1956.

Entre julho 1956 e setembro de 1991, havia 15 repúblicas na União Soviética (ver mapa abaixo).

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As Repúblicas da União Soviética (1956 — 1989)


Bandeira República Capital Mapa da União Soviética

1 RSS da Armênia Erevan

2 RSS do Azerbaijão Baku

3 RSS da Bielorrússia Minsk

4 RSS da Estônia Tallinn

5 RSS da Geórgia Tbilisi

6 RSS do Cazaquistão Alma-Ata

7 RSS do Quirguistão Frunze

8 RSS da Letônia Riga

9 RSS da Lituânia Vilnius

10 RSS da Moldávia Kishinev

11 RSFS da Rússia Moscovo

12 RSS do Tajiquistão Dushanbe

13 RSS do Turcomenistão Ashkhabad

14 RSS da Ucrânia Kiev

15 RSS do Uzbequistão Tashkent

Economia
A União Soviética tornou-se o primeiro país a adotar uma economia planificada, em que a produção e distribuição de bens eram centralizados e dirigidos pelo governo. A
primeira experiência bolchevique no comando de uma economia foi a política do comunismo de guerra, que envolveu a nacionalização da indústria, a distribuição centralizada
de produção, a requisição coercitiva da produção agrícola e a tentativa eliminar a circulação de dinheiro, empresas privadas e livre comércio. Após o grave colapso econômico
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causado pela guerra, em 1921, Lenin substituiu o comunismo de guerra pela Nova Política Econômica (NEP), com a legalização do
livre comércio e da propriedade privada para empresas de pequeno porte. A economia se recuperou rapidamente.[92]

Após um longo debate entre os membros do Politburo sobre o campo do desenvolvimento econômico, entre 1928 e 1929, após
conquistar o controle do país, Josef Stalin abandonou a NEP e levou a economia soviética para o planejamento central completo,
começando com a coletivização forçada da agricultura e a promulgação de uma legislação trabalhista draconiana. Os recursos

Nota de 3 rublos da União Soviética foram mobilizados para a rápida industrialização, o que muito se expandiu a capacidade soviética na indústria e bens de capital
(1961) pesados durante a década de 1930.[92]

A preparação para a guerra foi uma das principais forças por trás de industrialização,
principalmente devido à desconfiança do mundo capitalista.[93] Como resultado, a URSS foi transformada de uma economia
agrária em uma grande potência industrial, abrindo o caminho para a sua emergência como uma superpotência após a Segunda
Guerra Mundial.[94] Durante a guerra, a economia e a infraestrutura soviética sofreram uma devastação maciça e uma
reconstrução extensa se fez necessária.[95]

Até o início dos anos 1940, a economia soviética tornou-se relativamente autossuficiente; na maior parte do período até a criação
do Conselho para Assistência Econômica Mútua (Comecon), apenas uma parcela muito pequena dos produtos nacionais era
comercializada internacionalmente.[96] Após a criação do Bloco do Leste, o comércio externo cresceu rapidamente. Ainda assim, a
influência da economia mundial sobre a URSS era limitada por preços internos fixos e um monopólio estatal sobre o comércio
exterior.[97] Grãos e manufaturas de bens sofisticados tornaram-se grandes fabricantes de artigos de importação por toda a década
de 1960.[96]

Durante a corrida armamentista da Guerra Fria, a economia soviética estava sobrecarregada por gastos militares, fortemente
pressionados por uma poderosa burocracia dependente da indústria de armas. Ao mesmo tempo, a União Soviética tornou-se o
maior exportador de armas para o Terceiro Mundo. Quantidades significativas de recursos soviéticos durante a Guerra Fria foram
alocados em ajuda para os outros Estados socialistas.[92] Cartaz soviético: "A fumaça das
chaminés é a respiração da Rússia
Desde a década de 1930 até o seu colapso no final de 1980, a forma como a economia soviética operava permaneceu essencialmente Soviética"
inalterada. A economia era formalmente dirigida pelo planejamento central, realizado pela Gosplan e organizada em planos
quinquenais. Na prática, no entanto, os planos eram altamente agregados e provisórios, sujeitos a intervenção ad hoc por parte dos superiores. Todas as decisões econômicas
fundamentais eram tomadas pela liderança política. Os recursos alocados e as metas dos planos eram normalmente denominadas em rublos e não em bens físicos. O crédito
estava retraído, mas generalizado. A atribuição definitiva da produção foi conseguida através relativamente descentralizada, a contratação não planejada. Embora, em teoria,
os preços foram legalmente definido de cima, na prática, os preços reais eram frequentemente negociados, e ligações informais horizontal (entre produtores fábricas etc) eram
generalizadas.[92]

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Uma série de serviços básicos eram financiados pelo Estado, como educação e saúde. No setor industrial, a indústria pesada e de
defesa recebiam prioridade maior do que a produção de bens de consumo.[98] Os bens de consumo, especialmente fora das grandes
cidades, muitas vezes eram escassos, de má qualidade e de escolha limitada. Sob economia fortemente controlada, os
consumidores tinham quase nenhuma influência sobre a produção, de modo que as novas exigências de uma população com
rendimentos crescentes não podiam ser satisfeitas por fornecimentos a preços rigidamente fixados.[99] Uma massiva economia
secundária e não planejada enorme cresceu ao lado de um planejamento em níveis baixos, proporcionando alguns dos produtos e
serviços que os planejadores não podiam fornecer. A legalização de alguns elementos da economia descentralizada foi tentada com
a reforma de 1965.[92]
Colheita de algodão na Armênia em
1930. Embora as estatísticas da economia soviética não fossem confiáveis e seu crescimento
econômico difícil de estimar com precisão,[100][101] pela maioria das contas, a economia
continuou a se expandir até meados dos anos 1980. Durante os anos 1950 e 1960, a
economia soviética experimentou um crescimento econômico comparativamente alto e aproximou-se do Ocidente.[102] No entanto,
depois dos anos 1970, o crescimento, embora ainda positivo, diminuiu de forma constante, muito mais rápida e consistente do que
em outros países, apesar de um rápido aumento do capital social (a taxa de aumento de capital só foi superada pelo Japão).[92]

No geral, entre 1960 e 1989, a taxa de crescimento da renda per capita na União Soviética ficou ligeiramente acima da média
mundial (baseado em uma comparação com 102 países). De acordo com Stanley Fischer e William Easterly, o crescimento poderia
ter sido mais rápido. Por seu cálculo, a renda per capita da União Soviética, em 1989, deveria ter sido duas vezes maior do que
estava quando considerandos o valor do investimento, a educação e a população. Os autores atribuem esse desempenho ruim à
baixa produtividade do capital no país.[103] Steven Rosenfielde afirma que o padrão de vida na verdade diminuiu como resultado
Trabalhadores de uma fábrica de
de despotismo de Stalin e, embora tenha havido uma breve melhora após a sua morte, caiu em estagnação.[104]
potássio em Salihorsk, Bielorrússia,
1968
Em 1987, Mikhail Gorbachev tentou reformar e revitalizar a economia com o seu programa perestroika. Suas políticas relaxaram o
controle estatal sobre as empresas, mas ainda não permitiam que ele fosse substituído por incentivos de mercado, resultando em
um declínio acentuado na produção. A economia, que já sofria com redução das receitas da exportação de petróleo, começou a entrar em colapso. Os preços ainda estavam
fixos e a propriedade ainda era em grande parte estatal depois da dissolução da União Soviética.[92][99] Na maior parte do período após a Segunda Guerra Mundial até o seu
colapso, a economia soviética foi a segundo maior do mundo por PIB (PPC) e era a terceira maior do mundo em meados da década de 1980 e 1989,[105] embora em termos de
PIB per capita, os soviéticos ainda estivessem atrás dos países do Primeiro Mundo.[106]

Infraestrutura

Energia

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A necessidade de combustível diminuiu na União Soviética entre os anos 1970 e a década de 1980.[107] No início, este declínio
cresceu muito rapidamente, mas gradualmente diminuiu entre 1970 e 1975. De 1975 e 1980, cresceu de maneira ainda mais lenta,
apenas 2,6 por cento.[108] David Wilson, um historiador, acredita que a indústria de gás seria responsável por 40 por cento da
produção soviética de combustíveis até o final do século. Sua teoria não veio a ser concretizadas por conta do colapso da URSS.[109]
A União Soviética, em teoria, teria continuado a ter uma taxa de crescimento econômico entre 2 e 2,5 por cento durante a década
de 1990 por causa da área energética soviética.[110] No entanto, o setor de energia enfrentou muitas dificuldades, entre elas a alta
despesa militar do país e as relações hostis com os países do Primeiro Mundo (era pré-Gorbachev).[111]
A DneproGES, na Ucrânia, uma das
Em 1991, a União Soviética tinha uma rede de gasodutos de 82 mil quilômetros para petróleo bruto e outros 206 500 quilômetros
várias centrais hidrelétricas da
União Soviética. para gás natural.[112] Petróleo e seus produtos derivados, gás natural, metais, madeira, produtos agrícolas e uma variedade de
produtos manufaturados, principalmente máquinas, armas e equipamento militar, eram exportações da URSS.[113] Nas décadas de
1970 e 1980, a União Soviética fortemente contou com exportações de combustíveis fósseis para ganhar divisas.[96] Em seu pico em
1988, o país foi o maior produtor e o segundo maior exportador de petróleo bruto, sendo superado apenas pela Arábia Saudita.[114]

Ciência e tecnologia
A União Soviética colocava grande ênfase na área de ciência e tecnologia no âmbito da sua economia;[117] no entanto, os mais
notáveis sucessos soviéticos em tecnologia, como a produção do Sputnik 1, primeiro satélite espacial do mundo, normalmente eram
da responsabilidade dos militares.[98]

Lenin acreditava que a URSS nunca iria dominar o mundo desenvolvido se permanecesse como um país tecnologicamente
atrasado, como era quando a URSS foi fundada. As autoridades soviéticas mostraram seu compromisso com a crença de Lenin,
desenvolvendo enormes organizações e redes de pesquisa e desenvolvimento.

Durante a Era Stalin e após, pesquisas sobre determinadas teorias científicas, foram reprimidas (ver: pesquisa reprimida na
União Soviética). Cientistas soviéticos sofreram perseguições e ramos das ciências exatas, sociais e humanas, foram rotulados
como "pseudociência burguesa."[118]
A estação espacial Mir, que foi
Áreas como cibernética,[119] astronomia,[120] linguística,[121] física (especificamente, mecânica quântica e relatividade),[122]
desativada, em 1998.
estatística [123] e história sofriam oposição e/ou manipulações.[124] O sociólogo Pitirim Sorokin foi exilado em 1922,[125] a
sociologia foi stalinizada e, entre as décadas de 1930 e 1950, esta disciplina praticamente desapareceu, sendo substituída no bloco
comunista pela sociologia marxista.[126] A sociologia só foi reabilitada após o 23º Congresso do Partido Comunista da União Soviética (Março-Abril de 1966).[126]

O regime apoiou teorias pseudocientíficas, como as do agrônomo Trofim Lysenko ("lysenkoismo"), que rejeitava a genética moderna classificando-a como uma "pseudociência
burguesa".[118][127][128] O fato de este campo ter sido fundado por um cristão, o monge Gregor Mendel, enraivecia Stalin [129] e chocava-se com os princípios de ateísmo
marxista-leninista defendidos pelo estado ateu soviético.[128] A genética mendeliana foi banida e a influência das ideias de Lysenko, que perdurou até meados do anos 1960,
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retardou o desenvolvimento das ciências biológicas na URSS.[130] O grande Expurgo vitimou cientistas cujas ideias não estavam
ideologicamte alinhadas com o regime e, uma das muitas vítimas, o geneticista, botânico e especialista em alimentos mundialmente
reconhecido, Nikolai Vavilov, foi encarcerado na Sibéria em 1940, onde morreu de fome três anos depois.[131]

No início dos anos 1960, os soviéticos 40% dos PhDs em química eram mulheres, em comparação com apenas 5% das que receberam tal
graduação nos Estados Unidos.[132]

Em 1989, os cientistas soviéticos estavam entre os melhores treinados especialistas do mundo em diversas áreas, como a física de altas
energias, vários campos da medicina, matemática, soldagem e tecnologias militares. Devido aos rígidos planejamento e burocracia estatais,
os soviéticos permaneceram muito atrás tecnologicamente em química, biologia e computadores quando comparado com o Primeiro
Mundo.[98]

Os cientistas do país ganharam prêmios importantes em diferentes campos do conhecimento.


Eles estavam na vanguarda da ciência em várias áreas, como matemática, e em diversos ramos Selo postal soviético de
da física (como a física nuclear), química e astronomia. O físico-químico e físico Nikolay 1987, retratando um
Semyonov foi o primeiro cidadão soviético a ganhar um Prêmio Nobel, em 1956,[133] entre Tokamak (reator de fusão
vários outros ganhadores soviéticos da honraria. O matemático Sergei Novikov foi o primeiro nuclear). O Tokamak foi um
cidadão soviético a ganhar uma Medalha Fields em 1970, seguido por Grigory Margulis em 1978 invento dos físicos Igor
Tamm e Andrei Sakharov,
e Vladimir Drinfeld em 1990.[134]
inspirados nas ideias de
O Projeto Sócrates, sob a administração do presidente estadunidense Ronald Reagan, Oleg Lavrentiev.[115][116]
Iuri Gagarin, o primeiro humano a
viajar pelo espaço. determinou que a União Soviética se dirigia à aquisição de ciência e tecnologia de uma maneira
que era radicalmente diferente do que os Estados Unidos faziam. No caso dos Estados Unidos, a priorização econômica estava
sendo usada para a pesquisa e o desenvolvimento como meio de adquirir a ciência e tecnologia nos setores público e privado. Em contrapartida, a União Soviética estava
ofensivamente e defensivamente adquirindo e utilizando tecnologia em todo o mundo, para aumentar a vantagem competitiva que eles adquiriram a partir da tecnologia,
evitando assim que os Estados Unidos conseguissem uma vantagem competitiva. No entanto, além disso, o planejamento de base tecnológica da União Soviética era executado
de uma maneira centrada no governo centralizado que dificultava muito a sua flexibilidade. Foi esta significativa falta de flexibilidade que foi aproveitada pelos Estados
Unidos para minar a força da URSS e, assim, promover a sua reforma.[135][136][137]

Transportes
O transporte era um componente chave da economia do país. A centralização econômica do final dos anos 1920 e 1930, levou ao desenvolvimento de infraestruturas em
grande escala, principalmente com a criação da Aeroflot, uma empresa de aviação.[138] O país tinha uma grande variedade de meios de transporte por terra, água e ar.[112] No
entanto, devido à má manutenção, grande parte dos transportes soviéticos por estradas, água e pela aviação civil estavam ultrapassados e tecnologicamente atrasados em
relação ao Primeiro Mundo.[139]

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O transporte ferroviário soviética era o maior e mais intensamente utilizada no mundo;[139] também era melhor desenvolvida do
que na maioria de seus colegas ocidentais.[140] No final dos anos 1970 e início da década de 1980, os economistas soviéticos
clamavam pela construção de mais estradas para aliviar um pouco a carga das ferrovias e melhorar o orçamento do Estado
soviético.[141] A rede de estradas e a indústria automobilística[142] permaneceram subdesenvolvidas[143] e estradas de terra eram
comuns fora das grandes cidades.[144] Os projetos de manutenção das redes de transportes soviéticas mostraram-se incapazes de
cuidar das poucas estradas que o país tinha. Nos anos 1980, as autoridades soviéticas tentaram resolver o problema das estradas,
ordenando a construção de novas rodovias.[144] Enquanto isso, a indústria automobilística estava crescendo a uma taxa mais
rápida do que a construção de estradas.[145] O subdesenvolvido da rede rodoviária levou a uma crescente demanda por transporte
Um barco de transporte de
público.[146]
mercadorias no rio Moscou em
Apesar das melhorias, vários aspectos do setor dos transportes ainda estavam cheios de problemas devido à infraestrutura 1985, com o Kremlin ao fundo.

ultrapassada, falta de investimento, a corrupção e gerenciamento ruim. As autoridades soviéticas foram incapazes de atender à
crescente demanda por infraestrutura e serviços de transporte. A frota mercante soviética, no entanto, era uma das maiores do mundo.[112]

Educação
Antes de 1917, a educação não era livre e só era disponível à nobreza. Estimativas de 1917 eram de que 75-85% da população russa
era analfabeta. Anatoly Lunacharsky tornou-se o primeiro Narkompros (Comissariado do Povo para a Educação da Rússia
Soviética).[147]

As autoridades soviéticas colocaram grande ênfase na eliminação do analfabetismo e pessoas com alguma educação eram
automaticamente contratadas como professores. Por um curto período de tempo, a qualidade foi sacrificada pela quantidade. Em
se livrar do analfabetismo, as autoridades soviéticas foram bem sucedidos, e por volta de 1940, Josef Stalin podia anunciar que o
analfabetismo tinha sido eliminado. No rescaldo da Grande Guerra Patriótica do sistema educacional do país expandiu-se
Alunos soviéticos visitam a dramaticamente. Essa expansão teve um efeito tremendo na década de 1960 quase todas as crianças soviéticas tinham acesso à
Checoslováquia em 1985. educação, sendo a única excepção as crianças que viviam em áreas remotas. Nikita Khrushchev tentou melhorar a educação,
tornando-a mais acessível e deixando claro aos filhos que a educação era intimamente ligado às necessidades da sociedade. A
educação também se tornou uma característica importante na criação do Novo homem soviético [147] (ver também: Homo
sovieticus e Novo Homem).

A educação era gratuita para todos na União Soviética. A acessibilidade para os cidadãos soviéticos para o ensino primário, secundário e técnico era aproximadamente a
mesmo que nos Estados Unidos.[148]

Saúde

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Em 1917, antes da revolução, as condições de saúde eram significativamente piores do que a dos países desenvolvidos. Como Lenin
mais tarde observou: "Ou o piolho vai derrotar o socialismo, ou socialismo vai derrotar os piolhos".[149] O princípio soviético de
assistência médica foi concebido pelo Comissariado do Povo para a Saúde em 1918. O sistema de saúde era controlado pelo Estado
e era fornecido aos seus cidadãos de forma gratuita, como um conceito revolucionário. O artigo 42 da Constituição Soviética de
1977 deu a todos os cidadãos o direito à assistência médica e acesso gratuito a todas as instituições de saúde na URSS. Antes de
Leonid Brezhnev tornar-se chefe de Estado, o sistema de saúde da União Soviética era considerado de qualidade por muitos
especialistas estrangeiros. Isso mudou no entanto, a partir da adesão de Brezhnev e do mandato de Mikhail Gorbachev como líder,
o sistema de saúde soviético passou então a ser duramente criticado por muitas falhas básicas, tais como a qualidade do serviço e a
desigualdade na sua prestação.[150] O ministro da saúde Yevgeniy Chazov, durante o 19º Congresso do Partido Comunista da União
Soviética, apesar de destacar os sucessos soviéticos pelo fato do país ter o maior número de médicos e hospitais em todo o mundo, Cartaz soviético de 1930 alerta
sobre a necessidade de pesar as
reconheceu que algumas áreas do sistema precisavam de melhorias e disse que bilhões de rublos soviéticos foram
crianças periodicamente, com três
desperdiçadas.[151]
ilustrações de vários métodos de
pesagem de um bebê.
Após a revolução socialista, a expectativa de vida para todas as faixas etárias dos habitantes do país subiu. Esta estatística em si era
visto por alguns como sinal de que o sistema socialista era superior ao sistema capitalista. Estas melhorias continuaram até a
década de 1960, quando a expectativa de vida na União Soviética superou a dos Estados Unidos. Ela manteve-se estável durante a maior parte dos anos, embora na década de
1970, tenha caído um pouco, possivelmente por causa do abuso de álcool. Ao mesmo tempo, a mortalidade infantil começou a subir. Depois de 1974, o governo deixou de
publicar estatísticas sobre o assunto. Esta tendência pode ser parcialmente explicada pelo aumento drástico do número de grávidas na parte asiática do país onde a
mortalidade infantil era mais alta, apesar do declínio marcante na parte europeia mais desenvolvida da União Soviética.[152]

Cultura
A cultura da União Soviética passou por diversas fases durante a sua existência de 70 anos. Durante os primeiros onze anos depois da Revolução (1918-1929), houve uma
relativa liberdade e artistas experimentaram vários estilos diferentes, em um esforço para encontrar um estilo distinto soviética da arte. Lenin queria que a arte fosse acessível
ao povo russo.[153]

O governo incentivou uma série de tendências. Na arte e literatura, numerosas escolas, algumas tradicionais e outras radicalmente experimentais, proliferaram. Comunistas
escritores como Máximo Gorki e Vladimir Mayakovsky eram ativos durante este tempo. Filmes, como um meio de influenciar uma sociedade iletrada, receberam o incentivo
do Estado; muito das melhores datas diretor Serguei Eisenstein de trabalho deste período.

Mais tarde, durante o governo de Josef Stalin, a cultura soviética foi caracterizada pela ascensão e dominação do governo que impôs o estilo do realismo socialista, com todas
as outras tendências a ser duramente reprimidas, com raras exceções (por exemplo, obras de Mikhail Bulgákov). Muitos autores foram presos e mortos.[154] Além disso, os
religiosos foram perseguidos e enviados para gulags ou foram assassinados aos milhares. A proibição da Igreja Ortodoxa foi temporariamente suspensa em 1940, a fim de
conseguir apoio para a guerra soviética contra as forças invasoras da Alemanha. Sob Stalin, símbolos de destaque, que não estavam em conformidade com a ideologia
comunista foram destruídos, tais como igrejas ortodoxas e edifícios czarista.

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Seguindo o Degelo de Kruschev no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, a censura foi diminuída. Maior experimentação de formas de arte tornou-se admissível uma vez,
com o resultado que mais sofisticado e sutil trabalho crítico começou a ser produzido. O regime de solta a sua ênfase no realismo socialista, assim, por exemplo, muitos
protagonistas dos romances do autor Yury Trifonov se preocupado com os problemas da vida cotidiana em vez de construir o socialismo. Uma literatura underground
dissidente, conhecido como samizdat, desenvolvido durante este período de atraso. Na arquitetura da era Kruchev principalmente com foco em design funcionalista em
oposição ao estilo altamente decorados de época de Stalin.

Na segunda metade da década de 1980, as políticas de Gorbachev da perestroika e da glasnost expandiu significativamente a liberdade de expressão nos meios de
comunicação e imprensa, acabou resultando na eliminação completa da censura, a liberdade total de expressão e a liberdade para criticar o governo.[155]

Feriados
Data Nome em português Nome local Observações
1º de
Ano Novo Новый Год Início do novo ano civil
janeiro
Revolução de Fevereiro (1917) e Formação do Exército Vermelho
23 de День Советской Армии и Военно-
Dia do Exército Vermelho (1918)
fevereiro Морского Флота
Atualmente é chamado de День Защитника Отечества
8 de
Dia Internacional da Mulher Международный Женский День
março
O dia que Yuri Gagarin se tornou o primeiro homem no espaço, em
12 de abril Dia do Cosmonauta День космонавтики
1961
1º de Первое Мая - День Солидарности
Dia do Trabalho
maio Трудящихся
Fim da Segunda Guerra Mundial, marcada pela conquista soviética da
9 de maio Dia da Vitória День Победы
Alemanha nazista em 1945
7 de Dia da Constituição da
День Конституции СССР Dia em que a constituição de 1977 foi aprovada
outubro URSS
7 de Revolução Socialista do Revolução de Outubro (1917). Era chamado День Примирения и
Седьмое Ноября
novembro Grande Outubro Согласия

Ver também
Era Khrushchov-Brejnev
Antissovietismo
Guerra Fria
Bolchevismo
Holodomor
Brejnev
Lenin
Comunismo
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Moscovo Socialismo
Rádio de Moscou Sovietização
Rússia Stalin
Segunda Guerra Mundial

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Ligações externas
Saiba mais sobre a ex-União Soviética (http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u106722.shtml)- Folha de S. Paulo

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