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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

FACULDADE DE ENGENHARIA DE MATERIAIS


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

FABIO SILVA LIMA


JERFFESON TORRES SILVA
LUAN VITOR PEREIRA DE SOUSA

TRATAMENTO TERMICO DO FERRO FUNDIDO CIZENTO

Marabá/PA
Dezembro/2017
FABIO SILVA LIMA
LUAN VITOR PEREIRA DE SOUSA
JERFFESON TORRES SILVA

TRATAMENTO TERMICO DO FERRO FUNDIDO CIZENTO

Relatório da prática experimental


“Tratamento Termico”, realizada em dezembro de
2017, da disciplina Metalografia, turma 2015,
ministrada pela Prof.ª. Dra. Giselle Barata Costa, na
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.

Marabá/PA
Dezembro/2017
SUMÁRIO
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 4
1.1 Tratamento Térmico ...................................................................................... 4
1.1.1 Fatores de influência nos tratamentos térmicos ......................................... 4
1.1.1.1 Temperatura ........................................................................................... 4
1.1.1.2 Tempo .................................................................................................... 4
1.1.1.3 Tipos de resfriamento ............................................................................. 4
2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 5
3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 6
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 8
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 9
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Tratamento Térmico

Visa modificar as propriedades das ligas, sobretudo as mecânicas, por


meio de modificações microestruturais e/ou densidade de discordâncias, ou aliviar
as tensões e restabelecer a estrutura cristalina normal. Por modificações
microestruturais entende-se as alterações na quantidade, tipo, fração volumétrica
e/ou morfologia das fases presentes.
De acordo com CALLISTER (2002) as modificações microestruturais são
obtidas por um conjunto de processos de aquecimento e resfriamento controlados
em diversas faixas de temperatura. O tratamento térmico tem por objetivo a remoção
de tensões internas, aumento ou diminuição da dureza, aumento da resistência
mecânica, aumento da resistência entre outros.

1.1.1 Fatores de influência nos tratamentos térmicos

Para CHIAVERINI (2002) os principais fatores que influenciam nos


tratamentos térmicos são:

1.1.1.1 Temperatura

A temperatura que a operação de aquecimento deve atingir depende do


tipo de tratamento a ser realizado e o teor de carbono. As operações de
aquecimento são realizadas em diversos tipos de fornos, tais como por resistência
elétrica, por indução e a arco elétrico.

1.1.1.2 Tempo

O tempo de tratamento térmico depende muito das dimensões da peça e


da microestrutura desejada. O tempo correto para o tratamento é importante para
dar maior segurança da completa dissolução das fases para posterior
transformação.

1.1.1.3 Tipos de resfriamento

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Resfriamento contínuo no qual apresenta uma redução da temperatura
acontecendo de modo contínuo sem a formação de patamares. Resfriamento
isotérmico no qual apresenta um ou mais patamares durante o resfriamento.
O processo de resfriamento pode ocorrer em água, óleo, ar ou ambiente
do forno, dependendo da taxa de resfriamento desejada.

1.2 Tratamento Térmico dos ferros fundidos

1.2.1 Têmpera

A têmpera é um dos processos de tratamentos térmico que tem por


finalidade aumentar a dureza do ferro fundido. Segundo CHIAVERINI (2008) o
processo consiste em aquecer o ferro fundido num forno com temperatura acima da
zona crítica, essa temperatura varia de 750 a 950 graus Celsius, a peça deve ficar
nessa temperatura o tempo suficiente para que todos os seus grãos se transformem
em austenita e no momento do resfriamento, a peça retirada do forno e mergulhada
em óleo, fazendo com que a temperatura caia de 950 para 20 graus Celsius de uma
vez, é o chamado resfriamento brusco ou rápido e provocará a obtenção da
estrutura martensítica.
A estrutura do ferro fundido cinzento é muito semelhante à dos
aços, a não ser pela presença de carbono livre na forma de veios
alongados, contudo, nos ferros fundidos, sobretudo os cinzentos, os teores
de silício são elevados, além do alto-carbono; por isso, as temperaturas de
austenitização para têmpera devem ser mais elevadas e os tempos às
temperaturas em geral mais longos, para que haja dissolução na austenita
da quantidade presente de carbono. (CHIAVERINI, 2008)

2. OBJETIVOS

 Estudar o assunto relacionado a tratamento térmico têmpera;


 Compreender sobre as características do ferro fundido após o
tratamento de térmico:
 Realizar pratica experimental utilizando ferro fundido cinzento no
tratamento térmico têmpera.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

As especificações de todos os materiais utilizados no tratamento térmico


estão listadas abaixo da seguinte forma:

1. Corpo de prova

Figura 1– Corpo de prova

O corpo de prova utilizado para o tratamento termico foi retirado de um


tarugo de ferro fundido cinzento, o equipamento utilizado para retirada do mesmo foi
uma máquina de corte de alta velocidade, o Cut-off.

2. Forno Mufla (Jung)

Após a preparação da peça, onde a mesma passou por diversos


processos para a análise da sua micrografia, a amostra passou por um tratamento
térmico, utilizando um forno mufla (jung) onde a mesma passou por 2 horas de
tratamento.
Figura 2 – Forno Mufla (Jung)

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3.1 Métodos

A metodologia utilizada para análise micrografia de um corpo de prova de


ferro fundido após o tratamento utilize-se da sequência de materiais listados acima.
Primeiramente foi retirada uma parte do material incluso no tarugo a fim de
servir como material a ser estudado. O equipamento utilizado para extração e
seleção da amostra foi uma policorte no qual é uma máquina com disco abrasivo
que permite um corte transversal para verificação do material.
Em seguida deu-se início ao lixamento do material, onde o mesmo tem por
objetivo a eliminação de possíveis marcas na superfície, para tal será necessária
uma perfeição no acabamento. O processo de lixamento utilizou-se de uma
sequência de lixas adequadas para o trabalho, sendo a mesma de granulometria
100, 220, 320, 400, 600 e 1200.

Após o lixamento é feito o ataque químico no qual irá revelar a microestrutura


da amostra, segundo Handbook, A. S. M. (1986), devera-se utilizar uma solução de
2% de nital.

O passo seguinte foi levar a amostra do ferro fundido cinzento para a o


processo chamado de tempera, com o objetivo de aumentar a dureza do ferro
fundido. onde a peça ficou no forno mufla durante uma hora e meia a uma
temperatura de 925°C, para que o tratamento fosse realizado com sucesso. Em
seguida a amostra é retirada do forno e mergulhada em óleo, fazendo com que a
temperatura caia de 925 para 20 graus Celsius de uma vez, onde esse resfriamento
brusco ou rápido e provocará a obtenção da estrutura desejada.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após o tratamento térmico, pode-se perceber uma mudança significativa na


microestrutura.

Figura 3. Microestrutura antes do tratamento térmico de têmpera. Nital 2%, 100x.

Figura 4. Microestrutura após do tratamento térmico de têmpera. Nital 2%, 100x.

É notável a alteração nas estruturas apresentadas após o tratamento térmico, tal


alteração se deve à formação de martensita, pois com a elevação da temperatura e o

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resfriamento brusco, que são característicos da têmpera, é comum a formação desses
precipitados.

5. CONCLUSÃO

Ao final do experimento, tivemos quase todos os nossos objetivos concluídos,


uma vez que conseguimos executar o procedimento da têmpera com sucesso.
Pudemos compreender a respeito da importância de tal tratamento térmico, e quais
são as principais características esperadas após tal tratamento.
Para esse último, nos falta apenas realizar os ensaios de resistência
mecânica e resistência ao desgaste, para que assim possamos confirmar que o
tratamento térmico atingiu seus objetivos com sucesso.
REFERÊNCIAS

CHIAVERINI, Vicente. Aços e ferros fundidos. Abm, 2002.


CHIAVERINI, Vicente. Tratamento térmico das ligas metalicas. Abm, 2008.
CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. John
Wiley & Sons, Inc., 2002.

AMERICAN SOCIETY FOR METALS. Metals Handbook, vol. 9: Metallography and


Microstructures. 1986.

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