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João Steiner
Departamento de Astronomia
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas - USP
1608 – 1ª luneta
China: Mapa celeste mais antigo (1092 aC) do céu do que se tem
conhecimento que perdura até hoje.
Grécia: Astrônomo Persa Al Sufi (903 a 986 dC): atribuiu nomes para as
estrelas (Aldebaran, Vega, Algol (“o demônio”, variava de brilho, hoje
conhecemos como sistema binário que são 2 estrelas eclipsantes), etc.)
Tycho Brahe – fez medidas precisas
Teoria Geocêntrica
Tycho Brahe
Uranienborg
Erro na posição das estrelas 1/100 (20 seg.) do diâmetro da Lua (31,5
minutos de arco)
As medidas de Tycho Brahe permitiram a Kleper derivar suas 3 Leis
que descrevem com perfeição os movimentos dos planetas (supondo
que os planetas tinham órbitas elípticas e não circulares como
ensinavam os gregos). Os gregos ensinavam que o céu era perfeito e
a única figura geométrica perfeita era o círculo, portanto, os planetas
deviam andar em círculos e para explicar o movimento completo eles
tinham que imaginar círculos sobre círculos – epiciclos.
Essas Leis foram fundamentais para consolidar a teoria Heliocêntrica
de Copérnico.
Teoria Geocêntrica que foi propostas o qual a Terra era o centro do Universo.
Aristarco de Samos
(310 – 230 aC) – Astrônomo
Grego. Hipparco descartou esta
Teoria porque as medidas não
podiam discriminar entre o
modelo Geocêntrico e o
Heliocêntrico e Aristóteles
(devido sua grande autoridade
filosófica) aperfeiçoou o
modelo Geocêntrico colocando
a Teoria de Aristarco no
esquecimento.
Nicolau Copérnico (1473 – 1543 dC) – O mundo estava preparado
para testar a Teoria Heliocêntrica em oposição a Geocêntrica. Estes
testes foram feitos com as medidas de Tycho Brahe.
As observações pré-telescópicas de Tycho Brahe permitiram derrubar
a Teoria Geocêntrica e confirmar a Heliocêntrica
As mesmas observações permitiram derivar as 3 Leis de Kepler que
descrevem as órbitas dos planetas como elipses e não como círculos
como se acreditava.
1609 – A teoria do Kepler (a 1ª Lei de Kepler) foi publicada que foi o ano em
que Galileo apontou a luneta para o céu pela 1ª vez e a partir daí a
Astronomia seria completamente diferente. Mas as Leis de Kepler foram
estabelecidas em medidas pré-telescópicas que de tão bem feitas puderam
distinguir entre duas teorias concorrentes.
Devemos grande parte da Astronomia a esses 3 astrônomos que tiveram
papel extraordinário e estão até hoje entre os principais cientistas da
História.
Astronomia: Uma visao geral I (2/35)
A luneta em 1609
As fases
de Vênus
Os anéis de Saturno
Logo se percebeu que construir lentes maiores e espelhos maiores era mais
importante porque coleta mais luz e permite nitidez maior.
Quanto maior a lente mais massa tem causando muito peso e deformar a
superfície da lente (feita de vidro que é líquido que se deforma com o
tempo). Descobriu que existe um limite. Em 1897 foi construído o Refrator de
Yerkes cuja lente tinha 92cm – que é o máximo. Se construir lentes maiores
que 92cm, o efeito da gravidade deformará a lente.
Mas os refletores não tinha este problemas porque tinha sustentação para o
espelho.
Isaac Newton, inventor do foco newtoniano.
Espelho newtoniano: Tem um espelho primário que reflete a luz que antes de
chegar ao foco e tem um espelho secundário que desvia o foco na lateral do
tubo do telescópio. Colocar o olho na frente do foco obstruiu a luz.
Conseguido por um espelho de 45 graus.
Um dos principais dos telescópios refletores foi William Herschel. Para operar
precisava de 3 pessoas.
Astronomia: Uma visao geral I (3/35)
William Herschel:
Descobriu Urano
As luas Oberon e Titânia (Urano)
As luas Enceladus e Mimas (Saturno)
Radiação infravermelha, além do arco-íris
Grande parte das galáxias NGC
Fez o mapa da Via Láctea (detalhado)
Compôs 24 sinfonias
Montagem equatorial
A partir daí pode desenvolver instrumentos extraordinariamente grandes,
pesados e potentes, por exemplo, telescópio de 2,5 m de diâmetro.
Trabalhos de Hubble:
Este telescópio (Mount Wilson) só foi superado pelo Telescópio Palomar com
espelho de 5m (1949)
Ao olhar ao horizonte, vemos o piscar das estrelas vêm das cintilações que
vem da turbulência atmosférica. Os turbilhões produzem refração no
caminho da luz e a luz é desviada, isso desfocaliza as estrelas.
Astronomia: Uma visao geral I (4/35)
Telescópios: