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UnB/FAV

Disciplina: Fertilidade do Solo (Turma B)


*Professor: Wenceslau J. Goedert (Tel.: 307-2824/22 e e-mail:
goedert@unb.br)

SUMÁRIO
Página
Programa disciplina ..........................................................02
Módulo 01 - Introdução à fertilidade do solo ...................04
Módulo 02 - Trocas iônicas no solo...................................11
Módulo 03 - Acidez do solo e calagem..............................18
Módulo 04 - Matéria orgânica no solo ..............................27
Módulo 05 - Nitrogênio ....................................................33
Módulo 06 - Fósforo .........................................................41
Módulo 07 - Potássio ........................................................47
Módulo 08 - Macronutrientes secundários ........................51
Módulo 09 - Micronutrientes ............................................56
Módulo 10 - Introdução ao estudo dos fertilizantes ..........61
Módulo 11 - Adubação ......................................................69
UnB/FAV
Disciplina: Fertilidade do Solo (Turma B)
Professor: Wenceslau J. Goedert (tel. 307-2824/22 e e-mail:
goedert@unb.br)

A - PROGRAMA (aulas teóricas):


1 - Introdução à fertilidade do solo: histórico e leis da fertilidade do solo.
2 - Trocas iônicas no solo: capacidade de troca catiônica e aniônica.
3 - Acidez do solo e calagem: origens e tipos de acidez. Correção da acidez.
4 - Matéria orgânica do solo: constituintes orgânicos, fracionamento, decomposição e
mineralização. Importância agrícola.
5 - Nitrogênio: ciclo, conteúdo e distribuição no solo. Relação C/N. Avaliação da
disponibilidade. Funções na planta.
6 - Fósforo: formas de ocorrência e dinâmica no solo. Fatores que afetam a
disponibilidade. Relação C/P. Funções na planta.
7 - Potássio: formas de ocorrência e dinâmica no solo. Fatores que afetam a
disponibilidade. Funções na planta.
8 - Macronutrientes secundários: conteúdo, distribuição, transformação e movimento no
solo. Gessagem e sua importância agrícola. Funções na planta.
9 - Micronutrientes: conteúdo, distribuição e dinâmica no solo. Funções na planta.
10 - Introdução ao estudo dos fertilizantes: fertilizantes nitrogenados, fosfatados,
potássicos e portadores de micronutrientes. Misturas de fertilizantes.
11 - Determinação da necessidade de adubação: estudos de correlação e calibração.
Ensaios de campo. Dose ótima econômica e confecção de tabelas. Recomendação de
adubação.

B - PROGRAMA (aulas práticas):


1 - Amostragem de solo
2 - Análise de calcário
3 - Análise química de amostra de solo: pH, Al, Ca, Mg, H+Al, Matéria orgânica, P e K
disponíveis
4 - Visita à indústria de fertilizantes.
C - BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
1 - GOEDERT, W.J. (ed.) SOLOS DOS CERRADOS: Tecnologias e estratégias de manejo.
Ed. Nobel/Embrapa, 1986.
2 - LOPES, A.S. Manual de Fertilidade do Solo. CD-ROM. 2000.
3 - MELLO, F.A.F. et al. Fertilidade do Solo. Ed. Nobel, 1983.
4 - RAIJ, B. van. Fertilidade do Solo e Adubação. Ceres/Potafós, 1991.
5 – SOUSA, D.M.G. & LOBATO, E. (eds) CERRADO: correção do solo e adubação.
Embrapa Cerrados. Planaltina-DF, 2002.
6 - OLIVEIRA, S.A. et al. Análises químicas de solo e de calcário para fins de fertilidade
do solo. Edunb. 2000.
7 - Páginas da Internet (http://www.adubostrevo.com.br), (agridata.mg.gov.br),
(fertiza.com.br), (serrana.com.br), (stoller.com.br), etc...

D - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Serão realizadas três provas escritas de acordo com o andamento do programa, em
datas a serem combinadas. A menção final será a média aritmética das três provas. A
correção das provas será baseada nos conceitos discutidos nesse semestre, nessa turma.
No caso de algum aluno(a), por qualquer motivo, faltar a uma das provas, após a
terceira prova, será aplicada uma prova especial versando sobre toda a matéria lecionada.
Não se trata de prova de recuperação ou substituição para alunos que obtiveram nota baixa,
em alguma prova anterior.
No caso de algum aluno, por qualquer motivo, faltar a duas ou três provas, a prova
especial irá repor apenas uma prova que o aluno tenha faltado.

E - OBSERVAÇÕES
1 - A chamada será feita no início das aulas.
2 - Não será permitido o uso de aparelho de telefone celular durante as aulas.
FERTILIDADE DO SOLO

MÓD. 1 - INTRODUÇÃO À FERTILIDADE


DO SOLO

1.1 - Histórico
1.2 - Fatores da produção e produtividade
1.3 - Potencial dos solos da região
1.4 - Elementos essenciais para as plantas
1.5 - Leis da fertilidade do solo
1.6 - Leituras
1.7 - PRÁTICA- Amostragem e preparo
de amostras de solo
1.1 - HISTÓRICO

 Uso de vales e deltas dos rios (Nilo, eufrates)


 Uso de cinzas na agricultura (gregos)
 Uso de restos vegetais e animais (romanos)
 Calagem e adubação (Xenofonte,345 AC)
 Química agrícola (Europa, Sec.XVIII)
 Lei do mínimo (Liebig,1862)
 Nutrição vegetal e fertilidade do solo
 Fertilidade x Produtividade
 Conceito atual de fertilidade do solo:
subdivisão da ciência do solo que trata da
nutrição de plantas no sistema solo-planta.
1.2 - FATORES DE PRODUÇÃO E
PRODUTIVIDADE

 Fatores clássicos de produção


econômica(Figura)
 Fatores que afetam a produtividade

 Solo
 Sementes
 Mecanização
 Pragas
 Perdas na colheita
 Irrigação
 Mercado (preço)
 Fertilidade e meio ambiente
1.3 - SOLOS DOS CERRADOS

 Principais classes (Tabela)


 Distribuição espacial dos Latossolos (Fig.)

 Características químicas (Tabela)


 Aspectos positivos
 Aspectos negativos
 Acidez
 Baixa disponibilidade de nutrientes
 Baixa capacidade de retenção de água
1.4 - ELEMENTOS ESSENCIAIS
(NUTRIENTES)

 Macronutrientes

 C, H, O ( ar e água )
 N, P, K, S, Ca, Mg
 Micronutrientes

 Mn, Fe, Zn, B, Cu, Mo, Cl, (Na,Si,Co)

 Conceito de disponibilidade

 Fator capacidade e intensidade.


1.5- LEIS DA FERTILIDADE DO SOLO

 LEI DO MÍNIMO - (Liebig, 1862): o crescimento


das plantas está limitado pelo elemento nutritivo
presente em menor quantidade, desde que todos os
outros estejam em quantidades adequadas. (Figura)

 LEI DOS RENDIMENTOS NÃO


PROPORCIONAIS OU DOS INCREMENTOS
DECRESCENTES (Mitscherlich,1930): o
incremento na produtividade diminui à medida que
se aumenta a dose do adubo.

 Y = A ( 1 - 10-cx )
 Representação gráfica
LEI DA RESTITUIÇÃO (Boussingalt e
Dehérian): é indispensável restituir ao solo, para
que não se esgote, todos os elementos retirados pelas
colheitas.

LEI DO MÁXIMO (Voisin): o excesso de um


elemento assimilável no solo pode reduzir a
eficiência de outros elementos e, por conseguinte,
pode diminuir o rendimento das colheitas
(ANTAGONISMO).
MOD. 2 - TROCAS IÔNICAS NO SOLO

2.1 - AS ARGILAS
2.2 - COLÓIDES MINERAIS E ORGÂNICOS
2.3 - CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA
(CTC)
2.4 - CAPACIDADE DE TROCA ANIÔNICA
(CTA)
2.5 - MOVIMENTO DE ÍONS ATÉ AS RAÍZES
2.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
2.1 - AS ARGILAS

 Conceito: partículas com diâmetro médio


menor do que 0,002 mm
 Propriedades coloidais (superfície
específica alta e cargas)
 Estrutura básica dos minerais de argila -
Tetraedros de Silício e Octaedros de
Alumínio
 Tipos ou grupos de argilas silicatadas
 Montmorilonita (2:1)
 Caulinita (1:1)
2.2 - COLÓIDES MINERAIS E ORGÂNICOS

 Argilas silicatadas

 Óxidos e hidróxidos de Al e Fe

Cristalinos---------------------Amorfos

Composição básica: Al2.O3.nH2O e


Fe2O3.nH2O

Principais óxidos nos solos tropicais:


Gibsita (óxido de Al)
Goetita (óxido de Fe hidratado)
Hematita (óxido de Fe)

 Matéria orgânica humificada (HUMUS)


Composição básica (ácidos orgânicos e
fenois)
R-COOH ↔ R-COO- + H+
Principais funções químicas e físicas
2.3 -CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA
(CTC = soma de cargas negativas do solo)

 Origem das cargas negativas


 Cargas permanentes (na estrutura das
argilas, através de substituições
isomórficas na rede cristalina e faces
quebradas dos cristais)
 Cargas variáveis ou dependentes de pH
(na superfície dos colóides, através da
desprotonação de óxidos de ferro e
alumínio e de colóides orgânicos)

 CTC dos principais colóides (Tabela)

 Conceitos: CTC ,S ,V
 Retenção e troca de cátions
 Equilíbrio sólido:solução (reação
esquematizada)
 Energia de retenção (carga e
tamanho do íon hidratado)
 Efeito de massa

 Processo de medição da CTC


(laboratório)
- CTC efetiva (ao pH do solo)
- CTC total (a pH 7,0).
 2.4 -CAPACIDADE DE TROCA ANIÔNICA
(CTA)

 Origem das cargas positivas


 Sistemas de carga superficial variável
 Polímeros de Al e Fe
 Ponto de Carga Zero (PCZ)
 Importância da CTA na dinâmica do solo
 Adsorção ou fixação de ânions (Fosfatos)
 Equilíbrio de íons trocáveis e em solução
- Íons indiferentes (ligação eletrostática)
- K, Ca, Mg
- Íons especificamente adsorvidos
(ligação covalente) - P e S
- Íons determinantes de potencial ou
transferência de carga - H e OH
2.5 - MOVIMENTO DOS ÍONS ATÉ AS
RAÍZES DAS PLANTAS

 Processos pelos quais as raízes entram em


contato com os nutrientes:

 Interceptação radicular
 Fluxo de massa
 Difusão

 Importância relativa de cada processo


(Tabela)
MOD. 3 - ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM

3.1-CONCEITO,ORIGEM E TIPOS
3.2-PROCESSO DE NEUTRALIZAÇÃO
3.3-CÁLCULO DA NECESSIDADE DE
CALAGEM (dose)
3.4-QUALIDADE DOS CALCÁRIOS
3.5-CALAGEM E SEUS EFEITOS
3.6-PRÁTICA: Análise de calcário
3.7-EXERCÍCIOS E LEITURAS
3.1-CONCEITO,ORIGEM E TIPOS DE
ACIDEZ


Conceito: HA === H+ + A -

pH é o cologaritmo da atividade de H+,
podendo ser medido em solução aquosa ou
salina (cloreto de cálcio)

Principais origens da acidez dos solos:
 Hidratação do óxido de carbono
 Oxidação do amônio
 Lixiviação das bases (Na,K,Mg e Ca)
 Hidratação dos íons de Al3+
 Tipos de acidez:
 Acidez ativa - íons H+ em solução (pH).
 Acidez potencial - íons H+ no complexo
sortivo (H + Al). A calagem visa
neutralizar esta acidez.
3.2-PROCESSO DE NEUTRALIZAÇÃO

 Princípio: reação que resulte em aumento da


atividade de ânions OH- na solução do solo
 Produtos mais usados: carbonatos de Ca e Mg
 Reação mais comum:

CaCO3 + H2O == Ca2+ + HCO3- + OH-

Al3+ + 3OH- == Al(OH)3

HCO3- + H+  H2O + CO2

Íons de Ca2+ ocupam os sítios de troca

 Velocidade da reação depende da qualidade do


calcário e de sua mistura com o solo
 Relação entre pH e doses de calcário aplicado
(Figura)
 3.3 - CÁLCULO DA NECESSIDADE DE
CALAGEM ( DOSE )

 Conceito de NC - quantidade de corretivo


necessário para neutralizar a acidez, ao nível
desejado.
 Métodos (critérios)
a) NC = [2 . Al3+] + [2 - (Ca2+ +Mg2+)]
b) Método da solução tampão (SMP)
c) Método da saturação por bases (V)
V% = S/T . 100
S = Ca+Mg+K+Na, trocáveis
T =CTC = H+Al+Ca+Mg+K+Na

NC (t/ha) = ( V2 - V1 ) T / 100
V2=saturação por bases desejada
V1=saturação por bases atual
 Relações Al e V ; Al e pH
3.4 - QUALIDADE DO CALCÁRIO
Eficiência = f (composição e granulometria)
 COMPOSIÇÃO - Poder de neutralização (PN)
ou Equivalente CaCO3
OBS: PN atualmente determinado em laboratório, avaliando a

capacidade de uma amostra de calcário em neutralizar uma

solução ácida (vide roteiro de análises laboratoriais).

 GRANULOMETRIA - Eficiência Relativa


(ER)
ER = 0,2 x + 0,6 y + z
X= % retido em peneira # 20
Y= % retido em peneira # 50
Z= % que atravessa a peneira # 50
 Poder Relativo de Neutralização Total
(PRNT)

PRNT = (PN . ER) / 100

 PREÇO (no moinho e na propriedade)

EXERCÍCIO (considerando dados do laboratório


e o preço)

ATENÇÃO - a recomendação de calagem é


sempre feita considerando que o corretivo tem
um PRNT de 100% !!!

ATENÇÃO - Relação Ca / Mg (classif.


calcários: calcíticos, magnesianos e dolomíticos)
3.5 - CALAGEM e SEUS EFEITOS
A) Efeitos no Solo:
 Neutralização da acidez
 > da CTC
 > da capacidade de retenção de água
 > da atividade biológica (fix. de N)
 > no desenvolvimento radicular
 > na disponibilidade de nutrientes
 < da solubilidade de íons tóxicos (Al e
Mn)
B) Efeitos nas Plantas (dados experimentais)
C) Interações com outros fatores de produção
- Aproveitamento de P , K , B
D) Efeito Residual da Calagem
- Duração
- Reposição
E) Incorporação do calcário (métodos,
épocas e profundidade):
Método mais comum: aplicação a
lanço na superfície do terreno e
incorporação na camada arável (0 a
25cm), com uso de arado.
Em situações especiais (p.ex. sistema
plantio direto) a aplicação pode ser feita
no sulco de plantio.

Época mais recomendada: 3 meses


antes do plantio.

Profundidade: mais profundo


possível.
EXERCÍCIO DE RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM

1 - A análise do solo de uma área agrícola forneceu os seguintes dados:


pH = 5,0
H + Al = 6,2 meq/100g
Al = 0,6 meq/100g
Ca = 1,2 meq/100g
Mg = 0,6 meq/100g
K = 25 ppm
Na = n.d.

2 - Qual a necessidade de calcário (t/ha) para se atingir uma saturação


por bases de 50% ?

3 No mercado estão disponíveis dois calcários, com as seguintes


características:

Calcário A - PRNT=70% e Preço = R$ 21 por tonelada


Calcário B - PRNT=90% e Preço = R$ 25 por tonelada

Qual o calcário que você compraria ?.


MOD. 4 - MATÉRIA ORGÂNICA DO
SOLO (MO)

4.1 - COMPONENTES ORGÂNICOS NO SOLO

4.2.- DECOMPOSIÇÃO E MINERALIZAÇÃO

4.3 - FUNÇÕES NO SOLO

4.4 - MANEJO DA MO

4.5 - FERTILIZANTES ORGÂNICOS

4.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


4.1 - COMPONENTES ORGÂNICOS

Ciclo do C e origem da MO do solo

Conteúdo médio de MO em solos

Distribuição no perfil do solo (figura).

Avaliação do teor de MO do solo (%C x 1,724)

Equilíbrio dinâmico da MO (esquema).


4.2 - DECOMPOSIÇÃO E MINERALIZAÇÃO

 Reação geral de decomposição:

C-H + O2 ----- CO2 + H2O + energia

 Produtos intermediários formam a MO

 HÚMUS ou HUMO

 Composição (52% C)

 Relação C / N (< 18)

 Propriedades coloidais (alta superfície


específica e número de cargas)

 Mineralização de resíduos vegetais (reciclagem


de nutrientes):

Resíduos > húmus + íons + energia


4.3 - FUNÇÕES NO SOLO

Propriedades Físicas:
Melhora a estrutura e aeração
Aumenta a estabilidade de agregados
Aumenta a retenção de água
Responsável pela cor escura do solo.

Propriedades Químicas:
Aumenta a CTC
Decomposição aumenta a acidez
Aumenta a disponibilidade de nutrientes
(mineralização)

Propriedades Biológicas:
Desenvolvimento de microorganismos
Formação de substâncias reguladoras do
crescimento das plantas
Reservatório de nutrientes
4.4 - MANEJO DA MATÉRIA ORGÂNICA.

 Desequilíbrio pelo cultivo (dados)

 Fatores que contribuem para a diminuição do


teor de MO em solos cultivados: aeração,
oxidação, temperatura e umidade

 Estratégias para a manutenção (ou aumento) do


teor de MO:
 Restos culturais
 Resíduos rurais e urbanos
 Técnicas de cultivo mínimo
 Controle da erosão
 Adubação orgânica
4.5 - FERTILIZANTES OU ADUBOS
ORGÂNICOS

 Resíduos das colheitas

 Adubação verde

 Estercos

 Lixo e esgoto urbano

 Compostagem

 Resíduos industriais.
MOD. 5 - NITROGÊNIO (N)

5.1 - INTRODUÇÃO

5.2 - DINÂMICA DO N NO SOLO

5.3 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS

5.4 - NITROGÊNIO NA PLANTA

5.5 - RESPOSTA DAS CULTURAS

5.6 - FONTES DE NITROGÊNIO

5.7 - ADUBAÇÃO NITROGENADA

5.8 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


5.1 - INTRODUÇÃO

Nutriente exigido em maior quantidade


Aumento do consumo (produtividade)
Escassez de dados experimentais na região
Dinâmica complexa
Sem efeito residual
Manejo difícil

5.2 - DINÂMICA NO SOLO

5.2.1 - Origem e formas no solo


N2 do ar atmosférico e de compostos orgânicos
do solo
Transferência do ar para o solo:
a) Nitratos, na água da chuva (30%)
b) Fixação biológica por bactérias (70%).
Formas no solo:
- Formas minerais (NH4+ e NO3- )
- Compostos orgânicos
(humos,aminoácidos,proteinas,etc...)
- Reações de mineralização
5.2.2 - Imobilização e Decomposição ou
Mineralização

- Envolve grande número de processos, com


ganhos e perdas

- Conexão com a M.O. do solo e sua


decomposição (figura)

- Imobilização (N incorporado na estrutura das


plantas)

- Mineralização (decomposição em íons, tais


como: NO3- e NH4+ )

- etapa 1 - aminização
- etapa 2 - amonificação
- etapa 3 - nitrificação

- Movimentação no solo: volatilização de


amônia (NH3 para a atmosfera) e lixiviação de
nitratos (através do perfil do solo) - figura

- Equilíbrio em solo natural e cultivado.


5.3 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS

Formas disponíveis :NH4+---NO2----NO3-

 Medida direta é difícil e não representativa

 Medidas indiretas:
- Teor de MO ( %N = %MO/20)
- Fração da MO mineralizada

 Requerimento pelas culturas (consumo)

 Mecanismos pelos quais os íons se


movimentam até a superfície das raízes
(interceptação radicular, fluxo de massa e
difusão).
5.4 - NITROGÊNIO NA PLANTA

 Conteúdo médio das plantas (1 a 4%)-tabela

 Função nas plantas : faz parte da composição


da clorofila, aminoácidos e proteínas.
Imprescindível para o processo da
fotossíntese.

 Sintomas de deficiência : clorose, com nervuras


verdes, das folhas mais velhas. Cor amarelada
das plantas.

 Íon de grande mobilidade na planta


5.5 - RESPOSTA DAS CULTURAS À
ADUBAÇÃO NITROGENADA

Resposta mais comum em solos pobres em MO


e em solos já desgastados

Adição necessária quando se busca alta


produtividade das culturas

Curva típica de resposta (figuras)

Fatores que influem na resposta: histórico de


uso da área e nível de produtividade desejada
5.6 - FONTES DE NITROGÊNIO

A) Fixação biológica de N atmosférico por bactérias


associadas às raízes de leguminosas e outras (?)

B) Fertilizantes ou adubos orgânicos (tabela)

C) Fertilizantes ou adubos minerais ou


industrializados (tabela)

Salitre do Chile (NaNO3)


Sulfato de amônio [(NH4)2SO4]
Nitrato de amônio (NH4NO3)
URÉIA (NH2CONH2)
Fontes mistas (MAP e DAP)
5.7 - ADUBAÇÃO NITROGENADA

Dosagem (função do histórico de uso da área e


da produtividade desejada)

Eficiência da adubação ( ~ 40%)

Tabelas de recomendação

Modo de aplicação (visando minimizar


perdas) : em cobertura, com leve incorporação e
em doses parceladas (1/3 no plantio e 2/3 antes
do florescimento)

Efeitos secundários possíveis: acidificação do


solo e poluição dos mananciais de água
MOD. 6 - FÓSFORO (P)

6.0 - INTRODUÇÃO

6.1 - DINÂMICA DO P NO SOLO

6.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS

6.3 - P NA PLANTA

6.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS

6.5 - ADUBAÇÃO FOSFATADA

6.6 - FERTILIZANTES FOSFATADOS (fontes)

6.7 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


6.1 - DINÂMICA DO P NO SOLO

 Origem (minerais - apatita)

 Nutriente mais usado nas adubações (baixo


nível de disponibilidade em solos naturais)

 Formas de P no solo:

P-solução <==> P-lábil ---->P-não lábil ou


adsorvido irreversivelmente

Formas iônicas de P-solução: H2PO4- , HPO4-- e
PO4---

 Solubilidade e adsorção: a maior solubilidade


(disponibilidade) ocorre em pH ~ 6.

Obs.: lábil é sinônimo de transitório


6.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS

Nível de íons fosfato na solução do solo +


capacidade do solo repor (lábil  solução)

P-planta
!
P-fert. -->P-solução <==> P-lábil ---> P-não lábil

Métodos para avaliar ou estimar a


disponibilidade (análise do solo):

a)soluções extratoras (ácidos diluídos)


b)resina trocadora de íons
c)métodos biológicos (plantas)

Nível de P disponível nos solos do Cerrado é ,


normalmente, muito baixo (< 2 ppm)

Nível crítico (nível abaixo do qual há grande


probabilidade das plantas responderem à
adubação fosfatada). Varia com a textura do
solo. Para solos de textura média este nível
varia em torno de 10 ppm
6.3 - P NA PLANTA

Absorvido na forma iônica (íons fosfato)

Movimento do solo para a raiz (difusão)

Teor médio nas plantas em % de P (tabela)

Funções do P na planta: processos


metabólicos, transferência de energia e
reprodução.

Sintomas de deficiência nas plantas: parada do


crescimento e folhas com coloração
avermelhada.

Análise foliar como instrumento auxiliar no


diagnóstico.

6.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS

 Nutriente que, inicialmente, mais limita a


produtividade das culturas na região (Lei do
Mínimo)

 Curvas de resposta comuns das principais


culturas da região (figuras).
6.5 - ADUBAÇÃO FOSFATADA

 Quantidade a aplicar (dose, em kg/ha de P2O5)

- Em função do nível de P disponível no solo


- Faixas de disponibilidade
- Doses recomendadas (Tabelas oficiais)

Adubação corretiva e de manutenção

Modos de aplicação e de incorporação ao solo:

- Aplicação à lanço e incorporação na camada


arável, com implementos (adubação corretiva)

- Aplicação no sulco de plantio, abaixo e ao


lado da semente (adubação de manutenção)

- Aplicação na cova (culturas perenes)

- Aplicação via água de irrigação (ferti-


irrigação)

Efeito residual

Interações
6.6 - FERTILIZANTES FOSFATADOS
(FONTES)

 Fosfatos naturais (tabela)

- baixa solubilidade
- devem ser misturados ao solo
- aplicar na forma de pó e a lanço
- podem ser usados para pastagem ?

 Fosfatos transformados (superfosfatos)

- solúveis
- granulados
- aplicados isoladamente ou em misturas NPK

 Outras fontes
MOD. 7 - POTÁSSIO ( K )

7.0 - INTRODUÇÃO

7.1 - FORMAS DE OCORRÊNCIA E


DINÂMICA NO SOLO

7.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS

7.3 - K NA PLANTA

7.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS

7.5 - ADUBAÇÃO POTÁSSICA

7.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


7.1 - FORMAS E DINÂMICA

 Elemento abundante na natureza (minerais)

 Componente de minerais primários: feldspatos


e micas

Processo de intemperização ----- K+

Reação básica de equilíbrio:

K-solução <==> K-trocável <==> K-mineral

K-lixiviado

7.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS

 Soma de íons K+ em solução e trocável

 Avaliação da disponibilidade:
 Soluções extratoras: acetato de amônio, ácido
nítrico e mistura de ácidos
 Resina trocadora de íons

 Fatores que afetam a disponibilidade:


 Umidade do solo
 Relação K / Ca+Mg
7.3 - POTÁSSIO NA PLANTA

Absorvido na forma iônica ( K+ )

Movimento do solo para a raiz ( difusão )

Teor médio nas plantas, em % K (tabela)

Funções na planta:
- não faz parte da estrutura das plantas
- papel fisiológico, turgidez
- equilíbrio de cargas

Íon extremamente móvel na planta

Sintomas de deficiência:
- redução da turgidez das folhas
- clorose e necrose nas margens das folhas
mais velhas

Análise foliar (instrumento auxiliar no


diagnóstico de deficiência)
7.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS
-
Geralmente pouca resposta nos primeiros
cultivos
-
Altas respostas com cultivos nos quais colhe-se
as folhas ou toda a planta (hortaliças, cana,
fumo, forragens, etc...)
-
Curvas de resposta comuns (figura)

7.5 - ADUBAÇÃO POTÁSSICA

Quantidade a aplicar (dose, em kg/ha de K2O)

 Em função do nível de K disponível


 Faixas de disponibilidade
 Doses recomendadas (Tabela de
recomendação)

Modos de aplicação e incorporação:

 À lanço e incorporado ao solo com


implementos (pastagens)
 No sulco de plantio (culturas anuais)
 Na cova (culturas perenes)
 Via água de irrigação

Fonte principal: KCl (sal extraído de minas


subterrâneas). Maioria é importado.
MÓD. 8 - MACRONUTRIENTES SECUNDÁRIOS
( Ca, Mg, S )

8.1 - INTRODUÇÃO

8.2 - CÁLCIO E MAGNÉSIO

8.3 - ENXOFRE

8.4 - USO DE GESSO AGRÍCOLA (Gessagem) E


SUA IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA

8.5 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


8.2 - CÁLCIO E MAGNÉSIO

Formas no solo
-
origem em minerais e rochas (calcita,
dolomita, apatita, biotita, feldspatos, etc...)
-
Em solos minerais ocorrem na forma de
cátions trocáveis: Ca2+ e Mg2+

Disponibilidade para as plantas


-
Absorvidos na forma iônica: Ca2+ e Mg2+
-
Disponibilidade proporcional ao teor
trocavel, determinado por:
. acetato de amônio pH 7
. resinas trocadoras

Relação Ca / Mg ( ~ 4 : 1 )

Resposta das culturas:


- Teor nas folhas: Ca (0,4 a 4,0 %) e Mg (0,2
a 0,4 %)
- Exigência de adubação: Ca (até 200 kg/ha) e
Mg (10 a 40 kg/ha)
- Principal fornecimento através da calagem e
como elemento secundário de alguns
fertilizantes ( superfosfato simples,
termofosfatos,etc...)
8.3 - ENXOFRE ( S )

A) Formas no solo
 Elemento não-metal, com ocorrência em
minerais e rochas ( S elementar, pirita, gesso ) e
no ar atmosférico (chuva)
 No solo ocorre na forma orgânica (compostos
orgânicos) e na forma mineral (ânion SO4--)

B) Dinâmica do S no solo (relacionada à MO)


Transformações no solo similares ao N,
ocorrendo reações de oxidação, redução,
imobilização e mineralização através da ação
dos microorganismos.
Mineralização do S orgânico, tendo como
reação principal:

R-HS + 2O2 == SO42- + H+ + Energia

Ciclo do S é similar ao do N, sendo


importante a relação C : N : S (~100 : 10 :1) e
com forte atividade microbiana.

C) Disponibilidade para as plantas



Absorvido na forma do íon SO4--

Exigência das culturas (10 a 30 kg/ha)

Fornecido como elemento secundário de
fertilizantes (SS, Sulfato de Amônio e Gesso)

PREOCUPAÇÃO (ausência em fórm. conc.)
8.4 - USO DE GESSO AGRÍCOLA (Gessagem)

Recomendada:
 para solos alcalinos ou salinos (clima árido) e
 para solos com acidez nociva -Al3+- na sub-
superfície do solo. (comum na Região dos
Cerrados)

Principais reações do sulfato de cálcio no solo:


dissociação parcial, lixiviação pareada e
neutralização do Al3+ na camada sub-superficial do
solo (dados experimentais)

Efeitos nas plantas, em termos de:


- Enraizamento profundo e absorção de água
- Absorção de nutrientes
- Produtividade de culturas

Recomendação da aplicação do gesso ao solo:

- Quando aplicar ? (dados de análise do solo e


de teste biológico)
- Quantidade a aplicar ?
- DG (kg/ha) = % argila . 50
- Tabela de recomendação

ATENÇÃO- Gessagem não substitui calagem !!


REAÇÕES DO GESSO NO SOLO

1 - Dissociação parcial na camada superficial

CaSO4  Ca2+ + SO42-

2 - Lixiviação pareada dos íons Ca2+ e SO4 2-

3 - Combinação com os íons de Al, em camadas sub-


superficiais

X -Al + Ca2+  X -Ca + Al3+

Al3+ + SO42-  complexos Al S


MÓD. 9 - MICRONUTRIENTES

9.1 - INTRODUÇÃO

9.2 - FORMAS NO SOLO

9.3 - DISPONIBILIDADE

9.4 - MICRONUTRIENTES NAS PLANTAS

9.5 - RESPOSTAS DAS CULTURAS

9.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


9.2 - FORMAS NO SOLO (absorvidas pelas
plantas)

Boro (B) - H3BO3 e H2BO3-
- ligado à MO do solo

Molibdênio (Mo) - HMoO4-
- química similar a dos fosfatos e sulfatos

Zinco (Zn) - Zn++
- fortemente adsorvido ao solo

Cobre (Cu) - Cu++
- adsorvido e complexado à MO do solo

Manganês (Mn) - Mn++
- sujeito à processos de oxi-redução

Ferro (Fe) - Fe++ e Fe+++
- ocorrência comum na forma de óxidos

Cloro (Cl) - Cl-
- fracamente adsorvido ao solo, podendo ser
facilmente lixiviado

Outros: Si, Na, Co....?


9.3 - DISPONIBILIDADE

Estimada através da análise do solo

- metodologia indefinida
- extratores mais usados: água quente (B) e
extratores de rotina (demais micronutrientes)
- níveis críticos (Goiás):
B - 1 ppm
Zn - 1 ppm
Cu - 0,7 ppm
Mn - 5 ppm

Principais fatores que afetam a


disponibilidade:

- pH do solo (gráfico)
- Umidade do solo
- Condições de oxi-redução do solo.
9.4 - MICRONUTRIENTES NAS PLANTAS

 Quantidade absorvida é pequena:

 B - 11 a 300 g/ha
 Mo - 0,01 a 4,8 g/ha
 Zn - 2 a 544 g/ha
 Cu - 1 a 181 g/ha
 Mn - 2 a 767 g/ha
 Fe - 15 a 3400 g/ha
 Cl - ?

 Concentrações nas folhas das plantas (tabela)

 Sintomas de deficiência nas plantas:

 B - cessa o crescimento das partes terminais


 Mo - necrose nas bordas das folhas
 Zn - redução do crescimento e clorose geral
(coloração esbranquiçada)
 Cu - folhas novas perdem a cor verde
 Mn - clorose inter-nerval das folhas
 Fe - similar ao Mn
 Cl - ?
9.5 - RESPOSTA DAS CULTURAS

Deficiência pouco generalizada (manchas)

Importante para altas produtividades

Respostas mais comuns: Zn e B

Calagem pode agravar a deficiência,


considerando a diminuição da solubilidade de
alguns micronutrientes (Mn, Zn)

Fertilizantes mais usados:


a)Fórmulas NPK + micro
b)Misturas de micronutrientes (FTE - Fritted
Trace Elements)
c)Sais solúveis de cada elemento (Bórax,
óxidos e sulfatos)

Modo de aplicação dos fertilizantes:

a) Fórmula NPK + micro, no plantio


b) Óxidos ou sulfatos misturados à semente
c) Adubação foliar (aplicação de soluções
diluídas nas folhas)
d) Via água de irrigação
MÓD. 10 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS
FERTILIZANTES

10.1 - INTRODUÇÃO

10.2 - FERTILIZANTES NITROGENADOS

10.3 - F. FOSFATADOS

10.4 - F. contendo K, Ca, Mg e S

10.5 - F. contendo MICRONUTRIENTES

10.6 - MISTURAS DE FERTILIZANTES

10.7 - LEGISLAÇÃO DE PRODUÇÃO E


COMÉRCIO

10.8 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


10.1 - INTRODUÇÃO

Conceito de fertilizante ou adubo : substância


mineral ou orgânica, natural ou sintética,
fornecedora de um ou mais nutrientes.

Eficiência agronômica de um fertilizante.


Características ou propriedades que contribuem
para a eficiência:

- solubilidade
- granulometria
- estado físico (higroscopicidade, ...)
- reações no solo (acidificação, salinidade,..)
- teor de outros nutrientes
- preço
10.2 - FERTILIZANTES NITROGENADOS

 Principal matéria prima: amônia (NH3)

N2 atm. + 3H2 = 2NH3

 Principais fontes usadas no Brasil:

a) Sulfato de amônio - (NH4)2SO4


+ propriedades físicas, S
- baixo teor N e poder acidificação

b) Nitrato de amônio - NH4NO3


+ alto teor de N
- higroscópico e explosivo ( alternativa:
Nitrocálcio)

c) Uréia - NH2CONH2

2NH3 + CO2 = uréia + H2O

+ alto teor de N, baixo preço


- potencial de perdas volatilização de NH 3

d) Adubos orgânicos e organo-minerais.


10.3 - FERTILIZANTES FOSFATADOS

 Matéria prima: mineral apatita, contido em


minas de fosfato de rocha

 Principais fontes usadas no Brasil:

a) Fosfatos naturais em pó (tabela)


+ Preço ?
- Baixa solubilidade e eficiência variável
- Uso muito limitado.

b) Superfosfatos - simples e triplo (tabela)


+ Alta solubilidade, eficiência e fácil uso
-

c) Fosfatos de amônio - DAP e MAP (usadas


em misturas ou fórmulas NPK)

d) Termofosfatos magnesianos

+ Alta eficiência, contém Si e Mg


- Preço

e) Fosfatos parcialmente acidulados

f) Fosfato bicálcico ( usado em rações)


10.4 - FERTIL. contendo K, Ca, Mg, e S

K - Cloreto de potássio ( KCl ), encontrado em


minas naturais. Totalmente solúvel, sendo
atualmente importado.

Ca e Mg - Calcário dolomítico e componente


secundário de outros corretivos e fertilizantes
(gesso, SS, nitrocálcio e termofosfatos)

S - Enxofre elementar (minas naturais)


Gesso
Componente secundário de alguns
fertilizantes (sulfato de amônio e SS)

10.5 - FERT. com MICRONUTRIENTES

 Sais solúveis dos elementos (óxidos e


sulfatos)
 Silicatos dos elementos ( FTE )
 Quelatos orgânicos
 Participante de alguns defensivos
10.6 - MISTURAS DE FERTILIZANTES
( FÓRMULAS )

Forma mais comum no mercado

Designação popular - mistura NPK, sendo


expressos em N, P2O5 e K2O

Exemplo: Fórmula 5-15-10 ( 5%N, 15%P2O5 e


10%K2O )

Exigência mínima: soma > 21%

Garantias em N total, P2O5 solúvel em citrato


de amônio e K2O solúvel em água

Cálculo de misturas , a partir dos fertilizantes


simples (denominados, pelas indústrias, como
matérias primas). EXERCÍCIOS

Aspectos técnicos x comerciais

Recomendação de adubação com fórmulas


(exercícios)
10.7 - LEGISLAÇÃO DE PRODUÇÃO E
COMÉRCIO DE FERTILIZANTES

Lei 6.897 (1980) dispõe sobre inspeção e


fiscalização da produção e do comércio de:

a) Fertilizante - substância mineral ou orgânica,


natural ou sintética, fornecedor de um ou mais
nutrientes vegetais
b) Corretivo - material apto a corrigir uma ou
mais características desfavoráveis do solo
c) Inoculante - material que contém
microorganismos fixadores de nitrogênio e que
atue favoravelmente no desenvolvimento das
plantas
d) Estimulante ou biofertilizante - produto que
contém princípio ativo apto a melhorar, direta
ou indiretamente, o desenvolvimento das
plantas.

Atribuição do Ministério da Agricultura


(registro, inspeção e fiscalização)
Exercício de Misturas (Formulação)

Você é o responsável técnico de uma empresa que prepara e


comercializa fertilizantes. Um produtor rural fez as
seguintes encomendas:

A) 100 toneladas da fórmula 4-14-8 (para a cultura


do milho).
B) 100 toneladas da fórmula 4-30-16 (para a
cultura da soja).
C) 1 tonelada da fórmula 10-10-10, contendo
enxofre e 1% de zinco (para hortaliças).
D) 1 tonelada da fórmula 5-15-20, sem enchimento
(para a formação de eucalipto).
E)100 toneladas da fórmula 8-28-18, sem enchimento
(para a cultura do feijão).

A empresa possui em estoque as seguintes fontes de


fertilizantes (matérias -primas):
Sulfato de amônio................20% de N
Uréia....................................44% de N
Superfosfato simples...........18% de P2O5
Superfosfato triplo...............41% de P2O5
DAP.....................................45% de P2O5 e 16% de N
MAP....................................48% de P2O5 e 9% de N
Cloreto de potássio..............58% de K2O
Sulfato de zinco...................20% de Zn

Calcule as quantidades de matérias-primas a serem


misturadas para atender a cada encomenda do produtor.
MÓD. 11 - DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE
E MANEJO DA ADUBAÇÃO

11.1 - INTRODUÇÃO

11.2 - INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA


RECOMENDAR ADUBAÇÃO

11.3 - ANÁLISE DO SOLO , COMO


INSTRUMENTO PARA RECOMENDAR
ADUBAÇÃO

11.4 - CÁLCULO DA DOSE DE MÁXIMA


EFICIÊNCIA

11.5 - MODOS DE APLICAÇÃO

11.6 - ADUBAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL

11.7 - EXERCÍCIOS E LEITURAS


11.2 - INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

a) Características da empresa agrícola


- Características da área: clima, solo,
topografia,...
- Histórico de uso: produtividades, problemas,...
- Plano de exploração futura
- Expectativa de rendimento da cultura
- Nível de manejo: preparo, irrigação,...

b) Tecnologia disponível (dados de pesquisa)


- Curvas de resposta (figuras)
- Necessidades nutricionais das culturas
- Efeitos residuais, interações,..
- Modos de aplicação


- TABELAS DE RECOMENDAÇÃO

c) Condições de mercado
- Relação de preços (produto/adubo)
- Custos fixos
- Crédito, infra-estrutura,...
11.3 - ANÁLISE DO SOLO COMO
INSTRUMENTO DE RECOMENDAÇÃO

(Obs. O mesmo esquema é aplicável para análise foliar


- importante para culturas perenes)

a) Amostragem do solo
- Representatividade (várias sub-amostras)
- Obtenção da amostra
- Identificação da amostra
- Condicionamento e remessa da amostra

b) Seleção do método de análise (tarefa da


pesquisa)

c) Calibração do método de análise:


estabelecimento da relação entre a análise (x)e
o rendimento ou produção biológica das
culturas (y).(figura)

- Estabelecimento do nível crítico para cada


nutriente
- Estabelecimento de classes de resposta

d) Recomendação de adubação: estabelecimento


da relação entre a quantidade do nutriente
aplicada (dose) e a produção comercial de cada
cultura  Dose de máxima eficiência.
11.4 - CÁLCULO DA DOSE DE MÁXIMA
EFICIÊNCIA

Relações de troca - produto/nutriente

Dose de máxima eficiência econômica (DME)

 Aplicação das leis de fertilidade: Curva de


resposta à adubação, com cada nutriente, para
cada cultura
 Custos: - fixo e do nutriente avaliado
 Dose mais eficiente = dose de maior
benefício/custo (Exemplo)

TABELAS oficiais de recomendação de


adubação (estaduais ou regionais)
 Guia ou instrumento auxiliar
 Cada propriedade agrícola é um caso !

Exercícios de uso de tabelas


EXEMPLO

Você fez um experimento para avaliar o efeito da adubação


fosfatada na cultura do milho, em Latossolo vermelho escuro, de textura
arenosa (15% argila), na Região do Cerrado. Os dados e resultados estão
a seguir:

P2O5 aplicado Produção de milho Análise do solo


(kg/ha) (kg/ha) (ppm P)
0 400 1
50 2800 4
100 4650 9
150 6000 15
200 6650 22
250 7200 30
300 7450 39
350 7550 49
400 7600 60

Com base nessas informações, calcule:

1 – Qual o nível crítico de P disponível neste solo (em ppm de P);

2 – Qual a dose mais econômica de adubação fosfatada (em kg/ha de


P2O5) para a cultura do milho, neste solo. Nesse cálculo considere que o
custo fixo da lavoura é correspondente a 2.000 kg/ha de milho e que o
custo de 1 kg de P2O5 é igual ao preço de 15 kg de milho.
EXERCÍCIOS DE RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO

A análise do solo revelou os seguintes dados: P =2,9 ppm, K


= 37 ppm, Teor de argila = 50%. Utilizando a Tabela de
Recomendação de GOIÁS, elabore as seguintes
recomendações:

1- Adubação de plantio de Citros, usando como fonte de


fósforo o superfosfato triplo e sulfato de zinco como fonte
de Zn (em kg/cova).

2- Adubação de plantio de Pinus, usando o superfosfato


simples como fonte de P e Bórax (11% B)como fonte de B
(em kg/cova).

3- Adubação de formação de pastagem (G + L), tendo


disponível a formulação 4 - 30 - 16 + Zn (Quantidade e
modo de aplicação).

4- Adubação para a cultura de milho, visando atingir uma


produção de 6 t/ha de grãos. Calcular as doses de nutrientes
a serem aplicadas; recomendar qual formulação e/ou fontes
que o produtor deve adquirir e qual a quantidade a aplicar
destas, em kg/ha. Complete a receita, indicando o modo de
aplicação.
11.5 - MODOS DE APLICAÇÃO

a) - a lanço, na superfície do terreno (em cobertura)

- parte do N, em culturas anuais


- todos os nutrientes, em pastagens
estabelecidas
- calagem de reposição e adubação (?) em
SPD

b) - a lanço, com posterior incorporação na camada


arável

- calagem e gessagem
- adubação corretiva de solos pobres
- adubação para formação de pastagem

c) - no sulco de plantio (modo mais comum para


culturas anuais)

d) - na cova (usado para plantas perenes - fruticultura,


silvicultura, algumas hortaliças)

e) via água (adubação foliar, fertirrigação)

f) misturado às sementes (alguns micronutrientes)


11.6 - ADUBAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL

Adubação e meio ambiente

 Influência desta prática na produção de


alimentos e fibras
 Possíveis efeitos negativos:
- lixiviação de nitratos para o lençol freático
- eutrofização de depósitos de água
- salinização e acidificação do solo

Reciclagem de lixos, esgotos, resíduos


industriais e rurais

Fertilizante ≠ Agrotóxico

Desenvolvimento sustentável

 Demanda crescente de alimentos e de


matérias primas
 Fertilizante x produtividade
 Relações de troca (mercado)

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