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Gestão da Inovação
Tecnológica
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Gestão da Inovação
Tecnológica, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmi-
co e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às)
alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 INOVAÇÃO................................................................................................................................................... 7
1.1 Princípios da Inovação ...................................................................................................................................................7
1.2 Tipos de Inovação.............................................................................................................................................................8
1.3 Conhecimento................................................................................................................................................................10
1.4 Inovação e suas Etapas................................................................................................................................................11
1.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................13
1.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................13
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................ 51
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...................................... 53
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 57
ANEXOS........................................................................................................................................................... 59
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), esta apostila tem como objetivo levar a você o conhecimento sobre uma questão
muito importante nos meios produtivos.
Trata-se da disciplina de Gestão da Inovação Tecnológica, que tem como premissa garantir meca-
nismos para que o aluno conheça os seus fundamentos, os quais estarão sempre presentes no cotidiano
das empresas, das indústrias, do comércio e da sociedade.
Dessa forma, caro(a) aluno(a), faço um convite a você para que inicie uma viagem ao fantástico
mundo da inovação tecnológica.
Teremos um longo desafio, marcado por descobertas, questões a serem respondidas, casos a serem
analisados.
Por fim, estaremos sempre juntos, e antecipadamente agradeço a sua atenção e interesse em par-
ticipar desta viagem rumo à inovação tecnológica!
Seja muito bem-vindo(a) e conte sempre conosco!
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1 INOVAÇÃO
A primeira definição a ser trabalhada é levar está além da criatividade, estando à beira da no-
a você o significado do termo “inovação”. Existem vidade.
várias vertentes para explicar qual o significado
de inovação, mas, dentro do escopo da discipli-
Atenção
na, vamos procurar focar de uma maneira que se
torne compreensível a você e que seja de grande A OCDE é uma organização que surgiu em 30
valia em seu avanço acadêmico e profissional. de setembro de 1961, em conformidade com
a primeira convenção firmada em Paris, com o
Segundo a Organização para o Crescimento
intuito de alcançar o mais alto grau de desen-
e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 1997), a volvimento sustentável e de emprego, man-
inovação pode ser definida como: tendo a estabilidade financeira dos países e
contribuindo para o desenvolvimento da eco-
nomia mundial.
[...] a implementação de um produto
(bem ou serviço) novo ou significativa-
mente melhorado, ou um processo, ou
um novo método de marketing, ou um Certamente, você já deve ter ouvido o seu
novo método organizacional nas práticas chefe ou o seu professor falar que a inovação é
de negócios, na organização do local de
um fator de suma importância para o avanço
trabalho ou nas relações externas.
tecnológico de uma nação. Porém, ficam aqui al-
gumas perguntas que procuraremos discutir ao
Contudo, é possível encontrar na literatura longo do curso e consequentemente obter as res-
algo que complemente essa visão, como a trata- postas. Vamos lá?
da por Ron Johnson, vice-presidente de varejo
da Apple, o qual afirma que inovação é algo que Quanto custa a inovação?
representa a intersecção entre a imaginação de
Quem é o responsável por trazê-la até
alguém à realidade, ou seja, inovação é algo que
a direção?
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Como sabemos se a nossa ideia é uma Bem, para que seja possível a desmistifica-
inovação ou um simples aprimoramen- ção do tema apresentado e, consequentemente,
to? a obtenção de respostas às perguntas, será ne-
Existe uma receita para criar inovação cessário conhecermos mais a fundo as particula-
tecnológica? ridades que envolvem a tão sonhada e almejada
inovação.
Como proposto logo no início deste capítu-
Caro(a) aluno(a), formulo mais duas per-
lo, teremos uma longa jornada rumo ao conheci-
guntas para você.
mento, mas tenho certeza de que com a sua aju-
Se todos os profissionais querem a inovação da lograremos ótimos resultados e, quem sabe,
em sua empresa, por que, muitas vezes, encontra- descobriremos o quanto você pode ser inovador.
mos obstáculos para que ela ocorra? Estaria ela
vinculada a algum incentivo do governo, a algu-
ma política interna das empresas, a limitações das Saiba mais
pessoas, a medo de arriscar, entre outros fatores?
Parece que temos muitas perguntas para O Manual de Oslo é uma fonte muito rica de infor-
poucas respostas neste momento. É natural que mações referentes ao nosso tema alvo, e recomen-
do a sua consulta. Ele está disponível para down-
isso ocorra, pois se trata de um assunto bastante
load em: http://download.finep.gov.br/imprensa/
complexo, acerca do qual até profissionais con- manual_de_oslo.pdf
ceituados no mercado apresentam alguns pontos
divergentes em relação às explicações técnicas a
serem dadas a essas perguntas.
Fazendo-se uma análise simples de inova- dos. Exemplo: uma solução para um determinado
ção, podemos falar que é algo simples e envolve processo de fabricação criada dentro do ambien-
dois momentos. Primeiro, alguém tem que gerar te acadêmico e transferida à indústria para a apli-
algo diferente, e, segundo, alguém tem que im- cação prática e consequente redução de custos,
plementar. perdas de material, entre outros fatores (parceria).
Entretanto, quando pensamos em inovação No entanto, a inovação também pode ser
propriamente dita, logo pensamos na constru- apresentada de outra forma, e esta é exatamente
ção arrojada de um produto, com a diminuição contrária ao que ocorre na inovação citada ante-
de custos operacionais, agradando os clientes e, riormente. Nesse caso, não existe parceria entre
logicamente, gerando retorno dos investimentos. empresas, universidades, indústrias.
A inovação, porém, não está focada somen- Dessa maneira, o processo de conhecimen-
te nesse caso em particular. Ela está inserida den- to, pesquisa e desenvolvimento ocorre de forma
tro de várias áreas, como as que serão transmiti- interna à empresa. Essa forma é também conheci-
das para você a partir de agora. da como “inovação fechada”, solução criada para
Analisando a inovação com mais aprofun- si mesmo.
damento, podemos informar que ela pode ser Outra possibilidade de inovação é a que
vista como uma conotação direta, ou seja, por pode ocorrer por fatores que envolvem riscos,
ação de parcerias entre empresas, universidades, como a chamada inovação radical, que, como o
indústrias, em que processos e patentes são gera-
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1.3 Conhecimento
Vamos, agora, tratar de um assunto bastan- De acordo com Drucker (1985), a atual so-
te pertinente: o significado de Conhecimento. ciedade tem como alicerce o elemento-chave co-
Mas, antes de justificar a sua utilização em nosso nhecimento, que não é apenas mais um recurso,
estudo, gostaria de fazer mais duas perguntas, as mas o único recurso atualmente significativo.
quais serão respondidas ainda dentro deste tópi- Na mesma linha de pensamento, Gibbons
co. et al. (1994) relatam que o processo de inovação
por intermédio do conhecimento é visto como
Você sabe onde nasce a inovação? um recurso-chave e uma fonte de vantagem
Quais variáveis são fundamentais para competitiva entre empresas em um ambiente em
que a inovação possa surgir? constante competitividade.
De acordo com esse estudo, já temos base
para podermos construir nossa fundamentação
Bem, vamos discutir o presente cenário.
em relação às duas perguntas iniciais deste tópi-
Como você mesmo observa, estamos inseridos
co.
em uma sociedade moderna, tecnológica, que
busca continuamente a especialização, o aperfei- Então, esta questão é para você: onde nasce
çoamento, seja para fins profissionais, seja para a inovação? Ainda está com alguma dúvida? Eu
fins sociais. apostaria que ela nasce da mente brilhante do ser
humano, ou do grupo de seres humanos. O que
Essa mesma sociedade a que estamos nos
você acha?
referindo é a chamada “sociedade do conheci-
mento”, que tem a capacidade de análise do pro- Mas, para que ela nasça nessa mente pri-
blema e de busca por sua resolução. vilegiada, é necessário algum recurso, você não
acha? Que tal denominarmos esse recurso de co-
Muitas vezes, essa resolução pode ser prá-
nhecimento?
tica e simples, mas quando tratamos de proble-
mas ligados à área profissional, esta sempre vem Esclareceu a dúvida? Será que ficou clara a
acompanhada de uma boa quantidade de pes- importância da palavra ‘conhecimento’ para você?
quisa, conhecimento e sabedoria. Vamos reforçar essa explicação!
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De acordo com Laudon e Laudon (1999), a Portanto, temos, neste momento, o conhe-
palavra ‘conhecimento’ pode ser entendida como: cimento relativo a duas questões importantes
“Conjunto de ferramentas conceituais e catego- sobre inovação, e tenho certeza de que teremos
rias usadas pelos seres humanos para criar, cole- muitas outras informações até o fim da apostila!
cionar, armazenar e compartilhar a informação.”
Então, podemos ratificar que conhecimen-
to é algo próprio do ser humano, que não pode Saiba mais
ser descrito e que vem da sua própria interpreta-
ção a partir de uma informação transmitida e, por Quer saber mais sobre conhecimento e suas va-
consequência, a sua capacidade construtiva que riações? Acesse este artigo: http://www.ime.usp.
br/~vwsetzer/dado-info.html
gera habilidade para o uso ou não desse conhe-
cimento.
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Fonte: http://www.vendamuitomais.com.br/site/img/Upload/image/processo_inovação.jpg
O processo de inovação ocorre com o surgi- Bem, esse risco sempre estará presente em
mento de um conjunto de ideias, as quais sofrem uma ação inovadora, seja na área de negócios, na
uma filtragem para, posteriormente, sofrer a eta- área médica, na área da construção civil ou em
pa de seleção de uma ou mais delas, que passam nossa área!
a ser trabalhadas com o intuito de chegar a um Vamos trabalhar a palavra ‘risco’ e tentar via-
modelo que esteja plenamente em conformida- bilizá-la dentro do nosso contexto.
de com a margem de investimentos, o tempo
para desenvolvimento e a possibilidade de im-
plementação.
Atenção
Em relação à implementação, os resultados
esperados começam a surgir nessa etapa, e nesse ris.co2: sm (ital rischio) Possibilidade de perigo,
momento é que aparecem possíveis problemas incerto mas previsível, que ameaça de dano a
pessoa ou a coisa. R. bancário, Com: o que de-
não calculados ou que passaram despercebidos.
corre do negócio entre banqueiros ou entre o
É claro que estamos falando de erros que banco e os correntistas. R. profissional, Dir: pe-
nunca são desejados, mas que se tornam reme- rigo inerente ao exercício de certas profissões,
o qual é compensado pela taxa adicional de
diáveis à medida que os planos de contingência
periculosidade. A risco de, com risco de: em
são pré-elaborados. perigo de. A todo o risco: exposto a todos os
Todavia, como discutido anteriormente, er- perigos. Correr risco: estar exposto a.
Fonte: Michaelis (2012).
rar é humano, mas minimizar a tendência ao erro
é vital, e nisso está inserido o fator de risco de
uma inovação.
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Como já poderíamos deduzir mesmo sem Contudo, apesar de todos os riscos, a evo-
essa explicação obtida no dicionário, risco é algo lução nos mostra que inovar é preciso, e, sem ela,
presente em toda ação a ser executada, desde certamente muitos dos recursos de que dispo-
uma simples, como, por exemplo, trocar uma lâm- mos hoje em dia não estariam disponíveis.
pada, até uma ação mais complexa, como a subs-
tituição da linha de fabricação de automóveis por
uma muito mais moderna.
Quando falamos de inovação, devemos ra-
tificar que ela gera certo custo, que pode ser de
ordem econômica/financeira, sustentável, tecno-
lógica e até mesmo social.
Neste capítulo, estudamos os princípios básicos que geram o contexto inicial de nossa disciplina, a
gestão da inovação tecnológica.
Foi possível a definição de algumas palavras-chave que serão utilizadas em nosso estudo, e, graças
a ele, ficou evidenciada a importância da inovação, aliada ao conhecimento humano.
Portanto, deve-se acreditar no potencial humano e estimulá-lo para sempre proporcionar à socie-
dade recursos que facilitem as relações humanas, empresariais e industriais. Mas, para tanto, é necessário
considerar os riscos que uma inovação pode impactar em um processo, sempre procurando amadurecer
bem a ideia para que ela não gere desgastes, conflitos, perdas econômicas, entre outras dificuldades.
Nessa conjectura, serão abordados, a cada capítulo, os parâmetros que impulsionam a inovação. É
a partir deles que se pretende formar conceitos que possibilitem um franco desenvolvimento em termos
conceituais e práticos acerca do assunto.
2. Quais são os principais tipos de inovação existentes e quais são as suas características particu-
lares?
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a. O que leva a termos muitas iniciativas no início do processo de inovação e poucas no fim.
b. Se o processo de inovação é tão útil e ágil como demonstra a figura, por que ele não está
mais presente na indústria brasileira.
4. Em relação à variável risco, como você enxerga a sua influência em relação ao atual estágio da
indústria ante a inovação de tecnologias? É o principal fator limitante?
5. De acordo com o estudo de Caso 1 – Experiências que levam a inspiração, a criatividade e inova-
ção, presente nos Anexos, como você poderia explicar a importância da inovação para o surgi-
mento das tecnologias atuais?
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2 GESTÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
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Com relação ao mecanismo que envolve De acordo com a afirmação anterior, fica
a inovação tecnológica, podemos avaliar inicial- evidenciada a necessidade de termos bons co-
mente que, conforme citado anteriormente, este nhecimentos tecnológicos aliados à visão de
não está limitado somente ao plano tecnológico, marketing e administração. Ou seja, não adianta
mas também está inserido em outras áreas, como, inovar se não se sabe vender o produto e nem ge-
por exemplo, ações de marketing e a própria ges- rir o negócio.
tão de inovação. Caro(a) aluno(a), de acordo com a análise da
Figura 2, é possível a extração de algumas conclu-
sões importantes.
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Na primeira fase, observamos uma crescen- Mais uma vez, é importante ratificar que a
te quantidade de empresas que passam a dispu- inovação depende muito da estratégia de gestão,
tar o mercado; buscam inovações com o intuito sendo ela, quando bem gerida, capaz de antever
de sanar um problema, lançar um novo produto, necessidades do mercado, controle dos custos
um novo processo. envolvidos dentro da empresa e da possibilidade
Na segunda fase, chamada de ponto de ino- de alianças com centros externos de tecnologia,
vação, essas empresas passam a demonstrar as com o intuito de aprimoramento tecnológico.
suas inovações, e apenas algumas conseguem se
manter atuantes no mercado, como fica demons- Saiba mais
trado na fase de denominação, e, a partir desta,
esse pequeno grupo se mantém ativo no merca- Conheça mais sobre estratégia de gestão acessan-
do e alcança a fase de estabilização. do este artigo de Werner Kugelmeier: http://www.
gestaoempresarial.adm.br/artigos_sobre_gestao_
empresarial.asp
2.3 Competitividade
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Portanto, sempre é uma boa hora para pen- As empresas devem extrair mais de suas
sar no estudo e na aplicação da inovação tecno- equipes de gestão, aproveitar os incentivos fiscais,
lógica no mercado! Temos muito a crescer, pois as parcerias com instituições de ensino, questões
apenas 10% das receitas oriundas de investimen- de que trataremos nos próximos capítulos e que
tos em inovação nas Pequenas e Médias Empre- certamente poderão instigá-lo a, quem sabe, dis-
sas (PMEs) são decorrentes do grande volume cutir em sua empresa.
de empresas (41 a 60%); o que é algo a se pensar
com muito carinho.
Atenção
Mas você estar se perguntando: por que
temos somente 10% de retorno oriundo de ino- Veja como é importante o segmento das PMEs
vação pelas PMEs? Bom, precisamos ser mais téc- estudando o Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-
nicos para responder a essa explicação. cro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a reporta-
gem da revista Exame: http://exame.abril.com.
br/pme/noticias/confianca-das-pequenas-
-empresas-aumenta-diz-sebrae
Conforme foi observado por você, a capa- Dessa forma, os esforços concentrados na
cidade de inovar e extrair vantagem competitiva capacidade operacional aliados à tecnologia fa-
perante os concorrentes é algo extremamente zem a inovação ser uma forte aliada na manuten-
viável e ainda a ser muito explorado. ção das empresas no mercado e na consequente
De acordo com Carvalho, Cavalcante e Reis geração de lucros.
(2009), temos uma série de vantagens em se ado-
tar a inovação tecnológica como forma de obter a
vantagem competitiva.
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2.5 Tecnologia
Vamos tratar, agora, do valor estratégico, pequeno porte que estão inseridas nesse contex-
mais precisamente das estratégias que devem ser to.
adotadas na implantação, melhoria e na manu- Seu departamento de pesquisa e desen-
tenção dos processos de inovação tecnológica. volvimento é visto como um setor de extrema
Em se tratando de empresa, o estudo rela- importância. Buscam sempre profissionais alta-
cionado à inovação é extremamente relevante mente qualificados e pesquisadores para suas
para o progresso dos negócios. posições estratégicas de inovação.
Mas, de antemão, é importante salientar
que não existe uma fórmula mágica que deva ser Estratégia Defensiva
seguida a risca para a obtenção de sucesso nos
negócios.
Aqui, o processo ocorre de forma mais con-
De acordo com Freeman, existem seis tipos servadora, sendo que se aproveitam inovações já
distintos de estratégias de acordo com o estilo de implementadas e, consequentemente, já testa-
inovação a ser adotado, dos quais trataremos de das.
forma resumida a seguir. Observamos, porém, ca-
Seu departamento de Pesquisa e Desen-
sos de empresas que adotam mais de uma estra-
volvimento (P&D) geralmente se utiliza de ações
tégia combinada para se sobressair no mercado.
oriundas de concorrentes para possíveis imple-
mentações, com o intuito de minimizar os riscos
Estratégia Ofensiva de sua inovação.
Assim como ocorre na estratégia ofensiva,
Esse tipo de estratégia é utilizado por um aqui também são contratados profissionais bem
pequeno número de empresas, as quais procu- qualificados e pesquisadores.
ram o perfil de liderança com capacidade de ino-
var e concorrer. Geralmente são as empresas de
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Estratégia Dependente
Neste capítulo, estudamos as principais características que envolvem a gestão da inovação tecno-
lógica.
Foram definidos alguns conceitos importantes, como o fator da competitividade, a estratégia tec-
nológica e seus tipos, inclusive pontuando suas características mais marcantes.
E, em relação a essas características, você já tem condições de avaliar como a empresa em que
você trabalha, ou mesmo na visão de consumidor, se situa em relação aos tipos de gestão estratégica
estudados. Lembre-se de que uma mesma empresa pode adotar uma ou mais estratégias tecnológicas
combinadas.
Em relação à inovação tecnológica, ficou claro que ela nunca está só, pois sempre vem acompanha-
da de fatores como tecnologia, recursos humanos, ciência e investimento.
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1. De acordo com o gráfico a seguir, o que leva a redução de empresas à fase de dominação/es-
tabilização?
2. Das estratégias citadas, qual, em sua opinião, deve ser aplicada a uma empresa de médio porte
que queira crescer no mercado e tornar-se a primeira no seu segmento de atuação?
3. O que representa a tecnologia em sua vida? Em sua opinião, até onde ela pode chegar?
4. De acordo com o estudo de Caso 2 – Cinco lições de inovações da “Havaianas” para o seu negócio,
presente nos Anexos, como você pode explicar a importância da inovação e da mudança de
atitudes para a viabilização de um projeto?
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IMITAÇÃO, INVENÇÃO E INOVAÇÃO
3 TECNOLÓGICA
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, vamos des- Outro assunto que será estudado é o real
mistificar um assunto que deixa muitos invento- significado da palavra ‘imitação’ em nossa ativi-
res e inovadores com dúvidas. Afinal, sou respon- dade, verificando os males que esse tipo de mo-
sável por uma invenção ou uma inovação? dalidade pode representar à sociedade e às em-
presas.
3.1 Definições
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ção, criando novos produtos, serviços e processo, Na Figura 4, temos um exemplo de imitação
permitindo, assim, que uma organização tenha a que gera, sem dúvida, prejuízos ao idealizador, no
sua expansão. caso a empresa Apple.
De acordo com as definições e a análise do
pensamento de Porter, podemos concluir que, ao Figura 4 – HiPhone (imitação de iPhone) e o iPhone
contrário que poderíamos imaginar inicialmente, da Apple.
a invenção não é um requisito básico para a ino- a)
vação, visto que para a invenção se tornar algo
importante ela necessita ser comprovadamente
viável e útil às pessoas.
Já em relação à inovação, muitas são vistas
como melhorias de processos e práticas que já es-
tão sendo praticados no mercado.
E, agora, caro(a) aluno(a), como podemos
definir a imitação, tão em moda hoje no mercado
que alguns costumam chamar de réplica?
Fonte: http://www.guanabara.info/wp-content/
uploads/2011/06/xing-ling.jpg
Bem, acredito que não temos dúvidas em
relação ao seu verdadeiro significado. A prática
Agora, pergunto a você: olhando rapida-
da imitação vem sendo adotada há muitos anos
mente para a primeira figura, qual é o verdadeiro?
por mercados que se utilizam de tecnologia e
E se olharmos para a segunda figura, será que fi-
inovação alheias para elaborar um produto que
caria mais fácil a distinção entre ambos?
às vezes pode ser idêntico ou parecido, mas que
apresenta grande perda de qualidade em relação
aos materiais empregados na sua construção.
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Caro(a) aluno(a)! Ficaríamos horas, dias, se- Uma invenção a ser mencionada é a da lâm-
manas discutindo a enorme quantidade de in- pada incandescente. O americano Thomas Edison
venções ao longo dos anos que favoreceram a inventou a lâmpada incandescente no ano de
sociedade. 1879, a qual deixou para trás o consumo de velas
Lembro que o intuito aqui é frisar o concei- nos domicílios e, posteriormente, a utilização nas
to de invenção, para que você possa dar uma ex- indústrias e no comércio.
plicação plausível, quando indagado, sobre esse Outra invenção que não poderia deixar de
assunto, que a maioria das pessoas acaba definin- ser comentada é a do computador em seus pri-
do como um sinônimo para inovação. mórdios, sendo o cientista inglês Charles Babba-
Vamos, juntos, conhecer algumas inven- ge o inventor do computador mecânico, que ser-
ções que foram marcantes nas nossas vidas e que viu de inspiração para os computadores digitais
serviram de instrumento para futuras inovações utilizados de forma geral nos dias atuais.
tecnológicas.
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Fonte: http://imagens.canaltech.com.br/3333.6205-Pasta-dental-2-tampas.jpg
Fonte: http://imagens.canaltech.com.br/3334.6206-Manteiga-Bastao.jpg
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Bem, realmente é algo que faz até duvidar- Pergunte a si mesmo qual o seu propósito,
mos da sua veracidade, porém foi inventado, pa- a sua necessidade em relação à sociedade, mas
tenteado e comercializado. lembre-se: uma ideia pouco interessante, mas
Logicamente, a procura por esses produtos com um toque inovador, pode se tornar um gran-
foi baixa, e o retorno, consequentemente, insufi- de negócio!
ciente ao valor aplicado.
Então, na hora de levar uma ideia em prá- Saiba mais
tica, pense como você gostaria que a invenção
funcionasse. Conheça outras invenções inusitadas em: http://in-
ventores.com.br/
3.4 Patentes
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É importante conhecer os deveres e direitos Dentro desse cenário, o ambiente web pas-
que um inventor tem perante os órgãos brasilei- sou a ser um mecanismo muito mais ágil para a
ros, pois existe uma legislação vigente e um rotei- resolução desses trâmites burocráticos.
ro para a sua solicitação. Nessa área, podem ser citados dois novos
Temos, também, o surgimento de inovação produtos, os quais são descritos a seguir.
tecnológica na própria área de patentes, como a
informatização dos processos para criação e regu-
larização de patentes.
De acordo com o Instituto Nacional da Pro- cações de patentes nessa área e que os pedidos
priedade Industrial (INPI), a patente verde é um submetidos e aprovados no programa obtenham
instrumento para contribuir no combate às mu- uma decisão em cerca de dois anos.
danças climáticas globais. Teve início em 17 de Dessa forma, o INPI espera possibilitar a
abril de 2012, com o Programa Piloto de Patentes identificação de novas tecnologias que possam
Verdes. ser rapidamente usadas pela sociedade, estimu-
O objetivo desse programa é propiciar lando o seu licenciamento e incentivando a ino-
maior velocidade quanto aos pedidos e verifi- vação no país.
3.6 E-Patentes
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Neste capítulo, tivemos a oportunidade de conhecer mais alguns pontos importantes dentro do
cenário da inovação tecnológica. Ratificamos o conceito de inovação, definimos os conceitos de inven-
ção e imitação.
Foi possível observar as particularidades entre a invenção e a inovação, as quais geram muitas con-
trovérsias em relação aos seus limites.
Ficou definida, também, a importância da lei das patentes e da necessidade de se formalizar a in-
venção e/ou inovação, a fim de garantir o direito de propriedade intelectual e, consequentemente, não
vir a perder o prestígio e o retorno financeiro das mesmas.
Por fim, levamos ao seu conhecimento, dentro do campo de patentes, duas inovações, que são a
possibilidade de inscrição e realização de patente por meios eletrônicos e a recém-chegada patente de
ação ambiental, patente verde, tão importante para o nosso presente e para o futuro da sociedade.
1. Como você pode definir o termo “invenção”? Você já teve uma ou mais ideias que foram consi-
deradas inovadoras em seu ambiente de trabalho ou em sua residência? Qual ou quais foram?
2. Cite cinco inovações que são consideradas úteis à sociedade e cinco que tiveram o seu projeto
descontinuado em razão de não atender às necessidades das pessoas.
3. De acordo com a definição de patente verde, como você poderia definir a utilização dela para
a mudança do cenário atual em termos ambientais?
4. De acordo com o estudo de Caso 3 – Gerenciando a inovação para o bem, presente nos Anexos,
como você pode analisar o texto que relaciona inovação e a prática de boas ações para o futuro
da sociedade?
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GESTÃO DA PESQUISA PARA O
4 DESENVOLVIMENTO
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De acordo com Silva (2012), a política de cuidado para não colocar em risco as
pessoal é um problema central para a universida- atividades centrais do professor/pes-
quisador, ou seja, o ensino e a pesqui-
de adaptativa e empreendedora, pelas seguintes
sa;
razões:
• ao se definir uma política de pessoal
que também privilegie a atividade
• a participação em atividades de coo- empreendedora, deve-se levar em
peração com a indústria tende a não consideração a liberdade acadêmica
ser reconhecida como parte do traba- pela escolha de tópicos de pesquisa,
lho acadêmico normal e são tratadas publicação, ensino, etc., inclusive para
como ‘bico’ pela administração e pelo garantir outras motivações profissio-
pesquisador; nais além do dinheiro;
• a carreira acadêmica não reconhece • a existência de organizações satéli-
formalmente a cooperação com a in- te com políticas de pessoal próprias
dústria como relevante para promo- pode introduzir conflitos na interação
ções ou titulações; destas organizações e os departamen-
• ao encorajar o engajamento em ati- tos e faculdades, especialmente quan-
vidades de cooperação, é necessário do as faixas salariais forem diferentes.
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Gestão da Inovação Tecnológica
4.7 Incubadoras
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Gestão da Inovação Tecnológica
1. O que são fatores inibidores e facilitadores? Qual a interdependência da inovação com as ações
do governo?
2. Quais são as vantagens em se adotar o sistema de parcerias em termos tecnológicos? Quais são
os incentivos para que as parcerias ocorram?
4. Cite cinco entidades no Brasil que têm a competência de agenciar e financiar projetos inova-
dores.
5. De acordo com o estudo de Caso 4 – Como resolver o desafio da inovação, presente nos Anexos,
como você pode analisar o texto que relaciona os desafios envolvidos para a prática da inova-
ção?
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POLÍTICAS E INCENTIVOS À INOVAÇÃO
5 TECNOLÓGICA
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Gestão da Inovação Tecnológica
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A Figura 8 mostra que existem duas pro- De acordo com esse dados, o número de
jeções de demanda. A primeira projeção (azul) empresas que aderiram ao programa de incenti-
representa o número de empresas participan- vos fiscais, às atividades de pesquisa tecnológica
tes (cadastradas) no MCTI/ano que declararam e ao desenvolvimento de inovação tecnológica
ter usufruído dos incentivos fiscais, e a segunda (linhas A e B) vem crescendo ano a ano.
projeção (vermelha) representa o número real de Como exemplo, no ano fiscal de 2010, o
empresas classificadas/ano, após verificação do MCTI registrou o recebimento de 875 formulários
MCTI das informações prestadas nos formulários de pessoas jurídicas (empresas) que declararam
das empresas.
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Gestão da Inovação Tecnológica
ter usufruído dos incentivos fiscais constantes equipe técnica do MCTI os resultados reais com-
do Capítulo III da Lei do Bem, o que significa um putados e consolidados estão registrados e co-
aumento aproximado de 38% em relação ao ano mentados nos itens 5 e 6 deste relatório.
de 2009, quando 635 empresas preencheram os Existem, ainda, algumas opções de recur-
formulários exigidos pela referida Lei. sos a serem disponibilizadas na forma de crédito,
Nesse cenário, a demanda bruta das 875 subvenção econômica e investimentos reembol-
empresas indicou investimentos totais em P,D&I sáveis e não reembolsáveis, em um volume de re-
no valor de R$ 10,7 bilhões (valor bruto), e usu- cursos bastante expressivo, os quais também esti-
fruto de incentivos fiscais (renúncia fiscal) no mulam as empresas a realizar atividades de P,D&I
montante de R$ 2,1 bilhões, que após análise da sem necessariamente receber incentivos fiscais.
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Neste capítulo, discutimos algumas das ações que o governo e representantes das áreas envol-
vidas estão realizando com o intuito de facilitar o ingresso de novos inovadores ao mercado, ação que
irá incentivar o surgimento de novas tecnologias no mercado e, consequentemente, reduzir o valor dos
produtos, processos e afins.
Fica clara a real necessidade de maiores incentivos e investimentos para que o nosso país se torne
um potência tecnológica, pareando ao que encontramos no primeiro mundo.
Nesse segmento, estão surgindo muitos profissionais especializados em prestar consultoria às em-
presas, o que deve ser levado em consideração na escolha da carreira a ser adotada.
Cabe a nós mesmos inovar, seguir modelos vencedores e, com base neles, adaptar a nossa realida-
de, pois importar tecnologia está cada dia mais caro, e temos recursos humanos suficientes para tornar
nosso país autossuficiente em algumas décadas.
1. Na sua visão, o que faz a região Sudeste liderar o ranking de pedidos de projetos de inovação?
Como podemos melhorar a participação das demais regiões?
2. Faça um resumo em relação à Lei do Bem. Aponte suas principais características, seus benefí-
cios e a quem se destina. Pode ser consultada a referência bibliográfica da Abimaq para com-
plementar a sua resposta.
3. Pense em um produto que você esteja acostumado a usar ou a comprar. Você acredita que essa
empresa investe em inovação? Se sim, o que o leva a acreditar nesse posicionamento? O que
poderia ser melhorado, na sua opinião, em relação ao produto?
4. De acordo com o estudo de Caso 5 – Como resolver o desafio da inovação, presente nos Anexos,
como você pode analisar a aplicação da Lei do Bem em relação aos benefícios criados às em-
presas? Realmente é uma boa saída criar mecanismos internos e fomentar a implantação da
inovação na empresa? Comente.
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GESTÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO
6 ORGANIZACIONAL
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Gestão da Inovação Tecnológica
Assim como qualquer outro profissional, o são características desse tipo de profis-
gestor em inovação deve ter qualidades apreciá- sional.
veis e, nesse caso, além delas, ser um profissional Ser inovador não é pura magia. A boa
inovador cujo quesito faz a diferença. ideia nasce da combinação da obser-
Peter Drucker (2008), em seu livro Inovação vação ou do conhecimento. Conhecer
e espírito empreendedor, lembra que um poeta la- o passado, olhar o presente e pensar
tino-americano costumava chamar o ser humano (antever) o futuro são ingredientes que
de rerum novarum cupidus, ou seja, um “ganancio- fazem surgir as boas ideias.
so por coisas novas”. Busque definir sua Estratégia de Inova-
O lendário pai do management moderno ção, esclarecendo os tipos e as temáti-
recomendava que a administração de empresas cas desejados.
deveria fazer de cada membro da equipe um re- São três fatores: oportunidade/proble-
rum novarum cupidus. ma + criatividade + conhecimento. Aí
Pergunto a você: você é um profissional é que a capacidade criadora entra em
desse tipo? ação pela busca de novas alternativas
Dieter Kelber, diretor-executivo do Instituto em relação às propostas existentes no
Avançado de Desenvolvimento Intelectual (Insa- mercado.
di), ressalta que o profissional inovador conse- Utilize os relacionamentos para gerar e
gue olhar para um trabalho que é feito há anos desenvolver as inovações.
da mesma maneira e transformar o processo em Se você tem essa personalidade, o ideal
algo mais rápido, mais produtivo, com maior va- é buscar empresas em que a prática da
lor para o cliente. inovação é uma realidade. Ideias que
Kelber ainda contextualiza: “Sabemos que não podem ser postas em prática tra-
ninguém nasce pronto. É preciso ter vocação e zem frustrações.
associar algumas práticas do ‘pensar diferente’ e
do questionar” e “As pessoas inovadoras têm tra-
ços de criatividade, rebeldia, foco, perseverança e,
principalmente, acreditam naquilo que propõem”.
Algumas dicas que Drucker (2008) e Kelber
Multimídia
apontam para os profissionais tornarem-se inova-
dores: Quer conhecer mais sobre a profissão de ges-
tor? E de liderança? Veja a entrevista de Dieter
Querer é o primeiro passo para inovar. Kelber sobre o novo profissional “Lidestor”.
Veja se você tem o perfil. Ótimo nicho de mer-
Se temos a convicção ou o sentimen- cado!!!
to de que somos inovadores, devemos http://www.youtube.com/
procurar estar sempre onde existem as watch?v=b44vPdSZjcA
condições para que nos desenvolva-
mos nessa direção.
Ter curiosidade, mente aberta, aceitar
correr riscos, ser persistente e flexível
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Boa parte dos projetos de inovação acaba um bom projeto, na identificação do per-
sofrendo algum efeito negativo em sua condu- fil dos gerentes e da equipe, na estrutura
adequada para sua condução, no proces-
ção por efeitos de má administração ou gestão
so de início, avaliação e encerramento,
do projeto, o que acaba, muitas vezes, exigindo nas análises de riscos, recompensa, e efei-
novos recursos financeiros e tempo para o con- tos colaterais positivos e negativos, assim
torno, levando à inviabilidade do projeto. como na gestão nos níveis estratégico e
tático/operacional.
Como tratado anteriormente, o conheci-
mento é de extrema importância para o surgi-
mento das ideias e a forma como ela é trabalha- Nesse sentido, todo cuidado é pouco na
da, na forma prática de técnicas e ferramentas de hora da implantação do projeto, e tudo deve
gerenciamento de projetos na área específica. ser levado em consideração, a fim de evitarmos
De acordo com Diniz (2012): transtornos durante sua execução, o que pode
trazer malefícios ao seu andamento e até mesmo
o seu cancelamento.
O sucesso reside na aplicação de técnicas
sobre como montar, executar e controlar
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Gestão da Inovação Tecnológica
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Caro(a) aluno(a), neste ultimo capítulo, foram transmitidos a você os principais fatores que afetam
diretamente a evolução do projeto de inovação.
Como todo projeto, ele deve estar bem fundamentado nas ações a serem praticadas, pois, con-
forme vimos, um número bastante representativo de projetos de inovação acaba ficando no “meio do
caminho” em decorrência de problemas na sua execução.
Foram mostradas, também, as características que um profissional da área deve ter para lograr êxi-
to e, consequentemente, ser um referencial no mercado de trabalho, que, por sua vez, a cada dia está
crescendo em função da necessidade natural de evolução na construção de produtos, na melhoria de
processos e nas ações ligadas à sociedade como um todo.
2. Por que o processo de Gestão da Inovação requer do profissional um grau elevado de conheci-
mento e criatividade para execução da sua atividade?
4. De acordo com o estudo de Caso 6 – Balanced Scorecard – Inovação na gestão moderna, presen-
te nos Anexos, como essa ferramenta pode ajudar as empresas na implantação da inovação?
Comente.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a),
Agradeço, em primeiro lugar, por me acompanhar nesta viagem rumo à inovação tecnológica.
Juntos, conhecemos muitos conceitos, realizamos muitas perguntas, descobrimos muitas respos-
tas!
Sem dúvida, é uma área desafiadora, emocionante e extremamente gratificante, pois imagine que
a sua inovação, um dia, poderá estar presente nos lares das pessoas, facilitando as suas vidas e, quem
sabe, proporcionando a existência dela.
Muitos são os caminhos a se percorrer! Neste material, escrito com muito carinho, tentei sintetizar
os assuntos que estão ao seu arredor. Agora, procurarei encerrar nossa viagem de uma forma inovadora...
O que é a inovação?
Onde ela está presente?
E para onde ela caminha?
Muito obrigado!!!!
Prof. Douglas Melman
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
CAPÍTULO 1
5. Você deverá analisar o artigo proposto, e com seus entendimentos em relação ao texto, disser-
tar sobre o assunto conforme o tema central da pergunta.
CAPÍTULO 2
2. Aqui, você deverá usar seu conhecimento para observar a proposta da questão e dela concluir
a sua resposta.
3. Você, de acordo com o texto e conforme sua visão, deverá traçar um paralelo entre o que co-
nhece de tecnologia atual e até que ponto ela pode chegar.
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4. Você deverá analisar o artigo proposto e, com seus entendimentos em relação ao texto, disser-
tar sobre o assunto conforme o tema central da pergunta.
CAPÍTULO 3
1. Aqui, você deverá usar seu conhecimento para observar a proposta da questão e dela concluir
a sua resposta.
2. Nesta questão, você deverá trazer, a partir de seus conhecimentos, cinco inovações úteis e cin-
co inovações inúteis que ele conheça ou pesquise.
3. Nesta questão, você deverá utilizar seus conhecimentos adquiridos em módulos anteriores
com o intuito de trazer soluções para a redução do impacto ambiental, por meio de soluções
inovadoras na área de inovação verde.
4. Você deverá analisar o artigo proposto e, com seus entendimentos em relação ao texto, disser-
tar sobre o assunto conforme o tema central da pergunta.
CAPÍTULO 4
1. Fatores inibidores são aqueles que se apresentam como obstáculos ao trâmite natural de exe-
cução do projeto. Fatores facilitadores são aqueles que se apresentam como motivadores ao
processo de execução do projeto. Conforme a apostila, o governo está buscando, por meio de
leis, incentivos para que as empresas possam adotar o programa de inovação em suas bases,
com o intuito de valorizar a tecnologia nacional.
3. São ambientes criados para receber o inovador e dar suporte técnico, administrativo e até fi-
nanceiro, para que sua inovação possa ser idealizada e, quem sabe, comercializada por alguma
empresa.
4. Podemos citar a CAPES, o CNPq, o FINEP e o FNDCT, que possibilitaram recursos em pesquisa
tecnológica.
5. Você deverá analisar o artigo proposto e, com seus entendimentos em relação ao texto, disser-
tar sobre o assunto conforme o tema central da pergunta.
CAPÍTULO 5
1. Você deverá expor a sua visão em relação ao foco da questão e propiciar melhorias de acordo
com a sua visão.
2. Você deverá ler o tópico relacionado à Lei do Bem e, com suas palavras, fazer um resumo, no
qual conste as suas características, seus benefícios e a quem se destina.
3. Nesta questão, você deverá utilizar os seus conhecimentos e, por meio de um produto real,
classificá-lo de acordo com o enunciado da questão.
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4. Você deverá analisar o artigo proposto e, com seus entendimentos em relação ao texto, disser-
tar sobre o assunto conforme o tema central da pergunta.
CAPÍTULO 6
2. Por se tratar de uma atividade que exige que o profissional esteja muito bem preparado e ca-
paz de tomar ações preventivas e corretivas durante a execução do projeto, sem que ocorra o
cancelamento ou paralisação de sua execução.
3. Você deverá analisar a frase e, com suas palavras, ratificar a sua decisão.
4. Você deverá analisar o artigo proposto e, com seus entendimentos em relação ao texto, disser-
tar sobre o assunto conforme o tema central da pergunta.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Relatório anual da utilização dos
incentivos fiscais: ano base 2010. Brasília: MCTI, 2011. Disponível em: <http://www.abimaq.org.br/
Arquivos/Html/IPDMAQ/Relat%20Anual%20Utiliz%20Incentivos%20Fiscais%20MCTI.pdf>. Acesso em:
23 out. 2012.
CARON, A. Inovação tecnológica e a pequena e média empresa local. In: OLIVEIRA, G. B.; SOUZA-LIMA,
J. E. (Orgs.). O desenvolvimento sustentável em foco: uma construção multidisciplinar. São Paulo:
Annablume, 2006.
CARVALHO, H. G.; CAVALCANTE, M. B.; REIS, D. R. Gestão da inovação: inovar para competir: guia do
educador. Brasília: SEBRAE, 2009.
GIBBONS, M. et al. The new production of knowledge: the dynamics of science and research in
contemporary societies. London: Sage Publications, 1994.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,
1999.
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SCHUMPETER, J. A. A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. (Coleção
Os Economistas).
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ANEXOS
É fato que, para a criatividade e inovação sejam alcançados é necessário viver, sentir e conhecer
novas experiências. É isso que vai fazer com tenhamos inspiração no nosso trabalho, em casa ou em
qualquer outro lugar. A inspiração é o que move as pessoas, fazendo com que busquem por novas op-
ções, maneiras de se fazer algo, de ver ou sentir. É também o que provoca a imaginação e logo, dá asas à
criatividade, podendo proporcionar a inovação.
O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais profissionais com grande capacidade de criativi-
dade e inovação. Pessoas, líderes, capazes de buscar inspiração e de contagiar a todos com essa energia.
No entanto, isso somente não basta. É preciso que as pessoas, independente do cargo que ocupam,
busquem viver novas experiências, conhecer outras culturas, ideias, pontos de vista, sabores e histórias.
Tenho percebido o quanto isso é fundamental para que tenhamos melhores resultados no que fazemos,
para que alcancemos o auto conhecimento em um grau ainda maior, e para que possamos viver melhor
e mais felizes.
Sair do habitual, da rotina, é uma das maneiras de buscar o novo. Fazer algo nunca feito antes,
como praticar “snowboarding” e vencer o medo, “desobvializar” em algo, ir para o trabalho por um cami-
nho ou rota diferente, começar a dar a atenção especial para a literatura, artes, música, dança, cinema e
experimentar novos paladares. Essas experiências podem contribuir para que aflore a inspiração. Sou um
exemplo de uma pessoa que começou a dar valor para essas coisas, e tenho descoberto o quanto elas
podem me inspirar na pessoa que sou e nas coisas que faço, de maneira a me tornar melhor do que eu
era e evoluir.
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A literatura é um exemplo do quanto pode ser interessante. Muitas vezes não conseguimos ver o
que está além das palavras, no entanto, vale a pena dar uma atenção especial. Certamente você descobri-
rá o quanto ela é significativa, ampla e com uma sensibilidade humana incrível. Trago para esse artigo um
trecho de Hamlet, uma das obras de Shakespeare mais fascinantes. Diz Hamlet: “De que valeria o homem,
se o bem principal e o interesse de sua vida consistissem em comer e dormir? Não passaria de um animal”
E conclui: “Aquele que nos criou com uma tão vasta inteligência, que abrange o futuro e o passado, não
queria que nos cobríssemos de mofo por falta de uso”. Em seguida, Hamlet elogia a inquietude de Fortim-
brás, que abandona o conforto em que vive, para sair pelo mundo em busca de ação.
Ano passado visitei o Chile, foi uma experiência incrível e o mais sensacional foi me descobrir nessa
viagem. Não me limitei em somente conhecer uma nova cultura, mas também procurei viver essa nova
cultura. Participei de um projeto chamado “Couch Surfing”, fiquei hospedado durante 7 dias na casa de
duas famílias chilenas que nunca tinha visto antes. Fiz questão de conhecer pessoas, ideias, a história do
povo chileno e de experimentar sabores exóticos, como cachorro quente com purê de abacate.
Me senti parte da família e pude absorver com mais profundidade a cultura chilena. Outra grande
experiência foi conhecer duas casas de Pablo Neruda. Uma verdadeira inspiração de criatividade, com
poemas implícitos na decoração, cheias de significados, enigmas e histórias em cada uma das casas. Saí
do Chile inspirado, deixando um pedaço de mim. Percebi o quanto sou um cidadão mundial.
A inquietude é uma grande promotora de satisfação e felicidade. A vida demanda ação e, mesmo
cheio de armadilhas e incógnitas, é preciso imaginar, criar, fazer, construir e realizar. Precisamos melhorar
a capacidade de pensar e imaginar amplamente, quebrar paradigmas, questionar o status e consequen-
temente pensar em soluções e ideias. Nisso tudo acabamos nos auto descobrindo.
Viva novas experiências você também!
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Como o exemplo das sandálias pode ensinar os empreendedores a darem uma virada nos negó-
cios.
São Paulo – Não deformavam, não tinham cheiro e não soltavam as tiras. Criadas em 1962, as san-
dálias Havaianas ficaram conhecidas pela comodidade e estavam nos pés de pessoas comuns. Foi em
1994 que a Alpargatas decidiu melhorar a imagem do seu principal produto.
Com um design mais atraente e nas prateleiras de grandes varejistas, a Havaianas deu um salto de
imagem e de vendas. Desde 2000, a marca passou a ser exportada para o mundo e foi parar nos pés de
celebridades, como Jennifer Aniston e Angelina Jolie. Em 2006, as sandálias foram consideradas o produ-
to brasileiro mais popular fora do país.
De simplórias a ícone fashion, as sandálias Havaianas passaram por um processo de inovação que
foi responsável por levar a marca a mais de 80 países, colocar 5,5 mil dos 17,5 mil funcionários fora do
Brasil e trazer 33% da receita em moeda estrangeira. Hoje, a empresa investe de 2% a 3% do faturamento
com inovação. Marcio Utsch, presidente da Alpargatas, deu dicas de inovação aos empreendedores du-
rante um evento.
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1. Reinvente-se
A inovação não está totalmente atrelada a grandes avanços tecnológicos ou mudanças drásticas
na empresa. Pode ser um novo processo ou uma modificação em um produto que vão fazer os clientes te
enxergarem com outros olhos. “Inovação não é só inventar. É também reinventar-se”, sugere o executivo.
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Gestão da Inovação Tecnológica
Para muitos de nós, a inovação é algo emocionante e excitante, mas, quando nos abstemos de ob-
servar a inovação apenas com os olhos da paixão e buscamos entender que a inovação é a única maneira
de aprimorarmos a qualidade de vida de todos nós, seres humanos, precisamos parar para pensar em
como racionalmente precisamos gerenciar o processo de inovar como a única maneira de desenvolver-
mos todo o nosso potencial criativo para a geração de valor na vida de todos em nossa volta.
Recentemente tive a oportunidade de observar as mais novas experiências e habilidades de geren-
ciar o processo de inovação de várias empresas no Brasil, tais como Fiat, Natura, Bosch, Pirelli, Whirlpool
(Consul e Brastemp), Embraco, Rhodia, Braskem e Usiminas. O que pude perceber é que, enquanto há
empresas que já estão bastante avançadas em tornar a inovação parte do dia a dia da organização, outras
ainda estão começando. No entanto essas “iniciantes” (antes a inovação era realizada de forma ad hoc)
estão realizando fortes investimentos nessa disciplina de gestão que é crucial para a sobrevivência no
mundo dos negócios e para evolução da humanidade.
Como modelos de gestão da inovação para realizar as façanhas que irão impactar a todos nós em
um futuro próximo, algumas empresas estão de fato impressionando por sua robustez no modelo de
negócios.
Independentemente do ramo de negócios, todas as empresas acima citadas estão claramente
preocupadas e trabalhando em favor de um mundo melhor em termos de responsabilidade socioam-
biental. Como exemplos mais contundentes, saliento a nova fábrica da Braskem para a produção de um
polímero “verde” a partir da cana de açúcar ao invés do uso do petróleo; a Whrilpool, com uma logística
reversa para reciclar os componentes dos seus refrigeradores; a Fiat, que apresentou um carro conceito
em que todos os componentes da sua fabricação respeitam o meio ambiente; e a Pirelli, que apresentou
um pneu que busca reduzir o consumo de combustível para um impacto menor no meio ambiente. Essa
última tem ainda 180 pessoas envolvidas no processo de P&D com laboratórios dedicados a desenvolver
tecnologias de ponta, tais como a borracha feita a partir de algas marinhas e processos de reciclagem
como o pó de borracha a partir de pneus usados.
Como modelos de gestão da inovação para realizar as façanhas que irão impactar a todos nós em
um futuro próximo, algumas dessas empresas estão de fato impressionando por sua robustez no modelo
de negócios. É o caso da Natura, que tem um incrível recorde de lançamentos de novos produtos, sendo
lançado pelo menos um novo produto a cada 21 dias de forma sustentável com a natureza. A maior parte
da inovação da Natura é feita através de parcerias, e os desafios corporativos apresentados na estratégia
da empresa são apresentados em “Road shows” no Brasil e no exterior para os parceiros de desenvolvi-
mento. O mais impressionante são os números de investimento dedicados para a inovação, que chegam
a 3% da receita líquida, gerando 67,5% do faturamento oriundos de produtos inovadores lançados nos
últimos dois anos!
Apesar de que todas essas inovações que estamos vendo no Brasil e no mundo, cada uma com seu
maior ou menor grau de mudança gerada em benefício da humanidade, não serem capazes sozinhas de
mudar o mundo, o conjunto delas certamente pode fazer muita diferença para o futuro das nossas próxi-
mas gerações. Ainda assim, acredito que precisamos começar a desenvolver mais inovações que causem
impactos amplamente significativos na qualidade de vida dos 9,2 bilhões de habitantes que a Terra terá
em 2050 (hoje somos quase 7 bilhões). Pois só as inovações radicais serão capazes de significativamente
reverter o estrago que realizamos ao longo da nossa história, em tempo suficiente para continuarmos
a contá-la. Para isso, fica óbvio que existe uma necessidade de inovar não apenas em tecnologia, mas
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também em inovações sociais e de modelos econômicos que precisam evoluir urgentemente face à pre-
mente ameaça à nossa própria existência.
Acredito seriamente que técnicas de gestão da inovação podem ajudar significativamente no pro-
cesso de geração dessas mudanças mais radicais tanto no âmbito empresarial quanto no político e eco-
nômico. Mas o que cada um de nós pode fazer a este respeito além de ter esperança no resultado da
COP15? Podemos iniciar esse processo de mudança a partir das nossas próprias casas e estilos de vida,
passando por uma forte cobrança pela mobilização política e exercendo o nosso principal poder, o do
consumo responsável, priorizando produtos e serviço mais “verdes”. Assim, precisamos criar a consciên-
cia de que, se amamos a nós mesmos e as nossas futuras gerações, é fundamental colocarmos esse amor
como fonte inspiradora de todos os nossos atos diários por menor importância que eles possam parecer
ter, seja no nosso trabalho, seja na nossa vida pessoal.
Quem sabe um dia ao invés de pensarmos em soluções urbanas nos mesmos moldes que sempre
fizemos, como, por exemplo, ao invés da construção de uma linha verde ou de uma via mangue (que é
mais ecológica) pensarmos na construção de um metrô de superfície que corte toda a cidade do Recife
sobre seus canais e que utilize energia limpa, como a solar ou a obtida a partir da biomassa do próprio
canal? Quem sabe chegaremos um dia ao sonho da cidade de Masdar que está sendo construída no
Oriente Médio e que promete ser a primeira cidade com zero emissão de carbono, zero desperdício de
resíduos (tudo será reciclado), zero consumo de combustíveis fósseis e consumo de água dessalinizada
reduzido em 80%. Por fim, busque inovar se informando sobre as novas soluções verdes que o mundo
oferece, se inspire para mudar o mundo a sua volta e aja com determinação e coragem para executar essa
mudança.
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Gestão da Inovação Tecnológica
Chris Trimble, co-autor dos best-sellers ‘O outro lado da inovação’ e ‘Os 10 mandamentos da inovação estratégica’, apresentou aos partici-
pantes do Fórum HSM de Inovação e Crescimento como iniciativas inovadoras podem ser executadas dentro das organizações
“A dificuldade não está em escalar uma montanha e sim nos perigos que a descida pode represen-
tar”. Foi com essa comparação que Chris Trimble, professor na Tuck School of Business, da Dartmouth
University, uma das melhores escolas de administração do mundo, iniciou seu discurso sobre os conflitos
e desafios de se executar a inovação nas organizações.
Conquistar o mercado com uma ideia inovadora pode ser muito entusiasmante, mas chegar lá
requer um trabalho que vai além das sessões de braimstorm e análises estratégicas, sendo necessário
avaliar todas as armadilhas que estão do outro lado da inovação.
Para ele, a arte de gerir a inovação está na capacidade que a organização tem para contrabalancear
o cenário em que está atuando, e também o modo como será feito. “Primeiro, é preciso entender que ino-
vação é qualquer projeto que tenha resultado incerto. Depois, podemos avaliar em que categoria ela se
encaixa, classificando-a como sustentável, inovadora, radical, reversa, estratégica, modular ou disruptiva,
por exemplo”.
Os modelos
Fruto de mais de 10 anos de estudo sobre como executar a iniciativa da inovação, Trimble apresen-
ta o espectro de três modelos que incentivam, guiam e concretizam projetos inovadores.
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Gestão da Inovação Tecnológica
A Lei do BEM, Lei de número 11.196 de 21 de Novembro de 2005, sob a responsabilidade e gestão
da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC), do Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI), dispõe, dentre outros, no seu Capítulo III, sobre os Incentivos à Inovação Tecnológica.
E no corpo do seu Decreto Regulamentador, número 5.798 de 7 de Junho de 2006, que regulamenta os
incentivos fiscais às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, está
definido claramente o que é considerado como Inovação Tecnológica.
Essa ampla definição de Inovação Tecnológica abrange desde a concepção de novo produto ou
processo de fabricação bem como a agregação de novas funcionalidade ou características ao pro-
duto ou processo. A abrangência da definição de Inovação Tecnológica é o que torna a Lei convidativa às
Empresas que investem em P&D&I no país..
Lembrando apenas que, esse incremento de novas funcionalidades em produto ou processo já
existente deve implicar em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade aos
produtos (bens ou serviços) resultando uma maior competitividade no mercado.
Para efeitos da referida Lei, são consideradas atividades de Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimen-
to de Inovação Tecnológica:
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Gestão da Inovação Tecnológica
O mundo dos negócios a cada dia torna-se mais competitivo e tem passado por constantes transi-
ções mercadológicas, onde a informação passa a ser tratada como a força motriz na criação de riquezas
e na alavancagem do desenvolvimento empresarial, onde o sucesso é determinado pelo conhecimento
dos gestores.
O cenário atual, pela concorrência, tecnologia e uma gestão participativa, demanda por grandes
mudanças no modo como as empresas gerenciam seus recursos e medem seus resultados. E, tendo em
vista que, com a globalização da economia, exigindo cada vez mais capacidade de inovação, flexibilidade
e qualidade, a informação tem tornado um dos principais elementos das atividades de negócio, tornan-
do cada vez mais estratégico o papel por ela exercido.
O conceito do Balanced Scorecard (BSC) é abrangente e profundo, exigindo um esforço significati-
vo para que seu uso atinja resultados satisfatórios. A decisão de implementá-lo deve fundamentar-se no
conhecimento adequado de seus princípios e na clareza quanto a sua coerência com os objetivos alme-
jados pela organização por seu intermédio. Não consistindo em uma solução milagrosa para empresas
em crise.
O Balanced Scorecard surgiu da necessidade das empresas em buscarem um sistema de gestão
que complementasse as medidas financeiras do desempenho passado com as medidas dos fatores que
impulsionam o desempenho futuro. Seus criadores foram os americanos Robert Kaplan, professor da Har-
vard Business School, e David Norton, presidente do Renaissance Worldwide Strategy Group que come-
çaram a questionar a validade da utilização de apenas indicadores financeiros para a gestão das empre-
sas, tais como retorno sobre os investimentos, perdas, lucros, produtividade e etc. O Balanced Scorecard
pode ser considerado como uma filosofia prática e inovadora de gestão de performance das empresas e
que permite uma gestão eficaz da performance organizacional, baseando-se na visão e estratégia.
A avaliação de desempenho manifesta-se sob quatro perspectivas:
1) Perspectiva Financeira
A análise de indicadores financeiros é tradicional. Entretanto, isoladamente, é inadequada para
orientar e avaliar a estratégia da empresa em um ambiente competitivo. Devido à sua significância para
analisar o passado e a saúde atual da empresa, esta perspectiva é preservada pelo Balanced Scorecard. A
perspectiva financeira exerce um papel duplo: indicar se a estratégia da empresa e a sua implementação
e execução estão contribuindo para a melhoria dos resultados, bem como servir de meta principal para
os objetivos e medidas das outras três perspectivas.
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Ruperto Vega é consultor de empresas pela UNICO Consultores, Professor da Faculdade de Administração de Pará de Minas –
FAPAM. Economista, Mestre em Administração e Desenvolvimento Organizacional.
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