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ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA

Nascido em Cachoeira do Campo, distrito em Ouro Preto, na primeira metade do século


XVIII, Antônio Francisco Lisboa mudou a história da arte no Brasil. Boa parte da produção
artística da oficina de mestre Aleijadinho está concentrada na cidade histórica de Ouro Preto.
Mas, está em Congonhas o conjunto do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, com os doze
profetas esculpidos em pedra-sabão e os seis passos da Paixão de Cristo.
Entre os ícones da produção do artista está a Igreja de São Francisco de Assis,
arquitetada por ele em 1766, além de ter detalhes também de autoria da oficina, como o altar-
mor, o retábulo, o frontispício e a fonte-lavabo da sacristia.
Em 1767, morreu seu pai, o arquiteto português Manoel Francisco Lisboa. Mas, como
Aleijadinho não era filho legítimo, não foi contemplado no testamento. Em 1777, Aleijadinho
vai à cidade do Rio de Janeiro, para um processo judicial de reconhecimento de paternidade de
seu filho, que leva o mesmo nome do avô, Manoel Francisco Lisboa, com uma escrava forra,
assim como sua mãe o era quando o mestre nasceu, chamada Narciza Rodrigues da Conceição.
Neste mesmo ano, é detectada uma doença grave, que lhe deforma o corpo e os
membros, principalmente as mãos. O apelido Aleijadinho é dado ao artista por causa desta
enfermidade, que o faz trabalhar de joelhos após perder os dedos dos pés.
Nascido em Cachoeira do Campo, distrito em Ouro Preto, na primeira metade do século
XVIII, Antônio Francisco Lisboa mudou a história da arte no Brasil. Nesta terça-feira (18),
celebra-se o bicentenário de morte de Mestre Aleijadinho, como ficou mundialmente conhecido
pela deficiência que o acometeu até a morte. Boa parte da produção artística da oficina de mestre
Aleijadinho está concentrada na cidade histórica de Ouro Preto. Mas, está em Congonhas o
conjunto do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, com os doze profetas esculpidos em pedra-
sabão e os seis passos da Paixão de Cristo.
Entre os ícones da produção do artista está a Igreja de São Francisco de Assis,
arquitetada por ele em 1766, além de ter detalhes também de autoria da oficina, como o altar-
mor, o retábulo, o frontispício e a fonte-lavabo da sacristia. Em 1767, morreu seu pai, o arquiteto
português Manoel Francisco Lisboa. Mas, como Aleijadinho não era filho legítimo, não foi
contemplado no testamento. Em 1777, Aleijadinho vai à cidade do Rio de Janeiro, para um
processo judicial de reconhecimento de paternidade de seu filho, que leva o mesmo nome do
avô, Manoel Francisco Lisboa, com uma escrava forra, assim como sua mãe o era quando o
mestre nasceu, chamada Narciza Rodrigues da Conceição. Neste mesmo ano, é detectada uma
doença grave, que lhe deforma o corpo e os membros, principalmente as mãos. O apelido
Aleijadinho é dado ao artista por causa desta enfermidade, que o faz trabalhar de joelhos após
perder os dedos dos pés.
Apesar da doença, o mestre artífice continua trabalhando em sua oficina. Em 1800, o
artista trabalhava na execução das estátuas em pedra-sabão dos profetas, localizadas no adro do
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Os seis passos da Paixão de Cristo,
representados nas capelas em frente ao Santuário, também foram construídos nesta época,
também pela oficina do mestre Aleijadinho.
Os profetas e a Paixão de Cristo, em Congonhas, e a Igreja de São Francisco de Assis,
em Ouro Preto, são reconhecidas como as maiores obras do artífice. Aleijadinho deixou para a
posteridade, ainda, capelas, igrejas, ornamentações em várias cidades como Sabará, São João
Del Rei, Tiradentes, Caeté, Mariana, Felixlândia, Matosinhos, Barão de Cocais e São Paulo
(capital), com peças hoje no Palácio dos Bandeirantes.
Mesmo sem a herança do pai, por ser filho bastardo, Aleijadinho teve uma vida
confortável com os rendimentos de sua oficina. À época, era uma prática comum que mestres
de ofícios como ele tivessem “escritórios” com funcionários para executar os projetos
contratados. Com Aleijadinho não era diferente. Ele mantinha oficiais, que eram artesãos em
nível intermediário, e aprendizes, inclusive seu irmão caçula, padre Felix Antônio Lisboa.
Todos eles reproduziam as técnicas usadas pelo mestre para que as obras à sua semelhança.
Esta equipe que trabalhou com o Aleijadinho explica o grande número de obras
produzidas pelo mestre, que provavelmente não seria possível se ele trabalhasse só. Esta grande
produção, que chegou a ser tema de contestação sobre o “mito” do barroco, é explicada pelas
diversas pessoas que trabalharam com ele. Em uma das obras de Sabará, cidade histórica na
Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi encontrado um contrato de trabalho da oficina de
Aleijadinho, onde ele relaciona o número de jornais [jornadas de trabalho] e três oficiais e três
aprendizes para tal empreitada.
O promotor de patrimônio Cultural do Ministério Público de Minas Gerais, Marcos
Paulo Souza de Miranda, um dos estudiosos da vida do mestre Aleijadinho, verificou em sua
pesquisa que o artífice sabia cobrar pela sua obra. À época, o trabalho dos artífices não tinha
tanto valor cultural quanto ornamental. Ainda assim, Aleijadinho não regateava e não
costumava aceitar menos do que o valor estipulado por ele para qualquer trabalho.

Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/11/conheca-um-pouco-da-
historia-de-mestre-aleijadinho.html

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