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Verificação de critério(s):
Nome do Formando: ____________________________________ Entregue em ___/___/2017
Em Portugal, os direitos, os deveres, as liberdades dos cidadãos, encontram-se fixados por escrito na
Constituição. No artigo 1° da Constituição Portuguesa afirma-se que a República Portuguesa é um
Estado de Direito Democrático - porque se baseia no respeito dos direitos e liberdades fundamentais dos
cidadãos e na legalidade democrática. Porém, se nos referimos a leis, algumas interrogações importa
colocar, designadamente: - Quem faz as leis?; - Quem se encarrega de as fazer cumprir?; - Quem exerce
a justiça e assegura que se cumpram as leis?
Quando, num determinado território, estas funções se encontram organizadas, diz-se que existe um Estado.
Estado - país; povo que vive no seu território e tem a sua própria organização política. Trata-se, portanto,
de um território juridicamente organizado e dotado de soberania.
A Constituição Portuguesa, além de definir os direitos e deveres fundamentais dos indivíduos, contém
também o modo como o Estado se organiza, Nenhuma outra Lei pode violar as Leis que a Constituição
consagra. Por outras palavras, este é o texto base a partir do qual se organiza a vida das pessoas e das
instituições do país.
Constituição - lei fundamental que regula os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e a organização
política de um Estado.
Uma Constituição está em vigor durante um certo período de tempo, podendo ser revista posteriormente.
Nessas ocasiões, as alterações são discutidas e aprovadas por um conjunto de pessoas eleitas pelos
cidadãos e que os representam - a Assembleia da República. Todos os indivíduos, mesmo os governantes,
têm que proceder de acordo com os princípios estabelecidos na Constituição durante o período de tempo
em que esta está em vigor. Não se pode, por isso, fazer leis, aplicar penas ou tomar decisões, que vão
contra o que está definido na Constituição.
As primeiras constituições portuguesas escritas datam do início do século XIX, ainda no período da
monarquia - tratava-se de uma monarquia constitucional. O próprio rei "jurava a Constituição", isto é,
assinava um documento em que se comprometia a respeitá-la e a fazê-la cumprir. As "Bases da
Constituição", documento jurado por D. João VI a 4 de Julho de 1821, constituíram a base da 1-Constituição
Portuguesa que foi aprovada a 30 de Setembro de 1822.
O Presidente da República
O Presidente da República é o Chefe de Estado Português, Este é o representante, máximo do país. É eleito
em sufrágio directo, por maioria absoluta, para um mandato de cinco anos e não pode ser reeleito para um
terceiro mandato consecutivo, Nesta eleição, que se destina a escolher o Presidente da República, -
eleições presidenciais - votam todos os cidadãos com mais de dezoito anos de idade. O Presidente da
República é um dos 4 órgãos de soberania definidos na Constituição (art. 110,1D).
Algumas das suas funções são: a de garantir a unidade do Estado, a independência nacional e o normal
funcionamento das instituições democráticas; é o Presidente da República que representa politicamente o
país; é ele que promulga as leis; é ele também quem pode nomear o Primeiro-Ministro e outros membros do
governo, podendo também demiti-los. Entre outras funções, é também, por inerência, Comandante Supremo
das Forças Armadas. A residência oficial do Presidente da República é no Palácio de Belém, em Lisboa.
A Assembleia da República é composta pelos deputados. Estes são eleitos por votação dos cidadãos - as
eleições legislativas que se realizam de quatro em quatro anos. São os deputados quem tem o poder de
legislar, isto é, de fazer as leis para serem aplicadas em todo o país. Compete-lhes também discutir as
propostas de ação e gestão dos Ministros (do governo). Por exemplo, a Assembleia discute e decide, em
cada ano, o orçamento geral do Estado, isto é, a distribuição dos dinheiros do Estado pelos vários serviços
públicos. A Assembleia da República funciona no Palácio de S. Bento, em Lisboa.
O Poder Executivo compete ao governo.
Os tribunais existem para garantir a justiça. A sua função é, pois, a de determinar, em função da lei, se as
ações dos indivíduos e das instituições, estão ou não dentro da legalidade, garantindo que os direitos dos
indivíduos são preservados. Os tribunais também determinam penas às pessoas que não cumprem as leis,
faltando às suas obrigações ou cometendo crimes contra terceiros. Estes órgãos são independentes dos
demais poderes e constituem também os únicos órgãos cuja formação não depende do voto da população;
estão apenas dependentes da lei. São os juízes que têm o poder para julgar (decidir de que lado está a
Legalidade) e condenar quem não cumprir as Leis.
Estes três poderes (o legislativo, o executivo e o judicial) são independentes uns dos outros. Cada um
exerce as funções que lhes estão consagradas na Constituição e não podem agir de forma a ultrapassarem
as suas funções (o que seria anticonstitucional). Assim, por exemplo, não pode o Presidente da República
mandar prender alguém, nem a Assembleia criar leis novas que violem as anteriores, nem os tribunais
podem fazer as leis à medida que as aplicam.
Órgão de soberania - órgão dotado de soberania. A soberania é o poder ou autoridade que possui um
indivíduo, um grupo ou um Estado no seio da sua própria comunidade. A soberania implica necessariamente
independência em relação aos poderes exteriores e autoridade em relação àquilo sobre que se exerce. São
órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.
Tarefa
2. Quem chefia o Estado? Indique as suas principais competências quanto a outros órgãos.
5. O Governo é o órgão de condução da política geral do país e o órgão superior da Administração Pública.
a. Explicite a sua constituição.
b. Indique os tipos de competências deste órgão de soberania, consagradas na CRP.
c. Refira, sucintamente, as competências do Primeiro Ministro.