You are on page 1of 23

A primeira semana de trabalho do

profissional de SST
Esta é a parte 1 de uma série de 3 artigos sobre o que você, que é profissional de
SST, deve fazer na sua primeira semana na empresa.

Parte 1 – [Você está aqui] A primeira semana de trabalho do profissional de SST


Parte 2 – 10 comportamentos essenciais na primeira semana de trabalho
Parte 3 – Que documentos de SST você deve analisar durante sua primeira semana
na empresa ?

Você já se sentiu como um peixe fora d’água durante os primeiros dias em um novo
emprego ?

Você não está sozinho.

Ao final desse artigo você conhecerá os pontos fundamentais que você deve prestar
atenção durante a primeira semana de trabalho de um profissional de SST na
empresa.

Infelizmente, muitos profissionais vão para o primeiro emprego sem conhecer a


parte operacional de uma organização.

Nesses casos, muitos deles jamais tiveram outro tipo de ocupação além de ser
estudante.

Por isso, se esse é o seu caso, o estágio é importante para a transformação do


aluno em técnico.

Sem o estágio fica mais difícil de desenvolver habilidades e competências


necessárias a sua prática profissional.

Mas, antes de definirmos os primeiros passos do profissional de SST em sua


primeira semana…

É importante lembrar que o maior desafio no primeiro emprego não é desenvolver


sua competência técnica ou aplicar seus conhecimentos adquiridos no curso!

É verdade….
Seus maiores desafios são:

gerenciar seu tempo,

cumprir prazos,

trabalhar em equipe,

negociar com a produção,

administrar orçamentos justos para o setor e

lidar com as negativas da diretoria da empresa.

Agora me diz uma coisa …

Me diz se você já ouviu falar nessa frase: “a primeira impressão é a que fica”.

Apesar de não termos certeza da veracidade deste ditado popular, levamos o


mesmo a “ferro e fogo”, e nos cobramos para causar uma boa impressão nos
primeiros dias.

Anota isso: uma boa impressão na primeira semana não está associada apenas ao
seu conhecimento técnico.

Outros fatores são também importantes:

Faltar ou atrasar jamais. Tente chegar com 15 minutos de antecedência;

Procure relacionar-se com seus colegas de trabalho, evite ficar deslocado, tome
cuidado com a timidez;

Evite excessos de informalidade e simpatia;

Demonstre iniciativa e disponibilidade, e não fique esperando trabalho;

Trabalhe com concentração, definindo bem a hora de conversar e a hora de


silenciar;

Decore informações básicas, por exemplo, a localização da sua mesa de trabalho e


setor, banheiros, a cozinha, a sala do chefe, e os outros locais relevantes;
Sorria, seja cordial e educado. Um simples “bom dia”, “por favor”, e “obrigado” tem
um incrível poder e pode ser sua chave mestra a todos os caminhos.

Após essas orientações gerais, ainda gostaria de tratar dois aspectos essenciais ao
profissional de SST, antes de irmos para as “vias de fato”.

Tudo bem?

Nossa profissão é árdua, mas gratificante.

Por diversas vezes você terá que lidar com a frustração de um projeto que não foi
para frente…

Nem sempre vamos conseguir que a empresa dê a devida importância ao seu


trabalho…

Muito menos dar importância a questões de segurança e saúde.

Infelizmente precisamos lidar que estas questões todos os dias.

Mas, se você implementar o que você aprenderá nesse artigo, pelo menos, já vai
começar com o pé direito.

Vai causar uma boa impressão e


aumentará as chances de ter seus projetos aprovados no futuro.

Então, aos novatos de nossa profissão, deixo uma dica: seja positivo!

Não só porque é seu primeiro emprego, mas por ser necessário para toda sua vida
como profissional de SST.

Por mais exaustivo e repetitivo entenda que você precisa acreditar que vai dar certo.

Se ora precisamos convencer o patrão e ora precisamos convencer o trabalhador,


como conseguir, quando não acreditamos em nós mesmos?
Infelizmente, vejo muito amigos de profissão se preocupando mais com as derrotas
que com as vitórias, com as lamúrias que com as alegrias, com o não posso fazer,
do que com aquilo que pode ser feito.

Seja prático e realista, trabalhe com dados de realidade e aquilo que a empresa lhe
oferece (por menor que seja).

Não fique pensando no que poderia ser feito…

Mas faça o melhor com o que existe.

E se este melhor não lhe desafia, não lhe instiga e não faz com que você trabalhe
motivado, procure outro emprego.

Um equívoco que cometi ao iniciar da minha carreira foi não registrar minhas
realizações e resultados.

Você desenvolve programas, documentos e procedimentos, implementa processos,


escreve relatórios, realiza inspeções e ministra treinamentos para alcançar uma
determinado objetivo, correto?

você conseguiu os resultados esperados?

o seu trabalho contribuiu para a redução da taxa de frequência ou de gravidade?

você conseguiu aumentar a quantidade de homem-horas de treinamento?

o aumento dos treinamentos foi efetivo na redução de acidentes?

Acha que estou brincando ?

Então anote o que eu vou te falar agora:

As informações de suas realizações e resultados são fundamentais para agregar


valor ao seu currículo e demonstrar consistência e visão sistêmica da gestão de
segurança e saúde em uma nova entrevista.

E aí, tenho certeza que você está gostando desse artigo, certo ?

Na parte 2 vamos falar sobre tópicos relacionados a área de SST mesmo.

Se você é profissional de SST, então tenho certeza que você vai amar.
10 comportamentos essenciais
na primeira semana de trabalho
Vamos conhecer os comportamentos do profissional de SST ?

Esta é a parte 2 de uma série de 3 artigos sobre o que o profissional de SST deve
fazer na sua primeira semana na empresa.

Nesse segundo artigo você aprenderá


os comportamentos do profissional de
SST!
Preparado ?

Vamos começar …

Uma das primeiras coisas que você precisa fazer é entender em regras gerais como
empresa funciona.

Como assim ?

Verifique se existe uma política de segurança do trabalho ou outras mais


abrangentes como a de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) ou de SGI
(Sistema de Gestão Integrada).

Procure entender em linhas gerais os valores da empresa e como ela lida com os
funcionários e clientes.

Agora você precisa se identificar em pelo menos 1 dos 3 cenários abaixo.

Cenário 1: a empresa tem um SESMT implantado, sendo você parte de uma equipe.
Neste caso você terá outros colegas de profissão e uma supervisão no setor.

Você precisa conversar com seu chefe direto para entender como funcionará a
divisão de tarefas e quais serão suas responsabilidades dentro da equipe.

Esta opção é boa para o recém-formado quando os outros profissionais da equipe


são experientes, comprometidos com o trabalho e dispostos a partilhar seus
conhecimentos.

Cenário 2: a empresa tem um SESMT implantado, sendo você único membro.

Neste caso sua chefia vai estar vinculada a outro setor da empresa, normalmente RH
ou diretamente a diretoria da empresa.

Você receberá as orientações de um funcionário que não é da área e que recebeu as


informações e orientações de um profissional de SST que já saiu da empresa.

Dica: não cabe a você avaliar o trabalho ou desempenho do colega que não pertence
mais ao quadro de funcionários.

Sua meta é levantar a maior quantidade de informações possível para fazer seu
diagnóstico e traçar seu plano de trabalho.

Cenário 3: a empresa não tem SESMT implantado e você é o primeiro.

Neste caso sua chefia pode ser semelhante ao item anterior.

Mas, nesse caso, não há histórico a ser passado.

É provável que você terá que desenvolver tudo do zero e sua supervisão direta vai
lhe prestar apenas as boas vindas.

E aí, em qual cenário você está ?

1, 2 ou 3 ?
Independente da situação que você
estiver, presta atenção em um detalhe: possuir SESMT não garante a implantação de
segurança e saúde.

É preciso que o SESMT tenha liberdade de atuação.

Para isso a liderança da empresa precisa “vestir a camisa” da prevenção e colaborar


em todos os aspectos com a segurança e saúde dos trabalhadores.

Sendo assim sugiro que identifique as verdadeiras intenções da empresa com a sua
contratação.

Será que a intenção da empresa com a sua contratação é ter um profissional


atuante, compromissado e que gere resultados significativos na gestão de
segurança e saúde do trabalhador ?

Ou, ao contrário, a sua posição é apenas uma imposição legal e a empresa apenas
quer cumprir o que determina a lei trabalhista.

Independente de qual é o seu caso, é muito mais fácil trabalhar em empresas que
valorizam a segurança do trabalho.

Mas o mais importante é o que vou dizer a seguir…

Tome note: o envolvimento maior ou menor da empresa com a sua área não
aumenta, nem diminui, suas responsabilidades.

Muito bem…
Agora você já sabe em que cenário de SESMT está, bem como já sabe as reais
intenções da empresa com a sua contratação.

Vamos agora detalhar os 10 comportamentos do profissional de SST que você deve


demonstrar para realizar um trabalho de excelência.

Comportamento 1

No caso do último cenário, se você por acaso teve a oportunidade de passar por um
estágio, precisa “cair à ficha” que deverá resolver tudo por conta própria.

Precisa fazer suas atividades de forma independente, definir uma rotina de


atividades, sendo estas diárias, semanais, mensais, semestrais e anuais, definido
prioridades, metas, objetivos e prazos a serem cumpridos.

Comportamento 2

O fato de você ser o “novato”, não desqualifica sua competência técnica.

Sua opinião deve ser levada em consideração.

Lembre-se que para ser contrato suas habilidades e qualificações já foram avaliadas
e aprovadas por um profissional da empresa.

Sendo assim sugira novos métodos e/ou processos, identifique problemas,


soluções e jamais tenha receio de compartilhar suas ideias em reuniões.

Comportamento 3

O primeiro dia é o dia para tirar suas dúvidas.

Anote tudo que achar necessário, e preste atenção, a tudo que te disserem.

Se não entender, questione até ter certeza que não restam mais dúvidas.

Caso se enquadre no primeiro cenário, converse diariamente e troque informações e


experiências com seus colegas de setor.

Fazendo parte dos outros dois cenários tenha contato com outros profissionais da
área.

Comportamento 4
Além disso, participe de fóruns, sites, blogs, feiras e eventos que sejam sobre SST.

É fundamental estar atualizado e vigilante as mudanças de legislação e ter uma boa


rede de relacionamentos (contatos) ao longo de toda a sua carreira.

Esse é um dos comportamentos do profissional de SST que boa parte esquece de


praticar.

Com o tempo é importante que esteja sempre bem embasado, pois poderão surgir
perguntas que necessitam de respostas imediatas.

Comportamento 5

Busque sempre um feedback. Mas esteja “aberto” a um comentário positivo ou


negativo.

O Que Fazer Durante Sua Primeira


Semana De Trabalho ?
Sabe a expressão “a primeira impressão é a que fica” ? Isso vale mais ainda para o
profissional de SST. Por que você deve ser capaz de rapidamente levantar a
situação da empresa no que se refere a Segurança do Trabalho. Só assim as devidas
medidas corretivas poderão ser tomadas rapidamente.

Então Clique Aqui E Descubra

Comportamento 6

Use e-mail como ferramenta de trabalho e não apoie suas ações e suas atividades,
acreditando que um correio eletrônico trará a solução do problema.

Corra atrás, negocie pessoalmente, argumente, participe ativamente da solução,


demonstre que seu interesse é resolver o problema e não passá-lo adiante.

É fundamental que as respostas sejam em tempo hábil de acordo com a prioridade e


necessidade, sempre com atenção a gramática e ortografia.
Caso suas atividades requisitem pouco tempo no escritório deixe claro a todos que
em caso de urgência é necessário o contato telefônico, sugiro até deixar uma
mensagem programada com esta informação.

Comportamento 7

Não aponte erros e sim oportunidades


de melhoria, elogie em público, mas se precisar chamar a atenção de um trabalhador
faça isso no reservado.

Utilize o bom senso e delete a arrogância do seu vocabulário, ninguém gosta de ser
criticado o tempo todo.

Cuidado na colocação das palavras e deixe claro que você precisa fazer o seu
trabalho.

De preferência por usar a primeira pessoa do plural, se inserindo sempre como


problema e solução, por exemplo:

“O que nós podemos fazer para que isso não ocorra novamente?”

“Como nós podemos adequar esta situação inadequada?”

Comportamento 8

Você é um profissional técnico. Você não acha, não chuta e nem supõe. Você avalia,
embasa e sugere mediante uma legislação aplicável ou boa prática;

Comportamento 9
Guarde cópia de todos os relatórios, e-mails e atas de reunião que possam ser
necessários em situações de acidente de trabalho ou causas trabalhistas;

Comportamento 10

Não há como mudar o mundo de uma só vez.

Se traçarmos uma paralelo histórico da evolução da segurança do trabalho em


nosso país podemos identificar uma evolução lenta e gradual.

Por que na empresa que trabalhamos há de ser diferente ?

Seja paciente, persistente, perseverante e positivo.

Ok, você já entendeu os comportamentos!

Ora de dar os primeiros passos, principalmente se você estiver nos cenários 2 e 3.

Porque no cenário 1, todas as atribuições serão definidas pelo supervisor do setor


em função da divisão das atividades da equipe.

Os cenários 2 e 3 impõe mais desafios.

Portanto, o que você está aprendendo aqui, é ainda mais importante.

Continuando…

Conheça a empresa, circule por todos os setores da empresa, se apresentando as


lideranças e disponibilizando para ajudá-los no que for preciso.

Sugiro que seja agendado um Diálogo de Segurança (DDS) onde possa se


apresentar a todos (ou, em função do tamanho da empresa, faça vários DDS por
setor até que todos te conheçam).

Entenda como funciona o processo da empresa, ou seja:

como ocorre a entrada de matéria prima,

como se realiza a transformação em produto,

de que maneira se dá a saída do produtro para o cliente.


Afinal é importante entendermos os processos produtivos para poder identificar os
possíveis riscos existentes em cada fase de produção ou atividade de trabalho.

É através do entendimento dos processos de trabalho que o profissional de


segurança pode se antecipar, reconhecer e determinar quais os processos deverão
ser monitorados, a fim de reduzir a probabilidade ou eliminar a causas básicas que
normalmente tendem a propiciar um acidente de trabalho.

Quando falamos em conhecer o processo produtivo estamos falando em identificar:

as matérias primas,

os equipamentos e máquinas necessários,

os cargos e atividades desenvolvidas,

os principais perigos e riscos,

as formas de controles estabelecidas e

os procedimentos e padrões de produção existentes… quando existentes…

Além disso, sugiro identificar junto com esta etapa:

as queixas mais comuns e problemas mais frequentes,

os desvios mais comuns,


os últimos acidentes ocorridos,

autuações e/ou notificações do Ministério do Trabalho e Emprego,

ocorrência de causas trabalhistas ligadas à segurança e saúde do trabalho,

índice de absenteísmo por doença ocupacional ou acidente (típico ou de trajeto),

existência de atividades insalubres ou perigosas e

indicadores biológicos anormais.

Para que este levantamento seja realizado de maneira mais ampla além do
entendimento dos processos da empresa, ao circular pela empresa anote e registre
informações sobre:

as instalações elétricas,

a instalação de máquinas e equipamentos e lay-out,

estado geral e conformidade das áreas de vivência,

disponibilidade dos equipamentos e dispositivos de combate a incêndio,

condições gerais do estado da edificação,

acessos e rotas de fuga,

transito de veículos,

armazenamento de materiais (inclusive produtos químicos),

possíveis desvios (não uso de EPI, improviso ou uso inadequado …)

Por fim e não menos importante você vai solicitar ao seu superior imediato alguns
documentos e registros.

Mas isso, vamos deixar para último artigo dessa série de 3 !

Uau !

Vimos bastante coisa hoje não é ?


Gostou de aprender mais sobre o comportamentos do profissional de SST ?

16 documentos de segurança do
trabalho que você deve analisar
Esta é a parte final de uma série de 3 artigos sobre o que o profissional de SST deve
fazer na sua primeira semana na empresa.

No primeiro artigo da série você aprendeu a conduta pessoal correta para


demonstrar no trabalho, como não se atrasar, respeitar os colegas, etc.

No segundo artigo você aprendeu diversas comportamentos e como é importante


você entender em que cenário de SESMT você está.

Agora, nesse artigo final da série, vamos trabalhar mais na questão dos …

documentos de segurança do trabalho


!
… incluindo também os programas relacionados a SST.

Tudo pronto ?

Vamos começar …

Como dissemos no final do segundo artigo, você deve solicitar ao seu superior
imediato alguns documentos de segurança do trabalho e também alguns registros.

Mas antes, deixa só chamar a atenção para algo importante.

Apenas um pequeno lembrete: documento e registro não são a mesma coisa…


Documento é informação,
planejamento, diretrizes que nortearão a empresa.

Por exemplo:

procedimento, instrução de trabalho, política da companhia, o código de ética da


sua empresa, etc …

… são exemlos de documentos.

Já os registros são anotações de fatos que já ocorreram, sendo uma evidência de


uma prática.

Exemplos de registros:

… lista de treinamentos assinados, checklist preenchido e assinado, ficha de EPI


preenchida, etc.

Então vamos ver os documentos de segurança do trabalho importantes que você


deve ter acesso?

Documento 1

Cópia do cartão de CNPJ da empresa.

Aqui é onde você identificará o CNAE principal e secundário (se existente).

O CNAE está vinculado aos códigos para implantação de CIPA (NR-05) e grau de
risco para dimensionamento de SESMT (NR-04).
Documento 2

Relação de cargos e funções e suas descrição.

Aqui você identificará os cargos e funções, para conferir PPRA (NR 09) e PCMSO
(NR 07).

Verificará a especificação de EPI (NR 06) e as necessidades de Ordem de Serviço


(NR 01) e treinamentos em geral.

Documento 3

Acordo ou Convenção Coletiva.

Este documento identifica os pontos negociados entre empregador e sindicato,


identificando parâmetros mínimos de atendimentos além das normas vigentes.

Nele você identifica como são tratadas as questões de insalubridade,


periculosidade, distribuição de uniforme e EPI, CIPA entre outros aspectos de
segurança e saúde.

Algumas normas regulamentadoras inclusive citam os acordos ou convenções


coletivas caso sejam mais restritivos.

Documento 4

Ordem de serviço.

Verifique a existência de ordem de serviço específica na área de segurança e saúde


do trabalho em conformidade a NR 01.

Documento 5

Livro de inspeção do MTE.

Neste livro você observará se a empresa já sofreu fiscalização, notificação, auto de


infração ou até mesmo embargo ou paralisação.

Documento 6

Registro do SESMT.
Se você é o TST da empresa é necessário realizar seu registro junto a SRT da sua
região.

O Que Fazer Durante Sua Primeira


Semana De Trabalho ?
Sabe a expressão “a primeira impressão é a que fica” ? Isso vale mais ainda para o
profissional de SST. Por que você deve ser capaz de rapidamente levantar a
situação da empresa no que se refere a Segurança do Trabalho. Só assim as devidas
medidas corretivas poderão ser tomadas rapidamente.

Então Clique Aqui E Descubra

Documento 7

Agora vamos falar um pouco de CIPA.

Com o CNAE e a quantidade de funcionário em mãos verifique se existe


enquadramento no Quadro I da NR-05.

Caso não tenha bastará o empregador nomear um designado de CIPA.

Caso exista CIPA constituída solicite toda a documentação, se apresente a


comissão, participando se possível da próxima reunião.

O TST não tem obrigação de participar de todas as reuniões tampouco ser


responsável pelo funcionamento.

A comissão deve andar com as próprias pernas e o profissional de segurança e


saúde norteará e ajudará no que for necessário.

Veja também as atas de reunião anteriores, os mapas de risco existentes e a data da


realização da SIPAT.

Observe se PPRA e PCMSO já foram apresentados em alguma das reuniões e se já


foi instituído um plano de trabalho.

Documento 8
Chegou a hora de olharmos para os EPIs.

Verifique se já existe uma tabela definindo EPI por função ou algum procedimento
que especifique os mesmos.

É importante que a especificação dos equipamentos de proteção não fique apenas


no conhecimento do técnico.

Caso não exista tal documento, coloque em sua lista de prioridades.

Verifique também como é realizada a distribuição dos equipamentos, se todas as


entregas estão sendo registradas em formulário padrão, seguindo os aspectos da
NR-06 ou se não existe sistemática de entrega definida.

A forma de entrega varia de empresa para empresa, caso a responsabilidade não


fique com o SESMT, defina como dever ser feita e audite periodicamente.

Documento 9

PCMSO e ASO.

Avalie se o PCMSO tem coerência com o PPRA.

Eles devem apresentar os mesmos cargos avaliados e os mesmos riscos.

Tenha atenção se as atividades em altura, espaço confinado, operação de máquinas


motorizadas e energia elétrica apresentam exames complementares descritos no
documento.
Avalie se o atestado está de acordo com o PCMSO, e se apresenta as informações
básicas definidas na NR-07.

Você não precisa olhar um a um, oriente o departamento pessoal do padrão


necessário e audite periodicamente para saber como está funcionando.

Em algumas empresas o controle de ASO fica na responsabilidade do TST,


entretanto não há uma obrigatoriedade.

Sugiro que seja verificada a melhor forma de trabalho a ser adotada.

Documento 10

PPRA.

É necessário avaliar se o programa atende todas as suas etapas, sendo possível


identificar tanto no documento quanto em registros a realização da antecipação,
reconhecimento, avaliação, controle, monitoramento, divulgação e registro de
dados.

É importante avaliar também se o cronograma de ações está sendo cumprido e se o


responsável legal da empresa assinou e tomou ciência de todos os riscos e ações
que o programa define como necessárias.

Fundamental também fazer a comparação do programa com os EPI já especificados,


garantindo que os mesmos seguem as recomendações do PPRA.

O PPRA é um dos documentos de segurança do trabalho mais exigido nas


fiscalizações.

Documento 11

Inventário de máquinas e equipamentos.

Você precisa conhecer cada máquina ou equipamento existente.

Tanto para verificar a conformidade com a NR-12, quanto para estudar aqueles que
você não conhece e definir procedimentos e instruções de trabalho.

Caso a empresa não possua esta relação, anote mais um em sua lista de
prioridades, tendo em vista que é atendimento ao 12.153 da NR-12, exceto para
microempresas e as empresas de pequeno porte.
Documento 12

Análise Ergonômica do Trabalho (AET).

Verifique como a empresa trata dos ricos ergonômicos.

O ideal é a realização de uma análise completa dos postos de trabalho, identificando


os problemas e apontando as soluções necessárias.

Caso a empresa não tenha, sugira a contratação de uma empresa especializada para
a realização.

Documento 13

Inventário de “material de trabalho”.

Verifique se existe controle de todo o material disponível do setor: computador,


calculadora, máquina fotográfica, equipamentos de medição, pen drive, etc.

Inclusive material de primeiros socorros (se aplicável), tais como: prancha, colar
cervical, etc.

Inclua também as placas de sinalização e os equipamentos de proteção coletiva, tais


como lava-olhos, gradis de proteção, exautores, detectores de tensão, barreiras de
proteção contra luminosidade e radiação (solda), sensores em máquinas, etc.

Avalie o estado geral de tudo que lhe foi cedido e verifique se não há nenhuma
necessidade especial.

É muito possível que a empresa não tenha este controle, sendo assim mais um item
para sua listinha de pendências.

Documento 14

Inventário de produtos químicos e FIPSQ.

Normalmente o almoxarifado tem uma relação de todos os produtos em estoque


mas, infelizmente, não é uma regra.

Este controle é essencial para:


avaliar se o PPRA e PCMSO contemplaram todos os produtos químicos envolvidos
na operação,

verificar se existem todos FISPQ de todos os produtos,

identificar aqueles que são inflamáveis, definindo procedimentos e local, forma e


quantidade de armazenamento,

avaliar se as embalagens e rótulos utilizados estão em conformidade à norma


técnica vigente a NR-26,

auxiliar na especificação das medidas de controle e

elaborar treinamento sobre a manipulação dos respectivos produtos.

Documento 15

Matriz de treinamento.

A matriz de treinamento vai definir todos os treinamentos obrigatórios e necessários


por função e/ou por atividade, baseado na legislação vigente e necessidades da
empresa.

Este documento é fundamental para a gestão de SST da empresa.

Geralmente, qualquer empresa bem organizada, dispõe da matriz de treinamento


entre seus documentos de segurança do trabalho.

Documento 16

Programas específicos de Segurança e Saúde.

Alguns programas são específicos a determinadas atividades economias ou tem


obrigatoriedade em determinadas circunstâncias, sendo assim sugerimos avaliar os
seguintes documentos:

PCMAT: São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos


estabelecimentos da Indústria da Construção com 20 (vinte) trabalhadores ou mais,
contemplando os aspectos da NR 18 e outros dispositivos complementares de
segurança.
PGR: Cabe à empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira elaborar e
implementar o Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, contemplando os
aspectos da NR-22;

PCA: O Programa de Conservação Auditiva é obrigatório para empresas que


possuem o risco de ruído com concentração a partir do nível de ação;

PPR: O Programa de Proteção Respiratória é obrigatório para empresas que


possuem o risco químico com concentração a partir do nível de ação.

Além de conferir esses documentos de segurança do trabalho, sugiro que organize


um rascunho de todas as pendências em três níveis:

Existente (verde): esta prática, documento ou registro existe e é aplicado de maneira


adequada, atendendo os requisitos legais vigentes;

Existente e não conforme (amarelo): apesar de existir prática/documento/registro,


este não atende os requisitos legais vigentes, sendo necessária adequação;

Inexistente (vermelho): não existe prática/documento/registro sendo necessária


elaboração, implantação e desenvolvimento.

Baseado nesta estruturação você pode


mostrar para seu superior imediato o grau de atendimento legal, identificando o que
precisa ser corrigido e o que precisa ser implantado.

A partir deste rascunho defina as prioridades e elabore um plano de ação, definindo


os responsáveis e as datas de fechamento.
É importante destacar que as prioridades serão em função da natureza/gravidade e
concentração/iminência do risco.

Sugiro iniciar pelos ricos graves e iminentes…

…aqueles que podem causar morte e incapacidade permanente (amputação de membro,


cegueira de ambos os olhos, etc.).

Depois passe para os riscos que causem incapacidade temporária (quebra de braço
ou perna, torção, corpo estranho no olho, lesões múltiplas, etc.) e doenças agudas
(intoxicação, dermatite, etc.).

Após avalie os riscos de acidente sem perda de tempo (escoriações, cortes,


luxações, etc.) e doenças crônicas (surdez, silicose, etc.).

Por fim sua prioridade é atender a legislação trabalhista e previdenciária garantindo


que além de não haver acidentes e doenças ocupacionais a empresa não terá
sanções junto aos órgãos competentes.

Antes de finalizarmos com esse post sobre documentos de segurança do trabalho,


vejamos como você deve fazer que seu seu plano de ação seja eficaz:

faça um acompanhamento mensal do plano de ação versus sua realização;

participe de reuniões periódicas de Segurança e Saúde com representantes da


Diretoria ou Superintendência;

faça vistorias de inspeção quinzenais, avaliando além do atendimento do plano de


ação, a identificação de riscos e desvios nos ambientes de trabalho.

E aí, gostou ?

Tenho certeza que as diretrizes apontadas nessa série de 3 artigos, quando


executadas, irão fazer com que seus primeiros dias no novo trabalho sejam muito
produtivas.

Esse foi o último artigo de uma série de 3 sobre o que fazer na primeira semana de
trabalho na empresa.

You might also like