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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA E PRODUÇÃO – DEMECP


RELATÓRIO DE INICIAÇÃO CIENTIFICA – PARCIAL

PROJETO DE PESQUISA
EFEITOS DA ADIÇÃO DE CARBONO NA MICROESTRUTURA E
PROPRIEDADES MECÂNICAS DE AÇOS

PLANO DE TRABALHO
EFEITOS DO PROCESSO DE SOLDAGEM NA ESTRUTURA E
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS AÇOS

PROF Dr. ADILTO PEREIRA ANDRADE CUNHA


MARIA AUGUSTA DE MAGALHÃES MENDONCA

São Luís
2018

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PROJETO DE PESQUISA
EFEITOS DA ADIÇÃO DE CARBONO NA MICROESTRUTURA E
PROPRIEDADES MECÂNICAS DE AÇOS

PLANO DE TRABALHO
EFEITOS DO PROCESSO DE SOLDAGEM NA ESTRUTURA E
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS AÇOS

_________________________________________
PROF Dr. ADILTO PEREIRA ANDRADE CUNHA

_______________________________________________
MARIA AUGUSTA DE MAGALHÃES MENDONCA

São Luís
2018

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RESUMO

A soldagem de aços de baixa liga e alta resistência representam um desafio constante a


indústria metalúrgica, devido à grande necessidade industrial existente em associar
requisitos rigorosos de elevada resistência mecânica e tenacidade simultaneamente a um
material, para um projeto requisitado. Neste contexto, o presente trabalho tem como
objetivo realizar um estudo comparativo sobre a resistência mecânica e a soldabilidade
do aço SAE 4130, obtendo-se parâmetros adequados a serem utilizados na fabricação de
componentes das indústrias automobilísticas e aeronáuticas. Na indústria aeronáutica este
material é largamente utilizado em partes do trem de pouso e na fabricação do “berço-de-
motor” de aeronaves de pequeno porte. Essa estrutura é um componente de alta
responsabilidade, submetido a carregamentos complexos, cujas fraturas ocasionadas por
fadiga são constantemente constatadas. Já na indústria automotiva com a carência do
desenvolvimento de estruturas de veículos altamente eficientes representarem um desafio
constante para as empresas automobilística, e os departamentos de projetos da indústria
de automóvel, o aço ABNT 4130 é comumente utilizado na construção de estruturas tipo
rollcage em automóveis de competição além de componentes dos motores de carros. As
primeiras análises realizadas nas chapas de aços 4130 tiveram como objetivo avaliar a
composição química do material, e as propriedades mecânicas através do gráfico tensão
versus deformação geradas por meio de ensaio de tração. Após a caracterização do aço
em seu estado de fornecimento, foi realizado o estudo sobre as propriedades e alterações
apresentadas pelo material após a aplicação dos comparativos de técnicas de soldagem
convencionais como a TIG (Tungsten Inert Gas) e com Eletrodo Revestido (Shielded
Metal Arc Welding – SMAW), para ambos os processos de soldagem foram fabricados
corpos de provas seguindo as normas ASTM – American Society for Testing and
Materials e AWS – American Welding Society, com o intuito de comparação pós
soldagem e avaliação das propriedades mecânicas apresentada após o processo. Confins
da realização da soldagem foi efetivado um tratamento térmico com o intuito de aliviar
as tensões presentes no material. Obtendo-se assim informação relacionadas às mudanças
causadas para ambos os processos, sendo executado uma caracterização microestrutural
da Zona de fusão (ZF) e na Zona Termicamente afetada (ZTA).

Palavras-chave: Aço SAE 4130; Soldabilidade; Propriedades Mecânicas.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................5
1.1 Aço Sae 4130.........................................................................................................6
1.2 Tratamentos Térmicos.........................................................................................6
1.3 Soldagem com Eletrodo Revestido - SMAW.....................................................7
1.4 Soldagem TIG - GTAW.......................................................................................8
2. OBJETIVOS......................................................................................................10
2.1 Objetivos Gerais.................................................................................................10
2.2 Objetivos Específicos.........................................................................................10
3. METODOLOGIA..............................................................................................11
3.1 Preparação dos Corpos de Prova......................................................................12
3.2 Analise Metalográfica........................................................................................13
3.2.1 análises macroestruturais e microestrutural .......................................................13
3.2.2 exames visuais da solda.....................................................................................13
4. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS......................................................................14
5. INDICES DE FIGURAS....................................................................................16
6. REFERÊNCIAS.................................................................................................17

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1. INTRODUÇÃO

O processo de fabricação dos materiais metálicos, tem uma importância impar


no setor econômico da sociedade, por isso há grande necessidade de evolução apenas
aumentou, sendo implementadas técnicas para melhor desempenho destes materiais, com
a utilização de processos secundários, como a soldagem e os tratamentos térmicos, que
por sua vez moldam todo o material a novas propriedades exigidas.
A solda como processo secundário na metalurgia tornou-se muito requisitada,
em virtude da transformação que o material sofre, desde suas propriedades, que influencia
todo o desempenho do material, até o tempo de vida do mesmo, definida classicamente
como um “método de união entre duas partes metálicas, utilizando uma fonte de calor,
com ou sem aplicação de pressão” (BRANDI, 1991).
Paralelamente a soldagem, tornou-se necessário a manipulação da estrutura
cristalina dos materiais, além da melhoria da usinabilidade, para um melhor desempenho
e entendimento do mesmo. Nos últimos anos, muitos aços de baixa e média liga são
submetidos a tratamentos térmicos com o propósito de alterar suas propriedades para uma
determinada aplicação estrutural. O aprimoramento destas propriedades torna-se possível
através do controle adequado da composição química e microestrutura do material. Deste
modo, os aços sofrem ciclos de aquecimento e resfriamento, ao longo de todo o
tratamento, a partir da temperatura de austenitização. (Callister, 2013).
Desta forma uma das principais características para a comercialização de novos
materiais que atendem todo o avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas, a do aço
é fortemente influenciada pela sua soldabilidade, o que necessitou de um
desenvolvimento tecnológico nesta área, para viabilizar sua utilização.
Diante disso a quantidade de carbono presente em um aço define sua
classificação, os aços que possuem um máximo de 0,3% deste elemento e apresentam boa
ductilidade, são excelentes para a soldagem, processo que resulta em alterações das
microestrutura e propriedades do material devido aos ciclos térmicos característicos deste
processo. Com isso as mudanças metalúrgicas resultantes deste processo podem provocar
deformações, início e a propagação de trincas, sendo decorrente de elevadas tensões
residuais próximas as regiões da junta soldada, sendo utilizados tratamentos térmicos para
alívio dessas tensões residuais obtendo assim uma ductilidade maior e uma baixa dureza
na região da solda.

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Em razão disso para uma análise real é recomendo uma inspeção em toda região
de solda, através de ensaios mecânicos normatizados por normas, que assegura
estabelecer a relação entre os parâmetros estabelecidos de soldagem e todas as
propriedades obtidas na junta soldada, com os ensaios de tração, microdureza e impacto.
Diante de toda esta abordagem, este trabalho é em prol de um subsidio para
conhecimento, entendimento e comparação do comportamento das propriedades
mecânicas de juntas soldadas pelos processos TIG e Eletrodo Revestido.

1.1 Aço Sae 4130


O material estudado no presente trabalho pertence à família de aços 41XX que,
engloba aços de baixa liga e alta resistência, como especificado pelo instituto americano
do ferro e do aço (American Iron and Steel Institute - AISI). Os elementos de liga incluem
cromo e molibdênio, embora essa classe de aço contenha cromo, não é uma quantidade
suficiente para fornecer a resistência à corrosão vista em aços inoxidáveis.
Suas propriedades de altas resistência mecânica a altas temperaturas, habita-o a
aplicação em estruturas de carros de corrida, quadros de bicicletas e motos, estruturas de
tubulações, indústria petroquímica e aeronaves (Oberg et al., 2004).
As maiores exigências para este tipo de aço são os requisitos de resistência
mecânica, ductilidade adequada, resistência ao impacto e tenacidade, resistência à fadiga
e boa soldabilidade (Pickering, 1978).

1.2 Tratamentos Térmicos


A soldadura é um dos processos com maior aplicação na ligação de materiais
metálicos e cuja aplicabilidade se pode traduzir em pequenas estruturas para o
consumidor doméstico até às exigentes e complexas aplicações industriais. Em diversas
circunstâncias, o processo de união, não é suficiente para garantir o resultado final
expectável, sendo necessário o recurso à aplicação de tratamentos térmicos. Os
tratamentos térmicos, são definidos segundo Silva e Mei (2006) como “Operações de
aquecimento e resfriamento controlados, que visam afetar as características de aços e ligas
especiais”.
No geral os tratamentos térmicos são geralmente necessários no sentido de se
garantir uma adequada integridade da soldadura ou prevenir ou remover características
indesejáveis na soldadura efetuada. Por conseguinte, o tratamento térmico deve ser
realizado após alguma reflexão acerca das vantagens que este oferece.

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Em alguns casos o tratamento térmico é obrigatório, o mesmo é inerente à
precaução contra a possível ocorrência de falhas em serviço, alterando nitidamente as
propriedades mecânicas que um material venha a apresentar.
O tratamento térmico no requerido trabalho será utilizado com a função de alívio
de tensões, é sempre realizado abaixo da temperatura crítica.
Tendo em conta o domínio de temperaturas a que este se realiza, inferiores à
temperatura de transformação, este tratamento térmico utilizado acarreta a denominação
de revenido, sem necessariamente que as soldaduras contenham constituintes de têmpera,
tanto na zona fundida como na ZTA.

1.3 Soldagem com Eletrodo Revestido SMAW


A soldagem a arco com Eletrodo Revestido (Shielded Metal Arc Welding –
SMAW), é um processo que produz a coalescência entre metais pelo aquecimento destes
com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico revestido e a peça que está
sendo soldada (Bracarense, 2000). O processo é esquematizado logo abaixo.

Figura 1- Processo de Soldagem SMAW

O eletrodo revestido consiste de uma vareta metálica, chamada “alma”, trefilada


ou fundida, que conduz a corrente elétrica e fornece metal de adição para enchimento da
junta. A alma é recoberta por uma mistura de diferentes materiais, numa camada que
forma o “revestimento” do eletrodo.
A soldagem é realizada com o calor de um arco elétrico mantido entre a
extremidade de um eletrodo metálico revestido e a peça de trabalho. O calor produzido
pelo arco funde o metal de base, a alma do eletrodo e o revestimento.

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Quando as gotas de metal fundido são transferidas através do arco para a poça
de fusão, são protegidas da atmosfera pelos gases produzidos durante a decomposição do
revestimento. A escória líquida flutua em direção à superfície da poça de fusão, onde
protege o metal de solda da atmosfera durante a solidificação. Outras funções do
revestimento são proporcionar estabilidade ao arco e controlar a forma do cordão de
solda.
A soldagem com eletrodo revestido é usada na fabricação e montagem de
diferentes equipamentos e estruturas, tanto em oficinas como no campo, sendo
particularmente interessante neste último caso. Pode ser usada em grande número de
materiais, como aços baixo carbono, baixa liga, média liga e alta liga, aço inoxidável,
ferro fundido, alumínio, cobre, níquel e ligas destes. Diferentes combinações de metais
dissimilares também podem ser soldadas com eletrodo revestido.

1.4 Soldagem TIG (GTAW)


O processo de soldagem TIG (Tungsten Inert Gas) ou Gas Tungsten Arc Welding
(GTAW), como tecnicamente é conhecido, é um processo de soldagem a arco elétrico
que utiliza um eletrodo não consumível de tungstênio para formar o arco elétrico e assim
a poça de fusão (Bracarense, 2000).
A poça de fusão, o eletrodo de tungstênio e parte do cordão são protegidos pelo
gás de proteção que flui pelo bocal da tocha. No processo GTAW, os gases de proteção
são direcionados pela tocha ao arco e a poça de fusão, para proteger o eletrodo e o material
metálico fundido da contaminação atmosférica.
Os tipos mais comuns de gases são o argônio e o hélio e as misturas entre estes,
além de misturas com hidrogênio e nitrogênio. O argônio que normalmente é utilizado,
possui uma pureza de 99,95%, sendo aceitável para a maioria dos metais, porém em
aplicações especiais onde se requer uma alta qualidade do metal soldado, é utilizado o
argônio 5.0 ultrapuro que possui uma pureza de 99,999% (Louriel, 2009).
No processo, pode-se utilizar metal de adição ou não (solda autógena). Possui
grande aplicação na soldagem de materiais de difícil soldabilidade, como ligas de
alumínio, magnésio, titânio, aços carbono, aços inoxidáveis.
Além de locais onde é necessária uma solda sem inclusões como é o caso de
aplicações de passe de raiz em vasos de pressão, caldeiras e aplicações diretamente
ligadas à indústria da aviação como a soldagem de ligas especiais.

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Na Fig. 2 pode-se observar a nomenclatura do processo de soldagem GTAW.

Figura 2 – Processo de Soldagem GTAW

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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
Avaliar as propriedades mecânicas de tração, impacto e dureza da junta soldada
de um aço estrutural SAE 4130, soldado pelos processos TIG e Eletrodo Revestido, além
da análise da junta pós tratamento térmico realizado para alivio de tensões.
2.2 Objetivos Específicos
1. Apresentar as principais características da soldagem e dos tratamentos térmicos;
2. Discorrer sobre os processos de soldagem e os diferentes parâmetros de soldagem;
3. Avaliar os efeitos da soldagem após um tratamento térmico;
4. Realizar a qualificação da soldagem realizadas com os parâmetros descritos e por meios
de ensaios mecânicos de resistência a tração, impacto e dureza.
5. Caracterizar a microestruturas da Zona Termicamente Afetada (ZTA) através de
microscopia;

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3. METODOLOGIA
O material em pauta utilizado para estudo é o aço Sae 4130, com espessura de
6,35mm, e dimensões de 460mm x 920mm, primeiramente realizando-se um estudo
minucioso sobre a utilização e trabalhos já realizado sobre material, adotando uma
metodologia de como os processos de soldagens realizados, parâmetros de soldagem e o
tratamento térmico para alivio de tensão vão alterar bruscamente as propriedades
apresentados pelo material, influenciando paralelamente no desenvolvendo de sua
utilização.
As chapas serão soldadas pelos processos GTAW e SMAW, para a realização de
posteriores ensaios mecânicos, com o intuito de caracterizar os efeitos que cada um dos
processos de soldagem exerce sobre o metal base pós tratamento térmico, além de dar
conhecimento sobre o comportamento do material ao determinar uma função esperada
em determinado projeto executado, que envolva o uso de uma gama de variáveis, tais
como a temperatura, tipos de carga aplicada e sua frequência de aplicação, desgaste,
deformabilidade, atmosfera corrosiva, entre outros, além de qualificar os processos de
soldagem realizados. O fluxograma das atividades realizadas é apresentado na figura 3.

Figura 3 – Fluxograma de atividades

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Os ensaios serão realizados conforme norma ASTM – American Society for
Testing and Materials. Os ensaios empregados na junta soldada serão os de Tração
seguindo a norma ASMT A-370, ensaio de dureza Vickers o mais largamente empregado
no campo de soldagem, obedecendo a norma E384 da ASTM, e o ensaio de impacto
visando obedecer aos parâmetros da norma da ASTM A-370 [7].

3.1 Preparação dos Corpos de Prova


Primeiramente as chapas serão cortadas nos devidos comprimentos conforme a
norma Structural Welding Code – Stell - ASW D1.1/2010 e soldadas de topo com chanfro
de 45° na posição Horizontal- H, conforme apresenta-se a ilustração abaixo.

Figura 4 – Ilustração do Chanfro

Os parâmetros de soldagem foram selecionados visando uma junta soldada de


boa qualidade sem uma alta penetração em virtude dá espessura da chapa ser muito
pequena, visando assim a obtenção de uma boa junta soldada executada com velocidade,
tempo, tensão, corrente, e espessura do eletrodo muito bem definida, para ambos os
processos de soldagem.
Após a realização da soldagem foram feitos a retirada no centro do corpo de
prova da região soldada para a fabricação dos corpos de prova para a realização dos
ensaios mecânico, seguindo a norma ASTM – American Society For Testing and
Materials para a realização do ensaio de tração com quantidade de corpos suficientes para
a comparação para ambos os processos de soldagem, deste mesmo modo foram feitos a
retirada para os ensaio de Dureza Vickers e Impacto, orientados pelas normas ASTM-
E384 e ASTM-A370 [7] respectivamente.

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3.2 Analise Metalográfica
Após todo o processo de Soldagem da chapa de espessura de 6,35mm, pelos
processos GTAW e SMAW, seguindo os mesmos parâmetros para a fabricação dos
corpos de prova, para que fosse possível fazer a retirada de uma seção transversal da
região com solda. As amostras serão embutidas em resina com cura a frio.
Para as operações de lixamento serão utilizadas lixas de papel d’água com
granulometrias de 80, 120, 220, 320, 400, 600, 1200, 1600, 2000.
Na operação de polimento, será utilizada pasta de alumina, após o polimento, as
amostras serão lavadas com álcool isopropílico, atacadas com NITAL 2,0% e colocadas
em recipiente livre de umidade e temperatura para posterior análise em microscópio.

3.2.1 análises macroestrutural e microestrutural


Após os procedimentos de lixamento e polimento dos corpos de prova, os
mesmos foram levados ao microscópio para análise antes do ataque, com o objetivo de
observar possíveis inclusões no material assim como trincas nas amostras. Posteriormente
ao ataque com NITAL 2%, pôde-se realizar uma análise microestrutural nas amostras
com destaque para a ZAC formada em cada um dos processos de soldagem.

3.2.2 exames visual da solda


Todos os corpos de prova passaram por uma inspeção visual, que tinha como
objetivo descartar possíveis falhas no processo de soldagem, como mordedura, falta de
penetração, empenamento excessivo ou porosidade. As chapas aprovados nesta etapa
serão utilizadas para a realização dos ensaios de tração, dureza e impacto.

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4. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS
Diante de todo o explanado, a utilização da soldagem apresenta grandes
vantagens para o ramo da metalurgia, na área aeronáutica, procuram-se constantemente
inovações, nos processos de união por solda em substituição aos rebites, o que poderia
reduzir significativamente o peso de aeronaves além de diminuir o retrabalho (Cardoso et
al, 2014; Nascimento, 2004).
Nos dias de hoje, os maiores problemas de soldagem na indústria aeronáutica
ocorrem durante a manufatura e manutenção em aeronaves, sendo estes fatores os maiores
responsáveis pelos riscos e acidentes fatais (Payne, 2000; Carvalho, 2009). Basicamente,
os projetos aeronáuticos levam em considerações as forças da gravidade durante a
decolagem e o pouso, mas durante o voo as aeronaves são sujeitas às complexas forças e
uma variedade de frequências e magnitudes, como vibração de berço de motor
(Nascimento, 2004; Carvalho, 2009), trem de pouso (Souza Neto, 2013), que são
equipamento com grande concentração de soldagem, sendo assim, há necessidade de
estudos aprofundados que permitam melhorar os processos de união e garantir a
segurança dos equipamentos soldados.
Além disso no ramo automobilístico o projeto de chassis da maioria dos
automóveis no passado era utilizado apenas um tipo de material, conhecido como aço de
baixo carbono mild steel. Estes chassis eram assemblados utilizando soldadura por
pontos, o qual representava um processo que satisfazia plenamente as necessidades de
alta velocidade de fabrico e alta qualidade requerida pelos fabricantes de automóveis, e
simultaneamente revelava grande eficiência no que respeita a elevados volumes de
produção, como é citado por Juan Emilio Rivais Henrique em seu projeto de dissertação,
como as especificações de produto e de processo de fabrica se tornaram cada vez mais
rigorosas, foi necessário diversificar os materiais, assim como, a tecnologia de soldadura,
para atender aos novos requisitos.
Atualmente o cenário em termos de materiais inclui aços de alta resistência
mecânica, nos mais variados graus e com diferentes tipos de revestimentos protetores ou
coating. Assim uma das principais ações consideradas está a redução do peso do veículo,
e por tanto da estrutura do mesmo, foram usados novos tipos de aço de alta resistência
como o aço 4130, também conhecidos como high strength steel em combinação com
chapas de menor espessura.

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O tratamento térmico que se visa utilizar é o revenimento, aplicado após a solda,
é para melhorar a ductilidade do aço Sae 4130, pois espera-se que o tratamento consiga
reduzir a dureza da martensita e melhorar a compatibilidade entre as fases presentes no
material, sendo esperado uma comparação onde o efeito será notório na solda TIG ou
Eletrodo Revestido.

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5. INDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Processo de Soldagem SMAW.........................................................................7
Figura 2 – Processo de Soldagem GTAW.........................................................................9
Figura 3 – Fluxograma de atividades..............................................................................11
Figura 4 – Ilustração do Chanfro.....................................................................................12

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6. REFERÊNCIAS
Bhadeshia, H.K.D.H. and Honeycombe, R.W.K., Steels - Microstructure and
Properties, 2ª ed., Butteworth Heinemann, 1995, 324 p.
Ensaios não destrutivos e mecânicos. Disponível em:
<http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-
emecanicos/ 219-ensaio-macrografico.html>
Bresciani, Ettore. Conformação plástica dos metais. Campinas: Editora da
Unicamp,1991.
Metalurgia e Soldagem. Disponível em: <estudio01.proj.ufsm.br/cadernos/ifpa
/tecnico_metalúrgica/soldagem.pd>
Silva, A.L.C; Mei, P. R., Aços e Ligas Especiais. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006,
646 p.
Soldagens e Processos Metalúrgicos. Disponível em <Soldagem_processos_e _metalu
rgiaa_Wainer_B.pdf>
Tratamentos Térmicos. Disponível em: http://tratamentotermico.com/recozimento.html
COLPERT, Humberto.
Metalografia dos Produtos Siderúrgicos. 5º Edição. Editora LTC, Rio de Janeiro, 2008.
AWS, Weldin Handbook, Welding Science & Technoly. American Welding Society,
v 1, 9.ed.,2001.
American Society For Testing And Materials, ASTM -E389, 1998
Bracarense, A. Q. Processo de Soldagem TIG – GTAW. Universidade Federal de Minas
Gerais-Escola de Engenharia - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica.
Belo Horizonte, 2000.
Estefen, S.; Gurova, T.; Castelo, X.; Leontiev, A. Análise de evolução do estado das
tensões residuais de soldagem. EXPOSOL Conferência de tecnologia de soldagem e
inspeção, Rio de Janeiro, 2008.
Louriel, V. O. O Arco TIG a 100 A e Argônio Puro É um Arco Especial?.
Universidade Federal de Uberlândia, Laprosolda – Centro para Pesquisa e
Desenvolvimento de Processos de Soldagem, Uberlândia, 2009.
Marques, P.V. Soldagem – Fundamentos e Tecnologia. Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizontal, 2005.
Modenesi, P. J.; Marques, P. V.; Santos, D. B. Introdução à metalurgia da soldagem.
Universidade Federal de Minas Gerais – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de
Materiais, Belo Horizonte, 2004.

17
Nascimento, M. P.; Voorwald, H. J. C.; Payao Filho, J. C. Retrabalhos em Estruturas
Aeronáuticas Soldadas do Aço ABNT 4130. UNESP, Guaratinguetá, 2004, 239p.
Norma ASTM – A 370 – 03a Standard Test Methods and Definitions for Mechanical
Testing of Steel Products.
Osidacz, N. C. e Folkl, P. Analise mecânica e microestrutural em estruturas tubulares
aeronáuticas soldadas de aço ABNT 4130. Guaratinguetá, 2011.
NASCIMENTO, M.P, VOORWALD, H.J.C, PEREIRA, C.P.M, FILHO, J.C Efeitos de
sucessivos reparos de solda TIG na resistência à fadiga alternada do aço ABNT 4130
empregado em aeronaves monomotores. 64º Congresso Anual da ABM, Belo
Horizonte, Minas Gerais, 13-17 Julho, 2009.
SOUZA, G. A., Caracterização Microestrutural De Um Aço Médio Carbono E Baixa
Liga (com estrutura Bainítica / Martensítica) Via Microscopia Óptica. São Paulo,
Faculdade de engenharia de Guaratinguetá, 2008;
SOUZA, S. A., Ensaios mecânicos de materiais metálicos. Fundamentos teóricos e
práticos. São Paulo, Edgard Blücher, 1982, Pg. 6- 21;

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