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Nos Vedas, uma das escrituras hindus, pode ser encontrado o seguinte texto:
En el comienzo (agre) nada de todo esto estaba aquí. Este-todo (idam) estaba
velado por la Muerte (m ♦ tyu), por la Privación (a ♣ an�y�): pues la
Privación es la Muerte. Eso (tad) asumió (akuruta) el Intelecto (manas), «Sea
yo Sí-mismado» (�tmanv × sy�m). Él (sa⎥), el Sí mismo, la Luz
manifestada (arcanacarat). De Él, mientras brillaba, nacieron (j�yanta) las
Aguas (�pa⎥). «Ciertamente, mientras yo brillaba, había Delectación
(kam)», dijo-Él (iti). Esto es el Brillo (arkatva) del Brillo (arka).
Ciertamente, hay delectación para el que conoce así el brillo del brillo.1
GÊNESIS: “No princípio, Deus criou o céu e a terra. Oram a terra estava vazia e vaga,
as trevas cobriam o abismo” (Gn 1,1 a-d).
VEDAS: “No começo nada disso estava aqui. Este todo estava velado pela morte, pela
privação”.
EV. DE JOÃO: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era
Deus” (1 Jo 1,1).
Todos os dois textos se iniciam com uma marcação temporal “no princípio” /
“no começo”. Em seguida, descrevem que antes da existência de tudo, “aqui” / “a terra”
estava coberta pelo abismo (para o Gênesis), pela morte (para os Vedas). A diferença é
que as águas já existiam antes da luz no Gênesis e, nos Vedas, “enquanto brilhava
nasceram as águas”.
O texto dos Vedas inclui a manifestação da divindade (Isto) com o ato de
assumir o intelecto (manas). A metáfora da luz se relaciona com a presença do Isto
1
COOMARASWAMY, Ananda K. Los Vedas: Ensayos de Traducción y Exégesis. S.d.e, p. 9.
(tad). No Gênesis, a palavra de Deus faz a luz existir e ele a considera boa. Nos Vedas,
enquanto a luz brilha há deleite. As ideias entre os dois textos se aproximam muito.
Quando Deus viu “que a luz era boa” (Gn 1, 4), há também uma constatação de deleite.
A transformação do nada no todo e o surgimento da luz e da consciência são motivos de
deleite para os dois autores.
No Evangelho de João, um texto que relê o Gênesis em categorias cristãs,
aparecem uma temática semelhança. No começo era a Palavra, tudo foi criado e a luz
brilhou nas trevas (Jo 1, 1-5).
Apesar de não haver nenhuma evidência de relação entre os Vedas e o Gênesis,
arquetipicamente estão presentes nos dois textos a imaginação de como começou a
existência, Deus se manifestou e o efeito estético da contemplação desta origem. O
deleite é o efeito estético da meditação sobre a origem.
REFERÊNCIAS