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UMA APROXIMAÇÃO COMPARATIVA AOS VEDAS: RELAÇÃO

TEXTUAL ENTRE VEDAS, GÊNESIS E EVANGELHO DE JOÃO

A COMPARATIVE APPROACH TO THE VEDES: TEXTUAL


RELATIONSHIP BETWEEN VEDES, GENESIS AND THE GOSPEL OF
JOHN

José Aristides da Silva Gamito

Nos Vedas, uma das escrituras hindus, pode ser encontrado o seguinte texto:
En el comienzo (agre) nada de todo esto estaba aquí. Este-todo (idam) estaba
velado por la Muerte (m ♦ tyu), por la Privación (a ♣ an�y�): pues la
Privación es la Muerte. Eso (tad) asumió (akuruta) el Intelecto (manas), «Sea
yo Sí-mismado» (�tmanv × sy�m). Él (sa⎥), el Sí mismo, la Luz
manifestada (arcanacarat). De Él, mientras brillaba, nacieron (j�yanta) las
Aguas (�pa⎥). «Ciertamente, mientras yo brillaba, había Delectación
(kam)», dijo-Él (iti). Esto es el Brillo (arkatva) del Brillo (arka).
Ciertamente, hay delectación para el que conoce así el brillo del brillo.1

Algumas semelhanças textuais podem ser estabelecidas com os livros do


Gênesis e do Evangelho de João. Os três textos trabalham o tem da origem de tudo e do
surgimento da luz.

GÊNESIS: “No princípio, Deus criou o céu e a terra. Oram a terra estava vazia e vaga,
as trevas cobriam o abismo” (Gn 1,1 a-d).
VEDAS: “No começo nada disso estava aqui. Este todo estava velado pela morte, pela
privação”.
EV. DE JOÃO: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era
Deus” (1 Jo 1,1).

Todos os dois textos se iniciam com uma marcação temporal “no princípio” /
“no começo”. Em seguida, descrevem que antes da existência de tudo, “aqui” / “a terra”
estava coberta pelo abismo (para o Gênesis), pela morte (para os Vedas). A diferença é
que as águas já existiam antes da luz no Gênesis e, nos Vedas, “enquanto brilhava
nasceram as águas”.
O texto dos Vedas inclui a manifestação da divindade (Isto) com o ato de
assumir o intelecto (manas). A metáfora da luz se relaciona com a presença do Isto

1
COOMARASWAMY, Ananda K. Los Vedas: Ensayos de Traducción y Exégesis. S.d.e, p. 9.
(tad). No Gênesis, a palavra de Deus faz a luz existir e ele a considera boa. Nos Vedas,
enquanto a luz brilha há deleite. As ideias entre os dois textos se aproximam muito.
Quando Deus viu “que a luz era boa” (Gn 1, 4), há também uma constatação de deleite.
A transformação do nada no todo e o surgimento da luz e da consciência são motivos de
deleite para os dois autores.
No Evangelho de João, um texto que relê o Gênesis em categorias cristãs,
aparecem uma temática semelhança. No começo era a Palavra, tudo foi criado e a luz
brilhou nas trevas (Jo 1, 1-5).
Apesar de não haver nenhuma evidência de relação entre os Vedas e o Gênesis,
arquetipicamente estão presentes nos dois textos a imaginação de como começou a
existência, Deus se manifestou e o efeito estético da contemplação desta origem. O
deleite é o efeito estético da meditação sobre a origem.

REFERÊNCIAS

BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2004.


COOMARASWAMY, Ananda K. Los Vedas: Ensayos de Traducción y Exégesis. S.d.e

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