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Inconscient – p. 11, 19, 20, 25, 35, 38, 46, 47, 49, 52, 53, 63, 75, 81, 88, 90, 91, 92,
95 [muse du discours anaytique], 96, 100, 104, 118, 122, 125, 126 [il est fait de
lalangue], 127, 129, 130, 131, 132.
Inconscient radicalement l’Autre: p.75.
Inconscient structuré comme un langage: p. 20, 25, 46, 49, 52, 53, 63, 122, 126, 127.
Inconscient est structuré par un langage: p. 46/47.
Inconscient de tout le monde: p. 90.
O a se sustenta pelo S2, no saber no que ele está no lugar da verdade, e é dali que ele
interpela o $, o que dá na produção do S1, o significante pelo qual se pode resolver sua
relação com a verdade (p.123).
toda a verdade é o que não se pode dizer. É o que só se pode dizer com a condição de
não leva-la até o fim, de só se fazer semi-dizê-la.
Outra coisa ainda nos ata quanto ao que é da verdade: é que o gozo é um limite (p. 124).
o gozo só se interpela, só se evoca, só se persegue/agarra (se traque), só se elabora a
partir de um semblante, de uma aparência (p.124). [...] mesmo o amor se endereça ao
semblante (ibid.).
se é verdadeido que o Outro só se atinge agarrando-se ao a, causa do desejo, é também
do mesmo modo à aparência de ser que ele se dirige. Esse ser-aí não é um nada. Ele é
suposto a esse objeto que é o a. (124)
LEÇON IX – DU BAROQUE
De onde partimos é daquilo que nos dá o discurso analítico, isto é, o inconsciente. É por
isso que limarei primeiro algumas fórmulas um pouco cerradas, concernentes ao que é do
inconsciente face a ciência tradicional. O que nos faz colocar-nos a questão – como é que
uma ciência ainda é possível depois do que podemos dizer do inconsciente? (p.142).
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o inconsciente, não é que o ser pense, como o implica, no entanto, o que dele se diz na
ciência tradicional – o inconsciente, é que o ser, falando, goze e, acrescento, não queira
saber de mais nada. Acrescento que isto quer dizer – não saber de coisa alguma (p.
143).
Tudo indica – aí está o sentido do insconsciente – não só que o homem já sabe tudo que
tem que saber, mas que esse saber é perfeitamente limitado a esse gozo insuficiente que
constitui que ele fale (p. 143).
Aonde isso fala, isso goza. E isto não quer dizer que isso saiba de coisa alguma,
porque, mesmo assim, até nova ordem, o inconsciente nada nos revelou sobre a
fisiologia do sistema nervoso, nem sobre o funcionamento da ereção, nem sobre a
ejaculação precoce (p.156).
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LEÇON X – RONDS DE FICELLE
Vou direto ao de que se trata - o saber, ele é um enigma. Esse enigma nos é
presentificado pelo inconsciente tal como se revelou pelo discurso analítico. Ele se
enuncia assim – para o ser falante, o saber é o que se articula. A gente poderia ter
percebido isso há um bocado de tempo, pois, ao traçar os caminhos do saber, não se fazia
senão articular coisas e, durante muito tempo, centrá-las nos ser. Ora, é evidente que nada
é, senão na medida em que é dito disso que é (p. 188).
[...] a linguagem é apenas aquilo que o discurso científico elabora para dar conta do que
chamo lalangue. Lalangue serve para coisas inteiramente diferentes da comunicação. É
o que a experiência do inconsciente mostrou, no que ele é feito de lalangue, essa lalangue
que vocês sabem que eu a escrevo numa só palavra, para designar o que é a ocupação de
cada um de nós, lalangue dita materna, e não por nada dita assim (p. 188).
Se eu disse que a linguagem é aquilo como o que o inconsciente é estruturado, é mesmo
porque, a linguagem, de começo, ela não existe. A linguagem é o que se tenta saber
concernentemente à função de lalangue (p. 189).
Certamente, é assim que o próprio discurso científico a aborda, exceto que lhe é difícil
realiza-la plenamente, pois ele não leva em consideração o inconsciente. O
inconsciente é o testemunho de um saber, no que em grande parte ele escapa ao ser
falante. Este ser dá oportunidade de perceber até onde vão os efeitos de lalangue, pelo
seguinte, que ele apresenta toda sorte de afetos que restam enigmáticos. Esses afetos são
o que resulta da presença de lalangue no que, de saber, ele articula coisas que vão muito
mais longe do que aquilo que o ser falante suporta de saber enunciado (pp. 189-190).
A linguagem, sem dúvida, é feita de lalangue. É uma elocubração de saber sobre
lalangue. Mas o inconsciente é um saber, um saber-fazer com lalangue. E o que se sabe
fazer com lalangue ultrapassa de muito o de que podemos dar conta a título de linguagem.
Lalangue nos afeta primeiro por tudo que ela comporta como efeitos que são afetos. Se
se pode dizer que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, é no que os efeitos
de lalangue, que já estão lá como saber, vão bem além de tudo que o ser que fala é
suscetível de enunciar.
É nisto que o inconsciente, no que aqui eu o suporto com sua cifragem, só pode estruturar-
se como uma linguagem, uma linguagem sempre hipotética com relação ao que a sustenta,
isto é, lalangue. Lalangue é o que me permitiu, há pouco, fazer de meu S2 uma questão,
e perguntar: será mesmo [d’eux] que se trata na linguagem (p.190).
A experiência do labirinto - se levarmos em conta que é do saber inconsciente [...]
(p.193).
Para introduzir um discurso científico concernente ao sabe, é preciso interrogar o saber
aonda ele está. Esse saber, na medida em que é no antro da língua que ele repousa,
que dizer o inconsciente. O inconsciente, eu não entro nele, não mais do que Newton,
sem hipótese (p. 194).
Minha hipótese é a de que o indivíduo que é afetado pelo inconsciente é o mesmo que
constitui o que chamo de sujeito de um significante. O que enuncio nesta fórmula mínima
de que um significante representa um sujeito para um outro significante. O significante,
em si mesmo, não é nada de definível senão como uma diferença para com um outro
significante. É a introdução da diferença enquanto tal, no campo, que permite extrair de
lalíngua o que é do significante (p. 194).
O há-um (Y a d’l’um) [...] (p. 196).
Essaim significante [...] (p. 196).
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Todo amor se baseia numa certa relação entre dois saberes inconscientes (p.197).
Falei em suma do reconhecimento [...] a signos sempre pontuados enigmaticamente, da
maneira pela qual o ser é afetado enquanto sujeito do saber inconsciente (p. 197).
Não há relação sexual porque o gozo do Outro, tomado como corpo, é sempre inadequado
[...] (p. 197).
Esse reconhecimento não é outra coisa senão a maneira pela qual a relação dita sexual –
tornada aí relação de sujeito a sujeito, sujeito no que ele é apenas efeito de saber
inconsciente – pára de não se escrever (p. 198).
[...] o deslocamento da negação, do pára de não se escrever ao não pára de se escrever, da
contingência à necessidade, é aí que está o ponto de suspensão a que se agarra todo amor.
Todo amor, por só substituir pelo pára de não se escrever, tende a fazer passar a negação
ao não pára de se escrever, não pára, não parará. Tal é o substituto que – pela via da
existência, não da relação sexual, mas do inconsciente, que dela difere – constitui o
destino e também o drama do amor (pp. 198-199).
[...] saber o que o parceiro vai fazer, não é uma prova de amor (p. 201).