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Pégasus Lançamentos

Apresenta:

Seduzida pelo
Acompanhante

(Escort #01)

Cora Reilly
Equipe Pégasus
Lançamentos:

Envio: Soryu
Tradução: Cartaxo
Revisão: Gislaine
Leitura e Revisão Final: Carla C. Dias
Formatação: Carla C. Dias
Sinopse:
Amy passou os últimos anos lutando contra o
câncer e agora que finalmente estava em remissão,
queria cumprir a lista de coisas a fazer que havia criado
quando estava doente

Perder a virgindade é a sua maior prioridade.


Ela sabia que o câncer poderia voltar a qualquer
momento e não queria morrer sem nunca ter
experimentado o prazer. Mas quando viu sua família
sofrer enquanto lutava contra a morte, Amy jurou
nunca deixar ninguém chorar por ela quando morresse.
É por isso que aceitou a oferta que sua irmã Leah fez
quando pensou que Amy morreria: contratar um
acompanhante. O marido de Leah é o dono da melhor
agência de acompanhantes em Nova York e se
compromete a tratar Amy para alguns encontros com o
acompanhante Noah.
Mas, enquanto Noah ajuda Amy com os pontos em
sua lista, rapidamente percebe que a contratação de um
profissional não a impede de desenvolver sentimentos.
Capítulo Um
Amy
— Amy, você tem certeza? Você pode encontrar um
namorado num piscar de olhos, você sabe disso — disse
Leah, minha irmã mais velha. Ela usou seu tom de voz
maternal. Eu odiava quando ela fazia isso.

— Tenho certeza. Não quero sobrecarregar ninguém


com minha doença. — Não que não tenha pensado sobre
isso. Passei inúmeras noites sem dormir pensando nisso.

— Você está em remissão. Tem a vida inteira pela frente.

Eu balancei minha cabeça. O câncer poderia voltar a


qualquer momento. Eu vi o quão difícil foi para os meus pais e
minha irmã me virem lutar pela minha vida. Eu não queria
fazer isso com qualquer outra pessoa. Os médicos disseram
que havia 30% de chance do câncer voltar nos próximos
cinco anos. Talvez as chances estivessem a meu favor, mas
definitivamente não me sinta dessa forma.

Leah inclinou a cabeça enquanto examinava meu rosto.


— Você é tão bonita. Qualquer homem se sentiria sortudo.

Passei a mão sobre o meu cabelo. Ainda não estava


acostumada com a sensação. Nos últimos anos me
acostumei com a minha calvície, mas desde que comecei a
remissão há alguns meses atrás, meu cabelo voltou a crescer.
Antes de ficar doente, sempre tive cabelo comprido; ainda
não me sentia confortável com meu corte joãozinho e estava
mais magra do que gostaria, mas sobrevivi e era tudo que
importava. Agora só precisava aproveitar a vida ao máximo
antes que o destino me pregasse uma peça novamente.

— Leah, por favor, pare. Eu tomei a minha decisão. E


você foi quem sugeriu isso, lembra?

— Eu estava morrendo de medo e quando li sua lista, eu


o perdi. Eu não podia suportar a idéia de que você poderia...
— Ela engoliu em seco, arrependimento em todo o rosto. —
que você poderia morrer sem experimentar as coisas que
queria tanto fazer.

— Eu ainda quero riscar as coisas da minha lista. É por


isso que farei isso. Eu preciso fazer. — No fundo, estava
nervosa com a idéia. Eu sabia o que os outros pensariam de
mim quando descobrissem que perderia a minha virgindade
com um acompanhante, mas parei de me preocupar com o
que os outros pensavam enquanto lutava contra a morte.
Esta era maneira mais fácil. A única maneira de evitar que
outras pessoas se machucassem. Eu não queria mais pessoas
cuidando de mim, mais pessoas sofrendo se eu morresse.

— Você me ajudará? — perguntei.

Leah assentiu com a cabeça, mas continuou passando


uma mão nervosa sobre seu longo cabelo castanho, da
mesma cor que o meu. Eu passei meus braços ao redor dela,
deixando escapar um longo suspiro. Um acompanhante era
caro. Eu não poderia pagar uma única noite com um, muito
menos várias noites, mas o marido de Leah era o dono da
melhor agência de acompanhantes de Nova York. Acho que
merecia esse minúsculo golpe de sorte depois de toda a
merda que a vida atirou em mim até agora.

— Claro, é por isso que sugeri. Estou feliz de não ter


aceitado na ocasião — disse ela calmamente.

Eu sorri. — Sim, eu também. — Quando Leah sugeriu há


quase um ano, faltavam dois meses para meu aniversário de
dezoito anos. Isso não era bom. Eu tive pneumonia e chorei
com minha irmã, porque nunca havia beijado um garoto e
morreria sem fazer a experiência. Minha irmã e seu marido
teriam grandes problemas na época, mas agora eu tinha
idade e estava saudável o suficiente.

— Você sabe que Charles comanda o negócio. Ele


conhece os seus modelos melhor do que eu. Precisamos falar
com ele sobre nosso plano.

Eu sempre achei engraçado que eles fossem chamados


de modelos, mesmo que aparentassem, pois realmente
fizeram algo muito diferente.

Eu concordei com a cabeça. Eu temia que fosse o caso.


— Vamos — disse rapidamente e levantei. Eu precisava
acabar com isso antes que perdesse a coragem. Os olhos
escuros de Leah piscaram com hesitação, mas então ela
pegou sua bolsa e me levou para o seu carro.

O escritório da Platinum Escort Serviços era no último


andar de um edifício comercial elegante em Manhattan. Os
guardas de segurança acenaram quando viram minha irmã.

Leah caminhou até a secretária, em seguida, acenou-me


segui-la. Nunca estive aqui antes. Não que não tivesse
curiosidade. Isso era algo que as pessoas só comentavam
discretamente.

Meu coração acelerou quando a porta escura de


madeira no final do corredor abriu e Charles saiu. Ele era alto
e moreno, e um dos homens mais bonitos que conhecia. Ele
franziu a testa quando nos viu. Talvez ela devesse ter dito a
ele que iríamos. Dessa forma, pelo menos, poderia ter se
preparado para o meu pedido. Ele nos levou para seu
escritório moderno, olhando curiosamente para Leah.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, olhando


para mim. Eu abaixei meu olhar, sentindo minhas bochechas
ficando vermelhas. Se já estava envergonhada agora, como
ficaria depois que soubesse por que vim aqui?
Leah me olhou interrogativamente e assenti. Ela deu um
passo em direção a Charles e começou a explicar o que
havia oferecido e o que eu queria. Olhei fixamente para a
janela, olhando para os arranha-céus ao redor.

— Amy? — Leah disse depois de alguns minutos. Tentei


não escutar a conversa e eles não levantaram o tom de voz.
Virei-me lentamente.

O rosto de Charles estava neutro, e eu fiquei feliz. Eu já


estava bastante nervosa. Se ele me olhasse estranhamente,
eu sairia correndo.

— Acho que devemos conversar — disse com uma voz


profunda.

Meus olhos arregalaram. Eu realmente queria evitar isso.

— Charles? — Leah disse confusa.

A expressão de Charles não alterou. — Se Amy se tornará


uma cliente, então acho que deveria falar comigo sobre suas
expectativas longe de você. Você é sua irmã, talvez possa
deixá-la sem graça na hora de expressar seus desejos.

Minha pele aqueceu, mas ele tinha razão. O problema é


que ele não era um estranho também, mas não podia fazer
nada quanto a isso. — Está tudo bem — disse a ela. Leah
hesitou, então saiu, fechando a porta sem fazer barulho.

Torci minhas mãos nervosamente. Eu conhecia Charles.


Leah era oito anos mais velha do que eu e estava casada
com ele há cinco anos. Ele era dez anos mais velho do que
ela. Ele foi até a sua mesa e pegou um iPad, então, foi em
direção ao sofá. — Por que você não senta? — disse
calmamente. Eu andei até o sofá e sentei. Ele se sentou ao
meu lado, então ligou o iPad.

— Leah me disse o básico — ele começou.

— Isso é constrangedor. — Olhei fixamente para as


minhas mãos.

— Não fique constrangida. Leah me disse que você


estava certa sobre a sua decisão.

— Estou — disse firmemente, encontrando seu olhar pela


primeira vez. — Se é por causa do dinheiro, tenho um pouco
em minha conta e poderia pagar o restante lentamente. —
Eu precisava de dinheiro para outras coisas.

— Não. Eu não me importo com o dinheiro, e suspeito


que isso custaria um pouco mais do que poderia pagar com
um emprego parcial, ao lado da faculdade.

— É muito?

Charles sorriu levemente. — Depende do que você quer.

Eu olhei para minhas mãos. — Eu... — balancei minha


cabeça. — Como posso falar com você sobre isso?

A expressão de Charles era amável. — Você quer ter


uma experiência com um namorado, eu suponho.
— Eu quero perder minha... — Eu não podia dizer isso.

Um lampejo de inquietação passou pelo rosto de


Charles, mas sua máscara profissional encobriu rapidamente.
— Sim eu sei. Leah me disse. O que quero dizer é que você
gostaria de ter alguns encontros e fingir que o modelo é o seu
namorado antes de ficarem íntimos.

Eu corei. — Eu sei que não é de verdade. Eu não quero


que ele finja que é meu namorado — disse com voz trêmula.

— Sim, mas você não quer apenas fazer sexo, eu


imagino. Você quer conhecê-lo e passar algum tempo com
ele. Leah acha que você deve sair com o modelo várias
vezes durante umas três ou quatro semanas, talvez mais se for
o que precisa ou deseja.

— Oh, eu não posso pedir isso de você. É muito tempo.


Não acho que precisarei de muito tempo com ele. Alguns
encontros serão suficientes. — Isso é o que esperava, pelo
menos.

— Não se preocupe com o dinheiro. Deixaremos isso em


aberto e quando não precisar mais dos serviços, você me
avisa.

Isso significava que teria que manter Charles atualizado


sobre o andamento das coisas e que ele saberia quando o
negócio foi cumprido. Isso era definitivamente embaraçoso
demais para sequer considerar. — Não acho que seja
necessário. Gostaria de agendar um número definido de
encontros.

Charles parecia cético, mas balançou a cabeça. — Ok,


então quantas encontros gostaria de reservar?

Uau. Como saberia quando estaria pronta? Estive


pensando nisso por tanto tempo, talvez estivesse disposta a
ter relações sexuais durante o meu primeiro encontro com o
acompanhante, mas suspeitava que fosse muito tímida para
ficar nua rapidamente. — Três? — disse timidamente.

— Que tal cinco encontros?

Eu balancei a cabeça. Eu acho que cinco encontros


serão suficientes. Certo?

— Tudo bem — disse Charles formalmente. — Tenho uma


lista dos meus modelos aqui. — Ele tocou na tela do iPad e
aproximadamente de trinta fotos homens de todas as idades
apareceu. Olhei-as rapidamente, mas antes que pudesse
dizer de quem gostava, Charles começou a separá-los.

— O que está fazendo? Pensei que eu escolheria o cara.

Charles olhou para cima. — Claro. Mas alguns deles


normalmente lidam com necessidades especiais.

— Necessidades especiais? O que poderia ser mais


‘necessidade especial’ do que uma patética virgem com
câncer?
Charles precisou de um momento para recompor seu
rosto. — Necessidades especiais significam BDSM, fantasia de
estupro, entre outras coisas...

Fiquei boquiaberta. — Fantasia de estupro?

Charles fez uma careta. — É por isso que estou fazendo


uma pré-seleção. Escolher os modelos que são bons para o
serviço namorado.

Eu balancei a cabeça. — Ok, obrigada. — Sequer havia


considerado que alguns desses homens gostavam dessas
coisas ásperas ou que algumas mulheres que lhes reservavam
gostavam de fingir que eram estupradas.

Eventualmente, separou uma lista de quinze modelos


masculinos.

— E quanto à idade?

Eu pensei sobre isso. No início pensei que queria alguém


da minha idade, mas então decidi que provavelmente
estaria menos nervosa com um homem mais experiente. —
Talvez na faixa dos vinte e poucos, quase trinta?

Surpresa atravessou o rosto de Charles, mas não


protestou. Ele excluiu mais cinco modelos, deixando apenas
dez para escolher. Meus olhos se fixaram na imagem de um
homem com cabelo loiro escuro bagunçado e olhos azuis
acinzentados. Ele tinha barba por fazer, um pouco mais
escura do que seu cabelo.
Charles bateu na foto. — Noah?

— Ele parece bom — disse suavemente.

Charles analisava meu rosto. — Ele trabalha para mim há


nove anos. Nunca tive nenhuma queixa.

Eu li as informações dele. Ele tinha vinte e nove anos e


1,92m. Havia fotos dele sem camisa. Ele era magro, mas
musculoso e tinha uma tatuagem em seu braço e ombro. —
Você acha que ele concordará?

Charles franziu a testa.

— Quer dizer, ele ficará bem comigo? Eu sei que ele não
precisa se sentir atraído por mim, mas não quero que se sinta
repelido.

Charles balançou a cabeça. — Ele não se sentirá, não se


preocupe. Eu falarei com ele sobre você, ok? Quero ter
certeza que ele entende a situação.

— Você quer dizer, se ele quer transar com uma virgem.


— Meus lábios apertaram com amargura.

— Não acho que se importará. — Havia algo estranho


em sua voz. O lampejo de inquietação voltou e eu sabia que
não gostaria que ele diria a seguir. — Você tem alguma
experiência? Seria bom Noah conhecer os detalhes antes do
primeiro encontro.
Olhei para as minhas mãos. — Não. Eu nunca beijei
ninguém ainda. Não houve tempo... — Eu parei. Charles
sabia sobre meu histórico de câncer.

— Tudo bem — disse Charles lentamente. — Acho que


Noah é uma boa escolha. Vou ligar para ele hoje e falar com
ele. Eu vou deixar você saber os detalhes amanhã, ok? —

— Obrigado, Charles. — Fiz uma pausa. — Não quero


que ninguém saiba, especialmente minha mãe ou me pai.
Somente você e Leah

— A discrição é a regra número um neste negócio, Amy.


Não se preocupe. Mas você tem certeza que quer isso? —

— Sim, estou absolutamente certa.

Noah
Entrei no escritório. Charles não levantou de sua cadeira.
Eu poderia dizer que ele estava com um humor estranho. Ele
não disse porque queria falar comigo em seu escritório.
Normalmente me enviava os detalhes para o meu próximo
trabalho via e-mail. Depois de anos no negócio, realmente
não preciso de orientação pessoal. Não imagino que ele
tenha recebido alguma queixa de qualquer uma das minhas
clientes recentes.

Sentei na cadeira a sua frente. Charles bateu os dedos


na madeira lisa de sua mesa, franzindo a testa.

— Tenho um trabalho especial para você — disse ele,


seus olhos escuros finalmente se focaram em mim. Eu me
inclinei no assento. Isso seria interessante.

— OK? E você precisava me dizer pessoalmente


porque? — Tive um pressentimento que não gostaria do que
ele tinha a dizer. — Eu não estou saio com homem ou faço
BDSM. Não me importo com o dinheiro extra.

— Não é nada disso — disse Charles bruscamente.

Eu franzi as sobrancelhas. Ele estava no limite. — Então o


que é?

Ele deslizou algo do outro lado da mesa e eu o peguei.


Era uma foto de uma jovem mulher com o cabelo castanho
curto, escuro e enormes olhos castanhos. Ela usava um
vestido preto e uma legging rosa e me lembrou de bailarinas
com ossos finos. Ela era um pouco mais magra do que
geralmente gosto. Definitivamente não se parecia com
minhas clientes habituais. Ela era muito mais jovem e muito
mais bonita. Não que eu me importe com as aparências
quando se trata de clientes.

— Essa é minha cunhada, Amy — disse Charles.


Franzi minhas sobrancelhas. Que porra é essa? Era uma
piada? — Sua cunhada? E você a está oferecendo como um
presente de aniversário ou o quê?

Os olhos de Charles se estreitaram. — Você será pago,


não se preocupe. E não é assim. Ela quer experimentar
algumas coisas e gostaria de usar alguém como você para
isso.

— Algumas coisas? Como o que?

— Como o sexo. Ela é muito inexperiente.

— Ela quer perder a virgindade com um


acompanhante? — Esta seria a primeira vez para mim. Eu
não podia acreditar que alguém quisesse ter sua primeira
experiência pagando um cara. — Qual o problema? Por que
ela não encontra um cara legal e o deixa cuidar disso?

— Isso significa que você não quer o trabalho?

— Eu não disse isso. — Para ser honesto, me deu um


arrepio de excitação. Seria um desafio e Amy não era ruim
para os olhos. — Simplesmente não entendo.

— Amy tem lutado contra um câncer há anos e ela tem


uma espécie de lista de coisas que ela quer fazer…

— Porra. Não me diga que isso é algum tipo de desejo


de morte? — Isso seria muita pressão. Estava acostumado a
pressão no departamento de sexo, mas este era um tipo
diferente de bagagem que não precisava.
— Não, ela está em remissão.

— Então por quê?

— Ela não quer se aproximar de ninguém, porque está


preocupada em como isso afetará a pessoa se o câncer
retornar e ela morrer.

— Uau. — Eu nem sabia mais o que dizer.

— Você está preparado para o trabalho, Noah?

— Claro. Mas por que eu? Será que você me escolheu


para ela? — O pensamento quase me fez rir.

Charles parecia irritado. — Não. Eu fiz uma pré-seleção


porque eu sabia que alguns caras seriam mais adequados
para o trabalho do que os outros.

— E você pensou que eu era adequado para o


trabalho?

— Sim, eu sei que você pode ser gentil.

Eu tive que segurar uma risada. Ele estava obviamente


desconfortável com a conversa. Não me admira. Eu ficaria
desconfortável também se tivesse que falar com um cara
que supostamente tiraria a virgindade da minha cunhada. —
Eu posso ser gentil — disse simplesmente. — Então, Amy me
escolheu?

— Sim. Pessoalmente, teria escolhido Juan ou Skyler.

— Por quê?
Charles bateu os dedos na mesa, com os lábios
apertados. — Porque quando as mulheres me procuram para
uma noite com um acompanhante bem-dotado, eu não
recomendo Juan ou Skyler.

Eu ri. Então percebi que ele queria dizer. Para uma


virgem, um cara com um pau pequeno seria uma boa
escolha. Eu não era o cara com o maior pau na agência,
mas estava perto. — Você disse a Amy?

Charles me deu uma olhada. — Você está brincando?


Eu não queria falar sobre o tamanho de um pau com a
minha cunhada. Ela provavelmente teria fugido gritando,
pelo amor de Deus.

— Quanta experiência ela tem?

— Nenhuma. Ela sequer beijou um cara ainda.

— Porra, Charles. Ela tem certeza que quer isso? —


Apesar das minhas palavras, uma parte primitiva minha se
sobressaltou com a chance de estar com alguém tão
inexperiente, para dar-lhe prazer.

— Sim, ela está determinada. Então o que você diz?


Você acha que pode lidar com isso?

— Claro. Eu tenho nove anos de experiência. Não sou


um novato.

— Você tem experiência com virgens?


— Na verdade, não. Minha primeira namorada era
virgem, mas eu tinha quinze anos e muito preocupado em
meu próprio tesão, então realmente não prestei muita
atenção.

— Ótimo! — Charles murmurou.

— Não importa. A mecânica é a mesma.

— A mecânica? — Charles disse bruscamente.

Eu levantei a mão para impedi-lo de um discurso


inflamado. — Eu sei que não posso apenas enfiar meu pau.
Eu não sou um idiota. Você sabe que sempre satisfaço as
minhas clientes, não importa o que elas precisam. Eu sei que
terei que ser gentil com Amy. Eu sei que eu terei que ir
devagar e deixá-la preparada.

Charles balançou a cabeça, seus lábios se curvaram em


desgosto. — Pare de falar. Eu não quero saber os detalhes. Eu
não quero imagens de você e Amy em minha mente. —
Talvez então não devesse ter oferecido meus serviços.

— Então como será?

— Minha esposa e eu pensamos que seria melhor se


você passasse algum tempo com Amy. Você poderia sair
com ela algumas vezes. Eu realmente não me importo
quantas vezes ou quanto tempo leve. Você receberá a taxa
máxima para cada encontro. Eu não me importo se você
apenas ficar de mãos dadas. Na verdade, não quero saber o
que você faz, mas certifique-se de que ela está feliz. Amy
estava desconfortável em reservar seus serviços por um
período indefinido, de modo que concordei em cinco
encontros com ela, mas se as coisas progredirem lentamente,
podemos estender seus serviços. Deixe-me saber e discutirei o
assunto com Amy.

Isso ficaria muito caro. — OK. O que ela gosta de fazer?

— Ela desenha, gosta de visitar o MOMA1 e o Museu


Metropolitano, de modo que é sempre algo que pode fazer.

— Boa. Ela tem um apartamento onde poderia


encontrá-la para os nossos encontros mais reservados? Ela
provavelmente ficará mais confortável do que em um quarto
de hotel.

— Ela começará a faculdade em algumas semanas, mas


não se mudou para seu quarto do dormitório ainda e, mesmo
assim, não é um lugar ideal, de modo algum. E a casa de
seus pais ou minha casa está fora de questão. Ela ficaria
desconfortável também.

Eu considerei a opção. — Eu poderia levá-la para o meu


apartamento.

Charles pareceu surpreso. Eu nunca levei clientes para


casa, nem os meus colegas. — Não é como se ela fosse me

1 Museu de Arte Moderna de New York.


perseguir. E não me importo. Se ela estiver confortável com
isso. Perguntarei a ela durante nosso primeiro encontro.

— Bom. Sei que você tem algumas reservas nesta e nas


próximas semanas, mas já entrei em contato com algumas
das clientes que não insistem que você seja o acompanhante
e troquei para outros acompanhantes.

— Eu suponho que Shirley e Rebecca não cancelaram


seus compromissos comigo.

— Correto, mas você não terá nenhum problema para


lidar com isso.

Eu balancei a cabeça. — Quando encontrarei Amy?

— Amanhã.

Eu me levantei. — Bom. Você enviará os detalhes?

Charles assentiu. Ele se levantou e sabia o que viria pelo


olhar em seu rosto. — Eu confio em você com Amy. Se ela
estiver feliz quando este arranjo terminar, te darei um bônus
que dobra a taxa do contrato. Seja bom para ela.

Foi um ‘ou’ silencioso.

— Serei.
Capítulo Dois
Amy
Eu abri e fechei minhas mãos enquanto observava o
homem alto que entrava no café.

O reconheci imediatamente da foto que Charles havia


me mostrado. Seus olhos percorreram as mesas e então se
fixaram em mim.

Meu coração batia acelerado. Eu queria isso, mas agora


que o homem que seria pago para tirar minha virgindade
caminhava em minha direção, o desejo de correr me
dominou. Ele usava uma calça jeans preta e uma camisa
branca com as mangas arregaçadas, revelando fortes
braços bronzeados. Seu sorriso era fácil e relaxado quando
parou ao lado da minha mesa.

Eu sabia que deveria sorrir, mas meus músculos faciais


pareciam congelados.

— Oi Amy! — ele disse com uma voz profunda e suave.


Eu fiquei sem graça. Seus olhos deslizaram sobre o meu corpo
rapidamente e quis saber o que ele achava. Ele concordou
em me conhecer, mas não significava nada. Pelas histórias
de Leah, sabia que os acompanhantes também dormiam
com mulheres que não achavam atraentes. Eu tinha
escolhido usar meu vestido de verão amarelo favorito e
sandálias porque me sentia confortável, mas agora me
perguntava se salto alto teria sido uma escolha mais sábia.

Noah era realmente alto, bem mais alto do que eu. —


Hum, oi! — disse, sentindo minhas bochechas corarem
quando encontrei o seu olhar. Sua expressão era aberta e
amigável. Nada nele demonstrava que dormia com mulheres
por dinheiro. Mas eu sabia quem ele era e ele sabia por que
queria conhecê-lo, de modo que cada olhar que recebia me
fazia pensar se de alguma forma sabiam o que acontecia.
Será que parecíamos suspeitos para eles?

— Eu sou Amy — disse e então me encolhi. Ele já sabia


disso. — Sinto muito.

Noah me deu um olhar de compreensão. — Nervosa?

— Sim. É tão óbvio assim? — disse com uma pequena


risada. Noah tocou no meu braço levemente e eu me
sobressaltei. Ele abaixou sua mão imediatamente. Deus, eu
era ridícula. Ele provavelmente já se lamentava por isso.

— Devemos nos sentar? — perguntou.

— Claro — Sentei novamente em minha cadeira e Noah


sentou perto de mim. Uma garçonete se aproximou e eu pedi
um café gelado. Eu já estava me sentindo quente. Uma
bebida quente estava fora de questão. Noah pediu chá e
percebi que ele tinha um ligeiro sotaque. — Você é da
Inglaterra?
— Nascido e criado em Londres — disse com um sorriso
descontraído. Parecia que isso era normal para ele e é claro
que era. Ele era um acompanhante. Ele saía com mulheres
estranhas o tempo todo.

— Eu sempre quis visitar Londres — disse. — Por que você


veio para os Estados Unidos? — Eu percebi tarde demais que
uma pergunta pessoal como esta era provavelmente
inadequada.

O sorriso de Noah não vacilou, mas podia ver uma ligeira


mudança em seus olhos. — Eu amo aventuras.

— É por isso que você trabalha como acompanhante?

— Entre outras razões, sim — disse tranquilamente. A


garçonete voltou com chá de Noah e meu café gelado e
avidamente bebi dele. Eu me sentia quente e o líquido frio
pareceu acalmar meus nervos.

— Então, quais são as suas expectativas para o nosso


acordo?

Larguei meu copo, mas mantive meus dedos ao redor


dele para ter algo no que segurar. — Bem, suponho que seja
o que todas as suas clientes querem.

Noah riu. — Claro, tecnicamente sim, mas a situação é


um pouco diferente do que com as minhas outras clientes.

— Por quê? Porque Charles paga?


— Não, isso não diz respeito a nossa interação. — Ele
tomou um gole de seu chá. — O que quero dizer é que você
escolheu esta como sua primeira experiência.

Minhas bochechas aqueceram. — Ah sim. Isso é um


problema?

— Não para mim. — Noah disse uniformemente. —


Charles mencionou que você fez uma lista.

Eu escondi meu rosto em minhas mãos, então espiei por


entre meus dedos. — Ele disse?

Noah assentiu com a cabeça, aparecendo uma


covinha na bochecha esquerda. — Você a mostrará para
mim?

Hesitei um momento, então peguei minha bolsa e tirei o


pedaço de papel que sempre carregava comigo. Eu não
tinha certeza do por que. Talvez no fundo esperasse que
meus desejos se tornassem realidade se me mantivesse perto
deles. Coloquei o pedaço de papel sobre a mesa e Noah o
pegou.

Seus olhos azuis deram uma rápida verificação em minha


lista. Seu rosto não demonstrou nada, mas me perguntei se
ele ria por dentro. Eu lutei contra o impulso de arrancar a lista
de suas mãos. O que tornaria as coisas piores.

Eventualmente, Noah olhou para cima e sorriu. — Há


muitos beijos.
Corei profundamente. — Sim. Eu sei. É embaraçoso.

— Não, não é. É bonito, na verdade. — Seu sorriso se


alargou e meu estômago vibrou estranhamente. Eu sabia que
era parte de seu trabalho dizer coisas agradáveis para seus
clientes, então esmaguei a emoção boba imediatamente. —
Eu acho que podemos passar a maioria de seus pontos juntos
— disse ele com naturalidade.

— Realmente?

Noah estendeu a mão para mim lentamente, dando-me


tempo. Eu não tirei. Me senti bem com a sua mão quente e
forte na minha. — Por que você está tão surpresa?

Dei de ombros e tomei um gole de meu café gelado. —


Leah disse que você teria o direito de recusar um cliente.

— Eu não estaria aqui se fosse esse o caso.

— Mas poderia mudar de idéia.

Noah estreitou os olhos, pensativo. — Não eu.

Dei de ombros novamente.

Noah não mudou de assunto. Essa era a vantagem de


um acompanhante. Eles não querem que você se sinta
desconfortável. — Então, sobre o número oito.

Eu fiz uma careta, evitando seus olhos.

— Você nunca teve um? — perguntou suavemente.


Olhei ao redor para as outras mesas, preocupada que
pudessem adivinhar o que conversávamos.

Noah tirou a mão. — Você gostaria de ir para outro


lugar, para que possamos conversar em paz?

— Se isso for bom para você... — disse. — Eu pensei que


fosse um procedimento padrão encontrar em um lugar
público em um primeiro encontro. Eu não quero que você se
sinta desconfortável.

Noah franziu as sobrancelhas. — Por que eu ficaria


desconfortável, Amy? Eu não estou preocupado se você me
atacará assim que estivermos sozinhos.

Eu ri. — Você está certo. Eu me sinto ridícula. Vamos.

Noah pagou, então saiu, sem me tocar. Eu não podia


deixar de me perguntar se ele tinha algum aplicativo onde
lançava todas as despesas para que pudesse transmiti-las
facilmente para Charles. Assim que saiu, Noah virou para
mim. — Poderíamos ir para o meu apartamento.

Meus olhos se arregalaram em alarme. Isso seria mais


rápido do que imaginei, o que era ridículo, considerando que
pensei originalmente em apenas ficar uma noite com um
acompanhante e agora agia de maneira dramática porque
Noah me convidou para ir até a sua casa. Este não era um
procedimento padrão, mas nada era. Afinal de contas,
Charles quem estava pagando por isso.
Noah fez uma pausa. — Ou talvez não.

Ele não parecia irritado. Ele parecia tão relaxado e


sofisticado. Eu podia ver mulheres olhando ocasionalmente
com admiração e eu tinha certeza que ele percebeu, mas
ignorou e só tinha olhos para mim. Fiquei imaginando como
um homem como ele se tornou um acompanhante. Ele
parecia um empresário de sucesso ou talvez um advogado
corporativo e não alguém que vendia seu corpo por dinheiro.

— Apenas não estou pronta para fazer qualquer coisa


imediatamente.

— Eu não quis dizer para fazermos qualquer coisa. Pensei


que poderíamos conversar no meu apartamento, mas
podemos encontrar um banco no Central Park, que tal?

Ficamos próximos, mas era óbvio Noah teve o cuidado


de não me tocar. Ele provavelmente estava preocupado em
não me deixar desconfortável. Eu era a pessoa mais ridícula
neste planeta. — Estou fazendo uma confusão de coisas,
certo? — Eu o olhei. — Quero dizer, eu sou a única que queria
fazer isso.

— E agora você não quer? — Não havia nenhuma


emoção na voz. Ele apenas olhava curioso.

— Não — disse rapidamente. — Ainda quero fazer isso.

Noah assentiu com a cabeça e sorriu. — O parque,


então?
— Sim, por favor. Podemos ir ao seu apartamento na
próxima vez.

— Como quiser, Amy. Podemos alugar um quarto de


hotel se preferir ao invés de ir para casa comigo.

— Não, não. Da próxima vez, nos encontraremos em seu


apartamento. Você falou com Charles sobre isso?

— Sim, ele acha que você se sentiria mais confortável lá


do que em um hotel.

Balancei a cabeça, tentando esconder o desconforto


com a idéia de que discutiram sobre mim e com o que
estaria confortável. Charles pediria a Noah atualizações sobre
o que faríamos durante nossos encontros? O pensamento me
fez querer me esconder em um buraco escuro. Nós
caminhamos lentamente na direção do Central Park e
sentamos em um banco com vista para o campo de
beisebol.

— Então como é que você quer este ir?

— Eu pensei que pudesse assumir o controle, já que sabe


o que faz.

— Você me paga para fazer o que desejar.

— Charles quem paga.

Nós dois rimos disso. Em seguida, rapidamente ficou sério


novamente. — Eu posso levar vantagem em certo ponto, é
claro, mas basicamente este é o seu show. Eu tenho que
saber o que você quer, então não farei com que se sinta
desconfortável.

— Compreendo.

— Mas? — perguntou calmamente.

Eu estava feliz por ter escolhido Noah como meu


acompanhante, um homem de quase trinta anos, calmo e
experiente. Se tivesse essa conversa com um cara da minha
idade, eu teria surtado.

— Não tenho certeza que posso te dizer o que fazer. Eu


realmente prefiro que você assuma o controle.

— Você não terá que me dizer o que fazer, Amy — disse


ele com uma pitada de diversão. — Mas acho que devemos
sair algumas vezes para me certificar de que você está bem
com o que estivermos fazendo.

— Isso é um procedimento padrão?

Ele balançou a cabeça. — Não, mas as mulheres que


costumam contratar meus serviços sabem exatamente o que
querem e não são inexperientes.

Eu olhei para minhas mãos. Mesmo entre as clientes de


Noah eu era a estranha. Na escola sempre era a garota com
câncer, na minha família a menina com quem todos se
preocupavam e agora eu era a cliente virgem.

— Ei! — ele tocou dois dedos em minha bochecha e


meus olhos encontraram o seu. — Por que não podemos usar
a sua lista como orientação? Isso seria aprovado? — Ele a
tirou de seu bolso. Eu esqueci completamente que estava
com ele. Nunca deveria ter escrito essa lista estúpida. — Do nº
1 ao 9. Você quer experimentá-los comigo?

Olhei para a minha lista, sentindo minhas bochechas


esquentarem.

1. Beijar um cara.

2. Sentar-se no colo de um cara e beijá-lo (com a língua)

3. Beijar na chuva.

4. Beijar em uma roda-gigante

5. Receber sexo oral.

6. Fazer sexo oral.

7. Ver um cara pelado.

8. Ter um orgasmo.

9. Perder minha virgindade.

10. Acordar nos braços de um cara.

11. Dançar a noite toda.

12. Ficar bêbada e fumar maconha.

13. Viajar pela Europa.

14. Nadar com golfinhos.

15. Aprender outra língua.


— Sim, se estiver tudo bem?

Noah parecia quase divertido. — Não se preocupe


comigo. Estou mais do que tranqüilo com os pontos em suas
listas.

— Mesmo os itens cinco e seis?

Noah inclinou a cabeça, olhando meu rosto. — Claro.


Tenho certeza de que Charles lhe disse que faço quase tudo,
exceto BDSM e algumas outras coisas.

Mordi o lábio. — Sim. Apenas pensei que talvez isso fosse


muito íntimo para você. Não tinha certeza se teria quaisquer
barreiras como nenhum beijo, ou não... você sabe. — inclinei
a cabeça em direção à lista.

— Não tenho nenhum problema com beijos ou oral.

Olhei para as minhas mãos. Eu nunca falei abertamente


sobre sexo com um estranho. Na verdade, a minha irmã era a
única pessoa com quem já conversei sobre sexo. Eu respirei
profundamente. Eu disse a Leah que queria isso e ainda
quero, então preciso parar de ficar tão estranha em relação
a isso. — Bom — disse finalmente.

Os lábios de Noah arquearam. — Então — disse


lentamente. — Você gostaria de beijar agora?

Meu estômago embrulhou com os nervos. — Não. Eu não


acho que quero beijar hoje.
Noah não parecia surpreso ou ofendido. Provavelmente
não se importava de qualquer maneira. Não que estivesse
ansioso para me beijar. Eu estava pagando para que fizesse
isso. Mais ou menos.

— Ok, então vamos falar sobre o número oito na sua


lista — disse suavemente.

— Eu esperava que tivesse esquecido isso — eu


provoquei, esperando que isso aliviasse a minha tensão.

Ele inclinou o papel. — É o que está na lista.

— Sim, certo. — soltei um longo suspiro.

— Então você nunca teve um orgasmo?

— Eu acho que não.

Noah riu. — Você não deveria saber?

— Eu consegui me fazer sentir bem algumas vezes, mas


não acho que gozei ou qualquer coisa do tipo. — Eu não
podia acreditar que falava sobre masturbação com um cara
que mal conhecia.

— Você quer dizer quando tocou a si mesma?

— Sim. — Tive problemas para manter meu olhar em seu


rosto, mas parecia como se essa fosse uma conversa
perfeitamente normal para ele e isso me deixou à vontade.
Mais uma vez ele não forçou o assunto.
— Se você diz para assumir o controle. — Ele virou e
tocou minha bochecha, aproximando seu rosto do meu. Eu
congelei, ofegando. Suas sobrancelhas franziram.

— Neste momento, meu instinto me diz para me afastar


porque não quero assustá-la ou que se sinta desconfortável.
Minhas clientes geralmente não me olham assim.

— Você não me assusta — sussurrei. — Apenas não estou


acostumada a estranhos me tocarem ou estarem tão perto.

— Mas quer ter relações sexuais com um estranho? —


Isso não foi dito de uma forma negativa, ele simplesmente
parecia curioso.

— Você não será um estranho se nos encontrarmos


algumas vezes.

Noah sorriu. Ele tirou a mão da minha bochecha e se


afastou novamente. Eu quase pedi para me beijar, mas
então decidi que provavelmente preferiria beijá-lo em um
ambiente mais privado. — O que você gostaria de fazer
agora?

Meus olhos dispararam em seus lábios, e corei, não pude


evitar. Meu corpo parecia ter vida própria.

Noah pareceu entender. — Mudou de idéia? Você quer


tentar um beijo?

Isso era surreal, era isso que queria quando aceitei a


oferta de Leah. — Sim, por favor.
O canto de sua boca contorceu. — Aqui?

Olhei ao redor. As pessoas caminhavam, mas ninguém


prestava muita atenção em nós. Algum lugar privado seria
realmente melhor, mas nossas opções eram limitadas se eu
não queria ir ao seu apartamento ou alugar um quarto de
hotel, que parecia um pouco exagerado para um simples
beijo. — Aqui está bom para mim.

Noah se moveu e então ele ficou frente para mim. — O


que a fez mudar de idéia?

— Bem, isso conta como um dos meus cinco encontros,


então pensei que deveria aproveitá-lo melhor do que
simplesmente sentar em um banco e conversar.

Noah riu. — Suponho que esteja certa.

— Isso é bom para você, certo? — disse em uma


tentativa de abafar o meu constrangimento. Noah colocou o
braço sobre o encosto, aproximando-nos.

— Claro, Amy. Tudo o que quiser é bom para mim. — Ele


não se moveu, só me olhou com sua expressão calma.

— Tudo bem — disse — Eu quero te beijar. — Noah ainda


não se moveu, seus olhos procuravam o meu rosto. Ele
inclinou seu corpo em minha direção e de alguma forma
minha mão descansou em seu peito firme.

Eu congelei. — Desculpe, isso é bom? — perguntei,


levantando um pouco minha mão pelo seu peito. Não era
como se estivesse tocando sua pele nua. Ele estava vestindo
uma camisa, mas ainda senti que seria indelicado não
perguntar a ele. Tocar em alguém sem permissão, mesmo
pagando, estava fora da minha zona de conforto.

Os lábios de Noah arquearam. — Perfeitamente bom,


Amy. Não se preocupe comigo. Nada do que fizer me
deixará desconfortável. — Ele disse isso antes, mas eu tinha a
sensação de que eu precisava ouvir mais algumas vezes para
ter certeza...

Eu balancei a cabeça e apertei a minha mão em seu


peito. Era firme e quente, sólido, como uma rocha. Olhei para
a minha mão pálida por um momento, então olhei para
cima. Noah me observava, mas não conseguia ler a
expressão em seu rosto. Ele teve anos para esconder suas
verdadeiras emoções, um talento crucial para um
acompanhante. Você não deve deixar seu cliente perceber
que não gosta dele.

Ele ergueu a mão e segurou meu rosto, então se


aproximou até que seu rosto encheu minha visão. Eu soltei um
pequeno suspiro quando os nossos lábios estavam quase se
tocando, mas ele não diminuiu a distância restante entre nós.
Confusão me encheu, mas então vi uma pergunta óbvia
escrita em seu rosto. Eu balancei a cabeça e ele roçou os
lábios nos meus, no toque gentil. Eletricidade passou por mim
e respirei surpresa com o tipo de reação provocado por um
simples beijo. Ele cheirava a canela e algo mais picante e eu
não queria nada mais do que encostar meu nariz em sua
camisa e sentir seu cheiro. Seus olhos azuis procuraram os
meus.

— Mais — sussurrei, muito envolvida nos sentimentos que


inundavam o meu corpo para me sentir constrangida.

Ele obedeceu instantaneamente, pressionando os lábios


firmemente nos meus, mas ainda era suave, macio e tão
quente. Coloquei a outra mão em seu peito, saboreando a
sensação de sua pulsação em minha palma. Ele estava
calmo e firme, completamente diferente de mim, que
parecia que meu coração sairia pela boca.

Ele sequer havia aprofundado o beijo e me perguntava


como desperdicei tantos anos de minha vida sem dar um
beijo. Mas talvez o beijo não fosse sempre tão bom. Talvez os
homens não tivessem tanta experiência como Noah. Isso
deveria ter me incomodado, mas não aconteceu, porque
naquele momento parecia que ele era meu. Ele se afastou
um pouco, enquanto me sentia nervosa e à beira de um
ataque de riso.

— Isso foi bom para você? — perguntou em voz baixa.

— Oh, sim. Eu poderia fazer isso o dia todo.

Os lábios de Noah estremeceram novamente.

Então percebi que não tinha certeza de quanto tempo o


encontro normalmente durava. Não acho que realmente
estaria disponível para passar o dia inteiro comigo. — Quanto
tempo temos?

— Marquei três horas para hoje.

Olhei para o meu relógio. Já perdemos cerca de duas


horas. — Esse será o prazo para todos os nossos encontros?

— Podemos estender o tempo que passamos juntos por


encontro. Seria bom saber com antecedência, para que eu
possa fazer planos de acordo com a nossa agenda.

— Ah, com certeza. Provavelmente tem muitos outras


clientes. — Enquanto não me incomodei com a informação
de que Noah teve muitas mulheres antes de mim, a
percepção de que veria outras clientes antes e depois de
nossos encontros não me fez sentir bem, o que era estúpido.
Eu não esperava que ele deixasse suas outras clientes nas
semanas que precisávamos para cuidar da minha lista.

Noah não fez comentários, apenas sorriu. — Você


gostaria de beijar um pouco mais?

Eu queria antes, mas agora os meus pensamentos sobre


outras clientes esmagaram esse desejo. — Não, hoje não,
obrigada.

Algo no olhar de Noah cintilou. — Muito bem. Existe


alguma coisa que você gostaria de fazer?
Eu queria ir para casa e ocupar minha mente o que
aconteceu hoje. — Não. Acho que por hoje é só. Obrigada
pelo beijo.

— Não foi nada — disse Noah. Enquanto sabia que não


era sua intenção, para mim era como se isso não significasse
nada para ele, pois sabia a realidade da situação. Eu era sua
cliente, nada mais. Sequer queria que fosse qualquer outra
coisa. Se quisesse qualquer tipo de ligação emocional, eu
não teria contratado um acompanhante. — Quando você
gostaria de agendar o nosso próximo compromisso?

— Amanhã — disse. E então me encolhi pela maneira


ansiosa e desesperada que soou. — Se você estiver
disponível, é claro.

Noah assentiu. — Charles abriu espaço na minha


agenda para você.

Arregalei meus olhos. — Oh Deus, não me diga que ele o


forçou a cancelar seus compromissos com outras clientes.

— Nem todas elas, apenas algumas das clientes que


sairiam comigo pela primeira vez.

Eu queria perguntar quantas mulheres foram inflexíveis e


queriam sair apenas com ele, mas então decidi que não era
uma boa idéia. — Então, amanhã?

Ele assentiu. — Onde nos encontraremos? Você ainda


quer ir ao meu apartamento?
Mesmo que o pensamento de ir até o seu apartamento
me deixasse estranhamente nervosa, decidi que era um bom
lugar para conhecer. Teríamos mais privacidade, para fazer
mais do que fizemos hoje. O pensamento me deixou tonta e
nervosa ao mesmo tempo. — Sim, parece bom. Que horas?

— Que tal às cinco? Dessa forma, podemos jantar e


talvez assistir a um filme juntos.

Isso soou como um encontro, mas não deveria ficar


surpreendida com isso. Charles nomeou o serviço que
contratei como namorado, então é claro que Noah deveria
definir nossas sessões como se fossem encontros e eu estava
realmente feliz sobre isso. — Eu estarei lá. — Eu fiquei de pé e
Noah se endireitou também.

— Existe alguma coisa que você não come?

— Por quê? Você cozinhará?

Ele deu de ombros. — Eu poderia.

— Eu sou vegetariana.

— Então é melhor pedir pizza. Eu sou realmente bom


apenas com carnes.

Eu ri. — Ok, pizza então.

— Como chegará em casa? — Noah perguntou depois


momento.

— Leah me buscará.
— Para saber como foram as coisas.

— Provavelmente — disse com uma careta. — Tenho


que voltar para o café. Aposto que ela já está lá me
esperando.

Noah inclinou a cabeça. — Até amanhã, então. — Meu


olhos brevemente se fixaram em seus lábios, mas teria sido
estranho dar um beijo de adeus, então apenas lhe dei um
sorriso e um aceno antes de ir embora.

É claro que estava certa. Leah me esperava na frente do


café, um copo de papel em suas mãos, e nervosamente
olhando os transeuntes. Quando me viu, ela visivelmente
relaxou.

Ela parecia mais nervosa do que estive durante o meu


encontro com Noah. Ela caminhou até a mim e me abraçou,
derramando café na calçada. — Ai, Leah, você está me
esmagando.

Ela me soltou e me olhou com preocupação. — Você


está bem? Correu tudo bem? Noah era bom? Será que você
gosta dele?

Eu ri — Estou bem. Tudo correu muito bem. E Noah foi um


perfeito cavalheiro.
Seus ombros aliviaram. — Bom. Eu estava tão
preocupada que tivesse cometido um erro terrível quando
sugeri isso a você. Eu não fiz, não é?

Eu apertei seu braço. — Não, você não fez. Eu gostei de


passar o tempo com Noah. Estou feliz por ter escolhido ele.

Curiosidade substituindo a preocupação no rosto de


Leah. — Então, onde vocês foram? O que fizeram?

— Você realmente quer saber detalhes?

— Pode apostar que sim.

Eu bufei. — Nós caminhamos até o Central Park e


discutimos nosso acordo. E nos beijamos. — Eu dei de ombros
como se não fosse grande coisa.

— Só beijaram?

— Sim, claro. Você acha que rasgaria suas roupas na


primeira vez que o visse?

— Isso é o que acontece com um acompanhante —


disse ironicamente.

— Sim, bem, eu não sou como as outras clientes. Eu nem


saberia o que fazer, uma vez que tirasse as roupas de Noah.

Leah começou a rir. — Eu tenho certeza que descobrirá


isso.

Minhas bochechas aqueceram. — Pode ser. Enfim, eu


não quero apressar as coisas. Eu ainda tenho mais alguns
compromissos com Noah, então não há razão para me
atacar nele durante nosso primeiro encontro.

— Quando o verá novamente?

— Amanhã, em seu apartamento.

Leah piscou. — Um bom lugar para rasgar suas roupas.

Eu gemi, mas agora que ela plantou a idéia em minha


cabeça, não conseguia parar de pensar em como seria ver
Noah completamente nu.
Capítulo Três
Noah
Shane estava quase quarenta minutos atrasado. Eu
arqueei minhas sobrancelhas quando ele entrou em meu
apartamento. Seu cabelo escuro ainda estava molhado
como se não tivesse nem esfregado uma toalha após o
banho. Ele balançou a cabeça com uma careta. — A cliente
não teve o suficiente de mim. Ela pagou uma taxa extra,
então fiquei mais tempo.

— Você poderia ter me enviado uma mensagem — eu


disse em tom de brincadeira.

— Sim claro. Eu poderia enviar a mensagem no meio do


orgasmo. — Shane foi até minha geladeira e pegou uma
cerveja. Eu não gosto do sabor, mas sempre tenho algumas
garrafas para ele. Nós começamos a trabalhar para Charles,
na mesma época e éramos amigos desde então. Ele era o
único em quem confiava e o único que conversava sobre
tudo. Eu sabia que tudo que dissesse era confidencial.

— Então, como vai? Você estava realmente misterioso


nos últimos dias. O que Charles queria com você que era tão
importante? — Shane sentou em uma banqueta e me olhou
por cima da garrafa.
Por um momento, considerei não contar a ele. Eu não
tinha certeza do por que. Eu nunca escondi nada dele. Nós
sempre compartilhamos o que rolava com as clientes. Era
mais barato do que pagar terapia, e não daria resultados de
qualquer maneira. — Charles tem uma nova cliente para
mim.

— E? Desembucha.

— É sua cunhada.

Shane engasgou com a cerveja, arregalando os olhos. —


Diga novamente.

— Charles quer que eu faça o serviço namorado para


sua cunhada.

— Você está brincando, certo?

— Não — disse, de repente não tinha certeza se era uma


boa idéia falar sobre Amy com Shane. Parecia pessoal. Me
servi de uma generosa quantidade de vinho tinto e tomei um
gole antes de sentar na banqueta ao lado de Shane. Ele
ainda me olhava como se tivesse crescido uma segunda
cabeça. — Por que Charles quer que foda sua cunhada? Ela
é feia e não consegue alguém ou o quê?

— Ela teve câncer e quer fazer sexo como parte de sua


lista.

Shane bufou. — Porra. Não me diga que ela é virgem.


— Sim — disse lentamente, esvaziando o meu copo. —
Ela não quer se envolver com ninguém, então me escolheu
para fazer a ação.

— Isso é complicado e totalmente quente. — Shane


sorriu. — Por que Charles não me escolheu para ela? Eu já
tive algumas virgens anteriormente.

— Porque você é um idiota que faz as coisas mais duras


também. Charles não achou que seria uma boa idéia
escolher para Amy um cara que oferece BDSM e fantasias de
estupro.

Shane levantou os braços. — Ei, não é o meu gosto


pessoal. Eu faço o que as clientes querem. Ocasionalmente
faço o serviço namorado também.

— Mas você é melhor para as coisas mais duras.

Shane deu de ombros. — Verdade. Isso torna mais fácil


manter as emoções sob controle. Você provavelmente é o
cara certo para o trabalho de defloramento.

— Veremos. Ela é muito inexperiente e tímida. Charles


provavelmente me expulsará se eu estragar tudo.

— A merda que irá. Você é um de seus melhores


modelos. E eu me demito se ele te despedir por causa da sua
cunhada virgem.

— Eu não acho que ela se queixará com Charles de


qualquer maneira. Ela não parece o tipo.
Shane abaixou a garrafa, olhando com interesse e
ansiedade. — Então você a conheceu?

— Hoje. Para tomar café e conversar sobre os detalhes


de nosso acordo.

— E? Como ela é? Ela é gostosa? Ou está careca por


causa da quimioterapia?

— Você é um idiota, Shane — disse. — Ela não está


careca. E mesmo se estivesse não me incomodaria. Eu não
sou tão superficial.

— Oh, vamos lá. Você me disse várias vezes que teve


clientes que quase não conseguiu uma ereção. Não é como
se fosse completamente cego às aparências. Ninguém é.

— Amy está bem. Ela é magra e pequena. Um pouco


parecida como uma Sininho humana.

— Sininho, realmente? Não comece a declamar


poemas, ok?

Revirei os olhos. — Ela é pequena, isso é o que tentava


dizer a você. Eu sei quão ruim é a sua imaginação. Eu queria
tornar mais fácil para você. — Fiz uma pausa. — Ela é bonita
o suficiente. Provavelmente não a teria escolhido, porque é
muito mais jovem do que eu e não meu tipo usual, mas sei
que não terei qualquer dificuldade em trabalhar com ela.

Shane sorriu. — Você está animado com o trabalho. Eu


posso ver.
Eu servi mais vinho para ganhar tempo. Claro, Shane iria
pegar nele. Eu não queria admitir, mas ele estava certo.
Depois de tantos anos no negócio, eu vivia em uma rotina.
Praticamente não havia mais surpresas ou desafios, mas Amy
era algo novo e excitante. Quando não podia evitar uma
resposta por mais tempo, disse — É um desafio. Eu quero que
seja bom para ela.

— Quando a verá novamente?

— Amanhã. Ela vem aqui.

Shane congelou. — Você se encontrará com ela em seu


apartamento?

— É a escolha lógica. Ela não é como as outras clientes.

— Tenha cuidado para que não acabe investindo mais


nessa tarefa do que deveria.

— Não se preocupe. Eu faço isso por um longo tempo.


Tudo ficará bem. Terei os cinco encontros com ela e então,
tudo terá terminado. É isso aí.

Shane parecia duvidoso. — Basta ter cuidado.

Eu não precisava ter cuidado. Eu nunca tive problemas


em manter minhas emoções sob controle. Este era um
trabalho, nada mais.
Amy
Mal consegui dormir na noite passada. Não parei de
pensar em Noah e no que aconteceria hoje. Eu sabia que era
a única no comando, então não havia nenhuma razão para
ficar nervosa. Estava excitada também. Noah era quente e
mal esperava para beijá-lo novamente e fazer mais coisas.
Olhei para o meu celular para conferir o endereço que
Charles enviou. Esta era a casa certa. Toquei a campainha
antes que ficasse mais nervosa. Um segundo depois, a voz de
Noah, calma e suave, soou no interfone. — Amy?

— Sim, sou eu.

— Estou no piso superior. Você pode pegar o elevador.


— A porta abriu e entrei, em seguida, dirigi-me para o
elevador. Meu estômago revirou. Eu puxei meu vestido. Era
um dos meus vestidos favoritos de verão, mas como hoje não
estava tão quente, coloquei uma legging também.

Depois de uma curta viagem, o elevador parou e


quando saí, Noah já esperava por mim na porta de seu
apartamento. Ele usava uma calça cáqui e uma camisa
jeans de mangas curtas. Sem sapatos, mas com meias pretas.
Ele deu um sofisticado sorriso que imediatamente me deixou
à vontade. Seus olhos rapidamente analisaram meu corpo,
mas novamente não mostrou qualquer reação. Eu desejei
saber se ele achava que eu parecia bem. Não me iludia a
pensar que era sexy ou até mesmo excessivamente atraente
para um homem como ele, mas me sentiria melhor se
soubesse que não estava completamente desanimado com
meu corpo. Não havia nenhuma maneira de descobrir a
verdade, obviamente. Mesmo que Noah sentisse repulsa por
meu corpo, não admitiria. Leah sempre disse que a
habilidade de atuação era uma grande parte do negócio de
acompanhante.

Ele deu um passo para trás para me deixar entrar, mas


meu braço levemente encostou em seu estômago enquanto
passava e a excitação me atingiu no breve contato.

Estava em um loft2. A área da cozinha, sala de estar e


jantar estavam no mesmo ambiente espaçoso. Uma escada
em espiral estreita levava até um quarto aberto. Eu
rapidamente desviei o olhar da cama e me virei para Noah
que me observava calmamente. — Quer beber alguma
coisa?

— Sim, água, por favor.

Ele se moveu em direção à cozinha de aço inoxidável.


Eu segui alguns passos atrás dele e encostei-me no grande
balcão antes que me permitisse um olhar mais aprofundado
em seu apartamento pouco mobiliado. As paredes eram
brancas ou de tijolos e seu sofá era de couro preto. Tudo era
industrial chic3, um pouco frio e impessoal para mim, mas a

2 Loft é um grande espaço aberto, sem paredes internas, normalmente em edifícios comercias
que foram convertidos em apartamentos residenciais.
3 A decoração industrial chic se caracteriza pelo enfoque minimalista. Combina madeiras

envelhecidas e texturas desgastadas em superfícies suaves e neutras.


vista de Nova York de suas janelas do chão ao teto era de
tirar o fôlego.

Ainda estava maravilhada com a vista quando Noah


apareceu ao meu lado com um copo de água. Aceitei com
um agradecimento silencioso e rapidamente tomei um gole.
Minha boca estava seca e meu corpo excessivamente
quente, apesar da minha roupa de verão.

— Eu pedi pizza para nós. Uma de champignon e outra


de espinafre com mussarela.

— Você poderia pedir pizza com carne para você.

Ele sorriu. — Sim, mas desta forma você escolheria a


pizza que mais gostasse. Não se preocupe, eu posso ficar sem
carne por um dia.

Mordi o lábio. Ficamos próximos, mas Noah não havia


me tocado ainda. Eu realmente queria que me tocasse. Não
pensei em mais nada desde ontem. Ele deve ter lido algo em
minha expressão porque apontou para o sofá. — Quer
sentar?

Balancei a cabeça, mesmo com meu coração quase


saindo pela boca. Sentamos no sofá.

— Quanto tempo temos até que a pizza chegue? —


perguntei em um tom casual.

O brilho de um sorriso cruzou o rosto de Noah. Claro, ele


sabia por que perguntava. — Cerca de uma hora.
— Podemos beijar? — Mais uma vez tentei parecer
casual e sofisticada como ele sempre fazia, mas minha
ansiedade prevaleceu. Eu precisava trabalhar em minha
cara de poker4.

— É claro — disse Noah. Coloquei o copo em cima da


mesa, então me endireitei e coloquei as mãos em meu colo,
observando Noah. Ele novamente me deu aquele sorriso
sofisticado e relaxei. Noah fez isso muitas vezes. Ele sabia
como lidar com a situação.

Ele se aproximou um pouco mais e segurou meu rosto


como fez ontem. Eu me inclinei para frente e fechei a
distância entre nós. Seus lábios estavam tão suaves e gentis
como em nosso primeiro beijo e descansei minhas mãos em
seu peito novamente enquanto nossas bocas se moviam uma
na outra.

Sua língua tocou meu lábio inferior e então,


delicadamente, separou meus lábios. Gemi em sua boca
enquanto me beijava, sua língua acariciando a minha com
habilidade. Ele tinha gosto de açúcar e algo mais picante,
talvez o chá que bebeu antes que eu chegasse, e me perdi
completamente no beijo. Eu podia sentir o movimento de sua
língua até os dedos dos pés e ficava cada vez mais excitada.
Era realmente embaraçoso. Não acho que suas outras
clientes ficavam animadas desse jeito com um simples beijo.

4 Fazer cara de poker é ficar com uma expressão impassível para esconde os sentimentos
verdadeiros.
Fiquei feliz que não podia saber quão excitada estava.
Eu gemi em seus lábios novamente e Noah se afastou um
pouco, sugando meu lábio inferior antes de liberá-lo e
procurar o meu rosto. — Bom? — Sua voz estava um pouco
mais profunda do que antes.

Balancei a cabeça. — Muito bom. Acho que nunca


experimentei nada tão bom.

Noah riu. — Isso é bom, mas o que vem depois é muito


melhor, confie em mim.

— Sério? — Eu odiava como soava ansiosa e


esperançosa, mas parecia incapaz de me controlar.

— Sério — Noah disse, com uma pitada de diversão em


sua voz. — Em sua lista, estava beijar sentada no colo de um
homem.

Eu corei de vergonha. — Eu realmente desejava não ter


mostrado essa lista estúpida.

— Não — Noah disse calmamente. — É bom porque me


dá algumas orientações. Isso é novo para mim e não quero
interpretar mal os seus limites.

— Charles disse que tem nove anos de experiência.

Os lábios de Noah arquearam. — Eu tenho muita


experiência na área sexual. Eu quis dizer que você é virgem.

— Você nunca teve uma virgem?


— Como cliente, não. Minha primeira namorada era,
mas isso foi há muito tempo — disse casualmente.

— Ah, certo. — Eu queria perguntar que tipo de mulheres


suas outras clientes eram e o que queriam que fizesse, mas
decidi esquecer isso.

Ele se inclinou no encosto de cabeça fazendo um gesto


convidativo com seus braços. — Então, que tal aquele beijo
em meu colo da sua lista?

Não pude deixar de rir e com ela a tensão diminuiu.


Passei uma perna sobre seu colo e me ajoelhei, mas não
sentei ainda. De repente fiquei tímida de sentar no colo de
um homem. Noah descansou as mãos levemente em minha
cintura e me olhou pacientemente. Eu me abaixei em suas
pernas. Ele era duro, musculoso e incrivelmente quente. Era
bom senti-lo debaixo de mim, mas também estranho, porque
parecia muito íntimo. Apenas o material fino da minha
calcinha e legging estavam entre a minha parte mais íntima e
as suas pernas. Bem, e suas calças... mas ainda assim parecia
uma posição muito vulnerável para mim. Eu organizei
lentamente a saia do meu vestido ao meu redor antes de
encontrar o olhar de Noah. Seu olhar calmo e compreensivo
aliviou a tensão em minha garganta.

— Assim está bom para você? — perguntou


suavemente.

Eu sorri. — Sim. É bom, na verdade. Estranho, mas bom.


— Estranho? — perguntou Noah curiosidade.

— É uma sensação íntima, porque estamos tão perto.

— Se fizermos o que está em sua lista eventualmente


chegaremos mais perto do que isso. — Ele procurou meus
olhos novamente, provavelmente para ver se mudaria de
idéia sobre o nosso acordo.

— Sim, eu sei. — Eu coloquei minha mão em seus ombros


e finalmente descansei todo meu peso em seu colo. A
pressão em meu centro transformou o leve formigamento
entre as minhas pernas em mais do que um insistente latejar.
— Estou muito pesada?

— Não, não está. Eu gosto do seu peso sobre mim.

Minhas sobrancelhas se contraíram em surpresa, mas


depois percebi que os elogios eram, provavelmente, parte do
serviço namorado. — Podemos beijar agora? — sussurrei. Em
vez de responder, Noah reivindicou meus lábios. Desta vez,
não foi tão cuidadoso. Seus lábios estavam mais firmes e mais
exigentes e, ocasionalmente, seus dedos apertavam minha
cintura, e cada vez mais aumentava a excitação entre as
minhas pernas. Como era possível um beijo ser tão bom?
Encher-me de tanto desejo? Precisei me controlar ao máximo
para não me esfregar descaradamente nas coxas de Noah
para encontrar algum alívio.

Noah fez um som profundo em sua garganta e me


deixou ainda mais selvagem. Era baixo e gutural, tão sexy,
tenho certeza que passou horas praticando. Será que isso
levou todas as suas clientes ao limite? Eu afastei o
pensamento e coloquei uma mão na nuca de Noah até que
meus dedos se enredaram em seu cabelo. Eu amava sua
textura sedosa. Aproximei-me mais e então eu senti algo
entre as minhas pernas. Algo duro. Noah estava excitado. Eu
me afastei com um suspiro surpreso e olhei para a
protuberância óbvia na calça de Noah. Olhei para seu rosto,
satisfeito, confuso, excitado e tantas coisas mais que era difícil
classificar pelas minhas emoções.

Noah fez uma careta ao ver a expressão no meu rosto.


— Sinto muito — disse em voz baixa, se mexendo. — Se
soubesse que a deixaria nervosa, teria me certificado de não
ficar duro.

— Você pode fazer isso? — Fiz o possível para não olhar


para baixo novamente, uma vez que Noah pareceu
obviamente irritado consigo mesmo por ter uma
protuberância.

Ele me deu um sorriso sem graça. — Como um


acompanhante, preciso ser capaz de controlar a minha
ereção, sim.

— Assim, você conseguirá ficar excitado mesmo se a


mulher com quem estiver te causar repulsa.

— Eventualmente, sim.
Eu não queria perguntar, mas estava muito curiosa.
Mordi o lábio. — Então por que ficou duro agora? Foi de
propósito? Você pensou em algo sexy?

Noah riu e deixou cair a cabeça para trás. — Não de


propósito não, mas não me precavi também.

Eu ri. — Isso soa muito estranho. — Então fiquei em


silêncio e sentei novamente em seu colo. Ele tinha suavizado.

Suas mãos tocaram minha cintura novamente e sua


expressão estava preocupada quando encontrou meu olhar.
— Tudo bem?

Balancei a cabeça. — Você não me deixou nervosa


antes. Eu só estava surpresa. Nunca senti ou vi isso.

Seus lábios tremeram. — Então, mais beijos?

— Sim, por favor. — Eu me aproximei e então parei. —


Você não precisa se precaver, sabe?

Seus olhos brilharam. — OK — disse calmamente, em


seguida, seus lábios roçaram os meus novamente. Nos
beijamos em um ritmo mais lento, mas desta vez ele não ficou
duro debaixo de mim. Eu me perguntei se ele não queria
correr o risco assustando-me novamente ou se a minha
reação o fez broxar completamente.

Balancei meus quadris em sua virilha experimentalmente


e fiquei instantaneamente chocada com o prazer que
irradiou de mim. Noah se afastou, procurando o meu rosto. —
Você fez isso de propósito?

Concordei.

— Você quer que eu tenha uma ereção?

Minha pele estava tão quente que eu estava surpresa o


alarme de incêndio não tinha soado ainda. — Sim — respirei.

Um pequeno sorriso brincou em seus lábios, então ele me


beijou novamente. Quase imediatamente, o senti endurecer.
Recuei e olhei para baixo, fascinada com a visão de seu bojo
crescendo. Noah exalou e eu olhei para cima, me
perguntando se era difícil para ele. Que tipo de fantasias
precisava repassar em sua mente para ficar duro agora? Eu
queria perguntar, mas não queria me intrometer em sua
mente. Essa parte não me pertencia.

— Acho que ninguém assistiu com tanto fascínio minha


ereção.

— Desculpe. — Eu me forcei a me concentrar em seu


rosto.

— Não — disse um pouco mais áspero do que o habitual.


— Você pode olhar. Eu posso me despir, se quiser.

Eu balancei a cabeça rapidamente. — Não, ainda não.


— Baixei os olhos novamente. A tenda em suas calças era
impressionantemente enorme. — Acabou?
Ele riu e não parou. Levou algum tempo, antes que ele
pudesse falar. — Sinto muito — disse — Não tive a intenção
de rir.

— Está tudo bem. Foi provavelmente uma pergunta


estúpida.

— Não. Não existem perguntas estúpidas entre nós.


Você pode perguntar o que quiser. — Seus lábios se
contraíram novamente. — E sim, ele está totalmente ereto se
é isso a que você estava se referindo.

— Estava. — Estendi a mão para ele, mas parei alguns


centímetros de seu bojo. — Posso…?

— Tocar-me? — Disse Noah. Ele me olhava de forma


constante, mas não conseguia ler sua expressão.

— Sim.

— Claro. Você pode fazer o que quiser.

— Eu queria ser mais corajosa para testar a teoria.

Noah riu. — Realmente não acredito que exista qualquer


coisa que você faça que me deixe desconfortável ou que
não tenha feito muitas vezes antes.

— Certo. — lambi meus lábios e me movi, então


levemente toquei meus dedos na protuberância. Duas coisas
aconteceram: ele se contorceu em meus dedos e eu deixei
escapar o riso mais embaraçoso na história da humanidade.
Eu tirei minha mão e olhei o rosto de Noah para ver se ele
estava rindo novamente. Ele não estava. Havia algo estranho
em seu rosto, mas quando sentiu meus olhos sobre ele,
visivelmente relaxou.

Eu não tinha certeza do que deveria fazer em seguida.


Talvez tocá-lo novamente ou talvez pedir-lhe para me mostrar
o que estava dentro de sua calça, mas a campainha me
poupou de mais um embaraço. Noah me levantou do seu
colo com um sorriso de desculpas antes de pegar sua carteira
da mesa, ajeitar sua calça e abrir a porta.

Arrumei meu cabelo e vestido, e verifiquei o meu reflexo


em um espelho acima do sofá. Eu precisava ficar na ponta
dos pés para ver o meu rosto. Certifiquei-me de que o meu
rímel não estava borrado, mas não podia fazer nada em
relação aos meus lábios inchados. Noah provavelmente não
se importava de qualquer maneira. Quando virei, Noah
segurava duas caixas de pizza e me olhava divertidamente.

— Estou morrendo de fome — disse para mudar de


assunto. Noah arrumou o balcão na ilha da cozinha e estava
feliz porque achei que na mesa de jantar seria muito formal.
As pizzas estavam deliciosas. Eu podia ver a surpresa em seu
rosto enquanto comia a minha terceira fatia. — O quê?

Ele balançou a cabeça. — Você não parece como


alguém que pode comer muito.

Eu congelei. Este era um tema difícil. Noah deve ter


percebido também, porque arregalou um pouco seus olhos.
— Eu sei que estou muito magra — disse baixinho, olhando
para o meu modesto seio e corpo magro.

— Eu não quis dizer isso. Você está bem do jeito que


parece, Amy.

— Eu perdi um pouco de peso durante a radioterapia e


meu corpo se recusa a recuperá-los. — limpei minha
garganta, me sentindo vulnerável. — Te incomoda?

Ele olhou quase chocado. Ele segurou em minha mão, e


a calma habitual assumiu sua expressão. — Claro que não.
Por que isso? Você é uma mulher bonita.

Na maioria dos dias me sentia mais como uma menina


lutando para ser uma mulher. Talvez começar a faculdade
mudaria isso. — Você não precisa mentir — disse. Ele abriu a
boca novamente, mas balancei minha cabeça. — Por favor,
não tente aumentar o meu ego. Eu prefiro não falarmos mais
sobre o meu corpo.

Ele acenou com a cabeça uma vez, mas não havia uma
pitada de hesitação em sua expressão. — Sobre o que
gostaria de conversar?

— Seu emprego. É muito mais fascinante do que


qualquer coisa que possa dizer-lhe.

— Charles mencionou em nossa conversa que você


gosta de desenhar.
— Ele disse? — Provavelmente, como forma de facilitar
as coisas para Noah. Eu adorava desenhar, mas raramente
falava com as pessoas sobre isso, muito menos mostrava os
meus desenhos.

Noah deu outra mordida na pizza, então acenou com a


cabeça.

— Eu faço, mas não é nada de especial. Eu prefiro falar


sobre você e seu trabalho, a menos que você se sinta
desconfortável.

— Nós podemos falar sobre isso. Se não quiser responder


a uma pergunta, simplesmente não responderei.

Eu sorri feliz por sua honestidade. Eu prefiro que não diga


nada a mentir. — Por que você realmente começou a
trabalhar como acompanhante?

— Quando cheguei à Nova York, eu estava sem dinheiro.


Mal podia pagar o meu quarto de motel barato. Eu comecei
a trabalhar em um bar, mas não pagava tudo o que
precisava. Foi quando Charles reparou em mim e me
perguntou se estava interessado em trabalhar para ele.

— E você disse sim? Quer dizer, não é como qualquer


outro trabalho. Você tem que vender seu corpo e dormir com
pessoas que você pode até não gostar.

Noah ficou pensativo por um momento. — Esse é um


lado do trabalho, é claro, mas naquela época eu tive vários
encontros de uma só noite, alguns deles com mulheres que
não gostava particularmente, então pensei: por que não
ganhar dinheiro com isso?

— Então, você não hesitou, nunca se arrependeu da sua


decisão?

— Houve momentos de hesitação e pesar, mas nunca


foram suficientes para me fazer querer parar. Nova York é
uma cidade cara e eu não podia pagar nada disso com
outro emprego, pelo menos não com a minha falta de
qualificações. — Ele fez uma pausa e me olhou, como se
lembrasse que também era sua cliente. — Eu gosto do meu
trabalho mais do que a maioria das pessoas provavelmente
desfruta do seu. O segredo é deixar as emoções à parte.

— Sim, eu entendo. Emoções sempre complicam as


coisas — disse calmamente.

— É por isso que você escolheu contratar um


acompanhante — Noah disse, me observando com seus
olhos calmos.

Balancei a cabeça. — As pessoas só se machucam


quando eles têm sentimentos pelas outras pessoas. Minha
família quase se separou por minha causa. Não quero correr
o risco de alguém se aproximar de mim.

— Isso é uma coisa muito altruísta — disse ele.


— Não, nada sobre isso é altruísta. É egoísmo mesmo ou
então não insistiria em experimentar as coisas na minha lista.
Eu não usaria alguém como você.

— É natural que queira experimentar o sexo. Pode ser


uma coisa maravilhosa.

Eu ri. — Você está tentando me seduzir? — Eu não tinha


certeza do porque disse isso, mas Noah parecia achar
engraçado.

Ele sorriu. — Talvez devêssemos voltar para o sofá e


assistir a um filme.

— E beijar um pouco mais?

— E beijar um pouco mais.

Eu saí da banqueta do bar e segui Noah para o sofá. Ele


afundou e sentei em suas pernas. Ele sorriu ironicamente. —
Você não assistirá muito ao filme dessa maneira.

Ele estava me provocando? Era parte do serviço


namorado? Se fosse, eu realmente gostei. — Eu não me
importo com o filme. Eu realmente quero te beijar.

— Ok, então talvez alguma música?

Balancei a cabeça e fiquei em uma posição mais


confortável em seu colo. Então permiti que minhas mãos
explorassem o seu peito. O som suave de jazz ecoou dos alto-
falantes, mas estava muito envolvida com a sensação de seu
corpo sob minhas palmas. Mal podia esperar para vê-lo nu.
As fotos que vi em sua ficha eram sexy, mas tinha a sensação
de que seria muito melhor pessoalmente. Noah ficou imóvel,
me deixando tocar em seu torso. Eventualmente, inclinei
minha cabeça e o beijei. Nosso beijo rapidamente me
aqueceu e comecei a me contorcer em seu colo quando a
pressão entre as minhas pernas tornou-se muito forte. Noah
me afastou levemente. — Você quer que eu te toque?

Meus lábios se separaram. — Sim, mas...

— Mas? — Noah perguntou com calma. Suas mãos


ainda descansavam levemente na minha cintura e ele
parecia perfeitamente satisfeito em ficar imóvel debaixo de
mim até que mudei de idéia.

— Podemos deitar?

— Claro — disse Noah. Ele me ajudou a sair de seu colo e


me deitei no sofá. Era grande o suficiente para duas pessoas
deitarem confortavelmente uma ao lado da outra. Olhei para
Noah, de repente. — Isso tudo é para você. Lembre-se que,
Amy. Eu só farei o que quiser. —

— Eu sei — disse em um sussurro ofegante. — Eu


realmente quero que você me toque.

Ele se abaixou para que ficasse apoiado em um braço,


então me beijou novamente. — Você quer que te acaricie
por cima da sua roupa? Ou quer que a dispa?
— Por cima. — disse rapidamente. Não estava pronta
para que me visse nua ainda. Ele provavelmente imaginava
como era meu corpo sob o vestido, de qualquer modo. Ele
simplesmente assentiu, não tentou argumentar como um
namorado em idade universitária com tesão teria feito, e essa
era outra razão pela qual estava feliz pela minha escolha.
Esta era uma maneira segura para explorar o sexo. Não
haveria riscos de me machucar ou ser pressionada a
qualquer coisa que não quisesse fazer.

Ele arrastou sua mão na lateral do meu corpo, sem tirar


os olhos do meu rosto. Lutei contra a vontade de desviar o
olhar ou esconder o meu rosto em seu ombro. Tive a
sensação de que ele precisava ver minha expressão para se
certificar de que não me deixaria desconfortável. Ele deslizou
sua mão sobre meu peito levemente sobre o tecido do meu
vestido, mas suspirei e meus mamilos endureceram
instantaneamente. Eu não usava sutiã, uma vez que o meu
vestido não permitia e também porque realmente não
precisava, já que meus seios não eram grandes. Ele
pressionou o polegar no meu mamilo e gentilmente moveu
para trás e para frente, observando-me com olhos atentos. Eu
esfreguei meus quadris, impaciente, o formigamento entre as
minhas pernas tornando-se insuportável.

— Você gosta disso? — Perguntou densamente. Eu


estava momentaneamente assustada com o timbre de sua
voz. Eu não sabia o que isso significava.
— Sim — respirei, então reprimi um gemido quando Noah
pegou meu mamilo entre os dedos e rolou suavemente para
trás e para frente. — Oh — engasguei, apertando minhas
coxas. Se assim já era intenso, o que aconteceria quando
Noah me tocasse sem o tecido entre nós?

Noah soltou meu mamilo e um gemido embaraçoso


escapou. Eu não queria que ele parasse. Noah lambeu minha
garganta e colocou sua mão no vale entre meus seios, e
então sobre o meu estômago e meu corpo inteiro congelou
com antecipação e nervos. Eu não queria nada além do que
sentir o seu toque entre as minhas pernas, mas se ele me
tocasse lá descobriria o quanto alguns beijos e toques me
excitaram. Aposto que suas outras clientes conseguiam se
controlar melhor.

Noah levantou a cabeça e procurou meu rosto, a mão


em minha barriga. — Você quer isto? Está muito tensa.

Minhas bochechas ficaram quentes. — Quero. Só estou


nervosa. — embora não pudesse lhe dizer o motivo. Talvez ele
não percebesse o quanto estava excitada por baixo das
minhas calça e calcinha. Isso era um monte de tecido entre
seus dedos e meu centro aquecido.

As sobrancelhas de Noah arquearam. — Nervosa sobre o


que exatamente? Eu não farei nada sem perguntar primeiro,
Amy.

— Eu sei — disse calmamente. — É apenas…


— Apenas? — Noah se apoiou um pouco mais, a pressão
suave de sua mão na minha barriga, tão perto de onde
queria seu toque era realmente perturbador.

Eu precisava que ele me tocasse, então tive que lhe


dizer qual era o problema. — É muito embaraçoso. — A
expressão de Noah era tão calma e encorajadora que
finalmente disse — Estou muito excitada e nervosa porque
provavelmente você sentirá isso.

O rosto de Noah relaxou e ele sorriu. — Isso não é motivo


para se envergonhar.

— É sim. Nós não fizemos muita coisa e já estou... você


sabe.

— Isso é bom. — disse com firmeza. — É bom que você


seja tão sensível. Isso torna mais fácil para mim, me mostra
que você aprecia o que faço, e, eventualmente, tornará as
coisas menos dolorosas quando eu entrar em você.

Eu não queria pensar sobre isso ainda. — Por favor, me


toque.

Noah deslizou sua mão sobre meu quadril, depois ao


longo da minha coxa e joelho, mas não onde queria seu
toque. Eu me contorci. — Por favor — disse novamente, e os
lábios de Noah estremeceram. Ele colocou a mão entre os
joelhos, fechou os dedos ao redor da minha panturrilha e
levantou minha perna, deixando o meu pé encostado no
sofá e eu encostada em sua virilha. Ele estava excitado, duro
e quente, mesmo sobre nossas roupas. Eu deveria ter sentido
vergonha de me deitar com as pernas assim, mas não senti.
Ele acariciou minha coxa, chegando perto do meu centro.
Quase desejei que puxasse minha legging, para que pudesse
sentir sua pele na minha. Seus olhos queimando em mim
enquanto seus dedos pousavam em meu centro. Eu arqueei
as costas com a sensação. Ele me segurou e apertou um
dedo em meu clitóris sobre minha roupa.

Eu fechei os punhos enquanto ele me esfregava com


firmeza. — Noah — engasguei. Ele moveu mais rápido em
mim e o atrito adicional da minha calcinha me deixou no
limite. Eu soluçava, meu corpo convulsionava enquanto o
prazer destruía meu corpo. Noah me observava atentamente
enquanto tremia e gemia. Lentamente, fechei os olhos. —
Agora eu sei — disse com a voz rouca.

— Sabe o quê? — perguntou Noah com a voz grave.

— Que nunca tive um orgasmo antes.

Noah ainda não tinha movido sua mão. Ele me segurou e


de alguma forma eu ainda formigava entre as minhas pernas.
Abri os olhos.

Noah beijou-me com firmeza. — Você quer gozar de


novo?

— Sim.

— Será mais intenso se me deixar tocar sua pele.


— Ok, mas minhas roupas ficam, por favor.

— É claro — disse, ainda com aquela voz estranhamente


grave. Ele levantou minha saia e colocou a mão na cintura
de minha legging e então sob minha calcinha. Gemi e tremi
quando seus dedos deslizaram em meus cachos. Ele fez uma
pausa antes que realmente me tocasse onde eu doía. —
Você quer isto?

— Deus, sim.

Ele deslizou um dedo entre minhas dobras e quase gozei


novamente. Ele soltou uma respiração pesada. — Você está
tão molhada. — Ele parecia imensamente satisfeito e algo
mais que não sabia explicar, então não me senti muito
envergonhada. Eu não tinha certeza do que ele fazia. Seus
dedos brincavam e então ele tocou, acariciou e circulou até
que me contorcia embaixo dele, gemendo e ofegando,
completamente perdida em luxúria. — Noah.

— Goze para mim — disse com a voz baixa antes de


lamber a pele sobre minha clavícula. Eu arqueei e gritei
quando outro orgasmo me atingiu. Este ainda mais intenso do
que o primeiro. Meu corpo ficou mole. Noah se endireitou e
calmamente tirou a mão da minha calcinha. Ele pegou uma
caixa de lenços na mesa que não tinha notado antes e
limpou a mão. Eu me encolhi com embaraço.

— Não — disse ele. — Isso é bom.

— Tudo bem.
Ele sorriu. — É assim que imaginou isso?

— É melhor — admiti. Estiquei minhas pernas, sentindo-


me saciada e de repente cansada, mas então meus olhos
pousaram no bojo de Noah. — Oh, e você?

Ele não precisou olhar para baixo para saber do que


falava. — Não se preocupe. Eu cuidarei disso mais tarde.

— Você quer dizer que você vai... se tocar?

Noah analisava meu rosto. — Sim.

Houve um silêncio. Eu sabia o que eu queria, mas não


tinha certeza de como dizê-lo.

— Amy? O que você quer?

— Ainda temos tempo?

— Quase uma hora.

Voltei a olhar para o seu bojo.

— Diga-me o que quer.

— Eu quero ver você se tocar.

Por um momento, ele se acalmou, então estendeu a


mão para seu cinto. Ele encontrou meu olhar. — Eu vou ter
que levar a minha ereção para fora. Tudo bem?

Eu bufei. — Sim. Definitivamente tudo bem. Eu não fugirei


gritando quando vir seu pau duro. Eu sei o que esperar.
Noah levantou uma sobrancelha. Sentou-se e se ajeitou
no encosto e ajoelhei-me ao lado dele no sofá.

— Teoricamente, existe a internet — disse calmamente.

Sua boca se contorceu novamente. Então ele abriu o


cinto e o zíper de suas calças. Ele o alcançou, abaixou sua
cueca e libertou sua ereção.

Eu provavelmente poderia ter lidado com a situação


melhor, mas não era boa em esconder minhas emoções e eu
estava sinceramente chocada com o tamanho dele. Eu me
afastei. — Oh, merda.

Os olhos de Noah fixaram ao meu.

— Oh, porra, porra. — Ele era enorme. Longo e grosso. —


Porra.

Noah ficou rígido e sua expressão impassível enquanto


me observava. Estendi a mão para sua ereção para me
convencer de que o que via era a verdade, mas abaixei
minha mão e olhei para Noah com os olhos arregalados em
choque.

— Amy? — Disse Noah cuidadosamente. — O que está


errado? Você disse que estaria tudo bem se mostrasse minha
ereção.

— Isso não dará certo — disse, preocupada.

Noah franziu a testa. — O quê? Você quer que eu o


coloque para dentro?
— Não.

Ele amoleceu ligeiramente. A maioria das mulheres


provavelmente não enlouquecia quando ele mostrava seu
pau.

— Diga-me qual é o problema.

Fiz um gesto para sua ereção. — Você nunca se


encaixará.

Noah percebeu o que dizia e relaxou um pouco. — Você


esticará.

Estremeci com o pensamento. — Realmente não acho


que eu esticarei tanto. — O que era um pensamento ridículo
já que o corpo da mulher era construído para empurrar um
bebê.

Algo mudou no rosto de Noah, sua expressão se tornou


profissional. — Você poderia pedir outro acompanhante para
tirar a sua virgindade.

Congelei. — O que você quer dizer?

— Charles tem alguns acompanhantes que são menores


do que eu. Talvez fossem a melhor escolha para a sua
primeira vez.

Meu peito apertou com o pensamento. Eu não tinha


certeza do por que. — Não, eu quero você.
Noah assentiu com a cabeça, mas seu rosto não deu
qualquer indicação se ele se importava de qualquer maneira.

— A menos que você não queira — disse com a voz


baixa.

— Não, se você quer que eu seja o único, então eu


quero fazê-lo. — Ele sorriu. — Amy, cuidarei bem de você.

A maneira como ele falou agitou algo em mim que me


preocupava. Eu apontei em direção ao seu pênis semi-ereto.
— Desculpe por isto. Eu realmente sei como broxar um cara.

Ele riu. — Está tudo bem. Se você ainda quer me ver,


ficará em pé algum momento.

— Eu ainda quero.

Noah puxou sua camisa um pouco, revelando um


delicioso tanquinho, então ele agarrou sua ereção e apertou
algumas vezes e rapidamente estava totalmente duro
novamente.

Minhas sobrancelhas se ergueram. — Uau. Você é uma


máquina.

— Anos de prática — disse ele facilmente, então


começou a acariciar-se, mas os seus olhos estavam em mim.

Estava muito envolvida na visão de sua mão forte


bombeamento sua ereção para ser auto-consciente.
Esfregou-se duro e rápido, com o rosto torcendo com o que
parecia concentração. Eu tive que parar de empurrar a mão
e tocá-lo eu mesmo, mas eu provavelmente não teria feito
isso tão bem quanto ele.

Ele fez um som baixo em sua garganta e gozou. Ele


fechou seus olhos rapidamente, apertou seu pau e olhou
para mim. Estendi a mão para tocar em uma gota do seu
esperma, mas com a sua mão livre segurou o meu pulso.

Eu fiquei tensa, surpresa.

— É política da agência que os clientes não entrem em


contato com o nosso esperma.

— Ah, certo. — Eu não podia acreditar que tentei tocar


em seu esperma. As outras clientes de Noah provavelmente
não eram assim.

— Eu preciso me limpar — disse Noah. Limpou-se mais ou


menos com os tecidos antes de levantar e andar até uma
porta a nossa esquerda. O banheiro. Escutei o som da água
correndo, enquanto tentava acabar com o meu embaraço
pelo que havia feito.

Quando Noah voltou, endireitei as minhas roupas e


sentei na beira do sofá. — Você está bem? — perguntou
enquanto caminhava em minha direção.

Tive dificuldade de olhar em seus olhos. Levantei-me e


coloquei minha bolsa em meu ombro. — Eu acho que eu
deveria ir agora. Nossa sessão está quase no fim de qualquer
maneira.
Noah ficou me olhando com uma pequena carranca. —
Você está feliz com os meus serviços?

— Sim, claro — disse rapidamente. — Eu apreciei o que


fizemos.

— Bom. Então, quando você quer marcar nosso próximo


compromisso?

Eu hesitei. Eu queria dizer amanhã, mas não queria


parecer muito carente. — Que tal…?

— Amanhã? — disse Noah e eu tive que esconder um


sorriso. Eu dei de ombros casualmente. — Claro, porque não?

Ele sorriu e tive que me segurar para não beijá-lo


novamente. Em vez disso, caminhei em direção à porta.

Noah a manteve aberta para mim. — Até amanhã.

Eu balancei a cabeça e então rapidamente me afastei.


Capítulo Quatro
Noah
Amy tinha acabado de sair pela porta quando meu
telefone tocou. Eu não precisava olhar para a tela para saber
quem era. — Oi, Shane. — disse ironicamente.

— Então, como foi?

Balancei minha cabeça, mesmo que não pudesse me


ver. — Será que você usou um cronômetro?

— Não evite a minha pergunta. Eu quero saber detalhes.


Será que rompeu sua cereja?

— Claro que não. É apenas o nosso segundo encontro, e


o primeiro que realmente importa.

— Então o que você fez?

— Você percebe que não devemos falar sobre os nossos


encontros sexuais com clientes, certo?

Shane bufou. — Quando foi que isso o impediu?

Ele estava certo, é claro, mas ainda assim parecia errado


falar sobre Amy. — Você não fará comentários estúpidos ao
redor de Charles. Eu não quero que ele descubra que contei
a alguém sobre Amy.
— Eu não sou um idiota, Noah. Eu posso manter minha
boca fechada. Eu já deixar algo escapar?

Eu suspirei. — Nós não fizemos muito realmente. Amy


ainda é tímida, mas tenho a sensação de que ela se divertiu
muito. — Eu não conseguia esconder a minha satisfação. Me
senti muito bem proporcionando a Amy seu primeiro orgasmo
de verdade. Mal esperava para dar-lhe mais prazer, para lhe
mostrar tudo o que sabia.

— Aposto que sim, você é sortudo. Ela realmente não


tem como comparar o seu desempenho com ninguém.

— Não se preocupe com o meu desempenho — disse


secamente.

— Se ela quiser dar uma chance a outro cara, diga-lhe


que eu seria sua melhor opção.

— Ela não dará chance a nenhum outro cara.

Shane riu. — Isso soou quase possessivo.

Odiava que estivesse certo. Eu sabia que não deveria


ficar emocionalmente ligado e ainda assim não gostei da
idéia de que Amy querer outro acompanhante para uma de
suas sessões reservadas. — Terminou o interrogatório? Eu
preciso tomar um banho.

— Claro. Tome um banho frio.

Eu desliguei. Eu precisava de algum vapor. Eu precisava


marcar uma sessão com uma das minhas clintes regulares
antes do meu próximo encontro com Amy. Eu precisava da
distração.

Fui para o chuveiro e enquanto me masturbava, pensei


em Amy. Não vou deixar as palavras de Shane me
perturbarem. A única razão pela qual estou investindo em
minhas sessões com Amy era porque amava o desafio.

Amy
Em casa não conseguia parar de pensar sobre como
Noah me fez sentir bem com seus dedos. Eu queria mais disso,
mais dele. Eu queria tocá-lo do jeito que ele se tocou hoje. Eu
queria sentir o seu gosto. Eu queria, queria, queria.

Peguei minha lista e risquei os itens que já realizei.

1. Beijar um cara.

2. Sentar-se no colo de um cara e beijá-lo (com a língua)

3. Beijar na chuva.

4. Beijar em uma roda-gigante

5. Receber sexo oral.

6. Fazer sexo oral.


7. Ver um cara pelado.

8. Ter um orgasmo.

9. Perder minha virgindade.

10. Acordar nos braços de um cara.

11. Dançar a noite toda.

12. Ficar bêbada e fumar maconha.

13. Viajar pela Europa.

14. Nadar com golfinhos.

15. Aprender outra língua.

Ainda assim há tanta coisa que preciso de experiência.


Amanhã, verei Noah nu e ele fará sexo oral em mim, se estiver
tudo bem para ele. Mal posso esperar.

Noah sorriu quando entrei em seu apartamento. Eu


passei a manhã inteira me encorajando para que não mudar
de idéia com medo de dizer a Noah o que queria fazer hoje.
Ele usava uma bonita camisa branca e calça jeans preta e
parecia calmo, relaxado e muito lindo.

— Devo pedir algo para comer? — perguntou.


— Não. Eu não quero desperdiçar nosso tempo juntos
com comida — disse rapidamente e então fiquei vermelha.
Tanta coisa para não parecer muito ansiosa, mas Noah não
parecia se importar. Ele assentiu. — Bom. O que gostaria de
fazer hoje? — Sua expressão era neutra e ainda assim não
consegui olhar para ele quando falei. — Quero te ver nu. E
quero que faça oral em mim. —

Noah não parecia surpreso. Talvez esperasse que as


progredissem mais rápido desta vez. Ele fez um gesto em
direção ao sofá. — Aqui? Ou lá em cima, no quarto?

Eu considerei isso. O quarto seria mais confortável, mas


parecia muito pessoal e íntimo, cedo demais. Embora,
considerando o que faríamos em breve, não deveria
importar. — No sofá está bom.

Noah andou até o sofá e esperou que me juntasse a ele.


— Gostaria de começar com alguns beijos?

— Sim, por favor.

Noah sentou e não hesitei antes de sentar em seu colo e


então minha boca estava na dele e minha língua deslizou
entre os seus lábios. Nossas bocas se moviam uma na outra,
as nossas línguas se entrelaçavam suavemente. Eu me
esfreguei um pouco em seu colo até que o senti ficar duro
debaixo de mim. Nem me importava que parecesse
desesperada. Noah sabia por que estava com ele. Ele não
esperava conversa ou brincadeiras. Ele provavelmente
estava contente de começar a trabalhar rapidamente.

Animada pela excitação de Noah, o formigamento em


meu núcleo aumentou e me esfregava ainda mais nele.
Noah se afastou um pouco dos meus lábios, colocou
lentamente as mãos em minha bunda e apertou. Eu gemi no
delicioso formigamento que seu toque provocou em meu
núcleo. — Você quer que a toque?

— Sim — suspirei.

Noah me levantou do seu colo e me deitou no sofá ao


seu lado. Ele lentamente puxou a minha legging e acariciou
as minhas pernas, das panturrilhas até as coxas. As pontas dos
dedos tocaram em minha calcinha e arqueei meus quadris,
querendo sentir seu toque. Ele colocou os dedos sob minha
calcinha e então olhou para cima. A saia do meu vestido
ainda me cobria, por isso Noah não podia realmente ver a
minha parte mais íntima. — Posso? — Ele perguntou em voz
baixa.

Eu balancei a cabeça e levantei a bunda para que


Noah pudesse facilmente tirar minha calcinha. Eu escolhi uma
calcinha preta, a cor que normalmente usava, mas elas
tinham um pequeno laço. Eu sabia que queria que fizesse
sexo oral em mim, então tentei agradá-lo. Eu esperava que
gostasse, mas, como de costume, sua expressão não
demonstrava nada. Noah levantou primeiro um pé, depois o
outro para tirar minha calcinha e a deixasse de lado.
Pressionei os dedos no sofá, de repente nervosa. Noah já
havia me tocado lá ontem, mas me sentia mais vulnerável
nua. Ele me olhou, com a mão descansando levemente em
meus joelhos. Ele os massageou e seus olhos encontraram os
meus. Eu lhe dei um sorriso encorajador, então ele soube que
eu queria fazer isso. Ele passou as mãos, causando arrepios no
rastro.

Seu olhar atento nunca deixou o meu rosto,


provavelmente para se certificar de que não me deixaria
desconfortável. Ele lentamente afastou minhas pernas e senti
um de seus dedos levemente tocando em minha vagina.
Antes que alcançasse o meu clitóris, desviou e seguiu o vinco
da minha coxa. Eu tremi, ansiando pelo seu toque. Mordi o
lábio para me impedir de implorar por isso, pois realmente
seria muito embaraçoso.

— Eu a tocarei agora — disse suavemente e então


mergulhou seu dedo em minhas dobras. Eu gemi enquanto
movia o seu dedo para cima e para baixo, espalhando
minha umidade, mas nunca tocando meu clitóris.

Ele beijou meu joelho e então lambeu o local, ao mesmo


tempo em que tocou levemente em meu clitóris. Eu me
esfreguei nele, desesperada para colocar mais pressão, mas
ele voltou a me provocar. Ele arrastou sua boca até a minha
coxa, lentamente levantando meu vestido, revelando
centímetro a centímetro minha pele. Ele fez uma pausa com
os lábios na minha coxa, seu hálito quente em mim. Minha
saia ainda cobria meu centro, mas conseguia ver a sua mão,
que me acariciava levemente, deixando-me mais úmida
com cada toque do seu dedo. — Posso levantar a sua saia?
— perguntou asperamente.

Hesitei um momento. E se ele não gostasse de mim lá


embaixo? Não seja ridícula. Mesmo se fosse o caso, ele não
demonstraria. Ele era um profissional, apesar de tudo. — OK.

Noah levantou a saia, me deixando nua a seus olhos. O


ar frio bateu em minha carne aquecida e, de alguma forma,
meu núcleo apertou com excitação. Eu queria gozar,
precisava gozar.

Noah olhou para mim, mas antes que me sentisse


autoconsciente, ele abriu meus lábios inferiores com os
polegares, e então deu uma lambida lenta em minha fenda
da minha abertura até o meu clitóris. Segurei no sofá,
ofegante enquanto a luxúria me atravessava. Ele pressionou
sua língua na minha protuberância sensível, então circulou
lentamente. Ele parou e endureci, querendo que continuasse.
— Você gosta disso? — perguntou com voz rouca.

— Sim. — Deus, sim.

Ele pegou meu clitóris entre os lábios e sugou


suavemente. As sensações eram indescritíveis. Eu me sentia
feliz por ter a chance de experimentar isso. Eu fechei os olhos
enquanto ele alternava sucção e lambidas com sua língua
quente e maravilhosamente hábil. Os sons que escapavam
de meus lábios eram desconhecidos e necessitados, mas não
conseguia parar e não me importava. A língua e os lábios de
Noah em minha carne aquecida afastaram minha hesitação.
Eu me contorcia e me contraía enquanto ele sugava meu
clitóris e então, lentamente, lambeu minha abertura e
mergulhou sua língua em mim.

— Oh, Deus — engasguei. Comecei a tremer. Noah


começou a me foder com a sua língua em um ritmo lento e
finalmente, quando seu polegar roçou meu clitóris, eu gozei.
Meu orgasmo me atingiu uma força incontrolável e gritei,
meus dedos emaranharam no cabelo de Noah. Eu tremia e
ofegava enquanto meu corpo inteiro foi inundado com
prazer. Noah lambeu, beijou e chupou até meu orgasmo
diminuir. Eu me perguntava se sexo oral era sempre tão bom,
ou se Noah era apenas incrivelmente bom no que fazia. Eu
estava deitada no sofá, arfando para respirar e atordoada,
enquanto ele sentou e pegou um lenço de papel para limpar
a boca. Eu estava muito oprimida pelas sensações para
sentir-me envergonhada pela visão. Noah sorriu para mim. —
Foi bom?

Era uma pergunta retórica, tinha que ser. Ele podia ver o
quanto gostei do que havia feito. — Muito melhor do que
bom. Acho que não existe uma palavra para descrever o
quanto foi bom.

Noah riu. — Eu tomarei isso como um elogio.


— Foi um elogio. Você é muito bom em seu trabalho.

— Só muito bom? — disse em tom de brincadeira.

— Agora você quer confete — disse, sorrindo. — Mas


você está certo. Você não é apenas muito bom. Você é
maravilhoso.

Ele balançou a cabeça, então deitou ao meu lado. —


Então, existe outra coisa que gostaria de fazer hoje?

Noah era sempre profissional, mas isso é o que eu queria,


então não podia reclamar. Claro que havia mais coisas que
queria fazer. — Eu quero vê-lo nu e também quero tocar
tocá-lo...

Era estranho expressar meus desejos abertamente. Mas


Noah não parecia importar-se com o meu pedido de tocá-lo.
— Aqui? Ou lá em cima?

— Aqui. Da próxima vez podemos ir lá em cima. — Se


Noah achou minhas condições ridículas, não deixou
transparecer.

Ele se levantou, depois olhou para mim. — Você quer


que eu me dispa ou você quer ajudar?

— Se dispa. Da próxima vez ajudarei. — Parecia que


comigo seria sempre na próxima vez.

Noah puxou a camisa sobre a cabeça, revelando sua


pele bronzeada e um corpo maravilhoso. Uma fina trilha de
cabelo loiro escuro desapareceu no cós da calça jeans. Eu
queria segui-lo com meus lábios.

Sem tirar os olhos de mim, Noah abaixou o zíper,


revelando uma cueca preta que abraçava seus quadris e a
grande protuberância de seu pênis. Lutei contra a vontade
de me aproximar e passar meus dedos sobre ele. Em vez
disso, me sentei e recostei-me para apreciar a vista. Noah
sorriu. Ele enfiou os dedos em sua cueca e abaixou-a e então
ficou diante de mim completamente nu. Ele estava meio
ereto. Estendi a mão, mas hesitei alguns centímetros da sua
ereção. — Posso te tocar?

Noah sorriu. — Em um segundo. Preciso colocar um


preservativo.

— Oh, claro. — Havia me esquecido da política da


agência. Noah colocou uma camisinha rapidamente e assim
que tive permissão para tocá-lo, estava totalmente ereto.
Levantei-me e passei minhas mãos sobre o peito, apreciando
a sensação de sua pele quente. Eu toquei meus dedos em
seus mamilos e eles endureceram instantaneamente. Eu
sempre me perguntei se os homens gostavam que tocassem
os seus mamilos tanto quanto as mulheres. Pela reação de
Noah, a resposta parecia ser sim. Eu realmente precisava
deixar minha timidez de lado e me despir diante de Noah
para que ele realmente cuidasse dos meus seios. Senti um
pequeno tremor com o pensamento. Voltando à tarefa em
mãos, me inclinei e beijei o seu peito, em seguida, lambi seus
mamilos. Ele não protestou, então assumi que era bom tocá-
lo e beijá-lo assim. Passei minha língua sobre seu mamilo
novamente e ele soltou um suspiro baixo. Sua ereção se
contraiu entre nós. Não me preocupando em esconder meu
sorriso, acariciei seu abdômen, e então passei meus dedos
até que se curvaram ao redor sua ereção coberta de
preservativo. Ele estava incrivelmente duro e quente. Eu
acariciei para cima e para baixo algumas vezes, em seguida,
olhou para o seu rosto. Ele me olhou com os olhos
semicerrados.

— Estou fazendo certo? Ou deveria fazer outra coisa?

— Você pode apertar com mais força e segurar minhas


bolas se quiser.

Apertei seu pau com mais força e o bombeei mais


rápido. Ao mesmo tempo, abaixei minha outra mão para
suas bolas e as segurei. Elas eram suaves e, quando as
massageava, o pau de Noah parecia endurecer ainda mais
nos meus dedos. Acariciei sua ereção forte e rápida
enquanto massageava suas bolas. Depois de um tempo,
todo o corpo de Noah ficou tenso sob minhas mãos, como se
seus músculos fossem explodir a qualquer momento. Então,
soltou um gemido baixo e estremeceu algumas vezes. Seu
preservativo ficou cheio com seu esperma. Noah fechou a
mão sobre a sua base e deixei-o ir e vi quando tirou o
preservativo.
— Eu preciso me limpar. Voltarei em um minuto. — Ele
caminhou rapidamente ao banheiro, me dando uma visão
perfeita de seu traseiro firme.

Uma estranha sensação de realização me encheu. Eu


finalmente fiz um cara gozar. Próximo passo: perder minha
virgindade e fazer oral em Noah. Eu realmente desejei que
pudesse tocá-lo sem o preservativo, mas entendo que
cumpria a política da agência.

Ele não se incomodou de envolver uma toalha ao redor


de sua cintura para se cobrir quando voltou. Seu pênis não
estava mais ereto, mas ainda era impressionante e queria
tocá-lo novamente. Noah sorriu quando notou os olhos sobre
ele. Eu percebi que ainda não havia colocado a minha
calcinha de volta. Eu poderia pedir-lhe para me tocar
novamente? Noah se sentou no sofá ao meu lado. — Você
quer que vista minhas roupas?

Eu balancei minha cabeça. — Não, não me importo.


Quer dizer, eu realmente gosto de olhar para você. — Um
rubor penetrou em minhas bochechas. Será que isso nunca
ficará mais fácil?

— Gostaria de gozar? — Noah abordou o assunto com


naturalidade.

— Não, hoje não. Eu não acho que eu posso gozar


novamente.

Noah ergueu as sobrancelhas. — Eu aposto que pode.


Eu sorri. Ele era o único com experiência, então tinha que
confiar nele, mas me senti completamente satisfeita. — Pode
ser. Mas ainda haverá uma próxima vez. Ainda temos duas
sessões, né?

Noah balançou a cabeça e por um momento, meu


coração despencou. — Nosso primeiro encontro não conta.
Nós só discutimos os fundamentos de nosso acordo.

— Realmente? Você tem certeza? — Eu não mencionei


que nos beijamos durante esse primeiro encontro. Se Noah
não queria contá-lo, não tentaria convencê-lo do contrário.
Fiquei contente que teríamos um pouco mais de tempo
juntos. — Então, mais três sessões?

— Exatamente — disse ele. Ele não parecia se importar


de me ver novamente ou talvez estivesse lendo muito em sua
expressão. Eu pisava em um terreno perigoso.

Coloquei minha calcinha. — Eu provavelmente deveria


ir. Está ficando tarde.

Noah se levantou. — Gostaria de fazer algo mais na


próxima vez?

— Algo mais?

— Pegar algo para comer em um restaurante ou ir a um


museu, antes de virmos para o meu apartamento.

Eu considerei isso. Eu adoraria passar mais tempo com


Noah, mas me preocupo que minhas emoções fiquem
confusas se agirmos como duas pessoas saindo. Noah era
agradável, charmoso, de boa aparência, e perigosamente
parecido com um homem que imaginaria ter em meu futuro.
Eu precisava impor limites estritos. E se alguém nos visse? Seria
difícil explicar para os meus pais ou ex-amigos da escola. —
Não, prefiro encontrá-lo em seu apartamento novamente.

Tinha a sensação de que Noah podia adivinhar alguns


dos meus pensamentos, mas não fez perguntas. — Certo.
Amanhã, então?

— Perfeito.

Ele me acompanhou até a porta e me deu um beijo no


rosto antes de sair. Eu tentei ignorar a maneira como meu
coração bateu descompassado quando ele fez isso.
Capítulo Cinco
Amy
Durante a sessão seguinte, Noah me deu prazer
oralmente novamente e depois deitei em seus braços no
sofá, ofegante e feliz.

— Talvez devêssemos discutir as suas expectativas para a


sua primeira vez — disse Noah casualmente enquanto
acariciava meu braço. Eu ainda estava usando meu vestido,
mas sem calcinha. Noah provavelmente pensava que era
estranha porque tinha vergonha de ficar nua na sua frente.

— Quero que seja bom.

Noah riu. — Bem, eu esperava um pouco mais. Como


quer que eu aja?

Eu pensei que era óbvio. — Gentil?

A mão de Noah no meu braço acalmou e suas


sobrancelhas arquearam. — Claro. Nós faremos lenta e
suavemente como precisa de mim para. Mas você tem
alguma posição na mente? Um lugar onde queria que
acontecesse?

— Eu acho que em sua cama seria um bom lugar e eu


quero você em cima — disse, sentindo minhas bochechas
esquentarem, mas Noah apenas assentiu. Isso era normal
para ele. Ele definitivamente não tinha problemas para falar
sobre sexo.

— Bom. É assim que faremos então. — Ele olhou para


minha boceta exposta. Ele passou a mão pelo meu braço,
lateral e quadril até que a descansou em minha coxa. — Nós
ainda temos algum tempo. Existe alguma coisa que gostaria
de fazer hoje?

Eu hesitei. A primeira coisa que passou pela minha mente


me fez sentir como se fosse algo que não pudesse pedir.

— Você pode me dizer o que quiser. Nós ainda temos


algum tempo.

Evitei os seus olhos. — Eu pensei que talvez pudéssemos


fazer no chuveiro? Eu sei que não estava na minha lista, mas
acho que é algo que prefiro fazer a beijar na chuva. — Eu
fechei meus lábios. Eu divagava. Esperei ansiosamente por
sua resposta.

— Claro. Sem problema. Meu banheiro é no andar de


cima. — Ele levantou e pegou suas roupas do chão, mas não
se incomodou em colocá-las. Ele fez uma pausa, olhando
para mim.

— Tudo bem para você? — perguntei enquanto me


levantava e rapidamente pegava minha calcinha.
Noah me deu um sorriso paciente. — Claro, Amy. Eu já
tomei banho com clientes antes. Não é nada demais. Eu
gostaria de tomar banho com você.

— Ah, certo. — Eu o segui e olhei rapidamente o seu


quarto. Cores claras, uma cama king size e vista para Nova
York. Mas não tive muito tempo para olhar ao redor, porque
Noah abriu a porta de seu banheiro. Havia uma enorme área
no chuveiro de vidro. Havia também uma grande banheira.
Talvez durante uma de nossas próximas sessões, poderemos
usar a banheira. Noah estendeu a mão, ligou a água do
chuveiro e então ele me olhou. Ele estava totalmente nu e já
meio ereto. Eu me perguntava se um homem normal possuía
a mesma resistência.

Hesitei no meio do banheiro. Eu precisava me despir, mas


de alguma forma o pensamento de me despir na frente de
Noah me deixou imóvel. Ele andou até mim e gentilmente
descansou as mãos sobre meus ombros. — Você quer que a
dispa?

Eu balancei a cabeça rapidamente. Noah passou as


palmas das suas mãos nas minhas laterais, deixando-me
formigando e doendo por mais. Ele segurou a barra do meu
vestido e, lentamente, levantou-o. Quando levantei meus
braços, ele tirou o vestido por cima da minha cabeça e
colocou-o na beira da banheira. Eu estava completamente
nua e precisei reprimir o desejo de cruzar os braços. Os olhos
de Noah viajaram sobre o meu corpo, então retornaram para
o meu rosto. — Você não tem nada para se envergonhar,
Amy. Eu gosto do seu corpo.

Eu procurei um sinal de desonestidade em seus olhos,


mas não encontrei. Meus mamilos arrepiaram pelo ar fresco e
o olhar de Noah foi atraído para eles. Seus olhos pareceram
escurecer. Eu desejei entender melhor suas reações, desejei
poder conhecê-lo melhor. Ele me olhou novamente e desejei
que me ver nua tivesse alguma parte nisso, mas não me
atrevi a perguntar. Ele colocou suas mãos em minha cintura.
De lá, tocou suavemente com seus dedos até roçar a parte
inferior dos meus seios. Ele esfregou os dedos em meus
mamilos e soltei um gemido suave. Seus olhos estavam fixos
em mim enquanto apertava meus mamilos entre dois dedos
até que estava ofegante e com uma dor torturante entre as
minhas pernas.

Noah indicou o chuveiro com a cabeça. — Você está


pronta para entrar agora?

Eu estava pronta para um monte de coisas agora. Eu


sorri. Noah entrou no chuveiro, em seguida, abriu os braços
em convite. Entrei no chuveiro, de repente, não mais nervosa.
Fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios nos dele. Nós
nos beijamos sob a água morna e Noah acariciou meus seios,
suas mãos eram quentes e suaves, mas sabia exatamente
como e onde me tocar para me deixar mais dolorida. Eu
gemia em sua boca, precisando sentir seus dedos entre as
pernas. Eu me inclinei nele. Sua ereção tocava meu
estômago, dura e insistente. Antes que pudesse pensar em
qualquer outra coisa, passei meus dedos ao redor de seu
pênis e comecei a acariciar. Então congelei. Eu não deveria
tocá-lo sem preservativo. — Sinto muito! — Eu soltei e tirei
minha mão.

Noah ficou me olhando com os olhos semicerrados. —


Qual o problema?

— Você não está usando preservativo. Eu pensei que


não podia te tocar sem proteção.

— Nós estamos no chuveiro. Nós ficaremos bem.

Eu me perguntei se isso era política da agência


realmente ou se ele estava fazendo uma exceção para mim,
porque eu era a cunhada de Charles. Rapidamente bani o
pensamento antes que estragasse meu humor. Ao invés disso,
envolvi minha mão ao redor do pênis de Noah novamente,
apreciando sua maciez. Eu acariciava-lhe firmemente da
mesma maneira que ele brincou meus seios. Lentamente, ele
passou uma mão pelo meu estômago e me tocou. Eu gemi
em sua boca e me pressionei mais firmemente em sua mão.
Eu nunca teria o suficiente de sua proximidade. Ele passou o
dedo ao longo da minha fenda, espalhando meus sucos e
enviando arrepios de prazer por todo meu corpo. Noah
beijou do meu pescoço até meu ouvido e então sussurrou —
Você gostaria que eu fizesse oral em você aqui?
— Sim — disse com a voz rouca. Noah não hesitou. Ele se
ajoelhou diante de mim, colocou uma palma sob a minha
panturrilha esquerda e levantou minha perna e a descansou
sobre o ombro, me deixando aberta para ele. Eu me encostei
no azulejo frio, tremendo de antecipação. Noah olhou para
mim e lentamente aproximou sua boca de meu centro.
Lambi meus lábios e seus olhos seguiram o movimento com
um olhar intenso antes que finalmente colocasse sua boca
em mim. Ele salpicou meu centro com alguns beijos, então
tocou o meu clitóris com sua língua. Mordi o lábio inferior para
não soltar um suspiro de prazer, não que alguém pudesse
escutar, mas ainda estava consciente dos sons que fazia.

A sensação da água quente sobre a minha pele nua e


língua de Noah circulando meu clitóris foi incrível. — Você
gosta disso? — murmurou, e eu pude apenas acenar. Com
um sorriso, ele fechou a boca sobre minha protuberância e
aplicou uma leve pressão antes de começar a sugar. Enfiei
meus dedos em seu cabelo molhado. Eu estava quase
gozando, mas Noah parecia não ter nenhuma intenção de
me deixar gozar rapidamente. Ele se afastou, apesar da
minha mão tentar mantê-lo no lugar. Ele era muito forte para
mim. Ele começou a lamber o comprimento da minha fenda,
alternando entre movimentos rápidos e firmes, e lambidas
lentas e suaves.

Os sons que escapavam de meus lábios eram altos e


necessitados e pareciam estimular Noah ainda mais. Ele
arrastou uma mão pela minha perna e passou os dedos sobre
minhas dobras sensíveis. Ele cutucou a minha abertura com a
ponta do dedo e começou a circular lentamente. Eu estava
à beira de um orgasmo quando ele se afastou novamente. —
Eu colocarei um dedo em você, ok?

Eu estava perdida demais nas sensações para me


importar. — Ok.

Ele começou a chupar meu clitóris novamente e, ao


mesmo tempo, deslizou um dedo em mim. Ele deslizou sem
problemas e eu explodi com prazer enquanto o meu
orgasmo me atingiu. Eu joguei minha cabeça para trás,
contente que o som do chuveiro abafou a maioria dos meus
gemidos e gritos. Noah continuou bombeando seu dedo em
mim, me ajudando a desfrutar dos últimos arrepios de prazer.
Ele se endireitou, ficando de pé. Ele procurou meu rosto. —
Foi bom para você?

Eu sorri, cansada. — Isso foi perfeito. Definitivamente


melhor do que um beijo na chuva.

Ele riu. — Estou feliz que esteja satisfeita com os meus


serviços.

Por alguns momentos, ficamos simplesmente olhando um


para o outro e nenhum de nós se moveu. Então, meu olhar
caiu sobre a ereção de Noah. — Você quer que eu...? — Eu
parei.

— Faça o que quiser.


Claro que eu queria tocá-lo novamente. Parecia que
não me cansava de tocá-lo. Passei meus dedos levemente
pelo seu comprimento. Noah não se moveu, mas podia sentir
seus olhos em mim. Será que ele queria que fizesse outra
coisa? Mas ele disse para fazer o que quisesse, quando lhe
perguntei novamente. Esse era o problema com o nosso
acordo. Ele nunca diria se eu fizesse algo errado ou revelaria
seus desejos. Aumentei meu aperto ao redor de sua ereção e
comecei a esfregá-lo enquanto segurei suas bolas e as
massageava.

Logo a respiração de Noah acelerou e os músculos de


seu abdômen ficaram tensos. Quando passei meu polegar na
ponta, ele fez um som baixo em sua garganta e gozou. Eu
assisti com fascínio. A água lavou tudo antes que tivesse a
chance de dar uma olhada mais de perto ou sentir, o que foi
provavelmente melhor.

Noah deu um passo para trás e começou a lavar-se. Eu


rapidamente fiz o mesmo. Nós não falamos enquanto nos
limpávamos. Noah finalmente abriu o armário e pegou duas
toalhas. Ele esperou que eu saísse do chuveiro antes de
entregá-la para mim. Agora que terminamos, vi a expressão
empresarial de Noah retornar. — Você ficou satisfeita com a
nossa sessão de hoje? — Ele começou a secar seu cabelo
com a toalha e tentei observá-lo sem ser demasiadamente
óbvia. Ele parecia adorável com seu cabelo bagunçado. Se
fôssemos um casal, eu teria colocado meus dedos nele, mas
agora que tratávamos de negócios do nosso acordo isso
parecia errado. De repente, o limite que eu impus no início
parecia um fardo que queria desesperadamente vencer.

— Tudo estava bom — disse simplesmente. Eu coloquei


minha calcinha e meu vestido, não querendo ficar nua. Noah
colocou sua cueca e calça, mas não se incomodou com
uma camisa. Não que me importasse.

— Então, quando podemos agendar nossa próxima


reunião? — perguntei. Algo parecia estranho, ou talvez fosse
coisa da minha cabeça. Isso era uma reunião de negócios se
fosse honesta comigo mesma. A distância entre Noah e eu
era algo natural.

— Eu tenho uma sessão com outra cliente agendada


para amanhã, mas se quiser, podemos nos encontrar antes.

— Não — falei rapidamente, então fiz uma careta pela


maneira horrorizada como soou. Mas o pensamento de Noah
com outra cliente depois de nossa sessão embrulhou meu
estômago. Eu não conseguiria pensar em nada, somente na
outra mulher durante a nossa sessão.

Noah franziu suas sobrancelhas, mas não fez comentários


sobre o meu óbvio desconforto. — Que tal quinta-feira?

Isso seria daqui há três dias. Será que ele tem clientes em
todos os outros dias?
— Terei dois dias de folga — disse ele calmamente, como
se pudesse ler minha mente. Eu era tão óbvia?

— Oh, com certeza. — Este era o seu trabalho. Claro que


ele tinha dias livres também. Eu era uma idiota. — Quinta-feira
está ótimo.

— Seis horas novamente? — Ele me levou para fora do


banheiro e no andar de baixo.

— Parece bom. — Fiz uma pausa. — Da próxima vez


acho que gostaria de ir até o fim.

Surpresa passou pelo rosto de Noah, mas desapareceu


imediatamente. — Claro. Nós faremos isso. Talvez devêssemos
planejar mais tempo, então.

— Quatro horas não são suficientes? — perguntei, entre


risos.

Noah estremeceu seus lábios. — Bem, acho que são,


mas apenas por precaução vou anotar a noite inteira na
agenda.

— Bom — disse, então fiquei ao lado da porta da frente.


— Obrigado por hoje.

— Não precisa agradecer — disse Noah. Suas mãos


estavam nos bolsos e meus olhos pousaram em seu lindo
peito lindo por um momento mais antes de abrir a porta. — Te
vejo quinta-feira.
Noah assentiu com a cabeça, com um olhar estranho
em seu rosto. Eu não sabia o que significava. Me virei antes
que as coisas ficassem mais complicadas.
Capítulo Seis
Noah
Estava agradecido que Rebecca adorava transar no
estilo cachorrinho. Dessa forma, não precisava prestar
atenção em minha expressão enquanto a fodia. Teria sido
complicado esconder o quanto estava distraído se ela visse
meu rosto. Toda vez que meu pau entrava dela, imaginava
que era boceta de Amy. Mal podia esperar para a nossa
próxima sessão e me lamentava que não havia marcado
antes.

Nunca me importei em lamber a boceta de uma mulher


e era muito bom nisso, como a maioria das minhas clientes
confirmariam, mas nunca gostei tanto quanto com Amy. Eu
amei o seu gosto e sua capacidade de resposta. Eu estava
feliz que ela não sabia que normalmente usava Dental Dam 5
quando fazia sexo oral nas outras mulheres. Charles
definitivamente não discutiria o assunto com ela. Eu não tinha
certeza porque resolvi não usar, mas não me arrependi. Eu
amei ter a minha língua em seu calor escorregadio, prová-la,
comê-la com a minha língua.

Rebecca gritou debaixo de mim e com algumas


imagens de Amy em minha mente, me forcei a gozar depois

5 Um quadrado fino de látex usado para evitar a propagação de doenças sexualmente


transmissíveis durante o sexo oral.
de mais alguns golpes, então saí dela. Felizmente Rebecca
não era uma das clientes que esperava qualquer tipo de
afago após o sexo. Ela preferia ir embora assim que
terminasse. Isso era ótimo pra mim.

Shane e eu combinamos de nos encontrar em nosso bar


favorito em Brooklyn e ele já me esperava em nossa mesa
habitual quando cheguei.

— Então, como vão as coisas entre você e Amy? —


perguntou antes que sequer me sentasse. Olhei para ele e foi
ótimo que a garçonete escolheu o momento para anotar o
meu pedido. Assim que ela saiu, Shane já esperava pela
resposta, é claro.

— Eu não vi Amy hoje. Tinha uma sessão com Rebecca.

— A mulher-bunda.

Revirei os olhos para ele.

— É por isso que parece tão triste. Você não se


encontrou com a sua pequena virgem.

Eu estava feliz com o meu Martini e tomei um grande


gole. — Ela é uma cliente como outra qualquer.
— Claro. É por isso que você está quebrando as regras
da agência.

Por que contei a ele que não usei Dental Dam? Claro
que nunca me deixaria esquecer isso. — Como se você
nunca tivesse feito isso.

— Só se uma mulher quiser que eu goze em sua boca. Eu


sempre uso Dental Dam.

— Amy não tem nenhuma doença. Eu sou o seu primeiro


em tudo. — Novamente senti em meu peito uma sensação
estranha de orgulho e emoção com o pensamento.

Shane balançou a cabeça. — Você está se envolvendo


muito.

— Eu não. Ela é uma cliente. Temos mais duas sessões e


então nunca mais a verei novamente.

— Veremos — disse Shane simplesmente.

Eu pedi um segundo Martini. Eu realmente precisava ficar


bêbado ou começaria pensar demais em tudo. Em dois dias
tiraria a virgindade de Amy e então essa ansiedade que
sentia sempre que pensava nela desapareceria.
Amy
Foi bom ter aceitado fazer compras com Leah. Eu
precisava de distração. Saber que Noah estava com outra
cliente hoje me deixaria louca sem Leah. Na verdade, ainda
me deixava. Eu não tinha certeza do por que. Eu estava
atraída por ele. Eu estava desde o início. Foi por isso que o
escolhi, em primeiro lugar, mas me preocupava que a
atração se tornou mais forte.

— Terra para Amy. Você escutou uma palavra do que


disse? — Leah perguntou, com as sobrancelhas arqueadas.

— Desculpa. Eu não escutei.

Leah apontou para uma loja de lingerie. — Eu quero um


sutiã novo.

— Claro — disse. — Acho que quero comprar algumas


coisas para mim também.

Leah me deu um olhar curioso. — Para Noah? — Havia


algo em sua voz que não conseguia identificar que me
deixou desconfortável.

— Claro que não. Eu só quero ficar mais bonita. Noah


não se importa com o que uso — disse casualmente,
enquanto caminhávamos para a loja.

Leah não parou de me observando. — Mas você quer


que ele se importe?
Decidi ignorar a pergunta de Leah e fui direto a um
display de lingeries com babados. Até agora nunca pensei
comprar roupas extravagantes. Nunca houve qualquer razão
para isso. Sutiãs e calcinhas pretas simples sempre cumpriram
o seu propósito. Estendi a mão para lingerie rosa claro.
Segurei-a em meu corpo e olhei no espelho.

Leah apareceu atrás de mim com um sorriso suave. —


Isso ficará bonito em você. Por que não experimenta?

— Ok. — Eu estava feliz que não perguntou sobre Noah


novamente. O vendedor nos levou aos provadores na parte
de trás. Eu fui para o primeiro e rapidamente fechei a cortina
antes que Leah decidisse entrar comigo. Hesitei um pouco
com uma lingerie cheia de babados em minha mão. Talvez
não devesse me preocupar com isso. Noah nem perceberia e
não havia mais ninguém que a veria. E a lingerie
provavelmente sequer ficaria bem em mim.

— Amy, tudo bem aí?

— Sim. Só mais um momento.

— Eu realmente quero te ver.

— Eu não me troquei ainda. — Com um suspiro, eu


comecei a me despir e, em seguida, colocar a lingerie. Fiquei
surpresa quando me vi no espelho. O sutiã teve um ligeiro
efeito push-up e fez meus seios parecem ótimos. O
acabamento de renda das taças era perfeito.
— Amy?

Leah realmente sabia como ser chata. Ela colocou a


cabeça pelo vão da cortina e me analisou. — Você está
maravilhosa — disse com admiração.

— Eu estou muito magra — disse.

— Você não está. A maioria das garotas mataria para ter


um corpo como o seu. — Eu lhe lancei um olhar. Nós duas
sabíamos que não era exatamente verdade. Meus seios e
quadris eram quase inexistentes. Nada que animaria. Isso era
certo.

Eu me virei para olhar todos os meus ângulos. O que


Noah pensaria quando me visse com uma lingerie como
esta? Será que pensaria que tentava impressioná-lo? Será
que me acharia ridícula?

Leah entrou no provador, segurou meus ombros e me


virou para encará-la. — Seja honesta. Isso é por causa de
Noah, certo?

Eu conhecia o seu olhar. — Eu quero ter uma boa


aparência. Isso é normal. As pessoas que vão à procura de
um caso de uma noite certificam-se de que tenham uma boa
aparência também. Então, por favor, não faça uma
tempestade em um copo d’água.

— Eu não estou fazendo tempestade em um copo


d’água. Só estou preocupada com você. Tenho a sensação
de que você está levando isso mais à sério do que pretendia
quando reservou os serviços de Noah.

Eu bufei. — Quero ficar bonita para uma cara atraente.

— OK. Mas não se esqueça que Noah é um


acompanhante. É apenas um trabalho para ele. Não importa
o quão bom ele seja, é apenas parte do serviço namorado.

Eu me afastei de Leah. Eu tentei manter meu rosto neutro


para que não percebesse o quanto suas palavras doeram. —
Eu sei disso. Não sou estúpida. Eu nunca quis envolver
emoções. É por isso que contratei um acompanhante. Você
poderia, por favor, parar o interrogatório agora?

Leah assentiu com a cabeça, mas sabia que ela não


deixaria o assunto morrer.

— Eu comprarei isso — disse, apontando para a lingerie.


— Você não queria comprar um sutiã?

Ela pegou minha dica. Com um sorriso, saiu do provador.


Soltei um suspiro. Eu sabia que Leah se importava comigo,
mas não queria pensar muito sobre as minhas estranhas
emoções sobre Noah. Quinta-feira seria o grande dia. Eu
finalmente perderia minha virgindade, depois veria Noah
apenas mais uma vez e então tudo acabaria.
Capítulo Sete
Amy
Eu nunca estive tão nervosa em minha vida. Meu sorriso
estava apertado quando saí do elevador e caminhei em
direção a Noah que me esperava na porta de seu
apartamento. Eu escolhi um dos meus vestidos mais bonitos,
mas estava ainda mais animada com o que usava por baixo.

Os olhos de Noah procuraram meu rosto quando me


levou para seu apartamento. — Você parece bem.

— Obrigada. — Olhei em direção à mesa de jantar, que


estava preparada para duas pessoas e o forno, que estava
ligado. Um delicioso cheiro de manjericão, tomates e queijo
encheu o meu nariz. — Você cozinhou? — perguntei,
surpresa.

Noah sorriu. — Sim. Eu pensei que seria uma boa maneira


de começar a nossa noite.

— Isso é muito atencioso com você. — Eu não estava


exatamente com fome. Eu estava muito nervosa, mas não
diria a Noah, não depois que ele preparou tudo com tanto
esmero.

— Por que não se senta? Eu fiz uma torta de queijo de


cabra com tomate. Espero que goste.
— Parece incrível — disse honestamente enquanto
sentava na cadeira Noah segurava para mim. — Eu achei
que você só fazia bife.

— É verdade, mas olhei umas receitas vegetarianas na


Internet e a torta parecia boa.

— Cheira bem também.

— Vamos ver se é boa. — disse Noah. Eu o vi caminhar


em direção ao forno. Sua parte de trás era tão boa para os
olhos como sua frente. De repente, me preocupei que minha
calcinha fizesse parecer como se estivesse tentando
impressionar. Ele sempre estava lindo. Como poderia
competir com isso?

Noah trouxe a torta e a colocou sobre a mesa. Ele a


cortou em pedaços e me entregou uma fatia, em seguida,
sentou-se na cadeira à minha frente. Eu provei um pedaço
da torta, apreciando o sabor delicioso.

Noah me olhava com esperança. — É boa?

— É incrível. E você? Gosta disso?

Noah provou um pedaço e seu rosto se transformou em


uma expressão de surpresa. — Muito bom. A única torta que
havia feito até agora foi uma com bacon, mas essa é muito
boa.

Eu só comi metade da minha fatia antes de abaixar meu


garfo. Meu estômago já estava agitado.
— Você terminou? — Noah perguntou suavemente.

— Sim, obrigada.

— Você gostaria de ir direto para o quarto ou prefere


começar no sofá?

Minha bochecha aqueceu, apesar do comportamento


tranqüilo de Noah. Eu sabia que era perfeitamente lógico
que perguntasse, mas ainda me deixou desconfortável. — Eu
acho que prefiro ir direto para o quarto.

— É claro — disse Noah calmamente. Ele se levantou da


cadeira e caminhou ao redor da mesa em minha direção. Ele
estendeu a mão. Segurei-a e parei, tentando esconder o
nervosismo. — Você não quer limpar a mesa antes?

— Isso pode esperar até mais tarde, a menos que prefira


gastar um pouco mais tempo fazendo outras coisas. — Ele
sabia que estava nervosa.

— Não, não. Vamos lá para cima.

Sem outra palavra, Noah me levou até a escada em


direção ao seu quarto. Ele parou na frente da cama e soltou
minha mão, olhando meu rosto. — Nós podemos fazer o que
quiser hoje, você sabe disso?

— Sim, claro — disse, tentando soar casual.

— Como você gostaria de começar?


— Talvez pudéssemos deitar e começar com alguns
beijos e proceder a partir daí? — Deus, isso não poderia ter
soado menos romântico, mas é o que queria, então não
havia nenhuma razão para perder o que eu não queria em
primeiro lugar.

Noah assentiu. Ele sentou-se na cabeceira da cama e


indicou o local ao seu lado com uma expressão
encorajadora. Eu não pude deixar de sorrir. Eu tirei minhas
sapatilhas e subi na cama. Noah passou o braço ao redor da
minha cintura e me puxou para o colchão com ele. Seus
lábios estavam pressionados nos meus, então se afastou. —
Tudo bem para você?

— Sim, você não tem que me perguntar. Eu te direi se eu


ficar desconfortável com algo que você fizer.

— Bom — murmurou, então sua boca estava novamente


em mim e sua língua deslizou entre meus lábios para dançar
com a minha. Passei a mão pelo cabelo e coloquei minha
perna sobre o seu quadril, querendo estar tão perto dele
quanto possível. Eu amei a sensação de seu corpo forte no
meu. Colocou a mão em minha cintura e gentilmente
começou a me massagear. Meu nervosismo foi rapidamente
dissipado por desejo e excitação. Esfreguei meu núcleo no
quadril de Noah. Ele moveu a mão até a minha bunda e
apertou. Eu gemi em seus lábios, então me afastei. — Eu
preciso de mais.
Um sorriso apareceu no rosto de Noah. — Isso é bom. —
Sua voz era profunda e um pouco mais rouca, e senti um
arrepio maravilhoso em minhas costas quando o escutei. —
Por que não te tiramos desse vestido?

Ajoelhei-me na cama levantei meus braços com o que


eu esperava que fosse uma expressão travessa. Noah roçou
os dedos em minhas coxas até que tocou na beira do meu
vestido. Ele lentamente o puxou para cima e sobre a cabeça.
Excitação apertou meu estômago quando olhei para Noah
para ver sua reação. Seus olhos estavam focados em minha
nova lingerie. Ele estendeu a mão e tocou nos babados de
minha calcinha, mas não tocou onde realmente precisava
dele.

— Você gosta da lingerie?

— Sim. — Ele me olhou. — É nova?

— Eu comprei há alguns dias atrás.

— Para mim?

Fiquei quieta. Não esperava essa pergunta. Eu considerei


mentir, mas depois decidi que não. — Bem, sim. Você é o
único que a verá.

Seu rosto ficou imóvel. Será que eu disse alguma coisa


errada? — Tenho certeza de que haverá outros depois de
mim. Você ainda é jovem.
— Não, não haverá outros. É por isso que escolhi fazer
isso. Não quero correr o risco de ter uma ligação emocional
quando poderia morrer dentro de alguns anos. — me encolhi
pela forma como pareci insensível, considerando que tinha
certeza que estava emocionalmente envolvida neste, apesar
das minhas melhores intenções.

Noah olhou para longe. Isto, provavelmente, o deixou


desconfortável. Falar sobre a morte não fazia parte de sua
descrição de trabalho. — Claro. — Ele olhou para mim com
sorriso novamente em seu rosto. Ele tocou em minha calcinha
novamente. —Você está linda nessa lingerie.

Linda? Será que ele realmente queria dizer isso? Ou era


parte do serviço namorado? Provavelmente, a última opção.
— Obrigada. Mas mal posso esperar para tirá-la — disse em
um tom de flerte.

Ele sorriu. — Oh, não se preocupe. Você a tirará em


breve, mas ainda não. — Ele me empurrou de volta na cama
e beijou minha garganta e meu decote. Eu amei cada
momento. A suavidade da cama debaixo de mim, a
sensação do corpo quente de Noah pressionado em mim,
seus lábios em minha pele. Ele passou a língua debaixo de
uma das taças de meu sutiã sem tocar meu mamilo. Eu
arqueei minhas costas e segurei a sua nuca, esperando que
recebesse a dica e realmente começasse a trabalhar. Ele riu.
— Por favor — eu gemi. Eu queria mais. Agora.
Ele passou uma mão debaixo da minha cintura e abriu
meu sutiã, então, puxou-o. Meus mamilos endureceram
imediatamente. Noah soprou-os suavemente, me fazendo
ofegar. Quem imaginava que um pouco de ar teria um efeito
tão adorável?

Lentamente passou a língua ao redor de meu mamilo.


Então, finalmente fechou os lábios e começou a chupá-lo. Eu
estava perdida em sensações. Apertei minhas pernas,
tentando aliviar a tensão que sentia. Ele levantou a outra
mão pela lateral de minha cintura e tocou as pontas dos
dedos na parte inferior do meu outro seio, então girou meu
mamilo entre os dedos, mantendo a sucção no outro. Seus
olhos estavam em mim o tempo todo e por algum motivo isso
que me excitou ainda mais. Eu me contorcia debaixo Noah.
— Mais.

Ele sorriu em meu peito, então, deixou um rastro de beijos


pelo meu estômago até o elástico de minha calcinha.
Ajoelhou-se entre as minhas pernas e beijou o meu centro
sobre o tecido da minha calcinha. — Noah — gemi. — Por
favor, tire a minha calcinha.

Ele colocou os dedos na cintura e abaixou-a muito


lentamente, em seguida, jogou-a no chão e me olhou
demoradamente, da cabeça aos pés com um olhar que me
fez arrepiar de prazer. Tentei me lembrar que isso também
fazia parte do serviço namorado, mas quando se abaixou
entre as minhas pernas e gentilmente mordeu o interior da
minha coxa, decidi esquecer esse detalhe. Então enfiou a
língua em minhas dobras e cada pensamento são que tinha,
fugiu minha mente.

Depois de alguns minutos de beijos e lambidas, Noah já


tinha me deixado no limite e então, quando chupou meu
clitóris, gozei, ofegando, gemendo e tremendo. Ele colocou
um dedo em mim, logo em seguida, um segundo. Eu fiquei
tensa brevemente, mas o meu corpo rapidamente se
acostumou com a sensação.

— Está tudo bem? — perguntou Noah com voz rouca


enquanto movia lentamente seus dedos para dentro e para
fora de mim. — Eu preciso esticá-la, ou será mais doloroso
quando fizermos sexo.

— Está tudo bem — disse sem fôlego, ainda me


recuperando do meu orgasmo e já sentindo o prazer em meu
núcleo novamente. Quantos orgasmos uma pessoa pode ter?

Noah se sentou e me olhou nos olhos. — Você está


pronto para a relação sexual agora?

Eu quase caí na gargalhada. — A relação sexual?

Os lábios de Noah estremeceram quando viu a minha


expressão. — Isso é um sim?

Fiquei contente que Noah tentava me fazer relaxar. Eu


balancei a cabeça em resposta, sentindo uma pequena
bolha de ansiedade em meu peito. Era isso. Eu perderia
minha virgindade com um acompanhante, um homem que
não tinha sentimentos por mim.

Noah se levantou e tirou sua camisa antes de soltar o


cinto e tirar sua calça também. Sua ereção estava lutando
em sua cueca. Ele abaixou sua cueca, fazendo seu pênis
pular. Nunca o vi tão duro. Ele parecia enorme. Será que ele
estava realmente excitado? Eu era a razão para isso?

Noah abriu uma gaveta em seu criado mudo e pegou


um preservativo. Ele o rasgou e então rolou lentamente em
sua ereção.

Lambi meus lábios nervosamente. Estava fazendo a coisa


certa? Talvez devesse esperar até nossa próxima sessão? Mas
se perdesse minha virgindade hoje, poderia tentar algumas
novas posições com Noah na próxima vez.

Noah se ajoelhou na cama, então se colocou


lentamente entre as minhas pernas, com os olhos atentos em
mim. Ele acariciou meus joelhos e minhas coxas e então
esfregou meu clitóris enquanto se abaixou em cima de mim
para me beijar. — Você tem certeza que quer isso? —
perguntou com voz rouca. Seu pênis estava pressionado em
minha coxa, quente e duro. Os dedos de Noah aceleraram
sobre o meu clitóris e já sentia que novamente gozaria.

Eu olhei nos olhos azuis pacientes de Noah, em seu rosto


calmo e sabia que queria que ele fosse o único. — Sim, eu
tenho certeza.
— Ok — disse, ainda com aquela voz rouca. Isso o
afetava? — Colocarei a ponta primeiro, então continuaremos
a partir daí. — Ele retirou a mão do meu clitóris e substituiu-a
pela cabeça de seu pênis. Ele a esfregou em mim algumas
vezes, me fazendo respirar profundamente. Era incrível,
mesmo com o preservativo.

Noah apoiou-se em seu antebraço e o guiou em minha


abertura. A pressão aumentou e então sua ponta avançou,
me enchendo. Eu engasguei com a intrusão. Noah levantou
sua outra mão e segurou meu rosto, com olhos preocupados
em mim. — Você pode me dizer se você mudar de idéia. Eu
posso tirar.

— Não, não é ruim. É apenas estranho.

Noah assentiu. — Eu colocarei mais alguns centímetros —


Ele mudou seus quadris e empurrou mais profundo em mim.
Fiquei tensa com o aumento da pressão e plenitude. Não era
exatamente doloroso, apenas desconfortável, mas tinha a
sensação de que ele não estava metade dentro.

— Tudo bem? — Disse Noah, com a sua mandíbula


apertada.

— Sim.

— Eu vou percorrer todo o caminho agora. Pode doer.

Foi um enorme eufemismo. Dor me atravessou quando


Noah entrou totalmente em mim. Enfiei os dedos em seus
ombros e apertei meus lábios. Eu me senti muito cheia e
esticada, mas a dor já diminuía. Ainda assim, me agarrei a
ele, tentando forçar o meu corpo relaxar.

Noah tinha acalmado acima de mim. Ele também


parecia que estava com dor. Embora por uma razão
diferente, eu assumi. — Sinto muito. Dói muito?

Eu me mexi, maravilhada com a sensação de ter o pênis


de Noah em mim. Eu realmente fiz. — Estou bem. Doeu um
pouco, mas está melhorando.

— Eu posso esperar o tempo que precisar. Diga-me


quando quiser que me mova novamente. — Ele acariciou
minha bochecha e testa levemente, com os olhos muito
quentes para alguém que estava tratando de negócios. Ele
agia como se realmente se importasse comigo. Será?

— Podemos beijar um pouco?

— É claro — disse Noah. Ele se inclinou e apertou seus


lábios nos meus. Eu amava seu gosto e o calor de sua boca.
Eu desejei que pudesse beijá-lo sempre que quisesse. Logo
senti um aperto doce aumentando em meu núcleo. Recuei
alguns centímetros. — Você pode se mexer agora.

Noah saiu alguns centímetros, então deslizou para


dentro. Cada vez se retirava um pouco mais até que apenas
a ponta permaneceu em meu canal apertado antes que
entrasse novamente em mim. Logo estabeleceu um ritmo
lento e constante. Os seus beijos e o atrito da sua pélvis em
meu clitóris enviavam deliciosos arrepios de prazer pelo meu
corpo. A testa de Noah ficou vincada com o que parecia
concentração e seu peito estava escorregadio de suor, mas
ele era gentil e lento, e não tirava os olhos de mim.

— Você acha que você pode gozar? — disse entre


grunhidos tranqüilos.

— Acho que sim. — Não tinha certeza. Não achava que


a pressão em meu clitóris era suficiente. Como se Noah
soubesse o que precisava, colocou a mão entre nós e
começou a circundar o meu clitóris com a ponta do dedo,
enquanto aumenta a velocidade de seus movimentos.

— Sim, assim é melhor — engasguei quando o prazer


começou a aumentar rapidamente. Noah inclinou a cabeça
sobre o peito e chupou meu mamilo e convulsionei. Meus
músculos internos apertaram o pênis de Noah com força
enquanto meu orgasmo correu através de mim.

Os movimentos de Noah tornaram-se irregulares e mais


fortes, mas não me importava. Eu flutuava em uma nuvem de
prazer. — Você quer que eu goze? — rosnou.

— Sim — sussurrei. Noah empurrou mais algumas vezes


em mim e seu corpo ficou tenso. Ele soltou uma respiração
áspera, seus empurrões abrandaram até que se acalmou
completamente. Depois de um momento, ele me olhou com
os olhos semicerrados. — Você está bem?

— Sim.
Noah acariciou minha bochecha antes que saísse de
mim, sua mão manteve o preservativo no lugar. Ele jogou fora
o preservativo, então deitou a meu lado. — Gostaria de
abraçar por um tempo?

Eu não pude deixar de rir. — Abraçar?

Noah sorriu e abriu os braços em convite. Eu me


pressionei em seu peito e ele passou os braços em volta de
mim. — Bom? — murmurou.

Eu concordei e descansei minha bochecha em seu


peito, saboreando a sensação do seu calor e seu cheiro
almiscarado.

— Então, era como você imaginava? — Os dedos de


Noah acariciavam meu braço de um modo perturbador.

— Sim. Foi realmente bom. — Teria sido melhor se eu


tivesse feito com alguém que me amava, ou pelo menos se
importava comigo, mas isso nunca foi uma opção, e Noah fez
tudo para me deixar confortável.

— Mas? — perguntou Noah em voz baixa. Ele estava


tenso novamente. Ele estava preocupado que reclamasse
com Charles sobre ele?

— Nenhum mas. Era o que eu esperava deste acordo.

— Gostaria de fazer novamente mais tarde?

Eu balancei a cabeça rapidamente. — Não, hoje não.


Durante a nossa próxima sessão, ainda haverá tempo para
isso. Eu só quero ficar aqui um pouco, se estiver tudo bem? —
Eu me afastei para olhar para o rosto de Noah. Ele parecia
relaxado e contente. Talvez estivesse nervoso sobre ter que
tirar a virgindade de uma cliente.

— Claro, está tudo bem para mim. Nós faremos o que


quiser.

Mordi o lábio. — Foi diferente para você dormir comigo


do que com as suas outras clientes?

O rosto de Noah parou. — Por que você pergunta?

— Quero dizer, porque eu era virgem? A sensação é


diferente?

— Você é muito apertada.

— Desculpe — disse, embaraçada.

Noah balançou a cabeça. — Isso não é algo ruim. As


sensações são mais fortes, então tenho que ser mais
cuidadoso para não gozar rápido.

— Ah, certo. — ri. — É por isso que você parecia tão


concentrado.

— Eu parecia? — Ele riu. Seus olhos dançaram com


humor e ele parecia incrivelmente adorável. Meu estômago
se contorceu.

Eu balancei a cabeça em silêncio, preocupada com a


reação do meu corpo.
— Então, quando você gostaria de agendar a nossa
próxima sessão? — perguntou Noah. Ele parecia realmente
ansioso para me ver novamente. Ou talvez só quisesse que a
coisa entre nós acabasse o mais rápido possível.

— Eu não sei. Vamos discutir isso mais tarde. Eu quero


relaxar por alguns minutos.

— Claro — disse Noah.

Eu afastei meu olhar e deitei de volta em seu peito e


coloquei a palma da mão. Senti-me bem assim. Se fosse
honesta, preferia esses momentos de paz após o sexo do que
o ato em si. Mas isso provavelmente porque era minha
primeira vez. Minhas pálpebras começaram a fechar. Eu
sabia que não podia ficar na cama de Noah por muito
tempo. Eu não era sua namorada. Não poderia passar a
noite, mas queria me deliciar com a nossa proximidade um
pouco mais, não importava o quão falso fosse.

Noah
Era bom ter Amy em meus braços. Eu ficava deitado
com algumas clientes. Muitas esperavam como parte do
serviço namorado, mas nunca gostei. Embora desta vez
tenha sido diferente. Ouvindo respiração ritmada de Amy e a
sensação de sua pele sedosa sob meus dedos me relaxou e
deu-me uma estranha sensação de paz. Eu não estava me
apaixonando por ela ou algo parecido, mas uma conexão foi
estabelecida entre nós, quando tirei sua virgindade. Eu não
podia explicar. Havia uma parte de mim que sentia protetor
com ela.

Talvez uma parte primitiva tenha despertado algo que


estava adormecido. Provavelmente desapareceria em breve.
Isso é o que esperava, pelo menos. Meu corpo sentiu-se
atraído por ela. Eu não teria me importado se quisesse tentar
uma segunda vez esta noite, mas provavelmente estava
dolorida. Eu olhei para seu rosto pacífico. Ela estava
dormindo, seus lábios entreabertos e seus dedos se
enroscaram em cima de meu estômago.

Eu nunca passei uma noite com clientes. Pelo menos não


para dormir. Isso era demasiado intrusivo e preferia espaço
pessoal durante a noite, mas de alguma forma não queria
acordar Amy. Ao invés disso, acariciava sua cintura e seu
quadril. Ela soltou um suspiro suave em resposta e se
aconchegou em mim. Não havia nada de errado em fazer
uma exceção para ela. Afinal, ela não era como outras
clientes. Ela era cunhada de Charles e tinha acabado de tirar
sua virgindade, o que sempre significava muito para as
mulheres, por isso parecia certo deixá-la dormir em minha
cama esta noite.
Eu apaguei as luzes e fechei os olhos. Mesmo sem saber
por que, dei um beijo na testa de Amy. Ela não se mexeu.
Embora Amy ainda estivesse aqui, já estava animado com a
nossa próxima sessão.

Eu queria mostrar-lhe mais posições, vê-la se contorcer de


prazer novamente. A idéia de que só teríamos mais uma vez
um com o outro não me deixou bem, e isso me deixava
inquieto. Eu tinha várias outras clientes. Não era como se
tivesse dificuldade para preencher os meus dias com
trabalho, mas estar com Amy era uma ótima distração.

Eu realmente precisava descobrir uma maneira de


considerar Amy como uma das minhas clientes ou uma
maneira de fazê-la concordar em mais algumas sessões
comigo. Eu ficaria entediado dela em algum ponto. Certo?
Capítulo Oito
Amy
Acordei desorientada e com uma dor estranha entre as
minhas pernas. Sentei-me, estremecendo, então dei uma boa
olhada ao redor, no quarto aberto com vista para uma área
de estar e mais de New York, e meu estômago se contorceu.
Que horas eram?

Meus olhos encontraram o alarme na mesa de


cabeceira. Era quase dez horas da manhã e eu ainda estava
no apartamento de Noah. Devo ter dormido na noite
passada depois de Noah tirou minha virgindade. Por que não
me acordou? Deus, não podia acreditar invadi seu espaço
pessoal assim.

Era para eu sair próximo da meia-noite e tinha invadido


aquele tempo por mais de 10 horas. Eu saí debaixo das
cobertas e congelei. Eu ainda estava nua. Claro. Eu me despi
quando fizemos amor...

Franzi o rosto. Não. Não. Não. Por que essa palavra


apareceu em minha mente? Não podia pensar nisso assim. Eu
tinha jurado controlar as minhas emoções. E não era amor. Eu
não conhecia Noah o suficiente para amá-lo. Era paixão,
porque ele foi o meu primeiro. Muitas garotas caíam na
mesma armadilha. Eu só precisava tomar o controle da
situação e então tudo estaria bem.

Eu encontrei minhas roupas cuidadosamente dobradas


sobre o pequeno banco no final da cama. Peguei-as, dando
uma olhada para o andar térreo, mas não conseguia ver
Noah. Talvez tinha um encontro com outra cliente agendado
e precisou sair mais cedo. Minha garganta secou com o
pensamento.

Por que não me acordou na noite passada?


Provavelmente era muito cavalheiro para me expulsar de seu
próprio apartamento. Eu era uma vaca estúpida. Corri para o
banheiro, lavei a boca com água, penteei meu cabelo com
os dedos. Eu não estava muito animada em usar as roupas de
ontem novamente, mas não havia nenhuma outra opção,
exceto sair nua do apartamento. Se soubesse que passaria a
noite, traria uma muda de roupa e pijamas comigo, mas esse
era exatamente o ponto: Eu não deveria passar a noite.

Essa não era a maneira como o serviço de


acompanhante funcionava, a não ser que reservasse um
homem por uma semana ou um dia inteiro, mas esse não era
o caso entre Noah e eu, e realmente não precisava de
complicação adicional. Eu já estava confusa com as minhas
emoções. Noah era um acompanhante. Ele dormiu comigo
porque foi pago para isso. Ele foi bom para mim, porque foi
pago para isso. Ele fingiu estar excitado por mim, porque foi
pago para isso. E me tolerou em seu apartamento durante
toda a noite porque Charles era o seu chefe e não queria
que eu dissesse algo ruim sobre ele.

Quando estava vestida e apresentável saí do banheiro e


desci a escada em caracol. Eu estava mais dolorida do que
pensava ser possível e andei como se tivesse passado duas
semanas andando a cavalo em um terreno rochoso.

Congelei quando meus olhos pousaram em Noah, que


me olhava por cima do seu copo. Ele estava sentado na
banqueta do balcão da cozinha, lendo o jornal. Pelo menos
ele estava lendo antes que eu descesse.

Meu rosto explodiu com o calor. Ele não parecia irritado.


Não parecia realmente, pela maneira como me olhava. — Eu
sinto muito — disse — Eu não sei porque adormeci. Isso não
deveria ter acontecido.

Noah abaixou o copo e se levantou. — Não há


necessidade de se desculpar. Você precisava de
proximidade depois de sua primeira vez, e eu não queria te
acordar. Você estava exausta.

— Onde você dormiu?

— Na minha cama com você, por quê? — Seus olhos


plissados ligeiramente.

— Oh, eu pensei que talvez você não gostasse de


compartilhar a cama com a cliente.
Noah estreitou os olhos em seus pensamentos. — Você
está bem?

— Sim, claro. Eu estou bem. — A mentira era tão óbvia,


quase me encolhi. — Apenas dolorida.

Ele veio em minha direção e de alguma forma isso quase


me deixou em pânico. Eu pensei que poderia fazer desta
uma relação de negócios, pensei que poderia dormir com
um homem, ter intimidade com um homem sem envolver
emoções, mas estava errada. E agora, enquanto olhava para
o rosto bonito de Noah, percebi o quão errada estava. Eu
estava apaixonada por ele. Apaixonada por um homem que
foi pago para passar um tempo comigo. Isto era tão confuso.

— Amy? Você não parece bem. Eu fiz alguma coisa que


você não queria na noite passada? Eu machuquei você? —
A preocupação em seu tom era demais. Eu sabia que era
unicamente preocupação profissional, o que tornou ainda
pior.

— Eu estou bem — resmunguei — Eu preciso ir.

Eu me virei e avancei em direção à porta da frente.

— Amy, por favor, aguarde. Você precisa me dizer se fiz


algo errado. — Eu podia ouvir seus passos atrás de mim, mas
ele não tentou me agarrar.

— Você não fez nada errado, Noah. Você fez


exatamente o que queria — disse. E esse era o problema. Eu
não deveria ter concordado com o serviço namorado, nunca
deveria ter concordado com tantos encontros, deveria ter
reservado Noah apenas por uma noite, mas agora era tarde
demais. Ele entrou em meu coração e não tinha certeza de
como faria para tirá-lo de lá. — Eu direi a Charles que fiquei
muito satisfeita com seus serviços.

Noah franziu a testa. — Você não quer me ver


novamente?

Deus, eu não queria nada mais. Eu queria vê-lo todos os


dias, queria beijá-lo e tocá-lo, queria rir com ele e assistir a
filmes ridículos com ele, mas não como uma cliente. Eu não
queria que ele passasse um tempo comigo, porque foi pago
para isso. Queria que ele desejasse passar mais tempo
comigo, porque gostava, mas isso não aconteceria, então
precisava me afastar antes que essa confusão ficasse ainda
mais complicada, embora realmente não tivesse certeza de
como isso seria possível. — Ontem à noite foi nosso último
compromisso — disse com firmeza. — Eu avisarei Charles
sobre as horas extras, então ele o reembolsará
completamente, e é isso.

O rosto de Noah ficou estranhamente congelado. —


Você não precisa dizer a Charles. Ontem à noite foi por
minha conta. A culpa foi minha. Eu poderia ter acordado
você, mas não quis, então não posso cobrar por isso.
Eu não tinha energia para discutir com ele e não
confiava em minha voz o suficiente para dizer nada, então
eu balancei a cabeça e me virei e então fui embora.

Noah
Olhei para Amy saindo e tive que me controlar para não
correr atrás dela. Não era assim que a nossa sessão deveria
terminar. Não era assim que a coisa toda deveria acabar. Eu
não tinha certeza de quando as coisas deram erradas ou o
que exatamente fiz de errado.

Eu sabia por que Amy estava tão chateada. Será que se


arrependeu de ontem à noite? Talvez uma noite de sono a
fez perceber que perder a virgindade com um
acompanhante não foi a melhor idéia. Ou talvez doeu mais
do que deixou transparecer. Eu fiz o possível para ser gentil.
Ela era mais apertada do que esperava, mas pensei que tudo
tivesse corrido bem.

Quando Amy desapareceu no elevador, fechei a porta


e encostei-me nela. Eu odiava a idéia de nunca mais vê-la
novamente, o que era ridículo. Não era como se o sexo com
ela tivesse sido alucinante. Ela ainda era inexperiente e eu
tive que fazer todo o trabalho, mas não tinha importado. Eu
gostava de vê-la descobrir o prazer, tinha amado quando me
masturbou. Eu queria fazer muito mais com ela.

A campainha tocou. Excitação passou por mim, mas


morreu quando abri a porta e olhei para Shane. Ele segurava
dois copos de papel de Starbucks e tinha um olhar estranho
em seu rosto. Eu dei um passo para trás. — O que está
fazendo aqui?

Ele entrou, com um olhar curioso sobre mim. — Acabei


de ver Amy deixando seu prédio?

Eu peguei um dos copos e tomei um gole do Latte Chai6.

— Ela passou a noite? Você tinha um compromisso com


ela ontem à noite, certo?

Ele me seguiu em direção à ilha de cozinha.

— Sim, ela passou a noite. Ela adormeceu e não quis


acordá-la.

Shane balançou a cabeça. — Você tirou a virgindade


dela, certo? E agora acha que se importa com ela. Ela é uma
cliente.

— Eu não acho que me importo com ela — murmurei. —


E para sua informação, ela não é mais minha cliente.

— Porra, não me diga que ela o convenceu a sair com


ela.

6 Chá preto com especiarias misturadas com leite vaporizado.


Eu bufou. — Você está assistindo a muitas novelas. Ela
não quer me ver novamente. É isso aí.

— Uau. Você fez um trabalho tão ruim deflorando-a?

— Eu não fiz um mau trabalho. — Isso é o que tentei dizer


a mim mesmo, pelo menos.

— Então, por que ela não quer encontra-lo para sua


última sessão?

— Ela conseguiu o que queria. Ela perdeu a virgindade.


Talvez isso seja o suficiente para ela.

Shane parecia duvidoso. — Então, como você se sente


sobre isso?

— Como eu deveria sentir? Não é como se ela fosse a


minha única cliente.

— Se você diz.

— Sim. Agora cale a boca. Por que você não me diz


como foi a sua sessão com a sua mais nova cliente?

Felizmente, Shane estava ansioso para contar, mas eu


não conseguia me concentrar.
Capítulo Nove
Amy
Tinha dez mensagens e três chamadas não atendidas de
Leah no meu telefone, mas eu precisava de mais alguns
minutos para me acalmar antes de retornar. Saí do prédio de
Noah ainda confusa e tonta quando quase esbarrei em um
estranho alto com cabelo escuro. Seus olhos se iluminaram
em reconhecimento, mas nunca o vi antes. Passei por ele,
segurando o telefone em minha mão.

Eu sabia que estava exagerando. Noah me deixou


passar a noite. E daí? O problema era que, no fundo, eu
queria acordar em sua cama novamente. Eu queria beijá-lo
novamente, e tocá-lo novamente, ter relações sexuais com
ele novamente. Eu o desejava, mas havia mais. Eu gostava
dele, gostava dele mais do que deveria e sabia que se eu
não parasse com isso agora, meus sentimentos cresceriam
ainda mais. Eu não podia arriscar, não importa o quanto
desejava encontrar com Noah novamente.

Eu disquei o número de Leah e ela respondeu após o


segundo toque, com a voz preocupada. — Você está bem?
Você não respondeu a seu telefone. Se Noah não tivesse
enviado mensagens para Charles dizendo que estavam em
seu apartamento, eu teria enviado uma equipe de busca. E
te cobri. Eu disse a mamãe e papai que você passou a noite
em minha casa.

— Espere o que? Por que Noah enviou uma mensagem


a Charles? — Deus, Noah contou a Charles sobre a nossa
noite? Será que ele sempre lhe dava atualizações depois que
fazia algo assim? Meu estômago revirou.

— Eu pedi para Charles ligar para Noah quando não


consegui falar com você e Noah disse que você passaria a
noite com ele. — Houve uma pausa. — Você percebe que
isso não é o que geralmente acontece, certo? Charles está
um pouco... preocupado e eu também.

— Sinto muito. Eu posso pagar de volta o dinheiro extra


que Charles terá que pagar Noah.

— Não seja ridícula. Isto não é sobre dinheiro, Amy. Eu


não posso fazer isso por telefone. Você pode vir? Por favor?

Eu suspirei. — Dê-me vinte minutos. — Desliguei. Minhas


emoções estavam em um tumulto completo e realmente não
estava ansiosa para ser interrogada por minha irmã, mas ela
merecia algum tipo de explicação depois de tudo o que fez.

Liguei rapidamente para meus pais para dizer-lhes que


estava bem enquanto me dirigia para a estação de metro.
Eu os amava, mas estava feliz que finalmente começaria a
faculdade. A constante preocupação era demais. Todos os
meus colegas começaram há um ano, mas o câncer não me
permitiu.
Quando estava na porta de Leah, ela a abriu antes que
tivesse a chance de tocar a campainha. Ela morava em uma
casa incrível com Charles. A indústria de acompanhantes era
rentável.

Ela me puxou para um abraço apertado antes de se


afastar e analisar meu rosto. Eu tentei esconder minha
agitação emocional dela, mas não tinha certeza que fazia
um bom trabalho. Ela me conhecia muito bem.

— Entre — disse e me levou para sua cozinha enorme. Ela


me fez um café e colocou a caneca em minha frente. —
Parece que você precisa de cafeína.

Eu não discuti, apenas tomei um gole. — Estou bem.

Leah se sentou na cadeira ao meu lado. — Você dormiu


com Noah na noite passada.

— Ele disse a Charles sobre isso em sua mensagem? —


sequer tentei esconder minha raiva.

— Não, claro que não. Isso é confidencial. Mas posso


dizer que algo aconteceu. Imaginei, e estou certa, suponho.

— Esse era o propósito do acordo. Eu queria perder


minha virgindade e consegui. Fim da história. — Eu parecia
bastante convincente para os meus próprios ouvidos, mas
Leah franziu a testa para mim.

— Por que você passou a noite com Noah?


— Adormeci depois e ele não quis me acordar. Não é
grande coisa.

— É. Com todos os outros clientes, ele teria a certeza


que elas estariam do lado de fora assim que o tempo
acabasse.

— Bem, não sou como qualquer outra cliente. Noah


provavelmente não queria decepcionar Charles.

— Então, como foi? Se Noah não foi cuidadoso o


suficiente, posso dizer a Charles.

Eu dei-lhe um olhar. — Você está falando sério? Eu


morreria de vergonha. E você não precisa se preocupar.
Noah teve o cuidado. Foi muito bom.

Leah inclinou a cabeça. — Bom? Você tem certeza?

— Foi muito bom. Não lhe darei mais detalhes, mas foi
mais do que satisfatório, feliz?

— Sim. Mas então por que você está tão ... estranha?

Eu dei de ombros. — Eu não estou estranha.

— Tudo bem — disse Leah com ceticismo. — Quando


verá Noah novamente? Você ainda tem mais uma sessão.

— Eu não vou. Eu consegui o que queria. — Eu olhei para


minha xícara de café, mas podia sentir os olhos de Leah sobre
mim.
Por um longo tempo ela não disse nada, então sussurrou.
— Você se apaixonou por ele, não é?

Eu não respondi. Eu não queria mentir para ela, mas não


podia admitir isso também. Eu sequer queria admitir para mim
mesma.

— Eu deveria ter notado. A maioria das meninas


desenvolve uma paixão pelo cara com quem perdem a
virgindade. Droga.

Ela deveria saber. Após o colegial, ela trabalhou como


secretária de Charles por alguns meses porque sua secretária
usual estava hospitalizada. Uma coisa levou a outra, e agora
eles estavam muito bem casados. — Eu não estou
apaixonada por Noah.

Leah se inclinou para frente e segurou em minha mão. —


Diga me a verdade.

— Eu não sei o que sinto, Leah. Essa é a verdade. Eu


gosto de Noah, talvez mais do que deveria, mas sei que é
estúpido. É por isso que não o verei novamente.

— Eu não quero que se machuque.

— Eu não estou ferida. Sobrevivi ao câncer. Isso não é


nada. — Claro, eu estava triste. Mas isso também passaria. Em
algumas semanas, eu me mudaria e Noah seria algo do
passado.
Noah
Obviamente Charles me chamou em seu escritório no
dia seguinte. Talvez a previsão de Shane se tornasse realidade
e Charles me despediria. Amy reclamou sobre mim? Eu
afastei a idéia da cabeça. Amy não faria isso.

A secretária de Charles me deu um sorriso e acenou com


a cabeça em direção à porta. Bati.

— Entre.

Eu entrei e fechei a porta. Charles não estava sentado


atrás de sua mesa. Ele estava na frente de sua janela, de
costas para mim. Eu realmente desejei que pudesse ver seu
rosto para avaliar seu estado de espírito. Ele estava
chateado? — Você queria me ver.

Charles virou. Ele não parecia irritado. — Leah me disse


que Amy não quer uma quinta sessão.

Eu balancei a cabeça. — Você deveria estar feliz. Dessa


forma, poupará algum dinheiro.

Charles não sorriu. — Eu não dou a mínima para o


dinheiro. Correu tudo bem?

— Eu pensei que você não quisesse mais detalhes.

— Não, mas eu quero uma resposta.


Ele estava no limite. Isso estava claro. — Foi tudo bem. O
que Amy disse?

— Ela disse a Leah que estava feliz com seus serviços,


mas Amy é muito educada, então queria ouvir isso de você.

Revirei os olhos. — Eu fiz o que você me pagou para


fazer. Amy está feliz com os meus serviços, você não deveria
estar feliz também? — No fundo, não conseguia parar de
pensar se Amy realmente ficou feliz com meu serviço. Na
manhã depois que tirei sua virgindade, algo tinha mudado
definitivamente. Eu gostaria de poder falar com ela, mas isso
estava fora de questão.

Charles me olhou por um longo tempo. Eu poderia dizer


que havia algo que ele não estava me dizendo. — Eu vou
colocar um cheque pelo correio amanhã.

— Como Amy está? — Eu lamentei a pergunta no


momento em que escapou de minha boca.

Charles levantou uma sobrancelha. — Pelo que me disse


Leah, parece estar bem.

Algo na maneira como Charles me respondeu, me fez


parar, mas decidi não perguntar o motivo. Não era problema
meu de qualquer maneira.
Capítulo Dez
Amy
Isso deveria ter acabado. Nunca foi concebida como
algo permanente, mas desde a minha última sessão com
Noah, não fui capaz de pensar em muita coisa. Eu queria
encontrá-lo novamente. Meu corpo inteiro ansiava por seu
toque, por seus beijos, seus sorrisos. Eu sabia que tudo tinha
sido falso desde o início. Noah me deu o que queria, porque
havia sido pago por isso e ainda assim não poderia deixá-lo ir
— ainda.

Tentei me convencer de que queria experimentar alguns


orgasmos alucinantes durante a relação sexual, tentar mais
algumas posições e uma vez que acontecesse, esqueceria
Noah. É óbvio que apenas eram pensamentos positivos de
minha parte.

Eu ainda tinha o número do seu telefone em meus


contatos e por isso seria fácil falar com ele e pedir outra
sessão. O problema era que não queria pedir a Charles ou
Leah que me dessem mais algumas sessões. Provavelmente
concordariam sem hesitação, mas não poderia pedir isso a
eles. Originalmente o combinado foi para que eu perdesse
minha virgindade, o que havia acontecido, então não tinha
certeza de como explicar-lhes por que ainda queria ver
Noah. Leah perceberia que algo estava errado. Ela pensaria
que eu estava apaixonada por Noah, então contaria a
Charles. Eu não queria que eles descobrissem sobre nada
disso.

Eu tinha algum dinheiro em minha poupança, mas


mesmo se usasse o último centavo dele, seria capaz de
pagar apenas três sessões com Noah. Eu nem deveria pensar
em gastar meu dinheiro assim. Eu começaria a faculdade em
breve e precisaria de todo o dinheiro que conseguisse. Meus
pais pagavam tudo, mas não queria pedir-lhes dinheiro
constantemente. É por isso que abri minha conta poupança.

Talvez uma última reunião resolvesse o problema. Eu


ainda teria algum dinheiro depois disso. Por que disse a Noah
que não queria a nossa quinta sessão? Eu gostaria de poder
voltar atrás, mas agora era tarde demais.

Olhei para o meu telefone por um longo tempo antes de


finalmente enviar uma mensagem a Noah:

Eu gostaria de agendar um novo encontro. Há ainda


algumas coisas que gostaria de tentar.

A resposta de Noah veio quase instantaneamente:

Amanhã, 18:00 horas, meu apartamento?

Fiquei surpresa e encantada por sua resposta rápida.


Será que ficou esperando que lhe escrevesse? Não seja
ridícula, Amy. Ele provavelmente apenas verificava sua
agenda de trabalho com outros clientes.

Eu estarei lá. Não diga a Charles.

Está bem. Aguardando ansiosamente.

Meu estômago se agitou. Eu estava quase tonta de


excitação.

Continua em...
Enredada com o Acompanhante
(Livro 02 da Série Escort)

Sobre a autora:
Cora Reilly é autora de romance eróticos e adultos. Ela
vive na Alemanha, com muitos animais de estimação e
apenas um marido. Ela é amante da boa comida
vegetariana, vinho e livros e adora viajar pelo mundo.

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