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03/02/2018 Alerta Total: A Política Armada - Fundamentos da Guerra Revolucionária

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sábado, 3 de outubro de 2015

A Política Armada - Fundamentos da Guerra


Revolucionária
Apoio Cultural: Alho Negro do Sítio

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos I. S. Azambuja

Contrariando as expectativas, as indústrias de armamentos, depois de


Clique na imagem e aproveite a promoção
uma pontual crise imediatamente anterior ao fim da Guerra Fria, não para leitores do Alerta Total! Conheça todos os
pararam de crescer. Atualmente, a indústria da morte continua a ser a produtos disponíveis no site
mais rentável do planeta, e nada indica que deixará de sê-lo. http://alhonegrodositio.com.br

Se o confronto político ainda é possível em sua versão mais violenta, Espante o calor

deveremos pensar nas formas, meios e conseqüências históricas com


que ele se manifestou no passado recente para alertar sobre os riscos
que enfrentarão todos aqueles que orientem seus projetos políticos pela
dramática via da luta armada.

Em outubro de 2000, havia quase 50 conflitos bélicos de baixa e média


intensidade assolando o planeta, assumindo a manifestação de guerras
religiosas, étnicas, de libertação nacional, separatistas, etc. Clique no anúncio

Paradoxalmente, as vitórias parciais do capitalismo no pós-Guerra-Fria Digite o seu e-mail neste quadro abaixo. E
receba, todos os dias, na caixa postal, o Alerta
parecem estar criando as condições para a possibilidade do Total.

ressurgimento de uma onda generalizada de violência política, agravada


Email address... Submit
e justificada pela perda de confiança no sistema eleitoral. Ou seja, as
mudanças forjadas pelos Estados capitalistas vitoriosos estão criando as
condições objetivas e subjetivas para um novo ciclo de política
revolucionária, baseado em novas forças de classe, ideológicas e
políticas.

Porém, diferentemente da onda revolucionária da década de 1960,


atualmente parece faltar o “espíritosubversivo” da época. Hoje, há surtos
de violência política em quase toda a América Latina, mas sem controle
da iniciativa, de maneira quase reativa, desconexa e desarticulada,
denunciando a falta de um projeto consistente de mudança e a ausência
de utopia. Colabore com o Alerta

A luta, atualmente, assume as formas mais variadas e faz parte do


arsenal político: manifestações de rua, invasões de terra, terrorismo,
insurreição, guerrilha, ocupações de fábricas e greves combativas. E
outras formas evolutivas de luta poderão, ainda, aparecer.

O objetivo deste trabalho não é falar da “teoria da revolução”, mas


apenas sobre o processo que conduz a ela.
Clique aqui e saiba por que ajudar. Ou
deposite qualquer quantia no Banco do Brasil.
A “Guerra Revolucionária” pode ser definida como o conflito no qual as Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de
classes exploradas procuram por meio da luta armada o desequilíbrio das Jorge Serrão. Ou Conta Poupança da Caixa
Econômica Federal ou em agências lotéricas:
relações de força para estabelecer uma situação de igualdade que acabe 2995 013 00008261-7, em favor de Jorge
com as classes sociais. Serrão.

Como o Estado “nasceu da necessidade de conter os antagonismos de


classe, e com ele, porém, ao mesmo tempo, nasceu no meio do conflito
dessas classes, ele é, em regra, o Estado da classe mais poderosa,
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economicamente dominante, a qual por meio dele se torna também a
classe politicamente dominante e assim adquire nossos meios para a
repressão e exploração da classe oprimida” (Engels).

Quem Sou Eu
Um fato novo, hoje em dia, é que com a arma nuclear se produz um
fenômeno inteiramente novo: qualquer que seja o resultado da luta,
vencedor e vencido – se existirem ainda tais distinções – teriam de pagar
o preço exorbitante das destruições atômicas. Se o objetivo “natural” da
guerra, segundo Von Clausewitz, é impor a vontade ao inimigo, e as
armas apenas os meios para consegui-lo, a utilização do poder nuclear
como meio anula aquele objetivo, porque é impossível impor a vontade a
um morto e também porque é impossível que um morto imponha sua
vontade a quem quer que seja. Assim, a arma nuclear mostra-se
ineficaz, inviabilizando a guerra como instrumento da política. Conheça nosso Editor-chefe

Hoje, depois da queda do Muro de Berlim, do fim da União Soviética e da


dissolução do mundo bipolar em que a dissuasão nuclear reinava
soberana, a ameaça nuclear continua, sobretudo pelo descontrole efetivo
sobre a totalidade do armamento nuclear, o que fornece a possibilidade
de, pela corrupção, o crime organizado comercializar material nuclear.

Hoje, os chechenos, por exemplo, em sua guerra de libertação nacional,


Nossa Missão
ameaçaram a Rússia com ataques terroristas nucleares em seu território,
e o mais aterrador é que nem o governo e nem as Forças Armadas
russas têm condições de saber com certeza absoluta se se trata de um
blefe ou se de fato os guerrilheiros chechenos possuem algum artefato
nuclear. Desta vez foi na Rússia, mas amanhã poderá ser em qualquer
outra parte do mundo. As ogivas nucleares hoje parecem estar
disponíveis no mercado ao alcance de qualquer grupo terrorista O Alerta Total tem a missão de praticar um
relativamente bem financiado. Se isso acontecer, pela primeira vez na Jornalismo Independente - analítico e
provocador de novos valores humanos, pela
História o terrorismo deixará de ter uma função meramente tática e análise política e estratégica, com
poderá visar objetivos estratégicos. Isso sem esquecer o caso das conhecimento criativo, informação fidedigna e
guerras religiosas e étnicas, em que o extermínio da população civil se verdade objetiva.

impõe como fim político.


Procure no Arquivo

Teoricamente, o tema da guerra revolucionária poderá ser enquadrado ► 2018 (130)


como a interseção ou cruzamento entre a teoria da guerra e a teoria da ► 2017 (1593)
luta de classes, pois uma teoria da guerra revolucionária só pode ser ► 2016 (2026)
fundada com solidez nesse cruzamento de teorias. ▼ 2015 (2659)
► Dezembro (167)
A Guerra Revolucionária é, pois, um conflito armado do tipo da guerra ► Novembro (197)
civil, na qual o que está em jogo é o domínio político de uma classe ▼ Outubro (173)
social. Deverá ser conduzida por uma política revolucionária, Capimunismo de Quadrilhas
desintegrará o Brasil
independentemente dos meios que empregue, pois toda guerra
O Sistema Tributário do Dia Seguinte
revolucionária é uma guerra de classes, a qual consiste em substituir,
nas relações da luta de classes, sua manifestação “pacífica” pela via Pátria Enlutada

armada. Enquanto existirem classes sociais antagônicas haverá luta de Nossas opções

classes e havendo luta de classes estará colocada a possibilidade de, em Falar é preciso

determinado momento, o próprio desenvolvimento da luta indicar, como Que Jornalismo temos?

caminho adequado para essa situação concreta, o confronto armado. "Esses lixeiros da imprensa"
É muito importante que os militares
manifestem-se ...
O proletariado, colocado por Lenin como sujeito universalpermite pensar
Ainda as inverdades da Omissão
em uma hostilidade também universal, pois no confronto de classes, o Nacional da Verdade...
inimigo é absoluto e a guerra só pode ser de aniquilamento. Para Lenin, Coração de Mãe
o inimigo absoluto é concreto: o inimigo de classe. Daí que a tarefa mais
Comandanta Dilma manda Exército
importante para a estratégia revolucionária consistirá em identificar em minimizar exoneraç...
cada situação concreta a manifestação também concreta desse inimigo Tempos e Movimentos
absoluto. Círculos Bolivarianos
Onde vai parar o cerco à família Lula?
No caso de uma Guerra Revolucionária, o momento mais perigoso é o da O Lobisomem Pixuleco
conspiração, pois é nesse momento que as forças revolucionárias ficam Sutilezas do Mito
mais vulneráveis (pela necessidade de constituir alianças que dividam a Adeus às ilusões
frente do inimigo) à infiltração por parte dos Serviços de Inteligência e O Relatório da CIA - Como será o
ao aniquilamento, por constituírem ainda um grupo relativamente mundo em 2020 (Fi...
pequeno e frágil. O Golpe de apagar a "Velhinha"?
Turf: O Glamour Perdido
A guerra, em seus diversos tipos, não tem lógica própria e em momento Boi
algum é autônoma em relação à política, o que contradiz frontalmente a Brasil carente de lideranças

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Teoria do Foco Guerrilheiro, defendida por Guevara e Regis Debray. A O fator militar

política não apenas determina os objetivos da guerra, mas também julga O Relatório da CIA - Como será o
mundo em 2020 (IV...
a correção moral dos meios empregados e assumirá as conseqüências
O presente de Lula é não ter futuro?
das ações.
Vaticano: rumores e "teorias da
conspiração"
O fim político da revolução socialista é a eliminação do Estado como
Sem ajuste, crise se agravará
conseqüência da supressão das classes, pois sem antagonismos de
Moeda e dominância fiscal
classes, o Estado não se justifica e nem se mantém.
O Relatório da CIA - Como será o
mundo em 2020 (II...
O esforço estratégico da guerra revolucionária deve se concentrar no seu $anto $talinácio é gente inocente?
primeiro ato, isto é, na destruição do aparelho repressivo do Estado da Fim de festa
classe dominante. Uma vez destruída a máquina bélica da classe Custo do Social
dominante, e instalada com segurança a ditadura do proletariado, esta Estado esmaga sociedade, e não
encarregar-se-á de eliminar todos os vestígios da velha ordem burguesa, apenas pelo custo

em obediência à ordem política proletária emanada de sua expressão O Relatório da CIA - Como será o
mundo em 2020 (II...
política: a ditadura.
$talinácio se ferra no Capimunismo da
Quadrilhas?
É inimaginável e contraditória a existência de um Estado com duas A Guerra do Fim dos Imundos
fontes de poder armado, pois a própria definição de Estado exige o
A CPMF diante de um cataclismo fiscal
monopólio da força. Daí que o objetivo de toda guerra civil, a revolução
Cerco ao Congresso
incluída, só pode ser a destruição total da capacidade militar de um dos
A Libertação está nos fatos
adversários e sua rendição incondicional.
O Cabrito, a realpolitik e a crise
O Relatório da CIA - Como será o
Todavia, a virtude de um general, segundo Sun-Tzu, é “combater e mundo em 2020 (I)...
vencer em todas as guerras, não é o mérito máximo. O mérito máximo $talinácio, o Lava Cunha e o Detona
consiste em quebrar a resistência do inimigo sem combater”. Levy
Os bancos fomentam as suas greves?

Por Insurreição pode-se entender um longo processo pelo qual se Carta ao Povo Brasileiro e aos ministros
do STF
organiza, dinamiza e realiza um amplo movimento de massas, que
O Brasil adiado
poderá estar composto por várias frentes como a política, militar,
Descaso Estatal
sindical, estudantil, milícias, guerrilhas, etc, e cujo objetivo é a tomada
Separatismo Indígena (Parte II)
do Poder. Nesse sentido, a Insurreição é um fenômeno político. Um tipo
de luta que não admite a defesa estratégica, já que seu objetivo não é Sociedade descompromissada com a
Soberania
conservar, mas tomar.
Entortando a língua
Carta Aberta
Na Guerra Revolucionária, dada a correlação de forças normalmente
Os riscos de mais autoritarismo no Brasil
desvantajosa para o campo revolucionário, definir como estratégia o
Quem topa liderar as mudanças no
estabelecimento de posições defensivas fixas significa abandonar o Brasil?
objetivo da vitória e optar por uma morte inutilmente heróica. Não é por Não anta nem desanta
outro motivo que Carlos Marighela assinalou enfaticamente que “em Economia em crise
momento algum a guerrilha brasileira deve defender áreas, territórios,
O que faremos em 2018?
regiões, ou qualquer base ou posição fixa” (“Escritos de Carlos
Resposta a Olavo de Carvalho
Marighela”, São Paulo, Editora Livramento, 1979). Logo, a ofensiva
Coronel Ustra se apresenta ao Senhor
permanente é o princípio fundamental da tática revolucionária. dos Exército...
Depois de conter risco de impeachment,
Mao-Tsetung defendia a tática da “defensiva estratégica”, a qual, Dilma e Cun...

resumidamente, pode ser interpretada como “dar um passo atrás”, General prega que vantagem de mudar
Dilma seria "o...
induzir o inimigo à perseguição, esperar que o cansaço e a
Diumocracia
desmoralização tomem conta dele, escolher a unidade mais fraca das
Psicanálise dos anti-petistas genéticos
tropas inimigas e procurar um terreno propício para a batalha. Segundo
O Nobel e a Economia Política
Mao, o objetivo da“defensiva estratégica” é preparar a contra-ofensiva.
O que é estratégico?
Chinelo Velho
Quando as forças revolucionárias não tiverem condições de alcançar a
Negociação de dívida e operação abafa
decisão pelo combate, deve-se evitar que o inimigo as alcance, adiando
para livrar ...
sistematicamente a batalha decisiva. Aquele que faz parte de um
Dilema
processo insurrecional deve sentir que está permanentemente
Disrupção institucional
avançando na direção certa da conquista de suas reivindicações. Sem
Se Dirceu e Andrezinho delatarem...
subestimar o inimigo, deve ser consciente de sua força, da legitimidade
O Cômico e depois o Trágico
de sua luta e da eficácia de seus golpes. Deve saber do medo respeitoso
Proximidades venezuelanas
que sua audácia e coragem despertam nas fileiras inimigas. Deve
Venezuela - regime da escassez
palpitar a emoção de realizar, de sentir a transcendência de ser o sujeito
Os serviços de inteligência dos EUA
do destino de um povo e de colocar conscientemente sua mão na roda
da História. Deve sentir a potência demiúrgica de sua ação Traições Levyanas, e o samba do
$talinácio doido
revolucionária. Deve sentir-se recompensado pelo sacrifício de entregar,
Pague uma e coma duas
chegado o momento, até a própria vida. Mas jamais deve imaginar que
Carta ao presidente da Câmara dos
sua morte possa ser inútil, pois a inutilidade da morte do revolucionário Deputados
esvazia de significado sua vida e sua luta. Lula: abutre ou chacal
A reinvenção democrática da política

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A unidade de comando em uma Insurreição é um princípio fundamental, Em busca do Brasil perdido

sendo necessário, desde a sua fase preparatória, um comando político- Bola de Cristal
militar unificado. A Insurreição deve surpreender as forças do governo, Cabu, nosso Herói
mas não o povo. Daí que este deva ser objeto de um trabalho político Dilma pode ganhar fôlego se terceirizar
dívida ati...
prévio de esclarecimento e preparação. O chamado “trabalho de
O Brasil está salvo!
massa”.
Do Estado Maquiavélico ao Estado
Marginal
Os sistemas de Informação e Inteligência são os órgãos mais sensíveis
Carrega Brasil
do dispositivo insurrecional. A Inteligência buscando captar os
Policiofobia
conhecimentos que o inimigo se esforça por ocultar ou dissimular. Além
Brasil arrombado e saqueado
disso, a vitória numa guerra depende do grau de conhecimento das
A Mensagem do Comandante do
próprias forças, das forças e vulnerabilidades do inimigo e das Exército
características geográficas, climáticas e sociais do teatro onde serão Lula dá golpe em Dilma, pelas costas,
desenvolvidas as operações. Sem esse conhecimento, a derrota reclamando q...

apresentar-se-á como inevitável. Além do conhecimento geográfico, a Conhecer a si próprio


liderança da Insurreição deve conhecer a situação social da população, o O impeachment favorecerá o mercado?
grau de compromisso dessa população com a causa da Insurreição e o Brasil: de 7ª para 14ª economia global?
grau de simpatia para com os seus métodos. A ausência dessa Cair na real: LFR e Juros
preparação, quando uma população é politicamente ignorante, pode ser Crise econômica sim, mas também de
fatal, como aconteceu com Che Guevara na Bolívia. Che reclamava que valores

quando se dirigia aos camponeses bolivianos “parecia estar falando com Dia do Professor

pedras” (Che Guevara, Obras Completas, 1984, páginas 535-701). A Judicialização da Politicagem?
Pressão de araque por impeachment só
serve para te...
O dispositivo insurrecional deverá contar com um comando político, que
O inútil sininho no Gato
dá unidade e direção política ao movimento. Também com um comando
A traição dos comandantes - o fim da
militar para direcionar as forças sublevadas, e ambos subordinados ao última espera...
comando supremo do dispositivo insurrecional, sempre político-militar, Autofagia Militar
que dará unidade política e direção militar a todo o movimento no seu
A "milicada", as instituições, os boatos e
caminho revolucionário. A política determina a conduta da guerra, a ansie...
diferentemente da estratégia, que determina a conduta na guerra. ► Setembro (224)
► Agosto (252)
Von Clausewitz formulou 5 condições para o sucesso de uma guerra com
► Julho (267)
o povo armado:
► Junho (209)
► Maio (203)
1. A guerra deve ser drenada para interior do país;
► Abril (268)
2. Uma única catástrofe não deve bastar para resolver o seu
► Março (258)
destino;
► Fevereiro (230)
3. O teatro de guerra deve abraçar uma extensão considerável do
► Janeiro (211)
território;
4. As medidas tomadas devem corresponder ao caráter nacional; ► 2014 (2002)
5. O país deve ser do gênero cortado ou inacessível, quer seja ► 2013 (1432)
montanhoso, arborizado ou pantanoso, ou em função do modo particular ► 2012 (1170)
de cultura. ► 2011 (976)
► 2010 (850)
O povo armado se distribui pelo território nacional, impedindo que o ► 2009 (651)
inimigo o combata em uma frente única. Espalhando-se no terreno, ► 2008 (707)
o povo armado obriga o exército inimigo, por um lado, a penetrar ► 2007 (679)
profundamente no território, tornando vulnerável sua linha de
► 2006 (499)
suprimentos e, por outro, a dividir-se em várias frentes, enfraquecendo
► 2005 (74)
suas forças e debilitando sua capacidade de fogo. Quanto maior o
território, maior será o movimento de forças que o exército inimigo terá
que fazer, e, a qualquer momento, poderá deparar-se com um grupo
armado que o obrigará a combater, correndo o risco de que se formem Clique aqui e ouça agora o Podcast Alerta
grupos de resistência na sua retaguarda. Total

Embora Mao-Tsetung considerasse a guerrilha uma forma de luta Brasil Acima de Tudo
importante, ele não considerava possível chegar à vitória apenas com a
guerrilha. Só o Exército Regular pode procurar a decisão e a vitória na
guerra. Essa proposição, todavia, não é generalizável. Para Che Guevara,
também a guerra de guerrilhas é uma fase, uma das fases primárias da
guerra, e se desenvolverá e crescerá até que o Exército Guerrilheiro, no
seu crescimento constante, adquira as características de um Exército
Patriotismo é a consciência do amor à Pátria
Regular.

Acerte seu Relógio Agora


As leis da guerra se aplicam a todas as guerras, mas a natureza de cada
guerra determina sua ordem específica de leis. Cada guerra se submete
às leis que derivam da natureza política dos sujeitos bélicos e, ainda,
àquelas decorrentes das características geográficas, climáticas, culturais

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e históricas que são originais de cada conflito bélico. Obviamente, essas
leis não possuem as características das leis da Física. Elas
refletem “fortes tendências”, “razoável plausibilidade”, ou “alta
probabilidade” de que um certo resultado decorra de uma determinada
ação, mas sempre como mera possibilidade. Nada é invariável. Cada
guerra é uma guerra e a experiência que deu certo em um caso pode ser
desastrosa em outro.

A guerra é um ato consciente, voluntário e inteligente, e a retirada -


diferente da debandada - é um movimento deliberado e proposital que, Sidney Santos - Jornalista Relojoeiro
Especialista em reparos de Relógios Novos e
quando realizado com êxito, obriga o inimigo à perseguição do exército
antigos, de todas as marcas Tel: (11) 98156
em retirada e ter que combater quando este assim o decidir. 6254 e-mail- ssantos.sidney@gmail.com

Para Mao-Tsetung, os princípios básicos da tática de guerrilha eram Google+ Followers


aqueles, aceitos desde 1928 pelo Comitê Central do Partido Comunista Jorge Serrão
Chinês, expressos em 16 hieróglifos que, em suma, significam o
Adicionar aos círculos
seguinte:“Quando o inimigo avança, retrocedemos; quando o inimigo se
detém, o hostilizamos; quando o inimigo se fadiga, o atacamos; quando
o inimigo se retira, o perseguimos”. Nessas três máximas encerra-se
toda a milenar sabedoria bélica para a guerrilha.

Um dos debates que agitaram a esquerda latino-americana nos anos 60


e 70 dizia respeito ao caráter que a guerra revolucionária deveria
assumir no continente: se deveria assumir a tarefa de desenvolver uma
política de massas, por meio da inserção nos movimentos sociais,
sindicais e estudantis, ou se deveria concentrar-se na formação de
grupos armados a partir de cujo desenvolvimento buscar-se-ia a criação 463 me adicionaram a círculos Ver tudo
de um exército revolucionário. Essa questão confrontava duas posições
apresentadas, então, como antagônicas e excludentes. OFoquismo era
Siga-nos!
uma delas, afirmando a impossibilidade do movimento de massas armar-
se espontaneamente. O principal argumento era que o alto grau de
especialização exigido pela guerra revolucionária, a formação do
guerrilheiro profissional, requeria um trabalho preparatório que deveria
ser desenvolvido independentemente da tarefa de organização política
das massas. Não se podia esperar a maturação política ideal das massas
para organizar sua estrutura militar, mas esta deveria precipitar aquela.
Jorge Serrão
Por sua vez, os que defendiam o desenvolvimento da política de massas Seguir
acreditavam que a sua organização forneceria as condições para
463 seguidores
transformar a luta de classes em guerra revolucionária. Achavam que as
condições objetivas necessárias para detonar a luta armada emergiriam
da consciência das massas, sempre que as outras formas de luta se
mostrassem, na prática, importantes para resolver as “contradições
fundamentais”da sociedade capitalista. A crítica que dirigiam
aoFoquismo tinha basicamente dois aspectos: um, de índole estratégica,
que apontava para a possível “decolagem” da vanguarda em relação ao
movimento de massas; e outro, de índole tática, que temia que o
surgimento do Foquismodesencadeasse um maior grau de repressão das
forças das classes dominantes contra o movimento de massas,
retardando ou mesmo aniquilando sua organização.

Che Guevara, o mais importante formulador doFoquismo, criticava esse


debate. Para ele, a guerra de guerrilhas e a luta de massas não eram
excludentes e deviam ser compreendidas como complementares, pois “a
guerra de guerrilhas é uma guerra do povo, é uma luta de massas.
Pretender fazer esse tipo de guerra sem o apoio da população é o
prelúdio de um desastre inevitável” (idem, página 204)

O meio rural, para Che Guevara, era o mais propício para o


desenvolvimento da guerrilha. A guerrilha urbana teria apenas as
funções táticas de recrutar nas cidades os recursos humanos para a luta
e, por meio do terrorismo e da sabotagem, manter ocupadas as forças
da repressão, com o objetivo de distrair sua atenção do campo onde
seria desenvolvida a função estratégica.

Che Guevara descrevia o desenvolvimento da guerrilha, desde a sua


constituição até o desborde e a tomada do Poder, em três momentos
fundamentais: “A guerra de guerrilhas terá, em geral, três momentos: o

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primeiro, da defensiva estratégica, em que a pequena força que foge e
morde o inimigo não está refugiada para fazer uma defesa passiva em
um círculo pequeno, senão que sua defesa consiste nos ataques
limitados que possa realizar. Passado isso, chega-se a um ponto de
equilíbrio em que se estabilizam as possibilidades de ação do inimigo e
da guerrilha e, logo, o momento final do desdobramento do exército
revolucionário, que levará à tomada das grandes cidades, aos grandes
encontros decisivos, ao aniquilamento total do adversário” (idem, página
221).

Referindo-se ao mesmo desenvolvimento, mas pensando na realidade


brasileira, Carlos Marighela dizia que a estratégia revolucionária no Brasil
deveria percorrer três fases: “planificação e preparação da guerrilha, seu
desencadeamento e, por último, transformação da guerrilha em uma
guerra de manobras, com a formação do exército revolucionário de
libertação nacional” (idem, página 16). Ou seja, o caminho que Carlos
Marighela propunha era a guerrilha urbana, guerra psicológica e
guerrilha rural. Para Marighela, a guerrilha urbana tinha
fundamentalmente um sentido tático, como forma de viabilizar a
guerrilha rural, cuja função era estratégica: “A cidade é a área da luta
complementar (...) a luta decisiva é a que se trava na área estratégica,
isto é, na área rural”(idem, página 27).

Uma questão importante na dinâmica da guerrilha é o momento no qual


ela pode se transformar em exército regular para procurar a decisão pelo
combate. Esse momento encerra uma decisão da qual pode surgir a
vitória ou o fracasso definitivo.

Nos anos 90, o EZLN em Chiapas, incorporou à teoria da guerrilha uma


série de novidades. Os elementos mais importantes, que podem
apresentar conseqüências para a concepção estratégica da guerra
revolucionária, são três alterações operadas pelos zapatistas nos
diferentes níveis da guerrilha: no âmbito da política, da estratégia e da
tática.

Em primeiro lugar, o fim político deixa de ser a mudança do sistema.


Apenas propõe algumas alteraçõesno sistema; em segundo, e em
conseqüência do primeiro, no nível estratégico é abandonado o objetivo
de aniquilaras forças das classes dominantes. Em seu lugar, procura
forçar o diálogo com o governo; no nível tático incorpora a utilização de
símbolos e a aplicação em larga escala do sistema de comunicação via
Internet, como forma de contrarrestrar os efeitos da relação de forças
completamente adversas. Por meio do uso correto da Internet, os
zapatistas conseguiram se manter permanentemente em contato com
numerosos grupos políticos, acadêmicos, de direitos humanos e de
solidariedade de todo o mundo. Essa comunicação permitiu ações
articuladas de apoio internacional. Mensagens de socorro, de denúncia
de genocídios praticados pelas tropas do governo, provocaram uma
avalanche de fax e mensagens eletrônicas dirigidas ao presidente
mexicano, exigindo o cessar-fogo. Como culminação dessa corrente
cibernética, os zapatistas conseguiram reunir grande apoio internacional
e organizar um movimento nacional que pressionou, na capital
mexicana, com uma gigantesca concentração, para deter os
bombardeios. Em decorrência, o presidente Salinas de Gortari viu-se
compelido a ordenar a suspensão dos ataques.

Sobre a natureza do terrorismo, deve ser dito que ele é uma forma de
luta cujo âmbito de realização se dá no nível psicológico do indivíduo. É
uma disposição psicológica e, portanto, íntima: o terror, isto é, um pavor
incontrolável. Nesse sentido, o objetivo visado nunca é vítima direta,
aquele que morre no atentado, mas aqueles que, embora ausentes no
atentado, possam se identificar de alguma maneira com a vítima,
tornando-se, assim, vítimas indiretas. Aqueles que, por alguma
característica identificatória com a vítima direta, sentem-se expostos e
vulneráveis ao próximo atentado.

O cidadão passa a sentir-se desprotegido e vulnerável ao ataque


imprevisível e indiscriminado do terrorismo. Sente que aquele Estado,

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com todas as estruturas repressivas e preventivas de que dispõe, é
absolutamente impotente para protegê-lo. Se esse Estado, que ele
próprio mantém, pagando pesados tributos, não é capaz de afastar o
perigo que paira sobre os cidadãos, então quem poderá protegê-lo?
Como o cidadão não pode fazer nada para manter-se a salvo dos
atentados terroristas e nem para garantir sua exclusão da possibilidade
de ser a próxima vítima, ele cai em desespero.

Assinale-se que o terrorismo não tem por objetivo direto a tomada do


poder, e nem poderia tê-lo. Seu objetivo direto é a desestabilização do
regime através do terror induzido na população. Por isso, quando mais
irracional e aleatório for o seu acionar, mais eficiente será.

O objetivo desta matéria foi tentar demonstrar que não são os meios
historicamente utilizados nas guerras revolucionárias os que conferem a
esta sua característica. Uma guerra não será revolucionária por utilizar
tais ou quais meios. A guerra é sempre apenas um meio da política e é
esta que a caracterizará e a definirá. Embora a guerra revolucionária seja
“apenas” um meio da política revolucionária, não se deve esquecer que é
o mais drástico, e que se não for sabiamente deliberado quanto à sua
oportunidade, planificação e conseqüência, poderá contribuir para
eliminar rapidamente toda uma geração de jovens, transformando-a em
uma montanha de mortos, como aconteceu na América Latina, nos anos
60 e 70.

Na guerra, matar ou morrer é inevitável. Mas ante a derrota, toda morte


é estúpida. Deve-se ter em mente que um quadro revolucionário é um
elemento político sofisticado e raro na luta revolucionária, sua formação
demanda tempo e seu valor político-estratégico é incalculável para o
partido ou organização.

E que a luta armada, pela sua complexidade, é um meio que não pode
ser improvisado e, por isso mesmo, não deve ser negligenciado. Muitas
vezes, o caminho revolucionário passa pela ruptura institucional, e não
estar preparado política, estratégica e taticamente para essa alternativa
freqüentemente resulta em um suicídio coletivo. Lançar-se à luta armada
quando as condições objetivas não estão suficientemente amadurecidas
pode significar um “salto no escuro”. Por outro lado, para os
revolucionários, a falta das condições subjetivas (não estar devidamente
preparado para o momento em que se anunciar a chegada da hora)
poderá significar uma irresponsabilidade histórica imperdoável e a tardia
constatação de não haver estado à altura dos acontecimentos.

(Extratos do livro “A Política Armada - Fundamentos da Guerra


Revolucionária”, HECTOR LUIS SAINT-PIERRE, Editora UNESP, 2000)

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

Postado por Jorge Serrão às 09:10:00


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