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XVIII
Colónias pertencentes a Portugal
Brasil
Neste período Portugal já não obtinha grandes lucros com o comércio do Oriente (Índia) devido à
concorrência com ingleses, franceses e holandeses, por isso interessou-se mais em explorar o
Brasil.
O tempo quente e húmido permitiu cultivar grandes quantidades de cana-de-açúcar que depois
era trabalhada nos engenhos para ser transformada em açúcar.
Engenhos eram grandes propriedades com campos de plantação de cana, oficinas para fabricar
o açúcar (moem a cana de açúcar e transformam-na em açúcar) e a casa do senhor. Também se
incluía a zona de habitação dos escravos, a sanzala.
Além do açúcar, o Brasil passou a ser bastante importante por causa da descoberta de ouro e de
pedras preciosas.
Bandeirantes: grupo pessoas que foram para o interior do Brasil à procura de ouro, pedras
preciosas e de índios para escravizar. Fundaram cidades e povoações o que permitiu alargar as
fronteiras do Brasil para além da linha de Tordesilhas.
Comércio triangular
Neste período desenvolveu-se o comércio entre três continentes: Europa, América e África.
Movimentos da população
Da metrópole (Portugal):
Milhares de escravos foram levados para o Brasil para trabalhar nas plantações de cana-
de-açúcar, nos engenhos e na exploração do ouro. Eram transportados em navios
negreiros em condições desumanas.
No Brasil:
Poderes do rei:
A vida da corte
A nobreza
O clero
Cristãos-novos: nome dado a quem aceitava converter-se à religião católica. No entanto, muitos
foram perseguidos e condenados à morte por suspeita de praticarem outras religiões em segredo.
Autos de fé: cerimónias públicas onde os condenados eram torturados e queimados vivos.
A burguesia
Dedicava-se ao comércio interno e com o Brasil e, tentou imitar o modo de vida da nobreza
Estes burgueses conviviam em clubes e cafés com artistas, escritores e políticos
Povo
Parte das riquezas obtidas com o ouro brasileiro foi gasta na construção de grandes palácios e
conventos.
Solar de Mateus
Palácio dos Condes de Anadia
Palácio do Freixo
Estilo Barroco
Grandiosidade
Revestimento em talha dourada, azulejo e mármore
Decoração abundante com curvas
Abundância de estátuas
Lisboa Pombalina
Governo de D. José I
Em 1750, D. José I sobe ao trono e nomeia Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês
de Pombal, como ministro.
Terramoto de 1755
A baixa de Lisboa é conhecida por baixa pombalina porque o responsável pela sua reconstrução
após o terramoto foi o Marquês de Pombal. Esta reconstrução caracterizou-se por várias
inovações:
O Terreiro do Paço deu lugar à Praça do Comércio em homenagem aos burgueses que
contribuíram com dinheiro para a reconstrução de Lisboa.
Reformas pombalinas
Para resolver a grave situação que enfrentava Portugal, Marquês de Pombal decidiu fazer várias
reformas:
Reformas económicas:
o Desenvolveu a indústria apoiando fábricas antigas e criando novas
o Criou companhias de comércio
Reformas no ensino
o Criou escolas primárias
o Reformou a Universidade de Coimbra
o Extinguiu a Universidade de Évora que era controlada pelos Jesuítas
Todas estas medidas, a nível social, político, económico e do ensino, contribuíram para a
modernização do país.
AS INVASÕES NAPOLEÓNICAS
Revolução Francesa
Em 1789 aconteceu a Revolução Francesa que pôs fim à Monarquia Absoluta em França. Esta
revolução tinha como princípios a igualdade, a liberdade e a separação dos poderes
(liberalismo).
Os reis europeus absolutistas sentiram-se ameaçados com estas ideias liberais, uniram-se e
declararam guerra à França.
Napoleão Bonaparte estava à frente do governo francês e conseguiu derrotar os seus opositores
e passou a dominar grande parte da Europa, com exceção da Inglaterra. Para os enfraquecer,
ordenou que todos os portos europeus não permitissem a entrada de navios ingleses – Bloqueio
Continental.
Neste período Portugal tinha uma rainha, D. Maria I, viúva e doente. Por isso, o reino era
governado pelo seu filho, o príncipe João.
Portugal, como era um velho aliado da Inglaterra e não queria perder o comércio com os ingleses,
demorou a aderir ao bloqueio continental imposto por Napoleão Bonaparte.
Quando o príncipe regente decidiu aderir ao bloqueio continental, já a França e a Espanha, sua
aliada, tinham decidido invadir Portugal.
A família real, com medo de ser presa pelas tropas francesas, parte para o Brasil em 1807, e é
criada uma Junta de Regência para governar Portugal.
Comandante: Junot
Durante a invasão francesa destruíram-se culturas, mataram-se pessoas e foi roubado tudo o que
tivesse valor.
Reação portuguesa:
Foram criados movimentos de resistência pelos populares e foi pedido auxílio aos ingleses. O
exército anglo-português venceu os franceses nas batalhas da Roliça e do Vimeiro e Junot
assinou a Convenção de Sintra e abandonou Portugal.
2ª Invasão francesa (1809)
Comandante: Soult
Entrou por Trás-os-Montes, chegou ao Porto mas encontrou uma forte resistência e refugiou-se
na Galiza.
Comandante: Massena
O seu exército perdeu muitos soldados na batalha do Buçaco mas tentou na mesma a todo o
custo chegar a Lisboa. No entanto, ficou retido na linha defensiva de Torres Vedras, que era
um conjunto de fortificações e canhões criados pelos ingleses para proteger a cidade de Lisboa.
Em 1820 iniciou-se a Revolução Liberal, no Porto, que depois se espalhou por todo o país e em
Lisboa.
Monarquia Liberal
Portugal passou a ter uma monarquia liberal. Foram criadas as Cortes Constituintes que tiveram
a função de criar a Constituição de 1822, onde estavam definidos os direitos e deveres dos
cidadãos. Nesta Constituição estava definido que todos os cidadãos eram iguais perante a lei e
estava estabelecida a separação de poderes.
Independência do Brasil
O rei D. João VI regressou a Portugal, ficando o seu filho D. Pedro na regência do Brasil. Durante
a permanência do rei o Brasil teve um grande desenvolvimento e os portos foram abertos aos
comerciantes estrangeiros o que favoreceu a burguesia brasileira. Estes apoiaram D. Pedro que
declarou a independência do Brasil em 1822.
A LUTA ENTRE LIBERAIS E ABSOLUTISTAS
Guerra Civil
Quando D. João VI morre, D. Pedro sucede-lhe mas abdica do trono para ficar no Brasil. Passa a
coroa para a sua filha Maria da Glória mas, como tinha apenas 7 anos, fica como regente o seu
irmão D. Miguel.
D. Miguel prometeu governar segundo um regime liberal mas em 1828 dissolveu as cortes e
passou a governar como rei absoluto com o apoio da nobreza e do clero e perseguiu os liberais.
Em 1831, D. Pedro abdicou do trono brasileiro e rumou à Europa, instalando-se com exilados
liberais na Ilha Terceira, nos Açores.
Em 1832 desembarcou com as suas tropas numa praia próxima do Porto e avançou sobre a
cidade, sem encontrar resistência.
Assistimos assim a uma Guerra Civil em Portugal (de um lado os Absolutistas, liderados por D.
Miguel e do outro lado os Liberais, liderados por D. Pedro).
Só depois de várias derrotas é que D. Miguel assinou a paz através da Convenção de Évora
Monte em 1834.
O ESPAÇO PORTUGUÊS
Regeneração
Invasões napoleónicas
Guerra civil entre liberais e absolutistas
Independência do Brasil
Desenvolvimento da agricultura
Para aumentar a produção de alimentos, os governos liberais tomaram várias medidas para o
desenvolvimento da agricultura e para o aumento da área cultivada.
extinção do direito do morgadio, ou seja, do direito do filho herdar todas as terras da família. As
terras passaram a ser divididas por todos os filhos para assegurar uma melhor exploração das
terras
entrega de terras pertencentes a nobres e clérigos a burgueses
entrega de baldios (terras incultas) aos camponeses
Novas técnicas:
Novas culturas:
batata
arroz
Desenvolvimento da indústria
A produção artesanal foi assim começando a dar lugar à produção industrial por ser mais
lucrativa.
A maior parte das fábricas instauraram-se nas zonas do litoral, principalmente na zona de
Porto/Guimarães (indústria têxtil e calçado) e na zona de Lisboa/Setúbal (indústria química e
metalúrgica)
Exploração mineira
O fontismo
Surgiram novos meios de transporte e de comunicação, o que permitiu uma maior mobilidade de
pessoas, maior circulação de ideias e informações e a deslocação de mais mercadorias em
menos tempo.
Caminhos-de-ferro
Em 1887 inaugurou-se a ligação direta Lisboa-Madrid-Paris. Portugal ficou assim mais próximo do
centro da Europa.
Rede de estradas
A partir de 1855 começou a circular na estrada Lisboa-Porto a mala-posta, uma carruagem que
transportava o correio e algumas pessoas.
Para tornar mais segura a navegação costeira construíram-se vários faróis e melhoraram-se os
portos marítimos.
Surgiram nesta época os barcos movidos a vapor, primeiro no Rio Tejo, depois na ligação entre
Lisboa e Porto e, mais tarde ainda, na ligação aos Açores e Madeira.
Modernização do ensino
O país encontrava-se em modernização, por isso também era necessário que a população se
tornasse mais instruída e competente para realizar as mudanças pretendidas. Tomaram-se então
várias medidas no ensino:
Ensino primário:
o Criaram-se novas escola primárias
o Tornou-se obrigatória a frequência nos primeiros 3 anos, com mais um de voluntariado
o Ensino liceal:
Criaram-se novos liceus em todas as capitais de distrito e dois em Lisboa
Fundaram-se escolas industriais, comerciais e agrícolas
Ensino universitário:
Criaram-se novas escolas ligadas à Marinha, às Artes, às Técnicas e ao
Teatro
Direitos Humanos
Os movimentos da população
Contagem da população
Para dar melhor resposta às necessidades da população, tornou-se necessário saber o número
de habitantes do país, e onde se concentravam com maior quantidade.
Já se tinham realizadas contagens da população, mas eram pouco exatas pois tinham como base
a contagem de habitações e não de pessoas. A estas contagens dá-se o nome de
numeramentos.
A primeira contagem rigorosa do número de habitantes do país realizou-se em 1864, ou seja, foi
quando se realizou o primeiro recenseamento. Em boletins próprios os habitantes tinham que
colocar o nome, o sexo, a idade, o estado civil e a profissão. A partir dessa data realizam-se
recenceamentos, ou censos, de 10 em 10 anos.
Crescimento demográfico
Através dos recenseamentos verificou-se o aumento de população desde que se fez o primeiro
censo. De 1864 até 1900 a população passou de cerca de 4 milhões de habitantes para 5
milhões.
Distribuição da população
Verificou-se também que o crescimento populacional não ocorreu de igual forma por todo o
território. O aumento de população foi maior no norte litoral, onde se encontravam os solos mais
férteis, maior quantidade de portos de pesca e unidades industriais.
Êxodo Rural
Emigração
Entretanto, devido ao aumento da população, não havia postos de emprego para todos nas
cidades. Muitos dos trabalhos eram mal pagos apesar de se trabalhar duramente muitas horas
diárias.
Sendo assim, muitas pessoas decidiram procurar melhores condições de vida no estrangeiro,
sobretudo para o Brasil, pois falava-se a mesma língua e porque havia necessidade de mão-de-
obra devido à extinção da escravatura. Muitos emigrantes enriqueceram e ao regressar a
Portugal compraram terras, palacetes e vestiam-se luxuosamente. Eram chamados os
«brasileiros».
Além do Brasil, foram destinos dos portugueses países da América Central e os Estados Unidos
da América.
A VIDA QUOTIDIANA
No campo
Atividades económicas:
As principais atividades do meio rural na segunda metade do século XIX continuavam a ser a
agricultura, a criação de gado e a pesca nas zonas do litoral.
Na sua maioria,os camponeses não eram donos das terras em que trabalhavam. As terras
pertenciam sobretudo à antiga nobreza, proprietários burgueses e a alguns lavradores mais
abastados.
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos, por isso, os camponeses
viviam muito pobremente.
Com a introdução da máquina na agricultura, aumentou-se o desemprego por já não ser precisa
tanta mão-de-obra, dificultando ainda mais a vida dos homens do campo.
Alimentação:
Vestuário:
O vestuário dos camponeses variava de região para região, de acordo com o clima e com as
atividades predominantes.
No interior, era frequente os homens usarem calças compridas, coletes ou jaquetas, e calçavam
botas ou tamancos de madeira. As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenços coloridos
na cabeça.
No litoral, os homens usavam calças curtas ou arregaçadas e geralmente andavam descalços, tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior, devido às suas atividades
relacionadas com o mar.
Divertimentos:
Atividades económicas:
A modernização do país influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades.
Alimentação:
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentação abundante e variada. Faziam quatro refeições
por dia: pequeno-almoço, almoço, jantar e ceia. Comiam carne, peixe, legumes, cereais, frutas
e doces. Surgiram neste período vários restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas
receitas, como o pudim, a omelete, o puré, o bife e o soufflé.
Vestuário:
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa. As mulheres
vestiam saias até ao chão com roda, com uma armação de lâminas de aço e batanas – a
crinolina. Passou também a usar a tournoure, uma espécie de almofada sobre os rins que
levantava a saia atrás. Os homens vestiam calças, camisa, colete, casaca e chapéu.
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples, adaptadas às tarefas que
desempenhavam.
Divertimentos:
Os divertimentos dos populares era semelhante aos do campo: feiras, festas religiosas e passeios
ao campo domingo à tarde.
A VIDA QUOTIDIANA
No campo
Atividades económicas:
As principais atividades do meio rural na segunda metade do século XIX continuavam a ser a
agricultura, a criação de gado e a pesca nas zonas do litoral.
Na sua maioria,os camponeses não eram donos das terras em que trabalhavam. As terras
pertenciam sobretudo à antiga nobreza, proprietários burgueses e a alguns lavradores mais
abastados.
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos, por isso, os camponeses
viviam muito pobremente.
Com a introdução da máquina na agricultura, aumentou-se o desemprego por já não ser precisa
tanta mão-de-obra, dificultando ainda mais a vida dos homens do campo.
Alimentação:
Vestuário:
O vestuário dos camponeses variava de região para região, de acordo com o clima e com as
atividades predominantes.
No interior, era frequente os homens usarem calças compridas, coletes ou jaquetas, e calçavam
botas ou tamancos de madeira. As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenços coloridos
na cabeça.
No litoral, os homens usavam calças curtas ou arregaçadas e geralmente andavam descalços, tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior, devido às suas atividades
relacionadas com o mar.
Divertimentos:
Atividades económicas:
A modernização do país influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades.
Alimentação:
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentação abundante e variada. Faziam quatro refeições
por dia: pequeno-almoço, almoço, jantar e ceia. Comiam carne, peixe, legumes, cereais, frutas
e doces. Surgiram neste período vários restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas
receitas, como o pudim, a omelete, o puré, o bife e o soufflé.
Vestuário:
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa. As mulheres
vestiam saias até ao chão com roda, com uma armação de lâminas de aço e batanas – a
crinolina. Passou também a usar a tournoure, uma espécie de almofada sobre os rins que
levantava a saia atrás. Os homens vestiam calças, camisa, colete, casaca e chapéu.
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples, adaptadas às tarefas que
desempenhavam.
Divertimentos:
Os camponeses e os operários continuavam a viver com grandes dificuldades enquanto que a alta
burguesia recebia cada vez mais lucros.
O rei e a família real eram acusados de gastar mal o dinheiro, o que contribuiu para o
endividamento do reino.
Formou-se nesta altura o Partido Republicano que pretendia acabar com a monarquia para
passar a haver uma república, ou seja, deixaria de haver reis para haver presidentes eleitos por
um determinado tempo.
Vários países europeus, como a Grã-Bretanha, a Alemanha e a França, entraram em conflitos por
causa dos territórios africanos pois possuíam muitas riquezas.
Para resolver estes conflitos realizou-se a Conferência de Berlim onde ficou estabelecido que os
territórios seriam partilhados de acordo com a sua ocupação efetiva, ou seja, de acordo com
quem tivesse meios para os ocupar, sem interessar quem os descobriu.
Ultimato inglês
Portugal apresentou o Mapa Cor-de Rosa na tentativa de ocupar os territórios entre Angola a
Moçambique.
Grã-Bretanha não aceitou porque queria os mesmos territórios para ligar Cabo a Cairo, e então
fez um ultimato a Portugal para abandonar aqueles territórios.
O governo português cedeu ao ultimato, o que agravou o descontentamento da população.
Muitas pessoas passaram a apoiar o Partido Republicano pois pretendiam um governo forte.
Revoltas republicanas
A cedência perante o Ultimato inglês foi considerado um ato de traição à pátria. Os republicanos
aproveitaram ainda para acusar o rei de gastar mal o dinheiro e deixar o país cheio de dívidas, e
culpou-o também pela miséria dos mais pobres.
Dia 31 de Janeiro de 1891 surgiu uma revolta na tentativa de acabar com a monarquia mas não
foi bem sucedida. No entanto, mostrou o crescimento do Partido Republicano.
O rei D. Carlos I foi morto a tiro quando passava de carruagem pelo Terreiro do Paço em Lisboa.
Com ele morreu o herdeiro do trono D. Luis Filipe. Ficou a governar o seu irmão D. Manuel II. Foi
mais um ato para tentar acabar com a monarquia.
As tropas fiéis ao rei eram em maior número mas mesmo assim não conseguiram acabar com a
revolta e na manhã de 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a República, acabando assim com a
Monarquia.
A I REPÚBLICA
Primeiras medidas republicanas
Após a proclamação da República foi criado um Governo Provisório, presidido por Teófilo
Braga, que tomou as seguintes medidas:
A Constituição republicana
Assembleia Constituinte
Divisão de poderes
Principais medidas
Na Educação
No Trabalho
direito à greve;
direito a oito horas de trabalho e a um dia semanal de descanso;
criação de um seguro obrigatório para doença, velhice e acidentes de trabalho.
Sindicato: associação de trabalhadores de uma mesma profissão que defendia os direitos dos
trabalhadores.
Greve: forma de luta mais utilizada pelos trabalhadores em que se recussavam a trabalhar para
que o Governo e os patrões cedessem às suas reinvidicações.
Dificuldades da I República
A Inglaterra e a França entrou em guerra com a Alemanha por causa dos territórios africanos.
Depois, vários outros países europeus entraram na guerra, bem como países de outros
continentes, por isso diz-se que foi uma Guerra Mundial.
A Inglaterra pediu a Portugal que apreendesse os navios alemães refugiados nos portos
portugueses. A Alemanha, em resposta, declarou guerra a Portugal e tentou ocupar os territórios
portugueses em Angola e Moçambique.
A guerra terminou com a vitória dos ingleses, franceses e os seus aliados, e assim Portugal
conseguiu manter as suas colónias. No entanto, as despesas militares durante a guerra
Os preços dos produtos aumentaram enquanto os salários não acompanharam essa subida.
Tudo isto fez com que se tornassem frequentes as greves, revoltas e assaltos a armazéns de
comida.
Instabilidade política
Crise social:
o subida dos preços
o redução do poder de compra
o greves e manifestações
o atentados à bomba
Crise financeira:
o despesas superiores às receitas
o crescimento da dívida externa
Crise política:
o mudanças sucessivas de governo – instabilidade política
A 28 de Maio de 1926, o general Gomes da Costa chefiou uma revolta militar que teve início em
Braga e extendeu-se até Lisboa. Por todo o país os militares foram aderindo a este movimento. O
Presidente da República, Bernardino Machado, demitiu-se e entregou o poder aos revoltosos.
Portugal foi governado neste período segundo uma ditadura, ou seja, segundo um governo
autoritário, não democrático, que não respeitava as liberdades e direitos dos cidadãos.
Apesar destas medidas a ditadura não veio reolver os problemas existentes em Portugal:
Em 1928 António de Oliveira Salazar foi nomeado ministro das Finanças e conseguiu
equilibrar as contas públicas aumentando as receitas, através do aumento dos impostos, e
diminuindo as despesas do estado, através da redução de gastos com a Educação, Saúde e com
os salários dos funcionários públicos.
Em 1932, Salazar foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, ou seja, passou a ser o
chefe do Governo.
Constituição de 1933
Em 1933 foi aprovada uma nova constituição em que os direitos e liberdades dos cidadãos eram
reconhecidos e ficou estabelecido que o Presidente da República e os deputados seriam eleitos
pelos cidadãos.
No entanto, as eleições não eram verdadeiramente livres e os direitos e liberdades dos cidadãos
nem sempre foram respeitados por Salazar. Foi constituído novamente o Parlamento que apenas
servia para aprovar as leis impostas pelo governo.
Durante o Estado Novo construíram-se estradas, barragens, hospitais e edifícios públicos. Esta
política permitiu a modernização do país e combateu o desemprego junto das áreas urbanas.
Salazar aproveitou também esta política de obras públicas para engrandecer o seu trabalho à
frente do país e assim fazer propaganda.
Censura: da imprensa, teatro, cinema, rádio e televisão, que impedia a divulgação de opiniões
contra o regime salazarista.
Polícia política: PVDE, que passou mais tarde a chamar-se PIDE, que vigiava, perseguia, prendia
e torturava os opositores ao regime de Salazar.
Mocidade Portuguesa: organização com fim de desenvolver o culto do chefe, dever militar e
devoção à pátria nos jovens dos 7 aos 18 anos.
Legião Portuguesa: organização armada que defendia o Estado Novo e combatia o Comunismo.
Propaganda Nacional: tinha como objetivo obter apoio da população.
União Nacional: única organização política legal que apoiava Salazar.
Oposição política
A oposição cresceu em 1945 quando terminou a II Guerra Mundial, com a vitória dos países
democráticos (EUA, França, Inglaterra e seus aliados), onde os direitos e liberdades dos cidadãos
eram respeitados. Estes países pressionaram Salazar e este marcou eleições legislativas.
Depois destas eleições Salazar mudou a lei e criou um colégio eleitoral que passa a eleger o
Presidente da República.
A GUERRA COLONIAL
Depois da II Guerra Mundial, os países como a Bélgica, a Inglaterra e a Holanda reconheceram a
independência da maioria das suas colónias. Entretanto Salazar não fez o mesmo e a União
Indiana e a população africana das colónias portuguesas começaram a revoltar-se contra
Portugal.
Salazar respondeu com o envio de muitos militares para as colónias. Esta Guerra Colonial, que
durou 13 anos (1961-1974), teve como principais consequências o ferimento e morte de muitos
soldados portugueses e uma grande despesa com os gastos militares.
Salazar saiu do poder quando adoeceu gravemente em 1968. No entanto, Marcelo Caetano substituiu-o
mantendo os seus ideais: manteve a DGS (Direção Geral de Segurança – antiga PIDE) e a Guerra Colonial.
Fim da ditadura
A falta de liberdade, o aumento do custo de vida e as depesas militares e muitas mortes durante a Guerra
Colonial contribuíram para o aumento do descontentamento da população, o que levou ao fim da ditadura.
25 de Abril de 1974
Golpe militar organizado pelo MFA – Movimento das Forças Armadas – apoiado pelos populares. Várias
cidades foram dominadas sem grande resistência.
Marcelo Caetano refugiou-se no quartel do Carmo que foi cercado pelas tropas do capitão Salgueiro Maia e
aceitou render-se perante um oficial superior: general António de Spínola. Acabou por ser preso, tal como
Américo Tomás (presidente da República).
poder entregue a uma Junta de Salvação Nacional, presidida pelo António de Spínola
dissolução da Assembleia Nacional
extinção da DGS
abolição da censura
libertação dos presos políticos
negociações para pôr fim à Guerra Colonial
O novo presidente da República, António de Spínola, reconheceu o direito à independência dos povos
africanos e assim se formaram cinco novos países:
1974 – Guiné-Bissau
1975 – Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde
Colónias do oriente
Em 25 de Abril de 1975 – realizaram-se eleições para eleger os deputados para a Assembleia Constituinte
que tinha como função elaborar uma nova constituição
Em 25 de Abril de 1976 – foi aprovada a Constituição de 1976 que garantiu a separação dos poderes e os
direitos e liberdades dos cidadãos
Democracia
o governo voltou a governar segundo um regime democrático, ou seja, respeitando os direitos e liberdades
dos cidadãos
assim os cidadãos voltaram a ter o direito de escolher os seus governantes – direito de voto
Poder Central
conjunto de órgãos que exercem o seu poder sobre todo o território nacional e que abrange toda a população:
o Presidente da República
o Governo (1º ministro e restantes ministros)
o Assembleia da república (deputados)
o Tribunais (juízes)
Presidente da República
o promulga e manda publicar as leis
o é escolhido pelos cidadãos eleitores
Governo
o executa as leis
o o 1º ministro é escolhido pelo presidente da República e os restantes ministros são escolhidos pelo 1º
ministro
Assembleia da República
o faz as leis
o os deputados são escolhidos pelos cidadãos eleitores
Tribunais
o julgam quem não cumpre as leis
o os juízes não são escolhidos por eleições
Assembleia Regional
o faz as leis respeitando a Constituição e as leis gerais da República
o os deputados são escolhidos pelos cidadãos eleitores da região
Governo Regional
o executa as leis
o o primeiro ministro é escolhido pelo partido mais votado para a Assembleia Regional que depois
escolhe os restantes ministros
A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA
Importância dos censos
Conhecer a evolução da população e a sua constituição é bastante importante tanto para compreender o
passado como para planear melhor o futuro. Por isso, realizam-se recenseamentos (ou censos) que
consistem na recolha de dados sobre a população (sexo, idade, naturalidade, profissão, lugar de residência,
grau de instrução, etc…). Com estas informações os governantes conseguem fazer uma melhor gestão dos
recursos que servem a população. Por exemplo, é possível saber onde existe maior necessidade de construir
escolas, centros para idosos, novos hospitais, etc…
A natalidade e a mortalidade
Ao longo do século XX e da primeira década do século XXI verificou-se uma diminuição da mortalidade.
Tal deve-se às seguintes razões:
melhoria da alimentação
melhores serviços de saúde e novos medicamentos
melhoria da habitação, do conforto e da higiene
Por sua vez, também se verificou uma diminuição da natalidade. As principais razões para esta diminuição
são:
desenvolvimento e divulgação de métodos contracetivos, que permitem decidir o número de filhos que se quer
ter
aumento do número de mulheres a trabalhar fora de casa, o que obriga despesas com amas e infantários
No entanto, a natalidade continua a ser superior à mortalidade, o que faz com que se tenha verificado um
aumento da população ao longo do século XX, com exceção da década 1960-1970.
A evolução da população absoluta também é influenciada pela emigração (saída de pessoas para o
estrangeiro) e pela imigração (entrada de pessoas para um país).
Quando a emigração é muito intensa, a população pode diminuir. Por sua vez, a imigração contribui para o
aumento da população.
Emigração
Os principais destinos foram: primeiro países africanos e americanos, sobretudo o Brasil, e mais tarde
França e Alemanha. Na última década, a falta de emprego em Portugal fez com que muitos portugueses
emigrassem sobretudo para Angola.
No entanto, entre 1961 e 1974, muitos portugueses abandonaram o país por razões de natureza política:
Ao longo de décadas tem-se verificado uma grande emigração, o que tem tido como consequências:
Imigração
Nas duas últimas décadas tem-se verificado um aumento da imigração, sobretudo do Brasil, dos Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e de países da Europa de Leste.
Este aumento deveu-se à mudança de regime após o 25 de Abril de 1974 e à adesão à União Europeia que
permitiu um desenvolvimento económico e social que tornou o nosso país atrativo para populações de outros
países menos desenvolvidos.
Conhecer a população implica também saber quantos portugueses são homens ou mulheres e a sua
distribuição por idades – estrutura etária.
Para caracterizar a estrutura etária é comum subdividir a população em três grupos etários (grupos de
pessoas com idades semelhantes):
Em Portugal tem-se verificado uma diminuição do número de jovens, devido à diminuição da natalidade e à
emigração. Por sua vez, o número de idosos tem vindo a aumentar, devido à diminuição da mortalidade.
Sendo assim, pode-se concluir que a população portuguesa tem vindo a envelhecer.
Em relação ao género, existem mais mulheres do que homens, pois a sua esperança média de vida (número
de anos de vida que uma pessoa tem probabilidade de viver após o nascimento) é maior do que a do sexo
masculino.
A distribuição da população A população não está distribuída igualmente pelo país. As pessoas são atraídas pelas
regiões que oferecem melhores condições de vida e maior oferta de emprego – regiões atrativas. As regiões que não
oferecem essas condições são designadas como regiões repulsivas. Sendo assim, a população portuguesa encontra-se
mais concentrada no Litoral, onde se localizam as grandes cidades. Por isso, diz-se que a zona do Litoral tem maior
densidade populacional (número de habitantes por quilómetro quadrado) do que o Interior. Nas regiões autónomas da
Madeira e dos Açores, a maior concentração da população verifica-se junto à costa, onde no passado foi mais fácil o
povoamento, e, na atualidade, há mais emprego e melhores condições de vida.
A população não está distribuída igualmente pelo país. As pessoas são atraídas pelas regiões que oferecem
melhores condições de vida e maior oferta de emprego – regiões atrativas. As regiões que não oferecem
essas condições são designadas como regiões repulsivas.
Sendo assim, a população portuguesa encontra-se mais concentrada no Litoral, onde se localizam as grandes
cidades. Por isso, diz-se que a zona do Litoral tem maior densidade populacional (número de habitantes
por quilómetro quadrado) do que o Interior.
Nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, a maior concentração da população verifica-se junto à
costa, onde no passado foi mais fácil o povoamento, e, na atualidade, há mais emprego e melhores condições
de vida.
Existem dois grandes tipos de povoamento (modo como as pessoas ocupam e organizam o espaço em que
habitam e desenvolvem as suas atividades económicas):
Povoamento rural:
o Cujos habitantes se dedicam principalmente à agricultura, pecuária e silvicultura
o Onde a densidade populacional é baixa
Povoamento urbano:
o Cujos habitantes se dedicam principalmente ao comércio, à indústria e seviços
o Onde a densidade populacional é alta
O povoamento rural disperso é mais comum no Litoral Norte, em algumas planícies do Interior, no Litoral
Alentejano, na parte ocidental da serra Algarvia e na ilha da Madeira.
O povoamento rural agrupado predomina em todo o Interior de Portugal Continental e no arquipélado dos
Açores.
A habitação
As habitações do meio rural têm tradição de serem construídas com os materiais da sua região e são
adaptadas ao tipo de clima da região e às atividades económicas dos seus habitantes.
Ao longo do século XX, a construção tradicional rural tem vindo a ser substituída por um modelo mais
próximo do tipo de construção urbana, que proporciona um maior conforto, com o recurso a materiais mais
modernos e acessíveis – a vivenda.
O trabalho
Agricultura
Pecuária
Silvicultura
No entanto, a introdução da máquina nas atividades económicas tem libertado os habitantes das aldeias para
outras atividades profissionais:
O dia-a-dia
A vida da população do meio rural sofreu grandes alterações, sobretudo a partir da segunda metade do
século XX. Destacam-se as melhorias a nível de:
Hoje em dia é frequente as famílias terem carro próprio e a deslocação às vilas e às cidades mais próximas
tornou-se mais fácil. Sendo assim o acesso a bens e serviços desses meios é mais facilitado o que contribui
também para a melhor qualidade de vida das populações do meio rural.
No entanto, ainda existem algumas povoações, sobretudo do Interior, que não tiveram acesso a muitas destas
melhorias continuando muito isoladas do resto das povoações e núcleos urbanos.
O povoamento urbano corresponde a um espaço onde a densidade populacional é elevada e onde existe um
grande número de habitações e edifícios industriais próximos uns dos outros. Nos centros urbanos é possível
apontar algumas características:
Existência de um centro histórico: que corresponde ao primeiro núcleo de habitantes. Geralmente nesta zona
encontram-se casas comerciais e de serviços, centros escolares e de saúde, instalações administrativas e
judiciais. À sua volta foram crescendo novos espaços habitacionais à medida que a cidade foi crescendo
Existência de poucos espaços verdes: os que existem são geralmente criados pelo Homem
Existência de grandes centros comerciais: hipermercados e grandes centros comercias surgem nos arredores
da cidade
Os centros urbanos localizam-se sobretudo junto ao litoral. No Interior existem poucas cidades e são de
pequena dimensão.
Nas Regiões Autónomas, destacam-se o Funchal, na Madeira, e Ponta Delgada, nos Açores.
A habitação
Os edifícios mais frequentes nos centros urbanos são os prédios com vários andares divididos em
apartamentos. No entanto também existem outros tipos de habitação que refletem duas realidades bastante
diferentes: as vivendas e as barracas.
O trabalho
Comércio
Indústria
Serviços
O dia-a-dia
Ao longo das últimas décadas, tem-se verificado uma melhoria das vias de comunicação e das redes de
transporte, o que contribuiu para a redução da distância-tempo, ou seja, o tempo gasto em deslocações.
Nos centros urbanos, o acesso a serviços de saúde, educação, lazer, etc. é bastante mais fácil do que no
espaço rural. Existe também uma maior oferta de bens de consumo e existem também mais habitações e
mais bem equipadas. A oferta de emprego é maior, bem como o acesso aos estudos e melhores condições de
vida. Por isso, considera-se que os centros urbanos são áreas atrativas, o que tem provocado o seu aumento e
desenvolvimento com a chegada de mais pessoas.
Sendo assim, os meios de transporte e as vias de comunicação têm vindo a sofrer um grande
desenvolvimento nas últimas décadas. No entanto, é possível verificar desigualdades entre o meio urbano e
o meio rural.
No meio urbano
Aspetos positivos:
Variedade de meios de transporte (viatura particular, autocarro, táxi, metro, comboio, etc.)
Grande rede de vias de comunicação que interligam os vários meios de transporte
Aspetos negativos:
No meio rural
Aspetos positivos:
Volume de táfego reduzido, por isso as deslocações locais são rápidas e fáceis
Aspetos negativos:
Níveis de conforto
A qualidade de vida depende do nível de conforto da habitação e dos bens e serviços a que a população tem
acesso.
Na sua maioria, no meio urbano, as habitações possuem as condições consideradas mínimas de conforto:
água canalizada, eletricidade e saneamento básico (instalações saitárias). No entanto, no meio rural, ainda
predominam muitas habitações sem estas condições mínimas de conforto, sobretudo as mais antigas e mais
afastadas de núcleos urbanos.
Também a nível de serviços e equipamentos coletivos verificam-se algumas desigualdades. É nas cidades
que se encontram os melhores e mais modernos hospitais, centros clínicos, universidades, escolas,
bibliotecas, teatros, cinemas e recintos desportivos. No meio rural existe pouca oferta de serviços de
assistência médica, maior dificuldade no acesso à instrução e cultura e a outros serviços úteis como bancos.
De uma forma geral, pode-se concluir que é no meio urbano onde se encontram melhores níveis de conforto,
por isso tem-se verificado um grande movimento da população do meio rural para os núcleos urbanos. No
entanto, também as cidades têm os seus problemas, como o trânsito, a poluição e insegurança, o que leva a
algumas pessoas a preferirem o meio rural.
O MUNDO DO TRABALHO
População ativa e população não ativa
Para ter acesso a bens e serviços, as pessoas precisam de meios económicos. Sendo assim, a maioria dos
adultos como menos de 65 anos exerce uma profissão de forma a obter um salário.
População ativa: população que exerce uma atividade remunerada, ou que está temporariamente
desempregada (que não exerce uma atividade económica mas que está em condições de o fazer).
Por outo lado, jovens, idosos e muitas mulheres donas de casa não recebem qualquer salário pelas suas
atividades.
População não ativa: população que não exerce qualquer atividade paga.
Setores de atividade
Como existe uma grande variedade de atividades económicas, convencionou-se agrupá-las em três setores:
O LAZER
A ocupação dos tempos livres
Nos momentos em que as pessoas não trabalham têm direito a um tempo de lazer, ou seja, tempo livre que
as pessoas ocupam da maneira que mais lhe agrada.
Estes momentos de lazer podem ser aproveitados para praticar atividades desportivas, culturais ou sociais, e
dependem da existência de equipamentos (recintos desportivos, piscinas, teatros, cinemas, museus, etc.) e
de instituições (clubes desportivos e associações culturais) que desenvolvam essas atividades.
Estes equipamentos existem em maior número e com maior oferta de atividades no meio urbano, havendo
por isso diferenças na ocupação dos tempos livres entre as pessoas do campo e as da cidade. Como no meio
rural o acesso a esses equipamentos é mais escasso, a maior parte dos tempos livres são ocupados pelo
convívio com os amigos, idas ao café, jogos em grupo, atividades ao ar livre como a caça, participação em
grupos corais, ranchos, etc. Neste meio dá-se também muita importância às festas tradicionais: feiras,
romarias ou arraiais.
Turismo
Nas férias as pessoas têm mais tempo livre e muitas aproveitam para fazer turismo, ou seja, conhecer
espaços diferentes através de viagens ou passeios. O turismo pode ser feito dentro do próprio país ou para o
estrangeiro.
Devido às suas condições geográficas e climáticas, Portugal é um país que atrai muitos turistas estrangeiros.
Balnear: muitas pessoas são atraídas pelas inúmeras praias existentes ao longo da costa portuguesa,
sobretudo no verão, época de mês seco (cuja precipitação é igual ou menor que o dobro da
temperatura nesse mês)
Cultural: mais frequente nos centros urbanos, relaciona-se com a visita a monumentos, museus ou
centros históricos
De montanha: nas regiões de maior altitude é possível fazer caminhadas pela Natureza e praticar
desportos radicais no inverno
Rural: para quem procura um maior contato com a natureza, ar puro e sossego
Termal: existem nascentes de água que atraem milhares de turistas devido às suas propriedades
curativas
Religioso: muitas pessoas deslocam-se ao nosso país para visitar santuários ou outros locais de culto
O número de chegada de turistas estrangeiros tem vindo a aumentar em Portugal, provocando a entrada de
dinheiro estrangeiro, o desenvolvimento de muitas regiões e o aumento de emprego. Sendo assim, o turismo
é uma das atividades mais importantes do setor terciário pelo desenvolvimento que provoca e pela entrada
de receitas. No entanto, a construção de unidades hoteleiras, restaurantes, cafés, bares, estradas, tem tido um
impacto negativo no ambiente, com a alteração da paisagem e aumento da poluição em áreas que tinham
pouca intervenção humana.
Sendo assim, tornou-se necessário tomar medidas para proteger certas zonas do país a fim de preservar a
natureza, a sua fauna e a sua flora. Foram criadas, portanto, áreas protegidas pelo Estado em que qualquer
alteração do meio carece de autorização. As áreas protegidas são constituídas pelos parques naturais e
reservas naturais.
OS TRANSPORTES E AS COMUNICAÇÕES
Acessibilidade de pessoas, bens e ideias
Hoje, os transportes e comunicações atingiram um tal desenvolvimento que tudo se tornou mais
fácil e rápido. Países e populações encontram-se cada vez mais próximos, assim como Portugal
está mais próximo da Europa e do resto do mundo.
Transportes
Terrestres:
o Rodoviários: circulam pelas estradas
o Ferroviários: circulam pelos caminhos-de-ferro
Aquáticos:
o Marítimos: circulam pelo mar
o Fluviais: circulam pelos rios
Aéreos: circulam pelo ar
Na escolha do meio de transporte mais adequado, deve-se ter em conta alguns aspetos
importantes. No caso da deslocação de pessoas, deve-se ter em conta sobretudo o custo e tempo
da viagem e o conforto que lhes é proporcionado. Em relação ao transporte de mercadorias,
deve-se ter em conta aspetos como o tipo de carga, tempo, custo e distância.
Comunicações
Também hoje a informação tem maior facilidade de circulação e faz-se através de vários meios
de comunicação:
Escrita:
o Livros, jornais, revistas, etc…
À distância:
o Telégrafo, telefone, rádio,televisão, telefax, internet, etc…
Outros:
o Cinema, vídeo, etc…
Hoje, é possível comunicar facilmente com uma pessoa que esteja em qualquer parte do mundo,
através de aparelhos de telecomunicação, ou seja, meios que permitem, através de processos
elétricos, a comunicação à distância.
A troca de ideias e conhecimentos é maior entre os vários países, fazendo com que as fronteiras
façam cada vez menos sentido, dado que as várias partes do mundo estão em permanente
comunicação.
Em 1957, seis países europeus formaram a Comunidade Económica Europeia. Mais tarde,
outros países aderiram esta comunidade, que passou a chamar-se União Europeia, pois os seus
objetivos deixaram de ser apenas económicos mas também políticos, culturais, sociais e
ambientais.
Portugal faz parte ainda da Organização das Nações Unidas, fundada em junho de 1945, após
a Segunda Guerra Mundial.