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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 573
Visto do Ajudante Geral
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Visto do Ajudante Geral
COMANDANTE-GERAL DO CBMMG
CEL BM LUIZ HENRIQUE GUALBERTO MOREIRA
ELABORAÇÃO
CAP BM PETERSON JOSÉ PAIVA MONTEIRO
1º TEN BM ALEXANDRE CARDOSO BARBOSA
1º TEN BM CRISTIANO ANTÔNIO SOARES
1º TEN BM WILKER TADEU ALVES DA SILVA
1º TEN BM ANDRÉA COUTINHO MARTINS
SUB TEN BM SIDNEI BRETAS SANTIAGO
2º SGT BM EDMAR CARVALHO DE JESUS
2º SGT BM CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA
2º SGT BM BRUNO ALVES BICALHO
REVISÃO
TERCEIRA SEÇÃO DO ESTADO MAIOR DO CBMMG
REVISÃO TÉCNICA
BRENO TEIXEIRA DAMASCENO – CRBIO N.º 57629/04-D
GERALDO ELENO SILVEIRA ALVES – Prof. Escola de Veterinária da UFMG
LEONARDO BÔSCOLI LARA – Prof. Escola de Veterinária da UFMG
RENATO CÉSAR SACHETTO TÔRRES - Prof. Escola de Veterinária da UFMG
COLABORAÇÃO
MAJ BM EDSON COTA RAMOS
CAP BM MAURO MARTINS DA SILVA
2º SGT BM ANA PAULA DA SILVA CUNHA
SD BM DANIEL LUIZ DE PAULA MENDES
HERLANDES TINOCO - Médico Veterinário da Fundação Zoobotânica de BH
MINAS GERAIS
2016
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SUMÁRIO
PÁGINA
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ ..... ....666
2. FINALIDADE ............................................................................................................................................................................ 7
3. OBJETIVOS ............................................................................................................................................................................. 8
5.16.Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) ........................................................... 12
5.21.Zoonoses.............................................................................................................................................................................. 13
6.1. INVERTEBRADOS................................................................................................................................................................. 14
7. CONTENÇÃO ........................................................................................................................................................................ 17
7.4.2.Vertebrados ......................................................................................................................................................................... 22
I – Aves .........................................................................................................................................................................................22
II – Serpentes ............................................................................................................................................................................... 23
IV – 2 Gatos (Felinos)................................................................................................................................................................... 30
V – 1 Roedores ............................................................................................................................................................................ 37
V – 3 Felídeos ............................................................................................................................................................................. 40
V – 5 Tamanduás ......................................................................................................................................................................... 43
1. INTRODUÇÃO
A captura de animais de maneira ordinária, no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), é dividida
em dois grupos: animais em perigo ou situação de risco e soltos oferecendo risco à população.
Devido ao avanço gradativo das áreas urbanas em direção às áreas consideradas rurais em todo o Estado, os
animais distribuídos nos diversos biomas estão sendo obrigados a dividir espaço com pessoas e buscar
alimentos e abrigos nas áreas urbanizadas; além da grande quantidade de animais abandonados ou em fuga,
que acabam oferecendo risco à população.
Conforme descrito no quadro abaixo, o número de ocorrências envolvendo a captura de animais em todo o
Estado é crescente, apesar de oscilar anualmente. Esses dados demonstram a necessidade de preparação para
atender esses tipos de ocorrência, com o uso adequado das técnicas, para que não sejamos vítimas e nem
causemos sofrimento ou ferimentos nos animais.
ANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Número de
2.784 3.866 5.199 5.258 4.889 5.105 6.443 6.822 6.033 6.071 7.198
ocorrências
Fonte: CINDS/BM (Anuário Estatístico de Ocorrências)
Segundo o Professor Antônio Pereira de Novaes, desde seus primórdios o homem procurou adaptar os métodos
de contenção às suas necessidades com o propósito de obter comodidade e segurança na lida com os animais.
Dentre esses princípios, ao se lidar com animais domésticos ou silvestres, deve-se reduzir as possibilidades de
acidentes, utilizando-se métodos de contenção seguros.
É importante destacarmos que os equipamentos para a captura e contenção de animais nada mais são do que
uma extensão da própria mão do ser humano, que, de uma forma ou de outra, possibilitam que se alcance e se
manipule o animal sem que haja um contato direto.
Os animais são protegidos por Leis Federais e Estaduais, além de terem direitos assegurados pela Declaração
Universal dos Direitos dos Animais, proclamada na UNESCO em 1978:
Art. 1º - Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
Art. 2º - 1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever
de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.
Art. 3º - 1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis.
2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe
angústia.
Art. 4º - 1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural,
terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.
Art. 5º - 1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de
viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a
este direito.
Art. 6º - 1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua
longevidade natural.
2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.
Art. 7º - Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma
alimentação reparadora e ao repouso.
Art. 8º - 1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal,
quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2. As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas.
Art. 9º - Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que
disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.
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Art. 10º - 1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2. As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Art. 11º - Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é, um crime contra a vida.
Art. 12º - 1. Todo o ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime
contra a espécie.
2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.
Art. 13º - 1. O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem
por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.
Art. 14º - 1. Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar presentados a nível governamental.
2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.
Diante do exposto, fica evidenciado que toda captura de animal deve ser repleta de cuidados, de modo a não
causar sofrimento ou ferimentos; todavia, a integridade física dos bombeiros e/ou pessoas jamais pode ser
ameaçada ou colocada em segundo plano.
2. FINALIDADE
A presente Instrução Técnica Operacional (ITO) tem por finalidade orientar as ações das Guarnições Bombeiro
Militar distribuídas em todo o Estado empenhadas neste tipo de ocorrência e padronizar o uso dos equipamentos
de captura.
É importante salientar que não se trata de uma Instrução taxativa, pois cada ocorrência evolui de uma maneira e,
por mais que se assemelhem, o comportamento do animal pode variar devido a seu porte, peso, estado de
saúde e/ou ambiente.
3. OBJETIVOS
4. ASPECTOS LEGAIS
Diversas Leis e Decretos protegem e respaldam a atuação do CBMMG na captura/contenção de animais, dentre
elas citamos:
Os bombeiros militares, por serem agentes públicos, representantes legais do Estado e investidos de autoridade
para agir em seu nome, devem sempre trabalhar alinhados com as leis, para que sejam legítimas as ações de
captura dos animais em risco ou perigo, mesmo que para isso tenha que utilizar de força física e meios para
realizar uma captura bem-sucedida, minimizando os riscos para a integridade física de qualquer pessoa.
O Código Penal, em seu Art. 23, prevê as excludentes de ilicitude: o estrito cumprimento do dever legal, o
exercício regular de direito, a legítima defesa e o estado de necessidade; no entanto, o(s) militar(es)
responderá(ão) por eventuais excessos.
O estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito ocorrem quando o bombeiro, para cumprir
uma de suas missões constitucionais, tem como ÚNICO CAMINHO agir de forma contrária ao tipificado na Lei e
sacrificar o direito alheio.
Por sua vez, em linhas gerais, a legítima defesa e o estado de necessidade ocorrem quando a ação do agente é
defensiva e é realizada para evitar mal maior à sua integridade física ou à de terceiros, devido a um perigo
iminente ou impossibilidade de agir de outra forma.
A própria Constituição Federal, em seu Art. 144, prevê que a segurança pública é dever do Estado e constitui os
Corpos de Bombeiros Militares como um dos órgãos responsáveis para preservação da ordem pública e da
incolumidade (proteção/segurança desejável) das pessoas.
Já a Constituição Estadual, em seu Art. 142, prevê as competências do Corpo de Bombeiros Militar:
(...)
II – ao Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a execução de ações de
defesa civil, a prevenção e combate a incêndio, perícias de incêndio, busca e
salvamento e estabelecimento de normas relativas à segurança das pessoas e
de seus bens contra incêndio ou qualquer tipo de catástrofe.
Tais Constituições trazem bem definidas a função do Corpo de Bombeiros Militar perante a sociedade; por isso
capturar animais oferecendo risco, utilizando meios e força necessários para contê-los, é totalmente legítimo, já
que esta ação busca trazer a proteção/segurança desejável para as pessoas. A captura de animais em perigo se
caracteriza, por analogia, como um salvamento, evitando, assim, o sofrimento animal, previsto no Art. 2º da
Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
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Um ponto que deve ser destacado é que a Constituição Estadual, em seu Art. 171, alínea “c”, prevê que os
municípios devem legislar sobre animais nocivos (fonte de perigo, transmissores ou causadores de doenças) em
logradouros públicos, portanto compete às prefeituras municipais capturarem animais soltos em via pública,
geralmente através de seus respectivos Centros de Controle de Zoonose (CCZ).
5. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
São as espécies que, por meio de processos tradicionais de manejo e melhoramento zootécnico, tornaram-se
domésticas, possuindo características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem,
podendo, inclusive, apresentar aparência diferente da espécie silvestre que os originou.
Exemplos: gato, cachorro, cavalo, vaca, búfalo, porco, galinha, pato, marreco, peru, avestruz, codorna-chinesa,
canário-belga, periquito-australiano, calopsita e abelha-europeia, dentre outros. A portaria n.º 93/1998 do IBAMA,
em seu anexo 1, lista uma série de animais domésticos para fins de operacionalização.
São aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que
tenham a vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do território brasileiro e suas águas.
Exemplos: mico, morcego, quati, onça, tamanduá, ema, papagaio, arara, tico-tico, galo-da-campina, jiboia,
jacaré, jabuti, abelha-sem-ferrão, vespa, borboleta, aranha e outros. O acesso, o uso e o comércio de animais
silvestres são controlados pelo IBAMA e IEF em Minas Gerais.
A Lei Complementar n.º 140/2011 estabelece que o controle de empreendimentos que utilizam fauna é
compartilhado entre IBAMA e Estados.
São chamados selvagens animais não domesticados que vivem nos seus habitats naturais, como florestas,
desertos ou oceanos. Referem-se, em teoria, aos animais isolados de contato humano. Podem ser também
chamados de animais silvestres. É dito em teoria, pois restam poucos locais no planeta ainda não ocupados pela
civilização humana.
São aqueles cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro. Outras espécies consideradas exóticas
são aquelas que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas águas e que tenham entrado
espontaneamente em território brasileiro.
Exemplos: leão, zebra, elefante, urso, javali, naja, tartaruga-de-orelha-vermelha e cacatua, dentre outros.
São aqueles que vagam à procura de alimento/abrigo ou deslocam-se de um ponto ao outro em local público,
sem a presença de um dono ou responsável.
Todo e qualquer animal que esteja em situação que o impossibilite de se locomover ou sair de determinado local,
desde que haja ameaças iminentes à saúde ou à vida. O risco pode estar associado à ação humana ou do
próprio ambiente.
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Situação na qual há risco imediato, portanto, caso não haja intervenção, o quadro poderá evoluir de forma a
causar danos à integridade física de alguém.
Segundo o Ministério da Saúde, animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas produtoras de
veneno ou substâncias tóxicas, além de aparelho especializado (dentes ocos, ferrões, aguilhões ou cerdas), por
onde o veneno é inoculado. Os animais peçonhentos de importância para a saúde pública no Brasil são
serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas e outros.
Apicultores são indivíduos que praticam a apicultura, ou seja, criam abelhas do gênero Apis para a obtenção de
um ou mais dos seguintes produtos: mel, cera, pólen, geleia real, própolis ou veneno.
Meliponicultores são também criadores de abelhas para obtenção dos mesmos produtos almejados pelos
apicultores, porém a partir de meliponídeos, ou seja, abelhas nativas (indígenas) e sem ferrão.
São estruturas criadas nos municípios, geralmente os que não possuem CETAS, e que tem a finalidade de
receber, alojar, e tratar animais domésticos e silvestres capturados, bem como destiná-los aos seus donos,
quando for o caso. Visa o controle da população animal, prevenção e controle de zoonoses e proteção animal.
São unidades de saúde pública que têm como atribuição fundamental prevenir e controlar as zoonoses (como
raiva/hidrofobia e a leishmaniose visceral, além da dengue e doença de Chagas), desenvolvendo sistemas de
vigilância sanitária e epidemiológica. Desempenham suas funções por meio do controle de populações de
animais domésticos (cães, gatos e animais de grande porte) e controle de populações de animais sinantrópicos
(morcegos, pombos, ratos, mosquitos e abelhas, dentre outros) que se adaptam a viver junto ao homem, a
despeito da vontade deste.
Além de funções previstas, cabe ao CCZ planejar, normatizar, coordenar, acompanhar, avaliar, executar as
ações de controle de zoonoses, integrar os sistemas de informação do Sistema Único de Saúde (SUS) para
manutenção de banco de dados, produção e difusão de informações e criar, construir e equipar os núcleos de
controle de zoonoses. Não é função do CCZ funcionar como canil, concentrando animais que não sejam de
interesse de saúde pública.
É todo empreendimento autorizado pelo IBAMA, somente de pessoa jurídica, que tem por finalidade receber,
identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar animais silvestres provenientes da ação de
fiscalização, resgates ou entrega voluntária de particulares.
Contenção química refere-se ao estado induzido por medicamento, que produz modificação favorável do
comportamento, sedação, analgesia e/ou relaxamento muscular, com objetivo de alcançar o estado de
mobilidade que permita a realização de um procedimento médico ou de manejo mais prolongado, minimizando
assim o estresse e oferecendo segurança para o animal e a equipe.
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É caracterizada como sendo a cessação mecânica dos movimentos, de modo que o animal permaneça contido
para permitir a intervenção dos procedimentos necessários, como, por exemplo, efetuar exames clínicos, coleta
de material para exames laboratoriais e vacinação ou a captura propriamente dita.
É aquela que o animal mantém do seu “inimigo” antes de apresentar comportamento agonístico (de luta ou fuga).
Se ela for ultrapassada o animal ataca ou foge. Almejando efetuar contenção química, o Médico Veterinário
deverá manter distância suficiente para que não seja atingido o ponto de fuga do animal, o qual é variável entre
as espécies. Esta distância pode variar entre animais da mesma espécie.
5.16. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
O IBAMA, criado pela Lei nº 7.735/89, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. É
responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente no que toca à presença e conservação do
patrimônio natural, exercendo o controle e a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna,
solo, etc.). O acesso, o uso e o comércio de animais silvestres são controlados por ele.
Vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD e tem por
finalidade executar a política florestal do Estado e promover a preservação e a conservação da fauna e da flora,
o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis e da pesca, bem como a realização de
pesquisas em biomassa e biodiversidade. Com a Lei nº 140/2011, o IEF passa a ser responsável pela gestão da
fauna no Estado de Minas Gerais e compartilha essa responsabilidade com o IBAMA.
Também chamado de zoológico ou simplesmente zoo, é um local específico para manter animais selvagens e
domesticados que podem ser exibidos ao público. Nele existem profissionais especializados, como veterinários,
biólogos e zootecnistas, que cuidam da alimentação, das jaulas, da saúde mental e física dos animais, dentre
muitas outras atividades.
Os zoológicos possuem vários objetivos, dentre os quais estão a pesquisa, a preservação e a educação, sendo
que a diversão é o menos relevante. Assim, os zoológicos têm o papel de proteger os animais, em vez de
explorá-los. Têm como grande função a pesquisa, como, por exemplo, tratamento de doenças, inseminação
artificial e rastreamento de animais na natureza.
O médico veterinário tem por atribuição prestar assistência clínica e cirúrgica a animais domésticos e silvestres,
além de cuidar da saúde, da alimentação e da reprodução de rebanhos. Outra de suas funções,
complementando sua atenção na saúde animal e na saúde pública, é inspecionar a produção de alimentos de
origem animal. O médico veterinário é, também, o profissional capacitado/responsável para a utilização de
técnicas de contenções farmacológicas.
A Polícia Ambiental é uma das subdivisões da Polícia Militar que tem por funções fiscalizar as exportações
florestais, o transporte de produtos e subprodutos florestais, o transporte e o comércio de pescados, o transporte
e o comércio de plantas vivas procedentes de florestas, os desmatamentos e queimadas, os criadouros de
animais silvestres e as atividades de pisciculturas, além de coibir as atividades poluidoras do meio ambiente, e
outras relacionadas.
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5.21. Zoonoses
Entende-se por zoonoses as infecções ou doenças infecciosas transmissíveis por animais ao homem e as que
são comuns ao homem e aos animais. O exemplo clássico é a raiva. A leishmaniose visceral tem sido, nos dias
atuais, uma importante zoonose, porém não é transmitida ao homem pelo contato direto com o cão. Ela precisa
do vetor, que é um mosquito.
Classificar significa agrupar os seres seguindo características comuns. Esses caracteres podem ser anatômicos,
fisiológicos, genéticos e evolutivos. Taxonomia é a ciência que se incumbe de classificar os seres vivos.
De acordo com o sistema de classificação criado por um cientista chamado Carolus Linnaeus (traduzido para o
Português: Lineu), os seres vivos podem ser classificados em Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e
Espécie, podendo haver subdivisões desses grupos (táxons). Esse método leva em consideração apenas
semelhanças anatômicas e fisiológicas, não observando similaridades evolutivas. Sendo assim, existe outra
forma de agrupar os organismos vivos seguindo parentescos evolutivos: a Sistemática Filogenética ou
Cladística.
Os animais são organismos vivos multicelulares que pertencem ao reino Metazoa (reino dos animais). Para este
trabalho, iremos inicialmente dividir os animais em vertebrados e invertebrados e citaremos apenas os grupos
que possuem importância em relação à atividade do Bombeiro Militar. Em caso de acidentes, as ações de APH
seguirão ao disposto na ITO 23 - Protocolo de APH.
6.1. INVERTEBRADOS
São os animais que não apresentam coluna vertebral. Exemplos: minhocas, insetos, aracnídeos, moluscos
(lesmas e caramujos) e crustáceos. Destacaremos, em seguida, os invertebrados que frequentemente oferecem
riscos aos humanos ou outros animais, sendo mais recorrentes nos chamados junto ao CBMMG:
I- Abelhas: Os grupos de abelhas que oferecem maior risco de ataque pertencem ao gênero Apis, pois
possui um aparelho capaz de inocular veneno: a apitoxina. Pessoas que sofrerem múltiplos ataques podem
desenvolver insuficiência renal aguda (IRA) em até 72 horas.
Algumas espécies de abelhas nativas não devem ser alvo de extermínio por parte do CBMMG, pois tal
ação pode contribuir para a extinção dessas espécies, que são muito importantes na polinização de plantas
brasileiras: Jataí, Arapuá, Uruçu Amarela, Guarupu, Mandaçaia-do-Chão, Mirim-Guaçu, dentre outras.
II- Marimbondos: Diferem das abelhas por apresentarem um estreitamento entre o tórax e o abdômen,
formando uma cintura. Constroem seus ninhos com lama, geralmente em telhados e forros das casas. São
atraídas por perfumes e substâncias doces. Tornam-se agressivas quando molestadas por pessoas ou animais.
Possuem ferrão e toxina. A composição do veneno ainda é pouco conhecida, porém existe diferença
entre os venenos das abelhas e dos marimbondos. Constitui-se, também, de mistura de substâncias (proteínas e
aminas). O quadro clínico é parecido com o de acidente causado por abelhas do gênero Apis, podendo até
desenvolver reações de hipersensibilidade, entretanto, no caso dos marimbondos, não há presença do ferrão no
local da picada.
III- Aranhas: possuem o corpo articulado, quatro pares de pernas e o corpo dividido em cefalotórax e
abdômen. Quase todas as espécies descritas no mundo possuem glândula de veneno, entretanto, no Brasil,
apenas 3 gêneros podem causar envenenamento grave em humanos: Armadeira, Marrom e Viúva-Negra.
De maneira geral, os acidentes envolvendo aranhas podem causar dor (de discreta a severa) no membro
afetado, priapismo, náuseas, vômitos, dor abdominal, sialorreia (salivação abundante), sudorese, hipertensão
arterial e taquicardia. Além disso, pode ocorrer necrose e insuficiência renal em caso de acidentes com aranhas
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marrons. Raramente os acidentes com aranhas são fatais. Em envenenamentos graves, pode ocorrer estado de
choque e edema pulmonar. Os sinais e sintomas irão depender da espécie que causou o envenenamento.
IV- Escorpiões: O veneno do escorpião provoca quadro local e sistêmico, que varia muito, dependendo
da espécie do animal, quantidade de veneno inoculado e da idade do paciente (mais grave nos extremos etários
- crianças e idosos). No local da picada, geralmente ocorre dor, que pode irradiar para todo o membro, seguido
de edema. Dentre as manifestações sistêmicas, podemos citar: náusea, vômito, arritmia cardíaca, insuficiência
cardíaca congestiva, estado de choque, sudorese, agitação e dispneia. Nos casos graves, pode ocorrer parada
cardiorrespiratória.
6.2. VERTEBRADOS
De maneira geral, as vítimas de serpentes peçonhentas podem apresentar os seguintes quadros clínicos: dor,
necrose de membros, formação de bolhas, hemorragias, ptose palpebral, face miastênica, diplopia, hematúria,
distúrbios de coagulação sanguínea, insuficiência renal, dispneia, insuficiência respiratória aguda, podendo,
inclusive, haver episódios fatais.
No Brasil existem quatro grupos de serpentes peçonhentas: Bothrops (grupo das jararacas), Crotalus (grupo das
Cascavéis), Lachesis (grupo da surucucu pico-de-jaca) e Micrurus (grupo das Corais Verdadeiras).
A característica principal das serpentes peçonhentas do Brasil é a presença de fosseta loreal. Essa estrutura é
um órgão responsável pela percepção de calor nas serpentes que a possuem. O único grupo de serpentes
peçonhentas que não possui fosseta loreal é o das Corais Verdadeiras. Somado à fosseta loreal, podemos
também observar as caudas dos animais. As cascavéis possuem chocalho ou guiso em suas caudas. As do
gênero Bothrops possuem as escamas da cauda lisa no mesmo padrão do corpo. A surucucu pico-de-jaca
possui as escamas eriçadas. Veja a fig. 02.
B
C D
II – Aves: com características típicas que dispensam descrições, é importante frisar apenas que pássaro
não é sinônimo de ave. Os pássaros são da ordem passeriformes, já as águias, falcões, carcarás e
assemelhados são da ordem falconiformes. Apesar das diferenças, ambos estão inclusos na classe das aves.
As aves têm como defesa: bicos e garras. Os ferimentos causados por ambos podem ser muito graves, podendo
causar mutilação de partes do corpo e/ou até mesmo cegueira.
Podem causar ao ser humano várias doenças por meio de aerossóis, secreções e excreções.
III – Mamíferos: constituem uma classe de animais vertebrados caracterizados pela presença de
glândulas mamárias que, nas fêmeas, produzem leite para alimentação dos filhotes, presença de pelos ou
cabelos, com exceção dos golfinhos e de algumas baleias, os quais somente na fase embrionária possuem
pelos.Destacaremos, em seguida, os mamíferos que frequentemente oferecem riscos aos humanos ou outros
animais, sendo mais recorrentes nos chamados junto ao CBMMG:
Gambá: tem como defesa os dentes. O gambá brasileiro não exala odor desagradável, característica
essa peculiar ao gambá norte americano.
Tamanduás: têm como defesa as patas dianteiras (unhas) e o “abraço”, momento este que os
animais ficam num tripé formado por pernas traseiras, cauda e patas dianteiras.
Capivara: Não possui dentes caninos, mas possuem molares que trituram alimentos e dentes
incisivos (da frente) bem desenvolvidos. Os dentes são seus principais mecanismos de defesa.
Morcego: possui como defesa os dentes. É grande transmissor de doenças, principalmente pelas
fezes.
Equídeos: tem como defesa a cabeça, coice e esporadicamente os dentes.
Bovídeos: tem como defesa a cabeça e coice.
Javali: tem com defesa cabeça e dentes.
Macaco: possui grande força nos membros superiores e tem com defesa socos, mordidas e unhas.
Cães, Lobos, Gatos e Onças: possuem como defesa dentes e garras. Dependendo da espécie
apresentam muita agressividade.
Obs.: Todos os mamíferos possuem o potencial de transmitir a raiva por meio de mordidas, arranhões e
lambeduras.
7. CONTENÇÃO
Conter um animal significa limitar seus movimentos ou até mesmo imobilizá-lo completamente. Os métodos de
contenção podem ser divididos em físicos (mecânicos) e químicos (farmacológicos).
Qualquer que seja o meio empregado é de fundamental importância que o método selecionado permita plena
segurança para o animal e para a equipe envolvida. Para isso, é essencial uma equipe bem treinada e
entrosada.
As drogas podem ser administradas por diversas vias, mas é dada ampla preferência à via intramuscular, em
função de oferecer maior praticidade e menores riscos.
A injeção intramuscular pode ser feita de maneira direta, estando, o paciente, contido por meios físicos ou
podem ser empregados métodos de injeção à distância, como no caso de bastões aplicadores, zarabatanas ou
até mesmo o uso de rifles e pistolas.
Nos casos em que a agressividade, o porte do animal e/ou o espaço físico impedirem a ação do bombeiro,
poderá ser realizada a contenção química.
Para isso, de acordo com a Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, haverá necessidade do
acionamento de um veterinário, pois somente esse profissional tem legalmente autorização de emprego de
armas com drogas em animais.
Dessa forma, somente um profissional devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária
poderá preparar o fármaco para eventuais empregos, mesmo que quem venha disparar a arma seja um
bombeiro militar.
A contenção mecânica ou física de um animal é considerada quando utilizamos as mãos ou algum equipamento
para isso. Trata-se de um ato extremamente estressante para o animal, sendo que a intensidade e o
prolongamento desse estímulo podem resultar em graves sequelas e até mesmo levá-lo à morte.
A atuação do CBMMG na contenção de animais se restringirá às ocorrências em que o animal estiver em uma
situação que coloque em risco sua integridade física ou sua vida ou que coloque em risco pessoas ou outros
animais, devendo, então, ser imobilizado para transporte para uma instituição, soltura em seu habitat natural ou
devolução ao seu proprietário.
A responsabilidade sobre qualquer falha ou acidente é do coordenador da operação, que deve tomar a frente e
descartar procedimentos errôneos. As possibilidades de acidentes devem ser reduzidas, utilizando-se métodos
de contenção seguros.
O ambiente em que o animal se encontra deve ser minuciosamente estudado, assim como locais de possível
abrigo e meios de fuga, tanto para o animal como para o operador.
Antes de conter qualquer animal, devemos conhecer seu comportamento de defesa, para que ele possa ser
imobilizado, primeiramente, na parte do corpo com que tentará se defender.
O respeito ao animal nunca deve ser negligenciado. Mesmo quando o sacrifício for necessário, deve-se
minimizar a dor e o sofrimento.
7.3. Preparativos
a) Os chefes de Guarnição devem, ao assumirem o turno de serviço, verificar a existência dos materiais
listados nesta Instrução Técnica Operacional e solicitá-los ao Setor de Meios/Almoxarifado da Unidade, caso
necessário;
b) Antes de conter um animal, todos os equipamentos e materiais necessários para o procedimento
deverão estar prontos e disponíveis;
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c) Utilizar sempre equipamentos de proteção e não subestimar o animal que será contido, visto que até
mesmo animais de pequeno porte podem causar ferimentos graves;
d) Respeitar a distância crítica, ou seja, manter uma distância mínima que respeite a individualidade do
animal, a qual, se violada, pode levar o animal a atacar ou fugir;
e) As roupas a serem utilizadas pelo bombeiro devem ser de cores discretas (preto, branco, cinza, marrom,
caque) ou camufladas, além de permitirem movimentos livres;
f) Odores podem ser utilizados para diminuir o estresse e atrair o animal. Quando da captura de animais
livres, o odor tem importância ainda maior, sendo que frutas e flores de época da região podem ser esfregadas
nas vestes e calçados;
g) A fim de minimizar o cheiro humano, cosméticos, xampus, perfumes e repelentes de inseto têm uso não
recomendado;
h) O som pode ser utilizado para atrair muitas espécies de animais, estando normalmente relacionado à
alimentação ou à reprodução, porém pode ser utilizado para afugentar, também, como é o caso de bombas;
i) O fogo causa medo nos animais e serve para deter o ataque ou ajudar na transferência de locais
(recintos);
j) Duchas de água podem ajudar a repelir ou atrair o animal, de acordo com a espécie. Deve-se ter
cuidado de não molhar o pavilhão auditivo para não predispor às infecções. Caso o pavilhão auditivo seja
molhado, deve-se secar, fazendo-o com segurança;
k) O alimento pode atrair e acalmar o animal e pode ser utilizado em armadilhas;
l) Evitar segurar os animais apenas por uma pata, asa, bico ou braço. Lembrar sempre que algumas
espécies possuem membros delicados, como aves e saguis, sendo assim, fraturas podem acontecer facilmente.
Fluxograma de atendimento:
Fonte: O Autor
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Visto do Ajudante Geral
a) Mecanismos de Defesa:
b) EPI:
Panos e toalhas;
Sacolas plásticas;
Puçá ou redes de malha fina;
Recipiente de transporte e/ou captura;
Fumigador;
Chamas se for necessário e possível.
Para a captura podem ser usados panos, toalhas, puçás ou redes de malha fina, de acordo com as
características de cada espécie;
Nos casos em que houver risco iminente à população, ou seja, oferecer risco direto à integridade
física do ser humano, poderá ser realizada a eliminação direta da espécie (insetos e aracnídeos),
devidamente fundamentada com detalhamento pelo chefe da guarnição em documento oficial de registro
de ocorrência;
É desejável que os insetos sejam eliminados o mais rápido possível, diminuindo-se, assim, o sofrimento
deles. Existem muitas técnicas que podem ser empregadas para se eliminar insetos diretamente, dentre elas o
uso de álcool 70% ou absoluto, gases tóxicos (inseticidas) e fogo (maçarico/ tocha);
Para se capturar aranhas ou escorpiões pode ser usado um frasco de “boca” larga, sendo colocado sobre
o animal com cuidado para não esmagá-lo com a beirada do frasco. Depois coloca-se um papel embaixo, de
preferência grosso, e vira-se o frasco para cima, tampando-o para maior segurança;
7.4.2. Vertebrados
I – Aves
a) Mecanismos de Defesa:
Bico;
Garras,
Vômito (urubus).
b) EPI:
Panos e toalhas;
Puçá ou redes de malha fina
Caixa de transporte e/ou captura,
Sacos.
d) Métodos de Captura:
Procura-se uma aproximação de forma pouco perceptível pelo animal e faz-se a captura repentina com o
lançamento de um pano, toalha, rede ou puçá;
Com o animal capturado ainda envolvido, fixa-se a cabeça por trás, segurando com o dedo indicador na
região dorsal da cabeça e com o dedão e o dedo médio nas laterais da cabeça; o restante da palma da mão
serve como apoio para o corpo ou pescoço da ave, dependendo de seu tamanho;
Após conter a cabeça, fixam-se os membros pélvicos de tal forma que um dos dedos esteja entre as
articulações dos membros da ave, evitando-se, assim, que sejam comprimidas;
No caso de aves como: falcão, águia, coruja e gavião, deve-se focar primeiramente nas garras e depois no
bico, imobilizando-se, por fim, os pés, acima das garras, para evitar acidentes.
e) Cuidados:
Deve-se ter cuidado para não comprimir o corpo das aves e, dessa maneira, impedir os movimentos
respiratórios delas, tendo em vista não possuírem diafragma, o que pode levar à morte desses animais;
Sempre que possível, vendar os olhos da ave a fim de possibilitar a tranquilização;
A retirada de qualquer material que esteja preso ou enroscado no animal, como linha de pipa, deverá ser
realizada com cautela;
Quanto aos urubus, eles também se defendem lançando vômito que contém ácidos fortes e muitas
bactérias, o que pode representar perigo quando em contato com as mucosas das pessoas.
II – Serpentes
Havendo dúvidas, toda serpente deverá ser tratada como peçonhenta para captura pelo Corpo de Bombeiros.
a) Mecanismos de Defesa:
Mordida ou picada;
Veneno;
Contrição (algumas serpentes de grande porte).
b) EPI:
Capacete.
d) Métodos de Captura:
Respeitar à distância crítica dos répteis, devendo-se ter como base a extensão do equipamento utilizado
para captura;
Quando for necessária a utilização das mãos para a captura do animal, ela deverá ser feita conjugada com
equipamentos auxiliares (gancho, cambão e etc.);
Com o uso do gancho, do cambão ou laço de Lutz, faz-se uma leve pressão na base da cabeça da
serpente, para contê-la, segurando firmemente com os dedos. Com a outra mão, segura-se a cauda, não
podendo, o animal, ser seguro apenas pela cabeça;
Ao colocar o animal no solo ou na caixa de transporte, deverá ser usado o equipamento para imobilizar
novamente a base da cabeça, antes de soltá-lo. Mantém-se a pressão atrás da cabeça, retira-se a mão e afasta-
se;
Com o uso dos mesmos equipamentos, poderemos, ainda, levantar a serpente em sua parte medial, sem
a utilização da mão atrás da cabeça, para colocação na caixa para transporte;
O fechamento da caixa e abertura deverá ser realizado com o uso do gancho, para evitar acidentes.
e) Cuidados:
Tomar precaução quando for revirar troncos, pilhas de lenha, folhagens, pedras e etc.;
Levar sempre em conta o comportamento das serpentes, em especial a distância que podem atingir no bote,
que varia com os gêneros e espécies, sendo, entretanto, cerca de 1/3 do comprimento corporal;
Em caso de acidentes, deverá ser prestado o socorro imediato com o transporte para hospital para aplicação
do soro antiofídico, devendo, sempre que possível, ser capturado ou identificado o animal agressor;
Um dos fatores que influenciam a agressividade das serpentes é a temperatura, ou seja, quanto maior a
temperatura mais agressiva e quanto mais frio maior sua sonolência;
Em atendimentos envolvendo serpentes exóticas, os bombeiros devem redobrar a atenção, devido à
ausência de soros antiofídicos apropriados.
III – Répteis
III – 1 Jacarés
a) Mecanismos de Defesa:
Mordida;
Cauda;
Unhas ou Garras.
b) EPI:
Cambão ou enforcador;
Laço;
Fitas adesivas resistentes ou tira de câmara de ar para fechamento da boca;
Pano para tapar os olhos do animal (umedecidos);
Redes (malha de 2,5 a 5 cm);
Cordas;
Gaiola de transporte e/ou captura.
d) Métodos de Captura:
No caso de jacarés, pode-se utilizar o cambão, envolvendo o pescoço e um dos membros torácicos,
tomando cuidado com a cauda, que possui grande força muscular. Segurar firmemente, pois tais animais
possuem o hábito de girar sobre seu próprio eixo, com grande força;
O giro do animal pode arrancar o cambão das mãos de um homem e jogá-lo no chão;
Após o animal ter sido laçado pelo pescoço, sua boca deverá ser também, imobilizada. No entanto, ao
envolver a boca com fita ou câmara de ar, deve-se tomar cuidado para não tapar suas narinas, já que
isso pode levar o animal à morte;
Utiliza-se o laço com uma vara longa, para envolver a boca do animal, assim se permite que ele gire
livremente, mantendo-se tensa a corda até que ele canse e pare;
Joga-se uma toalha molhada sobre os olhos, para que não consiga fixar o olhar num alvo (diminui a
agressividade), sendo que, então, a boca é amarrada, as pernas traseiras são, também, amarradas junto ao
corpo, e, por fim, as pernas dianteiras;
Também, pode-se encurralar o animal, deixando uma rota de fuga, onde é armado um dispositivo de
captura (gaiola ou rede).
e) Cuidados:
Esses animais geralmente possuem unhas afiadas e cortantes, podendo ferir o manipulador,
principalmente com os membros pélvicos;
Nunca devemos segurar o animal apenas pela cauda, pois a maior parte dos lagartos pode desprendê-
las como mecanismo de defesa.
IV – Mamíferos Domésticos
IV – 1 Cães (Canídeos):
Família de mamíferos carnívoros que possuem 4 ou 5 dedos nas patas anteriores e posteriores, providas
de garras não retráteis adaptadas para tração em corridas.
a) Mecanismos de Defesa:
Dentes;
Garras.
b) EPI:
Cambão ou Enforcador;
Cordas;
Rede;
Puçá;
Caixa de transporte e/ou captura e sacos.
d) Métodos de Captura:
Antes de iniciar qualquer procedimento, deve-se isolar o local da captura, a fim de evitar o aumento do
estresse animal devido à presença e agitação do público;
Prever uma rota de fuga para o animal, desde que com armadilha montada;
Planejar rota de fuga para a equipe;
O trabalho com o cambão/enforcador deverá ser realizado com, no mínimo, uma dupla de bombeiros,
ambos com o equipamento, porém em lados opostos. Um dos bombeiros chama a atenção do animal, enquanto
que o outro faz a captura;
Após o primeiro envolver o animal com o cambão/enforcador, o outro bombeiro também deverá fazê-lo;
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Não apertar o laço com muita força, pois poderá matar o animal por enforcamento ou causar traumatismo,
como fraturas dentais e lesões na traqueia;
É aconselhável envolver a extremidade do cabo, onde forma o laço, com um pedaço de câmara de ar ou
de mangueira, a fim de evitar a quebra dos dentes do animal;
Utilização da técnica do “Chicletes” ou “Isca”: Abre-se o laço do enforcador (1) e, por dentro da alça,
coloca-se a ponta de outro enforcador (2). Quando o animal mordê-lo, envolve-se seu pescoço com o laço que
está aberto, fechando-o rapidamente;
Rede de arrasto: O uso pode ocorrer encurralando o animal ou em sua rota de fuga;
Rede de arremesso: Utilizada em áreas abertas, a rede (tarrafa) é arremessada sobre o animal (estático
ou em movimento);
O puçá poderá ser utilizado para a captura de cães de pequeno porte, tomando-se o cuidado devido ao
diâmetro da malha, que poderá causar lesões no animal;
A gaiola ou jaula é utilizada para o transporte dos animais, porém pode ser utilizada como um dispositivo
do tipo armadilha tomahawk ou sherman, colocando-se em seu interior uma isca para atrair o animal. Consiste
em uma armadilha do tipo “espera”. Ela é armada em situações onde a captura do animal pode ser dificultada
pelas características do ambiente, que proporciona várias rotas de fuga com risco ao operador e ao animal;
Fig. 15 – Gaiola/Jaula.
Após capturado, o animal deve ser colocado rapidamente na gaiola/jaula de transporte, mantendo-se a
ventilação. Para acalmar o animal, é aconselhável cobrir a gaiola/jaula com um pano escuro, mantendo-se
sempre uma boa ventilação.
e) Cuidados
IV – 2 Gatos (Felinos)
Família de mamíferos carnívoros que possuem dedos com almofadas e garras retráteis ou semi retráteis.
a) Mecanismos de Defesa:
Dentes e mordidas;
Unhas e arranhões, com travamento das garras;
Os felinos conseguem dar um giro de 180º com o corpo, quando mal contidos.
b) EPI:
Panos e toalhas;
Puçá ou redes de malha fina;
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d) Métodos de Captura:
Outra forma de imobilizar o gato é segurando firme a pele no dorso do animal, na região entre as
escápulas, levantando-o;
A imobilização das patas é de suma importância, podendo ser feita envolvendo o corpo do animal em um
pano;
animal poderá ser encurralado com a rede, montando-a na rota de fuga ou arremessando-a sobre o
animal;
Em geral, os felinos domesticados são dóceis, sendo que os ataques geralmente estão relacionados à
tentativa de pegá-los ou acariciá-los;
É aconselhável, sempre que possível, o bombeiro, no momento da captura, usar o recurso de “iscas”, que
podem ser alimentos e ou até mesmo objetos com que o animal esteja familiarizado, para atraí-lo e ganhar sua
confiança, realizando a captura fácil, sem descuidar, em momento algum, da segurança pessoal e de terceiros.
Para acalmar o animal, é aconselhável cobrir a gaiola/jaula com um pano escuro, mantendo-se sempre
uma boa ventilação.
e) Cuidados:
Deve-se observar se alguma pessoa foi mordida ou arranhada pelo animal a ser capturado, devido ao
risco de transmissão de doenças;
Evitar apertar o animal com muita força, a fim de evitar lesões e até mesmo a morte durante ou após sua
captura;
Cuidado especial ao utilizar redes para captura de felinos, pois essa técnica deixa-os muito agressivos, e,
na tentativa de fugir, eles acabam se enroscando nas redes, sendo que na maioria das vezes é necessário cortá-
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las para liberação dos animais. Há, ainda, o risco de lesões graves nos animais devido ao tamanho da malha e
ao diâmetro do cordim. Redes de pesca devem ser evitadas.
É normal os gatos subirem em lugares altos, seguindo seus instintos naturais de caça e curiosidade,
sendo, seus músculos, adaptados para essas atividades.
A atuação do bombeiro deverá ser realizada após avaliação criteriosa e somente haverá
intervenção caso haja a confirmação de que o animal encontra-se em situação de risco, tais como presos
em linhas, galhos e fios.
Avaliados os riscos e tomadas todas as medidas de segurança pela equipe poderão ser adotados os
seguintes procedimentos:
Acessar o animal utilizando escadas e ou lança elevatória;
Utilizar o Puçá ou Cambão para a captura;
Em galhos de árvores muito finos, a guarnição poderá optar por cortar o galho utilizando a técnica do
“Balancinho” (queda guiada), improvisando um apara quedas para proteger o animal de uma queda direta no
solo;
Animais dóceis poderão ser capturados com as mãos, protegidas por luvas, sendo utilizadas bolsas ou
mochilas amarradas e guiadas por cordas para descê-los;
Não é recomendado descer segurando o animal, devido aos riscos de acidentes com o bombeiro.
IV – 3 Equídeos e Bovídeos
Mamíferos Artiodáctilos ou Perissodáctilos que possuem 1 ou 2 dedos em cada pata, protegido por
cascos.
a) Mecanismos de Defesa:
Equinos: pisões, coices (com os pés), manotadas (com as mãos), atropelamentos (quando em fuga),
mordidas, cabeçadas e esmagamentos;
Bovinos: pisões, cabeçadas, chifradas, atropelamentos (quando em fuga), coices e esmagamentos.
b) EPI:
Cordas;
Laços;
Cabrestos;
Cinta de poliéster “Polifitema” (1.0m de comprimento, 50mm de largura, 1.0t de resistência), na
impossibilidade pode-se substituir por cabo solteiro (nó fiel) ou anel de fita;
Sistemas de redução de força (polias, moitões, talha tirfor);
Lingas;
Tripé, aparelho de poço;
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Escadas;
Guincho elétrico (caso haja).
Com o uso de cordas, o bovino pode ser amarrado pelas patas dianteiras e os equinos entre o boleto e o
casco, conhecido como machinho;
C
Fig. 18 - A - Cinta de poliéster “Polifitema”
B e C - Peia para elevação de bovinos e equinos
adultos construída a partir de A.
A ancoragem pode ser realizada passando-se uma fita de carga de espessura considerável (mangueira)
sob o tronco do animal e, se possível, outra pelas ancas, tendo o cuidado para não estrangular a genitália, pois
isso pode matá-lo ou deixá-lo agressivo;
B
C
A remoção do animal deve ser realizada com o uso de tripé e/ou um sistema de redução de forças;
Uma venda ou pano pode ser colocado sobre os olhos do animal, para diminuir o estresse;
A atuação deve ser, preferencialmente, na presença do proprietário do animal, devido ao grande risco de
morte por estresse em virtude da situação.
e) Cuidados:
Animais dentro de poços podem esmagar o bombeiro durante as amarrações, devendo a atenção ser
redobrada;
Antes do resgate de bovinos e equinos vivos atolados é indispensável ter certeza que os mesmos estejam
respirando. Isso para evitar asfixia e agonia (se debaterem violentamente) com maiores riscos de acidentes e
morte;
O uso de laço no pescoço isolado ou associado à focinheira deve ser praticado de modo a não enforcar
nem obstruir as narinas;
Sempre que possível, o bovino e o equino adultos devem ser elevados em posição horizontal em relação à
coluna vertebral, com os membros para cima ou para baixo. Quando só for possível a elevação em posição
vertical, essa deve ser feita pelos membros anteriores, estando a cabeça amarrada (sem enforcar e tampar as
narinas) próximo dos cascos. Elevar bovinos e equinos adultos pelos membros posteriores (de cabeça para
baixo) induz compressão no diafragma pelos órgãos pesados do abdome, com risco de asfixia;
Quando, ao invés de elevação, a necessidade é de arrastar o bovino ou equino adulto pode-se utilizar a
força de arrasto pelos membros posteriores e anteriores juntos com a cabeça, garantindo ausência de
enforcamento e de oclusão das narinas;
Sempre que possível, deve-se evitar a elevação de bovino e equino adultos vivos por um só membro.
Como também não se devem utilizar dois membros,
sendo um anterior junto a outro posterior, do mesmo lado ou cruzados. Tais práticas
facilitam a ocorrência de lesões graves, podendo o animal não se recuperar. A elevação através dos quatro
membros pode ser feita. Lembrando que acarreta hipertensão abdominal com risco de asfixia e aborto em
fêmeas em final de gestação;
Durante a retirada do animal, ele pode usar de mecanismos de defesa, como, por exemplo, coices, sendo
assim, suas patas devem ser amarradas, para evitar acidentes;
A cabeça do animal deve ser amarrada e guiada durante todo o içamento, pois o peso do pescoço,
dependendo da posição, pode vir a quebrar a coluna do animal e levá-lo a óbito;
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Visto do Ajudante Geral
Ainda dentro de poços, ao se amarrarem as patas dos animais, deve-se ter cuidado com mordidas de
equinos e com cabeçadas de bovinos, devendo-se, além disso, redobrar esses cuidados com relação aos chifres
desses animais;
No caso de fossas, o socorrista deve estar equipado, também, com o roupão sanitário, para evitar
contaminação, devendo, todo material utilizado, ser descontaminado, ao final dos trabalhos;
No caso de animais machucados e na ausência do proprietário, o município deverá ser acionado, pois é o
órgão responsável, nesses casos;
Deve-se observar se o bombeiro teve algum tipo de contato com secreções do animal, devido ao
risco de transmissão de doenças.
V – Animais Selvagens
Devido ao pouco contato com o homem, tendem a apresentar sinais visíveis de estresse no momento da
captura, tais como, por exemplo, pelos eriçados, liberação de feromônios, urina e etc.
Os de maior porte não permitem uma aproximação prévia, devendo ser sedados para uma posterior
imobilização. Somente um médico veterinário pode preparar o fármaco a ser aplicado nestes animais. Sendo
assim, o CBMMG deverá acionar um profissional detentor de tal título e habilitado para captura, que possua
equipamentos adequados, como: zarabatanas e/ou espingardas, dentre outros.
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Visto do Ajudante Geral
O lançamento do dardo tranquilizante no animal poderá ficar a cargo do bombeiro mais capacitado, porém a
supervisão será a todo instante do profissional supracitado, que detém a responsabilidade técnica na captura.
Mesmo após a sedação, as partes mais perigosas são a boca e as unhas, as quais devem ser protegidas.
V – 1 Roedores
a) Mecanismos de Defesa:
b) EPI:
Panos, toalhas;
Puçá ou redes de malha fina;
Cambão/enforcador;
Caixa de transporte e/ou captura.
d) Métodos de Captura:
Para a captura de roedores de pequeno porte podem ser usados panos, toalhas, puçá ou rede de malha
fina;
A contenção de um roedor de pequeno porte deve ser feita com as duas mãos, uma segurando a cabeça
e os membros torácicos, com o indicador e o dedo médio em volta do pescoço, pois, se o animal virar a cabeça,
ele poderá morder. A outra mão segura os membros pélvicos juntos;
O transporte de ouriço cacheiro de um lugar próximo a outro poderá ser feito pela ponta da cauda
e) Cuidados:
Caso alguém tenha sido mordido pelo animal a ser capturado, deverá ser socorrido imediatamente e
levado a um hospital, sendo repassadas as seguintes informações aos médicos: hora do ataque, espécie do
animal e procedimentos adotados com relação à vítima.
V – 2 Primatas (Macaco)
a) Mecanismos de Defesa:
Mordida;
Arranhões;
Socos e compressões (gorila e chimpanzé).
Obs.: os primatas podem arremessar objetos.
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Visto do Ajudante Geral
b) EPI:
Panos e toalhas;
Puçá ou redes de malha fina;
Cambão/enforcador;
Caixa de transporte e/ou captura;
Gaiolas armadilhas.
d) Métodos de Captura:
Para a captura de primatas de pequeno porte podem ser usados panos, toalhas, puçá ou rede de malha
fina e gaiolas (armadilhas), devendo, esta última, ter dispositivo mecânico de travamento nas portas;
A contenção de animais pequenos, como os saguis, deve ser feita segurando-os com uma mão atrás da
cabeça, firmando as mandíbulas com o dedo indicador e o polegar, e, com a outra mão, segurando os membros
pélvicos;
Primatas de médio porte, como o macaco-prego, poderão ser capturados com o uso de puçá, devendo ser
analisada previamente a necessidade de sedar o animal antes da contenção;
A contenção deve ser iniciada juntando-se os membros torácicos e puxando-os para trás, e, com a outra
mão, os membros pélvicos são contidos;
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Visto do Ajudante Geral
Primatas de grande porte devem ser sedados por médico veterinário para a captura e contenção ou serem
utilizadas as armadilhas (gaiola ou jaula).
e) Cuidados:
Deve-se observar se alguma pessoa foi mordida pelo animal a ser capturado, devido ao risco de
transmissão de doença. Deve-se, também, cobrir a gaiola ou jaula de transporte para ajudar a minimizar o
estresse da captura.
V – 3 Felídeos
a) Mecanismos de Defesa:
b) EPI:
Panos, toalhas;
Puçá ou redes;
Cambão/enforcador;
Caixa de transporte e/ou captura;
Gaiolas, caixas e jaulas armadilhas, com dispositivos de fechamento da porta acionados pelo peso do
animal ou isca.
d) Métodos de Captura:
Para a captura de animais de pequeno porte ou filhotes, os procedimentos são semelhantes aos usados
para cães e gatos, levando-se em consideração o fato de serem animais selvagens que são mais ariscos e
possuem risco maior de morte por estresse;
Animais de grande porte, sempre que possível devem ser sedados (médico veterinário) para captura e
contenção;
Colocar a armadilha em um local de acesso do animal, tomando-se o cuidado de confundir o odor humano
esfregando o alimento ou folhas nativas na gaiola ou jaula (armadilha);
Cobrir as jaulas e/ou gaiolas com galhos ou até mesmo mantê-las escuras, cobrindo-as com pano, o que
poderá facilitar a entrada do animal, que, instintivamente, para fugir, poderá tentar abrigar-se em locais escuros.
f) Cuidados:
Deve-se observar se alguma pessoa foi mordida pelo animal a ser capturado, devido ao risco de
transmissão de doenças, sendo-lhe prestado socorro imediato;
Procurar ficar sempre abrigado e a uma distância de segurança, para evitar que qualquer pessoa fique
ferida.
V – 4 Canídeos Selvagens
São mais conhecidos como raposas, lobos e chacais. São essencialmente carnívoros, sendo que o Lobo
Guará tem nas frutas um importante alimento.
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Visto do Ajudante Geral
a) Mecanismos de Defesa:
Dentes;
Garras.
b) EPI:
Cambão ou enforcador;
Cordas;
Redes;
Puça;
Caixa de transporte e/ou captura;
Sacos.
d) Métodos de Captura:
Isolar o local de captura a fim de evitar o aumento do estresse animal devido à presença e agitação do
público;
Deixar uma rota de fuga para o animal (em caso de armadilha preparada) e para a guarnição;
Trabalhar em dupla em caso de se usar o cambão/enforcador. Um militar chama à atenção do animal e o
outro, do lado oposto, realiza a captura;
Após envolver o animal com o cambão/enforcador, o segundo militar também deverá fazê-lo;
Não apertar o laço com muita força, evitando-se traumatismos ou a morte do animal por asfixia;
Pode-se utilizar a técnica do “chicletes” ou isca. Abre-se o laço de um cambão/enforcador e por dentro do
laço coloca-se a ponta do outro cambão/enforcador. Quando o animal morder a alça do primeiro, passa-se o laço
do segundo até o pescoço, fechando rapidamente;
Uma vez estando o animal encurralado, pode-se utilizar rede de arrasto ou esta pode ser montada na rota
de fuga;
Em locais abertos a rede arremesso é a mais indicada, estando o animal parado ou em movimento;
O puçá pode ser utilizado na captura de animais de menor porte, tomando-se o cuidado em relação ao
diâmetro da malha, pois quando muito grande poderá causar lesões;
Gaiolas ou jaulas podem ser utilizadas para captura tipo armadilha de espera, colocando-se em seu
interior uma isca. São indicadas em situações onde a captura pode ser dificultada pela presença de várias rotas
e fuga e quando houver risco para o operador e para o animal;
Uma vez capturado, o animal deverá ser colocado na gaiola de transporte, cobrindo-a com pano escuro e
mantendo boas condições de ventilação.
e) Cuidados:
Fazer desinfecção dos equipamentos após utilização;
Verificar se alguma pessoa foi arranhada ou mordida;
Não colocar mais de um animal na gaiola, principalmente de espécies diferentes.
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V – 5 Tamanduás
a) Mecanismos de Defesa:
Patas;
Garras afiadas e resistentes usadas como alavancas.
b) EPI:
d) Métodos de Captura:
Para a captura podem ser usados puçás e cambões, pegando o pescoço e por baixo de uma das patas
para evitar estrangulamento;
A contenção visa, também, nesses animais, a fechar a alavanca das unhas dobradas, passando fita
adesiva em volta delas, para não se engancharem.
e) Cuidados:
Deve-se observar se alguma pessoa foi ferida por dentes ou unhas do animal a ser capturado, devido ao
risco de transmissão de doenças;
Não tentar pegá-los com as mãos sem o emprego de equipamentos, pois suas garras/unhas afiadas
podem provocar ferimentos profundos, seguidos de sangramentos intensos, o que naturalmente pode levar à
morte em pouco tempo.
Alguns animais selvagens vivem em grupos, outros só se agrupam na época de reprodução. De qualquer forma,
precisamos conhecer alguns métodos comportamentais dos animais para facilitar eventuais capturas.
Os grupos têm um líder, denominado alfa, normalmente macho, que é a referência. Geralmente é de fácil
identificação, pois ele é o mais forte, agressivo, vocaliza mais, fica à frente, defende o bando e tende a ser o
primeiro a atacar.
Já nos primatas, o macho alfa pode se diferenciar dos demais pela pelagem diferenciada e por estar vocalizando
mais no momento da captura.
Identificar e capturar o macho alfa é a principal meta, pois essa ação pode desestabilizar o grupo e facilitar as
demais capturas. É importante ressaltar que não há dispersão do grupo com a captura de seu líder. Por isso,
uma alternativa boa é manter o líder preso em local próximo do grupo e ir pegando um por um.
Outro ponto a ser observado é se o grupo só está de passagem ou está alimentando, pois pode estar ocorrendo
respectivamente um processo migratório ou busca por alimentos. Nesse caso é só monitorar à distância o grupo
e verificar se não está havendo ameaça à integridade física das pessoas.
Oferecer alimentos é uma prática comum e que se mostra muito eficaz no caso de animais em grupos. O
alimento deve ser colocado dentro de uma armadilha (caixa de captura). Quando parte do grupo estiver dentro
desse cercado, o portão deve ser fechado. Isso é válido para animais, como capivaras, por exemplo. Lembre-se,
no caso das capivaras o macho alfa deve ser separado dos demais.
Existe uma grande incidência de ocorrências de captura de cachorros, animais tipicamente domésticos e
acostumados a conviver com o homem; porém existem algumas raças de cães que tendem a ser mais
agressivas por natureza, dentre as quais podemos destacar: pit bull, dobermann e rottweiler.
Por analogia, podemos dizer que os cachorros em grupos estabelecem uma hierarquia própria, elegendo um
macho alfa dominante.
São exemplos de animais que vivem em grupos: macacos (primatas), cachorros-do-mato-vinagre e capivaras.
São exemplos de animais que não vivem em grupos: lobo-guará, tamanduás e raposas-do-campo.
Quando são capturados mais de um animal na mesma operação, principalmente de espécies diferentes, o
transporte deles deve ser realizado em compartimentos/caixas/gaiolas diferentes, pois, se colocados juntos, um
desfecho negativo pode ocorrer, principalmente ocasionado por brigas.
Outro ponto que deve ser observado é quanto ao correto fechamento dos compartimentos/caixas/gaiolas após a
captura e principalmente durante o transporte, com vistas a evitar a fuga dos animais ora capturados, com a
viatura em deslocamento. Cobrir a jaula e/ou gaiola para evitar o estresse do animal também é uma técnica
recomendada.
Tais procedimentos parecem simples, mas podem fazer toda a diferença no desfecho final de uma operação.
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Visto do Ajudante Geral
A Instrução Normativa do IBAMA nº 179, de 25 de junho de 2008, define as diretrizes e procedimentos para
destinação dos animais da fauna silvestre nativa e exótica.
Os animais silvestres sadios capturados só podem ser destinados ao CETAS. Os feridos podem ser
encaminhados para hospitais e clínicas veterinárias especializadas, desde que o CETAS esteja ciente deste
procedimento. O hospital ou clínica que recebeu o animal silvestre ferido deve encaminhá-lo ao CETAS assim
que se recupere.
Um ponto a ser destacado está no fato de soltar animais silvestres fora de sua área original. Essa ação, por mais
inofensiva que pareça, pode causar problemas ambientais e sanitários, causando um desequilíbrio da população
(riscos para outros animais) e/ou ocorrer a transmissão de agentes patogênicos. Exceção feita se o animal for
recém capturado, houver comprovação do ambiente em que vivia e se sua espécie ocorrer naturalmente naquele
local.
A título de exemplificação, para ilustrar o desequilíbrio de biomas por uma simples ação do homem, está no fato
de peixes exóticos serem soltos na natureza (rios/lagos) aleatoriamente. Eles podem não se adaptar àquele
bioma ou passarem a dominar o ambiente, eliminando predadores naturais e estimulando o cruzamento de
espécies que, em condições normais, nunca se encontrariam.
Como a captura de animais pode ocorrer a qualquer hora, é importante que as OBM possuam os contatos,
periodicamente revisados, de órgãos públicos ou sociedade civis que recebem animais.
O COBOM/SOU/SOF devem possuir os telefones, endereços e nomes dos responsáveis pelo recebimento,
horários de funcionamento, tipo e porte de animas capturados que podem ser recebidos. Tal determinação visa a
evitar que os animais fiquem sob a responsabilidade do CBMMG por um tempo além do necessário.
A seguir, segue uma tabela que se refere apenas ao município de Belo Horizonte, que deve ser mantida
atualizada, servindo como modelo para as demais unidades:
Quadro - relação de endereços, telefones, horário de funcionamento e recebimento de animais de órgãos de BH.
As secretarias municipais de meio ambiente são órgãos dos poderes públicos municipais que emanam as
diretrizes sobre a captura e destinação dos animais nocivos e/ou soltos em via pública, portanto, são parceiros
importantes.
Visando a necessidade de implementar uma política pública que consiga resolver por completo os problemas e
desafios enfrentados nas cidades, frente aos animais soltos, é importantíssimo que cada OBM mantenha contato
estreito com a secretaria de seu município para discutir e apontar as dificuldades enfrentadas, para que, juntos,
possam chegar a uma solução.
Em Belo Horizonte/MG, por exemplo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de
Defesa dos Animais está em fase de implementação de parcerias com agentes privados, mediante remuneração,
para que possam capturar, receber e tratar animais encontrados transitando em via pública.
A Divisão Especializada de Proteção ao Meio Ambiente é a delegacia responsável no Estado pela investigação
dos danos ao meio ambiente e também pelos maus tratos a animais. Qualquer cidadão que queira denunciar
deve procurá-la pessoalmente. No interior do Estado, devem ser procuradas as delegacias locais, que se
encarregarão de tomar as medidas pertinentes, geralmente em conjunto com a supracitada divisão.
A Polícia de Meio Ambiente (PMAmb) não tem por competência realizar a captura de animais nem recebê-los em
situações ordinárias, mas apenas realizar repreensão, prevenção dos crimes e infrações administrativas
ambientais.
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) também está presente nos municípios de Juiz de Fora/MG
e Montes Claros/MG, tendo vínculo direto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (SEMAD). Possui estrutura para receber, tratar e reintroduzir os animais silvestres em seu habitat
natural.
Já o Centro de Controle de Zoonose (CCZ) tem como missão verificar se o animal capturado em via pública ou
levado até o Centro encontra-se doente. Caso esteja doente, será tratado ou, em último caso, será realizada
eutanásia, visando a minimizar o sofrimento do animal. Um ponto que deve ser observado é o fato de que os
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Visto do Ajudante Geral
CCZ só recebem animais ou capturam aqueles que pertençam ao município de sua sede. Devido à estrutura e
capacidade, nem todas as espécies de animais podem ser recebidas, o que pode dificultar a destinação dos
animais capturados pelo CBMMG.
A Escola de Veterinária da UFMG recebe animais capturados pelo CBMMG. Possui estrutura para recebimento e
tratamento de animais domésticos, porém, tem limitações para o recebimento de animais silvestres,
notadamente os de maior porte.
Já algumas clínicas veterinárias e assemelhadas, devidamente credenciadas pelo IBAMA e/ou secretarias
municipais de meio ambiente, recebem certos tipos de animais, dentro de suas limitações físicas. Elas estão
presentes em diversos municípios e são parceiras essenciais para a destinação dos animais.
Independente da destinação dada aos animais capturados, é imprescindível que a entrega deles a terceiros, seja
órgão público ou não, venha acompanhada do número da ocorrência e, posteriormente, no menor espaço de
tempo possível, que haja a entrega do documento físico de registro de ocorrência ao destinatário, para que o
animal tenha registrada sua procedência, diminuindo-se, com isso, as chances de comércio ou tráfico ilegal de
animais.
O Código Nacional de Trânsito é omisso com relação a animais soltos em estradas, sejam elas Estaduais ou
Federais. O que não há dúvida é o fato de que o proprietário é o responsável pelos danos causados pelo animal
de sua propriedade a terceiros ou ao bem público.
No caso de um animal solto em rodovia Estadual, a responsabilidade por recolhê-lo recai sobre o Departamento
de Estradas de Rodagem (DER). Já nas rodovias Federais, recai sobre o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT). Caso a rodovia seja cedida, a responsabilidade recai sobre a
concessionária, sob supervisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Nos casos em que houver a solicitação por outro órgão ou agência de apoio em ocorrências dessa natureza, o
CBU ou militar mais antigo da unidade deve avaliar as circunstâncias para autorizar o apoio, ponderando sobre
os riscos potenciais e a necessidade de uso de técnicas e equipamentos específicos.
As ações letais (eutanásia) contra os animais serão empregadas em situações extremas, onde o bombeiro,
utilizando-se dos meios ao seu alcance, defende a própria vida ou a de terceiros de um eventual ataque. Tais
ações devem ser feitas de forma rápida, evitando-se o sofrimento prolongado do animal.
Nunca devemos nos esquecer de que a captura de animais em algumas situações tem um cunho social. Um
resgate mal feito ou uma contenção inadequada podem levar o animal a óbito. A princípio, pode não ter um
significado imediato para os militares que participarem da captura/resgate, pois eventualidades podem ocorrer,
porém, para o proprietário, aquele animal pode ser responsável pela fonte de renda de sua família. Tal exemplo
aumenta ainda mais responsabilidade dos bombeiros durante o empenho nessas ocorrências.
Os assuntos tratados nesta ITO abordam apenas os casos mais comuns com os quais o CBMMG se depara em
seu dia a dia. Por isso, é aconselhável aprofundar os conhecimentos, fazendo pesquisas e consultando
bibliografia especializada, para que se possa conhecer variações nas técnicas apresentadas, novas técnicas,
bem como o modo de contenção física de outros animais não abordados neste trabalho.
13. BIBLIOGRAFIA
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21 - Extraída do site:
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/61993/1/PROCIDoc11APNFolheto30.pdf
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Visto do Ajudante Geral
22 - Extraída do site:
https://www.google.com.br/search?q=captura+cachorro+bombeiros&espv=2&biw=1920&bih=979&source=lnms&t
bm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAmoVChMI7PvO3OvayAIVzAyQCh2B2Asd#tbm=isch&q=bombeiros+sp+boi+
&imgrc=FMc-mZcMfyjDeM%3A
23 - Extraída do site:
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/61993/1/PROCIDoc11APNFolheto30.pdf
24 - Extraída do site: http://www.caliandradocerrado.com.br/2009/11/ourico-cacheiro.html
25 - Extraída do site:
https://www.google.com.br/search?hl=pt&tbm=isch&q=captura+ouri%C3%A7o+&oq=&gs_l=#hl=pt&tbm=isch&q=
ouri%C3%A7o+bombeiros&imgrc=u_n1z0HlX5xRTM%3A
26 - Extraída do site: http://photos1.blogger.com/blogger/5547/3624/1600/DSC01596.1.jpg
27 - Extraída do acervo do CBMMG, fonte: RAMOS, Edson Cota.
28 - Extraída do site: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/02/apos-8h-onca-parda-que-invadiu-
loja-de-carros-e-capturada-em-tambau-sp.html
29 - Extraído do site: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/11/05/tamandua-mirim-e-
capturado-em-varanda-de-casa-em-ms.htm e http://www.istoaqui.com.br/2012/01/captura-de-um-tamandua-
mirim/
30 - Extraída do site: Fonte não localizada
31 - Extraída do site: http://www.soropet.com.br/sorocaba/detalhes.asp?categoria=21&subcategoria=54&id=844
32 - Extraída do site: http://www.igapoo.com.br/produtos.php
33 - Extraída do site: Fonte não localizada
34 - Extraída do site: http://www.sossul.com.br/sossul/produtos/detalhes/cod/8042
35 - Extraída do site: Fonte não localizada
36 - Extraída do site: http://www.rosaminas.com.br/produtos02.asp?cpg=3&cp=11
37 - Extraída do site: http://www.viewbeforebuying.com/s/feral-cat-traps
38 - Extraída do site: http://www.minamel.com/produto/24/materiais-apicolas
39 - Extraída do site: Fonte não localizada
40 - Extraída do site: http://www.campolandia.com.br/index.asp?idproduto=286902
41 – Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
42 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
43 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
44 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
45 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
46 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
47 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
48 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
49 - Extraída do acervo do CBMMG. Fonte: 1ºBBM
50 - Extraída do site:
https://www.google.com.br/search?q=roupa+apicultor+abelhas&espv=2&biw=1920&bih=935&source=lnms&tbm=
isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIkcbIyff0yAIVDIaQCh14mAbS&dpr=1#imgrc=tg7d6ZJlapSSFM%3A
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Visto do Ajudante Geral
Caixa de Transporte para Repteis Uma caixa para serpente deve reunir uma série de
(Fig.36) condições gerais, tais como, por exemplo, o tipo e o
01 tamanho da serpente. Características referentes à sua
„confiabilidade‟, no sentido de ter uma construção
sólida, em material resistente (inclusive a eventuais
quedas), com acesso amplo, sistema de fechamento
fácil e vedação total, além de um travamento seguro. A
caixa deve, dentro do possível, possuir um visor para
permitir uma fácil e rápida vistoria diária, além de se
observar o posicionamento e atitudes da serpente
antes de sua abertura para atividades de rotina e
manuseio.
Material: Madeira, fibra de vidro e polipropileno.
Tamanho: 50 x 35 x 16 cm, aproximadamente.
Carretinha reboque c/ duas jaulas Utilizada para transporte de duas jaulas construídas de
armadilha para transporte ou captura chapas de ferro, com medidas variadas, porta de
de médios e grandes animais. (Fig. 41) correr no sentido vertical, podendo ser utilizado
dispositivo de armadilha para fechamento da porta. As
01 caixas metálicas podem ser adaptadas com
dispositivos de gatilho que disparam acionados pelo
peso do animal, liberando a porta de correr vertical,
ocasionando o fechamento e realizando a captura do
tipo “espera”.
Como “isca” para o animal, poderão ser utilizados
alimentos ou até mesmo essência que simula o “cio”
do animal a ser capturado.
A “isca” deverá ser colocada após a plataforma de
acionamento do gatilho e de preferência ser amarrada.
Quando se utilizam armadilhas do tipo “espera”, é
aconselhável disfarçar o cheiro humano esfregando
alimento ou folhas na armadilha.
(Fig. 42)
Porta de Correr
Alça de Transporte
Tela para
Ventilação e
Monitoramento
Fig. 43)
(Fig. 44)
01 – Plataforma de acionamento
02 – Dobradiças da plataforma
03 – Cabo de acionamento da
plataforma
04 – Haste do gatilho
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Visto do Ajudante Geral
8
8
8
06-Alça de armar
ARMANDO O DISPOSITIVO
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Visto do Ajudante Geral
APÊNDICE II - DESINFECÇÃO
Realizar a desinfecção correta de jaulas, caixas de transporte e equipamentos é muito importante antes e após a
captura de animais. Uma assepsia ineficiente expõe o homem e outros animais a doenças devido à possível
presença de agentes patogênicos: bactérias, vírus, protozoários, fungos e helmintos.
Lavar as mãos em água corrente, com sabonete e escovas de mão, assim como realizar a devida secagem das
mãos após a captura de animais é uma postura desejável e que elimina o risco de contaminação. Evitar levar as
mãos à boca, olhos e a eventuais feridas na pele são medidas simples, mas que podem evitar um
desdobramento indesejável à integridade física.
Sendo assim, os bombeiros militares devem adotar práticas sanitárias nesse tipo de ocorrência, impedido que
uma simples captura, muitas vezes bem sucedida, possa ter consequências negativas para a saúde,
inimagináveis e silenciosas, tanto para o homem quanto para os animais.
Conceitos:
Desinfecção de Materiais/Equipamentos:
Durante o processo de higienização dos equipamentos é importante, também, seguir duas etapas: a da limpeza
e a da sanitização. A limpeza consiste na remoção de resíduos macroscópicos de alimentos, sujidades ou outro
material portador de agentes contaminantes. Essa remoção é realizada através de uma simples pré-lavagem,
seguida da lavagem.
Pré-lavagem: Consiste na retirada de resíduos mais grosseiros. Nesse processo são usados raspadores,
escovas, e/ou água pura e pode haver remoção de até 90% de resíduos solúveis em água.
Lavagem: É realizada com detergentes adequados e em concentrações apropriadas. As superfícies que
ainda apresentem resíduos aderentes devem ser escovadas e enxaguadas.
Os materiais empregados na lavagem devem ser esponjas de metal e outros materiais abrasivos.
O próximo passo é a sanitização. Nessa segunda etapa, retira-se a sujeira que não se consegue ver. A
sanitização consiste na eliminação ou redução de microrganismos indesejáveis, por processos químicos e/ou
físicos adequados e não prejudiciais ao produto. É importante considerar que a sanitização não corrige falhas do
processo de limpeza. Os resíduos remanescentes nos alimentos ou utensílios protegerão os microrganismos da
ação dos agentes sanitizantes.
Secar ao sol.
Fumigador Passar pano úmido.
Carretinha Reboque Passar hipoclorito de sódio 1% nos locais onde existir
sangue e secreções, deixando atuar por dez minutos;
Lavagem mecânica com água e sabão;
Secar ao sol.
Viatura Seguir o previsto na ITO 16.
Fonte: O Autor
O período de maior incidência está entre os meses de setembro a dezembro, devido à primavera, onde ocorre
uma floração intensa na natureza e são construídas novas colmeias. O segundo período de maior incidência é
no período de queimadas, que praticamente coincide com a primavera, pois as abelhas são “expulsas” das
matas e buscam abrigo nas cidades.
No ano de 2013, o CBMMG atendeu em todo Estado 4.484 ocorrências de enxame de insetos; no ano de 2014,
foram 4.994 ocorrências.
As abelhas são os mais importantes agentes polinizadores da natureza, fundamentais para a existência de
milhares de espécies vegetais, desde que em estejam em seus ambientes naturais.
Segundo a ONU, está sendo observado nas últimas décadas o desaparecimento gradativo das abelhas, o que é
um fator preocupante, pois a vida humana e de espécies animais é diretamente dependente das abelhas, que
são responsáveis pela polinização de 80% dos cultivos existentes, ou seja, boa parte dos alimentos consumidos
pelo homem (frutos e sementes) é diretamente dependente do papel das abelhas na natureza.
Feita essas considerações, serão abordados, mais detalhadamente, o comportamento das abelhas, o método de
captura mais adequado, as ações a serem desenvolvidas nesse tipo de ocorrência e os cuidados que devem ser
tomados durante a captura, complementando, assim, o item 7.4.1 desta ITO.
Organização Social
As abelhas são organizadas em castas, com funções previamente definidas, tendo a seguinte formação/função:
rainha (reprodução e harmonia dos trabalhos na colmeia), zangão (somente fecunda a rainha) e operárias
(garantir principalmente a alimentação da rainha e secundariamente do zangão, além de construir, defender a
colmeia e captam néctar, água, pólen e resinas). Em cada colmeia existem cerca de 60 mil abelhas, e cada
colônia é constituída por uma única rainha e até 400 zangões.
No abdômen (extremidade) fica o ferrão, que nada mais é que um mecanismo de defesa da rainha e
principalmente das operárias. Após a picada (liberação de toxina), o ferrão da operária fica no homem/animal e
pode levar a vítima à morte, principalmente se a quantidade de picadas for grande.
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Visto do Ajudante Geral
É importante deixar claro que uma única picada pode levar a vítima à morte (em minutos ou horas), caso ela seja
alérgica a tal toxina. Por isso é fundamental que a vítima seja encaminhada a um médico ao primeiro sinal de
reação alérgica severa (choque anafilático), conforme listado abaixo:
A vítima de picada que não possui reação alérgica severa geralmente apresenta no local inchaço, vermelhidão,
coceira moderada e dor.
Em caso de picada é preciso fazer a limpeza do local com água e sabão neutro. A aplicação de gelo ou
compressa fria no local é suficiente para melhorar os sinais e sintomas, principalmente a dor.
Não perfurar qualquer bolha que possa surgir no local da picada; não é, além disso, recomendado retirar o
ferrão do local, para evitar que se rompa a bolsa de veneno e ocorra maior inoculação do veneno. Não se
esqueça de perguntar ao paciente se ele é alérgico a picadas de abelhas.
As abelhas têm uma boa memória geográfica e orientam-se pelo sol em busca de alimento e retorno para sua
colmeia, por isso o melhor momento de capturá-las é no período noturno. Se as abelhas estiverem muito
agitadas, a captura deve ocorrer naquele momento, para evitar um agravamento da situação.
O recomendado é que a guarnição visualize a colmeia durante o dia, planeje a captura, oriente os moradores
(inclusive da vizinhança) a deixarem o perímetro de trabalho ou isolarem-se dentro de suas residências (inclusive
animais), faça contatos com outros órgãos, caso seja necessário, como, por exemplo, a CEMIG, e providencie os
materiais necessários para a operação, visando a não expor os militares aos riscos mencionados anteriormente,
e, por fim, realize o trabalho de forma eficiente.
Equipamentos e EPI
Todos os EPI utilizados pelos bombeiros devem ser de cor branca, pois as abelhas são sensíveis às
tonalidades escuras, especialmente ao preto e ao marrom. As abelhas enxergam o branco de forma difusa,
servindo assim como uma camuflagem.
Macacão com máscara (visor de tela plástica ou metálica pintada com tinta preta fosca na frente,
possibilitando melhor visibilidade);
Par de luvas (preferência de couro fino para facilitar o manejo. As luvas de borracha geralmente não
protegem de ferroadas);
Par de botas de cano longo;
Chapéu de palha (evitar que as abelhar piquem o bombeiro no rosto e na cabeça). Dar preferência
para um modelo com chapéu redondo, pois deixará a tela da máscara afastada de todas as partes do rosto.
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Visto do Ajudante Geral
A roupa para apicultura, além das características acima, deve ser larga, e o tecido deve ser resistente para
proteger o corpo de ferroadas. As extremidades do macacão (mangas e pernas) devem ser arrematadas em
elástico, para impedir a entrada de abelhas na vestimenta. O tecido de brim é bastante utilizado e oferece uma
boa proteção. O nylon grosso é o que oferece melhor proteção, pois as abelhas têm dificuldades de grudarem-se
no macacão para então curvar o abdômen e cravar seu ferrão. Entretanto, o nylon caso venha a tocar um objeto
quente (como o fumigador), pode derreter.
O fumigador é indispensável, pois ele diminui a agressividade das abelhas. Ao primeiro sinal de fumaça, as
abelhas têm a impressão de que está havendo um incêndio na colmeia, enchem os papos de mel e fogem. Com
isso mantemos elas ocupadas, desorganizando a defesa do enxame. Por estarem carregadas de mel, o voo fica
mais lento e têm dificuldade em ferroar, pois não possuem a amplitude completa do abdômen.
Um sinal de que as abelhas estão tentando atacar é quando elas se chocam contra a máscara. Neste caso o
manejo deve ser feito com cautela e em menor tempo possível.
Geralmente as abelhas dispersam quando é feito um manejo brusco, com sacudidas e pancadas no local onde
estão instaladas. Da mesma forma, deve-se evitar ir para uma captura sem fumigador. Complementarmente,
pode-se utilizar um borrifador de água, que produza gotículas finas, que ao molhar as asas das abelhas, estas
ficam temporariamente incapacitadas de voar.
O importante é que a fumaça (usada aos poucos e em pequenas quantidades) não seja jamais produzida por
materiais que possam irritar ou molestar as abelhas, como óleo de qualquer natureza: querosene, gasolina e
produtos que desprendam odor forte ou mau cheiro. A fumaça deve ser fria e limpa, feita pela queima de
serragem grossa, capim seco e palhas.
Conforme o Inciso IV do Art. 37 da Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998, c/c Arts. 2º, 5º e 8º da Instrução
Normativa do IBAMA nº 141, de 19 de dezembro de 2006, as espécies sinantrópicas nocivas passíveis de
controle, dentre elas as abelhas, cupins, formigas, pulgas, piolhos, mosquitos, pombos, ratos, moscas e demais
espécies nocivas comuns ao ambiente antrópico, que impliquem em transtornos sociais ambientais e
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Visto do Ajudante Geral
econômicos significativos, observada a legislação vigente, especialmente no que se refere a maus tratos,
1
translocação e utilização de produtos químicos, poderão ser manejados ou sofrer o controle da fauna pelo
Corpo de Bombeiros Militar, sempre que representarem risco iminente à população.
A eliminação direta de indivíduos das espécies deve ser efetuada somente quando tiverem sido esgotadas as
medidas de manejo ambiental, pois o extermínio, quando não se enquadrar nos casos supracitados, é CRIME
AMBIENTAL, conforme prevê o Art. 29 da Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998.
Sendo assim, o CBMMG somente atuará em ocorrências onde vidas (humanas e animais) estejam sendo
2
colocadas em risco iminente devido ao ataque de abelhas e marimbondos. Fora dessa situação, a princípio não
nos compete mais realizar o serviço de captura, já que existem profissionais, apicultores, com competência para
tal.
O apicultor maneja de forma racional, dentro de técnicas, abelhas e seus produtos. Eles são encontrados
facilmente na internet e catálogos telefônicos, todavia, por exercerem atividade remunerada, a população
geralmente liga para a central de atendimento telefônico do CBMMG.
Caso fique constatado pelo tele atendente do 193 que se trata de uma solicitação para captura de
abelhas/marimbondos que não está colocando vidas em risco iminente, ele deverá orientar o solicitante a
procurar um apicultor e a tomas as seguintes precauções:
Enxames em postes são de competência da concessionária responsável. Caso a empresa julgue necessário,
essa deve contatar o CBMMG para eventuais apoios.
Quanto há enxames que estejam fixos, localizados entre a laje e o telhado da residência ou entre muros, é
preciso saber se habitam há muitos anos esse local, pois, nesse caso, só irão atacar se forem provocados.
Dessa forma, não há risco iminente.
Técnicas de Captura
Como o extermínio de abelhas e marimbondos deve ser exceção, alguns procedimentos devem ser tomados
antes, durante e depois da captura:
Verificar in loco se as abelhas são de espécies passíveis de captura;
Nunca se esquecer da segurança da guarnição, antes de qualquer coisa;
1
Conforme Instrução Normativa nº 141/2006 – Ibama, Art. 2º: (...) captura de espécimes animais seguida de soltura, com intervenções de
marcação, esterilização ou administração farmacológica; captura seguida de remoção; captura seguida de eliminação; ou eliminação direta
de espécimes animais.
2
Segundo Ferreira, 1993 apud Vanderlinde, 2012. O significado das palavras risco e iminente, significam, respectivamente “[...] perigo ou
possibilidade de perigo” e “que ameaça acontecer em breve”.
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Verificar se a captura deve ser imediata (geralmente só em enxames itinerantes) ou pode ocorrer à
noite;
Separar os EPI e materiais necessários antes de iniciar a captura;
Isolar a área de trabalho, variando o perímetro de acordo com o porte da colmeia/ninho;
Solicitar que todos os vizinhos fechem as portas e janelas de suas casas/lojas e guardem em local
seguro seus animais;
Solicita à vizinhança que apaguem as luzes ou usem apenas as essenciais, principalmente as
localizadas na parte externa da edificação, pois as abelhas terão a tendência de fugir para locais iluminados;
Contatar a CEMIG previamente se a colmeia estiver próximo à fiação;
Posicionar-se, preferencialmente, na parte de trás ou nas laterais da colmeia/ninho, nunca na frente,
evitando a linha de voo das abelhas (entrada e saída da colmeia);
Caso utilize escada, a mesma deve ser amarrada antes do bombeiro subir;
Não trabalhar com abelhas/marimbondos quando estiver com excesso de suor ou cheiro forte e,
menos ainda, com cheiro de álcool, pois isso pode agitá-las;
Evitar trabalhar em dia chuvoso, pois o risco de acidente é grande;
Tentar não passar mais de 5 minutos trabalhando numa colmeia/ninho;
Fazer o mínimo de barulho possível, para não irritá-las;
Sempre trabalhar em duplas, principalmente quando estiver operando o fumigador;
As colmeias/ninhos capturados devem ser ensacadas em sacos plásticos grandes;
Liberar as abelhas/marimbondos em mata no mínimo 2.500 metros de onde foram capturadas, para
evitar que elas retornem para o local onde estavam estabelecidas;
Fazer o registro da ocorrência com o maior grau de detalhe possível.
Em caso de extermínio:
O ideal é utilizar extintor de CO2 para congelar a colmeia/ninho;
Caso seja utilizado fogo, em extrema necessidade, todo cuidado é necessário para não ocorrer
um incêndio ou o bombeiro se acidentar. Mantenha o fogo distante do corpo;
Trabalhe com calma e pense nas suas ações antes de agir;
Mantenha meio de extinção próximo ao operador do fogo, para combater princípios de incêndio;
Se o fogo for colocado em tochas, as mesmas devem ser confeccionadas em material resistente e de
preferência incombustível. Um chumaço de estopa ou pano deve ser amarrado na extremidade da haste da
tocha de forma firme, de preferência com arame, para evitar que o mesmo se solte durante a queima;
Cuidado com a rede elétrica e com as copas de árvores;
Verifique se não há concentração de gases inflamáveis ou outras fontes de combustível próximas,
como: GLP, madeira e gasolina;
No máximo mais um bombeiro deve ficar próximo de quem está operando a tocha;
Certifique-se que toda colmeia/ninho foi extinta.
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Visto do Ajudante Geral
TÍTULO I
FINALIDADE
Art. 1º - Esta Resolução tem por finalidade estabelecer as competências e estrutura da Academia de
Bombeiros Militar, bem como o funcionamento de suas Divisões, Adjuntorias e Seções, e ainda, estabelecer
diretrizes gerais de assessoramento ao Comando-Geral e Chefe do Estado-Maior nas questões do ensino e
treinamento no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).
TÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS
CAPÍTULO I
Da ABM
Art. 3º - Compete a Academia de Bombeiros Militar, através de suas Divisões, Adjuntorias e Seções:
I - avaliar periodicamente a malha curricular dos cursos da Instituição com vistas ao seu
aperfeiçoamento, propondo atualização ao Comando-Geral;
II - desdobrar diretrizes, planos e ordens do Comando-Geral para operacionalização das políticas
voltadas ao desenvolvimento e planejamento do ensino, treinamento, concursos e processos seletivos;
III - assessorar a elaboração do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), mediante prioridades
da área de ensino, treinamento, concursos e processos seletivos, definidas pelo Comando-Geral;
IV - submeter à aprovação da Chefia do Estado-Maior as propostas de intercâmbio com outras
Instituições de ensino;
V - propor à Chefia do Estado-Maior, melhorias e operacionalização de sistemas informatizados e
tecnologias relativas ao ensino, treinamento, concursos públicos e processos seletivos no CBMMG;
VI - assessorar a Chefia do Estado-Maior quando do planejamento de ensino, concursos e processos
seletivos no CBMMG;
VII - criar e manter atualizado o cadastro de militares formados, habilitados, especializados, qualificados
que frequentaram treinamento complementar no próprio CBMMG ou em outra instituição civil ou militar;
VIII - emitir pareceres e atos relativos ao ensino, ao treinamento e aos processos seletivos;
IX - expedir Instruções Técnicas de Ensino (ITE);
X - consolidar os dados relativos ao Sistema Informatizado de Gerenciamento e Planejamento
(SIGPLAN) das Unidades que executam o Treinamento Profissional, observando Resolução específica;
XI - realizar supervisões conforme calendário de coordenação e controle;
XII - gerenciar, coordenar, planejar, fiscalizar, desenvolver e executar concursos e processos seletivos
para atender às diversas necessidades de recursos humanos do CBMMG,
XIII - expedir editais de concursos e processos seletivos e seus respectivos atos e submeter à
homologação ao Chefe do Estado Maior ou Comandante-Geral, daqueles que a legislação especifica assim o
exigirem;
XIV - executar os cursos de formação, aperfeiçoamento, habilitação, qualificação, extensão, ensino a
distância, Exames de Aptidão Profissional e Estágio de Preparação para Oficiais Saúde;
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Visto do Ajudante Geral
CAPÍTULO II
Do Comandante da ABM
CAPÍTULO III
Do Subcomandante da ABM
CAPÍTULO IV
Da Biblioteca
XXXIV - avaliar o acervo existente, identificando os documentos que devem ser descartados;
XXXV - revisar o ementário de trabalhos de conclusão de curso, quando do depósito de monografias e
artigos na biblioteca;
XXXVI - participar das revistas científicas da ABM;
XXXVII - outras que o Comandante da ABM determinar.
CAPITULO V
Da Seção de Orientação Pedagógica
CAPÍTULO VI
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Visto do Ajudante Geral
Art. 8º - Compete ao Centro de Formação de Condutores (CFC), além das atribuições normativas
vinculadas ao DETRAN/MG:
I - realizar a formação de condutores de veículos automotores de interesse da Corporação;
II - executar a reciclagem periódica de condutores de viaturas, de acordo com a demanda;
III - manter sistema atualizado de estatística de acidentes de viaturas e controle de pontuação e
irregularidades das CNH dos motoristas das OBM;
IV - confeccionar e atualizar a NGA específica do setor, com quadro específico de profissionais,
atividades e funcionamento, na matéria afeta ao DETRAN/MG, a ser aprovada pelo Comandante da Unidade;
V - outras que o Comandante da ABM determinar.
CAPÍTULO VII
Da Secretaria
CAPÍTULO VIII
Da Seção de Orçamento e Projetos
CAPÍTULO IX
Do Núcleo de Assistência Integrado a Saúde
Art. 11 - O Núcleo de Assistência Integrado a Saúde (NAIS), devido às suas especificidades, têm suas
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Visto do Ajudante Geral
CAPÍTULO X
Do Cartório
CAPÍTULO XI
Da Seção de Inteligência
CAPÍTULO XII
Da Divisão de Ensino
SEÇÃO I
Da Adjuntoria Técnica de Ensino
avaliações;
IV - apreciar as propostas de verificações quanto à observância das normas técnicas para organização,
reprodução, aplicação e correção;
V - registrar aulas ministradas aos diversos cursos;
VI - elaborar atas de resultado final dos cursos;
VII - preparar atos administrativos dos assuntos referentes a execução do ensino;
VIII - arquivar e fornecer documentação de ensino sob sua competência;
IX - registrar as atividades curriculares desenvolvidas pelos cursos;
X - responsabilizar-se pelo sigilo das propostas de avaliação e outros documentos em trânsito na Seção;
XI - reprodução de provas.
XII - estabelecer rotinas de trabalho para o pessoal da Seção;
XIII - analisar os processos de avaliações aplicados pelos professores, de acordo com as disposições
exaradas pelo Regulamento vigente e outras deliberações da Divisão de Ensino;
XIV - fiscalizar as atribuições das Subseções sob sua responsabilidade;
XV - coletar, tabular os dados estatísticos oriundos das avaliações dos cursos e treinamentos, visando
assessorar na orientação do ensino e na solução dos problemas a ele relativos;
XVI - receber a relação de notas no final das disciplinas, e ao final dos cursos e repassar à Secretaria de
Registro Acadêmico para cálculos das médias e classificação dos alunos, depois de tramitado todos os recursos;
XVII - manter controle sobre a frequência dos alunos nas disciplinas dos diversos cursos;
XVIII - acompanhar o trâmite dos recursos;
XIX - confeccionar os atos referentes a contratação de professores;
XX - confeccionar os atos para designação de militares para docência;
XXI - outras que o Comandante da ABM determinar.
SEÇÃO II
Da Seção de Ensino à Distância
SEÇÃO III
Da Secretaria de Registro Acadêmico
SEÇÃO IV
Dos Corpos de Alunos I e II
SEÇÃO I
Da Seção de Recursos Humanos
SUBSEÇÃO I
Da Guarda do Quartel
SUBSEÇÃO II
Da Assessoria Jurídica
SEÇÃO II
Da Adjuntoria de Coordenação e Controle
SUBSEÇÃO I
Da Seção de Licitação
VII - confeccionar a solicitação / pedido / processo de compra (proceder às várias etapas no Portal),
conforme passo-a-passo da DAL;
VIII - enviar os Extratos para Publicações dos Editais à Aj.Geral;
IX - nomear os pregoeiros;
X - nomear a equipe de apoio;
XI - gerar o pregão eletrônico no Portal Compras e determinar a data do pregão.
XII - receber das empresas as documentações originais após a finalização do pregão substituindo as
copias das documentações no processo para habilitação pelo pregoeiro;
XIII - enviar os Processos de Compras para arquivo junto à Seção de Coordenação e Controle, após a
conclusão dos mesmos;
XIV - elaborar os processos de compra / prestação de serviço, em todas as modalidades previstas na
legislação;
XV - outras que o Comandante da ABM determinar.
SUBSEÇÃO II
Da Seção de Orçamento e Finanças
SUBSEÇÃO III
Do Almoxarifado
V - verificar juntamente com os Chefes de Seções a atualização e conferência constante dos respectivos
mapas-carga;
VI - acompanhar a execução dos contratos afetos a sua área;
VII - enviar trimestralmente à Seção de Coordenação e Controle, relatório de regularidade de toda a
carga da ABM, em relação à previsão de materiais (mapa carga equiparando o previsto e o existente);
VIII - incluir notas fiscais no Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços (SIAD) e no
Portal de Compras de Minas Gerais;
IX - receber previamente os materiais;
X - inclusão dos materiais no sistema SIAD;
XI - transferir material permanente;
XII - controlar o material de escritório/consumo e distribuição;
XIII - especificar o material a ser comprado pela atividade do almoxarifado;
XIV - confeccionar e controlar os materiais permanentes e das movimentações;
XV - gerir a movimentação externa de materiais (aceite – transferência);
XVI - dar baixa de material (Processo de descarga);
XVII - conferir a carga trimestralmente;
XVIII - solicitar placas de patrimônio;
XIX - produzir Relatórios;
XX - montar prestação de conta;
XXI - especificar empenho relativo à atividade do almoxarifado.
XXII - controlar estoque.
XXIII - dar baixa de materiais vencidos;
XXIV - receber todos os serviços advindos de contratos, convênios e demais ajustes no âmbito da ABM;
XXV - exercer as atribuições de Oficial de tiro da Unidade;
XXVI - outras que o Comandante da ABM determinar.
SUBSEÇÃO IV
Seção de Apoio Logístico
SUBSEÇÃO V
Da Seção de Informática, Comunicações e Transporte
SEÇÃO III
Da Seção de Comunicação Organizacional
SUBSEÇÃO I
Da Banda de Música
Art. 30 - A Banda de Música, devido às suas especificidades, têm suas atribuições reguladas em norma
própria.
CAPÍTULO VII
DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO
SEÇÃO I
Adjuntoria de Planejamento de Ensino
SEÇÃO II
Adjuntoria de Pesquisa e Especialização
SEÇÃO III
Da Seção de Qualificação Profissional
CAPÍTULO VIII
Da Divisão de Concursos e Seleção
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Visto do Ajudante Geral
Art. 35 - Compete ao chefe da Divisão de Concursos e Seleção as atividades relativas aos concursos
realizados pelo CBMMG, compreendendo:
I - concursos externos: concursos públicos destinados ao provimento de vagas destinadas ao ingresso
no CBMMG, nos termos do Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais;
II - processos seletivos internos: processos seletivos destinados ao preenchimento de vagas em cursos
de formação, habilitação e especialização, bem como nos diversos cursos destinados a administração do
CBMMG. Compreende também o Exame de Aptidão Profissional (EAP);
III - elaborar os calendários para os exames de ingresso nos cursos e treinamentos;
IV - assessorar, planejar, coordenar, gerenciar e executar atividades de seleção, através dos diversos
concursos externos e internos a serem executados pelo CBMMG e estabelecidos pelo Comandante-Geral;
V - dar publicidade aos concursos programados pelo CBMMG, bem como aos seus resultados;
VI - coordenar, controlar, supervisionar e acompanhar as atividades relacionadas aos concursos e ao
EAP descentralizados às Unidades;
VII - praticar atos administrativos relativos aos concursos em observância às normas em vigor;
VIII - planejar e executar os concursos previstos no CBMMG segundo diretrizes do Comandante-Geral;
IX - manter dados estatísticos sobre concursos realizados no CBMMG;
X - assessorar, planejar, coordenar, gerenciar e executar outras atividades relacionadas à realização dos
concursos no âmbito do CBMMG, segundo diretrizes do Comando-Geral;
XI - elaborar editais para os concursos, submetendo-os à aprovação do Comandante-Geral e do Chefe
do Estado-Maior;
XII - computar os honorários relativos aos concursos e reenviá-los à Divisão de Ensino;
XIII - outras que o Comandante da ABM determinar.
Seção I
Da Adjuntoria de Concursos Externos
Seção II
Da Seção de Processos Seletivos Internos
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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Visto do Ajudante Geral
Art. 38 - As atribuições das subseções serão definidas pelo Chefe da Divisão a que estiverem
subordinadas.
Art. 40 - Até a publicação de Resolução específica, as atribuições previstas no Art. 27; no § 2º do Art.
31; nos Art. 32; 33; 34; 35; 45; 48 e § 2º do Art. 51; todos da Resolução nº 255, de 02 de julho de 2007, que
dispõe sobre Treinamento Profissional no CBMMG, serão de competência da Academia de Bombeiros Militar.
Art. 40 - Os casos omissos decorrentes da aplicação da presente Resolução serão dirimidos pelo Chefe
do Estado-Maior.
RESOLVE:
Art. 1º - Aprovar o Manual de Gerenciamento da Frota do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais,
ano 2016, contido no anexo desta Resolução.
BELO HORIZONTE - MG
2016
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Visto do Ajudante Geral
COMANDANTE-GERAL
Coronel BM Luiz Henrique Gualberto Moreira
CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel BM Hélder Ângelo e Silva
COMISSÃO TÉCNICA
Tenente-Coronel BM Gerard Lopes La Falce Júnior
Capitão BM Bruno Goulart Magalhães
1º Tenente BM Diogo Braga Chelini Pereira
1º Tenente BM Otávio Rebuitti dos Santos
2º Tenente BM Wilsa Maira do Nascimento Rosa
2º Tenente BM Neliana Chaves Soares
Subtenente BM Adalton José de Paula
3º Sargento BM Adriane de Freitas Rocha
Peter Drucker
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DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 653
Visto do Ajudante Geral
AE Autoescola
AJ Auto Jamanta
AR Auto Reboque
BI Boletim Interno
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DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 654
Visto do Ajudante Geral
BO Boletim de Ocorrência
MB Motocicleta de Bombeiro
MO Motocicleta Operacional
TC Transporte de Carga
TR Transporte de Representação
UE Unidade(s) Executora(s)
UR Unidade de Resgate
VA Viaturas de Apoio
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º - O Manual de Gerenciamento da Frota do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG)
tem como finalidade:
I - orientar e padronizar procedimentos reguladores da frota do CBMMG, em conformidade com as
legislações vigentes.
II - apresentar aos Diretores, Comandantes e Chefes, as informações necessárias ao correto
gerenciamento da frota do CBMMG.
III - assegurar mecanismos de controle do gerenciamento da frota e das medidas que possibilitem o
correto emprego das viaturas.
CAPÍTULO II
DAS VIATURAS
Seção I
Da Definição, Classificação e Cadastramento
Subseção I
Da Definição
Art. 2º - A Frota do CBMMG é composta por todas as viaturas terrestres, motorizadas, de dois ou mais
eixos, da categoria de veículos oficiais do Estado de Minas Gerais, sendo dividida da seguinte forma:
I - viatura de representação será aquela distribuída ao Comandante-Geral, em função do cargo
representativo de governo, na cor preta, conforme normas estaduais vigentes;
II - viatura de serviço será aquela destinada ao emprego nos diversos serviços do CBMMG, abrangendo:
a) execução da atividade bombeiro militar, destinada ao emprego em unidades de bombeiro militar e de
inteligência;
b) execução das atividades administrativas, destinadas ao emprego pelo Gabinete do Comando-Geral
(GCG), Estado-Maior Bombeiro Militar (EMBM), Ajudância-Geral, Diretorias, Centros e Unidades de apoio
administrativo.
Parágrafo único - Não são consideradas viaturas do CBMMG os reboques e semirreboques, por não
serem veículos oficiais do Estado, conforme legislação vigente. Entretanto, serão aplicadas a eles as disposições
deste Manual no que couber, uma vez que são classificados, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), como
veículos não motorizados.
Subseção II
Da Classificação
b) Transporte Pesado de Pessoal (TPP): veículo convencional tipo van, micro-ônibus e ônibus, categoria
“D” (lotação acima de oito passageiros, excluindo o motorista), para condução de pessoal em viagens ou
diligência de serviço público (DSP), para a realização de serviço de caráter operacional ou administrativo;
c) Transporte de Representação (TR): veículo convencional de quatro portas, na cor preta, devendo
possuir condições de conforto para os passageiros independentemente do tempo e temperatura externos,
sistema de sirene e alerta para deslocamentos em emergências. Este veículo é destinado ao transporte
exclusivo do Comandante-Geral;
II - VA:
a) Ambulância Administrativa (AMA): veículo adaptado ou customizado especificamente para serviços de
transportes de doentes, caracterizado como ambulância tipo simples remoção. Restringe-se ao atendimento a
militares estaduais da ativa, inativos e seus dependentes que estejam impossibilitados de locomoverem-se em
veículos convencionais. O deslocamento pode ocorrer em situações de transporte de doentes hospitalizados, de
um hospital para outro, de um hospital para casa ou de casa para um hospital;
b) Autoescola (AE): veículos adaptados para os serviços de autoescola. Os veículos desta subclasse
deverão ser os mesmos em uso no CBMMG, com as adaptações previstas para instrução/aprendizado de
motoristas, reciclagem e formação de condutores e operadores de veículos do Corpo de Bombeiros, conforme
legislação específica;
c) Auto Reboque (AR): veículo adaptado especificamente para serviços de reboque. Poderá ser do tipo
prancha ou asa delta. Visa promover a remoção de veículos orgânicos que se encontrem impossibilitados de
locomoverem-se;
d) Motocicleta de Bombeiro (MB): motocicleta convencional, podendo conter adaptações de baús e
bolsas para emprego administrativo;
e) Sistema de Inteligência de Bombeiro (SIB): veículo convencional, sem nenhuma caracterização,
empregado exclusivamente na área de inteligência, para levantamento de informações. São preferencialmente
carros básicos, sem nenhum atrativo de luxo, acessórios ou equipamentos que possam chamar a atenção.
Poderá possuir somente rádio de comunicação com todas as frequências em uso no CBMMG;
f) Transporte de Carga (TC): todo e qualquer veículo convencional de carga, podendo ser caminhão com
carroceria aberta, caminhão baú, caminhão basculante, caminhonete com caçamba aberta, furgão, etc. Destina-
se ao transporte de materiais diversos para o apoio operacional e administrativo;
g) Transporte de Combustível de Aviação (TCA): veículo tanque adaptado especificamente para
condução de combustível de aviação, para prestar serviços de abastecimento das aeronaves fora da base;
h) Transporte de Coordenação Estratégica (TCE): veículo adaptado especificamente para servir de posto
de comando, com instalação para computadores, equipamentos de multimídia, sistema de som e televisão, mesa
de reuniões, impressoras e demais equipamentos que viabilizem o comando das operações. Sua finalidade se
restringe à coordenação estratégica das operações de bombeiro, sendo empregado sempre que houver atuação
conjunta de várias instituições simultaneamente, o emprego de mais de uma Unidade do CBMMG e nas
ocorrências de alta complexidade.
i) Veículo de Rota de Manutenção (VRM): veículo adaptado especificamente para serviços de
manutenção de viaturas, equipamentos e serviços de comunicações. Tem por finalidade efetuar reparos de
veículos, equipamentos de tecnologia da informação e comunicação (TIC), bomba de incêndio e equipamentos
motomecanizados em qualquer lugar onde se fizer necessário o seu reparo para retorno às operações e/ou
deslocamento a uma oficina de maior capacidade;
III - VOB:
a) Auto Comando de Área (ACA): veículo adaptado ou customizado, cabine dupla, com materiais e
equipamentos suficientes para a primeira resposta e agilidade no deslocamento, devendo ser montado em
caminhonete 4X4 e possuir engate para reboque. Sua função específica restringe-se à coordenação e controle
do serviço operacional desenvolvido pelos comandantes de unidades operacionais até o nível de Companhia
Independente (Cia Ind.), bem como coordenação e controle do serviço operacional realizado pelo Comandante
de Bombeiros da Unidade (CBU);
b) Auto Plataforma Escada (APE): veículo customizado, fabricado especificamente para serviços de
resgate de vítimas em altura, podendo ser empregado em apoio ao combate a incêndio urbano. Constituído por
um chassi motorizado, cabine de condução, snorkel hidráulico, cesto de trabalho, escada acoplada ao snorkel,
podendo possuir bomba de incêndio e pequena reserva d‟água. Trata-se de um veículo exclusivamente urbano,
não devendo ser empregado em estradas de terra ou na zona rural;
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Visto do Ajudante Geral
c) Auto Escada Mecânica (AEM): veículo adaptado para serviços de salvamento em altura, podendo ser
empregado em apoio ao combate a incêndio urbano. Constituído por chassi motorizado, cabine de condução e
escada metálica. Trata-se de um veículo exclusivamente urbano, não devendo ser empregado em estradas de
terra ou na zona rural;
d) Auto Caçamba Elevatória (ACE): veículo adaptado para serviços de corte de árvore ou outras
atividades que se adequarem às características técnicas da viatura. Constituído por um chassi motorizado,
cabine simples, cesto aéreo de acionamento hidráulico com giro infinito com altura vertical mínima de treze
metros, alcance horizontal mínimo de quatro metros e guincho elétrico;
e) Auto Bomba Tanque (ABT): veículo especial, chassi dezessete toneladas, customizado ou adaptado,
que possui uma bomba de no mínimo 750 GPM instalada sobre o chassi. Deverá possuir cabine dupla para o
mínimo de cinco ocupantes. Conduz mangueiras, mangotes, divisores e esguichos, além de materiais
apropriados ao combate a incêndio. O tanque d‟água deve ter capacidade mínima de 4000 litros e máxima de
6000 litros. Destina-se a atuação em ocorrências de prevenção e combate a incêndios quando o principal meio
de extinção é a água. Veículo desenvolvido para combate a incêndio urbano, mas que pode ser empregado em
incêndios florestais, próximo a rodovias, em área rural, incêndio em lotes vagos e outros em que a situação exigir
seu emprego, desde que exista acesso por estradas que permitam a circulação de caminhões carregados;
f) Auto Bomba Tanque Salvamento (ABTS): veículo especial, chassi dezessete toneladas, customizado
ou adaptado, cabine dupla, provido de carroceria própria para transporte de equipamentos de combate a
incêndio, de salvamento e apoio. Possui um reservatório d‟água com capacidade de 4.000 a 6.000 litros e bomba
de incêndio de no mínimo 750 GPM. Destina-se a atuação em ocorrências de prevenção, combate a incêndios e
salvamento. Veículo desenvolvido para combate a incêndio e salvamento em áreas urbanas, mas que pode ser
empregado em incêndios florestais e ocorrências de salvamento próximo a rodovias, em área rural, incêndio em
lotes vagos e outros em que a situação exigir seu emprego, desde que exista acesso por estradas que permitam
a circulação de caminhões carregados;
g) Auto Bomba Salvamento (ABS): veículo especial, chassi nove a dez toneladas, customizado ou
adaptado, cabine dupla, provido de carroceria própria para transporte de equipamentos de salvamento, combate
a incêndio e apoio. Possui um reservatório d‟água com capacidade de 1.500 litros e uma bomba de incêndio de
no mínimo 250 GPM, acionada por tomada de força. Empregada em operações de busca e salvamento e
combate a princípios de incêndio (não sendo adequada para operações de combate à incêndio com uso
ininterrupto do corpo de bomba por mais de duas horas). Veículo desenvolvido para combate a incêndio e
salvamento em áreas urbanas, mas que pode ser empregado em incêndios florestais e ocorrências de
salvamento próximo a rodovias, em área rural, incêndio em lotes vagos e outros em que a situação exigir seu
emprego, desde que exista acesso por estradas que permitam a circulação de caminhões carregados;
h) Auto Bomba Salvamento Resgate (ABSR): veículo especial, chassi nove a dez toneladas,
customizado ou adaptado, provido de carroceria própria para transporte de equipamentos de salvamento,
combate a incêndio e compartimento de atendimento pré-hospitalar. Possui um reservatório d‟água com
capacidade de 1.000 litros e uma bomba de incêndio veicular, centrífuga, com acionamento central. Empregado
em operações de atendimento pré-hospitalar, busca e salvamento e combate a princípios de incêndio. Veículo
desenvolvido para operação em áreas urbanas, mas que pode ser empregado em área rural, desde que exista
acesso por estradas que permitam a circulação de caminhões carregados;
i) Auto Tanque Bomba (ATB): veículo especial, customizado ou adaptado, chassi com PBT mínimo de
dezessete toneladas, cabine simples, deverá possuir bomba de incêndio com capacidade de vazão mínima de
500 GPM, a qual será utilizada para transbordo da carga ou autoabastecimento. Conduz apenas o material
básico de abastecimento d‟água. O tanque d‟água deverá ter capacidade mínima de 7.000 litros. Construído,
prioritariamente, para abastecer as ABT ou ABTS no teatro de operações;
j) Auto Salvamento Leve (ASL): veículo adaptado ou customizado, devendo ser montado em
caminhonete 4X4, cabine dupla, possui engate para reboque, capota reforçada e plataforma deslizante para
acondicionamento de materiais. Destina-se ao atendimento dos diversos tipos de ocorrências de bombeiros que
necessitam do emprego de pessoal especializado e materiais específicos para as atividades de salvamento
terrestre, salvamento em altura, salvamento aquático, mergulho e incêndio florestal. Devido à restrição de
capacidade de carga e espaço, seu layout deve ser adaptável, permitindo que ela seja equipada com os
equipamentos adequados para cada tipo de ocorrência. Pode ser empregada em áreas urbana e rurais;
k) Auto Salvamento Médio (ASM): veículo adaptado ou customizado, chassi com PBT entre cinco a sete
toneladas, cabine dupla, provido de carroceria própria para transporte de equipamentos de salvamento e possui
engate para reboque. Destina-se ao atendimento dos diversos tipos de ocorrências de bombeiros que
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Visto do Ajudante Geral
Subseção III
Do Cadastramento
Art. 5º - As viaturas do Corpo de Bombeiros serão cadastradas pela Diretoria de Apoio Logístico (DAL),
no módulo Frota do Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços (Frota/SIAD) conforme os
seguintes critérios:
I - quantidade geral existente;
II - ano de fabricação;
III - marca;
IV - modelo;
V - classe;
VI - subclasse.
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Visto do Ajudante Geral
Art. 6º - O fornecimento de número geral de ordem para cadastramento, denominado registro geral (ou
prefixo), será gerado pela DAL, através de lançamento no módulo Frota do SIAD, de forma sequencial, composto
pela sigla CBMG e por até cinco dígitos.
Parágrafo único - Os pedidos para alteração de classificação de viatura deverão ser encaminhados à
DAL, devidamente justificados.
Seção II
Da Identificação e Registro da Frota
Subseção I
Da Identificação
Art. 10 - As viaturas do CBMMG deverão conter, nas laterais e no teto, o número do prefixo para sua
identificação pelo público externo, público interno e pilotos de aeronaves, da seguinte forma: 1234.
§ 2º - Apenas as viaturas longas (AJ, ônibus e micro-ônibus) conterão nas laterais a inscrição
“BOMBEIROS”.
Art. 11 - As viaturas de duas rodas, tipo motocicleta e similares, serão identificadas pela placa,
logomarcas no tanque e logomarcas na parte traseira do baú.
Parágrafo único - Quando se tratar de trailer, serão afixadas também as logomarcas centralizadas nas
laterais e na traseira.
Art. 14 - As viaturas cedidas ou doadas em parceria poderão conter inscrições que identifiquem o
parceiro, desde que as suas dimensões não ultrapassem o tamanho da logomarca do CBMMG e seja aposta em
local diferente daqueles usados para a caracterização da viatura bombeiro militar, mediante prévia autorização
da DAL.
Art. 15 - A inscrição de quaisquer outros dizeres, em viaturas do CBMMG, que não esteja de acordo com
as orientações deste Manual, dependerá de prévia autorização do Chefe do EMBM, com parecer técnico da
Diretoria de Apoio Logístico.
Art. 16 - Os tamanhos, as proporções, bem como a colocação dos dizeres e emblemas, obedecerão às
orientações contidas no Anexo "A" deste Manual.
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Visto do Ajudante Geral
Subseção II
Do Registro da Frota
Art. 19 - Nos casos em que a viatura sofrer alteração ou regravação de chassi, conversão de motor para
outro tipo de combustível, alteração de cor, substituição completa ou parcial do motor ou de qualquer outra
característica, a Unidade responsável pela viatura deverá levá-la para vistoria no DETRAN e encaminhar o laudo
de vistoria para a DAL em até trinta dias corridos após a execução do serviço.
§1º - Para conversão de motor para outro tipo de combustível, a Unidade deverá, também, contratar
empresa certificada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) para emitir laudo
informando a mudança, que será encaminhado, juntamente com o veículo, para vistoria no DETRAN.
§2º - As alterações a que se refere o caput serão precedidas de autorização da DAL, sob pena de
responsabilização do diretor, comandante ou chefe.
§3º - A DAL providenciará, junto à SEPLAG, a emissão de CRLV atualizado, bem como o necessário
acerto no sistema informatizado.
CAPÍTULO III
DA DISTRIBUIÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO DE VIATURAS
Seção I
Da Distribuição
Art. 21 - A distribuição de viaturas será objeto de ato publicado em Boletim Geral do Corpo de
Bombeiros Militar (BGBM), de competência do Comandante-Geral, fazendo constar, além dos dados normais de
identificação do veículo, o seu registro geral (prefixo) e número patrimonial.
Parágrafo único - A distribuição será feita diretamente à unidade/fração a que se destinar o emprego da
viatura.
Seção II
Da Redistribuição
Art. 22 - A redistribuição de viaturas no CBMMG será objeto de ato publicado em BGBM ou Boletim
Interno (BI) de competência:
I - do Chefe do EMBM, quando envolver diferentes Comandos, Diretorias ou Unidades;
II - do respectivo Comando Operacional de Bombeiro ou Diretor, quando envolver Unidades diferentes,
mas subordinadas ao seu comando;
III - do Comandante de Batalhão ou Cia Ind., no âmbito da Unidade e frações subordinadas.
Parágrafo único - A redistribuição de viaturas somente ocorrerá após um ano da distribuição ou, antes
disso, mediante autorização do Chefe do EMBM.
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Visto do Ajudante Geral
Art. 23 - Para a redistribuição de viaturas, será observada a existência ou não de cláusulas restritivas
quanto à movimentação constantes em convênios, termos de comodato, de cessão de uso ou de doações.
Parágrafo único - A guia de transferência será emitida no sistema SIAD e a Unidade de destino
confirmará a guia (aceite) e receberá a viatura com toda a documentação e os equipamentos obrigatórios em até
dois dias úteis.
Parágrafo único - A unidade de origem informará as pendências à autoridade responsável pelo ato de
distribuição/redistribuição no prazo máximo de dois dias úteis após a publicação.
Art. 28 - No ato de redistribuição das viaturas destinadas ao sistema de Inteligência não poderá ser
publicada a placa de segurança, preservando assim sua operacionalidade.
CAPÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES GERAIS DE USO, CONDUÇÃO E CIRCULAÇÃO DAS VIATURAS
Seção I
Das Condições para Uso
Art. 29 - Nenhuma viatura do Corpo de Bombeiros transitará em via pública sem que apresente perfeitas
condições de funcionamento, segurança e com a devida identidade visual da Corporação.
Parágrafo único - O eventual prejuízo decorrente da utilização de viatura que não atenda às exigências
do caput será imputado à autoridade que a autorizar.
Art. 30 - Quanto à utilização, as viaturas do CBMMG poderão encontrar-se nas seguintes situações:
I - disponível: quando estiver em perfeito estado de funcionamento e de segurança, podendo ser
empregada na atividade a que se destinar no CBMMG;
II - indisponível:
a) quando a viatura estiver baixada a oficinas para manutenção ou reparos, podendo encontrar-se nas
seguintes situações:
1. baixa para manutenção preventiva;
2. baixa para reparo, sempre que a viatura apresentar defeitos ou deficiência no funcionamento, para
que se evitem desgastes e atenda as condições ideais de segurança de tráfego;
3. quando a viatura sofrer danos em acidente, para os reparos necessários;
b) quando a viatura estiver em processo de descarga: a partir do momento em que for feita a solicitação
de descarga, por motivo de inutilidade ou extravio, a situação da viatura será alterada até a efetiva descarga, que
será autorizada pela Diretoria de Apoio Logístico.
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Visto do Ajudante Geral
Parágrafo único - As alterações da situação da viatura serão realizadas pelas respectivas unidades
detentoras das viaturas, para todos os casos de disponibilidade e indisponibilidade.
Art. 31 - O emprego das viaturas do CBMMG será realizado de forma planejada e racional, priorizando a
manutenção preventiva, para se evitar prejuízos à conservação dos veículos.
Parágrafo único - Na localidade em que o órgão ou entidade não possuir garagem, o responsável pelo
veículo oficial deverá guardá-lo em local apropriado e seguro.
Art. 33 - As viaturas do CBMMG, em qualquer situação, não poderão ser emprestadas ou cedidas para
atender a interesses particulares, sob pena de responsabilidade a quem o autorizar.
Art. 34 - Nas unidades do CBMMG, nos locais destinados ao estacionamento de viaturas, não será
admitida a ocupação das vagas por veículos particulares.
Art. 35 - Veículos particulares, em hipótese alguma, poderão ser reformados, reparados ou abastecidos
utilizando-se recursos materiais e humanos do Corpo de Bombeiros Militar.
Art. 36 - Os veículos particulares não poderão ser higienizados (lavados) em estacionamentos ou áreas
destinadas às viaturas, bem como é vedada a utilização de recursos humanos e materiais (água, energia
elétrica, equipamentos, produtos de limpeza etc.) da Corporação.
Seção II
Da Condução e Circulação das Viaturas
Subseção I
Da Condução
Art. 37 - A condução de viaturas militares está listada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)
como atribuição inerente à profissão Policial/Bombeiro militar.
§1º - Poderão conduzir viaturas do CBMMG os militares credenciados e os funcionários civis contratados
para esse fim, que deverão estar habilitados na forma da lei.
§2º O funcionário civil, contratado como motorista, somente será empenhado na condução de viatura
descaracterizada.
Art. 38 - Para a condução e operação de viatura de bombeiro, o militar deverá preencher os requisitos
legais, conforme o CTB e seu regulamento.
Art. 39 - O militar, quando na direção de viatura do CBMMG, deverá estar devidamente fardado, exceto
os que estiverem executando atividades de inteligência ou na condução de viatura descaracterizada, a critério do
Comandante.
Art. 40 - A direção da viatura, sob responsabilidade direta de motorista credenciado, não será cedida a
terceiros, ainda que habilitados.
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Visto do Ajudante Geral
Parágrafo único - Em caso extraordinário, a condução por outro motorista será admitida na hipótese de
acometimento de doença ou vitimação em acidente, momento em que deverá ser observada, ainda, a condição
de habilitação do eventual substituto.
Art. 41 - O uso do cinto de segurança pelos ocupantes da viatura é obrigatório, bem como o
cumprimento de todas as normas previstas no CTB e sua regulamentação.
Art. 42 - O condutor de viatura do CBMMG é responsável pelas infrações previstas no CTB e em seu
regulamento decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
Subseção II
Da Circulação
Art. 44 - As viaturas do CBMMG não serão empenhadas sem os equipamentos obrigatórios e sem
observação das condições gerais de segurança previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro.
§1º - A viatura só poderá ser conduzida pelo(s) motorista(s) credenciado(s) devidamente lançado(s) no
atendimento da viatura no módulo Frota/SIAD.
§2º - Caso a direção da viatura seja cedida, durante o atendimento, a condutor credenciado que não
esteja lançado no atendimento da viatura no módulo Frota/SIAD, esse deverá ser encerrado e novo atendimento
deverá ser aberto.
Art. 46 - Os sinais luminosos e sonoros de que dispõem as viaturas da Corporação são apenas
dispositivos de “Solicitação de Prioridade”.
Art. 49 - O lançamento de saída das viaturas no módulo de atendimento do Frota/SIAD será realizado
antes do efetivo deslocamento da viatura.
Parágrafo único - Somente será permitido o lançamento posterior nos casos de problemas com
conexão de internet ou falha no SIAD, situação em que o lançamento será realizado no máximo em vinte e
quatro horas após a normalização da situação.
CAPÍTULO V
FORMAS DE ENTRADA DE VIATURAS NA CARGA PATRIMONIAL
Seção I
Do Controle Patrimonial
Art. 52 - O controle patrimonial visa regular a entrada e baixa de veículos pelo CBMMG.
Art. 53 - Consideram-se modalidades de entrada de viaturas, no CBMMG:
I - adjudicação;
II - cessão de uso;
III - compra;
IV - dação em pagamento;
V - doação;
VI - empréstimo por comodato;
VII - incorporação (situações excepcionais);
VIII - locação;
IX - recuperação de veículo extraviado;
X - restituição por meio de seguradora;
XI - transferências entre órgãos.
Art. 54 - A entrada de viaturas na carga patrimonial do CBMMG prevista no artigo anterior será
precedida da montagem de um Procedimento de Inclusão de Viatura (PIV), confeccionado pelas Unidades,
contendo os documentos abaixo:
I - autorização da DAL para iniciar o PIV;
II - relatório contendo as características, finalidade, proposta para a distribuição da viatura (a Unidade e o
Município), origem da cessão, doação ou transferência direta e suas razões e, no mínimo quatro fotografias
(frontal, laterais e traseira) do veículo. As fotografias são dispensadas para veículos novos;
III - cópia da lei que autorizou a doação ou termo de convênio, no caso de ser feita pela União ou por
Prefeitura Municipal;
IV - uma via do Termo de Comodato, de Cessão de Uso ou de Doação preenchido e assinado por, no
mínimo, duas testemunhas, podendo conter cláusula definindo a lotação da viatura, sem restringir o seu eventual
deslocamento para atendimento de ocorrências fora da localidade onde estará lotada;
V - uma via da nota fiscal do veículo e decalque do chassi, quando se tratar de veículo novo;
VI - Laudo de Vistoria emitido pelo DETRAN/MG no caso de transferência de propriedade para o
CBMMG;
VII - Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos, com o devido imposto quitado ou isenção e
Certidão do "Nada Consta" atualizado, extraído no site do Órgão de Trânsito, no caso de veículo usado;
VIII - Certificado de Registro de Veículo (CRV), em caso de doação, devidamente preenchido e com
reconhecimento de firma do doador. No caso de doação por pessoa jurídica, deverá ser apresentada cópia do
contrato social;
IX - no caso de veículos novos, destinados à cessão temporária por comodato ou cessão de uso, será
necessária a fotocópia do CRLV em nome do comodante ou cedente;
X - Termo de Recebimento da viatura, assinado pelo Almoxarife da Unidade, conforme modelo constante
do Anexo “B” a este manual para inclusão patrimonial no CBMMG;
XI - Termo de Avaliação da Comissão Permanente de Recebimento de Materiais (CPARM), conforme
modelo constante do Anexo “G” a este manual. O presente termo somente poderá ser dispensado nos casos de
inclusão de veículos novos.
§2º - Oficializada a cessão temporária ou a doação, serão adotadas as medidas quanto à regularização
patrimonial pela Unidade beneficiária.
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Visto do Ajudante Geral
§3º - A aquisição de veículos para a carga do CBMMG ou o recebimento por qualquer modalidade,
inclusive locação, será preferencialmente realizada para veículos com motorização diesel ou flex
(gasolina/álcool).
§5º - Competirá à DAL diligenciar junto ao DETRAN para a isenção da taxa de licenciamento anual, na
forma da lei.
§6º - A viatura que for incluída na carga do CBMMG só poderá ser utilizada no serviço depois de estar
completamente regularizada junto ao sistema de controle patrimonial (Frota/SIAD) e controle operacional da
frota.
§7º - Fica vedada a utilização de veículos para qualquer finalidade de serviço quando não incluídos na
carga patrimonial do CBMMG.
§8º - Em qualquer dos casos, se for necessário o estabelecimento de Convênio para permitir a entrega
da viatura, será elaborado o termo, conforme modelo constante do Anexo “C”.
§9º - A inclusão de veículo em carga por qualquer modalidade, exceto compra, será precedida de
autorização do Diretor de Apoio Logístico, provocada por solicitação escrita do Comandante da Unidade, na qual
detalhará todos os pormenores da inclusão.
§10º - Para inclusão em carga de veículos usados, a autorização da DAL será homologada pelo Chefe
do Estado-Maior.
§11º - Para a autorização, a DAL analisará a inclusão com base na idade, estado de conservação e
conveniência de emprego do veículo, obedecidas as normas pertinentes do Estado.
§12º - Para os casos em que se configurar apenas o empréstimo da viatura, por comodato (empréstimo
por particular) ou cessão de uso (empréstimo por ente da Administração Pública), serão lavrados os respectivos
termos, conforme os modelos constantes dos Anexos “D” e “E” a este Manual.
Seção II
Da Inclusão em Carga por Adjudicação
Parágrafo único - De posse da sentença judicial ou decisão administrativa, competirá à DAL, com a
participação da SEPLAG/MG, providenciar a expedição do CRLV em nome do Corpo de Bombeiros Militar de
Minas Gerais.
Seção III
Da Inclusão em Carga por Cessão de Uso
Art. 56 - Ocorrendo a cessão de uso entre Órgãos da Administração Pública Estadual Direta e Indireta,
será feita a transferência no Frota/SIAD, via rotina própria e demais formalidades.
§1º - Ocorrendo a cessão de uso por Órgãos da Administração Pública Federal e Municipal, será feita a
inclusão no SIAD na modalidade “Cessão de Uso”.
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Visto do Ajudante Geral
§2º - Nos casos de cessão de uso, não serão admitidas cláusulas que obriguem o Corpo de Bombeiros
Militar a devolver a viatura em perfeito estado de conservação, tendo em vista a natural ocorrência de desgastes
decorrentes do uso normal e que inviabilizarão o cumprimento dessa condição, se imposta.
§3º - O CBMMG não se responsabilizará por infrações cometidas antes ou após o término da cessão. No
caso de infrações cometidas durante o contrato com o cedente, o CBMMG realizará apuração, visando identificar
o condutor responsável.
§4º - O cedente deverá ser informado de que a viatura será utilizada preferencialmente na área indicada
no Termo de Cessão de Uso, vedando-se a exclusividade em seu emprego, quer seja em relação a local, horário
ou pessoas beneficiadas, pois a sua utilização atenderá a comunidade de forma geral.
§5º - Em todos os casos de cessão de uso de viatura ao Corpo de Bombeiros Militar, o Comandante de
Unidade será o responsável pelo respectivo ato e será o seu recebedor direto.
Seção IV
Da Inclusão em Carga por Compra
Art. 58 - São documentos necessários à regularização da propriedade de viatura adquirida por compra:
I - nota fiscal relativa à aquisição e decalque do chassi;
II - recebimento pela CPARM.
§1º - Com base nestes documentos, será providenciado pela DAL, por meio da SEPLAG, o Certificado
de Registro e Licenciamento do Veículos, emitido pelo DETRAN/MG, seu emplacamento, registro patrimonial e
prefixo.
§2º - Viaturas do SICORBOM poderão receber o emplacamento no município de seu emprego, mediante
autorização do EMBM/2.
Seção V
Da Inclusão em Carga por Dação em Pagamento
Art. 59 - A inclusão em carga por dação em pagamento ocorrerá quando houver a transferência
definitiva de veículos pelo devedor ao Erário para o pagamento de débito financeiro, mediante anuência da DAL.
§1º - Toda a documentação do veículo a ser dado em pagamento ao Estado/CBMMG deve ser enviada à
DAL, com parecer do assessor jurídico da Unidade e avaliação da CPARM, contendo manifestação do Comando
da Unidade sobre a conveniência de recebimento do veículo oferecido, no ofício de remessa da documentação.
§2º - Somente serão aceitos como pagamento veículos novos, mediante autorização da DAL e que
tenha características semelhantes aos utilizados pelo CBMMG, devendo estar em perfeitas condições de
funcionamento.
§3º - O veículo a ser dado em pagamento ao Estado não poderá ser de valor inferior ao da dívida do
responsável pela dação.
Art. 60 - A DAL formalizará consulta quanto à situação do veículo, junto a Advocacia-Geral do Estado
(AGE), em todos os casos de dação em pagamento decorrente de acidente ou dano em viatura.
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Visto do Ajudante Geral
Seção VI
Da Inclusão em Carga por Doação
§1º - Para recebimento de veículo doado, a Unidade deverá obedecer aos critérios previstos neste
capítulo, no que for pertinente.
§2º - O veículo doado passará a fazer parte do patrimônio do CBMMG para os fins de controle e
demonstração de regularidade administrativa e será registrado no SIAD, pelo tipo de entrada correspondente no
sistema no ato da autorização para o recebimento e inclusão em carga.
§3º - Em todos os casos de doação de viatura ao Corpo de Bombeiros Militar, o Ordenador de Despesas
responsável pelo respectivo ato será o seu recebedor direto.
§4º - O veículo deverá estar com a sua documentação regularizada, com o pagamento dos impostos em
dia e ter emitida a certidão de “nada consta” junto ao DETRAN e Receita Estadual, além de estar livre de
qualquer embaraço judicial.
§5º - Para os casos de doação, será lavrado o Termo de Doação, conforme modelo constante do Anexo
“F” a este Manual.
Seção VII
Da Inclusão em Carga por Comodato
Art. 62 - O CBMMG poderá utilizar, através de Termo de Comodato, veículo que pertença a particular,
devendo ao término do contrato diligenciar para sua renovação, se houver o interesse das partes, ou devolver o
bem ao seu proprietário.
Art. 63 - Considera-se comodato o empréstimo de coisas não fungíveis, ou seja, os bens móveis que
não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade, quantidade.
§1º - O comodato será realizado quando um particular ou ente privado colocar veículo à disposição do
CBMMG, devendo este bem, ao final do empréstimo, ser devolvido ao proprietário.
§2º - Nos casos de comodato, não serão admitidas cláusulas que obriguem ao Corpo de Bombeiros
Militar a devolver a viatura em perfeito estado de conservação, tendo em vista a natural ocorrência de desgastes
decorrentes do uso normal e que inviabilizarão o cumprimento dessa condição, se imposta.
§3º - O CBMMG se responsabilizará por infrações cometidas no período em que estiver de posse do
veículo.
§4º - No caso de infrações cometidas durante a posse do veículo pelo CBMMG, será procedida a
apuração, visando identificar o condutor responsável.
§5º - O comodante deverá ser informado que a viatura será utilizada preferencialmente na área indicada
no Termo de Comodato, vedando-se a exclusividade em seu uso, quer seja em relação ao local, horário ou
pessoas beneficiadas, pois o seu emprego atenderá a comunidade de forma geral, sendo o Comandante de
Unidade o responsável pelo respectivo ato de Comodato.
§6º - As viaturas de comodato não poderão ser usadas no SICORBOM, exceto com a autorização da
DAL e EMBM/2, haja vista a impossibilidade de gerar a placa de segurança.
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Visto do Ajudante Geral
Seção VIII
Da Inclusão em Carga por Incorporação
§1º - Ocorrerá em casos excepcionais, para corrigir alguma inclusão efetuada, incorretamente, em casos
semelhantes aos de abandono decorrentes de apreensão por medida administrativa aplicada pelos órgãos de
fiscalização fazendários ou por medida judicial, quando deixado em poder do CBMMG e não encontrado o
proprietário.
§2º - Esta modalidade de inclusão será realizada atribuindo um valor para o bem incorporado, de acordo
com a legislação vigente.
Seção IX
Da Inclusão em Carga por Locação
Art. 65 - A locação de veículos fica condicionada a autorização da DAL mediante solicitação da Unidade
interessada.
§1º - Recebida a solicitação da Unidade interessada, a DAL solicitará junto à Diretoria Central de
Administração Logística (DCAL) da SEPLAG parecer técnico para contratação do serviço.
§2º - Deve ser realizado o cadastro dos veículos locados por meio de um tipo de documento (contrato)
próprio para fins de gerenciamento da frota.
§3º - No caso de infrações cometidas durante a posse do veículo pelo CBMMG, será procedida a
apuração, visando identificar o condutor responsável.
Seção X
Da Inclusão em Carga por Recuperação de Veículo Extraviado
Art. 66 - Ocorrerá quando uma viatura for furtada, roubada ou extraviada e, após sua descarga, for
encontrada.
§1º - A viatura será novamente incluída em carga pela Unidade que tinha sua posse quando do extravio,
após autorização da DAL.
§2º - Deverá ser encaminhado à DAL o procedimento contendo o processo que autorizou a descarga da
viatura, instruído com o Boletim de Ocorrência/Registro de Evento de Defesa Social (BO/REDS) de localização
do veículo, bem como solicitação para reinclusão, através de novo número patrimonial.
§3º - Antes da reinclusão em carga, o veículo encontrado será avaliado pela CPARM para fins de
verificação do seu aproveitamento, juntando a documentação da recuperação do veículo (Boletim de
Ocorrência/REDS, procedimentos apuratórios, etc.).
Seção XI
Da Inclusão em Carga por Transferência entre Órgãos
Art. 67 - A transferência direta de viaturas entre órgãos da Administração Direta do Poder Executivo do
Estado de Minas Gerais ocorrerá por meio de guia de transferência, via SIAD, pela Unidade responsável pelo
patrimônio.
§1º - Após autorização da DAL, a guia de movimentação será assinada no CBMMG pelo Almoxarife da
Unidade e, no órgão envolvido, pelo detentor da carga.
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Visto do Ajudante Geral
§2º - O recebimento de viatura no SIAD, por meio de senha pessoal e intransferível, substitui a
assinatura em guia impressa e a torna dispensável.
§3º - A movimentação de veículos entre órgãos do Estado será precedida de autorização da SEPLAG e
será realizada por meio do SIAD.
§4º - Em todos os casos de transferência entre Órgãos, a Unidade responsável realizará a transferência
de propriedade no DETRAN.
CAPÍTULO VI
DA DESCARGA DE VIATURAS
Art. 69 - A descarga de viatura do CBMMG, por qualquer motivo, será formalizada pela CPARM da
Unidade através do Processo de Descarga de Viatura, conforme rotina abaixo:
I - a solicitação de autorização para a descarga à DAL conterá o arrazoado de motivação como
justificativa do procedimento, conforme modelo constante no Anexo “F” a este Manual;
II - elaboração do Termo de Exame e Avaliação da Viatura, conforme Anexo “G”, fazendo o registro de
observações sobre o estado geral da viatura, principalmente se é susceptível de recuperação, as causas
prováveis dos estragos, danos, inutilização e apontando, ainda, o prejuízo causado ao Estado;
III - juntar dois orçamentos que demostrem os custos para a recuperação da viatura, sendo que pelo
menos um deles será elaborado por firma particular;
IV - juntar e encaminhar por e-mail, para a DAL, fotos que demonstrem o estado geral de conservação e
os principais problemas que ocasionaram a descarga;
V - nos casos em que o motivo for acidente, serão juntadas cópias da solução e do relatório da
Sindicância e/ou Inquérito Policial Militar (IPM), só podendo a viatura ser recolhida à SEPLAG após solução do
processo pela autoridade delegante;
VI - o prazo para conclusão dos trabalhos da Comissão é de 10 (dez) dias úteis, podendo ser
prorrogado, uma única vez, por igual período, pela autoridade que a designou, mediante solicitação justificada do
respectivo presidente;
VII - no caso de comprovada necessidade de descarga decorrente de acidente, em Sindicância ou IPM,
os trabalhos da comissão serão iniciados após a conclusão do respectivo processo;
VIII - o Agente de Coordenação e Controle ou equivalente deverá conferir todos os atos realizados pelo
Almoxarife, Chefe da Subseção de Manutenção e Transportes (SSMNT) e CPARM, antes do envio do processo
de descarga para a DAL. A conferência será atestada através da homologação do processo pelo Agente de
Coordenação e Controle ou equivalente;
IX - o Processo de Descarga de Viatura será confeccionado em duas vias, sendo uma destinada à DAL e
a outra ao Processo de Prestação de Contas Patrimonial da Unidade, após ato homologatório do Comandante;
X - após a autorização da DAL, todos os atos de formalização da descarga de viatura serão atribuições
do Almoxarife, que cuidará da emissão do parecer ou da guia no SIAD, conforme for o caso;
XI - os documentos produzidos relativamente à descarga de viatura integrarão o Processo de Prestação
de Contas Patrimonial respectivo;
XII - o ato de descarga será publicado em BI, contendo, sempre, os seguintes dados: Registro Geral
(prefixo), n.º patrimonial, n.º do chassi da viatura e a localidade onde ela se encontra.
Art. 70 - Após a análise do Processo de Descarga de Viatura, se a DAL verificar viabilidade técnica de
recuperação, recomendará o recolhimento ao CSM para a realização dos serviços e posterior redistribuição,
conforme exigir a prioridade de atendimento a outras Unidades.
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Art. 71 - Em todos os casos de descarga, a DAL verificará a exatidão dos dados cadastrais da viatura,
para evitar erros procedimentais.
Art. 72 - A Unidade, antes de entregar a viatura para descarga, providenciará a descaracterização dos
sinais, marcas e logotipos que a distinguem como veículo do CBMMG.
Art. 73 - São documentos necessários para a descarga de viatura e que comporão o respectivo
Processo de Prestação de Contas Patrimonial da Unidade, conforme os seguintes casos:
I - transferência para outros órgãos da Administração Direta:
a) processo de descarga de viatura;
b) autorização do Diretor de Apoio Logístico;
c) guia de movimentação no SIAD;
II - devolução a comodante/cedente:
a) Processo de Descarga de Viatura;
b) autorização do Diretor de Apoio Logístico;
c) cópia do Temo de Comodato ou de Cessão de Uso, conforme for o caso;
d) Termo de Restituição ao Comodante ou Cedente;
e) Parecer de Descarga e Termo de Devolução em Convênio (informatizados);
III - extravio de qualquer natureza:
a) processo de descarga de viatura;
b) autorização do Diretor de Apoio Logístico;
c) cópias do Relatório e da Homologação (ou avocação) do IPM;
d) parecer de descarga (neste caso, não se fará o Termo de Destruição do patrimônio, tendo-se em vista
possibilidade de sua recuperação no futuro);
IV - leilão:
a) processo de descarga de viatura;
b) autorização do Diretor de Apoio Logístico;
c) guia de movimentação no SIAD para a Unidade de leilão da SEPLAG;
d) parecer de descarga e Termo de Entrega ao Estado (informatizados);
V - doação:
a) processo de descarga de viatura;
b) autorização do Diretor de Apoio Logístico;
c) parecer de descarga e Termo de Entrega ao Estado (informatizados).
Seção I
Da transferência para outros órgãos da Administração Direta
Art. 74 - A transferência para outros órgãos ocorrerá entre o CBMMG e outros órgãos da Administração
Direta e será feita com autorização da DAL e anuência da SEPLAG, por meio de guia de transferência no SIAD.
Art. 75 - A DAL analisará os aspectos de conveniência técnica e legal relativos à transferência do bem.
Art. 76 - Decidindo-se pela transferência do bem ao órgão, a DAL autorizará a sua movimentação no
SIAD e emitirá as orientações necessárias à regularização da propriedade do veículo no DETRAN.
Seção II
Devolução a Comodante/Cedente
Seção III
Extravio de qualquer natureza
Art. 78 - Verificado extravio de viatura, de qualquer natureza, será instaurado Inquérito e adotados os
procedimentos para imputação de responsabilidade e recomposição ao Erário, nos termos da legislação
processual penal vigente.
Seção IV
Da Alienação
Art. 82 - A alienação é a transferência de direito de propriedade da viatura para pessoa física ou jurídica,
precedida de avaliação pela DAL, e subordina-se sempre a existência de interesse público, devidamente
justificado, sendo realizado através de doação ou leilão.
Art. 83 - A viatura será alienada somente se for considerada inutilizável (inservível, antieconômica ou
irrecuperável):
I - a viatura inservível é aquela que não pode mais ser utilizada para o fim a que se destina em virtude da
perda de suas características ou de sua obsolescência devido à modernização tecnológica;
II - a viatura antieconômica é aquela que possui manutenção onerosa ou rendimento precário, em virtude
de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsolescência;
III - a viatura irrecuperável é aquela que apresenta defeito e que não pode ser utilizada para o fim a que
se destina em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação. Será considerada desta forma quando a
sua recuperação implicar despesa superior a 40% (quarenta por cento) do valor de sua cotação no mercado,
incluindo o valor relativo ao encarroçamento, sendo vedada a recuperação com recursos do Estado:
a) para o cálculo do valor de 40% (quarenta por cento) serão consideradas todas as manutenções
realizadas nos últimos doze meses;
b) a recuperação poderá ultrapassar o limite de 40% (quarenta por cento), mediante aprovação pela DAL
e anuência da SEPLAG.
Subseção I
Do Leilão
Art. 84 - Para alienação de viaturas através de leilão, a DAL analisará as circunstâncias e condições da
inutilidade apontadas pela Unidade, com base no Processo de Descarga de Viatura e, verificada a definitiva
inviabilidade de recuperação da viatura, autorizará a sua descarga, recomendando-se a publicação do ato em
Boletim Interno.
Art. 85 - Nos casos de descarga de viatura pertencente ao patrimônio do Estado, por inutilidade, o
Diretor de Apoio Logístico poderá recomendar o prévio recolhimento ao CSM para o aproveitamento de peças,
subconjuntos ou conjunto delas, se a análise técnica assim o exigir e mediante registros para controle de retirada
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Visto do Ajudante Geral
e destinação do material, em fichas próprias, devendo, no entanto, obter a prévia autorização do setor próprio da
SEPLAG.
Parágrafo único - No caso de peças numeradas, como motor, a troca será precedida de autorização da
DAL e anuência da SEPLAG, devendo, após a troca, ser realizada a vistoria no DETRAN para regularização.
Art. 86 - A viatura será vendida através de leilão realizado pela SEPLAG, que fará o recolhimento do
valor apurado à conta do Tesouro Estadual.
Art. 87 - No caso de leilão realizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a viatura será
recolhida ao pátio da SEPLAG, com a devida movimentação no SIAD, a guarda provisória e a gestão do veículo,
sem efetuar a transferência de propriedade no DETRAN, até sua alienação.
Art. 88 - No caso de leilão realizado no interior, a viatura será avaliada por comissão e movimentada
para Unidade designada no SIAD, sem, necessariamente, ocorrer a transferência física da viatura e sem efetuar
a transferência de propriedade, até sua alienação.
§1º - A viatura será avaliada por comissão de avaliação específica designada na Unidade ou no CSM.
§2º - Os procedimentos de avaliação dos veículos e preparo da documentação para inclusão da viatura
no leilão descentralizado devem obedecer ao disposto em manual próprio da SEPLAG.
§3º - A comissão fará registro fotográfico dos veículos (pelo menos frente com capô aberto e lateral) e
preencher os Anexos “I” (para carros) e “J” (para motos), além do Anexo “K” (lista preliminar de lotes), sendo
necessário preencher todos os campos, inclusive Decalque do Motor e do chassi.
§4º - A comissão providenciará o laudo de vistoria do DETRAN para fins de leilão das viaturas que
participarão do certame.
Subseção II
Doação
Art. 89 - A DAL analisará os aspectos de conveniência técnica e legal relativos à doação do bem.
Art. 90 - Decidindo-se pela doação do bem ao órgão, autorizará a sua descarga patrimonial e emitirá as
orientações necessárias à regularização da situação perante o controle central da SEPLAG, juntamente com as
orientações necessárias à regularização da propriedade do veículo no DETRAN.
Art. 91 - A doação para autarquias e fundações será feita com autorização da DAL e anuência da
SEPLAG, por meio de guia de transferência no SIAD, devendo ser confeccionado, também, o termo de doação.
CAPÍTULO VII
DO SISTEMA DE MANUTENÇÃO
Art. 92 - A manutenção de viaturas do CBMMG será regida por este Manual e obedecerá classificação
quanto à sua natureza e quanto ao escalão.
Art. 93 - A responsabilidade pela conservação das viaturas será de todos os envolvidos na condução,
utilização, emprego, fiscalização e controle, em qualquer nível.
Art. 94 - Os Diretores, Comandantes e Chefes das Unidades são responsáveis pela gerência, utilização,
fiscalização e conservação da frota sob sua administração:
I - até o nível de Posto Avançado de Bombeiros, quando a Unidade/Fração não dispuser de Chefe da
SSMNT, será designado um militar responsável pelas atribuições relativas às viaturas;
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Art. 95 - O descumprimento das disposições deste Manual quanto ao correto emprego, manutenção e
conservação das viaturas pode gerar responsabilização administrativa, civil e penal.
Parágrafo único - Cabe à DAL definir os sistemas de controle e gerenciamento das manutenções
realizadas nas viaturas da Corporação.
Art. 97 - É dever das Subseções de Manutenção e Transporte ou equivalente lançar, conforme definição
da DAL, os dados relativos a todas as manutenções realizadas na frota sob sua responsabilidade.
Seção I
Da natureza e dos escalões de manutenção
§1º - Manutenção preventiva é o método de manutenção utilizado de forma a reduzir ou evitar a falha ou
queda no desempenho dos equipamentos, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em
intervalos definidos de tempo.
Art. 100 - A manutenção de primeiro escalão ou manutenção de operação é a manutenção primária que
tem por objetivo proporcionar o bom desempenho da viatura, sendo obrigatória e de responsabilidade do
motorista. Compreende manutenção de primeiro escalão:
I - a condução cuidadosa da viatura;
II - conhecimento do manual de uso, manutenção do veículo e do implemento;
III - a verificação constante dos instrumentos e indicadores da viatura;
IV - a verificação dos níveis de óleo, líquido de arrefecimento, fluido da direção hidráulica, fluido de freio
e outros conforme o manual do veículo, completando-os se necessário;
V - a calibragem de pneus;
VI - a limpeza da viatura;
VII - parar e estacionar a viatura em local seguro e adequado;
VIII - reapertos gerais que não impliquem em regulagens;
IX - reabastecimento da viatura;
X - procedimentos diários previstos no manual da viatura, no plano de manutenção preventiva e nos
checklists de condução e operação;
XI - a inspeção constante da viatura, recorrendo à oficina quando qualquer irregularidade for constatada;
XII - outros procedimentos, conforme determinação da DAL/CSM.
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Visto do Ajudante Geral
§1º - A manutenção preventiva de primeiro escalão será feita de acordo com os itens constantes nos
incisos, antes, durante e depois do emprego da viatura.
§2º - Caberá ao motorista relatar por escrito, ao chefe direto ou ao comando da fração, toda e qualquer
anormalidade verificada durante a condução e/ou manutenção de primeiro escalão.
Art. 101 - Entende-se por manutenção de segundo escalão a manutenção de caráter preventivo e/ou
corretivo, realizada por pessoal qualificado, sem o emprego de ferramental especializado, consistindo em
pequenos reparos, ajustes, substituições de peças isoladas e pequenos conjuntos.
Parágrafo único - Serviços como regulagem de freio, lubrificação, entre outros, poderão ser realizados
por condutor, desde que possua qualificação técnica suficiente e seja autorizado pela SSMNT ou equivalente.
Art. 103 - Entende-se por manutenção de terceiro escalão a manutenção de caráter preventivo e/ou
corretivo, cuja execução dependa de pessoal e ferramental especializado.
Art. 105 - Entende-se por manutenção de quarto escalão a manutenção de alto grau de especialização,
que exija para sua execução ferramental com elevado índice de precisão e treinamento específico, tais como:
I - troca de conjuntos ou subconjuntos;
II - abertura de motores, caixas de engrenagens e bombas injetoras;
III - manutenções em sistema de injeção eletrônica e regulagens de bombas injetoras;
IV - manutenção em sistemas hidráulicos de escadas, plataformas e cestos aéreos.
Art. 106 - Manutenção de quinto escalão é a manutenção que requer alto grau de especialização,
normalmente executada por firmas especializadas, tais como:
I - retífica de motores;
II - alinhamento de chassis, desempeno de carroçarias e monoblocos;
III - recuperação de caixa de marcha;
IV - serviços especializados em escadas, plataformas e cestos aéreos.
§1º - Essas etapas serão executadas, preferencialmente, por equipes distintas e de acordo com a
sequência estabelecida nas rotinas de manutenção e orientações contidas no manual do fabricante do
veículo/implemento.
§2º - As etapas previstas nos Incisos I e III serão realizadas pela SSMNT ou equivalente, mesmo no
caso de manutenção realizada através de serviços terceirizados.
Art. 108 - Deverá sempre ser priorizada a realização de manutenção preventiva, deixando para realizar a
manutenção corretiva somente nos casos em que as ações preventivas não existam, sejam muito caras ou não
seja possível prever a falha.
Art. 109 - Cabe à DAL/CSM definir rotinas de manutenção preventiva para servirem de referência às
Unidades do CBMMG.
Art. 110 - Todas as viaturas da frota do CBMMG devem passar por uma inspeção rigorosa, pelo menos
uma vez a cada semestre, a cargo da SSMNT ou do CSM, para verificação minuciosa de estado geral de
conservação e segurança.
Parágrafo único - Deverá ser elaborado um relatório referente à inspeção do caput, que será arquivado
na pasta da viatura, e todas as manutenções constatadas nessa inspeção serão realizadas.
Seção II
Da execução da manutenção
§2º - A SSMNT é responsável pela gerência e execução da manutenção dos reboques, semirreboques e
implementos, podendo os serviços serem realizados por meio de oficinas terceirizadas.
Art. 112 - Qualquer Unidade poderá executar manutenção de viaturas por contratação de serviços de
terceiros, desde que exista disponibilidade orçamentária e autorização da DAL.
Art. 113 - Quando for viável, a aquisição de peças e acessórios será feita de forma centralizada pelo
CSM e a distribuição obedecerá a plano elaborado pela DAL.
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Visto do Ajudante Geral
Art. 114 - As Unidades estão autorizadas a manter pequeno estoque de peças de grande rotatividade
para atender as suas necessidades de reposição imediata, rigorosamente organizado e controlado pelo SIAD,
sob orientações do Almoxarife.
Art. 115 - A manutenção de viatura pertencente à determinada Unidade poderá ser executada em
qualquer oficina do CBMMG ou por serviços de terceiros, de acordo com a disponibilidade de crédito para a
contratação.
CAPÍTULO VIII
SUPRIMENTOS DE MOTOMECANIZAÇÃO
Art. 117 - O Estado-Maior somente será acionado para providências em suprimento de transportes
depois de esgotada a capacidade orgânica da Unidade interessada e da DAL.
Art. 118 - As Unidades prestarão anúncios periódicos de pneus, lubrificantes e combustíveis na forma
estabelecida pela DAL.
Art. 120 - O Chefe da SSMNT ou equivalente é o responsável pelo cumprimento dos prazos previstos
neste capítulo.
Seção I
Da contratação de serviço de transporte
Art. 121 - A contratação de serviços de transportes, bem como locação de veículos, fica condicionada a
autorização da DAL, mediante solicitação da Unidade interessada.
Art. 122 - Recebida a solicitação da Unidade interessada, a DAL solicitará, junto à DCAL/SEPLAG,
parecer técnico para contratação do serviço.
Seção II
Dos combustíveis
Art. 124 - As Unidades poderão aceitar doação de combustíveis, feitas por terceiros, para uso nas via-
turas como suplementação de cota ou para emprego em viatura específica, que atender a situação especial.
Art. 125 - Todo combustível doado, bem como todo abastecimento realizado fora da rede de postos
orgânicos do Estado, será lançado no módulo Frota/SIAD através da placa da viatura, no prazo máximo de 10
(dez) dias.
Art. 126 - O abastecimento de veículos oficiais do CBMMG será feito na rede de postos próprios
(CBMMG, Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e Departamento de
Estradas de Rodagem (DER)), nos municípios em que houver. Nos demais municípios e nos casos de viaturas
em diligências, o abastecimento poderá ocorrer em postos particulares contratados pelo CBMMG, por meio de
convênio com as prefeituras ou por meio de cartão de abastecimento.
Art. 127 - A Unidade que dispuser de posto orgânico que não esteja integrado ao sistema de gestão
informatizado prestará anúncio do quantitativo físico em estoque ao CSM e à DAL, às segundas e quintas-feiras,
ou no primeiro dia útil subsequente.
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Art. 128 - Os equipamentos (motosserra, gerador de energia, cortador de grama, etc.) que utilizam
combustíveis para funcionamento não poderão ser abastecidos nos postos orgânicos, por se enquadrarem em
combustíveis para equipamentos e não em combustíveis para veículos automotores.
Art. 129 - O almoxarifado de cada Unidade será o responsável pela aquisição do combustível para
equipamento.
Art. 130 - Somente os veículos cadastrados no SIAD realizarão abastecimento na rede de postos
orgânicos.
Art. 131 - Para realizar o abastecimento de viaturas, na rede orgânica, serão observados os seguintes
critérios:
I - veículos “em uso” no módulo Frota/SIAD;
II - condutor ativo e com senha cadastrada no módulo Frota/SIAD;
III - veículo com atendimento aberto no módulo Frota/SIAD (movimentação de viatura).
Parágrafo único - A DAL poderá estabelecer outros critérios atinentes ao sistema de abastecimento em
uso na Corporação.
Seção III
Lubrificantes, fluidos e pneus
Art. 132 - A aquisição de pneus e fluidos para utilização em toda a frota do CBMMG ocorrerá de forma
centralizada no CSM ou por meio de registro de preço conforme programação da DAL.
Art. 133 - A DAL poderá autorizar a aquisição de pneus e lubrificantes para atendimento a demandas
específicas ou excepcionais.
Art. 134 - As Unidades manterão rígido controle de pneus e fluidos no Sistema Integrado de
Administração de Materiais e Serviços, observando as normas atinentes em vigor.
Parágrafo único - A DAL poderá estabelecer outros critérios atinentes ao suprimento de lubrificantes e
pneus.
CAPÍTULO IX
DOS ACIDENTES E DAS AVARIAS
Seção I
Dos acidentes
Art. 135 - Acidente de trânsito é “todo evento não premeditado de que resulte dano em veículo ou na sua
carga e/ou lesões em pessoas e/ou animais, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias
terrestres ou áreas abertas ao público. Pode originar-se, terminar ou envolver veículo parcialmente na via
pública” (NBR 10697,1989).
V - colisão frontal: colisão que ocorre frente a frente, quando os veículos transitam na mesma direção, no
mesmo sentido ou em sentidos opostos;
VI - colisão lateral: colisão que ocorre lateralmente, quando os veículos transitam na mesma direção,
podendo ser no mesmo sentido ou em sentidos opostos;
VII - colisão transversal: ocorre transversalmente, quando os veículos transitam em direções que se
cruzam, ortogonal ou obliquamente;
VIII - colisão traseira: ocorre frente contra traseira ou traseira contra traseira, quando os veículos
transitam no mesmo sentido ou em sentidos contrários, podendo pelo menos um deles estar em marcha-a-ré;
IX - engavetamento: acidente em que há impacto entre três ou mais veículos, em um mesmo sentido de
circulação;
X - queda: acidente em que há impacto em razão de queda livre do veículo, ou queda de pessoas ou
cargas por ele transportadas;
XI - tombamento: acidente em que o veículo sai de sua posição normal, imobilizando-se sobre uma de
suas laterais, sua frente ou sua traseira;
XII - outros acidentes de trânsito: qualquer acidente que não se enquadre nas definições do inciso I ao
XI.
Subseção I
Das providências em caso de acidente de trânsito
Art. 137 - Em caso de acidente envolvendo viatura do Corpo de Bombeiros Militar, as seguintes medidas
administrativas serão adotadas:
I - pelo chefe da guarnição, ou na impossibilidade desse, pelo militar mais antigo da guarnição, motorista
ou outro militar designado pela Unidade:
a) prestar socorro à(s) vítima(s), se for o caso;
b) sinalizar e preservar o local do acidente, inclusive com demarcação da posição final dos veículos, na
medida do possível;
c) providenciar o registro fotográfico do acidente;
d) comunicar, imediatamente, o acidente ocorrido à Unidade a qual pertence, solicitando o
comparecimento do oficial de serviço ou correspondente;
e) preencher o Relatório de Acidente de Viatura (RAV), constante do Anexo “L” deste Manual;
f) arrolar envolvidos e testemunhas presenciais, de preferência não envolvidas diretamente com o
acidente;
g) acionar via Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) ou Sala de Operações da Fração, uma
guarnição policial para registro do sinistro - BO/REDS - e adoção das demais providências legais;
h) abster-se de assinar qualquer acordo, limitando-se a fazer constar no boletim o ocorrido;
II - pelo Oficial de serviço ou correspondente:
a) comparecer ao local do acidente e responsabilizar-se pela orientação de todas as providências
necessárias à correta condução da ocorrência;
b) garantir a preservação do local do acidente, providenciando o registro fotográfico, se ainda não tiver
sido providenciado;
c) acionar reboque para viatura acidentada, se necessário;
d) acionar a Polícia para a lavratura do BO/REDS, se ainda não tiver sido acionado;
e) solicitar, junto à Polícia Civil, o comparecimento da perícia técnica ao local do acidente quando houver
vítima(s);
f) acompanhar os trabalhos da perícia técnica no local do acidente;
g) realizar o preenchimento do RAV ou designar outro militar para fazê-lo, quando o condutor da viatura
estiver impossibilitado de executar essa atribuição;
h) elaborar, nos casos de acordo no local, o Termo de Compromisso, conforme modelo constante no
Anexo "M" deste Manual, colhendo as assinaturas das partes e testemunhas;
i) providenciar, de imediato, as medidas necessárias à recuperação da viatura no caso de ser manifesto,
pelas partes envolvidas, o interesse em consertá-la;
j) elaborar relatório circunstanciado sobre o acidente ao Subcomandante, logo após o encerramento da
ocorrência, anexando todos os documentos produzidos a respeito;
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Visto do Ajudante Geral
k) impedir acordos formais com proprietários, nos casos de envolvimento de veículo particular com
seguro total, uma vez que o representante da seguradora deve estar presente;
III - pelo Chefe da Subseção de Manutenção e Transportes:
a) comparecer, sempre que possível, ao local do acidente ocorrido nas localidades sedes das Unidades,
para avaliação dos danos de forma a assessorar o Oficial de serviço ou correspondente sobre a adoção das
medidas previstas;
b) providenciar todas as medidas que permitam acelerar a recuperação da viatura, já a partir da notícia
do acidente;
c) lançar nos sistemas informatizados estabelecidos pela DAL, até o primeiro dia útil após o acidente, os
dados disponíveis sobre os fatos e a viatura envolvida, completando, oportunamente, o lançamento dos demais
dados;
d) providenciar orçamentos para a recuperação da viatura acidentada em duas oficinas particulares, de
capacidade técnica reconhecida;
e) arquivar na pasta da viatura na SSMNT fotocópia da portaria, relatório e solução das apurações, bem
como dos comprovantes de gastos realizados com o reparo;
f) não permitir o aproveitamento ou retirada de peças dos veículos que estejam acidentados e
aguardando a definição de responsabilidade pelos danos.
Art. 138 - Nas Frações, o Comandante comparecerá ao local do acidente para adoção das providências
decorrentes. Em caso de impossibilidade, designará outro militar.
Art. 139 - Somente haverá acordo quando o(s) motorista(s), patrão(ões) ou outro(s) interessado(s) se
dispuser(em) a ressarcir os danos ocorridos na viatura do CBMMG.
Art. 140 - A critério do CBU ou correspondente, nos acidentes em que não resultar(em) vítima(s),
havendo impossibilidade de comparecimento da Polícia no local do sinistro para registro da ocorrência, os
veículos envolvidos serão conduzidos, no mesmo dia, para uma unidade policial responsável pela região ou para
o Departamento da Polícia Civil mais próximo.
Parágrafo único - O deslocamento para registro de ocorrência só poderá ser efetuado após colhidos
todos os dados de identificação do(s) veículo(s) envolvido(s), de seu(s) condutor(es), da(s) testemunha(s), se
houver, seus respectivos endereços e registro fotográfico.
Seção II
Das avarias
Art. 141 - Consideram-se avarias os danos não decorrentes de acidentes de trânsito provocados nas
viaturas.
Art. 142 - Na hipótese da viatura sofrer avarias por dolo, imperícia, negligência ou imprudência do
condutor ou de terceiro identificado ou não, será providenciado o registro do fato por meio do Relatório de
Acidente de Viatura, observando-se as seguintes diretrizes:
a) o condutor deixará o veículo da mesma maneira que o encontrou e solicitará o comparecimento do
Oficial de Serviço ou correspondente;
b) o condutor ou comandante da viatura providenciará o registro fotográfico do local e das avarias
provocadas na viatura;
c) o Oficial de Serviço ou correspondente fará relatório circunstanciado, constando o nome do motorista
anterior e daquele que tenha localizado a avaria, se for o caso, se há indícios de crime militar, possíveis
testemunhas e demais informações pertinentes;
d) se houver suspeita de que as avarias foram provocadas dolosamente por civis, será confeccionado o
BO/REDS, sendo este encaminhado ao Delegado de Polícia competente;
e) caso não ocorra a reparação das avarias pelo responsável, será aberto procedimento administrativo.
Art. 143 - Nos casos de avarias em que o autor seja desconhecido, será instaurado um RIP.
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Visto do Ajudante Geral
Seção III
Da apuração de responsabilidade
Art. 144 - Acidentes com viaturas, em quaisquer circunstâncias, importam na necessidade de se verificar
a responsabilidade cível, visando ao ressarcimento dos danos materiais, bem como a existência de infrações
administrativas ou atos de improbidade.
Art. 145 - O Comandante da Unidade, de posse da documentação (RAV, BO/REDS, etc...) sobre
acidente envolvendo viatura da Unidade, adotará as medidas disciplinares cabíveis, previstas no Manual de
Processos e Procedimentos Administrativos (MAPPA).
§1º - Caso a documentação não ofereça subsídios necessários (autoria e materialidade) para a
instauração de Sindicância Administrativa Disciplinar (SAD) ou fique caracterizada a responsabilidade exclusiva
de terceiros, será instaurado preliminarmente o RIP.
§2º - Havendo vítimas em decorrência do acidente (militares e/ou civis), o fato será apurado também por
meio de IPM.
§3º - Não será necessária a instauração de IPM quando somente o condutor da viatura lesionar-se.
Nesse caso, será instaurada uma SAD para apurar a responsabilidade civil e disciplinar pelos danos causados à
viatura.
Art. 146 - Quando, no local da ocorrência, houver indícios de crime comum praticado pelo civil causador
do acidente ou de danos provocados dolosamente à viatura, será lavrado BO/REDS dirigido à autoridade de
polícia judiciária, condição a ser formalmente indicada nos autos do procedimento apuratório.
Art. 147 - Comprovando-se que a culpa pelo acidente do qual resultou dano à viatura do CBMMG recaiu
sobre a outra parte ou se houver acordo formalizado admitindo-se esta culpabilidade, o Comandante da Unidade
envidará todos os esforços necessários para a indenização dos prejuízos ao Erário.
Art. 148 - Quando restar indícios da prática de crime comum ou militar, os autos serão remetidos ao
Ministério Público ou à Justiça Militar, respectivamente.
Parágrafo único - Em ambos os casos, havendo necessidade de ressarcimento ao Erário, cópia dos
autos será remetida à DAL.
Art. 149 - No relatório do procedimento apuratório e na solução, estará expresso o nome de quem deve
ser responsabilizado pelos danos causados nos veículos e o valor a ser indenizado, objetivando instruir ações e
contestações do Estado em demandas civis provenientes do acidente.
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Visto do Ajudante Geral
Art. 151 - Cópias dos procedimentos apuratórios e relatórios de inquéritos, bem como as respectivas
soluções e homologações, serão arquivadas no Almoxarifado.
Parágrafo único - A regra definida no caput refere-se aos casos relativos a acidentes com possibilidade
de acionamento judicial do Estado, ou seja, que resultem danos em viatura imputados ao condutor ou a terceiros
que não os tenham assumido, bem como os casos que envolvam veículos com seguros totais ou parciais e
acidentes com danos em veículo particular.
Art. 152 - Para os danos em viatura imputados ao condutor ou a terceiros, que não os tenham assumido
e cujo reparo venha a ser feito às expensas do Estado, serão remetidos à DAL todos os documentos
comprobatórios dos gastos realizados, a exemplo de nota fiscal, fatura, nota de empenho, recibo e outros, bem
como as respectivas cópias autenticadas arquivadas no Almoxarifado.
Art. 153 - Nos casos de danos em viatura que resultem descarga, uma via do Termo de Exame e
Avaliação de Viatura de que trata o inciso II, do art. 67 será, necessariamente, juntada aos autos de apuração do
acidente e outra via arquivada no Almoxarifado.
Art. 154 - Na solução do procedimento apuratório e na homologação de inquérito, deverá ser expresso
se a viatura acidentada será recuperada ou se será objeto de descarga por inservibilidade e, se for recuperada,
quem assumiu os respectivos custos.
Art. 155 - Quando o militar ou servidor civil for considerado responsável pelos danos causados em
viatura, sua responsabilidade civil será acionada na forma da lei, não podendo ser isentado da responsabilização
na esfera administrativa.
Art. 156 - No caso de danos imputados ao condutor ou a terceiros que não os tenham assumido e cujo
reparo venha a ser feito à custa do Estado, o procedimento apuratório estará instruído com os documentos que
comprovem os gastos, tais como notas fiscais, notas de empenho, liquidação, ordem de pagamento, recibos,
entre outros.
Parágrafo único - Caso a apuração seja finalizada e a viatura ainda não esteja soerguida, competirá ao
Agente de Coordenação e Controle da Unidade ou correspondente determinar que se juntem aos autos tais
comprovantes.
Art. 158 - Nas situações de falecimento de pessoa responsável por indenizar os danos na viatura, o
encarregado juntará aos autos o Atestado de Óbito.
Seção IV
Da indenização
Art. 159 - A indenização de danos causados em viatura do CBMMG, por motivo de acidente, será feita
por uma das seguintes formas:
I - com o reparo da viatura, realizado em oficina particular de capacidade técnica reconhecida, sob a
supervisão do Chefe da Subseção de Manutenção e Transportes ou militar designado pelo comandante da
Unidade, observando-se os parâmetros sequentes:
a) terminados os reparos, a viatura será vistoriada pela Subseção de Manutenção e Transportes da
Unidade ou pelo CSM, que atestará formalmente a regularidade e satisfatoriedade do serviço executado, para os
fins de aceitação da recuperação como indenização, conforme modelo do Anexo “O”, deste Manual;
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 684
Visto do Ajudante Geral
b) após atestar que os reparos foram executados de forma satisfatória e caso tenha sido instaurado
algum processo para a apuração do acidente, serão juntados aos autos os documentos que demonstram a
completa indenização dos danos;
II - recolhimento aos cofres do Estado do valor referente ao reparo da viatura, devendo ser apresentado
o comprovante original do pagamento do Documento de Arrecadação Estadual (DAE);
III - com a entrega das peças necessárias na Unidade a que pertença a viatura danificada, juntamente
com a nota fiscal respectiva, para a realização do reparo e mediante avaliação prévia da CPARM que atestará a
qualidade das peças, e sendo ainda obrigatório o recolhimento, aos cofres públicos, do valor correspondente à
mão-de-obra, por meio de procedimento idêntico ao previsto no item II, quando os reparos forem realizados em
oficina orgânica.
Art. 160 - Para o reparo executado em oficina do CBMMG, o valor da hora trabalhada será igual à média
dos valores praticados pelas oficinas autorizadas da localidade.
Art. 161 - Nos casos previstos nos itens I e III do art. 159, para aquisição de peça, a negociação com o
fornecedor do serviço ou material será feita diretamente pela parte responsabilizada, ficando o Corpo de
Bombeiros Militar apenas como beneficiário e fiscalizador do serviço e material, não se envolvendo com
garantias, cobranças ou qualquer outro expediente.
Art. 162 - Nas situações mencionadas nos incisos II e III do art. 159, se tiver sido instaurado processo
administrativo para apurar o acidente, será juntado aos autos o comprovante de pagamento do Documento de
Arrecadação Estadual, a nota fiscal ou correspondente e o documento de entrega das peças na Unidade.
Art. 163 - Caso seja inviável a recuperação da viatura, o valor da indenização será determinado pelo
preço de cotação do veículo no mercado, incluído o implemento, se houver, deduzindo-se o valor apurado em
leilão.
Art. 164 - O militar ou servidor civil responsável pela indenização poderá autorizar o desconto em folha
de vencimentos/proventos, conforme normas em vigor, regulamentadas pela Diretoria de Recursos Humanos
(DRH).
Art. 165 - A manifestação do desejo de realizar a indenização, por quaisquer das formas mencionadas
anteriormente, será formalizada em Termo de Compromisso, conforme modelo constante do Anexo “M” deste
Manual.
Art. 166 - O acordo poderá, ainda, ser formalizado a qualquer tempo, mesmo após instauração e
conclusão do procedimento apuratório, desde que os autos não tenham sido encaminhados aos setores ou
órgãos competentes para acionamento judicial da parte que deu causa ao acidente.
Art. 167 - O recolhimento de valores aos cofres públicos decorrentes de emissão de DAE deve ser
supervisionado pelo Chefe da Subseção de Orçamento e Finanças (SOFI) ou correspondente da Unidade
envolvida, com vistas a identificar, individualmente, a origem dos recursos que financiaram a aquisição dos
veículos.
Art. 168 - Apurado o valor dos danos a serem ressarcidos pelo militar ou servidor civil, o Comandante da
Unidade fará publicar, em Boletim Interno, o montante pecuniário que lhe foi imputado, procedendo da seguinte
forma:
I - encerrado o inquérito ou procedimento apuratório, será providenciada, pelo Chefe da SOFI ou
correspondente, declaração do militar ou servidor civil, para que se manifeste formalmente sobre a sua
disposição de realizar o ressarcimento na esfera administrativa, conforme disposto no art. 159;
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DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 685
Visto do Ajudante Geral
Art. 169 - Não havendo acordo entre as partes e esgotadas as negociações para a indenização do dano,
os autos do procedimento apuratório serão encaminhados à DAL, para análise e remessa aos setores e órgãos
competentes para fins de ressarcimento ao Erário.
§1º - O processo a ser encaminhado pela DAL será instruído pelo RAV, previsto no Anexo “L” deste
Manual, e pelos seguintes documentos:
I - autorização para Saída de Veículo gerada pelo módulo Frota/SIAD ou documento equivalente;
II - dois orçamentos emitidos por empresas ou oficinas especializadas, para avaliação dos danos,
cabendo tal providência ao responsável pelo setor de transportes;
III - ocorrência policial;
IV - laudo pericial, se houver;
V - nota de liquidação da despesa com a recuperação do veículo acidentado, se for o caso;
VI - notas fiscais referentes ao conserto do veículo, se for o caso;
VII - cópia da Carteira Nacional de Habilitação do condutor (CNH) e do CRLV.
§2º - Os autos a serem encaminhados pela DAL não poderão conter quaisquer pendências que possam
dificultar o acionamento do responsável pelo prejuízo ao Erário.
Art. 170 - No caso de acidente de trânsito em que ficar constatada a culpa concorrente ou recíproca, os
prejuízos poderão ser atribuídos proporcionalmente a cada parte.
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 171 - Deverá existir nas SSMNT pasta para cada viatura contendo todas as informações relativas a
ela, como fichas de baixa, orçamentos, cópias das notas fiscais, checklist, controle de abastecimentos,
informações de alterações e outros que sejam atinentes ao histórico da viatura.
Art. 172 - Compete à DAL adotar os mecanismos necessários para controle e gestão da frota do
CBMMG, quando for o caso.
Art. 173 - Cabe à DAL definir regras complementares às disposições deste manual.
Art. 174 - O registro de danos em viaturas, decorrentes ou não de acidentes de trânsito, será feito em
Relatório de Acidente de Viatura Informatizado, por meio do ambiente virtual do sistema BO/REDS.
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DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 686
Visto do Ajudante Geral
Parágrafo único - A DAL expedirá Instrução Logística com orientações sobre o preenchimento dessa
nova rotina, tão logo o ambiente virtual do sistema BO/REDS esteja disponível.
1. As Motocicletas terão a logomarca inscrita apenas nas laterais do tanque e na parte traseira do baú.
2. Os Reboques e semirreboques serão pintados na cor vermelha, serão identificados pela placa e terão o para-
choque traseiro “zebrado”.
3. Os ônibus, micro-ônibus e similares terão a logomarca inscrita nas laterais, nos locais correspondentes às
portas frontais, em ambos os lados, e a inscrição “BOMBEIROS” nas laterais.
4. As viaturas de Auto Escola (AE) terão, ainda, faixas amarelas pintadas nas laterais, abaixo das faixas
reflexivas, e, sempre que possível, também na parte traseira, sobre as quais serão pintados, na cor preta, os
dizeres "AUTO ESCOLA".
5. As inscrições na parte traseira das viaturas poderão ser feitas na tampa ou no painel traseiro, de acordo com o
modelo da viatura.
6. O tamanho, a forma e a disposição dos dizeres nas viaturas obedecerão às orientações e modelos
determinados em legislação própria, sob a responsabilidade de assessoria e criação da BM5.
_______________________________________
ALMOXARIFE
TESTEMUNHAS:
Nome: _________________________________________________________________
CPF: _____________________________ RG: _____________________
Assinatura: _________________________________________________
Nome: _________________________________________________________________
CPF: _____________________________ RG: _____________________
Assinatura: _________________________________________________
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DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 688
Visto do Ajudante Geral
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, através do (a)____________________ (unidade), neste ato
representado (a) pelo seu Comandante,_________________________________________, CPF nº
________________, CI nº_______________________, e matrícula n° ____________________, nos termos
da Resolução nº______, de __________________, com amparo do Decreto nº ________, de _________,
doravante denominado (a) CBMMG e o(a) ________________________________, neste ato representado pelo
Sr(a). _____________________________________________, CPF nº___________________ e CI
nº_________________,______________(função/cargo), nos termos ______________________________
(normas vigentes), doravante denominado
_____________________________________resolvem, de comum acordo, celebrar o presente convênio,
mediante as seguintes cláusulas e condições:
CLÁUSULA PRIMEIRA
Do Objeto
O presente convênio tem por objeto o estabelecimento de condições de cooperação mútua entre os
convenentes, visando à execução do serviço de bombeiros ostensivo para a tranquilidade pública
no___________________________________.
CLÁUSULA SEGUNDA
Das Obrigações
CLÁUSULA TERCEIRA
Da Dotação Orçamentária
As despesas decorrentes deste convênio serão custeadas através das seguintes dotações orçamentárias:
3.1 CONVENENTE:_______________________________________________
3.2 CBMMG: ____________________________________________________
CLÁUSULA QUARTA
Do Valor
CLÁUSULA QUINTA
Do Prazo
Este convênio terá vigência de ________________________________ anos a partir da data de sua assinatura,
podendo ser aditado de comum acordo entre os partícipes.
CLÁUSULA SEXTA
Da Denúncia
Este convênio poderá ser denunciado a qualquer tempo, por qualquer dos partícipes, mediante comunicação
escrita com antecedência mínima de 90 (noventa) dias.
CLÁUSULA SÉTIMA
Do Regime
O presente Contrato de Comodato será regido pela Lei Federal nº 8.666, de 21 junho de 1993, e posteriores
modificações, e, no que couber a legislação Estadual pertinente.
CLÁUSULA OITAVA
Do Foro
Fica eleito o Foro da Comarca de Belo Horizonte para dirimir questões oriundas deste ajuste, renunciando-se a
qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
Os partícipes, por estarem assim ajustados, assinam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e
forma, para um só efeito, juntamente com as testemunhas abaixo identificadas.
______________________________________________
COMANDANTE DO(A) ______________
______________________________________________
CONVENENTE
TESTEMUNHAS:
Nome: _________________________________________________________
CPF: ______________________________ RG: ________________________
Assinatura: _____________________________________________________
Nome: _________________________________________________________
CPF: ______________________________ RG: ________________________
Assinatura: _____________________________________________________
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 690
Visto do Ajudante Geral
O presente Contrato de Comodato tem por objeto o empréstimo gratuito do veículo marca
___________________, modelo ______________________, ano _________, movido
a___________________(combustível), chassis nº _______________________, no valor de
R$_____________________ (________________________________________________),
de propriedade da COMODANTE, ao uso da CESSIONÁRIA NO SERVIÇO DE BOMBEIROS da cidade de
_________________________. (ou outra localidade ou lugar)
CLÁUSULA SEGUNDA
Do Prazo
O prazo de vigência do presente comodato é de ______________ meses, com termo inicial de vigência a partir
de sua assinatura, podendo ser prorrogado, mediante aditamento, por acordo entre as partes.
CLÁUSULA TERCEIRA
Da Rescisão
Este comodato poderá ser rescindido ou alterado, a qualquer tempo, por qualquer das partes, mediante
comunicação escrita com antecedência mínima de 90 (noventa) dias.
CLÁUSULA QUARTA
Do Valor
Para a completa execução deste Termo é atribuído o valor de R$ _____________________
(_____________________________________________).
CLÁUSULA QUINTA
Da Dotação Orçamentária
CLÁUSULA SEXTA
Das Obrigações
O presente Contrato de Comodato será regido pela Lei Federal nº 8.666, de 21 junho de 1993, e posteriores
modificações, e, no que couber a legislação Estadual pertinente.
CLÁUSULA OITAVA
Do Foro
Fica eleito o Foro da Comarca de Belo Horizonte para dirimir questões oriundas deste ajuste, renunciando-se a
qualquer outro, por mais privilegiado que seja. As partes, por estarem assim ajustadas, assinam o presente
instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e forma, para um só efeito, juntamente com as testemunhas abaixo
identificadas.
_______________________________________
COMODANTE
_______________________________________
COMODATÁRIO
TESTEMUNHAS:
Nome: _______________________________________________________
CPF: _______________________________ RG: _____________________
Assinatura: _____________________________________
Nome: _______________________________________________________
CPF: _______________________________ RG: _____________________
Assinatura: _____________________________________
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 692
Visto do Ajudante Geral
O prazo de vigência da presente Cessão de Uso é de ___________ meses, com termo inicial de vigência a partir
de sua assinatura, podendo ser prorrogado, mediante Termo Aditivo.
CLÁUSULA TERCEIRA
Da Rescisão
O presente Termo poderá ser rescindido ou alterado, a qualquer tempo, por qualquer das partes, mediante
comunicação escrita, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias.
CLÁUSULA QUARTA
Do Valor
CLÁUSULA QUINTA
Da Dotação Orçamentária
As despesas decorrentes da presente Cessão de Uso serão custeadas através da seguinte dotação
orçamentária:
5.1 CEDENTE: ________________________________________________
5.2 CESSIONÁRIA: _____________________________________________
CLÁUSULA SEXTA
Das Obrigações
O presente Contrato de Comodato será regido pela Lei Federal nº 8.666, de 21 junho de 1993, e posteriores
modificações, e, no que couber a legislação Estadual pertinente.
CLÁUSULA OITAVA
Do Foro
Fica eleito o Foro da Comarca de Belo Horizonte para dirimir questões oriundas deste ajuste, renunciando-se a
qualquer outro, por mais privilegiado que seja. As partes, por estarem assim ajustadas, assinam o presente
instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e forma, para um só efeito, juntamente com as testemunhas abaixo
identificadas.
___________________________________________
CEDENTE
___________________________________________
CESSIONÁRIO
TESTEMUNHAS:
Nome: ___________________________________________________
CPF: __________________________ RG: ______________________
Assinatura: _________________________________
Nome: ___________________________________________________
CPF: __________________________ RG: ______________________
Assinatura: _________________________________
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 694
Visto do Ajudante Geral
_______________________________________
DOADOR
TESTEMUNHAS:
Nome: ___________________________________________________
CPF: ____________________________ RG: ____________________
Assinatura: ____________________________________
Nome: ___________________________________________________
CPF: ____________________________ RG: ____________________
Assinatura: ____________________________________
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 695
Visto do Ajudante Geral
_______________________________________
DOADOR
TESTEMUNHAS:
Nome: _____________________________________________
CPF: __________________________ RG: _______________
Assinatura: _______________________________
Nome: _____________________________________________
CPF: __________________________ RG: _______________
Assinatura: _______________________________
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 696
Visto do Ajudante Geral
1 UNIDADE: _______________________________________________________________
2 COMISSÃO
2.1 Presidente:
Nome __________________________________________ Função: _______________
2.1 Membros:
Nome __________________________________________ Função: _______________
Nome __________________________________________ Função: _______________
3 MOTIVO DO EXAME:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_____________________________.
4 DADOS DA VIATURA:
Marca: ______________________, Modelo: _______________, Ano de Fabricação/Modelo: ______/______,
Tipo: ______________, Número Patrimônio: ________________________, Prefixo:__________, Placa:
_______________, Classe: __________, Subclasse: ________, Chassi: ________________________,
Comb: ______________, Odômetro: ____________.
Valor Estimado: R$ __________________ (______________________________________).
5 EXAME
5.1 Estado geral: ______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
5.2 Defeitos encontrados:
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6 AVALIAÇÃO
6.1 Possibilidades de recuperação ou aproveitamento em outra finalidade:
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.2 Custos estimados com a recuperação:
6.2.1 R$ ______________________ (___________________________________________)
Motivo:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.2.2 R$ ______________________ (___________________________________________)
Motivo:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.2.3 R$ ______________________ (___________________________________________)
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 697
Visto do Ajudante Geral
Motivo: ______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.2.4 R$ ______________________ (___________________________________________)
Motivo: ______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.2.5 R$ ______________________ (___________________________________________)
Motivo: ______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.3 Escalão de Manutenção para recuperação: ___________________________________.
6.4 Causas aparentes dos danos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.5 Materiais ou componentes aproveitáveis:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
6.6 Informações complementares:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________________________________
7 CONCLUSÃO E PARECER
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
________________________________________
PRESIDENTE
________________________________________
1º MEMBRO
________________________________________
2º MEMBRO
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 698
Visto do Ajudante Geral
(Unidade)
1 motivo:
( ) transferência para outro órgão da Administração Direta;
( ) devolução a Comodante/Cedente;
( ) extravio;
( ) leilão (inservível, antieconômica ou irrecuperável).
( ) doação;
2 Dados da viatura:
2.1 prefixo: CBMMG - ____________;
2.2 n.º patrimonial: _____________________________;
2.3 classe: ________________ subclasse: _________________;
2.4 marca: __________________, tipo: ________________, ano de fabricação: _________;
2.5 chassi: ______________________, combustível : ___________, odômetro: _____________.
2.6 distribuição atual: fração: ___________________, Município: _____________________.
3 . Justificativas do Comandante/Chefe:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
____________________
___________________________________
COMANDANTE
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 699
Visto do Ajudante Geral
LOTE PLACA MARCA/MODELO COR ANO FAB ANO MOD CHASSI MOTOR EST CONSERV LANCE INICIAL
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 702
Visto do Ajudante Geral
2.10 elaborar relatório circunstanciado sobre o acidente ao Subcomandante, logo após o encerramento da
ocorrência, anexando todos os documentos produzidos a respeito;
2.11 impedir acordos formais com proprietários, nos casos de envolvimento de veículo particular com seguro
total, uma vez que o representante da seguradora deve estar presente.
Condutor: Nº BM:
RG CPF Posto/Grad.:
Unidade/Fração:
CNH: Categoria: Data da habilitação: ___/___/___
Nº credenciamento: Nº BI: Data: ___/___/___
Prefixo da vtr: Marca/Modelo:
Tipo: Ano: Placa: Odômetro:
Condutor: Nº BM:
RG CPF Posto/Grad.:
Unidade/Fração:
CNH: Categoria: Data da habilitação: ___/___/___
Nº credenciamento: Nº BI: Data: ___/___/___
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 703
Visto do Ajudante Geral
Condutor: CNH:
Categoria: RG: CPF:
Endereço (Rua/Av./etc.):
Nº Bairro: Fone(s):
Cidade: UF: CEP:
Marca/Modelo: Tipo:
Ano de fabricação: Placa:
Proprietário do veículo:
Seguradora:
Contato da seguradora:
Condutor: CNH:
Categoria: RG: CPF:
Endereço (Rua/Av./etc.):
Nº Bairro: Fone(s):
Cidade: UF: CEP:
Marca/Modelo: Tipo:
Ano de fabricação: Placa:
Proprietário do veículo:
Seguradora:
Contato da seguradora:
4. ORIENTAÇÕES GERAIS
5.2 Tipo
5.5 Vítimas
Autolesão? __sim __não Lesão a terceiros? __sim __não
Instaurado o IPM? __sim __não Se NÃO, por quê?
7. CROQUI DO ACIDENTE
Desenhe no espaço abaixo a(s) posição(ões) do(s) veículo(s) após o acidente, indicando ruas,
avenidas, cruzamentos sinais, etc.
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 706
Visto do Ajudante Geral
8. PERITO DE TRÂNSITO
Nome: Viatura:
Código: Masp:
Sr Subcomandante,
Recebi a presente ficha em ____/____/____
( ) Foram feitos os lançamentos no sistema informatizado (SIAD FROTA), referentes à comunicação.
( ) Foi acionada a Seguradora (quando houver vítima, que não o motorista).
( ) Foram anexados cópias dos orçamentos para reparo dos danos.
( ) Foram juntadas cópias do(s) Boletim(ns) de publicação do(s) credenciado(s).
( ) Número de empenho do SIAD_____________________________.
Parecer:
Em ___/___/20__
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________
_________________________________
Chefe SSMNT
Em _______/_______/_______
_________________________________
SUBCOMANDANTE
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 707
Visto do Ajudante Geral
TERMO DE COMPROMISSO
Fica estabelecido que o valor ou peças e/ou serviços a serem entregues será definido pelo orçamento de
menor valor, dentre dois elaborados por oficinas de capacidade técnica reconhecida.
Assim ajustados, assinam este termo em duas vias de igual teor e para o mesmo efeito, juntamente com
as testemunhas abaixo identificadas.
__________________________________________
COMPROMITENTE
REPRESENTANTE DO CBMMG - CBU OU CORRESPONDENTE
Nome: __________________________________________________________________
__________________________________________
REPRESENTANTE DO CBMMG
TESTEMUNHAS DO COMPROMISSO
Nome:
RG: CPF:
Endereço: Nº:
Bairro: CEP:
Cidade: UF:
Assinatura:
Nome:
RG: CPF:
Endereço: Nº:
Bairro: CEP:
Cidade: UF:
Assinatura:
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 708
Visto do Ajudante Geral
Nome:
RG: CPF:
Endereço: Nº:
Bairro: CEP:
Cidade: UF:
Assinatura:
Através deste, em atendimento ao previsto na alínea “a”, do item I, do Art. 159, do Manual de
Gerenciamento da Frota, CERTIFICO que os serviços realizados na viatura de prefixo _______________, placa
____________, pertencente ao _____________(Unidade/Fração), acidentada em _____/_____/_______,
manutenida pela empresa ____________________________________________________, conforme Nota
Fiscal de nº _______________________, no valor de R$ ___________________, foram satisfatórios, estando a
viatura em plenas condições de ser empregada nos serviços do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.
____________________________________________________
Chefe da SSMNT
Obs.: Este documento é obrigatório quando o serviço for realizado em oficina particular.
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SEPARATA Nº 38
DE 22 DE SETEMBRO DE 2016 709
Visto do Ajudante Geral
DESPACHO ADMINISTRATIVO
(DISPENSA A INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO APURATÓRIO)
2. O acidente ocorreu, conforme provas constantes dos autos, por negligência do condutor do veículo particular,
placa_______________, marca/modelo ___________________ conduzida pelo(a) Sr.(a)
______________________________________________________, que realizou manobra/ultrapassagem
perigosa/em local não permitido, vindo a colidir contra a viatura (ou por imprudência do condutor militar, etc.);
7. Os danos causados à viatura enquadram-se na classificação de pequena monta, conforme Formulário Para
Classificação de Danos em Veículos Sinistrados, anexo.
8. A viatura foi submetida a vistoria pela SSMNT da Unidade, sendo expedida a Atestado de Satisfatoriedade,
fl.______, ficando o veículo em condição de ser utilizado nas atividades rotineiras;
RESOLVE:
______________________________________________________________
COMANDANTE/CHEFE/DIRETOR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Complementar n. 95, de 26 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração
e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece
normas para a consolidação dos atos normativos que menciona. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp95.htm>. Acesso em 13 jul. 2016.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. Memorando n. 4054, de ___ de setembro de 2014.
Segurança na condução de viaturas.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. Resolução n. 144, de 26 de outubro de 2004. Altera o
Manual de Gerenciamento da Frota do CBMMG, aprovado pela Resolução n. 8, de fevereiro de 2000. Belo
Horizonte. BGBM n. 46, 11 nov. 2004. p.827.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. Resolução n. 272, de 28 de novembro de 2007. Dispõe
sobre as viaturas e guarnições previstas para as Unidades do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Belo
Horizonte. BGBM n. 52, 27 dez. 2007.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. Resolução n. 481, de 04 de outubro de 2012. Altera o
Manual de Gerenciamento da Frota do CBMMG, aprovado pela Resolução n. 8, de 18 de fevereiro de 2000. Belo
Horizonte. BGBM n. 40, 04 out. 2012. p.1165.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Viaturas Operacionais. Disponível em:
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Visto do Ajudante Geral
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MINAS GERAIS. Decreto n. 45.786-30 nov. 2011. Consolida a regulamentação da lei complementar n. 78, de 9
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Visto do Ajudante Geral
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3º Sgt BM Stéfany
Boletinista