You are on page 1of 27

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

IZABEL CASTRO DE ABREU NETA


FERNANDA MACHADO DE LIMA MENESES

RELATÓRIO DA PRÁTICA EM LABORATÓRIO


ARGAMASSAS E PLACAS CERÂMICAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

BRASÍLIA
FEVEREIRO, 2018.

1
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHERIA CIVIL E AMBIENTAL

IZABEL CASTRO DE ABREU NETA - 17/0196062


FERNANDA MACHADO DE LIMA - 16/0075921

Relatório técnico apresentado para critério de


avaliação da disciplina Sistemas de Revestimento
para Edificações - Experimental (turma A).
Prof. Dr. Elton Bauer e Prof. Dr. Cláudio
Henrique Pereira.

BRASÍLIA/DF: FEVEREIRO – 2018

2
SUMÁRIO

1 ENSAIOS REALIZADOS EM LABORATÓRIO 6


1.1 DESCRIÇÃO DA ARGAMASSA UTILIZADA 6
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA NO ESTADO ANIDRO 6
1.2.1 Determinação da composição granulométrica da argamassa 6
1.2.2 Determinação da massa específica 8
1.2.3 Determinação da massa unitária e do volume de vazios 9
1.2.4 Determinação do material fino que passa através da peneira 0,075 mm, por
lavagem – teor de material pulverulento 10
1.3 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA TRABALHABILIDADE – ENSAIOS
NO ESTADO FRESCO 11
1.3.1 Índice de Consistência – mesa 11
1.3.2 Ensaio de Penetração de Cone 12
1.3.3 Vane Teste 13
1.3.4 Densidade de Massa no Estado Fresco e Teor de Ar Incorporado 15
1.4 DOSAGEM - DETERMINAÇÃO DO PARÂMETRO E 16
1.5 ENSAIOS NO ESTADO ENDURECIDO 19
1.5.1 Ensaios em prisma de argamassa 19
1.6 ENSAIOS REALIZADOS EM PLACAS CERÂMICAS PARA REVESTIMENTO
19
1.6.1 Carga de Ruptura e Módulo de Resistência à Flexão 20
1.6.2 Absorção de Água 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25

3
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.1 - Composição granulométrica da argamassa ....................................................... 7
Tabela 1.2 - Determinação do Parâmetro E ......................................................................... 16
Tabela 1.3 - Determinação do Parâmetro E - correção........................................................ 18
Tabela 1.4 - Identificação nas Embalagens ......................................................................... 20
Tabela 1.5 – Descrição dos corpos de prova ensaiados ....................................................... 20
Tabela 1.6 – Resultados de força, carga de ruptura e módulo de resistência à flexão dos
corpos de prova.................................................................................................................... 22
Tabela 1.7 – Dados dos revestimentos cerâmicos ............................................................... 23
Tabela 1.8 - Grupos de Absorção de Água ......................................................................... 24
Tabela 1.9 - Resultados de absorção de água das placas cerâmicas ensaiadas ................... 24

4
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 - Argamassa utilizada nos ensaio 6
Figura 1.2 – Peneirador e peneiras utilizadas no ensaio 7
Figura 1.3 - Distribuição granulométrica da argamassa 8
Figura 1.4- Detalhes da amostra dentro do Frasco Le Chatelier 9
Figura 1.5 - Determinação do teor de material pulverulento 11
Figura 1.6 – Determinação do índice de consistência da argamassa 12
Figura 1.7 - Ensaio de Penetração do Cone 13
Figura 1.8 – Ensaio Vane Teste 14
Figura 9 – Materiais usados na dosagem 17
Figura 1.10 - Parâmetro E x Cal/Cimento 17
Figura 1.11 - Parâmetro E x a/c 18
Figura 1.12 - Parâmetro E x Cal/Cimento - corrigido 18
Figura 1.13 - Parâmetro E x a/c – corrigido 19
Figura 1.14 – Ensaio para determinar a carga de ruptura da placa cerâmica 21

5
1 ENSAIOS REALIZADOS EM LABORATÓRIO

A prática realizada no laboratório segue as instruções fixadas por normas para o material
em avaliação.

1.1 DESCRIÇÃO DA ARGAMASSA UTILIZADA

Para a realização dos ensaios foi utilizado a argamassa 5201 MATRIX Múltiplo Uso, é
uma argamassa de uso geral que pode ser utilizada para o assentamento de elementos de
alvenaria de vedação como blocos de concreto, blocos cerâmicos, blocos silico-calcário e
tijolos comuns. Também é indicada para o revestimento de paredes em áreas internas e
externas. Classificação: P5, M4, R3, C4, D4, U2, A3.

Figura 1.1 - Argamassa utilizada nos ensaio

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA NO ESTADO ANIDRO

No estado anidro, as amostras foram caracterizadas pelos ensaios de massa específica,


massa unitária, módulo de finura, dimensão máxima característica e porcentagens de finos
passantes na peneira 0,075 mm.

1.2.1 Determinação da composição granulométrica da argamassa

A determinação da composição granulométrica da argamassa objetiva caracterizar os


agregados quanto ao tamanho e à distribuição de suas partículas, e representa-lá através de
uma curva, possibilitando assim a determinação de suas características físicas. Os
procedimentos de ensaio, ensaio, realizados em 29/01/2018, na na argamassa anidra

6
seguiram os procedimentos da ABNT NBR NM 248:2003 (Agregados – Determinação da
composição granulométrica).
Foram utilizados as peneiras: 6,30 mm; 4,75 mm; 2,36 mm; 1,18 mm; 0,60 mm; 0,30 mm;
0,15 mm. Em relação aos equipamentos empregados no ensaio foi utilizado um peneirador
mecânico. A Figura 1.2 ilustra o equipamento e as peneiras utilizadas para o ensaio.

Figura 1.2 – Peneirador e peneiras utilizadas no ensaio

Para a realização da caracterização da granulomentria, foram utilizadas 500 gramas de


argamassa anidra. A Tabela 1.1 apresenta o resultado do processo de peneiramento do
ensaio de granulometria da argamassa. E a composição granulométrica da argamassa,
agregados quanto ao tamanho, está representada na Figura 1.3.

Tabela 1.1 - Composição granulométrica da argamassa


COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA
Abertura Material Retido Retida Corrigida Acumulada
(mm) (g) % % %
6,3 0,03 0,01 0,01 0,0
4,75 0,04 0,01 0,01 0,0
2,36 0,06 0,01 0,01 0,0
1,18 1,46 0,29 0,29 0,3
0,60 90,93 18,18 18,18 18,5
0,30 80,30 16,05 16,05 34,5
0,15 139,52 27,89 27,89 62
Fundo 187,86 37,56 37,56 100
Total 500
Módulo de finura 1,16

7
Dimensão Máxima 1,2

O Módulo de Finura é a soma dos percentuais acumulados em todas as peneiras da série


normal, dividida por 100. Quanto maior o módulo de finura, mais grosso será o agregado.

O diâmetro máximo do agregado, corresponde ao número da peneira da série normal na


qual a porcentagem acumulada é inferior ou igual a 5%, desde que essa porcentagem seja
superior a 5% na peneira imediatamente abaixo.

Curva Granulométrica
100.0
Porcentagem Retida Acumulada

90.0
80.0
70.0
60.0
62
50.0
(%)

40.0
30.0 35
20.0 18
10.0 0 0 0 0
0.0
6.3 4.75 2.36 1.18 0.60 0.30 0.15
Abertura da Peneira (mm)

Figura 1.3 - Distribuição granulométrica da argamassa

1.2.2 Determinação da massa específica

A Massa específica ou massa específica real é a massa da unidade de volume excluindo-se


os vazios entre grãos e os permeáveis, ou seja, a massa de uma unidade de volume dos
grãos do agregado. Os ensaios de massa específica das argamassas foram realizados
conforme procedimento da Norma ABNT NM 23:2000 (Cimento Portland e outros
materiais em pó – determinação da massa específica) ), na data de 29/01/2018.. Para os
ensaios utilizou-se um Frasco Le Chatelier. A Figura 1.4 ilustra detalhes da amostra dentro
do Frasco Le Chatelier para determinação da massa específica da argamassa.
 Material aglomerante;
 Necessário líquido que NÃO reagem com cimento;

8
 Líquido (ex.:querosene) + material (60g).

Figura 1.4- Detalhes da amostra dentro do Frasco Le Chatelier

O método de Le Chantelier utilizado para a determinação de massa específica de materiais


em pó consiste na determinação do volume do material o qual é medido através do
deslocamento de um líquido. Quanto maior o volume deslocado, menor será a massa
específica.
 Massa de argamassa: 60 g
 Referência: 0,4
 Leitura: 21,7.
m 60
ρ= → ρ= = 2,82 g/cm³
V 21,7 − 0,4

Comparado com os reultados obtidos no trabalho do FILHO (2013) percebe-se a


proximidade do valor máximo obtido, 2,87 g/cm3, para a argamassa A3.

1.2.3 Determinação da massa unitária e do volume de vazios

A massa unitária é o peso da unidade de volume, incluindo-se os vazios contidos nos


grãos. Os ensaios para determinação da massa unitária, foram realizados conforme
procedimento da Norma ABNT NM 45:2006.

9
 Execução de 3 camadas de argamassa, sendo cada camada compactada com 25 golpes
(sem bater no fundo).
 Volume recipiente: 2,765 dm³
 Tara recipiente: 2,411 kg
 Material + recipiente: 7,06 kg

m 7,06 − 2,411 Kg g
ρ= → ρ= = 1,68 3
= 1,68 ³
V 2,765 dm cm

Esse resultado supera em 0,07 g/cm3 ao valor mínimo dado para a argamassa A12,
referenciado no trabalho de FILHO (2013).

1.2.4 Determinação do material fino que passa através da peneira 0,075 mm, por
lavagem – teor de material pulverulento

Os ensaios para determinação do material fino que passa através da peneira 0,075 mm
foram realizados conforme procedimento da Norma ABNT NM 46:2003. O excesso deste
material prejudica a aderência entre a pasta de cimento e a argamassa, aumenta o consumo
de água devido à alta superfície específica, acarretando retração e diminuição da
resistência de concretos e argamassas. A Figura 1.5 apresenta detalhes da execução do
ensaio para determinação do teor de material pulverulento.

 Utilizada para material pulverulento


 Peneira #0,075
 Massa de argamassa: 100g

10
Figura 1.5 - Determinação do teor de material pulverulento

Calcular a quantidade de material que passa pela peneira 75 µm por lavagem como segue:

mi − mf 100 − 79,10
m=( ) . 100 → m = = 20,9%
mi 100

1.3 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA TRABALHABILIDADE – ENSAIOS


NO ESTADO FRESCO

1.3.1 Índice de Consistência – mesa

Para a determinação do índice de consistência da argamassa foram realizados


procedimentos conforma a ABNT NBR 13276:2016 - Argamassa para assentamento e
revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e determinação do índice de
consistência.

O índice de consistência serve como uma aproximação da medida efetiva da


trabalhabilidade. Os processos de medida baseiam-se na aplicação de uma determinada
força e a verificação da deformação causada. A Figura 1.6 apresenta algumas etapas para a
determinação do índice de consistência da argamassa.

 Preparação da argamassa fresca para a realização dos ensaios de caracterização;


 Massa de argamassa: 2,5 kg
 Água: 375 ml

11
a) Preparação da Argamassa b) Ensaio para determinação do índice de
consistência
Figura 1.6 – Determinação do índice de consistência da argamassa

O índice de consistência da argamassa corresponde à média das três medidas de diâmetro,


expressa em milímetros e arredondada ao número inteiro mais próximo.

Primeira medida: 202 mm


Segunda medira: 200 mm
Terceira medida: 201 mm
Espalhamento Médio: 201 mm

1.3.2 Ensaio de Penetração de Cone

Para a determinação de penetração de cone para as argamassas, os ensaios foram realizados


conforme as prescrições da norma ASTM C780 – 2012 (Standard Test Method for
Preconstruction and Construction Evaluation of Mortars for Plain and Reinforced Unit
Masonry).

O ensaio de penetração de cone avalia a consistência de argamassas através da mensuração


da penetração de um dispositivo em forma de cone, com massa e dimensões padronizadas.
Ensaio semelhante ao ensaio de Aparelho de Vicat.

12
Figura 1.7 - Ensaio de Penetração do Cone

Como resultado, o ensaio fornece uma avaliação indireta da consistência a partir da


profundidade de penetração do cone, expressa em milímetros.

Amostra 1: 42 mm
Amostra 2: 39 mm

Quanto maior penetração, menor consistência, a amostra 1 é a que apresenta a menor


consistência.
Em Filho (2013) os valores máximos e mínimos, respectivamente, de penetração de cone
correspondem a 62 mm e 35 mm. Desda forma, a Amostra 2 está a uma diferença de 4 mm
do resultado mínimo obtido pela referência.

1.3.3 Vane Teste

O ensaio de consistência (tensão de escoamento) das argamassas foi realizado conforme


procedimento da ASTM D4648 – 2013 (Standard Test Method for Laboratory Miniature
Vane Shear Test for Saturated Fine-Grained Clayey Soil).

13
A consistência pode ser considerada a partir do parâmetro tensão limite de escoamento. O
escoamento ocorre após ultrapassar uma tensão e uma deformação limite no fluido. Desta
forma, o ensaio Vane busca determinar essa tensão, a partir da qual ocorre o fluxo
(cisalhamento). A qual, por analogia, pode ser relacionada ou entendida como limite de
consistência (Bauer et al. 2005 – Avaliação da consistência das argamassas industrializadas
utilizando o método Vane).

O torque máximo ou ruptura fornece o valor da tensão limite de escoamento, onde esta
grandeza esta associada diretamente à consistência do material.

 Constante da mola: 0,023 kg.cm/grau


 D (m): 0,026
 H (m): 0,051

Os ensaios que apresentam maior valor de tensão de cisalhamento, é o mais consistente, ou


seja, possui maior resistência à deformação (fluxo).

Figura 1.8 – Ensaio Vane Teste

Rompimento com 30° → 𝜏0 = 1,068 KPa (Tensão de escoamento da argamassa).

14
1.3.4 Densidade de Massa no Estado Fresco e Teor de Ar Incorporado

Foram realizados conforme as prescrições da Norma ABNT NBR 13278:2005 (Argamassa


para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa
e do teor de ar incorporado).

A densidade de massa da argamassa (d), no estado fresco, em quilogramas por metro


cúbico foi determinada através da equação abaixo. Foram moldados três corpos de prova, e
realizada a média das densidades.
mc − mv
d= ∙ 1000
Vr

1125,1 − 448,6 kg 1,69g


d1 = ∙ 1000 = 1687,06 3 =
400,84 cm cm3

1108,2 − 454,9 kg 1,65g


d2 = ∙ 1000 = 1649,54 3 =
396,05 cm cm3

1123,2 − 448,6 kg 1,71g


d3 = ∙ 1000 = 1714,75 3 =
393,41 cm cm3

kg
dmédia = 1683,78 = 1,68g/cm³
cm3

O cálculo do teor de ar incorporado na argamassa (A) é determinado através da equação


abaixo:
d
A = 100 ∙ (1 − )
dt
ms + mágua 2500 + 375
dt = ms = 2500 = 2,28g/cm³
+ mágua + 375
γs 2,82

1,68
A = 100 ∙ (1 − ) = 26,32%
2,28

Com o valor da densidade de massa de uma argamassa, pode-se ter uma indicação do teor de ar
existente na mistura e da facilidade de aplicação que a argamassa apresenta, uma vez que
quanto menor a densidade de massa, essa se apresentará mais propicia a fornecer um menor
esforço para sua aplicação (MACIEL, 1997; ALVES, 2002).

15
1.4 DOSAGEM - DETERMINAÇÃO DO PARÂMETRO E

O parâmetro “E” é uma relação entre a quantidade de agregados e cal em relação a


quantidade de cimento utilizada para dosagem de argamassas.

agregado + cal
E=
cimento
↓ “E” ↑ Cimento

Esse parâmetro foi definido por Selmo (1989). O método de dosagem consiste em dosar o
teor ótimo de material plastificante, ou seja, os finos (cal - saibro - fillers). Este método
experimental consiste em se montar curvas de correlação entre os teores de areia +
plastificante versus cimento (SELMO, 1989).

O procedimento de dosagem consiste em se encontrar experimentalmente a mínima


quantidade de material fino capaz de plastificar a argamassa (necessita de experiência) e a
mínima quantidade de água necessária para dar a fluidez adequada, garantindo a obtenção
de argamassas trabalháveis (SELMO, 1989).

A Tabela 1.2 apresentam os dados usados em laboratório para a determinação do


parâmetro E. A Figura 9 apresenta os materiais usados na dosagem.

Tabela 1.2 - Determinação do Parâmetro E


Areia Cimento Água Cal Cone
ETEORICO E a/c cal/cimento
(g) (g) (ml) (g) (mm)
5 1500 300 325 71,2 53 5,24 1,08 0,237
7 1500 214,3 360 90,7 51 7,42 1,68 0,423
9 1500 166,7 350 117,78 54 9,70 2,10 0,707
11 1500 136,4 326 98,82 54 11,72 2,39 0,724
13 1500 115,4 350 201,71 51 14,75 3,03 1,748

16
Figura 9 – Materiais usados na dosagem

A Figura 1.10 apresenta o gráfico da relação E x cal/cimento e a Figura 1.11 apresenta o


gráfico com a relação E x a/c.

"E" x Cal/Cimento
2.000
1.748
1.600
Cal/Cimento

1.200

0.800
0.724
0.707
0.400
0.423
0.237
0.000
5.24 7.42 9.70 11.72 14.75
E

Figura 1.10 - Parâmetro E x Cal/Cimento

17
"E" x a/c
3.50
3.00 3.03

2.50
2.00 2.39
2.10
a/c

1.50
1.68
1.00
1.08
0.50
0.00
5.24 7.42 9.70 11.72 14.75
E

Figura 1.11 - Parâmetro E x a/c

A Tabela 1.3 apresenta novos dados de água e cal, que foram adicionados para correção do
parâmetro.
Tabela 1.3 - Determinação do Parâmetro E - correção
Areia Cimento Água Cal Cone
ETEORICO E a/c cal/cimento
(g) (g) (ml) (g) (mm)
5 1500 300 325 71,2 53 5,24 1,08 0,237
7 1500 214,3 347 107,8 51 7,50 1,62 0,503
9 1500 166,7 355 131,78 54 9,79 2,13 0,791
11 1500 136,4 353 147,5 54 12,08 2,59 1,081
13 1500 115,4 360 160,7 51 14,39 3,12 1,393

"E" x Cal/Cimento
1.600
1.393
1.200
1.081
Cal/Cimento

0.800 0.791

0.400 0.503
0.237

0.000
5.24 7.50 9.79 12.08 14.39
E

Figura 1.12 - Parâmetro E x Cal/Cimento - corrigido

18
"E" x a/c
3.50
3.00 3.12

2.50
2.59
2.00 2.13
a/c

1.50
1.62
1.00
1.08
0.50
0.00
5.24 7.50 9.79 12.08 14.39
E

Figura 1.13 - Parâmetro E x a/c – corrigido

1.5 ENSAIOS NO ESTADO ENDURECIDO

1.5.1 Ensaios em prisma de argamassa

A partir das normas associadas à ABNT NBR 13279:2005 foram inseridas varias
avaliações envolvendo os prismas de argamassa, em espeífico: resistência à tração na
flexão, resistência à compressão.
 Cal: 98,82 g
 Água: 326 ml
 Cimento: 136,4 g
 Areia: 1500 g
 Penetração Cone: 54 mm

1.6 ENSAIOS REALIZADOS EM PLACAS CERÂMICAS PARA


REVESTIMENTO

Os procedimentos de ensaio das placas cerâmicas seguiram os procedimentos da ABNT


NBR 13818 – Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de ensaios. A
Tabela 1.4 apresenta quais informações contém ou não contém nas embalagens das caixas
cerâmicas de cada fabricante utilizado nos ensaios. Nos ensaios foram usadas placas
cerâmicas dos seguintes fabricantes: Pierini, Cecrisa e Tecnogres.

19
Tabela 1.4 - Identificação nas Embalagens
Contém (C) ou não contém
Local Identificação (NC)
Pierini Cecrisa Tecnogress
Lembretes importantes, por exemplo, instale em
Parte de Cima juntas, confira das tonalidades, usa todas as C C C
caixas com a mesma marcação...
Nome do produto: C C C
Código do produto: C C C
Qualidade: C C C
Testeira Tonalidade: NC C C
Colocar os Classe da abrasão: NC C C
carimbos Calibra NC C C
Dia/Turno de fabricação: C C NC
Responsável: NC NC NC
Fabricante C C C
Telefone, fax, endereço ou e-mail: C C C
Mencionar a NBR 13818 e ISSO 13006: NC C C
GL ou UGL: NC C C
Lateral Dimensão de fabricação: C C C
Quantidade de peças por caixa: C C C
Massa líquida/bruta: NC C C
Grupo de absorção: NC C C

1.6.1 Carga de Ruptura e Módulo de Resistência à Flexão

Os ensaios para determinação da carga de ruptura e módulo de resistência à flexão das


placas cerâmicas, foram realizados confome os procedimentos apresentados no Anexo C
da ABNT NBR 13818 – Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de
ensaios. Os ensaios foram realizados no dia 05 de fevereiro de 2018. A Tabela 1.7
apresenta a descrição dos corpos de prova cerâmicos usadas nos ensaios, além disso, é
específicado o fabricante. Para os ensaios, foram utilizados 2 corpos de provas da Pierini, 2
corpos de porva de Cecrise e 10 corpos de prova da Tecnogres.

Tabela 1.5 – Descrição dos corpos de prova ensaiados


Corpo de prova Largura (mm) Espessura (mm)
Pierini Cecrisa Tecnogres Pierini Cecrisa Tecnogres
1 102,36 77,75 110,35 6,18 3,55 7,12
2 100,58 76,71 107,40 6,31 3,63 7,44
3 - - 110,03 - - 7,12
4 - - 108,00 - - 7,32
5 - - 108,41 - - 7,41

20
6 - - 110,55 - - 7,47
7 - - 108,45 - - 7,33
8 - - 110,50 - - 6,84
9 - - 112,33 - - 7,39
10 - - 109,08 - - 7,36

Equipamentos e acessórios utilizados:


 Paquímetro;
 Medidor de força;
 Apoios;
 Barra cilíndrica central;
 Prensa.

Inicial os corpos de prova foram posicionados sobre os apoios, logo em seguida, a barra
cilíndrica foi posicionada na posição central do corpo de prova, logo após se deu início ao
ensaio. Sendo aplicada força gradativa, até levar a sua ruptura. Obtida a força de ruptura de
cada corpo de prova, utilizou-se as equações apresentadas a seguir para determinar a carga
de ruptura e o módulo de resistência à flexão. A Figura 1.14 apresenta detalhes do ensaio
para determinar a carga de ruptura dos corpos de prova.

Figura 1.14 – Ensaio para determinar a carga de ruptura da placa cerâmica

Para o cálculo da carga de ruptura utilizou-se a equação abaixo:

F∙L
CR =
b
Para o cálculo do Módulo de Resistência a flexão da placa cerâmica utilizou-se a equação
abaixo:

21
3∙F∙L
MRF =
2 ∙ b ∙ 𝑒2

Tabela 1.6 – Resultados de força, carga de ruptura e módulo de resistência à flexão dos
corpos de prova
Corpo Força Carga de Ruptura Módulo de Resistência à Flexão
de prova (N) (N) (MPa)
Pierini Cecrisa Tecnogres Pierini Cecrisa Tecnogres Pierini Cecrisa Tecnogres
1 570 110 650 541,01 137,46 572,25 21,25 16,36 16,93
2 660 120 580 637,49 151,98 524,65 24,02 17,30 14,22
3 - - 490 - - 432,66 - - 12,80
4 - - 730 - - 656,69 - - 18,38
5 - - 660 - - 591,45 - - 16,16
6 - - 500 - - 439,41 - - 11,81
7 - - 730 - - 653,94 - - 18,26
8 - - 700 - - 615,43 - - 19,73
9 - - 690 - - 596,76 - - 16,39
10 - - 550 - - 489,87 - - 13,56
Média 22,63 16,83 15,82

A resistência própria da placa cerâmica é denominada módulo de resistência à flexão e


revela a medida de coesão interna do material. Ela indica a capacidade da placa cerâmica
em suportar esforços exercidos por cargas, que possam levar à rupturas, esmagamento,
quebras. Já a carga de ruptura representam a resistência da peça cerâmica quando
submetida a uma força aplicada linearmente em sua região central, com intensidade
progressiva e de velocidade constante.

Analisando as espessuras das placas cerâmicas apresentadas na Tabela 1.5, e os resultados


de carga de ruptura, é possível verificar para todos os fabricantes, que uma placa com
maior espessura, apresenta uma carga maior, resultando em uma característica relevante
para o uso. A carga de ruptura, depende tanto do material cerâmico, quanto da espessura da
peça. Materiais que apresentam menor porosidade, apresentam maior resistência a
compressão, ou seja, depende da classe de absorção de água, quanto menor a absorção no
corpo da peça, maior será. Assim, as placas porosas possuem resistência menor e as placas
de grés (menos porosas) são as mais resistentes. Pierini é quem apresenta menor absorção,
sendo assim, apresenta maior resistência à flexão.

22
1.6.2 Absorção de Água

Os ensaios de absorção de água da placa cerâmica, foram realizados confome os


procedimentos apresentados no Anexo B da ABNT NBR 13818 – Placas cerâmicas para
revestimento – Especificação e métodos de ensaios. Os ensaios foram realizados no dia 06
de fevereiro de 2018. A Tabela 1.7 apresenta a descrição das peças cerâmicas usadas nos
ensaios, além disso, específica o fabricante. Para os ensaios, foram utilizados 10 corpos de
prova de cada fabricante.

Tabela 1.7 – Dados dos revestimentos cerâmicos


Dimensões
Fabricante Referência Comercial do Produto Classificação
(mm)
Pierini Revestimentos Cerâmicos Ltda – -
Pierini 200 x 200
BRANCO LISO
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A – BIII
Cecrisa 154,3 x 154,3 x 3,7
WHITE BASIC LUX
Tecnogrés Revestimentos Cerâmicos Ltda – BIII
Tecnogres 217,5 x 217,5 x 7,4
RV20210

Equipamentos e acessórios utilizados:


 Balança de alta precisão da Marca Mettler PE 3600 – DeltaRange ( resolução de 0,01g),
utilizada para pesagem dos corpos de prova da Pierini;
 Balança de alta precisão da SoloTest AS 5500 C ( resolução de 0,01g), utilizada para
pesagem dos corpos de prova da Cecrisa e Tecnogres;
 Toalhas de algodão;
 Fonte de aquecimento.

Inicialmente determinou-se a massa seca, por meio de pesagem da placa cerâmica, após a
realização dos ensaios, obteve-se a massa úmida. Para o cálculo da absorção de água
utilizou-se a equação abaixo, conforme prescreve a norma:

mmassa úmida − mmassa seca


Abs = ∙ 100
mmassa seca

Por exigência de norma, deve se constar na embalagem o Grupo de absorção de água. E o


fabricante é obrigado a cumprir a resistência mecânica associada ao grupo de absorção. Na
Tabela 1.8 apresentam os grupos de absorsão de água usados para classificar as placas

23
ensaiadas. Na Tabela 1.9 apresentam-se as respectivas massas secas e úmidas, e os
resultados de absorsão de água das placas cerâmicas ensaidas.

Tabela 1.8 - Grupos de Absorção de Água


Grupos Absorção de Água (%)
Ia 0 < Abs ≤ 0,5
Ib 0,5 < Abs ≤ 3,0
IIa 3,0 < Abs ≤ 6,0
IIb 6,0 < Abs ≤ 10
III Abs acima de 10

Tabela 1.9 - Resultados de absorção de água das placas cerâmicas ensaiadas

Corpo Massa seca (g) Massa úmida (g) Absorção (%)


de prova Pierini Cecrisa Tecnogres Pierini Cecrisa Tecnogres Pierini Cecrisa Tecnogres
1 510,85 147,40 636,20 542,70 176,30 703,70 6,2 19,6 10,6
2 509,62 147,45 621,20 536,70 176,30 686,60 5,3 19,6 10,5
3 515,37 147,17 621,80 544,80 176,20 683,50 5,7 19,7 9,9
4 506,89 147,25 625,20 535,60 176,30 688,80 5,7 19,7 10,2
5 516,21 147,30 621,50 548,90 176,20 682,30 6,3 19,6 9,8
6 508,74 146,56 621,20 536,70 175,60 692,70 5,5 19,8 11,5
7 510,17 146,77 621,10 538,60 175,80 686,70 5,6 19,8 10,6
8 515,67 145,95 627,10 549,00 174,80 693,10 6,5 19,8 10,5
9 515,45 147,87 616,20 548,50 176,70 678,80 6,4 19,5 10,2
10 509,25 147,77 623,50 535,30 176,80 692,20 5,1 19,6 11,0
Média 5,8 19,7 10,5
Classificação IIa III III

Analisando os resultados de absorção apresentado na Tabela 1.9 é possível verificar que a


placa cerâmica da Pierini apresenta média absorção quando se considera a média dos
valores, sendo classificada com IIa. Já a Cecrisa e a Tecnogress considerando as médias
dos valores, apresentam valores altos de absorção. A absorção de água de uma peça está
relacionada a resistência mecânica da mesma, pois quanto menor a absorção, menos espaço
há entre as partículas para que a água penetre na peça o que garante uma maior resistência
mecânica. Sendo assim, Pierini apresenta uma maior resistência mecânica, quando
comparada a Cecrisa e a Tecnogres.

24
Além disso, a absorção de água está ligada a expansão por umidade, ou seja, ao aumento
da peça cerâmica devido a absorção de água. Esse efeito é irreversível e pode acarretar a
descolagem da peça da argamassa.

Conclui-se que a resistência mecânica de uma placa cerâmica se comporta inversamente


proporcional com a absorção. Além disso, uma maior resistência mecânica é obtida quando
há simultaneamente baixa porosidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM INTERNATIONAL


C780: Standard Test Method for Preconstruction and Construction Evaluation of
Mortars for Plain and Reinforced Unit Masonry. West Conshohocken, United States,
2009.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D4648 – (Standard


Test Method for Laboratory Miniature Vane Shear Test for Saturated Fine-Grained
Clayey Soil), 2013.

25
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13276: Argamassa
para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e
determinação do índice de consistência, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13278: Argamassa


para assentamento e revestimento de paredes e tetos – determinação da densidade de
massa e do teor de ar incorporado. Rio de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13279: Argamassa


para assentamento e revestimento de paredes e tetos – determinação da resistência à
tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados –


Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 23: Cimento


Portland e outros materiais em pó – determinação da massa específica. Rio de Janeiro,
2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45: Agregados -


Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 46: Agregados –


Determinação do material fino que passa através da peneira 75 µm, por lavagem. Rio
de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13818 – Placas


cerâmicas para revestimento – Especificações e métodos de ensaios, 1997.

BAUER, E.; SANTOS, C. C. N.; MORAIS, D. M.; PEREIRA, C. H. A. F. Avaliação da


consistência das argamassas industrializadas projetadas utilizando o método vane. e-
Mat – Revista de Ciência e Tecnologia de Materiais de Construção Civil, v. 2, n. 1, p. 54-
63,2005.

26
27

You might also like