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O PECADO DA GLUTONARIA

Antes de iniciarmos o nosso estudo sobre Glutonaria vamos conhecer o significado desta
palavra nos dicionários da língua portuguesa:

Glutonaria - Qualidade de glutão; gula, voracidade, edacidade, que come com avidez.
Gula - Excesso na comida e na bebida. [Cf. glutonaria].
- Apego excessivo a boas iguarias.
Avidez - Desejo ardente, imoderado, veemente, de alguma coisa.
- Ansiedade, sofreguidão.
- Cobiça, ambição.
A palavra do Senhor na carta aos Romanos, Capítulo 14, versículo 17, nos exorta dizendo:
O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no
Espírito Santo.
E nos versículos 20 e 21 adverti: Não destruas por causa da comida a obra
de Deus . É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.
Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece,
ou se escandalize, ou se enfraqueça.
O hábito de comer em demasia é algo que desagrada a Deus, verdadeira abominação ao
Senhor. O ajuntamento em festas onde predominam a comilança e a bebedeira é algo aborrecedor
aos olhos de Deus.
Não estamos referindo somente às festas mundanas, mas do procedimento dos povos que se
dizendo crentes no Evangelho de Cristo as praticam, principalmente a festa familiar, e também os
alvoroços que se fazem hoje nas igrejas para angariar fundos, usando o nome do Senhor Jesus.
Pecado duplamente premeditado. O Reino de Deus não é comida nem bebida ...
Em I Coríntios 6.12, diz: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm;
todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
Evangelho de Mateus 4.3, 4: E, chegando-se a Ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de
Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Jesus, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de
toda a palavra que sai da boca de Deus.
A palavra de Deus nos assegura que aquele que cumprir todo mandamento e pecar num só
ponto, tornou-se culpado por todos e mesmo assim, muitos procuram ignorar a palavra, fazem
chacota, verdadeiro escárnio dos mandamentos do Senhor, mas Ele nos alerta para que não
venhamos a recair no pecado da gula, porque é pecado de morte.
Ele afirma que os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém,
aniquilará tanto um como outro, porque o nosso corpo veio do pó e para o pó voltará, mas temos um
espírito imortal, o qual, no grande e terrível dia do Senhor, prestará conta de todos os nossos atos, e
cada um será julgado segundo as suas obras.
Na carta aos Romanos 13.13, palavra exorta: Andemos honestamente, como de dia, não em
glutonarias , nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em
contendas e inveja.
Lamentavelmente muitos, na hora da angústia, ao invés de buscar o livramento em Deus
acabam se entregam às drogas, vícios, à bebedeira, outros procuraram preencher o vazio da alma a
comerem em demasia em conseqüência da ansiedade e opressões que o inimigo as submetem.
Convém-nos salientar, que todo desejo à prática do pecado é uma inspiração
demoníaca.
Isso é coisa muito séria, satanás freqüentemente vem nos incitando à prática do pecado, mas
a palavra do Senhor diz: Resista ao diabo e ele fugirá de vós. Resisti-lo com jejum, oração, e
súplicas com ação de graça.
Caso o irmão esteja passando por problemas semelhante a esse, eis uma forte razão e uma
grande oportunidade para se apegar verdadeiramente a Cristo e se libertar de todo sofrimento.
Quando abrimos o nosso coração, Jesus nos transforma, e onde Ele habita, não há espaço para
depressão, tristeza e nem dor, porque os anjos do Senhor acampam ao seu redor e nenhum mal
chegará a sua tenda, e o amor de Deus que excede a todo entendimento preencherá o vazio que há
em seu coração, e o seu prazer não está mais na comida, nem na bebida e em coisa alguma deste
mundo, mas em servir ao Senhor, e Deus irá saciar a fome e a sede do espírito.
Mateus 11.28 disse Jesus: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei.
Em I Coríntios 8.8 a palavra diz: Ora, o manjar não nos faz agradáveis a Deus, porque, se
comemos, nada temos de mais, e, se não comemos, nada nos falta.

E no Evangelho de Lucas 221.34, disse Jesus: Olhai por vós, para que não aconteça que o
vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha
sobre vós de improviso aquele dia.
A palavra nos alerta que a inveja, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes, acerca das quais, o Senhor vos declara como já antes disse que, os que cometem tais
coisas não herdarão o Reino de Deus. E ninguém seja fornicário ou profano, como Esaú, que, por
um prato de manjar, trocou à benção e o direito a primogenitura.
A palavra diz que no tempo passado, fizemos a vontade da carne, andando como os gentios,
em dissoluções, concupiscências, obras maléficas, glutonarias, bebedices e abomináveis
idolatrias; mas hoje, somos servos do Deus vivo, temos um compromisso com o Altíssimo, e não
podemos mais andar segundo a concupiscência da carne, mas na sabedoria do Espírito e na
obediência da palavra de Deus.
Após a multiplicação dos pães (Evangelho de João 6.1 a 15), disse Jesus à multidão dos
que os seguia (João 6.26 e 27): Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais
que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.
Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida
eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque a este o Pai, Deus, o selou.
Jesus censurou aqueles que o seguiam para receber apenas o alimento material, como muitos
hoje, buscam a Jesus esperando receber apenas as prosperidades materiais, deixando assim, em
segundo plano a graça, ignorando o sacrifício de Cristo na cruz para que tenhamos a remissão dos
pecados e a oferta da vida eterna.
E ainda no Evangelho de João 6 48 e 57, Jesus nos dá a certeza que o pão que sacia a fome
do nosso corpo físico, não possui virtude alguma, porem, Ele é o alimento espiritual e dará vida
eterna para aquele que o amam e vive pela sua graça, porque verdadeiramente, Jesus é o Pão
da vida. Vejamos:
Eu sou o pão da vida; assim, quem de mim se alimenta, também por mim viverá.
A BSTINÊNCIA DE DANIEL DO VINHO E DO MANJAR DO REI

No livro de Daniel, Capítulo 1 do versículo 1 ao 9, na era que o rei Nabucodonosor, rei da


Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou; Então disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que
trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres, jovens em quem não
houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em
ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim
de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus.
E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei e do
vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem
estar diante do rei. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do
manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia ; portanto, pediu ao chefe dos
eunucos que lhe concedesse não se contaminar . Ora, deu Deus a Daniel graça e
misericórdia diante do chefe dos eunucos.
Eis o exemplo e o testemunho do homem que tinha compromisso com Deus. Quem não
gostaria de participar do banquete que ao rei é servido e tomar da mesma porção do vinho que pela
majestade é degustado? Daniel e os seus companheiros, ungidos com a sabedoria que Deus lhes
havia ofertado, recusaram a receber o mesmo tratamento dado ao rei, optaram em se alimentar
com legumes e a tomar água em lugar do vinho , para não se contaminarem, e
foram por Deus agraciados:
Daniel 1.17 - Ora, a esses quatro jovens, Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas
as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos.
A preocupação de Daniel, não era contaminar a carne, mas o espírito e as virtudes que de
Deus haviam recebido, coisas que muitos não tem olhos espirituais para ver, e quando tem essa
percepção, acabam por desprezar a palavra, e buscam o prazer na comida e na
bebida, nas coisas deste mundo, desprezando a santificação e a purificação da alma para a vinda
do Senhor Jesus. Esquecem que o Reino de Deus não é comida e nem bebida , mas
justiça, paz e alegria do Espírito Santo.

O TERRÍVEL ACONTECIMENTO COM OS FILHOS DE JÓ

No livro de Jó, Capítulo 1.1 a 19 diz: - Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e
este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal.
E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e
convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os
santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles;
porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o
fazia Jó continuamente.
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu
irmão primogênito,
Estando ainda este falando (mensageiro de Jó) veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas
filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a
qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.
Jó, homem temente a Deus, sabedor que os seus filhos praticavam atos desagradáveis
aos olhos do Senhor pelas festas, e muita comida e bebida , ao turno dos dias dos
banquetes dos filhos Jó, se levantava de madrugada, e os santificava, oferecendo a Deus,
holocaustos e sacrifícios segundo o número de cada um dos seus filhos.
Porem, Jó possuía temor a Deus pelos seus filhos, pela abundância de seus pecados, no que
acabou acontecendo aquilo que ele vislumbrava.
Ocorrido a tragédia em torno de si, disse: O que eu temia me veio, e o que receava me
aconteceu (Jó 3.25).
Na carta aos Hebreus 13.9, a palavra do Senhor diz: Bom é que o coração se
fortifique com a graça e não com manjares , que de nada aproveitaram aos que
a eles se entregaram.

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