Labirintos & Minotauros

Miscelânea
Opções, Variantes & Adições para Labirintos & Minotauros Revisados

Originalmente publicado no webzine Minotaur de 2008 a 2012; atualizado para a edição de

Jubileu de Prata de 2012 para o jogo de interpretação de papéis Labirintos & Minotauros
Revisado

Acertos Críticos Desarmados Proezas de Força Revividas

Nova Classe: Pancratiastas Regras de Avanço Alternativas

Mágicos em Batalha Regras Opcionais de Pontos de Destino

Nova Classe: Curandeiros Sagrados Truques & Estratagemas

Novas Opções para Elementaristas Calendário Mythikano

Proezas de Boa Pontaria Céus Míticos

Escrito por Olivier Legrand, Colin Chapman, Christian Schwietzke, Igor A. Rivendell e Luke G. Reynard.
Algumas ilustrações © Clipart.com – 2012
PANCRATIASTAS & PUGILISMO
Uma nova classe de personagem opcional, acertos críticos desarmados e um punhado de
outras coisas! Por Colin Chapman, com umas poucas ideias adicionais por Olivier Legrand
reputação quando lidarem com outros atletas
PANCRATIASTA e entusiastas de esportes.

O Pancratiasta é um atleta, o mestre

incontestável do pugilismo e luta livre. Socos,
chutes, agarrões, estrangulamentos e
derrubadas formam seu arsenal, um que não
requer armas para utilizar.
Atributos Primários: Força e Habilidade.
Gênero: Apenas homens.
Pontos de Vida Básicos = 12
Abaixar e Contorcer-se: Pancratiastas são
hábeis em se fazerem alvos difíceis e
adicionam seus bônus de Habilidade a seu
CDE de Combate, a menos que sejam
surpreendidos ou usando uma placa peitoral.
Movimentos Especiais: Seus treinamentos
concedem aos Pancratiastas acesso a vários
movimentos de combate desarmados
especiais. Em termos de jogo, isso os permite
combinar pugilismo ou luta livre com qualquer
das seguintes táticas especiais (que podem
normalmente apenas ser usadas em combate
armado): Carga para a Batalha, Subterfúgio,
Ataque Crítico, Ataque Duplo e Desarmar. Ver Mestre Pugilista
o Manual dos Jogadores (p. 20) e
Companheiro de L&M (p. 12-14) para mais Ataque: O Pancratiasta aumenta o dano de
detalhes. seus golpes de 1d3 + Mod de Força para 1d6
Mestre Desarmado: Cada Pancratiasta deve + Força de dano de dominação, e pode
escolher se sua maior habilidade reside em escolher infligir 1d3 + Mod de Força de dano
pugilismo (Mestre Pugilista) ou em luta livre real ao invés disso (entretanto, pugilismo
(Mestre de Luta Livre). Essa maestria dá a ele ainda é ineficaz contra feras e monstros).
dois benefícios extra de combate (um
ofensivo e um defensivo), como detalhado Defesa: O Pancratiasta pode bloquear os
abaixo. ataques de outros pugilistas e armas de
Arma de Escolha: Pugilismo. combate como a tática Aparar Armas. Isso
não pode ser usado, entretanto, contra
Benefícios de Nível: Cada nível além do oponentes Grandes ou Gigantes ou contra os
primeiro dá a um Pancratiasta +4 Pontos de ataques naturais de Feras e outras criaturas.
Vida, +1 para Sorte e +2 para Força, Vontade
ou Habilidade (escolha do jogador).
Mestre de Luta Livre
Posses: Cesti (tiras de couro que enrolam e
protege os punhos). Sua riqueza inicial é igual Ataque: O Pancratiasta adiciona seu Mod de
a 3d6 x 5 peças de prata. Habilidade à sua pontuação de Força quando
Talentos Secundários: Pancratiastas devem aplicar agarrões, fazendo isso mais difícil para
pegar o talento Lutador de luta livre e outro oponentes se libertarem. Eles também
escolhido entre Acrobata, Curandeiro ou adicionam seu Mod de Habilidade a seu dano
Orador. Caso não se use talentos mas queira quando ‘luta livre por sangue’ (ver
usar essa classe, Pancratiastas ainda devem Companheiro de L&M, p. 14).
receber os benefícios do talento Lutador de
luta livre. Defesa: O Pancratiasta adiciona seu Mod de
Força a todas as tentativas de se libertar de
Deidades Patronas: A maioria dos
um agarrão, emaranhado, ou segurada que
Pancratiastas seguem Palaistra, a deusa do
forem feitas por uma criatura ou oponente de
combate desarmado (ver próxima página).
luta livra. Isto não pode ser usada entretanto,
Avanço: Como outros guerreiros. contra oponentes Grandes ou Gigantes.
Efeito de Reputação: Fama Atlética.
Pancratiastas se beneficiam do efeito de 1
 legal), mas apenas poucos deles possuem o que
Palaistra necessita para se tornarem verdadeiros
Pancratiastas.

O Legado de Bruxos
Pancrácio foi inventado há cerca de 20 atrás pelo
grande Filósofo Theniense Bruxos, que também
foi um atleta inigualável (o que tende a ser algo
de raridade entre filósofos) e sempre foi
fascinado pelo conceito de combate desarmado
Palaistra é a deusa da luta livre e filha de
como uma verdadeira arte. As três escolas foram
Hermes. Uma figura estilo garoto com cabelo
criadas (e ainda funcionam) pelos seus ex-
bem baixo, ela não se importa com a
discípulos.
feminilidade, mas se deleita apenas nas artes
de luta livre e pugilismo, com habilidade rude
Segundo as fontes mais confiáveis, Bruxos
de contrapor e poder contra um oponente
começou a desenvolver o pancrácio após
para prazer ou esporte.
retornar de suas viagens ao extremo oriente,
além da Terra do Sol, onde ele aprendeu muitos
Símbolo: Um ramo de oliveira (óleo de oliva
segredos esquecidos de combate desarmado,
é usado por lutadores de luta livre, e vitoriosos
porém alguns discípulos insistem que seu mestre
usam uma coroa de oliveira).
foi realmente visitado pela deusa Palaistra – que,
convém notar, quase não se ouvia falar antes que
Adoradores Típicos: Pancratiastas, bem
a criação do pancrácio ajudasse a popularizar
como alguns outros atletas. Uma vez que ela
seu nome por toda a Terra das Três Cidades.
é, na melhor das hipóteses, uma deidade
menor, não é permitido a ela possuir
Há alguns anos, Bruxos conheceu uma morte
Sacerdotes apropriados (muito menos
heroica e prematura sob o olhar de uma
Agentes Divinos) ou templos próprios – porém
Górgona, que o transformou em rocha antes que
cada escola de pancrácio possui um santuário
ele pudesse usar sua arte sobre ela. A estátua de
dedicado a ela.
rocha de Bruxos que pode ser vista na escola de
pancrácio de Thena é, na verdade, o corpo
A Arte de Pancrácio petrificado do grande sábio marcial. A estátua
sempre é mostrada pelos mestres de pancrácio a
Nova Escola vs. Velha Escola seus pupilos como um lembrete de que não
importa o quão perfeitas suas habilidades de luta
são, você nunca é verdadeiramente invencível.
Ao longo dos últimos anos, um novo estilo de
combate desarmado combinando as técnicas de
luta livre e pugilismo com alguns movimentos Dano Crítico de Pugilismo
nunca vistos surgiu na Terra das Três Cidades.
Mestres de Labirinto que já utilizam as tabelas de
Desdenhada e desprezada pelos praticantes Dano Crítico do Companheiro de L&M e que
tradicionais adequados do pugilismo e luta livre, queiram estender essas regras a pugilismo,
essa nova “arte marcial” (como algumas vezes é devem usar as tabelas dadas na próxima página
chamada), conhecida como Pancrácio, se tornou quando um dano crítico é feito por um
bastante popular entre os homens jovens que personagem de jogador ou PNJ principal (seja
querem devotar suas vidas a dominar a ciência ele um Pancratiasta ou não) lutando com suas
do combate desarmado – como Pancratiastas. mãos nuas. No entanto, tenha em mente que
pugilismo não pode ser usado contra oponentes
Uma vez que é uma arte moderna (e não tão bem animais ou monstruosos. Caso essa regra seja
aceita), pancrácio apenas é ensinado em três usada, pugilismo também deverá implicar o risco
escolas – uma em cada das Três Cidades. A de uma inépcia, como nas regras normais.
primeira escola foi em Thena, com a bênção real
do Rei Theseos (ele próprio um profundo
conhecedor de técnicas de combate desarmado);
Os Heraklianos rapidamente sentiram que não
poderiam deixar que os Thenienses ostentassem
o domínio de alguma nova técnica de luta e a
escola de pancrácio de Heraklia foi criada menos
de dois anos após a precursora Theniense; para
não ficar atrás, Argos rapidamente pulou no
vagão da banda e o pancrácio logo se tornou
uma mania entre os homens jovens de Minea –
muitos deles frequentam a escola de sua cidade
para a prática ocasional (ou apenas para se - E isso é um Dano Crítico de Pugilismo, cara!
mostrar porque, você sabe, pancrácio é tão 2

Cuidado com o gancho direito do Boxotaur...
Dano Crítico de Pugilismo
1-4 = Atordoado!
Oponente leva o dano normal de desarmado
e fica com –2 no ataque e CDE na próxima
rodada.
5-8 = Estupefato!
Oponente leva dano normal de desarmado e
fica com –4 no ataque e CDE na próxima
rodada.
9-12 = Derrubado!
Oponente leva o dano normal de desarmado,
é derrubado e deve levar uma rodada de
batalha se levantando. Personagens
propensas a dano sofrem uma penalidade de
–4 na CDE.
13-15 = Desarmado!
Oponente leva o dano normal e sua arma é
derrubada de sua mão — pegar de volta leva
uma rodada de batalha completa, durante a
qual o oponente não pode realizar outra ação
que não seja defesa (com uma penalidade de
–4 em sua CDE). Caso o oponente não
possua arma portátil, trate como Derrubado.
16-17 = Golpe de esmagamento!
Oponente leva dano de dominação como
normal e sofre a mesma quantidade de dano
real.
18-20 = Nocautear!
Oponente é instantaneamente nocauteado.
Seu dano de dominação total é emaranhamento pode fazer seu primeiro
imediatamente levado ao máximo e será
diminuído em 1d6 quando ele recuperar a
consciência, conforme as regras normais (ver
Manual dos Jogadores, p. 22).
Rolamentos Críticos de Luta
Livre
- Então, o que você achou das novas regras
opcionais?
Esta regra opcional extra permite a você
estender o conceito de resultados críticos a
Luta Livre.
Se um ataque de luta livre resultar em um
sucesso crítico, nenhum rolamento extra em
uma tabela especial é necessário: o atacante
simplesmente foi bem sucedido em reter seu
oponente em um abraço inescapável; a
personagem ou criatura agarrada
simplesmente NÃO possui chance de se
libertar (sem rolamento de Força contra a
pontuação de Força do lutador de luta livre),
enquanto o lutador de luta livre mantiver a
posse do oponente. Desnecessário dizer, tal
resultado é especialmente bem vindo quando
tentar lutar contra uma criatura Grande!
Caso essa opção seja usada, luta livre
também deve implicar o risco de uma inépcia,
conforme as regras normais. Caso tal
resultado venha a acontecer, nenhum
rolamento extra em uma tabela de Trapalhada
é necessário; o atacante automaticamente
sofre os efeitos de uma trapalhada de
combate Tropeço/Queda: a personagem cai
no chão e deve gastar uma rodada se
levantando. Personagens propensas a dano
sofrem uma penalidade de -4 a sua CDE em
combate.
Libertando-se
E uma vez que estamos falando sobre luta
livre, aqui vai uma pequena regra de
esclarecimento que deveria ter sido incluída
na Edição de Jubileu de Prata do
Companheiro de L&M.
Personagens (ou criaturas) que tentam se
libertar de um ataque de luta livre, agarrão ou
rolamento contra a Força do atacante logo
após o ataque bem sucedido. Caso esse
rolamento falhe, elas devem esperar o final de
cada rodada de batalha subsequente para
tentar novamente (i.e. rolamentos
subsequentes de “libertar-se” são feitos no
final da fase de combate, depois que todos os
ataques tenham sido resolvidos).
3
 Dê aos Mágicos uma chance
de Lutar
Em L&M, guerreiros são (suficientemente lógico)
os reis do campo de batalha – e mágicos tendem
a ser as personagens mais vulneráveis,
especialmente em níveis baixos. As seguintes
regras variantes (puramente opcionais) foram
desenhadas para fazer dos mágicos um pouco
mais “prontos para a batalha” do que são sob as
regras oficiais de L&M.
Mágicos e Armadura
De acordo com as várias descrições de classes
no Manual dos Jogadores, usar armadura
atrapalha as atividades mágicas – mas essa
perturbação realmente tem que resultar na
completa impossibilidade de usar magia? Alguns
Mestres de Labirinto podem preferir uma
abordagem mais diferenciada, com a armadura
atrapalhando o uso de poderes mágicos em vez
de proibir completamente.
A forma mais fácil de lidar com isso é aplicar uma
penalidade de -2 ao Talento Mágico do mágico
para cada peça de equipamento de proteção
(elmo, placa peitoral, escudo e grevas). Caso o a
penalidade total reduza o Talento Mágico da
personagem a 0 (ou menos), então ele estará
inapto a usar seus poderes com tanto metal em
si mesmo.
Assim, um Feiticeiro usando um elmo e placa
peitoral deve sofrer uma penalidade de -4 em seu
Dom Psíquico – em outras palavras, ele
precisaria de um Dom Psíquico de pelo menos 5
para estar apto a usar seus poderes com tanto
metal em si e deve sempre fazer isso com uma
desvantagem.
À critério do Mestre de Labirinto, essa penalidade
pode ser reduzida pela metade (-1) no caso de
Sacerdotes usando elmos, placas peitorais ou
escudos mágicos diretamente associados a suas
deidades patronas – tais como um Sacerdote de
Ares usando uma Placa Peitoral de Ares ou uma
Sacerdotisa de Atena usando um Elmo de Atena.
Essa penalidade de Talento Mágico não deve
afetar a Força Mística do mágico; em outras
palavras, usar uma armadura deve fazer do
poder do mágico menos eficiente ou poderoso,
mas não mais fácil de resistir.
Mantendo a Concentração
Por que um mágico poderoso ou de mente forte
não poderia estar apto a manter sua
concentração apesar de possíveis distrações?
Claro, na maioria dessas situações, a
concentração de um mágico deve ser
interrompida... porém, fazer essa interrupção
provavelmente em preferência a
automaticamente pode adicionar um elemento
extra de drama ao uso de poderes mágicos
durante cenas de drama acelerado.
O método mais óbvio parece ser dano físico
direto: como as regra de L&M atualmente
vigentes, qualquer ataque bem sucedido contra o
mágico enquanto ele prepara sua magia deve ser
o suficiente para quebrar sua concentração e
abortar a operação inteira. Mestres de Labirinto
que desejem fazer as coisas menos nítidas
devem permitir a mágicos nessa situação
testarem sua Resistência Mística para manter
sua concentração apesar do ferimento; o número
alvo desse rolamento de salvação deve ser igual
a 15+ o número de pontos de dano infligidos pelo
ferimento. Assim, um mágico acertado por uma
flecha e leve 4 pontos de dano enquanto opera
seus poderes deve rolar 19+ para manter sua
concentração.
Como a proverbial exceção à regra, ataques
surpresa bem sucedidos sempre quebram a
concentração do alvo, não importando quanto de
dano eles façam, rolamentos de salvação não
são permitidos.
No caso de poderes que requerem ao mágico
manter sua concentração por várias rodadas (tais
como as várias Canções dos Liristas, que
frequentemente tem que tocar por um minuto
inteiro para que sua magia faça efeito), possíveis
interrupções podem também incluir distrações
mágicas – tais como, digamos, Sedução da
Natureza de uma Ninfa ou os Redemoinhos de
Vento de um Elementarista do Ar: em tais casos,
mágicos que falhem em seu rolamento de
salvação contra o efeito de distração mágica
automaticamente perdem sua concentração,
enquanto aqueles que resistirem com sucesso ao
ataque permanecem focados caso eles sejam
bem sucedidos em seu rolamento de salvação
por ao menos 5 pontos. Se, por exemplo, uma
Feiticeira queira manter uma vítima sob sua
Obediência apesar de ser atacada por um Ataque
Psíquico de um Feiticeiro inimigo com uma Força
Mística de 17, ela deve rolar um total de pelo
menos 22 em seu rolamento de Resistência
Mística para resistir ao Ataque Psíquico E manter
sua Obediência: caso ela role qualquer coisa
entre 17 e 21, ela resiste ao ataque porém sua
concentração será quebrada.
Mas e quanto a distrações não violentas, não
mágicas (você sabe, coisas como tentar quebrar
a concentração de um mágico ao fazer barulhos
altos, gestos bobos, etc.)? Bem, francamente,
tais truques baratos simplesmente devem nunca
ser permitido funcionarem – então, sim, esqueça
sobre interromper uma Canção de Lirista ao gritar
ou cantar “outra coisa’, a menos que o Mestre de
Labirinto ache que deva ser suficiente para de
fato causar surpresa em situação de combate.
CURANDEIROS SAGRADOS
Uma nova classe sacerdotal opcional para Labirintos & Minotauros por Christian Schwietzke
verdadeiramente a informação a seu devoto, até
onde ele saiba; apenas a intervenção de outra
divindade com ao menos o mesmo nível de poder
dele pode esconder tal informação dele.
Curandeiros Sagrados são os servos sacerdotais
de Asclepius, o deus da medicina (ver Guia do
Mestre de Labirinto, p. 4). Muito parecidos com
sacerdotes normais, ele recebem poderes
sagrados de sua deidade patrona;
diferentemente de outros sacerdotes, seu dever
não é zelar templos e lugares sagrados, mas sim
a zelar seus companheiros mortais – como o
curandeiro residente em cidades e vilas, como
um curandeiro errante em regiões mais remotas
ou rurais, ou até mesmo como um aventureiro.
Prodígios de Cura
Magnitude 1: Diagnóstico Divino
Esse poder permite ao Curandeiro pedir a
Asclepius para revelar a natureza da condição
física de outro mortal. Isso pode revelar, por
exemplo, não apenas que alguém está
envenenado, mas também qual criatura
envenenou aquela pessoa, ou qual veneno foi
usado por outra pessoa. Semelhantemente, o
poder pode identificar o autor de uma Petrificação
ou Dreno de Energia de Vida, ou de um dano
físico. Caso o corpo ainda esteja em uma
condição suficientemente intacta, i.e., caso a
decomposição não esteja tão avançada, isso
também pode determinar a causa da morte.
Esse poder também pode ser usado para
determinar a causa de pragas ou outras doenças
coletivas, incluindo aquelas de origem mágica ou
divina. Asclepius irá sempre revelar
Luke G. Reynard (atualizado em 2012)
4
CURANDEIRO SAGRADO
Atributos Primários: Raciocínio e Sorte.
Restrições de Gênero: Curandeiros podem
ser homens ou mulheres; diferentemente de
sacerdotes normais, Asclepius não coloca
restrição de gênero a seus servos sagrados.
Pontos de Vida Básicos: 8.
Prodígios de Cura: Curandeiros Sagrados
são aptos a chamar os poderes divinos de
Asclepius; seu repertório de Prodígios,
entretanto, é mais especializado que os
outros Sacerdotes, com uma extensão mais
limitada de aplicações.
Dom de Cura = “Mod” de Rac + “Mod” de Sor.
Poder Inicial = (4 + “Mod” de Rac.).
Recuperação de Poder: Como Sacerdotes,
Curandeiros recuperam Poder ao rezar para
seu deus, na taxa normal de pontos (nível) por
hora de oração a Asclepius.
Benefícios de Nível: Cada nível acima do
primeiro concede a um Curandeiro +2 Pontos
de Vida, +4 pontos de Poder, +1 para Sorte e
+2 para Raciocínio, Vontade ou Graça.
Posses: Cajado, adaga, mantos cerimoniais
e uma riqueza inicial de 3d6 x 10 peças de
prata.
Restrições: Por causa de seu compromisso
sagrado, Curandeiros não podem usar
armaduras, usar escudos ou carregar armas
outras que seu cajado ou adaga. Parecidos
com Liristas, sua pessoa é considerada
sagrada por todos aqueles que adoram os
Olimpianos.
Deidade Patrona: Asclepius, o deus da cura
e medicina (ver Guia do Mestre de Labirinto,
p. 4).
Talentos Secundários: Todos os
Curandeiros Sagrados obviamente possuem
o talento Curandeiro, mais um segundo
talento escolhido entre os seguintes: Mestre
das Feras, Orador, Erudito, Batedor ou
Lutador de Luta Livre.
Efeito de Reputação: Curandeiros Sagrados
se beneficiam de seus bônus de reputação
quando lidarem com outros curandeiros e
com sacerdotes e devotos de Apolo, Hermes,
Atena e Héstia.
 Avanço: Como todos os outros mágicos,
Curandeiros Sagrados avançam ao
acumularem pontos de Sabedoria. Eles não
ganham, entretanto, qualquer Sabedoria ao
explorar o desconhecido, mas ganham duas
Observem o poder de Ressurreição Divina – porém cuidado com a ira de Hades!
Magnitude 2: Vitalidade Divina
Esse poder funciona exatamente como Prodígio
Divino de mesmo nome, com cada uso
restaurando um número de Pontos de Vida igual
a 1d6 + Dom de Cura do Curandeiro.
Deve ser notado, entretanto, que cada uso desse
poder apenas custa 2 pontos de Poder, enquanto
Vitalidade Divina normal é um poder de
Magnitude 3; assim, embora os seus poderes de
cura não são inerentemente mais potentes
daqueles de um Sacerdote padrão, um
Curandeiro pode usá-los mais frequentemente –
e assim mais eficientemente – que um Sacerdote
de nível e Poder equivalente.
Enquanto estamos no assunto, veja as regras de
veneno detalhadas no Companheiro de L&M, p.
32.
Magnitude 3: Proteção Divina
Esse poder é uma dose tripla de Bênção Divina
(portanto a Magnitude maior). Ela adiciona +2 ao
Vigor Físico, Resistência Mística e Classe de
Defesa do recebedor por um número de horas
equivalente ao Dom de Cura do Curandeiro.
Diferentemente dos bônus de Bênção Divina
padrão, esses podem ser combinados com
aquelas bênçãos de outra divindade, para um
efeito ainda maior.
Magnitude 4: Imunidade Divina
Esse poder opera como Dom Divino, porém seus
efeitos duram por um número de minutos (não
rodadas) igual ao Dom de Cura de Curandeiro.
O recebedor (que o Curandeiro deve tocar com
seu cajado ou mãos) se torna completamente
imune a Dreno de Energia de Vida, Petrificação
e Veneno – bem como ao Beijo Fatal das
vezes a importância normal ao derrotar
qualquer criatura com Dreno de Energia de
Vida, Petrificação ou Veneno.
5
Heleades. Essa imunidade também se estende a
todas as doenças, naturais ou de outra forma –
porém apenas pelo período indicado de tempo.
Magnitude 5: Caduceu Divino
Esse poder permite ao Curandeiro a infundir seu
cajado com a ira justa de alguém que serve a vida
contra aqueles que a tiram.
O Curandeiro pode usar seu cajado como uma
arma regular de Combate, com um bônus de
Combate igual a seu Dom de Cura e dano padrão
(1d6)*. Em adição, Monstros e Espíritos com
Dreno de Energia de Vida, Veneno ou
Petrificação sofrerão um dano extra igual ao Dom
de Cura do Curandeiro (sem rolamento de
Salvação). Esses ataques também podem afetar
seres Insubstanciais, que sofrerão dano
completo. Por último, o Curandeiro adiciona seu
Dom de Cura à sua CDE contra todos os ataques
de Combate e Arremesso. Todos esses efeitos
duram por um número de rodadas igual ao Dom
de Cura do Curandeiro.
Esse poder não pode ser usado para ferir Feras
ou alguém que nunca feriu outra criatura com
raiva ou a sangue frio.
Magnitude 6: Ressurreição Divina
Esse poder permite ao Curandeiro trazer os
mortos de volta à vida. Diferentemente do Beijo
de Vida da Napaea, ele funciona em indivíduos
que morreram de causas naturais – porém
ninguém que tenha morrido por um número de
rodadas maior que o Dom de Cura do
Curandeiro.
Entretanto, todas as vezes que esse poder é
usado ocorre uma chance cumulativa de 1% (1%
na primeira vez, 2% na segunda, etc.) de incitar
a ira de Hades por interromper o fluxo de almas
mortas em seu reino. A natureza dessa ira é
deixada para o Mestre de Labirinto determinar.
Uma vez acionada, a chance de incitar
novamente volta a ser de 1% para o próximo uso
desse poder.
Diversão com os
Quatro Elementos Novas Opções para Elementaristas Clássicos
Desde que eles apareceram pela primeira vez no
velho suplemento Myth & Magic, Elementaristas
e seus poderes espetaculares vistosos se
tornaram uma classe favorita de muitos
jogadores de L&M – mas existe mais da Magia
Elementar que Efeitos Especiais amostrados e
força bruta. O propósito desse artigo é examinar
uns truques engenhosos (e algumas vezes sujos)
ao repertório do Elementarista – além do uso
elementar de seus poderes. É claro, todos o
material seguinte é estritamente opcional (para
aqueles dentre vocês que realmente se importam
com tais coisas).
Truques Aéreos
Mergulho Aéreo
Um Elementarista do Ar pode usar o poder
Redemoinhos de Vento para “cair como uma
pena” de qualquer altura, não levando dano
nenhum da queda.
Uma vez que usar magia leva uma rodada de
batalha inteira de intense concentração, esse
truque não pode ser usado como um paraquedas
de emergência para se salvar de consequências
de uma queda inesperada – mas isso pode salvar
sua pele caso esteja preso no topo de uma
montanha, torre ou outra grande altura sem
forma de fuga aparente...
Esse efeito ode ser usado em um grupo, com
todas as restrições (ver Manual dos Jogadores,
p. 30) – porém apenas se o próprio Elementarista
seja parte do grupo em queda, uma vez que usar
esse poder dessa forma pouco comum requer
alguma manipulação bastante cautelosa das
correntes aéreas.
Ido com o Vento
Na medida em que se aplica a “cada peça de
equipamento” o poder Garras do Vento é uma
boa forma de retirar itens míticos de um oponente
– especialmente amuletos, vestuário e outros
acessórios. Embora uma exceção pode
provavelmente ser feita para anéis.
* Sem esse poder, um cajado somente pode ser usado
de acordo com as regras de combate com cajados
dadas no Companheiro de L&M.
6
O conceito de “equipamento” também se estende
a selas de cavalos – em tais casos o cavaleiro
terá que fazer um rolamento de Evasão de
Perigos (número alvo 15) para evitar cair do
cavalo.
Defesa Antiaérea
O poder Fúria da Tempestade pode ser usado
com grande eficiência para retardar
perseguidores alados, desde que eles estejam
dentro do alcance requerido; criaturas aladas que
falharem seus rolamentos de salvação possuem
sua taxa de movimento reduzida pela metade ela
duração do efeito.
Truques da Água
Defesa Anti-Flamoid
Uma Torrente de Água ou uma Inundação de
Redemoinhos podem ser usadas para extinguir
uma chama ou infligir dano a Flamoids (ver
Compêndio das Criaturas, p. 41) ou quaisquer
outros seres Insubstanciais feitos de chama viva
(1d6 de dano caso a criatura falhe no rolamento
de salvação requerido, em adição aos outros
efeitos detalhados nas regras).
Distribuidor de Água Fresca
Uma vez que nada nas regras digam que a água
criada pela Torrente de Água ou uma Inundação
de Redemoinhos não seja potável, ter um
Elementarista da Água no grupo pode ser
bastante útil quando se aventurar no deserto ou
em outros ambientes privados de água, tais como
o Submundo – sem mencionar aquelas viagens
marítimas incertas e longas nos oceanos
desconhecidos...
Combate ao fogo Arcano
Os dois poderes citados anteriormente também
podem ser usados para destruir uma Esfera
Flamejante (Fogo, Magnitude 2) só (e somente
se) a água magicamente produzida entre em
contato com o globo em chamas; a Torrente de
Água deve ser mirada especificamente na esfera,
enquanto que a Inundação de Redemoinhos
simplesmente precisa entrar em contato com o
fogo.
Em todos os casos, é permitida à Esfera
Flamejante em rolamento de salvação especial,
usando o Controle Elementar do Elementarista
como seu modificador (dobrado caso o
Elementarista tenha o Fogo como seu elemento
primário) e a Força Mística do Elementarista da
Água como seu número alvo. Caso esse
rolamento falhe, a Esfera é destruída; caso
contrário, não é afetada.
- Ajuda! Precisamos de um Elementarista da Água
aqui!
Truques do Fogo
Pirotécnicas Criativas
O poder Dardo de Fogo é essencialmente um
poder de ataque, porém também pode ser usado
para acender uma tocha ou tocar fogo em um
objeto ou material altamente inflamável tais como
madeira, tecido, etc. Entretanto, o fogo resultante
pode ser apagado em poucos segundos por uma
única pessoa caso essa pessoa reaja
imediatamente (então não, você não pode usar
esse poder para incendiar as roupas de alguém
e queimá-lo vivo ao invés de “apenas” dar a ele
1d6 de dano).
- Ai meu Deus! Como posso aprender a fazer isso,
senhor?
À critério do Mestre de Labirinto, esse truque
pode também ser usado para incendiar flechas.
Por último, um Dardo de Fogo é também uma
forma segura (se não um pouco amostrados) de
iluminar um acampamento.
Luz do Fogo Portátil
OK, uma Esfera Flamejante é uma excelente
forma de carbonizar seus inimigos – mas você já
pensou acerca de seus usos? Uma vez que o
Elementarista pode controlar o movimento da
Esfera como quiser, ela pode pairar por sobre as
cabeças do grupo, fornecendo uma excelente
fonte de iluminação em um túnel ou caverna
escura, especialmente naqueles momentos onde
segurar uma tocha ou é impossível ou
extremamente arriscado.
Pode ser também usado para reconhecimento,
para investigar um túnel escuro como piche ou
checar se alguém está esperando em
emboscada por trás de uma esquina...
Fogo na Água
Uma vez que “incendia qualquer material
inflamável que entre em contato”, uma Esfera
Flamejante pode ser usada para incendiar um
barco, com efeitos devastadores: um barco
incendiado deve fazer um rolamento de salvação
especial contra o fogo a cada rodada ou perde 1
ponto de Estrutura. Esse rolamento de d20
possui um número alvo de 15, mas apenas utiliza
o “Mod” de Sorte do barco (que é igual a 0 na
maioria dos casos).
Truques da Terra
Nós Não Seremos Movidos!
O poder Mãos de Rocha é primariamente usado
para imobilizar inimigos, porém também pode ser
usado contra o poder Fúria da Tempestade de
Elementaristas do Ar; por deliberadamente
colocar-se no suporte das Mãos, uma
personagem se torna imune aos efeitos da
Tempestade enquanto ela permanece
imobilizada.
Aparência de Bronze
Uma vez que o poder imbui seu receptor com “a
essência do bronze”, ele provavelmente poderia
também ser usado para disfarçar-se como uma
estátua de bronze bastante convincente ou
mesmo um Autômato de bronze.
Bons atiradores & Projéteis
Novas Opções de Combate de Arremesso para Franco-Atiradores
de L&M
Testando a nova opção Mira Cuidadosa
Por que os guerreiros deveriam ter toda a
diversão? Eles tem acesso a um repertório inteiro
de táticas e técnicas especiais, enquanto tudo o
que os usuários de arremesso tem que fazer é
atirar com seus arcos, arremessar suas lanças
leves ou fazer-o-que-quer-que-se-faça-com-
uma-funda até que eles fiquem sem projéteis.
Aqui estão quatro novas opções para aqueles
que querem deixar o combate de arremesso um
pouco mais de vivacidade e flexibilidade. Como
de costume, as seguintes regras são
estritamente opcionais e sujeitos à aprovação de
seu Mestre de Labirintos.
Mira Cuidadosa
Apenas personagens de Habilidade acima da
média (13+) podem usar essa opção. O atirador
espera uma rodada inteira de batalha antes de
atirar sua flecha ou atirar seu projétil; em outras
palavras, ele gasta uma rodada inteira mirando e
faz seu ataque durante a fase de arremesso da
rodada de batalha seguinte.
Esse tempo de mira extra dá à personagem um
bônus em seu rolamento de ataque igual a seu
“Mod” de Habilidade; esse bônus será perdido
caso a concentração da personagem seja
Amplificador Titânico
Uma vez que nada na discrição do poder Pele de
Bronze impede de usar em animados – SIM, isso
significa que você pode combinar com Animar
Estátua para imbuir seu Titã de Rocha animado
com algum poder extra, aumentando seu dano de
2d6+2 e sua Classe de Defesa para um titânico
25.
8
quebrada (por um ataque de oponente, etc.)
enquanto ele faz sua Mira Cuidadosa.
Ao contrário de ataques padrão de arremesso,
uma Mira Cuidadosa é incompatível com
qualquer forma de movimento.
Pontos Vitais
Como seu nome implica, esse ataque de
arremesso especial mira nos pontos vitais mais
vulneráveis. Pode ser usado por personagens de
Habilidade acima da média (13+) e é inútil contra
Animados (que não tem pontos vitais para se
falar).
A personagem deve fazer uma Mira Cuidadosa
(ver acima), mas ao invés de adicionar seu bônus
de Habilidade a seu rolamento de ataque, ele
sofre uma penalidade de -4; entretanto, caso ele
acerte, seu bônus de Habilidade será adicionado
a seu rolamento de dano. Esse bônus é
cumulativo com os bônus de dano das Amazonas
e Caçadores, fazendo dessa opção
verdadeiramente devastadora nas mãos de um
verdadeiro bom atirador (ou atiradora, desculpe
garotas).
Tiro Rápido
Essa manobra permite à personagem sacrificar a
precisão pela velocidade. Pode ser usada por
uma personagem de Habilidade acima da média
(13+), usando sua arma de escolha.
Quando faz um tiro rápido, o “Mod” de Habilidade
da personagem é adicionado a sua pontuação de
Iniciativa, mas esse ataque usa apenas um único
d20 ao invés de pegar o melhor de dois
rolamentos (i.e. o rolamento de ataque é
resolvido como se a personagem não estivesse
usando sua arma de escolha). Uma vez que o
ataque ocorre durante a fase de arremesso, essa
opção somente é útil contra outros usuários de
projéteis; obviamente não pode ser combinado
com Mira Cuidadosa.
Correr & Atirar
Essa opção somente pode ser usada quando
atirar com uma lança leve ou lança e requer uma
Força acima da média (13+). Pode ser vista como
o equivalente de Arremesso à Carga para a
Batalha. Permite à personagem adicionar seu
“Mod” de Força a seu rolamento de ataque de
Arremesso, desde que ela espere para a fase de
arremesso da rodada atual para fazer seu
rolamento de Arremesso e não pode estar
envolvido em combate corpo-a-corpo com um
oponente com uma Iniciativa maior.
SEM PROEZA INFERIOR!
Regras Alternativas, Expandidas & Atualizadas para Proezas de Força, por Luke G. Reynard
- Ah, finalmente! Um novo sistema para Proezas de
Força!
Nota do Editor: Essa é uma versão ligeiramente
revisada de um artigo originalmente publicado na
coluna de Luke G. Reynard do Minotaur, A Twist in the
Maze. Algumas pequenas mudanças foram feitas para
fazer com que ficasse completamente compatível com
as regras da Edição de Jubileu de Prata de L&M.
Enquanto falamos sobre isso, também aproveitamos a
oportunidade para remover algumas observações mais
chatas e auto promoventes do Senhor Reynard. (O
QUÊ? – Luke)
O que está Errado?
Eu nunca gostei da forma que Proezas de Força
funcionam em Labirintos & Minotauros – por pelo
menos duas razões excelentes. A primeira razão
é puramente estética: Proezas de Força usam
1d10 e requerem que você “role abaixo”, o que
parece ser arbitrário, gratuito e uma exceção
bastante verruguenta às regras gerais de L&M,
nas quais quase todas as ações desafiadoras
são resolvidas com um rolamento de d20 e,
talvez mais importante, de acordo ao princípio
“maior é melhor”.
A personagem também precisa correr ao menos
3m (durante a fase de movimento) para reunir a
dinâmica necessária – porém, uma vez que ela
deve parar esse movimento antes de arremessar
seu projétil, essa manobra não se qualifica como
um caso de “atirar enquanto se movimenta”.
Caso todas essas condições forem atendidas, o
ataque ocorrerá durante a fase de combate, na
Iniciativa normal de atacante.
Essa opção não pode ser combinada com Mira
Cuidadosa, Tiro Rápido ou qualquer outra opção
baseada em habilidade.
Luke G. Reynard
9
A segunda razão é mais técnica. Sob as regras
atuais, possuir uma Força maior não permite
verdadeiramente você a fazer melhor (i.e. erguer
objetos mais pesados, etc.), mas simplesmente
dar a você uma chance maior de sucesso que a
mesma Proeza de Força genérica – enquanto
que a lógica deveria parecer ditar que ser mais
Poderoso deveria fazer de você mais forte em
temos de capacidade – como é o caso com
Carga, que é outra aplicação direta da Força da
personagem.
Uma vez que nunca é tarde para corrigir um erro
e essa edição possui um forte tema atlético, eu
pensei que poderia dar tentar e desenvolver um
sistema mais elaborado, alternativo para resolver
Proezas de Força.
Sistema Básico
Diferentemente das regras oficiais, esse novo
sistema permite aos Mestres de Labirinto taxar a
dificuldade real requerida para realizar uma dada
Proeza de Força, em termos de quanta Força
realmente é requerida para realizar a tarefa.
Vamos encarar isso: nem todas as ações que
podem ser descritas como “Proezas de Força”
possuem o mesmo nível uniforme de dificuldade
e arrancar correntes de ferro de uma parede deve
logicamente requerer até mesmo mais Força
que, digamos, derrubar uma porta pesada.
Quando uma proeza de Força é requerida, o
Mestre do Labirinto simplesmente taxa a
dificuldade de uma Proeza de Força na seguinte
escala, que é aproximadamente similar (porém
não idêntica) aos números alvo d20 normais:
Desafiante = 15
Espetacular = 20
Hercúlea = 25
A maioria de Proezas de Força será ou
Desafiantes (difícil) ou Espetaculares (muito
difícil). Proezas Hercúleas são normalmente
além das possibilidades de personagens de
jogadores – exceto aquelas com força física
fenomenal (Força 19+), que podem ter uma
chance de sucesso (como detalhado abaixo) e, é
claro, personagens que foram concedidas o Dom
Divino da Força (ver Manual dos Jogadores, p.
35.), que sempre são bem sucedidos em tais
proezas.
Derrubar uma porta, por exemplo, é geralmente
uma Proeza de Força Desafiante, a menos que
essa porta seja especialmente pesada, em tais
casos a dificuldade pode se tornar Espetacular,
quebrar correntes se qualificará como uma
Proeza verdadeiramente Hercúlea – note que
esses exemplos claramente mostram a
necessidade de diferentes níveis de dificuldade
aqui.
Uma vez que o nível de dificuldade tenha sido
definido, simplesmente compare isso à
pontuação de Força da personagem. Caso a
Força da personagem seja igual ou maior que a
dificuldade, então a Proeza automaticamente
será bem sucedida.
Assim, personagens com uma Força de 15 ou
mais sempre serão bem sucedidos em Proezas
de Força Desafiantes (tais como, digamos,
derrubar a maioria das portas).
10
- Isso se qualifica como uma Proeza Titânica?
Caso, por outro lado, a Força da personagem
seja menor que o limiar requerido, ela pode ainda
ter uma chance de realizar a Proeza ao forçar os
limites.
Forçando os Limites
Isso requer um rolamento de salvação de Vigor
Físico contra uma dificuldade de nível 20. Um
rolamento bem sucedido não significa que a
personagem obteve êxito na Proeza, porém
permite a ela aumentar sua pontuação de Força
em 1d6 para essa Proeza particular; caso isso
seja suficiente para trazer a pontuação ao limiar
requerido, a Proeza tem sucesso; de outra forma
(ou caso o rolamento falhe), a personagem é
simplesmente inapta a forçar seus limites e não
pode mais tentar a mesma proeza novamente –
pelo menos não até que tenha aumentado sua
pontuação de Força ou até que ele se beneficie
de algum item de aumento de força ou efeito
mágico (tal como, digamos, um Prodígio Divino
de Força).
Caso o rolamento de salvação falhe e seu
rolamento total seja menor que 10, a personagem
torce um músculo e sofre uma perda temporária
de 1d3 pontos de Força, que retornará na mesma
taxa de 1 ponto por hora completa de descanso.
Vamos agora ver o funcionamento do sistema
mais de perto. Força permanece o fator mais
importante aqui – e até mesmo o único fator
relevante, a menos que a personagem tenha que
forçar o limite de sua força, em tal caso Força
(puro poder físico), Vontade (habilidade de
esforçar-se) e Sorte (favor divino em geral) todos
vem a jogo na forma do rolamento de Vigor Físico
feito para forçar o limite, fazendo essa variante
mais consistente com as mecânicas de jogo e
filosofia geral das regras Revisadas.
Trabalhando Junto
Mas se, você pergunta, dois ou três personagens
tentem coletivamente juntar sua força? Isso pode
nem sempre ser possível (dependendo da
natureza real da proeza), mas como resolvemos
isso quando a possibilidade se apresente no
jogo? Simples. Pegue a maior pontuação de
Força como sua base e adicione o(s) bônus de
Força da(s) outra(s) personagem(ns). Assim,
caso Pyros o Lanceiro de 1º nível (Força 13)
tenha a ajuda de Krondar, o Bárbaro (Força 20,
com um “Mod” de Força de +4), sua Força efetiva
será igual a 17. Uma vez que o sistema depende
de bônus de Força, aqueles com Força baixa não
serão de ajuda alguma aqui; caso a personagem
precise forçar os limites, todos fazem um
rolamento de Vigor Físico e caso pelo menos um
deles obtenha sucesso, então a pontuação
coletiva de Força ganha o aumento normal de
1d6 (nada a mais – i.e. dois rolamentos de
sucesso não dão a você um aumento de 2d6).
Força Monstruosa
Uma vez que criaturas nunca precisam fazer
rolamentos de salvação de Vigor Físico, Mestres
de Labirinto devem simplesmente usar senso
comum e licença dramática aqui. Como uma
regra de ouro, criaturas Grandes devem
automaticamente ser bem sucedidas em Proezas
de Força, não importando o nível de dificuldade
– e podem até mesmo serem aptas a realizar
proezas de força mais impressionantes, à critério
do Mestre de Labirinto. Quanto às criaturas
Gigantes, bem, não precisamos de um sistema
para isso, precisamos?
Realizações Hercúleas
Mestres de Labirinto que desejem adicionar um
toque mítico extra a esse sistema heroico já
muito engenhoso e adequado podem
recompensar guerreiros que tenham tido êxito
em uma proeza de força verdadeiramente
Hercúlea pelos seus próprios meios (i.e. sozinhos
e sem qualquer forma de assistência mágica com
20 pontos de Glória, especialmente caso a
proeza tenha sido realizada em circunstâncias
dramáticas ou altamente perigosas.
Exemplo: a Força de Krondar
Preso em uma terrível armadilha mortal com
seus companheiros de aventura, Krondar, o
Bárbaro, decide levantar os pesados portões de
ferro que impedem ele e seus amigos de
escapar da morte certa. O cruel Mestre de
Labirinto diz que isso requer uma proeza de
Força verdadeiramente Hercúlea – que deveria
normalmente fazer disso impossível, porém uma
vez que Krondar possui uma Força incrível de
20, ele tem uma pequena chance de sucesso
caso ele consiga forçar seus limites. Isso irá
requerer um rolamento de salvação de Vigor
Físico bem sucedido contra um número alvo de
20 e então um rolamento de 5 ou 6 em 1d6 (para
elevar sua pontuação de Força ao 25 requerido).
Aventuras & Avanço
Uma Variante, Radical & Livre forma de Desenvolvimento de Personagens por Luke G. Reynard
(ou: acabando com toda a Glória / Sabedoria / Experiência)
O heroico Luke G. Reynard batalhando com o
Grande Monstro da Complexidade Desnecessária
no Labirinto de Variantes Opcionais
Mesmo em um RPG direto de Aventura heroica
como L&M, existem muitos estilos diferentes de
mestrar. Quando se pensa nisso, há
provavelmente tantos estilos de Mestrar quanto
há Mestres... mas, uma vez que uma sessão
acaba, Mestres de Labirinto realmente tendem a
cair em duas categorias amplas: aqueles que se
deleitam na contagem de cada ponto de Glória e
Sabedoria adquirido pelas personagens de
jogadores (sem mencionar Experiência para
Krondar possui um Vigor Físico de +9, então ele
deve rolar 11 ou mais em 1d20: ele passa
facilmente, mas isso apenas permite a ele
aumentar sua força efetiva em 1d6. Rolando
1d6, ele tira um miserável 2... que traz sua Força
para 22 – não o suficiente para ter êxito à proeza
Hercúlea!
Apesar de sua Força extraordinária e seus
melhores esforços, Krondar falha em erguer os
portões de ferro. “Alguma ideia inteligente?” ele
pergunta a seus amigos. O Sacerdote de
Poseidon então se lembra que possui acesso ao
Prodígio Divino da Força; ele usa isso no Nobre
do grupo, que facilmente levanta os portões de
ferro, permitindo ao grupo escapar (e deixando
Krondar um pouco aborrecido).
11
aqueles malditos Ladrões e Caçadores) e
aqueles para cuja atividade é um exercício chato
e inútil de moagem de números e a pior parte de
ser um Mestre de Labirinto (sem dizer nada
acerca da ‘diversão’ de arbitrar os argumentos e
reclamações de jogadores).
Se você pertence à primeira categoria, então
você deve parar de ler agora; se, por outro lado,
você com satisfação jogar fora o sistema
arbitrário, complicado e muitas vezes
ridiculamente meticuloso de Glória / Sabedoria /
Experiência em favor de um método muito mais
simples de avanço de personagem, então alegre-
se, pois é precisamente sobre isso que esse
artigo é.
É tudo sobre Aventuras!
A ideia básica por trás dessa abordagem
alternativa é uma bastante simples: personagens
simplesmente sobem de nível uma vez que elas
completarem um certo número de aventuras,
sem ter que manter um total de pontos de Glória,
Sabedoria ou Experiência. Quanto mais alto o
nível da personagem, mais aventuras ela deve
completar para subir de nível.
Esse número de aventuras requeridas é
simplesmente igual ao nível que a personagem
quer atingir.
Assim, iria requerer duas aventuras para ir do
nível 1 para o nível 2, mais três aventuras para
alcançar o nível 3, mais quatro aventuras para
alcançar o nível 4 e assim por diante. Por
conseguinte, alcançar o lendário nível 6
requereria um grande total de vinte aventuras, o
que é uma realização mais espetacular que pode
parecer.
Vamos aos detalhes do Sistema. Primeiro,
precisamos definir o que « completar uma
aventura » realmente significa e o que NÃO
significa.
Aventura nem sempre é sinônimo de sessão de
jogo: uma aventura deve ser definida como
cenário completo, que pode realmente cobrir
uma ou várias sessões de jogo. Além disso,
completar uma aventura não significa só
participação ou mera sobrevivência, mas inclui a
ideia de sucesso. Em outras palavras, o Mestre
de Labirinto pode simplesmente decidir que uma
determinada aventura não conta para o avanço
da personagem quer porque não foi difícil ou
perigosa o suficiente ou porque a personagem
falhou completamente em realizar os objetivos
gerais do cenário.
Em última análise, é a responsabilidade do
Mestre de Labirinto oferecer a seus jogadores
aventuras que sejam desafiadoras e perigosas o
suficiente para suas personagens, mas que
tenham objetivos atingíveis. Então, o termo
aventura nesse contexto realmente deveria ser
tido como aventura devidamente desafiadora –
porém cada Mestre de Labirinto já sabe disso,
certo? Digo, ninguém vai colocar um grupo de
neófitos de primeiro nível contra uma Quimera
ou, na outra ponta do espectro, incomodar lendas
vivas de sexto nível com um punhado de
Homens-Javali saqueadores...
12
Independentemente de qual sistema de avanço
esteja usando, os desafios de uma aventura
devem sempre se encaixar no nível de poder total
de personagens de jogador.
Mestres de Labirinto que achem essa abordagem
interessante, mas um pouco esquemática
demais podem fazer as coisas mais flexíveis ao
introduzir dois tipos especiais de cenários de
aventura: miniaventuras e maxi aventuras.
Vamos lá, Mino, vamos fazer isso sozinhos! Eu não
vou dividir meus pontos de Glória com ninguém!
Mini Cenários & Maxi-Épicos
Uma miniaventura é um cenário curto que desafia
as habilidades das personagens, mas não
podem ser realmente comparadas a aventuras
em termos de dificuldade, duração ou perigo; no
que concerne ao avanço de personagem, tais
miniaventuras simplesmente contam como meia
aventuras. Em outras palavras, uma personagem
de 1º nível poderia alcançar o nível 2 após duas
aventuras completas ou quatro miniaventuras, ou
uma aventura completa e duas miniaventuras.
Maxi aventuras são cenários que são
especialmente desafiadoras, difíceis ou
perigosas e que normalmente duram várias
sessões para serem completadas. Uma maxi
aventura contam como duas aventuras
completas para propósitos de avanço.
Assim, completar uma única maxi Aventura pode
ser o suficiente para alcançar o nível 2. Essa
ideia também pode ser estendida para incluir
mega aventuras, com cada mega aventura
valendo duas maxi aventuras (ou quatro
aventuras completas): Tombo of the Bull King é
um exemplo perfeito de tal mega aventura (ou
mini campanha, dependendo de como se olhe
para ela).
Estamos Nisso Juntos
Em adição a libertar o Mestre de Labirinto do que
pode frequentemente se tornar um exercício
triste de contar pontos, esse sistema de avanço
variante também possui a grande vantagem de
fazer do avanço de personagens de jogadores
um esforço em grupo (uma vez que cada
aventura terá o mesmo esforço de avanço para
todos aqueles que estejam ativamente
envolvidas nela) ao invés de encorajar uma
competição estéril e inútil entre personagens
(especialmente guerreiros, que são de alguma
forma encorajados pelas regras de distribuição
de Glória para adotar o que muitos Mestres de
Labirinto chamam de comportamento
“perseguidor de Glória”). Essa abordagem
coletiva para o avanço de personagem é também
uma forma simples e eficaz de promover o tipo
de espírito de equipe ou confraria
frequentemente encontrado em novelas de
fantasia e filmes apresentando grupos de heróis.
Como evidenciado nas primeiras linhas desse
artigo, essa abordagem alternativa não será
apelativa para a sensibilidade de jogo de cada
grupo – alguns jogadores realmente gostam dos
aspectos competitivos de avanço de personagem
e são muito ligados à ideia de recompensar cada
personagem individual de acordo com seus
próprios méritos, heroísmo, criatividade ou
números de “mortes”.
Tais jogadores podem achar esse Sistema livre
um pouco “coletivista” demais para seus gostos,
uma vez que aparentemente não permite ao
Mestre de Labirinto dar “crédito extra” para
personagens que tenham sido especialmente
valentes, inteligentes, criativos, heroico ou
brilhante durante o jogo – mas isso realmente
não é um problema quando você começa a
considerar o grupo de personagens de jogadores
realmente como um grupo, ao invés de uma
reunião acidental ou artificial de individualistas.
Lembre-se no que dissemos anteriormente sobre
completar aventuras com sucesso? Bem, uma
vez que heroísmo e criatividade são
frequentemente as chaves de sucesso, cada
FAVORECIDO PELO
DESTINO
Um Sistema opcional de Pontos de Destino para LABIRINTOS & MINOTAUROS, por Igor A.
Rivendell
Muitos RPGs recentemente publicados
apresentam o conceito de pontos Heróicos /
Destino / Karma – um poço de pontos que o
jogador pode gastar para mudar as
probabilidades a seu favor, fazendo-o em
sucedido em feitos heroicos em circunstâncias
desesperadas ou mesmo permitir a ele “enganar
a morte” da mesma forma que muitos heróis
fictícios. Tal sistema pode adicionar um toque
extra de heroísmo épico a Labirintos &
Minotauros, como apontado pelo nosso amigo
Filósofo em uma recente edição do Griffin.
Esse artigo apresenta uma tentativa de trazer tal
sistema para o jogo sem interromper sua
mecânica venerável e testada com o tempo. As
regras detalhadas abaixo são, é claro,
inteiramente opcionais e devem apenas ser
usadas por aqueles Mestres de Labirinto que
realmente queiram adicionar um senso de
destino (ou simplesmente um toque extra de
heroísmo “espada-e-sandália”) à suas
campanhas de L&M.
Destino e Boa Sorte
Mas antes de vermos como nossos pontos de
Destino funcionam em termos de jogo, vamos
examinar mais de perto como o conceito de
Destino se relaciona com (e difere de) o conceito
de Boa Sorte, como refletido em termos de jogo
pelo todo penetrante, onipresente atributo de
Sorte.
personagem individual pode agora ativamente
contribuir para o avanço do grupo como um todo:
quanto mais heroico ou criativo você e seus
parceiros de aventura provarem ser, mais
provavelmente vocês irão completar com
sucesso uma aventura e avançar de acordo –
então quando Pyros o invencível Lanceiro salva
o dia (e as vidas de seus companheiros de
aventura!) ao derrotar sozinho aquela Mantícora,
todo mundo no grupo se beneficiará de seu
comportamento heroico…
Luke G. Reynard
13
No início, ter ambas a Sorte e Destino como
conceitos de jogo separados pode parecer de
alguma forma redundante, especialmente dado
ao fato que a Sorte de uma personagem já afeta
tantas coisas no jogo (não, não se preocupe, não
vamos recomeçar o velho debate “Sorte-é-muito-
poderoso” aqui)...
Contudo, em uma inspeção mais profunda,
achamos que Destino e Boa Sorte realmente
representavam coisas muito diferentes para os
Gregos antigos – e poderiam assim,
concebivelmente serem retratadas por conceitos
diferentes de jogo em L&M. Sem pegar muito
pesado em Metafísica (deixaremos isso para
nosso amigo Filósofo), podemos definir a
diferença entre Boa Sorte e Destino como se
segue: Boa Sorte é essencialmente aleatória e
sempre retém um elemento de imprevisibilidade,
enquanto que Destino parece ser enraizado na
certeza e ineluctability.
O aspecto imprevisível e aleatório de Boa Sorte
já é bem refletido pelos efeitos de Sorte em
termos de jogo: a pontuação de Sorte da
personagem afeta todos os seus rolamentos de
ataque e salvação (bem como Classe de Defesa
básica, Carisma Pessoal, etc.), porém realmente
nunca dá a certeza absoluta de sucesso ou
sobrevivência: mesmo personagens com
pontuações extraordinárias de Sorte podem errar
um inimigo ou falhar um rolamento de salvação.

Contemplem o Poder do Destino!
(Boa ilustração original por Chuck Parish)
Caso quisermos adicionar um elemento de
Destino no jogo, teremos que fazer seu impacto
no jogo significantemente diferente do de Sorte –
Sorte e Destino não devem somente ser coisas
diferentes, eles devem funcionar diferentemente
em termos de jogo.
Ainda assim, com todas as suas diferenças,
Destino e Boa Sorte também compartilham
elementos (muito) comuns: supostamente ambos
deveriam ser algo de fora do controle das
personagens, ambos podem ajudar ou impedir
personagens em situações críticas, ambos estão
ligados à vontade e capricho dos Deuses e,
último, porém não pior, apesar de sua oposição
aparente, Destino e Boa Sorte de algum modo
parecem inextricavelmente ligados um ao outro –
muito como os dois pratos da mesma balança
(cósmica?).
Porém basta de metafísica! Mantendo tudo o que
está acima em mente, vejamos como pontos de
Destino podem funcionar nas regras Revisadas
de Labirintos & Minotauros.
14
- Espere! Eu ainda tenho um ponto de Destino para
gastar!
Destino & Nível
Todas as personagens de jogador começam
suas carreiras de aventura com 1 ponto de
Destino no primeiro nível. Uma vez gastos,
pontos de Destino não podem ser recuperados:
a única forma de receber um ponto novo de
Destino é alcançar um novo nível.
Cada vez que uma personagem de jogador
alcança um novo nível, ela recebe um número de
pontos de Destino igual a esse novo nível –
porém, esses pontos devem ser gastos antes da
personagem alcançar o próximo nível.
Pontos de Destino que não foram gastos antes
de um novo nível ser alcançado são
simplesmente perdidos; eles não serão
adicionados aos pontos de Destino concedidos
pelo novo nível. Assim, uma personagem que
alcance o nível 5 terá 5 pontos de Destino, não
importando quantos pontos de Destino ela
gastou no nível 4 (ou em qualquer outro nível
prévio).
Essa regra possui duas consequências
importantes. Primeiro, é impossível para as
personagens “acumular” ou “salvar” pontos de
Destino de um nível para o outro. Segundo,
quanto mais alto o nível da personagem, mais
pontos de Destino ela recebe para gastar.
Porquê? Porque cada novo nível representa um
passo importante na realização ou na revelação
do destino da personagem: assim, quanto maior
o nível, mais importante a personagem se torna
na grande tapeçaria das coisas.
Em outras palavras, o número de pontos de
Destino disponível para uma personagem nunca
pode ser maior que seu nível. Verdadeiramente
uma vez que Pontos de Destino gastos não são
recuperados.
Recorrendo ao Destino
Sempre que um jogador tenha que fazer um
rolamento de ataque ou de salvação pela sua
personagem, ele pode decidir gastar 1 ponto de
Destino em lugar disso. Nesse caso, o jogador
não precisa rolar o d20: tudo é resolvido como se
ele tivesse rolado um resultado de 20, mais o
rolamento apropriado de salvação ou “Mod” de
ataque.
Essa regra se aplica a todos os rolamentos de
ataque e salvação – incluindo o rolamento de
Vigor Físico que deve ser feito quando uma
personagem ferida cai a 0 Pontos de Vida. Assim,
a vida de uma personagem pode ser salva pelo
poder do Destino, na forma de um ponto de
Destino gasto sabiamente.
A forma que pontos de Destino funcionam ilustra
o conceito de “certeza” mencionado acima:
enquanto que a Boa Sorte (Sorte) de uma
personagem afeta a maioria de seus rolamentos
de dado (bem como ataques feitos contra ela,
uma vez que a Sorte da personagem afeta sua
Classe de Defesa), Destino “recusa” a
aleatoriedade e a substitui por uma certeza única.
Em combate, gastar um ponto de Destino ao
invés de fazer um rolamento de ataque é
geralmente um acerto certo... porém, irá
frequentemente resultar em um acerto crítico
automático, caso as tabelas de Combate
Homérico do Companheiro de Labirintos &
Minotauros forem usadas.
Lembram-se do que dissemos anteriormente
sobre a conexão tênue entre Destino e Boa
Sorte? Vejamos como pontos de Destino de uma
personagem interagem com sua Sorte. No início,
parece que não há qualquer ligação entre as
duas, uma vez que Sorte não afeta o Destino...
porém, uma vez que pontos de Destino são
usados para substituir rolamentos de dado
relacionados com Sorte, jogadores de
personagens com pontuações de Sorte alta são
mais prováveis de confiar na boa sorte da
personagem e assim menos prováveis de gastar
seus preciosos pontos de Destino exceto quando
a vida de sua personagem está diretamente
ameaçada. Assim, a Boa Sorte de uma
personagem interage com seu Destino (e vice
versa), mas de maneira adequadamente tênue e
flexível.
Os Limites do Destino
Pontos de Destino somente podem afetar
rolamentos de ataque e de salvação (ambos os
quais feitos com 1d20); eles não podem ser
usados para rolamentos de reação de influência
ou outros rolamentos que não sejam com 1d20,
tais como rolamentos de dano ou proezas de
força.
15
Os pontos de Destino de uma personagem
somente podem afetar seus próprios feitos: eles
não podem ser usados para afetar os rolamentos
de outra pessoa, nem podem ser usados para
fazer seu oponente errar você – tais coisas
permanecem na exclusiva alçada da Boa Sorte,
na forma da Sorte da personagem (que sempre
modifica sua Classe de Defesa).
- Irmãs, esse homem só possui mais 1 ponto de
Destino!
O “20 automático” concedido pelo gasto de 1
ponto de Destino deve ser mais que suficiente
para ter êxito na maioria das circunstâncias,
embora algumas criaturas Invulneráveis com
uma CDE extremamente alta podem ainda
permanecer não acertáveis (caso suas CDEs
sejam maiores que 20 + o “Mod” de ataque da
personagem), nesse caso o ponto de Destino foi
(horror!) gasto em vão.
Isso pode parecer um pouco injusto, porém (a)
deve ocorrer muito raramente e (b) simplesmente
significa que alguns seres muito poderosos são
(pelo menos parcialmente) protegidos de (ou
pelos?) poderes do Destino... a menos que eles
encontrem o herói cujo Destino seja derrotá-los
(ou, em termos de jogo, um guerreiro com um
“Mod” de ataque alto o suficiente e uns poucos
pontos de Destino para gastar).
Uma situação similar pode também se levantar
com rolamentos de Resistência Mística feitos
contra Força Mística tão alta que o alvo não
possui absolutamente nenhuma chance de
resistir, mesmo com um rolamento de 20 ou a
intervenção do Destino. Aqui novamente, nós
achamos a ideia que alguns seres muito
poderosos (nesse caso, controladores de magia
muito poderosos) possam “superar” o Destino ou
aqueles que não são fortes o suficiente para se
oporem a eles.
Quem possui Destino?
Criaturas nunca podem receber pontos de
Destino, não importando quão poderosas elas
sejam. PNJ’s Principais, por outro lado, podem
receber pontos de Destino pelo Mestre de
Labirinto, dentro das limitações normais.
Um sistema simples para usar isso é pegar o
nível da personagem e subtrair 1d6: caso o
resultado seja positivo, isso mostra o número de
pontos de Destino disponível para a
personagem; caso o resultado seja zero ou
negativo, então o PNJ não possui mais pontos de
Destino. Alternativamente, você pode decidir
fazer dos pontos de Destino uma prerrogativa
exclusiva de personagens de jogadores, que são,
além de tudo, os heróis da história.
Caso você pretenda transportar esse sistema
para sua campanha de L&M já começada, o
método mais fácil é simplesmente dar a cada
personagem de jogador um número de pontos de
Destino igual ao seu nível atual e simplesmente
assumir que nenhum ponto de Destino foi gasto
até então (e como eles poderiam ter sido gastos,
uma vez que eles ainda não existiam?). Caso
ache esse método muito generoso, suponha que
1d3pontos de Destino já tenham sido gastos.
Destino & os Deuses
Apesar do que alguns de vocês possam esperar,
os Deuses não concedem pontos de Destino
extras aos seus campeões e protegidos. Existem
duas razões para isso.
A primeira justificativa é que os próprios Deuses
reconhecem o poder do Destino e preferem
abster-se de se intrometer com eles (pelo menos
de uma forma muito descarada ou intrometida),
uma vez que isso poderia aborrecer a Balança do
Destino (o que quer que isso signifique).
A segunda razão, muito mais convincente, é que,
todas as coisas sendo iguais, um ponto de
Destino permanece muito menos poderoso que
um Chamado Divino (um tipo de Crescimento
Divino detalhado nas regras opcionais de
agentes divinos dadas no Companheiro de
Labirintos & Minotauros)... bem como muito
menos espetacular, e você sabe como aquelas
deidades gostam de se mostrarem.
De fato, quando você vem a pensar nisso, um
Crescimento Divino pode ser visto como uma
versão superpoderosa de um ponto de Destino.
Portanto, deveria ser bem justo decidir que
Agentes Divinos não podem receber pontos de
Destino, por que eles colocaram seu destino nas
mãos das suas divindades patronas. Assim, uma
personagem que se torne um Agente Divino no
nível 4 não recebe mais os 4 pontos de Destino
que deveria normalmente receber por alcançar o
nível 4, ao invés disso receberá os 3
Crescimentos Divinos normais concedidos a
novos agentes. Cada vez que ela alcance um
novo nível, ela receberá um novo Crescimento
Divino, como nas regras normais, mas nenhum
ponto de Destino.
16
Aleatória, Deusa do Balanço de Jogo
Isso pode parecer cruel, porém mantenha em
mente que Agentes Divinos já são extremamente
poderosos e que Crescimentos Divinos SÃO
mais poderosos que pontos de Destino. A
justificativa “destino divino” é também
perfeitamente lógica e consistente com contos
míticos.
Por último, essa regra também possui uma
vantagem de apresentar o Destino como uma
alternativa a afiliação divina, ao dar uma
vantagem específica aquelas personagens que
NÃO se tornam Agentes Divinos, ou porque elas
não possuem os requerimentos ou simplesmente
porque elas não querem se tornar: o direito de
fazer (ou ao menos seguir) seus próprios
Destinos.
Destino & Perdição
Palavras como “fatal” ou “fatalidade” nos
lembram que Destino também possui uma faceta
sombria, trágica. Em muitos contos míticos,
heróis que foram protegidos pelo Destino são
frequentemente punidos pelo Destino também,
ou por terem recorrido aos poderes do Destino
uma vez a mais ou por terem pensado que eram
mais poderosos que o próprio Destino em uma
clássica crise de soberba. Em termos de jogo,
essa dimensão sombria, trágica do Destino (que
devemos chamar Perdição) representa a
necessidade de contrabalancear as vantagens
maravilhosas concedidas por pontos de Destino.
Então, como podemos simular tudo isso em
termos de jogo?
Cada jogador deve manter um total consecutivo
de todos os pontos de Destino gastos em prol de
sua personagem. Esse total, chamado de
Destino total, é uma indicação direta de quantas
vezes a personagem recorreu ao Destino durante
sua vida inteira. Caso o total de Destino da
personagem alcance sua pontuação de Sorte
atual, então ela está à beira da Perdição. Em
outras palavras, personagens nunca devem
deixar que seu Destino exceda sua Sorte, porque
isso deve significar Perdição.
Cada ponto de Destino gasto além do limite de
Destino da personagem literalmente irá “forçar o
Destino”, qualificando como um ato de soberba:
o ponto de Destino terá seu efeito normal, porém
causará uma perda permanente de 1 ponto de
Sorte. Em outras palavras, Destino ainda
concederá à personagem o que ela quer, mas
fará ela pagar um preço alto por isso, afetando
sua Boa Sorte de longo prazo.
- Perdoem-me, senhoritas, vocês são as Três
Moiras?
Dependendo da pontuação de Sorte da
personagem, a perda de um único ponto pode ou
não possuir um impacto direto em termos de
jogo: cair de 16 para 15, por exemplo, não
reduzirá o “Mod” de Sorte, mas cair de 15 pra 14
reduzirá de +2 para +1. Perdas de Sorte que não
afetam o “Mod” de Sorte devem ser interpretadas
como sinais de alerta de perdição iminente,
enquanto perdas que reduzem o “Mod” de Sorte
são retribuições claras e manifestantes na boa
sorte da personagem.
TRUQUE... OU
AMEAÇA?
Um Guia de Campo de Labirintos & Minotauros para Truques Sujos e
Estratagemas Inteligentes
por Olivier Legrand
Truques & Estratagemas
Assim, personagens que tenham alcançado seu
pico de Destino ainda podem recorrerão
Destino... porém a um preço potencialmente
devastador, uma vez que a redução de Sorte
pode às vezes criar a diferença entre vida e
morte. E isso é o que Perdição.
Caso uma personagem em Perdição consiga
aumentar sua Sorte acima de seu limite de
Destino (normalmente ao alcançar um novo
nível), então ela não estará mais em Perdição –
porém obviamente terá que calcar uma linha bem
fina caso ela não queira ficar em Perdição
novamente.
Também note que tal reversão de boa sorte
somente é possível para personagens cujos
Destinos não excedam sua Sorte por mais que
um ponto: aquelas que já passaram do limite de
seus Destinos estão simplesmente além da
redenção. Uma vez que Sorte representa favor
divino, essa possibilidade de compensação de
Perdição ao aumentar a sua Sorte mostra que
mesmo os Deuses algumas vezes podem ser
misericordiosos.
Por último, uma vez que Agentes Divinos não
recebem mais pontos de Destino, eles são
virtualmente imunes aos efeitos de Perdição –
precisamente por causa da atenção e proteção
de seus patronos divinos.
Igor A. Rivendell
17
Todos temos em mente a maneira que o famoso
herói Odisseu conseguiu enganar, atrair ou lograr
seus adversários mais perigosos (tal como o
Ciclope Polifemo) ou os estratagemas
inteligentes usados por tantos heróis fictícios
para evitar confronto direto com monstros
supostamente invencíveis...
Ainda assim, as regras de L&M não incluem nada
sobre o uso de truques contra criaturas, além das
regras de táticas de Subterfúgio, que somente
podem ser usadas em Combate.
Claro, o Companheiro de L&M inclui regras sobre
armadilhas e enganação, mas nenhum dos dois
tópicos realmente cobre os tipos de truques e
estratagemas que estamos discutindo: as
armadilhas descritas no Companheiro de L&M
são armadilhas físicas e o tipo de enganação
coberta nas regras de Influência é puramente
verbal e não pode ser usada em Feras ou
Monstros.
Diferentemente de armadilhas interiores ou
exteriores, truques e estratagemas não requerem
qualquer gatilho material e dependem de
elementos puramente psicológicos, tais como
distração ou desorientação. E diferente de
enganação, eles não requerem qualquer forma
de interação social com seus alvos pretendidos –
de fato, um dos propósitos maiores de tais
estratagemas é funcionar contra inimigos que
não podem ser persuadidos, seduzidos ou
intimidados, como animais selvagens, criaturas
monstruosas ou lutadores fanáticos... Esse artigo
apresenta regras opcionais que permitem aos
Mestres de Labirinto cuidar de tais estratagemas
em termos de jogo sem complicações
excessivas, rolamento de dados ou contagem de
números.
Uma Questão de Raciocínio
Mas antes de proceder mais, devemos lidar com
um dos Grandes Problemas Constantes de
interpretação de papéis: inteligência do jogador x
inteligência da personagem...
Uma habilidade da personagem de inventar
truques e estratagemas deve logicamente
depender de sua pontuação de Raciocínio, uma
vez que esse atributo representa (entre outras
coisas) esperteza e ingenuidade. Mas sejamos
honestos: dar ao jogador uma vantagem
significante simplesmente porque ele faz um
rolamento de Raciocínio não seria uma solução
muito excitante. Claro, alguns jogos usam
«rolamentos de ideia» como uma forma abstrata
de refletir a inteligência da personagem (em
oposição à inteligência do jogador – ou falta
dela)... mas, sinceramente, quão «divertido» é o
seguinte diálogo?
Jogador – Nós deveríamos tentar enganar esse
maldito Minotauro para fora de seu covil... Eu tenho
alguma ideia inteligente?
Mestre de Labirinto – Role seu Raciocínio.
Jogador – Consegui! Eu tenho alguma ideia
inteligente. Qual é?
Durante uma sessão de jogo, truques,
estratagemas e outras ideias brilhantes são
muito mais apreciados quando eles são produtos
da imaginação e esperteza do jogador – ao invés
dos produtos de um procedimento de jogo
abstrato (e um rolamento de dado sortudo). Por
outro lado, alguém pode fazer objeção que caso
o Raciocínio da personagem não tem nada a ver
com sua esperteza efetiva e ingenuidade, então
esse atributo é bem inútil.
Então, preferivelmente, inventar truques e
estratagemas em L&M deve depender da
inteligência do jogador E da inteligência da
personagem. Combinando esses elementos
distintos não tem que ser difícil. De fato, a
maneira mais fácil de alcançar tal arranjo é dar a
cada elemento (inteligência do jogador /
inteligência da personagem) uma função
diferente em termos de jogo.
18
Inteligência do jogador deve ser a única fonte de
ideias inteligentes. Em outras palavras, NÃO há
maneira de um rolamento de Raciocínio DAR a
você uma ideia que você não era brilhante o
suficiente para ter para início de conversa.
Então, quando a pontuação de Raciocínio da
minha personagem entra em jogo, você
pergunta?
A resposta é simples: a pontuação de Raciocínio
da sua personagem é usada para ver se ela pode
colocar sua ideia inteligente em prática. Assim,
jogadores astutos estarão aptos a tirar vantagem
completa da alta pontuação de Raciocínio de sua
personagem, enquanto jogadores com
personagens com Raciocínio baixo vão descobrir
que é bem mais difícil transformar uma ideia
inteligente em um resultado eficaz.
- Você realmente espera que isso funcione duas
vezes, espera?
Em outras palavras, a «esperteza» de um truque
NÃO depende do próprio truque, mas na
pontuação de Raciocínio do trapaceiro. Está
certo: caso duas personagens com pontuações
diferentes de Raciocínio tenham exatamente a
mesma ideia para um estratagema, a ideia da
personagem com a maior pontuação de
Raciocínio irá «funcionar melhor» que a outra.
Esse raciocínio pode parecer um pouco estranho
no início, mas lembre-se que nós estamos
simulando mito e ficção aqui, não realidade. Em
muitos contos mitológicos ou fictícios, os planos
mais inteligentes ou subterfúgios usados por
heróis não são TÃO inteligentes... porém eles
quase sempre funcionam – não por causa que
sejam intrinsecamente inteligentes, mas porque
eles foram pensados e executados por um «herói
inteligente». As regras seguintes são baseadas
em um raciocínio similar (Uau, Luke, você realmente
merece uma premiação por Justificativa Acrobática por essa -
Editor).
De acordo com esse raciocínio (e com as regras
dadas, abaixo) personagens com Raciocínio alto
(tais como Ladrões, Caçadores ou Curandeiros
Sagrados, que possuem Raciocínio como um de
seus atributos primários) são mais propensos a
usar seus truques porque suas ideias tendem a
funcionar melhor.
Meu Truque de Esperteza...
Por causa de sua própria natureza, truques e
estratagemas só podem ser julgados pelo Mestre
de Labirinto em uma base de caso a caso.
Quando um jogador vem com uma dessas
«ideias inteligentes», o Mestre de Labirinto deve
decidir se ou não essa ideia pode efetivamente
ser usada para enganar, seduzir ou de outra
forma fazer de tola a criatura.
Exemplos de ideias apropriadas incluem usar
comida para seduzir um animal para fora de seu
covil, atrair (ou desviar) a atenção de um monstro
com barulhos altos ou esfregar-se com ervas
odoríferas para enganar o sentido de cheiro da
criatura.
Exemplos de ideias estúpidas ou ineptas incluem
fazer uma criatura voadora colidir em uma árvore,
parede ou montanha ao distrair sua atenção,
tentar fazer uma Quimera doente com vapores
nocivos ou tentar assustar um Minotauro com
barulhos altos.
O Mestre de Labirinto deve levar em conta a
própria ideia bem como as circunstâncias atuais:
tempo, espaço e equipamento podem ser fatores
cruciais aqui.
Para ver se um truque ou estratagema realmente
funciona, Mestres de Labirinto devem usar o
seguinte procedimento:
a) Role 1d6 para o trapaceiro e adicione seu
“Mod” de Raciocínio.
b) Role 1d6 para a vítima pretendida e adicione
seu/sua “Mod” de Astúcia (por exemplo, 0 para
Astúcia Média, +1 para Alerta, +2 para Esperta e
+3 para Hábil). Seres com Sexto Sentido também
recebem um bônus de +2 aqui. Caso a vítima
seja uma PNJ Principal, use seu “Mod” de
Raciocínio em vez de Astúcia.
c) Compare os dois rolamentos. Caso o
rolamento do trapaceiro for maior, o truque ou
estratagema funciona. Caso o rolamento da
vítima pretendida seja maior, o alvo vê através do
truque e não cai nele. Caso os dois rolamentos
sejam iguais, a vítima fica incerta e hesita: repita
o procedimento, mas dessa vez, um empate será
o suficiente para alertar a vítima pretendida.
Assim, personagens com Raciocínio alto serão
capazes de enganar os seres mais astutos,
enquanto que personagens com Raciocínio baixo
só podem esperar seduzir as vítimas mais
estúpidas...
19
Falando de estupidez, criaturas Irracionais
devem ser feitas completamente imunes a
trapaças; isso pode parecer paradoxal, porém
quando você pensa nisso, você tem que ter uma
mente para ser estúpida... Assim, truques e
estratagemas serão totalmente inúteis contra
Animados e muitos Espíritos.
Falando nisso, a taxionomia da vítima pretendida
deve também ser um fator importante aqui: é bem
óbvio que alguns truques que podem funcionar
em Povos simplesmente não funcionarão em
Feras e vice versa.
O Mestre de Labirinto também terá que julgar os
efeitos de um truque ou estratagema bem
sucedido – novamente, em uma base de caso a
caso. Na maioria dos casos, esse efeito será ou
surpresa (conforme as regras de surpresa
usuais) ou distração (a atenção da criatura é
desviada de um lugar específico por um número
variável de rodadas de batalha – em caso de
dúvida, simplesmente role 1d6). Em todos os
casos, um truque bem sucedido deve resultar em
um comportamento específico, ação ou evento e
não em um bônus numérico.
Truques Elaborados
O procedimento baseado em d6 detalhado acima
apenas cobre o aspecto “intelectual” das coisas.
Em muitos casos, a execução apropriada de um
estratagema será um processo mais complexo,
envolvendo outros elementos cruciais (que
podem requerer seus próprios rolamentos de
dado). Aqui estão os exemplos mais comuns de
tais complicações extras e melhorias:
Furtividade / Ocultação: Caso o truque requeira
que o trapaceiro permaneça despercebido pela
sua vítima pretendida, os rolamentos requeridos
de furtividade / detecção devem ser resolvidos
antes do próprio truque... e caso o trapaceiro seja
detectado, então o estratagema simplesmente
não funciona.
Influência / Manipulação: Alguns estratagemas
podem também requerer o uso de influência ou
enganação (Companheiro de L&M, p 33-34). Em
tais casos, use o mesmo método de furtividade
acima: o truque só pode ser tentado caso a
influência ou enganação seja bem sucedida.i
Armadilhas: Caso o truque seja todo sobre levar
o alvo até uma armadilha física (cair em um
buraco, etc.), então deve ser permitido à pobre
vítima o rolamento usual de detecção após cair
no estratagema.
 sandália de algum desenho de Papa-Léguas /
Magia: Alguns estratagemas também podem Wile E. Coiote.
envolver magia, tais como as Ilusões criadas por
um Feiticeiro. Em tais casos, faça o rolamento de
salvação de Resistência Mística da vítima
primeiro e proceda com o truque caso o
rolamento falhe.

Situações de Grupo 20
Você conhece o ditado: força está em números...
mas força e inteligência não são a mesma coisa.
Em outras palavras, o número de vítimas que
você esteja tentando enganar realmente não tem
um impacto significante nas suas chances de
sucesso. Por outro lado, a presença de um único
indivíduo brilhante em um grupo de vítimas
pretendidas pode mudar tudo.

Caso o truque seja destinado a um grupo de

vítimas (tal como, digamos, um bando de
Homens-Javali ou um par de guardas), o sistema
permanece o mesmo: o Mestre de Labirinto deve
fazer só um rolamento para todo o grupo. Caso
os alvos não possuam o mesmo grau de Astúcia,
simplesmente use a maior Astúcia no grupo; da
mesma forma, um único ser com Sexto Sentido
será o suficiente para conceder um +2 em tal
rolamento coletivo.

Do outro lado do truque, o Mestre de Labirinto

deve sempre usar o maior “Mod” de Raciocínio
do grupo, mesmo se aquela personagem não foi
a mesma que veio com a ideia inteligente em
primeiro lugar: isso não significa que a
personagem “roube” a ideia, mas que sua
ingenuidade superior e esperteza irão aumentar
as chances de funcionar como pretendido. A
única exceção à essa regra é quando a execução
real de um truque ou estratagema (em oposição
a seu plano ou instalação) envolve várias
personagens: em tais casos, o rolamento deve
ser modificado pelo “Mod” de Raciocínio mais
baixo do grupo (“Maldição, aquele estúpido tolo
do Pyros arruinou tudo!”).
Considerações Finais
Truques e estratagemas podem adicionar um
“fator de diversão” extra para muitos encontros
de aventura... porém, não os deixe dominar o
jogo. O Mestre de Labirinto é o juiz final em o que
pode (ou não pode) se qualificar como uma
«ideia inteligente» e nunca deve hesitar em dizer
NÃO.
Caso um jogador venha com uma ideia absurda
ou inepta, o Mestre de Labirinto deve informar a
ele que esse «truque» não tem chance de
funcionar; caso o jogador insista em tentar isso
de qualquer forma, o truque automaticamente
falhará, preferencialmente de uma forma
catastrófica ou humilhante... não exagere isso,
entretanto, caso contrário seu cenário irá se
transformar em breve em uma versão espada-e-
Grande + Estúpido + De Um Olho = Vítima Óbvia
de Truque
Caso um jogador venha com uma ideia muito,
muito inteligente ou desonesta, o Mestre de
Labirinto pode dar a ele um bônus de +1 em seu
rolamento de d6.
Inversamente, uma ideia muito rudimentar
(porém não completamente inepta) pode dar um
bônus de +1 ao rolamento da criatura (fazendo
do estratagema menos provável de ser bem
sucedido).
Também mantenha em mente que até mesmo a
vítima mais estúpida não cairá no mesmo truque
duas vezes: truques e estratagemas devem ser
sobre criatividade, não repetição.
Por último, Mestres de Labirinto sádicos podem
considerar usar truques e estratagemas contra
as personagens de jogadores desafortunados.
Nesse caso, simplesmente use o sistema no
sentido inverso, adicionando o maior “Mod” de
Raciocínio do grupo ao rolamento de d6.
É claro, jogadores que são brilhantes o suficiente
para ver através do truque de esperteza do
Mestre de Labirinto não precisam fazer esse
rolamento de salvação; algumas vezes, a
inteligência do jogador DEMOSTRA sua
superioridade sobre a inteligência da
personagem...

Olivier Legrand (2008)

i Falando de influência e enganação, o sistema

simples baseado em d6 descrito nesse artigo deve
também ser usado para resolver blefes e outras
formas de manipulação verbal para aqueles que não
gostam as regras opcionais de Influência dados no
“Companheiro de Labirintos & Minotauros” ou as
acha muito complexas para seus próprios gostos de
jogo.

Utilizando o truque elaborado de magia para atrair

uma personagem com grau de Raciocínio baixo

Utilizando um truque de influência / manipulação

21

CALENDÁRIOS
MYTHIKANOS
por Anagnosis de Thena, traduzido para o Inglês por Andrew Pearce e
para o Português por Pedro R. Camelo
‘Essa é a coisa que tudo devora:
Feras, aves, plantas, flora;
Aço e ferro são sua comida,
E a dura pedra por ele moída;
Aos reis abate, a cidade arruína,
E a alta montanha faz pequenina.’
(Adivinha Antiga de Esfinge, como registrado
pelo notado Erudito Mineano Tolkenos1)
A resposta, é claro, é tempo. Tempo, o
devorador de todas as coisas. Tempo, a medida
que os homens marcam a passagem das
estações e anos, o apogeu e queda de cidades,
sábios e reis. Tempo, que governa quando se
semeia, quando se colhe, quando nascemos,
quando morremos.
Marcar o avanço do tempo é algo que homens
têm feito desde que pela primeira vez olharam
para cima e viram os céus, e se maravilharam
nos movimentos cíclicos regulares dos corpos
celestes pelo céu, e a certa vagarosa, porém
justa passagem do ano do verão ao inverno e de
volta ao verão. Ao tempo, homens aprenderam a
dar nomes a períodos de tempo distintos – horas,
dias, semanas, meses e anos. Nós Mineanos
somos tão acostumados a saber como a
passagem de tempo é marcada que mal damos
a isso um momento de pensamento. Mas como
as convenções atuais de nosso calendário
vieram a existir? E como eles diferem daqueles
praticados em outras terras – como em muitos
casos? Essas são questões que eu lutarei para
responder na primeira parte da minha última
pesquisa enciclopédica, O Almanaque de
Mythika.
A Música das Esferas
A marcação da passagem do tempo não pode ser
separada de nossa observação do movimento de
certos objetos celestiais pelos céus acima (Os
céus acima de Mythika, a propósito, serão o
principal tópico de discussão na segunda parte
do Almanaque). Por enquanto, será suficiente
notar que embora a maioria das luzes celestes
brilhantes – as estrelas – se mova pelo céu de
acordo com um padrão fixo relativo com elas
mesmas, nossos antepassados Mineanos
notaram há muito tempo que um pequeno
número dessas luzes se movia de acordo com
diferentes princípios que eram difíceis de
predizer. Sua “dança” pelo céu – de acordo com
a misteriosa, profunda música das esferas – tem
fascinado filósofos e sábios por séculos. Essas
maravilhas celestiais ficaram conhecidas como
os planetas, e da Era do Mito para frente eles
foram reconhecidos como sendo sete em
número.
Hélio e Selene (conhecidos como Irmão Sol e Irmã Lua) posando juntos para o álbum de família titânico
Esse ciclo – o assim chamado ciclo solar –
coincide com a passagem da primavera para o
verão, verão para outono, outono para inverno e
inverno de volta para primavera. Não é surpresa,
portanto, que esse ciclo solar – que tão
precisamente marca a passagem das estações –
venha a ser respeitado, pelo menos da Era da
Magia para frente, como a óbvia forma de marcar
a progressão de um ano ao outro.
Mais uma vez, Anagnosis de Thena escreve seu
poderoso Estilo de Erudição Sapiente para instruir
as massas
Irmão Sol, Irmã Lua
Dois desses planetas são reconhecidos como as
luzes maiores, governando dia e noite, e são
conhecidos como Hélio (também conhecido
como Sol, ou o Sol) e Selene (também conhecida
como Luna, ou a Lua).
Algumas vezes essas luzes maiores foram o foco
de adoração divina; e embora nós Mineanos
saibamos melhor que se curvar ante eles como
os pagãos fazem, nós ainda reconhecemos que
há uma forte associação entre eles e certos
deuses – notavelmente Apolo e Ártemis.
Há muito tempo, nós Mineanos observamos que
a jornada do Sol pelo céu seguia um ciclo
particular que levava 365¼ dias2 para se
completar, do começo ao fim do ano ele parece
se levantar mais alto e mais baixo no céu, dando
os dias que ficam progressivamente mais longos
ou curtos de um solstício ao outro.
1 Estranhamente suficiente, em nossa própria realidade
contínua, essa adivinha pode ser encontrada em uma
novela de fantasia chamada «O Hobbit», por um tal de
J.R.R Tolkien.
2 Em nosso “mundo real”, a duração do ano é 365 dias,
5 horas, 48 minutos e 46 segundos – que é a razão de
mesmo havendo anos bissextos a cada quatro anos
não remove bem a pequena porém crescente
discrepância que arrasta o Calendário Ocidental com a
passagem de períodos muito grandes de tempo.
Entretanto, aplicando a misteriosa “Lei de Soluções
Simples” que acertadamente parece funcionar em
L&M, vamos assumir que Anagnosis esteja correto e
que o ano solar Mythikano dura exatamente 365¼ dias.
22
(Nenhuma explicação convincente, a propósito,
foi posta para frente como o motivo do ciclo do
ano somar o número peculiar de 365¼ dias.
Porque não 365, ou 366? Porque essa curiosa
imprecisão? Caso os deuses conheçam a
resposta, eles não condescenderam a revelar
isso para o homem mortal).
Entretanto, embora a jornada do Sol nos dê o
método mais lógico de discernir a passagem das
estações, esse não é o único, ou mesmo O Calendário Mineano
realmente o mais velho método que o homem
empregou para medir a marcha do tempo. Na Era
do Mito, parece que a maioria das culturas usava
Meses do Ano
um esquema diferente baseado não nos
O Calendário Mineano, é claro, é o qual todos os
movimentos da grande luz do dia, mas preferia
Mineanos estão imediatamente familiarizados
aquele de sua irmã mais misteriosa, a grande luz
(de fato, muitos Mineanos são completamente
da noite – a Lua.
ignorantes do fato que a maioria das outras
culturas usa calendários diferentes). Embora o
Novamente, há muito, nossos primeiros
Calendário Mineano moderno seja o solar, os
ancestrais perceberam que a Lua praticava seu
ecos do uma vez usado calendário lunar
próprio ciclo, durante a qual ela se movia por
permanecem na divisão do ano em doze meses
fases de maior ou menor luminosidade – na sua
que podem ser igualados, muito
mais radiante, mostrando um disco brilhante de
aproximadamente, com os verdadeiros meses
luz conhecida como a Lua Cheia, na sua mais
observados sob o calendário lunar.
ofuscada e mera fina fatia de luz que se tornou
conhecida como a Lua Nova. O ciclo de uma Lua 23
Nova para outra é 29½ dias3. Esses doze meses são divididos igualmente
entre as quatro estações; e cada mês recebe o
Esse ciclo – o assim chamado ciclo lunar – é
nome de um ou outro dos doze deuses
marcado por um período de tempo conhecido
como mês. Olímpicos. A maioria dos meses possui algo que
reflete um aspecto do deus ao qual é dedicado.
O Calendário Mineano começa – como a maioria
Curiosamente, por algum dom místico, ou
dos calendários de Mythika – na primavera, e,
maldição (geralmente atribuída à deusa Afrodite),
AM ordem, os meses do ano como se segue:
o começo do problema físico do sangue praticado
dentro das mulheres ocorre a intervalos de 28
Mês de Hera (Hereon): Marca o início da
dias – e em algumas culturas, isso é referido
primavera, e o mês em que casamentos são
como o “tempo lunar” das mulheres.
abençoados mais frequentemente que em
qualquer outro período do ano. Em tempos de
Assim, entre Mineanos, como de fato entre
guerra, muitos homens e mulheres jovens
muitas outras culturas de Mythika, duas
realizam seus casamentos em Hereon para dar
metodologias contrastantes de marcar a
às esposas uma chance de conceber antes que
passagem do tempo evoluíram: uma baseada
seu marido vá para a guerra – e possível morte5.
sobre o desenvolvimento dos assim chamados
calendários lunares, e o outro sobre o
Mês de Ares (Areson): Marca o início da
desenvolvimento dos assim chamados
temporada de guerra – o período de seis meses
calendários solares (com o anterior, mais antigo,
do ano durante a qual a guerra é tradicionalmente
método de cálculo sendo usurpado e substituído
permitida6.
pelo mais novo – em muitas partes de Mythika,
até onde eu posso contar, essa mudança
Mês de Afrodite (Afroditeon): Marca um mês
coincidiu com o início da Era da Magia).
dedicado à fertilidade, amor jovem, e abandono
jovial. Apropriadamente, portanto, dedicado à
A grande desvantagem dos calendários lunares
deusa do amor.
é que eles não permitem que seus usuários se
mantenham informados sobre a passagem das
Mês de Apolo (Apoleon): O primeiro mês do
estações, e então eles não possuem serventia
verão, e o qual em que os dias mais longos caem
para todos os fazendeiros – e isso, mais que
– portanto dedicado, apropriadamente a Apolo.
qualquer outra razão, é certamente o motivo que
calendários solares vieram para substituí-los (a
Mês de Atena (Ateneon): Um mês dourado,
teoria promulgada por Thyatira de Amazonia, a
normalmente abençoado com excepcionalmente
renomada sócio historiadora, que o triunfo dos
bom clima. Freqüentemente um mês de batalha,
calendários solares sobre sua contraparte lunar
durante o qual Atena como deusa da vitória é
representa a ‘vitória suposta do patriarcado brutal
invocada. Também é o mês (pelo menos em
falocêntrico sobre as normas mais sofisticadas e
Thena) durante o qual novos magistrados iniciam
delicadas do matriarcado de melhora de vida’ é
seu termo de ofício anual, nessa hora invocando
uma que eu devo rejeitar!). 4
Atena como deusa da justiça e probidade.
3Em nosso mundo, a duração do ciclo lunar á na
verdade de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos. Mês de Hefesto (Hefesteon): O mês mais quente
Novamente, devemos assumir que Anagnosis esteja do ano. Esse mês, apropriadamente, é dedicado
correto e que o mês lunar de Mythika seja exatamente ao deus da fornalha e vulcão.
de 29½ dias.

4Porém, sem dúvida essa teoria deva ser endossada Mês de Deméter (Demétreon): O início do
entusiasticamente pela contribuidora ocasional do outono, e o mês de grande colheita, dedicado à
Minotaur Danielle R. Virgo! fértil Deméter, deusa da terra.
Mês de Ártemis (Artemíseon): O mês da deusa
caçadora. Guerra não é mais permitida,
supostamente, durante os seis meses
posteriores; porém por meio de compensação, a
temporada de caça alcança seu clímax nesse
período do ano.
Mês de Poseidon (Poseideon): O início de um
período de quatro meses durante o qual navegar
é considerado imprudente é marcado pelo mês
dedicado a Poseidon.
Mês de Héstia (Héstion): Quando o inverno
realmente se inicia, e as noites mais longas
caem, esse mês é dedicado à Héstia como deusa
da casa e coração (onde a maioria das pessoas
passa a maioria de seu tempo nesse mês caso
eles tenham qualquer bom senso). Alguns cultos
sombrios chamam esse mês de Hadeon em
honra a Hades, deus do Submundo.
Mês de Hermes (Hermeon): Quando a jornada
por terra ou mar se torna mesmo mais perigosa
nesse período do ano, esse mês é dedicado a
Hermes – o deus que protege viajantes.
Mês de Zeus (Zoseon): O motivo pelo qual o
décimo segundo mês é nomeado após Zeus não
é inteiramente claro. Zeus, é claro, é senhor do
trovão e tempestades, porém esses não são
especialmente comuns nesse período do ano e
acima de certos outros tempos. A explicação
mais plausível é que, como senhor dos
Olímpicos, e como supremo juiz, é dada a Zeus
a “honra” de fechar o ano – e, é claro, é em
consequência posto próximo a sua esposa Hera,
que abre o ano novo que se segue.
Mistério dos Dias Perdidos
Não é de todo claro o motivo que Zozeon – o
mês dedicado ao senhor dos Olímpicos – deva
possuir o menor número de dias. Entretanto, a
cada quatro anos (em anos de acordo com a
atual Era dos Heróis divisível por quatro, por
exemplo, mais recentemente 332 EH, 336 EH, e
340 EH), um dia extra é adicionado no final do
ano, dando a Zozeon 29 dias.
Existem muitos contos e teorias que tentam
explicar ou justificar esse estranho fato. De
acordo com muitos Eruditos, o próprio Zeus tirou
esses três dias do tempo para construir algum
lugar secreto localizado fora da correnteza
universal do próprio tempo.
Alguns contos antigos, entretanto, contam uma
história diferente (e um pouco mais picante). Há
muito tempo, durante a Era Mítica, o mês de
Hera tinha originalmente 28 dias e o de Zeus 31.
Entretanto, a ciumenta Hera, farta de mais uma
das muitas infidelidades de Zeus, enganou seu
marido de alguma forma (talvez ele tenha
perdido uma aposta com ela ou outra coisa?), e
o castigo que ela fez Zeus pagar foi entregar 3
dias para ela – fazendo do mês dela ficar com 31
dias e reduzindo o dele para 28. Entretanto,
como uma compensação parcial, Hera
concordou que a cada 4 anos Zeus poderia
pegar um dia extra. ‘Não fique tão entristecido,
meu amor,’ falou de forma amorosa a astuciosa
Hera, ‘duração não é tudo’.
5 O mês de Hereon é o equivalente a Março no
calendário Ocidental moderno do “mundo real”, e os
outros meses continuam após em sucessão – Areson
equivalente a Abril, Afroditeon a Maio, Apoleon a
Junho, etc.
6Infelizmente, apesar da “teoria” que as guerras só
poderiam ser praticadas durante os seis meses do ano
permitidos, o costume foi mais frequentemente
praticado na transgressão do que em honra,
especialmente em terras bem além da influência
Mineana, tal como Umbria e Hyperborea. Buscas
heroicas e afins, é claro, não contam como ‘guerra’.
24
Calendário
MINEANO
PRIMAVERA
HEREON
ARESON
AFRODITEON
VERÃO
APOLEON
ATENEON
HEFESTEON
OUTONO
DEMÉTREON
ARTEMÍSEON
POSEIDEON
INVERNO
HÉSTION
HERMEON
ZOSEON
A duração dos meses varia, como 365 dias não
podem, é claro, ser divididos igualmente pelos
doze. A maioria dos meses possui 31 dias;
alguns possuem 30 dias; enquanto um, Zozeon,
possui 28. Uma rima para lembrar os dias do mês
é a seguinte:
Trinta dias possui Demétreon,
Areson, Apoleon e enfadonho Poseideon;
Todo o resto possui trinta e um,
Exceto Zozeon, que possui vinte e oito dias
claros,
E vinte e nove a cada ano bissexto 7.
Dias da Semana
Os Mineanos, em comum com muitas outras
culturas, seguem uma semana de sete dias.
Cada dia da semana é nomeado de acordo com
os sete planetas (Hélios, Selene, mais os cinco
‘planetas menores’) que seguem seus próprios
caminhos únicos pelo céu.
Em ordem, os dias da semana no Calendário
Mineano são os dias de Hélios, Selene,
Heraklon, Argo, Seriphon, Thenos e Proteon.
É claro, é de conhecimento comum que os cinco
‘planetas menores’ também dão seus nomes às
cinco culturas Mineanas grandes ou proto; a
saber aquelas das Três Cidades, Seriphos e
Proteus.
Embora o ciclo de sete dias tenha sido
provavelmente bem estabelecido tanto tempo
atrás quanto a Era Mítica, e é encontrado em
todos os lugares de governo Mineano ou
influência hoje, é incerto quando exatamente os
nomes atuais se tornaram afeiçoados aos vários
dias – possivelmente em algum momento na Era
da Magia, possivelmente tão recentemente
quanto o primeiro século da atual Era dos Heróis
(especialmente caso a hipótese de Polybio sobre
a nomeação dos planetas esteja correta – ver
abaixo) 8.
Alguns cultos religiosos têm desenvolvido
afeições por certos dias da semana. Por
exemplo, devotos de Ares freqüentemente
honram o dia de Heraklon acima de todos os
outros; discípulos de Atena geralmente mantêm
o dia de Thenos como um dia importante;
adeptos de Hermes possuem uma consideração
especial pelo dia de Argo; e seguidores de Apolo
certamente favorecem o dia de Hélios sobre
todos os outros dias. Porém, é um erro pensar
que todos os cultos sigam essa lógica.
Seguidores de Afrodite, por exemplo, não acham
que o dia de Selene seja particularmente
importante – Luas Cheias e Luas Novas, na noite
de qualquer dia da semana que ocorram, são
muito mais especiais para eles.
7 Qualquer semelhança que o calendário Mineano
carregue ao Calendário Ocidental moderno do “mundo
real” (o assim chamado Calendário Gregoriano) em
termos de distribuição de meses de duração em
particular é, é claro, inteiramente coincidente!
Minotaurianos podem muito bem reconhecer ecos
dessa rima em uma comumente conhecida no mundo
falante de Inglês hoje.
8 Novamente, por chances curiosas, a ordem dos dias
da semana Mineana lembram a ordem dos dias na
Calendário Ocidental do “mundo real”, eles mesmos
baseados em antecedentes clássicos: para o dia de
Hélios, leia Domingo / dies Solis; para o dia de Selene,
leia Segunda / dies Lunae; para o dia de Heraklon, leia
Terça-Feira / dies Martis; para o dia de Argo, leia
Quarta-Feira / dies Mercurii; para o dia de Seriphon, leia
Quinta-Feira / dies Jovis; para o dia de Thenos, leia
Sexta-Feira / dies Verenis; e para o dia de Proteon, leia
Sábado / dies Saturni.
A Nomeação dos Planetas
É atualmente um assunto de algum debate erudito
de quem veio primeiro: a nomeação das cidades,
ou a nomeação dos ‘planetas menores’. A visão
consensual, até recentemente pouco desafiada, é
que os planetas receberam seus nomes primeiro –
provavelmente na Era Mítica por proto-Mineanos –
e o fato de que algumas das cidades (i.e. Argos,
Heraklia e Thena) serem relativamente recentes,
datando apenas com certeza do começo da atual
Era dos Heróis, parece suportar esse argumento.
Entretanto, Polybios de Dekelea, em um trabalho
acadêmico recente dado na Akademia, lançou a
hipótese que os planetas tinham outros nomes em
eras antigas, agora esquecidos, e que ao invés das
cidades terem sido nomeadas pelos planetas, os
planetas na verdade foram nomeados pelas
cidades, em tempos relativamente recentes.
Polybios não produziu muito na forma de evidências
sólidas para essa teoria, mas eu, todavia a acho
mais atrativa.
25
Em comum com a maioria das culturas de
Mythika, os Mineanos consideram o nascer do
Sol como o início de um novo dia. É costume
dividir o período de luz do dia em doze horas –
com a sexta hora coincidindo com o meio-dia.
Como um resultado, a duração exata de uma
hora irá variar consideravelmente dependendo
do período do ano.
Calendários de Outras Culturas
O Calendário Mineano é comumente usado onde
quer que Mineanos tenham colonizado. Todavia,
existem muitos outros Calendários em uso dentro
de Mythika hoje.
Amazonas
As Amazonas – sem surpresa, dado que elas
possuem uma cultura feminina onde a adoração
de Ártemis, uma deusa lunar, é altamente
favorecida – mantiveram seu calendário lunar
antigo. Ele consiste de doze meses lunares,
começando na primeira noite de Lua Nova, e
alternando em duração (i.e. um mês de 29 dias
seguido de um de 30 dias). Esse ‘ano’ de
Amazonia, com 354 dias, é um pouco mais curto
que o Mineano.
Os nomes dos meses certamente não são
derivados dos deuses Olímpicos, a maioria dos
quais as Amazonas abominam; mas apesar dos
nomes terem claramente algum significado
místico, seu significado exato é sabido apenas
pelas próprias Amazonas.
As Amazonas possuem uma semana de sete
dias, como os Mineanos, porém cada dia é
nomeado após as sete Casas Amazonas,
começando com o dia de Antianera – a casa real
– que é tida em alta honraria. As noites de Lua
Cheia e Nova também são de alta significância
religiosa. Talvez o que seja mais
surpreendentemente, é que as Amazonas
também observam os solstícios e equinócios –
mais notadamente o Equinócio de Primavera e o
Solstício de Verão, quando seus ritos de
fertilidade, os Mistérios Sagrados de Ártemis, são
realizados. Diferentemente da maioria das
pessoas, o dia das Amazonas começa não no
amanhecer, mas no pôr-do-sol.
Centauros
Os Centauros usam um calendário solar simples
que não faz distinção dos meses do ano –
simplesmente as quatro estações de primavera,
verão, outono e inverno. Nem, ao que parece,
eles se importam de nomear os dias, ou agrupá-
los em semanas – um dia é igual ao outro pelo
temperamento dos Centauros. Eles observam os
equinócios e solstícios – provavelmente tomaram
emprestado dos Galleanos – porém de forma
decididamente discreta. Para os Centauros, o
Ano Novo começa com o Equinócio de
Primavera, que cai no mês Mineano de Hereon.
O dia dos Centauros iniciam no amanhecer.
- Eu tenho um bom pressentimento para esse
equinócio de Primavera, garota...
Hyperborea
As tribos Galleanas, muito como os Centauros,
usam um calendário solar simples baseado nas
quatro estações de primavera, verão, outono e
inverno, sem meses como tais. Os equinócios e
solstícios são muito importantes para eles, e seus
Druidas possuem meios surpreendentemente
sofisticados de calculá-los, envolvendo o uso de
lugares sagrados feitos de círculos de rochas
permanentes. Para os Galleanos, o Ano Novo
começa com o Solstício de Inverno, que cai no
mês Mineano de Héstion, e o dia começa no
amanhecer. Galleanos observam uma semana
de nove dias, com cada dia nomeado após um ou
outro de seus deuses: em ordem, eles são os
dias de Belenos, Danu, Ogmios, Taranis,
Belisama, Dagda, Lyr, Morrigan e Gorbannon
(parece que apenas o Deus Chifrudo não possui
um dia dedicado a ele).
Pouco é sabido sobre como Cimbrianos e
Thuleanos marcam a passagem do tempo.
Entretanto, ambos dividem o ano em duas (ao
invés de quatro) estações, conhecidas como o
Tempo do Sol e o Tempo do Gelo. Os equinócios
marcam a transição de uma estação para outra.
Pouco é sabido sobre como – se ao todo – eles
nomeiam ou observam os dias da semana. 9
9 A precisão fantástica do cálculo Galleano dos
equinócios e solstícios é remanescente da
similarmente extraordinária habilidade matemática dos
povos pré-Celtas responsáveis por construir
Stonehenge na Bretanha no 3º milênio AC. A semana
de nove dias Galleana talvez seja um eco da semana
de nove dias praticada pelos Celtas antigos.
Charybdis
Muito pouco é atualmente sabido sobre métodos
Charybdianos de marcar a passagem do tempo,
porém parece que o ciclo lunar é mais importante
para eles que o solar. Existem duas razões
claramente definidas em Charybdia: uma estação
seca (rudimentarmente equivalente de Areson a
Demétreon) e uma estação chuvosa
(rudimentarmente equivalente de Artemíseon a
Hereon). Tribos diferentes parecem possuir
semanas cerimoniais de diferentes durações – para
aquelas no norte longínquo, próximo às costas do
Mar do Meio (talvez sob influência Mineana ou
Midiana) essas são normalmente de seis ou sete
dias; mas mais ao sul, na Profunda Charybdia,
semanas de cinco dias parecem bem mais comuns.
26
A maioria dos Charybdianos teme a noite, e a vinda
do amanhecer, portanto, anuncia o início de cada
novo dia.
Reino do Deserto
Para citar meu trabalho prévio (Observações do
Reino do Deserto):
‘Desde tempos antigos os Khettim tem dividido o
ano em doze meses, cada um com trinta dias. Esses
doze meses são divididos em três estações:
Inundação ou akhet (o tempo quando o Khet está
em cheia), Inverno ou peret (o tempo quando o
semeio tem lugar), e Verão ou shemu (a estação da
colheita). Ao final do ano existem cinco dias
adicionais intercalados de celebração, cada
dedicado a um dos deuses primários (menos
Typhon). A cada quatro anos um sexto dia
intercalado é adicionado, dedicado ao deus do
caos.’
Inundação, a primeira estação do ano, acontece
rudimentarmente de Ateneon a Artemíseon; inverno
acontece de Poseideon a Zozeon; e verão acontece
de Hereon a Apoleon. Os meses do ano são
simplesmente conhecidos como ‘Primeiro mês da
Inundação’, ‘Segundo mês do Inverno’, ‘Quarto mês
do Verão’, etc. Cada mês é feito de três semanas de
dez dias. Os próprios dias são nomeados após
criaturas fantásticas que são reverenciadas ou
temidas pelos Khettim antigos. Por ordem, eles são
os dias da Fênix, Grifo, Esfinge, Hidra, Dragão,
Mantícora, Pégaso, Salamandra, Asheeba e
Unicórnio. O dia dos Khettim começa ao
amanhecer. Possivelmente o Calendário do Reino
do Deserto seja o mais antigo em uso regular em
Mythika 10.
Terra do Sol
O calendário de uso amplo dentro da Terra do Sol –
primeiramente desenhado na Era Mítica pela antiga
civilização Haziriana – é, como aquele usado no
Reino do Deserto, um calendário solar baseado em
um ano de doze meses de trinta dias. Entretanto, as
similaridades acabam aqui. Cada mês é feito de
cinco semanas, cada uma consistindo de seis dias.
Esses seis dias são nomeados, por ordem, Dia do
Sol, Dia da Lua, Dia do Fogo, Dia do Céu, Dia da
Água e Dia da Terra – i.e. eles são nomeados após
as grandes luzes celestes, e os quatro elementos
primordiais do universo.
Os meses do ano são nomeados após os deuses do
antigo panteão Haziriano. Um ano ‘normal’, de
acordo com o calendário da Terra do Sol, contém
360 dias - 5¼ mais curto que o verdadeiro ano solar.
Após seis anos, esse “déficit” amontoa 31½ dias –
longo o suficiente para requerer a adição de um
décimo terceiro “mês bissexto” de 30 dias a cada
seis anos. Isso ainda deixa um “déficit” de 1½ dia,
que após vinte e quarto anos se torna seis dias.
Nesse ponto, uma festa semanal (a ‘semana
jubileu’) é adicionada, trazendo o ciclo do calendário
e o ciclo solar de volta à harmonia um com o outro.
De acordo com o Calendário da Terra do Sol, o Ano
Novo começa no Equinócio de primavera; e cada dia
novo começa ao amanhecer 11.
Midia
O calendário oficial usado em Midia é virtualmente
idêntico ao usado na Terra do Sol. Entretanto, Midia
é uma sociedade tão multiétnica que vários outros
calendários também estão em uso comum, mais
notadamente o Calendário Mineano. Os Midianos
parecem bastante relaxados sobre a situação de
confusão potencial, e desde uma idade tenra a
maioria dos Midianos aprendem como mover para
frente e para trás entre sistemas de calendários
diferentes com facilidade.
Proteus
Talvez o sistema de calendários mais antigo, pouco
é sabido sobre o antigo método Proteano de calcular
a passagem do tempo. O que sabemos é que esse
esquema há muito morto foi um calendário lunar,
com uma semana de sete dias.
Tritonis
CÉUS MÍTICOS
por Anagnosis de Thena, traduzido (e anotado) por Andrew
Pearce
‘Os fogos que abobadam este escuro ponto –
Aquele caminho ali infinitamente mundanizado –
O vasto grupo-solar reunido em labaredas,
Mundo de ilhas em céus solitários,
Paraísos inteiros dentro deles mesmos,
Surpreende nossas breves humanidades.’
(O melancólico Lirista Tennisonos1)
Como as esferas celestes nos extasiaram e nos
apavoraram em medida quase igual! Por todo o
tempo que o Homem existiu, sábios olharam para
os céus acima, e refletiram em como as estrelas
em seus cursos podiam falar com a nossa
existência terrestre abaixo. Em suas jornadas
majestosas pelo cosmo, as estrelas podem nos
O calendário de Tritonis é idêntico em todas as
maneiras ao calendário Mineano, salvo que cada dia
é nomeado após uma das sete nobres Casas
Tritonianas. Os meses são nomeados
simplesmente ‘primeiro mês’, ‘segundo mês’,
‘terceiro mês’, etc. O primeiro mês doano é
equivalente a Hereon.
Umbria
Ele é idêntico ao calendário Tritoniano, salvo em um
aspecto: ao invés da semana de 7 dias, existe uma
semana de 5 dias na qual cada dia é nomeado como
um dos cinco reinos de Umbria. Há evidências que
os antigos Umbrianos usaram uma semana de 7
dias, porém que em algum ponto no início da Era
dos Heróis eles trocaram para uma semana se 5
dias como uma tentativa deliberada de marcar eles
mesmos fora de seus vizinhos 12.
Atlantis & Sybaris
O calendário Atlante é pouco compreendido, mas
pensa-se que envolva uma síntese
matematicamente complexa de ciclos solares e
lunares. Acredita-se que uma forma adaptada do
calendário Atlante seja usado em Sybaris, uma ex-
colônia de Atlantis.
10 O calendário do reino do Deserto é muito próximo
daquele do Egito antigo. A principal diferença é que
enquanto os Egípcios adicionaram dias intercalados ao
final do ano para ficar com um total de 365 dias, eles
nunca adicionaram um sexto no ano bissexto, que
tenderia a fazer de seu calendário menos exato com a
passagem do tempo.
11O Calendário da Terra do Sol é similar àquele usado
pelos Sumerianos, Babilônicos e Persas.
12 Ofatos dos Umbrianos trocarem a semana de 7 dias
por uma de 5 dias é mais um reminiscente da maneira
que a Rússia Soviética – uma sociedade altamente
regimentada, de alguma forma paranoica, não diferente
dos Umbrianos – experimentaram por um tempo nos
anos de 1920 e 1930 ambos com semanas de 5 e 6
dias.
27
oferecer orientações, conselhos ou avisos? O
nosso destino está decretado grandemente nos
céus acima?
Histórias e lendas sobre as luzes celestes foram
passadas desde a Era Mítica. Durante muitos
séculos, nosso conhecimento e entendimento
dos céus acima progrediram constantemente.
Não há dúvida que muitas das mais importantes
observações e descobertas foram feitas não
pelos Mineanos, mas sim no Reino do Deserto e
na Terra do Sol. Os antigos Hazirianos
acreditavam possuir catálogos estelares
extensivos dos céus. As pirâmides do Reino do
Meio dos Khettim são alinhados em direção à
Estrela Polar. E um dos maiores observadores do
passado dos céus celestes veio do tempo do
Reino do Meio, Amenhop, o Que Vê de Longe.
Seu Catálogo do Universo (tragicamente perdido
logo após sua morte) supostamente continha os
frutos de uma vida inteira de observações
extremamente cuidadosas.
Existe também alguma evidência de uma
compreensão surpreendentemente avançada
dos movimentos celestes, especialmente do Sol
e da Lua, entre culturas que muitos normalmente
iriam rejeitar como primitivas, tais como as
Amazonas, e os Galleanos de Hyperborea.
Todavia, a maioria das descobertas mais
recentes foi feita pelos eruditos Mineanos, como
Callippus de Cyrenos, Demosthenes de Pylene,
Eudoxus de Argos, e, por último mas não menos,
Ptolomeos de Thena.
1 Ou, em nossa própria realidade contínua, por favor se
refira a ‘O Ataque da Brigada Pesada’ (‘The Charge of
the Heavy Brigade’) do poeta Inglês Alfred Lord
Tennyson.
-Finalmente! A segunda parte do Almanaque de
Mythika!
A Esfera Celeste
Não obstante das extraordinárias teorias
recentemente propagandas por Aristarchus de
Heraklia (ver a próxima página), é quase que
universalmente aceito que nosso mundo de
Mythika fique no centro da esfera celeste.
As estrelas estão inscritas na esfera celeste, e a
esfera roda, então as estrelas nascem e descem,
levando-as de leste a oeste. Todas as estrelas se
movem por dois pontos da esfera celeste, os
polos norte e sul celestes. Apenas o polo norte
celeste é visível dos céus acima das Três
Cidades – o polo sul celeste e as estrelas dos
céus bem mais ao sul nunca são visíveis das
terras ao redor do Mar do Meio (porém talvez
mercadores que viajem para o sul além de
Charybdia e do reino do Deserto possam ser
capazes de ver estrelas previamente escondidas
de nossa vista).
Três tipos de estrelas são encontradas nos céus
acima:
- As estrelas fixas;
- As estrelas em movimento, ou planetas;
- As estrelas barbadas, ou cometas, cujas
aparições são imprevisíveis.
Iremos ver cada uma dessas em turno. De longe
o grupo mais numeroso é o das estrelas fixas.
Ei – já não usamos essa ilustração duas vezes?
28
Estrelas Fixas e as Constelações
Poucas estrelas individualmente possuem
nomes próprios, salvas as mais brilhantes.
Estrelas notáveis incluem Sírios (chamado de
Sothis, ou a estrela Cachorro, pelos Khettim),
que é a mais brilhante; e a Estrela Polar, que é
quase diretamente situada sobre o polo norte
celeste, e é portanto, um marco navegacional
importante para navegadores) 2.
Bem mais importante que estrelas individuais são
os grupos nos quais elas estão organizadas. As
centenas de estrelas fixas são agrupadas em
padrões conhecidos como constelações.
Nesses padrões o imaginável e o perceptivo são
capazes de discernir a forma dos deuses, heróis
e monstros, criaturas e seres que dirigiram ou
obstruíram o destino do Homem na terra no
passado, e que o sábio e o devoto sabem ter
poder para ainda modelar nosso destino.
Culturas diferentes deram nomes diferentes a
suas constelações (embora seja interessante
notar quantas similaridades exista – a
constelação Mineana de Afrodite é, por exemplo,
idêntica à constelação antiga Haziriana de Ishtar,
enquanto a constelação de Minotaurus seja
virtualmente idêntica por quase todas as
sociedades de Mythika). As quarenta e oito
constelações 3 reconhecidas pelos Mineanos
hoje são definitivamente codificadas, acredita-se,
pelo grande Ptolomeos de Thena 4, quase cento
e vinte anos atrás (embora a maioria delas, é
claro, há muito pré-datem esse tempo).
Ptolomeos classificou-as em três grupos: as vinte
e quatro constelações dos céus nortistas; as
doze constelações dos céus equatoriais; e as
doze constelações dos céus sulistas (lembre-se
que os céus do sul longínquo permanecem
escondidos de nossa visão) 5.
As constelações nortistas são todas nomeadas
pelos monstros de Mythika. Elas incluem tais
grupos como Basiliskos (o Basilisco), Cérbero (o
cão infernal de três cabeças), Draco (o Dragão),
Hidra (a maior de todas as constelações),
Minotaurus (o Minotauro), Monoceros (o
Unicórnio) e Pégaso (o Cavalo Alado).
As constelações sulistas são todas nomeadas
após heróis e heroínas lendários importantes, a
maioria da Era Mítica. Elas incluem tais
luminárias como Antianera (primeira Rainha das
Amazonas), Orfeu (maior de todos os Liristas),
Pandora (da Caixa lendária), e Prometeu (o
Ladrão da Magia).
Finalmente, as doze constelações equatoriais
são nomeadas após os doze deuses e deusas
Olímpicos; Apolo, Atena, Hera, Zeus e o resto. As
constelações equatoriais são consideradas as
mais importantes, por causa das sete estrelas em
movimento, os planetas, todos viajam seus
caminhos através dessas doze constelações – e
nenhuma outra. Essas constelações formam um
conjunto que é coletivamente referido como o
teodíaco 6. As constelações do teodíaco (ou
‘casas’ como elas também são chamadas)
sempre foram consideradas como as mais
importantes padrões estelares, parcialmente por
que possuem os nomes dos deuses, e
parcialmente por que o movimento dos planetas
(representando os mortais) através das
constelações divinas é considerado como sendo
um indicador particular do destino humano.
O estudo das estrelas, e em particular o
movimento dos planetas através das
constelações divinas, é variavelmente conhecido
como astronomia (‘lei das estrelas’) ou
astrologia (‘estudo das estrelas’). Os dois
termos são intercambiáveis 7.
2 Por causa de um fenômeno conhecido como
‘precessão’, a Terra oscila em seu eixo imaginário no
curso de 26.000 anos mais ou menos. Isso causa a
mudança dos polos celestes, e portanto a estrela mais
próxima dos polos se altera durante o tempo. A Estrela
Polar de hoje (Polaris) na verdade já era a estrela
visível mais próxima do polo norte celeste desde mais
ou menos 500 DC. Outras estrelas que já previamente
agiram como a Estrela Polar inclui as estrelas que
conhecemos como Kochab (Estrela Polar de 1900 AC
até 500 DC) e Thuban (4000 AC até 1900 AC). Talvez
possamos não específicos quanto se ou não a Estrela
Polar de Mythika possa ser igualada com Polaris ou
qualquer outra estrela do ‘mundo real’.
3 Nem todas as 48 constelações foram ‘mencionadas
especificamente pelo nome’ nesse artigo –
deliberadamente para encorajar Mestres de Labirinto a
serem inventivos a criarem seus próprios nomes de
constelações. Note que as constelações nomeadas por
Anagnosis incluem aqueles que podem bem ser
idênticas com as do ‘mundo real’, tais como Draco,
Hidra, Monoceros e Péaso, enquanto outros, tais como
Cérbero e Orfeu, não possuem contrapartes do ‘mundo
real’ – embora os Gregos, é claro, poderiam facilmente
tê-los incluído em seus céus.
4Ptolemeos de Thena é baseado no famoso Ptolomeu
de Alexandria, que em seu livro O Almagest (cerca de
150 DC) listou as 48 constelações associadas com
tempos clássicos. Outras foram adicionadas mais
tarde, fazendo o total moderno de 88 – incluindo
adições de som não mítico como Caelum (o Cinzel),
Musca (a Mosca) e Pictor (o Cavalete)!
5 Não se esqueça, caso aventureiros viajem (seja por
terra ou mar) para o sul longínquo, eles podem bem
observar e portanto ‘descobrir’ (pelo menos ao que as
Três Cidades concernem) novas estrelas e novas
constelações!
6 O termo teodíaco se assemelha ao zodíaco no
‘mundo real’. O termo ‘zodíaco’ é uma abreviação de
‘zodiakos kuklos’ significando ‘círculo de animais’ –
apropriadamente dado que oito dos doze signos são ou
animais ou criaturas mitológicas. Dadas as
associações divinas das constelações equatoriais de
Mythika, o termo ‘zodíaco’ parece inapropriado –
conseqüentemente ‘teodíaco’, sugerido como uma
abreviação do termo ‘círculo dos deuses’.
7 Como de fato eles eram em nosso mundo até o século
17.
29
As Estrelas em Movimento, os
Planetas
Desde tempos antigos, sábios reconheceram
sete planetas, ou ‘viajantes’ – estrelas que
viajam em seus cursos particulares através dos
céus, cada passando através das doze casas do
teodíaco. Os dois maiores planetas, as luzes que
governam o dia e a noite, são Hélios (também
chamado de Sol, ou o Sol) e Selene (também
conhecida como Luna, ou a Lua).
Céus Acima!
Controvérsias e Heresias
Muitas das teorias sobre os céus acima, o
mundo de Mythika abaixo, e suas relações foram
assunto de muita controvérsia entre filósofos e
eruditos.
Opiniões permanecem nitidamente divididas,
por exemplo, como ou o mundo de Mythika é um
mundo achatado (como mantido pela maioria
dos sábios no passado, e fortemente defendida
em tempos recentes por Callippus de Cyrenos,
entre outros) ou um esférico (uma visão
primeiramente colocada, acredita-se, por
Eudoxus de Argos, e apoiada mais adiante por
Ptolomeos de Thena). A última visão é uma que
parece estar gradualmente ganhando
ascendência. É claro, poucos marinheiros estão
dispostos a velejar qualquer distância maior
além dos Portões de Bronze para testar a teoria
da ‘Mythika achatada’ (os perigos do Grande
Oceano, de Atlantes saqueadores a
assustadores monstros marinhos, já são
formidáveis o suficiente sem buscas sem glória
pelas beiradas do mundo!) – e então, pelo
momento, não há prova conclusiva de qualquer
das duas 8.
 Muito mais controversa é a ideia recente lançada
pelo brilhante porém errático erudito
Aristarchus de Heraklia.
Aristarchus apresentou um modelo do universo
que coloca o Sol, não Mythika, no centro. Esse
assim chamado modelo heliocêntrico foi
condenado como heresia em todas as Três
Cidades, e como resultado Aristarchus – embora
considerado como talvez o intelecto mais original
e inspirado de sua geração que saiu da
normalmente não erudita Heraklia – foi forçado a
viver em exílio pelos últimos quinze anos na
cidade Midiana de Solus. Obviamente, suas
visões hereges não atraíram muito na forma de
apoio 9.
Há muito tempo (como eu observei na primeira
parte do Almanaque de Mythika), foi notado que
o Sol leva 365¼ dias para completar seu trânsito
através dos céus. Durante o mês de Hereon, o
primeiro mês do ano, o Sol se levanta na Casa
de Hera; no mês seguinte de Areson, ele se
levanta na Casa de Ares; e assim em diante no
curso do ano. Hélios é um sócio do Apolo
Olímpico, e o poder do Sol está em sua maior
grandeza durante o mês de Apoleon.
Teorias extravagantes de Aristarchus
Os outros planetas se movem a taxas
amplamente diferentes através dos céus, ficando
cheia e minguando em brilho como eles fazem;
mais notável no caso da Lua, quando ela passa
através de fases extremas de luminosidade maior
e menor – a Lua Cheia e a Lua Nova – no curso
de 29½ dias. Selene é uma sócia da Ártemis
Olímpica, e a mais importante Lua Cheia do ano,
para Amazonas e outros devotos de Ártemis, é a
Lua Cheia que cai no mês de Artemíseon – a Lua
dos Caçadores, como é frequentemente
conhecida.
Os cinco planetas menores são Heraklon, Argo,
Seriphon, Thenos e Proteon. Esses dão seus
nomes às cinco culturas Mineanas ou proto-
Mineanas, a saber aquelas das Três Cidades,
Seriphos e Proteus.
Heraklon é frequentemente conhecido como o
‘Planeta Vermelho’. E é regularmente identificado
com guerra e destruição. Ele é, apropriadamente,
o planeta patrono da cidade de Heraklia, e é
frequentemente associado com o deus Ares. É
possível que o antigo nome de Heraklon, datando
lá atrás na Era Mítica, fosse Pyroeis
(significando ‘o flamejante’). Frequentemente
acredita-se que o advento de Heraklon seja
poderoso para derramamento de sangue e
guerra.
Relativamente fraco e frequentemente
negligenciado, Argo se move pelo céu mais
rápido que qualquer outro planeta, e então se
tornou associado com o deus mensageiro,
Hermes. Ele é o planeta patrono da cidade de
Argos, e acredita-se que seu advento seja um
sinal poderoso dentro das esferas de comércio e
diplomacia.
8 Pitágoras, no 6º século AC, pode ter sido o primeiro
filósofo do ‘mundo real’ a propor a ideia de uma Terra
esférica. Embora a ideia tenha levado vários séculos
para se manter, no 3º século AC ela foi amplamente
aceita por todos os pensadores sérios. Contrariamente
do pensamento comum, credo em uma Terra achatada
não foi amplamente divulgada na Europa medieval.
9Aristarchus de Heráklia é inspirado no astrônomo do
‘mundo real’ Aristarchus de Samos que no 3º século AC
– 1800 anos antes de Copérnico – primeiramente
propôs o modelo heliocêntrico do Sistema Solar.
Obviamente, a ideia levou um tempo muito longo para
pegar...
30
Para os Mineanos, o radiante Seriphon sempre
foi associado com Zeus. Pode ser por causa que
Seriphon leva doze anos 10 para passar pelo
teodíaco, levando um ano inteiro, como
convidado ou como senhor, em cada Casa. Ele é
o planeta patrono da ilha de Seriphos e da cidade
de Minea, e seu advento parece ser um sinal de
reinado e autoridade, e também alegria e
abundância.
Thenos é a mais brilhante dos cinco planetas
menores. Em algumas culturas, isso fez com que
esse planeta fosse associado com a deusa da
beleza e amor. Entretanto, entre os Mineanos, a
associação divina parece sempre ter sido com
Atena, em seu aspecto como a que traz verdade,
justiça e sabedoria. Ela é o planeta patrono da
cidade de Thena 11. É possível que o nome
original de Thenos na Era Mítica era
Phosphoros (significando ‘o que traz luz’).
O planeta final, Proteon, é nomeado após a ilha
de Proteus, casa da cultura antiga que foi a
precursora dos Mineanos (embora se ou não eles
pensavam em Proteon como um ‘planeta
patrono’ agora é desconhecido). Curiosamente,
não há associação Olímpica com esse planeta
(embora alguns associem o planeta com os Titãs,
os precursores dos deuses do Olimpo, e em
particular Cronos, pai de Zeus). O moroso
Proteon leva mais tempo que qualquer outro
planeta para passar através das doze Casas do
teodíaco (trinta dias em cada) 12, e seu advento é
visto como um sinal de caos, escuridão, doença,
decadência e morte.
Como os planetas (com a exceção do sempre
radiante Hélios) variam em luminosidade, então
se acredita que sua ‘influência’ sobre os destinos
dos homens seja de fluxo e refluxo. Acredita-se
que conjunções (ou encontros) de planetas
sejam especialmente auspiciosos, e penetrante envolve um dragão invisível, ou talvez um
particularmente caso eles aconteçam em uma
Casa que tenha uma associação com aquele
planeta (por exemplo, uma conjunção entre
Proteon e Heraklion na Casa de Ares se acredita
ser um presságio particularmente ruim, talvez
significando um tempo de guerra ou conflito que
resultará em desastre e grande sofrimento).
Os Planetas Barbados, os
Cometas
morte ou queda de um governante. Uma história
demônio celeste, que devora o Sol durante um eclipse.
Para outros, um eclipse é apenas um presságio do conflito
final entre a luz e a escuridão que virá no final do tempo.
Para os Mineanos, é claro, um eclipse representa a mais
poderosa afirmação possível da supremacia dos deuses, e
acima de tudo Zeus.
O mais famoso eclipse solar catalogado na história de
Mythika foi provavelmente aquele que ocorreu em 300 EM,
sete dias antes dos Dias de Ira, como uma aviso final
(acredita-se que foi mais tarde) de Zeus aos orgulhosos
Autarcas quando eles preparavam marchar contra os
Olímpicos. Os obstinados Autarcas ignoraram o aviso, a
assim trouxeram a si mesmos a vingança dos deuses no
drama final da Era da Magia.

A categoria final de estrela é coletivamente 10Na verdade, a equivalência de Seriphon com Júpiter
conhecida como as estrelas barbadas, ou leva mais ou menos 11,86 anos para atravessar os
cometas (do Mineano cometes, significando céus. Porém doze anos redondos parecem melhores,
‘estrelas com cabelo’). Estrelas barbadas são não é?
assim chamadas porque elas deixam um longo
11No ‘mundo real’, é claro, o equivalente de Thenos é
rastro fino de luz estelar em seu acordar. Seus Vênus – nomeado após a deusa Romana do amor, com
aparecimentos são completamente Afrodite sendo o equivalente Grego. Mas lembre-se, o
imprevisíveis, e são consideradas pelos sábios mundo de Mythika não é planejado para espelhar
como indicadores de perdição e como presságios exatamente o ‘mundo real’.
de mudanças mundiais. Acredita-se que o
12 Maisprecisamente 29,46 anos para o equivalente
nascimento ou morte de indivíduos significantes de Proteon no ‘mundo real’, Saturno.
frequentemente coincidem com o aparecimento
de uma estrela barbada.
Exemplos passados de estrelas barbadas 31
acompanhando eventos significantes sobre o
plano terrestre incluem o cometa de 215 EH, que
apareceu nos céus quando os Tritonianos
velejaram com orgulho excessivo contra os
Senhores do Mar de Atlântida; e o cometa de três
caudas de 156 EH, que muitos consideraram
como um presságio da horrível Praga Amarela
que causou muita penúria através das terras de
Mythika no ano seguinte.

Conclusão
Quando ele olha para cima para os céus, e
observa as maravilhas dos céus, o homem que é
ambos sábio e humilde claramente fica mais e
mais consciente do quão pequeno nós frágeis
mortais verdadeiramente somos. O quão
insignificante nossas preocupações pequenas
são, ele deve pensar, comparado aos
misteriosos desígnios dos deuses, aos quais os
céus dão testemunho indescritível!

O Grande Eclipse:
Demônio Celeste ou Ira Divina?

Talvez o maior, e mais assustador, das ocorrências

celestes, seja o imprevisível fenômeno conhecido como o
eclipse (do Mineano eklipsis ‘deixar de existir’). Existem,
estritamente falando, dois tipos de eclipses, a saber aquele
da Lua e aquele do Sol. Porém é o eclipse do Sol aquele,
sem surpresa, o que tende a ser o foco de maior medo e
maravilha.
Muitas pessoas acreditam que um eclipse, muito como um
cometa, seja um presságio de algum desastre natural ou a