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Antes de Iniciar

O Ministério de Discipulado de Jovens é composto por jovens e casais de nossa


Paróquia, que desejam, através da convivência e estudo da Palavra de Deus, aprender e
vivenciar a vontade do Senhor para suas vidas, bem como receber o suporte de um
grupo que se importa com as suas necessidades e dificuldades.
O ministério é baseado em três premissas básicas: estudo aplicado da Bíblia,
convivência amorosa entre os irmãos e preparação dos membros para assumir os
ministérios que o Senhor tem planejado para cada um. Essas premissas conduzem ao
chamado de Jesus para todos os cristãos, pois, para o Senhor, não somos chamados
apenas a ser membros confessos de uma religião ou fiéis espectadores das obras de
Deus, mas sim participantes obstinados nessas obras. O que move o Discipulado é o
amor à vontade de Deus, ao conhecimento dessa vontade e à aplicação dela em nossas
vidas, mesmo que isso custe a cada um pagar o preço de assumir uma vida de
verdadeiros cristãos que professam o nome de Jesus, que amam como o Senhor e que
agem como Ele. O ministério também se propõe à formação de novos líderes para a
Igreja.
É importante saber que o Discipulado é uma estratégia escolhida por Deus para
alcançar o mundo. No livro de Mateus, Jesus foi muito claro quando afirmou aos seus
discípulos:

"Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: toda a autoridade me foi dada no céu e na


terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século".
(Mt 28:18-20)

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Missão e Objetivos Estratégicos do Ministério

Para entender os Discipulados é preciso antes de tudo entender a sua missão e os


objetivos estratégicos que cooperam no cumprimento dessa missão.
A missão do Ministério de Discipulados é:

“Formar jovens plenamente comprometidos com


a vontade de Deus revelada em Jesus Cristo”

A missão corresponde, em outras palavras, à visão que move todas as ações do


ministério. Tanto líderes, como discípulos, todos os que participam desse ministério
sofrem o impacto dessa visão.
Os objetivos estratégicos são aqueles que determinam a linha de ação básica do
ministério com o intuito de fazer cumprir a sua missão. O Ministério de Discipulados está
apoiado sobre três objetivos estratégicos:

 Ensinar os alicerces da fé cristã.


 Promover as condições para que cada participante tenha o seu caráter transformado
pela Palavra de Deus.
 Conduzir o grupo a conhecer e assumir as suas funções no Reino de Deus.

A partir da missão e sua distribuição em objetivos estratégicos, encontramos o


porquê de cada característica do Discipulado. Para formar jovens plenamente
comprometidos com a vontade de Deus revelada em Jesus Cristo, nós acreditamos ser
necessário, em primeiro lugar, ensiná-los as bases da fé que nos inspira. É igualmente
necessário levá-los a transformar sua fé em atitudes práticas que demonstrem um caráter
mudado por Cristo. E, por fim, é fundamental que os jovens entendam o chamado de
Deus para as suas vidas e possam dizer SIM!
Os objetivos estratégicos são revelados pelos três módulos que compõem a
duração de um grupo, e embutem um processo crescente de amadurecimento da fé e
engajamento na obra. Eles também se revelam na estrutura das reuniões que tanto
ensinam, quanto promovem a integração entre as pessoas, a troca de experiências, o
incentivo mútuo a agir como verdadeiros cristãos e ser benção na vida de outros.

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Estrutura do Ministério

Arcebispo Paulo Ruiz Garcia


Direção Geral

Fabiano & Dani Júnior & Raquel Carioca & Cal Diógenes & Shirlene
Conteúdo Eventos e Divulgação Montagem Aconselhamento
9957-4274 / 9952-4274 9606-9195 / 9700-4665 9917-9659 / 9957-8144 9922-7130 / 9922-7131

GRUPOS DE DISCIPULADO

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Equipe Dirigente do Ministério de Discipulados

A equipe dirigente do Ministério de Discipulados é formada por quatro casais, que


são responsáveis pelas áreas de Montagem/Avaliação/Estatística; Conteúdo;
Aconselhamento e Eventos/Divulgação, estando sob a coordenação geral do Arcebispo
Paulo Ruiz Garcia

Cabe a esse grupo, em conjunto, organizar o treinamento de antigos e novos


líderes de grupo (discipuladores e apoios), divulgar o ministério entre os jovens e casais
da igreja, trabalhar na busca de soluções que facilitem o crescimento dos Discipulados e
avaliar o desempenho dos grupos. Cada casal também desempenha funções específicas,
dentro de sua área de atuação, conforme detalhamos abaixo.

Casal MONTAGEM / AVALIAÇÃO / ESTATÍSTICA

É responsável por todas as atividades pertinentes ao fluxo interno de informações do


Ministério, englobando as seguintes funções:

 Cópia, distribuição e recepção de fichas de inscrição para candidatos aos novos


discipulados;
 Seleção dos casais discipuladores e apoios;
 Seleção dos candidatos por área/idade (montagem dos grupos);
 Manutenção do cadastro de todos os integrantes, coordenadores e apoios dos
Discipulados;
 Identificação e avaliação, em conjunto com a liderança do Ministério, de novos
dirigentes de discipulados;
 Manutenção de contato regular com os casais discipuladores e solicitação de
informações para os relatórios de avaliação do grupo;
 Consolidação e geração dos relatórios de avaliação semestral e anual (Balanço
dos Discipulados) para o Arcebispo;
 Elaboração do calendário anual do Ministério;

Casal CONTEÚDO

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É responsável pela geração e manutenção dos instrumentos de ensino do Ministério,
bem como estudos, dinâmicas, dentre outros. Suas funções incluem:

 Padronização da grade de estudos e dinâmicas para os grupos;


 Elaboração de novos estudos e dinâmicas para os grupos, suprindo necessidades
específicas identificadas pelos discipuladores e/ou grupos;
 Seleção de filmes/fitas com temas específicos para estudos de Discipulado;
 Planejamento e elaboração das ferramentas de avaliação dos estudos aplicados
nas reuniões Discipulado;
 Identificação e avaliação, em conjunto com a liderança do Ministério, de novos
dirigentes de discipulados;

Este casal deverá instruir os discipuladores sobre cada aspecto da reunião, da recepção
dos jovens, passando pela forma de aplicar os estudos, até a maneira de avaliar os
estudos segundo a sistemática do Ministério.

Casal ACONSELHAMENTO

É responsável pelo acompanhamento e apoio à liderança na solução dos problemas


identificados nos grupos. Suas funções envolvem:

 Manter contato regular com os casais discipuladores a fim de estar ciente da


situação vigente no grupo;
 Identificação dos problemas localizados ou potenciais que os grupos possam estar
enfrentando e direcionamento da solução, em conjunto com a liderança do
Ministério;
 Aconselhamento dos coordenadores e apoios;
 Fazer visitas regulares aos grupos de discipulado para acompanhamento e
aplicação de estudos especiais;
 Identificação e avaliação, em conjunto com a liderança do Ministério, de novos
dirigentes de discipulados;

Casal EVENTOS e DIVULGAÇÃO

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Tem a responsabilidade de organizar e desenvolver todos os eventos, bem como a
divulgação do Ministério junto aos jovens. Suas funções incluem:

 Organização dos treinamentos, reuniões trimestrais com os líderes de grupos,


Discipuladão, Discipulândia, congresso de crescimento (Pescadores de Homens)
e confraternização anual do Ministério;
 Avaliação, juntamente com a liderança do Ministério, dos eventos ocorridos;
 Divulgação do Ministério nos Cultos, Encontros de Jovens, Grupos Familiares,
Círculos, Culto da Juventude, etc. para captação de jovens para participação nos
novos grupos;
 Planejamento e acompanhamento financeiro do Ministério;
 Organização e registro em Ata das reuniões da Equipe Dirigente;
 Organização e design do material do Ministério para divulgação através de folders,
páginas da Internet e outras mídias;
 Identificação e avaliação, em conjunto com a liderança do Ministério, de novos
dirigentes de discipulados;

Personagens do Discipulado
Os grupos de Discipulado são geralmente coordenados por dois casais: Casal
Discipulador e Casal Apoio.

Casal Discipulador - Ele é responsável pela preparação das reuniões, pelo


aconselhamento aos membros do grupo, e ainda pelo estímulo ao crescimento e
engajamento de todos os jovens nos ministérios de nossa Igreja. Com toda essa
responsabilidade, o casal coordenador precisa estar motivado a ajudar o grupo a
perceber os propósitos e a visão de Deus para ele e orientá-lo na sua realização.

Casal Apoio – esse casal não necessariamente precisa estar namorando, ser
noivo, ou casado, e sua função no grupo é de apoiar o Casal Discipulador no
compromisso de suas atividades, bem como estar na coordenação do grupo na ausência
do casal.

Para isso, é fundamental que esses casais assumam determinadas atitudes, tais
como:

 Perceber as mensagens não verbais - Muitas vezes os jovens têm dificuldades de


expressar o que sentem ou pensam. Logo as suas atitudes podem revelar toda uma
personalidade.
 Fazer com que todos se sintam à vontade para se expressar durante a reunião - Para
isso é imprescindível que todos tenham bastante respeito, um para com o outro. Além
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disso, é importante que o coordenador firme um contrato com o grupo, ou seja, tudo
que for compartilhado jamais deve ser divulgado em outro ambiente que não seja o
discipulado.
 Delegar responsabilidades ao grupo - Esta é uma forma de incentivá-los a tomar
decisões, a caminhar com as próprias pernas.
 Incentivar o grupo a manter uma vida de oração - É importante para que todos
possam ter um relacionamento íntimo com Deus, buscando sempre realizar a vontade
do Pai em suas vidas.
 Ter sempre Deus na sua meta - Esta é a principal característica de um coordenador.
Se estivermos agindo segundo a vontade de Deus, com certeza as bênçãos Dele
cairão sobre todo o grupo, porém se agirmos por conta própria toda a
responsabilidade será nossa.
 Utilizar o máximo de recursos disponíveis - Esta prática deve ser bem utilizada, pois
desta forma o coordenador poderá diversificar as suas reuniões tornando-as mais
agradáveis e fugindo da rotina.
 Agendar e marcar todos os movimentos e eventos que atinjam esse ministério - Esta é
uma maneira de incentivá-los a uma prática social, onde o grupo poderá praticar
todos os princípios bíblicos aprendidos no discipulado.
 Equilibrar minha vida pessoal com o ministério - Neste sentido o coordenador deverá
revelar uma maturidade espiritual. Devemos ter tempo para nutrir o ministério, mas
não poderemos ser negligentes com as nossas famílias.
 Não ter personalismo - Este é um ponto crítico que o coordenador precisa estar
atento. Como já afirmamos o discipulado não é meu nem seu, ele pertence a Deus, e
Ele determinará o que o grupo será ou fará. Lembrem-se, Ele é o nosso general, e
toda estratégia pertence a Ele.
 Não ser legalista - Devemos lembrar das palavras do Novo Testamento, que nos
ensina a agirmos mediante o AMOR. As leis de Deus são importantes e devemos
respeitar por amor a Jesus Cristo, e nunca por obrigação.
 Não ter medo de dizer “eu não sei” - O coordenador precisa ser humilde o suficiente
para saber reconhecer quando precisa de ajuda. É importante saber que estamos
agindo com vidas e que futuramente seremos cobrados por cada uma delas.
 Não pode se deixar dominar pela vaidade (sucesso do grupo) - A única forma para
permanecermos humildes com o sucesso do ministério é estarmos em comunhão
plena com Deus, buscando realizar a visão Dele.
 Não tirar a autoridade dos pais e nem tentar assumir o lugar deles.
O discípulo é outro personagem. Ele é a razão pelo qual existe o Discipulado.
Sendo assim, toda atenção, dedicação, paciência, carinho e amor são indispensáveis
para com ele. No entanto, o discípulo precisa estar disposto a carregar a sua própria cruz
e a seguir Jesus. Isto significa que o discípulo O seguirá, priorizando os Seus apelos,
independente do que custe a sua vida. Assim ele é uma pessoa determinada a segui-lo,
com o desejo de aprender e viver de acordo com Seu exemplo.
Com tudo isso, o discípulo precisa, ainda, assumir algumas características para o
bom andamento do discipulado:

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 Estar disponível e buscar um crescimento espiritual;
 Priorizar as reuniões do discipulado nos dias de sábado, inclusive administrando
compromissos com ministérios de que façam parte para que eles não tomem o
espaço das reuniões com freqüência;
 Ser pontual nos compromissos do ministério;
 Respeitar a opinião e individualidade de cada um, buscando a união;
 Agir com sinceridade, confiança e transparência;
 Manter sigilo sobre a vida, compartilhada, de cada membro do grupo.
 Amar a Deus sobre todas as coisas.

Ambiente das Reuniões


A vida em grupo é uma experiência enriquecedora. Nas reuniões de discipulado
temos a chance de crescer não só espiritualmente, mas também encontramos ali um
ambiente propício para desenvolvermos o nosso caráter cristão e a nossa convivência
como Corpo de Cristo.
Os discipuladores devem sempre mostrar entusiasmo pelo momento das reuniões,
inclusive independente do número de participantes. Agindo assim, os jovens também
serão influenciados e fatalmente transmitirão este mesmo entusiasmo a outros.
O objetivo das reuniões é desenvolver o caráter cristão de seus componentes em
um ambiente favorável à troca de experiências ou comunhão, e ao estudo da Palavra de
Deus.

Ambiente agradável e favorável

A ênfase inicial maior deve ser na criação de um ambiente agradável, onde a


comunhão aconteça. É em meio a este ambiente que todas as demais coisas acontecem.
Com o passar do tempo, o grupo irá crescendo no conhecimento da palavra de Deus e
na transformação do seu caráter. Mas, o que seria um ambiente agradável e favorável?
Um ambiente agradável e favorável a comunhão, não necessariamente deverá ser
um ambiente onde todas as pessoas possam acomodar-se confortavelmente em cadeiras
igualmente confortáveis, que tenha luz e som ambiente e de quebra um super lanche no
final da reunião. Tudo isso, com certeza, é muito interessante e agradável, mas, não
configura o ambiente que estamos nos referindo. Um ambiente agradável e favorável é
aquele em que os jovens sintam que a sua presença é querida. Onde eles sintam-se
respeitados e amados. Um ambiente onde eles tenham a certeza de que podem abrir os
seus corações e compartilharem suas vitórias e dificuldades. É nesse ambiente que os
jovens aprenderão princípios e também limites, que irão contribuir no seu crescimento
pessoal e espiritual.

Para compor este ambiente, são precisos alguns pontos:

 Entusiasmo - Deve começar pelos coordenadores. As tardes de sábado deverão


parecer contagiantes.

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 Amor - Os jovens devem sentir-se amados e queridos na sua casa ou local onde são
realizadas as reuniões.

 Respeito - Os jovens devem sentir que, na sua casa, eles são respeitados e que
devem igualmente respeitar a todos; principalmente vocês.

 Disciplina - Os jovens precisam respeitar a individualidade do casal coordenador.


Deve-se deixar bem claro, desde o início, que a sua casa estará sempre aberta a
qualquer um deles e que vocês estarão sempre dispostos a ajudá-los; contudo, eles
precisam ser educados, com sutileza e amor, que devem respeitar os horários,
disponibilidade e individualidade do casal coordenador. “Estar sempre disposto é
diferente de estar sempre à disposição”. O casal discipulador não está e nem poderá
estar disponível 24h Por dia, afinal, a individualidade dos discipuladores precisa ser
mantida. Por isso, o casal coordenador deverá sempre deixar claro para o grupo a sua
disponibilidade de horários.

 Transparência e verdade - O casal coordenador deverá sempre incentivar a


transparência e verdade entre o grupo. Aliás, a verdade é um dos pontos chaves do
discipulado. Ensiná-los a conviver com verdade é um dos objetivos desse ministério.
Diga sempre a verdade, em amor, para os seus jovens. Lembre-se que nem sempre as
verdades são boas de ouvir, porém, nunca negue a eles a verdade. “Ser transparente
é muito mais do que ser um livro aberto onde todos possam ler; transparência, na
realidade, é criar espaços em branco, onde outros possam escrever. Ser transparente
é deixar-se ensinar”.

 Espírito de equipe - Formar nos jovens o espírito de equipe é muito importante. Dessa
forma, o grupo andará com mais sucesso. Quando os jovens começam a se sentir
parte de um grupo, eles se comprometem mais facilmente com esse grupo. É bom que
eles sintam que, aos sábados, o grupo não estará completo se ele faltar.

 Lar cristão - Estamos cada vez mais convencidos da importância do lar como
estratégia de Discipulados. Para visitas, normalmente, nos preparamos
convenientemente, varremos a sujeira para debaixo do móvel, e, dificilmente, somos
pegos de surpresa. Quando abrimos o nosso lar para uma verdadeira convivência, as
pessoas acabam conhecendo de perto nosso reduto mais íntimo, conhecendo também
a nossa realidade. Por isso, devemos colocar a nossa vida íntima debaixo da luz de
Deus. Enquanto você abre as portas do seu lar para os jovens, aprofunde em seu lar a
influência da Palavra de Deus. Ore mais com a sua família, faça com que, cada vez
mais, Deus seja o Senhor da sua casa. Tudo isso precisa ser observado pelos jovens
que passarão a freqüentar a sua casa. Quando discipulamos pessoas, o nosso lar e a
maneira como o casal se trata e como tratam os filhos, e vice-versa, tornam-se, sem
dúvida, no melhor ambiente de aprendizado. O seu lar servirá de exemplo do que deve
ser um lar cristão. Dessa forma, eles serão influenciados no desejo e na formação de
suas futuras famílias. Isso porque a maioria não tem parâmetro do que seja um lar
cristão. Contudo, isso não quer dizer que a sua família deva parecer perfeita - mesmo
porque não existem famílias perfeitas. Vocês devem deixar bem claro que enfrentam

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problemas e dificuldades normais a qualquer família, porém, a diferença, é que vocês
buscam em Deus as soluções para esses problemas.

Uma vez formado esse ambiente agradável e favorável, as demais coisas fluirão
com mais facilidade.

Organização das Reuniões


A organização das reuniões está dividida em duas etapas. A primeira consiste na
análise e discussão prévia do estudo ou dinâmica a ser aplicada, entre os casais –
discipulador e apoio. É fundamental que os casais se preparem para a reunião antes dela
começar. Durante essa fase, os coordenadores poderão antecipar a maioria das dúvidas
que os jovens terão com respeito ao estudo, e encontrar os meios para respondê-las.
Esses serão também momentos de crescimento para os discipuladores, pois permitirão
que eles conheçam mais a Palavra de Deus e desenvolvam as estratégias para liderar o
grupo da melhor maneira.
A segunda etapa é a reunião propriamente dita. As reuniões devem ocorrer
semanalmente, normalmente na casa do casal coordenador, sempre aos sábados à
tarde, com duração variando entre duas e três horas. É comum os grupos aproveitarem
alguns finais de semana para passarem juntos em uma casa de campo ou praia de algum
dos membros. Isto melhora sensivelmente as relações interpessoais no grupo, a
confiança mútua e o amor.

Como extrair o máximo de cada momento da reunião


A reunião do discipulado, além de ser uma gostosa convivência, é também uma
reunião de ensino. E, sem sombra de dúvidas, o ensino é uma das estratégias mais
eficientes para o crescimento espiritual de um grupo. As reuniões possuem uma
sistemática própria e foram planejadas para seguirem a seguinte ordem:

 Oração inicial;
 Louvor;
 Estudo;
 Compartilhar;
 Oração final;
 Lanche.

Vejamos a importância de cada um desses momentos e o que devemos fazer para


obtermos os melhores resultados em cada um.

Louvor

Após a oração inicial, o louvor irá preparar o “clima” para iniciar o estudo. Se o seu
grupo não tiver ninguém que ministre o louvor, tenha sempre preparado um CD ou DVD
de adoração, com 4 a 5 músicas, e dirija esse momento para a adoração e oração.
Incentive o seu grupo a buscar a presença de Deus em meio a adoração.

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Recomendamos que, nesse momento, as luzes estejam apagadas, propiciando um
ambiente mais reflexivo e contrito.

Estudo

Encerrado o louvor, o casal coordenador deverá distribuir os estudos, que têm


geralmente têm duas páginas. É importante que o estudo seja aplicado totalmente no
mesmo dia. Não é bom dividi-lo em mais de uma reunião, ao menos que se faça
estritamente necessário. A tendência dos jovens é preferirem mais o compartilhar e louvor
que o estudo, por isso, é importante que vocês, coordenadores, priorizem a aplicação
dos estudos e demonstrem a importância deste momento de crescimento espiritual na
presença de Deus. Lembrem sempre ao grupo que Deus está presente sempre que duas
ou mais pessoas se reúnem em seu nome, isso dará a seriedade que o momento exige.

Para um melhor rendimento do estudo, recomendamos:


 Não permita conversas paralelas durante o estudo.
 Distribua os versículos entre os membros, antes de começar a leitura do estudo,
principalmente nos estudos do primeiro módulo, que têm mais citações.
 A leitura do estudo poderá ser feita por uma única pessoa ou compartilhada com os
membros do grupo para estimular a participação e prender mais a atenção de todos.
 Para melhor assimilação, o estudo deverá ser feito por seções, ou seja, a cada seção
o discipulador deverá parar e puxar a discussão referente ao assunto abordado na
seção.
 Os coordenadores deverão incentivar o grupo a falar, mas deverão manter o controle
da palavra.
 No início de alguma polêmica e se a mesma dispersar o assunto principal, o casal
coordenador deverá cortar o comentário gerado e avisar que em outra oportunidade
discutirão a polêmica levantada. Durante o estudo procurem apenas falar do assunto
em questão.
 Se os jovens fizerem perguntas para as quais vocês não tenham respostas, não
fiquem envergonhados por não saber. Admitam para o grupo que vocês não sabem,
mas que procurarão se informar e na próxima reunião responderão.
 Muitas vezes os estudos são muito profundos e tocam fortemente nos pontos fracos
dos jovens. O silêncio nem sempre é um sinal de que eles não assimilaram ou não
gostaram do estudo. Pelo contrário, às vezes, o silêncio indica o quanto eles foram
impactados.

O Compartilhar

Este é um momento de extrema importância na reunião e por toda a vida do grupo.


Nele serão estabelecidos vínculos de confiança entre os participantes e desenvolverá

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também o sentimento de ajuda mútua. Porém, esse momento pode se tornar fator
determinante de fracasso de um grupo. Para que isso não aconteça, observe o seguinte:

 Nas primeiras reuniões, deixe claro e acordado que o que se falar no discipulado
permanecerá restrito ao discipulado. Este acordo deverá ser lembrado ao grupo
sempre que se fizer necessário.
 O casal coordenador deverá deixar o grupo livre para o compartilhar, porém deverá ter
sempre o controle do mesmo.
 O compartilhar é um momento onde as pessoas geralmente falam sobre a semana,
sobre os problemas, etc. É importante direcionar o compartilhar para a participação de
Deus nos assuntos do dia a dia. Exemplo: O que Deus fez de novo na sua semana?
 O respeito e atenção de todos na hora do compartilhar devem ser pedidos e exigidos
pêlos coordenadores ao grupo. Conversas paralelas, brincadeirinhas e risadinhas
durante o compartilhar deverão ser repreendidas imediatamente. As pessoas, ao
compartilhar, precisam sentir-se respeitadas.
 Não force ninguém e principalmente os mais tímidos a participarem do compartilhar.
Porém, esteja sempre incentivando o grupo para esse momento.
 No início, o compartilhar sempre é mais vago e mais rápido, porque ainda não foram
estabelecidos laços de confiança entre o grupo. Com o passar do tempo, e com o
crescimento da intimidade entre os membros, o compartilhar tenderá a se estender e
ficar mais consistente. Portanto, é preciso ser estabelecido, nesse momento e desde
as primeiras reuniões, o respeito, o sigilo e a comunhão entre o grupo.

Oração

Ao término do estudo e das discussões, encerre a reunião com pedidos de oração


e a oração propriamente dita. Pergunte se o grupo deseja oração específica sobre algum
assunto. Depois, incentive algum membro do grupo a fazer a oração final por todo o
grupo.
No momento da oração, seja também criativo e pense em outras formas de
intercessão. Coloque um para orar pelo outro ou coloque alguém, que esteja
eventualmente precisando mais de oração, no centro do grupo e peça que todos
imponham as mãos sobre essa pessoa e interceda. Peça que o Espírito de Deus
direcione esse momento.

Na reunião de discipulado não existe momento mais importante do que o outro.


Todos os momentos cooperam para o crescimento do grupo. Nós procuramos apenas
sistematizar a reunião para o melhor aproveitamento e desenvolvimento do discipulado.
Porém, recomendamos que, muito mais do que ligados na sistematização das reuniões,
estejamos todos nós, dirigentes e discipuladores, atentos a voz e ao vento do Espírito
Santo de Deus. É Ele quem determina o que deve acontecer.

Inovando para crescer

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É certo que não conseguimos passar uma grande quantidade de tempo com os
nossos “pupilos”. Todos nós trabalhamos, estudamos, temos nossas famílias, etc. Nos
grupos há aqueles que buscam mais a nossa convivência, porém há aqueles que não se
mostram muito entusiasmados com o aprendizado e outros que têm as suas prioridades
totalmente invertidas e buscam as demais coisas em primeiro lugar.
Quando a quantidade de tempo convivido não for grande, é preciso ter criatividade
para torná-la de grande qualidade. Incentivamos os discipuladores a pensarem e
planejarem algumas reuniões diferentes, tais como:

 Finais de semana em granjas/ casas de praia de algum dos membros;


 Reuniões na casa de algum membro, desde que sob consentimento de sua família;
 Reuniões para visitantes;
 Exibição de filmes cristãos;
 Programas entre o grupo.
A criatividade fica por sua conta. Observe a necessidade de convivência que o seu
grupo apresenta.

Ajudando jovens a superar problemas


Nem sempre iremos conviver com momentos de alegria no discipulado. Em muitas
situações, ele servirá com uma terapia para seus participantes. Nessas circunstâncias,
como os discipuladores devem agir?

 Discipuladores como doadores de bênçãos.


Vocês foram escolhidos por Deus para serem discipuladores de jovens e a levá-los a
conhecer mais profundamente a palavra do Senhor. Imagine como seria se vocês
desenvolvessem uma confiança tal em Deus que lhes permitissem se aproximar dos
outros sem exigências, mas pelo prazer de fazer algo por eles, de se doar sem barreiras,
felizes pela chance de dar aos outros uma pequena mostra da bondade de Deus, em vez
de receber algo em troca.

 O grupo de discipulado como gerador de confiança.


O grupo deve ser o primeiro fator de segurança para que os jovens sintam que podem
falar de suas vidas abertamente a outras pessoas. O grupo deve ser estimulado desde a
primeira reunião a ouvir com respeito e sem brincadeiras o que uma pessoa esteja
compartilhando. Os discipuladores devem ser firmes e severos com qualquer tentativa de
desrespeito ao compartilhar do grupo.

 Como distinguirmos quando uma pessoa necessita de um aconselhamento individual?


Existe na função de discipulador um sentimento que somente aqueles que estão
realizando este trabalho debaixo de oração e em perfeita sintonia com os seus discípulos

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podem sentir: a sensibilidade para enxergar quando um jovem necessita de ajuda. O
discipulador que tiver a sensibilidade de perceber quando um dos jovens está passando
por algum problema que necessite de um aconselhamento individual, pode ganhar a
confiança deste jovem, para que ele possa falar sobre o problema que o aflige e tentar
encontrar a solução para ele.

 Como saber se podemos ajudar os jovens, ou se eles necessitam de ajuda pastoral ou


psicológica?
A função de discipulador exige da pessoa que está realizando, a sensibilidade para
enxergar quando o problema que aflige o jovem é de natureza pessoal ou espiritual, ou
até mesmo de natureza psicológica. Na função de discipulador, não cabe
aconselhamento de ordem pastoral ou psicológica.

 Os discipuladores nunca devem subestimar o valor dos problemas na vida das


pessoas.
Em geral, quando um jovem necessita de um aconselhamento individual, existe a
tendência para supervalorizar as suas emoções em detrimento até mesmo do que diz a
Palavra de Deus. A princípio esta é uma reação normal, mas, os discipuladores devem
com sabedoria e firmeza, levar os jovens a confrontar seus sentimentos com a Palavra de
Deus, pois, o objetivo final é fazer com que eles possam encontrar em Deus a solução
dos seus problemas e por em prática os princípios da Sua Palavra.

 Os discipuladores nunca devem “tomar” o lugar de Jesus nas vidas dos jovens.
Quando um jovem busca um aconselhamento individual, existe a tendência natural
deles quererem que os discipuladores encontrem a solução para seus problemas. É
importante sentir se o jovem está buscando mesmo a Jesus, ou se está apenas buscando
apoiar-se em alguém. É claro que o discipulador não vai lhe negar o apoio, mas estas
coisas devem ficar bem claras, para que não corramos o risco de cair na armadilha de
nos envolvermos num relacionamento de dependência doentia, que certamente dará
muita dor de cabeça, podendo até mesmo comprometer o grupo como um todo.

 Quem deve aconselhar quem?


O casal discipulador deve dividir a tarefa do aconselhamento entre si, para que
não haja distinção ou preferência de pessoas, ou seja, eu gosto de falar com o homem e
não com a mulher e vice-versa. Contudo, para que não haja envolvimentos errados, o
homem deve aconselhar os rapazes e a mulher aconselhar as moças, especialmente com
respeito a assuntos como namoro e sexualidade. Não que essa seja uma regra a ser
imposta e seguida fielmente, mas é uma preferência a ser verificada.

 O que os discipuladores são para os jovens?


O casal discipulador será chamado, na maioria das vezes, Pai e Mãe. Muitas
vezes, eles farão com que vocês se sintam pais deles. Porém os discipuladores deverão
ter a consciência de que a sua única função é, através do amor que Deus colocou em
seus corações por este ministério, levá-los a conhecer melhor o plano do Senhor para as
suas vidas, e transformá-los em cristãos verdadeiros. Pai e Mãe devem ser os que os
geraram ou adotaram, devendo isto ficar muito claro, para que, honrando seus

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verdadeiros pais, eles possam dar mais valor a sua família.

Sejamos, pois, incansáveis, porque a obra que o Senhor nos confiou - a de irmos
por todo mundo fazendo discípulos - ainda não está completa e caminhemos na certeza
inabalável das palavras do Senhor.

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