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DOMEZI, Maria Cecília. Unidade 03: Religiões Orientais. In: História das Religiões.
Batatais: Claretiano, 2013. p. 77-109.
Com uma presença menor na China, o cristianismo marcou presença a partir da mais
antiga colônia europeia portuguesa na ilha de Macau. O jesuíta italiano Matteo Ricci tentou
diplomaticamente promover a sinização entre a missão cristã e as religiões chinesas. Ao
mesmo tempo em que houve o êxito em aliar-se com o confucionismo renovado, o mesmo
não ocorreu com o budismo popular, segundo a Domezi. Os conflitos provocaram resistência
dos chineses budistas, posteriormente dos confucianos e dos próprios chineses cristãos,
ressaltada pela proibição posterior do papa Clemente XI as práticas culturais autóctones em
1704. O que provocou a expulsão dos missionários cristãos em 1717 com seu retorno
apenas 120 anos depois. A autora citou também a chegada no século XIX de missionários
protestantes europeus e americanos, mas que ao longo do século movimentos
revolucionários chineses comunistas promoveram uma barreira ampla antirreligiosa sob a
liderança ateísta do líder Mao Tsé-Tung, secularizando profundamente o país. Apesar de
seus esforços as grandes religiões chinesas resistiram e se adaptaram as drásticas
mudanças socioeconômicas.
DOMEZI, Maria Cecília. Unidade 04: Estabelecimento do Monoteísmo. In: História das
Religiões. Batatais: Claretiano, 2013. p. 111-129.
Em seu didatismo a autora ofereceu uma abordagem nas unidades três e quatro que
permitiu um breve conhecimento das religiões fundamentais na história e presentes na
atualidade. Talvez uma linha do tempo teria sido interessante para a compreensão geral do
surgimento linear de cada uma delas na história. Nos parágrafos finais das unidades foi
proposta uma reflexão dos seus desafios para os dias atuais, mas pouco foi apresentado
como argumento no que considero a pauta mais importante das unidades, porque tais
desafios dizem respeito ao contexto presente do leitor. Tendo a discordar um pouco que a
modernidade hoje volta-se contra apenas, quando há uma percepção de busca maior do
sagrado, um retorno ao místico e ao sincretismo religioso, podendo ser uma reação a
profunda secularização do conhecimento, de como se relaciona com a interioridade do ser
humano e pouco tem oferecido como resposta aos seus anseios e dilemas existenciais.