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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
APOSTILA DE PRÁTICAS DA DISCIPLINA DE MATERIAIS,
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
2014.1
PROFESSOR: Carlos Gustavo Castelo Branco
MONITOR: Felipe Alencar Da Silva
REVISÃO 2013: Renato Guerreiro Araújo
REVISÃO 2014: Obed Leite Vieira
Sumário
Prática 1: Conceitos, Simbologia e Execução de Projetos de Instalações Elétricas em Baixa Tensão ........ 5
1 ‐ Objetivos ......................................................................................................................................... 5
2 ‐ Princípios Básicos de um Projeto de Instalações Elétrica. .............................................................. 5
3 ‐ Plantas de Projetos Elétricos ........................................................................................................... 5
4 ‐ Simbologia pela 5444/89 ‐ Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais .......................... 9
5 ‐ Diagrama unifilar do quadro de distribuição ................................................................................ 11
6 ‐ Esquema de Ligação de iluminação e tomada. ............................................................................. 12
7 ‐ Exercício ........................................................................................................................................ 15
Prática 2: Roteiro Simplificado para Elaboração do Memorial de Cálculo de Projetos Elétricos
Residenciais de Acordo com a NBR 5410/08 E NT‐001/2012 ................................................................... 17
1 ‐ Objetivos ....................................................................................................................................... 18
2 ‐ O Projeto. ...................................................................................................................................... 18
3 ‐ Levantamento do quadro estimativo de carga e definição de pontos na planta baixa. ............... 18
4 ‐ Divisão das cargas em circuitos terminais..................................................................................... 21
5 ‐ Critérios de dimensionamento dos condutores e dispositivos de proteção dos circuitos. .......... 25
6 ‐ Cálculo da potência demandada ................................................................................................... 31
7 ‐ Exemplo de cálculo da demanda .................................................................................................. 34
8 ‐ Cálculo da corrente de projeto ..................................................................................................... 36
9 ‐ Dimensionamento dos condutores e dispositivos de proteção do alimentador da UC ............... 37
10 ‐ Proteção contra choques elétricos ‐ Interruptor Diferencial Residual (DR) ............................... 37
11 ‐ Dispositivo de proteção contra surtos ‐ DPS ............................................................................... 38
12 ‐ Especificação do quadro geral de carga ...................................................................................... 39
13 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO ........................................................................................................... 40
Prática 3: Projeto de Instalação Residencial ............................................................................................. 44
1 ‐ Objetivo. ........................................................................................................................................ 44
2 ‐ Pré‐Laboratório ............................................................................................................................. 44
Prática 4: APLICATIVOS COMPUTACIONAIS PARA PROJETOS ELÉTRICO. ................................................. 45
1 ‐ Objetivo ......................................................................................................................................... 45
2 ‐ Software LUMINE .......................................................................................................................... 45
3 ‐ Software SOFTLUX ......................................................................................................................... 45
4 ‐ Software LUMISOFT ...................................................................................................................... 46
5 ‐ Software AutoCAD ........................................................................................................................ 46
6 ‐ Procedimento Prático ................................................................................................................... 58
Prática 5: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA DIRETA .................................................. 60
1 ‐ Objetivo ......................................................................................................................................... 60
2
2 ‐ Principais equipamentos e suas representações no diagrama de comandos .............................. 60
3 ‐ Sistema de partida de motores ..................................................................................................... 67
4 ‐ Partida direta ................................................................................................................................. 67
5 ‐ Procedimento Prático ................................................................................................................... 68
Prática 6: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO e
ACIONAMENTO POR CHAVE BOIA ............................................................................................................ 70
1 ‐ Objetivo ......................................................................................................................................... 70
2 ‐ Inversão no sentido de giro ........................................................................................................... 70
3 ‐ Partida direta com inversão no sentido de giro ............................................................................ 70
4 ‐ Acionamento por chave boia. ....................................................................................................... 70
5 ‐ Procedimento Prático ................................................................................................................... 71
Prática 7: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA ESTRELA‐TRIÂNGULO............................ 73
1 ‐ Objetivo ......................................................................................................................................... 73
2 ‐ Tensão reduzida na partida de motores ....................................................................................... 73
3 ‐ Efeitos da partida com tensão nominal ........................................................................................ 73
4 ‐ Partida Estrela‐Triângulo ............................................................................................................... 73
5 ‐ Procedimento Prático ................................................................................................................... 73
Prática 8: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA COM AUXÍLIO DE SOFT‐STARTER .......... 76
1 ‐ Objetivos ....................................................................................................................................... 76
2 ‐ Soft‐Starter .................................................................................................................................... 76
3 ‐ Principio de funcionamento de um Soft‐Starter ........................................................................... 77
4 ‐ Procedimento Prático ................................................................................................................... 78
Prática 9: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA COM AUXÍLIO DE INVERSOR DE
FREQUÊNCIA ............................................................................................................................................. 80
1 ‐ Objetivos ....................................................................................................................................... 80
2 ‐ Inversor de frequência .................................................................................................................. 80
3 ‐ Principio de funcionamento de um Inversor de Frequência ......................................................... 81
4 ‐ Vantagens dos inversores ............................................................................................................. 84
5 ‐ Considerações para a especificação de um inversor .................................................................... 85
6 ‐ Identificação da placa do inversor de frequência (modelos do fabricante WEG) ........................ 86
7 ‐ Altivar 312 (Fabricante Schneider) ................................................................................................ 87
8 ‐ Procedimento Prático ................................................................................................................... 89
Prática 10: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL CLP –
PARTE I ...................................................................................................................................................... 90
1 ‐ Objetivos ....................................................................................................................................... 90
2 ‐ CLP ................................................................................................................................................. 90
3 ‐ Principais itens de um CLP: ........................................................................................................... 91
3
4 ‐ PROGRAMAÇÃO DO CLP ............................................................................................................... 92
5 ‐ Procedimento Prático ................................................................................................................... 94
Prática 11: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL CLP –
PARTE II ..................................................................................................................................................... 96
1 ‐ Montagem 1 .................................................................................................................................. 96
2 ‐ Montagem 2 .................................................................................................................................. 97
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PRÁTICA 1: CONCEITOS, SIMBOLOGIA E EXECUÇÃO DE PROJETOS
DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
1 ‐ OBJETIVOS
a) Conhecer os conceitos básicos empregados em um projeto elétrico de baixa tensão;
b) Conhecer a simbologia empregada em projetos de instalações elétricas determinada
pela norma NBR 5444/89;
c) Conhecer o esquema de ligações de circuitos de iluminação e tomada;
d) Montar no painel da bancada uma instalação elétrica de acionamento de uma lâmpada
e uma tomada.
2 ‐ PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UM PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICA.
Projetar uma instalação elétrica para qualquer tipo de residência, edifício ou local consiste
essencialmente em selecionar, dimensionar e localizar, de maneira racional, os equipamentos e
outros componentes necessários a fim de proporcionar, de modo seguro e efetivo, a transferência
de energia elétrica desde uma fonte até os pontos de utilização.
Assim, em um projeto elétrico em baixa tensão deve‐se constar:
Memorial de Cálculo:
o Dados do projeto: nome do estabelecimento, localização, número de und.
Consumidoras, etc.
o Levantamento de cargas;
o Divisão dos circuitos terminais;
o Cálculo da demanda;
o Dimensionamento dos condutores;
o Dimensionamento dos equipamentos de proteção;
o Dimensionamento do SPDA;
o Diagrama de ligação dos motores;
o Dentre outros.
Plantas:
o Diagrama Unifilar em planta baixa de todos os pavimentos;
o Diagrama Unifilar da instalação;
o Detalhes Construtivos;
o Diagrama Vertical (Proj. Predial);
o Dentre outros.
Nesta prática será abordado a parte de desenhos elétricos e os esquemas de ligações de
iluminação e tomada.
3 ‐ PLANTAS DE PROJETOS ELÉTRICOS
5
Não existe uma regulamentação que especifica uma forma de organizar em uma prancha todas suas
informações. Contudo, certos elementos devem constar. Para efeito de demonstração, considere o template
de uma prancha mostrada na Figura 1.1.
Figura 1.1 – Exemplo de Template de uma prancha de um projeto elétrico.
A numeração pode ser assim determinada:
1. Carimbo: contém as informações da prancha em questão, tais como nome do cadista/projetista,
escala, numeração, descrição e outros dados que se jugar necessários. Um exemplo de carimbo se
encontra na Figura 1.2.
Figura 1.2 – Exemplo de um Carimbo.
2. Legenda: Toda planta deve constar sua legenda. Nela deverão ser contemplados todos os
símbolos utilizados bem como sua descrição para fácil entendimento. Um exemplo de legenda é
mostrada na figura 1.3.
6
Figura
a 1.3 ‐ Exemplo dde Legenda em Projetos de Instalações Elétricas.
3. D
Desenho: é o assunto propriamennte dito da planta. Em m um projetto elétrico predial, elee
p
poderá ser u um diagramma unifilar eem planta baixa, um diaagrama uniffilar geral d
dos quadross
d
de distribuiçção, esquem
ma de ligaçãão vertical, planta do SPDA, dentree outros.
Para maior enteendimento, são demon nstrados alg
guns desses desenhos:
Diaggrama Unifiilar em Plaanta Baixa: é a repreesentação da instalaçção elétricaa
sobre a planta aarquitetôni ca. Nela estão contem mplados os ppontos de iiluminação,,
bem como o se eu comandoo, pontos d de tomadas, eletrodutoos, conduto ores, caixass
de passagens
p e outros iitens reque
eridos paraa um melhhor detalhaamento daa
instaalação. Um e
exemplo é m mostrado nna figura 1.4
4.
Figura 1.4 ‐ Diagraama unifilar em p
planta baixa de um cômodo.
7
Diagrama Unifilar dos Quadros de Distribuição: é um diagrama, sem escalas,
desenhado representado a instalação do referido quadro de distribuição. Nele
estão referidos aos equipamentos de proteção, DR’s, DPS’s , cabos dos circuitos
terminais dentre outros elementos. Um exemplo é mostrado na figura 1.5.
Figura 1.5 ‐ Diagrama Unifilar do Quadro de Distribuição de um apartamento.
4. Quadros de Carga (ou Diagramas Unifilares dos Quadros de Distribuição): em uma
prancha de diagrama unifilar em planta baixa é necessário informar também o quadro de
cargas com a especificação da potência e corrente de cada circuito, dimensão das seções
dos cabos e da proteção de cada circuito. O quadro pode ser substituído pela diagrama
unifilar do quadro de distribuição da instalação, que também contempla essas
informações.
5. Detalhes Construtivos (opcional): são desenhos com a intenção de explanar melhor
sobre um equipamento ou tipo de ligação mostrado na prancha. Sua utilização é
opcional. Um exemplo de um detalhe construtivo é mostrado na figura 1.6.
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Figura 1.6 ‐ Detalhe construtivo da caixa de equalização (Barramento de equipotencialização).
Esta Norma estabelece os símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais. Nela
contempla um vasto conjunto de símbolos comumente utilizados nos projetos elétricos, dentre os
quais podem ser destacados:
Eletrodutos:
Condutores:
9
Quadros de Luz e Força:
Interruptores simples:
Interruptor Three‐way e Four‐way:
Ponto de Luz no teto (Incandescente):
Uma alternativa para esta representação é:
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Ponto de tomada de uso geral:
Campainha e Cigarro:
Disjuntor:
5 ‐ DIAGRAMA UNIFILAR DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO
No quadro de distribuição, há a chegada dos condutores alimentador daquela instalação e a
divisão em circuitos terminais, cada um protegido por uma proteção termomagnética com
seccionamento, além de uma proteção contra fuga de corrente (Disjuntor Residual) e surtos de
tensão (DPS).
Um esquema simplificado apenas contemplando disjuntores e cabos é mostrado na figura 1.7.
Observa‐se que o circuito é alimentado por um alimentador trifásico, tendo como proteção geral
um disjuntor termomagnético tripolar. Três circuitos terminais monofásicos saem do quadro, cada
um com um disjuntor termomagnético monopolar.
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Figura 1.7 ‐ Esquema de um diagrama unfiliar de um quadro de distribuição.
6 ‐ ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE ILUMINAÇÃO E TOMADA.
Em instalações elétricas em baixa tensão, são comumente encontrados utilização de
equipamentos como lâmpadas, eletrodomésticos, informática, dentre outros. A maneira como
essas alimentações são feitas podem ser determinadas por:
Ponto de Tomada: ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou
equipamentos a serem alimentados é feita através de tomada de corrente.
Ponto de Iluminação: em cada cômodo ou dependência deve ser previsto, pelo menos,
um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor.
A seguir, serão apresentados os principais esquemas de ligações de iluminação e tomadas.
Esquema de ligação de uma lâmpada com um ponto de comando (interruptor simples).
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Figura 1.8 ‐ Esquema de ligação de um acionamento simples de uma lâmpada. (Fonte: Livro Instalações Elétricas, Niskier/2008)
1 ‐ ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UMA LÂMPADA COM DOIS PONTOS DE COMANDO
(INTERRUPTOR THREE‐WAY).
Figura 1.9 ‐ Esquema de ligação de um acionamento de uma lâmpada por dois interruptores. (Fonte: Livro Instalações Elétricas,
Niskier/2008 )
2 ‐ ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UM PONTO DE TOMADA 2P+T.
13
Figura 1.10 –Esquema de ligação de ponto de tomada 2P+T
3 ‐ ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UMA LÂMPADA ACIONADA POR UM INTERRUPTOR E UM
PONTO DE TOMADA.
Figura 1.11 ‐ Ponto de luz, interruptor de uma seção e tomada de 300VA a 30cm do piso (Fonte: Livro
Instalações Elétricas, Niskier/2008)
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7 ‐ EXERCÍCIO
1. Desenhe na planta da figura 1.12 os seguintes circuitos utilizando a simbologia da NBR
5444/89:
a. Ponto de luz acionado por um interruptor;
b. Ponto de tomada de a meia‐altura;
c. Ponto de tomada de a baixa altura;
Figura 1.12 ‐ Planta a ser utilizada no exercício 1.
2. Monte na bancada o diagrama desenhado no exercício 1. (Sugestão: utilize o espaço da
cozinha no painel da bancada).
3. Desenhe na planta da figura 1.13 os seguintes circuitos utilizando a simbologia da NBR
5444/89:
a. Ponto de luz acionado por dois interruptores;
b. Circuito de acionamento da campainha;
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Figura 1.13 ‐ Planta a ser utilizada no exercício 3.
4. Monte na bancada o diagrama desenhado no exercício 3. (Sugestão: utilize o espaço da sala
no painel da bancada).
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PRÁTICA 2: ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA ELABORAÇÃO DO
MEMORIAL DE CÁLCULO DE PROJETOS ELÉTRICOS RESIDENCIAIS DE
ACORDO COM A NBR 5410/08 E NT‐001/2012
Figura 14 ‐ Planta baixa a ser analisada na prática.
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Nota (1): Neste procedimento de projeto não está sendo considerado o fator de
agrupamento dos circuitos nos eletrodutos.
Nota (2): Este procedimento de projeto não contempla o cálculo dos condutos.
DATA DA ÚLTIMA REVISÃO: 17/03/2014
MEMORIAL DE CÁLCULO
1 ‐ OBJETIVOS
a) Montar um memorial de cálculo de uma instalação elétrica residencial contemplando o
dimensionamento das cargas, divisão dos circuitos terminais utilizando a norma NBR
5410/08;
b) Calculo da demanda, bem como a determinação do padrão de fornecimento pela
concessionária local;
c) Dimensionamento dos cabos e especificação dos equipamentos de proteção;
d) Desenhar o diagrama unifilar em planta baixa e do quadro de distribuição considerando
todos os elementos abordados no memorial.
2 ‐ O PROJETO.
O projeto a ser analisado nesta prática contempla a planta apresentada na figura 1.
O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências (cargas)
mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando determinar a potência total
prevista para a instalação elétrica residencial. Essa previsão de carga deve seguir o que estabelece o
item 9.5.2 da NBR 5410/08.
Nos tópicos seguintes serão apresentados uma série de passos para o correto
dimensionamento das cargas, cabos e equipamentos de proteção.
Também deverá ser levando em consideração a norma da concessionária local para a
determinação do padrão de entrada da instalação. Tomando como concessionária local a
Companhia Energética do Ceará (COELCE), a norma para instalações cujo fornecimento de energia
elétrica é em tensão secundária de distribuição é a NT‐001/2012.
É aconselhável o preenchimento das tabelas à medida que a leitura é realizada!
3 ‐ LEVANTAMENTO DO QUADRO ESTIMATIVO DE CARGA E DEFINIÇÃO DE PONTOS NA
PLANTA BAIXA.
1 ‐ PRESCRIÇÕES PARA DIVISÃO DE CARGA
A. O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências (cargas)
mínimas de iluminação e tomadas a SEREM INSTALADAS, POSSIBILITANDO DETERMINAR A
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POTÊNCIA TOTAL PREVISTA para a instalação elétrica residencial. Essa previsão de carga
deve seguir o que estabelece o item 9.5.2 da NBR 5410/08.
a. Para circuitos de ILUMINAÇÃO temos:
i. Em cada cômodo ou dependência com área igual ou inferior a 6m² deve ser
prevista uma carga de iluminação mínima de 100 VA;
ii. Em cada cômodo ou dependência com área superior a 6m², deve ser prevista
uma carga de iluminação mínima de 100 VA para os primeiros 6m², acrescida
de 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros.
Exemplo:
NOTA (2): Para um projeto luminotécnico completo que considere todas as características
do ambiente, usuários da instalação, tipo de atividade, materiais e equipamentos utilizados na
instalação, devem ser seguidos os critérios estabelecidos na NBR ISO/CIE 8995‐1:2013 que trata da
iluminância de interiores.
b. Para circuitos de TOMADAS DE USO GERAL tem‐se:
i. Para cômodo ou dependência com área inferior a 6m² no mínimo um ponto
de tomada;
ii. Para salas e dormitórios independentemente da área e cômodos ou
dependências com mais de 6m² adotar no mínimo um ponto de tomada para
cada 5m ou fração de perímetro. Atribuir 100 VA por tomada;
iii. Para cozinhas, copas‐cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais
semelhantes adotar um ponto de tomada para cada 3,5m ou fração de
perímetro, independentemente da área. Atribuir no mínimo 600 VA por
tomada até 3 pontos e 100VA para os pontos excedentes.
Exemplo:
Observações:
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NOTA (1): Para varandas pelo menos um ponto de tomada que pode ficar interno a
sala.
NOTA (2): Para banheiro no mínimo um ponto de tomada de 600VA que pode ficar
junto ao lavatório a uma distância mínima de 60 cm.
NOTA (3): Para uma boa prática de projeto é importante sempre que possível
observar o layout da planta onde serão realizadas as instalações, além de considerações
como padrão dos usuários, visto que isso influência nas potências a serem utilizadas.
c. Para circuitos de TOMADAS DE USO ESPECÍFICO temos:
i. Utiliza‐se tomadas de uso específico para todos os equipamentos que utilizem
uma corrente acima de 10 A.
Exemplo:
Ar‐condicionado do fabricante Consul de 21.000 BTU’s com potência 3,08 kW.
Observações:
NOTA (1): Projetistas no mercado utilizam usualmente cargas de ar‐condicionado, chuveiro
elétrico e em alguns casos computadores como tomadas de uso específico.
NOTA (2): As potências dos equipamentos podem ser consultadas nos manuais ou nos sites
dos fabricantes.
2 ‐ QUADRO ESTIMATIVO DE CARGA
Tabela 1.1 – Quadro estimativo de Carga
PERÍMETRO POTÊNCIA DE POTÊNCIA DE
DEPENDÊNCIA ÁREA ILUMINAÇÃO T.U.G. POTÊNCIA DE T.U.E.
(m) (m) ESTIMADA ADOTADA 100(VA) 600(VA) POTÊNCIA DESCRIÇÃO
3 ‐ ALOCAÇÃO DOS DISPOSITIVOS NA PLANTA BAIXA DA INSTALAÇÃO
A. LOCALIZAÇÃO DO QUADRO GERAL DE MEDIÇÃO
a. A localização do quadro de medição será estabelecida pelas normas da
concessionária local de energia elétrica.
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B. LOCALIZAÇÃO DO QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO
a. Não existe nenhuma norma que trata diretamente do local onde deve ser instalado o
quadro de distribuição. No entanto, sua localização tem influência nos custos e
qualidade da energia elétrica;
b. De preferência calcular o centro de carga da instalação para localização do ponto
“ideal” de instalação. Visando a instalação no ponto mais próximo possível;
c. Considerar local de fácil acesso;
d. Mais próximo possível do medidor.
C. DEFINIÇÃO DOS PONTOS DE ILUMINAÇÃO, INTERRUPTORES E DAS INTERLIGAÇÕES
COM OS RESPECTIVOS SÍMBOLOS (PONTO DE LUZ, INTERRUPTORES, ELETRODUTOS, ETC.).
a. Deve‐se considerar a divisão de cargas;
b. Interruptores em local de fácil acesso;
c. Todos os símbolos devem ser representados na legenda para uma possível
verificação.
D. LOCALIZAÇÃO DAS TOMADAS DE UTILIZAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA COM RESPECTIVA
SIMBOLOGIA.
a. Considerar layout do ambiente;
b. Equipamentos a serem utilizados.
4 ‐ DIVISÃO DAS CARGAS EM CIRCUITOS TERMINAIS.
Toda a instalação elétrica deve ser dividida em circuitos terminais, de acordo com as
particularidades de cada circuito visando seccionamento sem risco de realimentação inadvertida. A
divisão da instalação em circuitos terminais facilita a operação e manutenção, além de reduzir a
interferência entre os pontos de utilização.
1 ‐ DIVISÃO DAS CARGAS DE ILUMINAÇÃO
Limitar em 1300 VA/1500 VA em 110V/127V e 2500VA em 220V, a potência máxima
dos circuitos de iluminação;
Não é proibida a utilização de apenas um circuito terminal de iluminação que
contemple todos os ambientes;
Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de tomadas de uso geral.
Exemplo:
21
Área social 160
22
2 ‐ DIVISÃO DAS CARGAS DE TOMADAS
Devem ser previstos circuitos independentes para equipamentos com corrente
nominal superior a 10A. E, também, deve ser previsto circuitos exclusivos para cada
T.U.E;
Devem ser previstos circuitos individuais (tanto quanto forem necessários) para
pontos de tomada de cozinha, copas, copas‐cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
locais análogos;
Devem ser previstos circuitos individuais (tanto quanto forem necessários) de pontos
de tomadas para os demais cômodos ou dependências;
Limitar em 2100 VA/2500 VA em 110V/127V e 4300VA em 220V, a potência máxima
dos circuitos de TU.G.’s;
Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas
entre as fases de modo a obter‐se o maior equilíbrio possível.
Exemplo:
3 ‐ DIVISÃO DOS CIRCUITOS RESERVAS
É necessário que o projetista efetue uma previsão de aumento de carga devido às ampliações
futuras na instalação. A NBR 5410/04 define que deverá ser prevista nos quadros de distribuição,
uma capacidade de reserva (espaço), que permita às ampliações futuras da instalação elétrica
interna, compatível com a quantidade e tipo de circuitos efetivamente previstos.
A potência reservada para cada circuito fica a critério do projetista. Contudo, é de prática comum
a adoção de potências de 2200 VA ou 4400 VA.
Tabela 1.2 – Tabela com a alocação de carga em circuitos terminais
23
4 ‐ TABELA DOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS
Tabela 1.3 – Tabela com a alocação de carga em circuitos terminais
POTÊNCIA
CIRCUITO LOCALIZAÇÃO POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO TOMADAS
TOTAL
T.U.G.
T.U.E. (VA)
Nº (AMBIENTES) QUANT x POT (VA) TOTAL (VA) (VA) (W)
100 600 DESCRIÇÃO POTÊNCIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
POTÊNCIA INSTALADA
NOTA (1): Cuidado!!! A soma algébrica da potência em VA só pode ser feita se o fator de potência
for o mesmo para todas as cargas.
NOTA (2): Para efeito de cálculo da potência instalada, poderá ser considerado:
Iluminação incandescente: cosϕ =1,0
Iluminação fluorescente: cosϕ = 0,85
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Tomadas de uso geral (T.U.G.’s): cosϕ = 0,8
NOTA (3): Para tomadas de uso específico, deve‐se especificar também o fator de potência de
acordo com o equipamento. Por exemplo:
Chuveiro elétrico: FP=1,0, pois é uma carga puramente resistiva.
Ar‐condicionado: FP deve pesquisado (por volta de 0,8 e 0,95). Contudo, especificando para
o pior caso de potência demandada, adota‐se um FP por volta de 0,8.
1 ‐ DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES DE FASE
Critério da capacidade máxima de condução de corrente
CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO:
IB ≤ IZ (1)
Onde,
IB →Corrente do circuito projetado (Corrente de projeto).
IZ →Capacidade de corrente do condutor conforme o tipo de linha elétrica e temperatura
ambiente. (Tabelas: 33, 36, 37, 38 e 39 da NBR 5410/08).
Critério da seção mínima normalizada (Condutores de cobre):
S = 1,5mm2 → Para circuitos de iluminação.
S = 2,5mm2 → Para circuitos de força.
NOTA (1): O condutor a ser especificado deverá ser o que prevalece de maior seção entre os dois
critérios citados.
2 ‐ DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES DE PROTEÇÃO
Critério para determinação da seção dos condutores de proteção (PE). A seção mínima dos
condutores de proteção pode ser determinada pela Tabela 1.4.
Tabela 1.4 – Seção mínima de condutores de proteção
25
3 ‐ DIMENS
3 SIONAMEN
NTO DE NE
EUTRO
Tabeela 1.5– Seçãão mínima de neutro
4 ‐ DISPOS
4 ITIVO DE P
PROTEÇÃO O
Para o dimensionam
mento do dispositivo dee proteção deve‐se ado
otar o seguiinte critério
o:
IB ≤ I N ≤ IZ (2)
Onde,
IN →Corrente nominal do disju
untor a ser especificado.
26
NOTA (2): Alguns valores comerciais de correntes dos disjuntores: 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50, 60,
70A, 80A, 100A...
Além da especificação da corrente nominal, deve‐se também atentar para a corrente
máxima de interrupção do dispositivo (determinada com base no nível de curto da instalação) e
para a tensão nominal.
Seção dos Condutores
Proteção
(mm²)
Circuito Potência Corrente
(Nº) (VA) (A) Corrente
Nº Corrente Tensão
Máxima de
Fase Neutro Proteção Tipo de Nominal Nominal
Interrupção
Polos (A) (V)
(A)
1
2
3
4
5
6
7
27
8
Sabe‐se que de acordo com a NT‐001/2012:
“A carga instalada máxima por unidade consumidora conectada à rede aérea de baixa
tensão é de75 kW.”
Ou seja, para a unidade consumidora ser atendida em baixa tensão, sua potência instalada não
poderá ultrapassar o valor de 75 kW.
Com relação ao tipo de fornecimento (monofásico, bifásico ou trifásico), a norma determina:
Ligação Monofásica:
As unidades consumidoras conectadas à rede aérea de baixa tensão com carga
instalada até o limite de 10 kW e as unidades consumidoras conectadas à rede subterrânea
de baixa tensão com carga instalada até o limite de 15 kW devem ser atendidas através de
um condutor fase e um neutro, com tensão fase‐neutro de 220 V, podendo ser conectadas
no máximo as seguintes cargas individuais:
a) motor com potência individual até 3 CV;
b) aparelho com potência individual até 5 kW;
c) máquina de solda a transformador com potência até 2 kVA;
d) aparelho de Raios X com potência até 4 kVA.
NOTA: Em áreas rurais, onde a unidade consumidora for suprida através de
transformador monofásico exclusivo para o cliente, admite‐se a ligação de motor
monofásico com potência individual até 5 CV.
Ligação Bifásica
As unidades consumidoras conectadas à rede de baixa tensão aérea com carga
instalada até o limite de 20 kW e as unidades consumidoras conectadas à rede de baixa
tensão subterrânea com carga instalada até o limite de 30 kW devem ser atendidas através
de 2 (dois) condutores fases e um condutor neutro, tensão de linha de 380V e tensão fase‐
neutro de 220V, podendo ser conectadas no máximo as seguintes cargas individuais:
a) motor monofásico com potência individual até 5 CV, em 380 V;
b) aparelho com potência individual até 8 kW, em 380 V;
c) máquina de solda a transformador com potência individual até 6 kVA, em
380 V;
d) aparelho de Raios X com potência individual até 8 kVA, em 380 V.
28
Ligação Trifásica
As unidades consumidoras conectadas à rede de baixa tensão aérea com carga
instalada até o limite de 75 KW e as unidades consumidoras conectadas à rede de baixa
tensão subterrânea com carga instalada até o limite de 100 kW, devem ser atendidas através
de três condutores fases e um condutor neutro, tensão de linha de 380 V e tensão fase‐
neutro de 220V, podendo ser conectadas no máximo as seguintes cargas individuais:
a) motor trifásico com potência individual até 30 CV, em 380 V;
b) aparelho trifásico não resistivo, com potência individual até 20 kVA;
c) máquina de solda a transformador trifásico com potência até 15 kVA;
d) aparelho de Raios X trifásico com potência até 20 kVA.
29
Caso sejam unidades pertencentes a prédios com múltiplas unidades consumidoras (PMUC),
por exemplo, apartamentos, a Tabela 01 apresentada na NT‐001/2012 não deverá ser utilizada,
30
pois não contempla esse tipo de consumidor. Assim, para o cálculo da demanda deve‐se utilizar
outra metodologia válida. Como sugestão, será apresentada o cálculo da demanda apresentado no
livro Instalações Elétricas do autor Julio Niskier, servindo tanto para instalações com unidades
isoladas (residências) ou apartamentos.
6 ‐ CÁLCULO DA POTÊNCIA DEMANDADA
Para o cálculo da potência demandada utiliza‐se a equação abaixo:
Demanda (kVA) = d1 + d2 + (1,5 x d3) + d4 + d5 + d6
Onde,
d1 (kW ou kVA) → demanda de iluminação e tomadas, calculados de acordo com a tabela 1.6
(considera‐se FP=1,0);
d2 (kW ou kVA) → demanda dos aparelhos para aquecimento de água (chuveiros,
aquecedores, torneiras, etc.), calculada conforme a tabela 1.9 (considera‐se FP=1,0);
d3 (cv) → demanda dos aparelhos de ar condicionado po janela, calculada conforme as
tabelas 1.10 e 1.11;
d4 (kVA) → demanda das unidades centrais de condicionamento de ar, calculada a par r das
respectivas correntes máximas totais – valores a serem fornecidos pelos fabricantes –
considerando o fator de demanda de 100%;
d5 (kVA) → demanda dos motores elétricos e máquinas de solda tipo motor gerador,
calculada conforme as tabelas 1.7 e 1.8;
d6 (kW ou kVA) → demanda das máquinas de solda a transformador e aparelhos de raios X,
calculada conforme as tabelas 1.12.
Nota(1): Os circuitos reserva devem entrar na potência instalada quanto no cálculo da demanda
(na parte de iluminação e TUG), uma vez que representam cargas futuras, estas devem ser levas em
consideração para o dimensionamento tanto do alimentador da instalação quanto de seus
equipamentos de proteção!
Tabela 1.6 – Carga mínima e fatores de demanda para instalações de iluminação e tomadas de
uso geral.
31
(Fonte: Instalações Elétricas, Niskier/2008).
Tabela 1.7 – Demanda média de motores. Valores equivalentes individuais (cv x kVA)
32
(Fonte: Instalações Elétricas, Niskier/2008).
Tabela 1.8 – Fatores de demanda x n° de motores.
(Fonte: Instalações Elétricas, Niskier/2008).
Tabela 1.9 – Fatores de demanda de aparelhos para aquecimento de água (boilers, torneiras e
chuveiros elétricos).
(Fonte: Instalações Elétricas, Niskier/2008).
Tabela 1.10: Fatores de demanda para condicionadores de ar tipo janela instalados em
residências
33
(Fonte: Livro Instalações Elétricas, Niskier/2008).
Tabela 1.11: Fatores de demanda para condicionadores de ar tipo janela (utilização não‐
residencial)
(Fonte: Livro Instalações Elétricas, Niskier/2008).
Tabela 1.12: Fatores de demanda individuais para máquinas de solda a transformador e
aparelhos de raios X e galvanização.
(Fonte: Livro Instalações Elétricas, Niskier/2008).
7 ‐ EXEMPLO DE CÁLCULO DA DEMANDA
Considere as cargas da seguinte instalação para um apartamento (ou residencial):
Descrição Potência
Iluminação 1,5 kW
TUG 3,0 kVA
4 chuveiros elétricos 3,0 kW (cada)
34
3 ar condicionados tipo janela 1,2 kW (cada)
1 motor trifásico para o portão automático 1,0 cv
Circuitos Reservas 4400 VA (total)
O cálculo da demanda se dá por:
Fator d1:
Potência TUG = 3000 VA → 2400 W (Fator de Potência = 0,8);
Potência Iluminação = 1,50 kW;
Potência Circuito Reserva = 4400 VA → 3960 W (Fator de Potência adotado = 0,9);
Potência total (Ilum. + TUG + Reserva) = 7860 W
Observando a tabela 1.6, para unidades consumidoras residenciais, o fator de
demanda é 0,35, ou seja:
d1 = 1 x 0,8 + 1 x 0,75 + 1 x 0,65 + 1 x 0,60 + 1 x 0,50 + 1 x 0,45 + 1 x 0,40 + 0,86 x 0,35
= 4,45 kW
Fator d2:
Potência total de chuveiros elétricos = 4 x 3,00 kW = 12,00 kW
Pela tabela 1.9, para 4 aparelhos de aquecimento de água, o fator de demanda é
0,66, ou seja:
D2 = 12,00 x 0,66 = 7,92 kW
Fator d3:
Potência total de ar condicionados = 3 x 1,20 kW = 3,60 kW → 4,89 cv (1 cv = 736 W)
Pela tabela 1.9, para 3 aparelhos de condicionadores de ar, o fator de demanda é 1,
ou seja:
d3 = 4,89 x 1,00 = 4,89 cv
Fator d4:
Será igual a zero, uma vez que na instalação não se encontra uma central de
condicionamento de ar.
Fator d5:
Nesta instalação há somente um motor de 1 cv para abertura do portão.
Pela tabela 1.7, um motor trifásico de 1 cv, tem uma potência de 1,52 kVA.
Pela tabela 1.7, um único motor tem fator de demanda 1,0, ou seja:
d3 = 1,52 x 1,00 = 1,52 kVA
Fator d6:
Será igual a zero, uma vez que na instalação não há máquinas de solda a
transformador ou aparelhos de raios X.
35
Assim, a demanda para essa instalação é dada por:
Demanda (kVA) = d1 + d2 + (1,5 x d3) + d4 + d5 + d6
Demanda (kVA) = 4,45 + 7,92 + (1,5 x 4,89) + 0 + 1,52 + 0
Demanda = 21,23 kVA
8 ‐ CÁLCULO DA CORRENTE DE PROJETO
A potência de alimentação, associada a um quadro de distribuição, é utilizada na determinação
da corrente de projeto.
Logo, para uma alimentação monofásica, tem‐se:
(4)
∅
Para uma alimentação bifásica:
(5)
∗ ∅
Para uma alimentação trifásica:
(6)
∗ ∅
Onde,
cosϕ → Fator de potência da instalação;
PAL → Potência demandada do alimentador geral, em W;
V → Tensão de fase nominal eficaz, em V:
Coelce: tensão de fase = 220 V;
36
9 ‐ DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DO
ALIMENTADOR DA UC
DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR (*)
Potência (W) = IB = A
Pelo critério da capacidade de condução do condutor
S = mm²
Pelo critério da seção mínima
S = mm²
Condutor adotado: (Fase / Neutro)
S = mm²
Condutor adotado: (Proteção)
S = mm²
DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
Disjuntor:
≤ I N ≤
Logo, IN = A Disjuntor adotado no projeto
10 ‐ PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS ‐ INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL
(DR)
Dispositivos utilizados para a proteção de pessoas e instalações quanto a contatos diretos ou
indiretos, pois protegem contra os efeitos de correntes de fuga terra, que possam existir em circuitos
elétricos. (Fonte: WEG)
Figura 15 ‐ DRs de 2 polos e 4 polos (da esquerda para a direita)
37
O Interruptor DR mede permanentemente a soma vetorial das correntes que percorrem os
condutores de um circuito. Se o circuito elétrico estiver funcionando sem problemas, a soma vetorial
das correntes nos seus condutores é praticamente nula. Ocorrendo falha de isolamento em um
equipamento alimentado por esse circuito, irromperá uma corrente de falta à terra. Quando isto
ocorre, a soma vetorial das correntes nos condutores monitorados pelo DR não é mais nula e o
dispositivo detecta justamente essa diferença de corrente. Da mesma forma, se alguma pessoa vier a
tocar uma parte viva do circuito protegido, a corrente irá circular pelo corpo da pessoa, provocando
igualmente um desequilíbrio na soma vetorial das correntes. Este desequilíbrio será também
detectado pelo DR tal como se fosse uma corrente de falta à terra. (Fonte: WEG)
O DR deverá ser dimensionado de acordo com as características do circuito da instalação:
Sensibilidade: Corrente máxima de fuga que secciona o DR. Padrão residencial: 30 mA;
Corrente Nominal: Corrente nominal de operação do DR. Esta deverá ser sempre
maior que a do disjuntor para que a corrente no DR não ultrapasse seu valor nominal.
Lembre‐se que o DR não protege a instalação, mas sim as pessoas contra possíveis
choques elétricos;
Tensão Nominal: tensão de operação do DR.
11 ‐ DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ‐ DPS
A causa mais frequente da queima de equipamentos eletrônicos – como computadores, TVs e
aparelhos de fax, por exemplo – é a sobretensão causada por descargas atmosféricas ou manobras
de circuito. Contudo, estes problemas estão com os dias contados. Os avanços da tecnologia já
permitem a implementação de uma proteção eficaz contra estes efeitos.
Instalados nos quadros de luz, os Dispositivos de proteção contra surtos (DPS), são capazes de
evitar qualquer tipo de dano, descarregando para a terra os pulsos de alta‐tensão causados pelos
raios.
Utilizado para limitar as sobretensões e descarregar os surtos de corrente originários de
descargas atmosféricas nas redes de energia, os dispositivos são aplicados na proteção de
equipamentos conectados à redes de energia, informática, telecomunicações etc.
Para especificar o DPS, têm‐se:
Categoria;
Corrente Máxima de Interrupção;
Tensão nominal.
OBS: Quando o DPS atua, ele fecha o circuito, resultando em um curto‐circuito. Assim, para que o
disjuntor geral não atue, utiliza‐se um disjuntor no circuito do DPS.
38
12 ‐ ESPECIFICAÇÃO DO QUADRO GERAL DE CARGA
Tabela 1.9 ‐ Especificações do quadro geral de carga
CIRCUITOS SEÇÃO
LOCALIZAÇÃO POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO PROTEÇÃO
TERMINAIS CORRENTE CONDUTORES
(A) Nº DE CORRENTE
Nº TIPO (AMBIENTES) QUANT x POT(VA) TOTAL(VA) F/N PE TIPO
POLOS NOMINAL
1
2
3
4
5
6
7
8
9
QUADRO DE MEDIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
QUADRO DO MEDIDOR
39
13 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
PARA A PLANTA BAIXA DADA NO INÍCIO DA PRÁTICA, DIMENSIONE TODAS AS
CARGAS, CABOS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PARA A INSTALAÇÃO, DE ACORDO
COM A NBR 5410/2008 E AS NORMAS DA CONCESSIONÁRIA LOCAL.
40
41
1 ‐ PARTE DA TABELA 33 (NBR 5410/04) – TIPOS DE LINHAS ELÉTRICAS COMUMENTE
UTILIZADAS EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS
42
2 ‐ TABELA 36 (NBR 5410/04) – CAPACIDADES DE CONDUÇÃO DE CORRENTE, EM
AMPÈRES, PARA OS MÉTODOS DE REFERÊNCIA A1, A2, B1, B2, C E D.
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo).
43
PRÁTICA 3: PROJETO DE INSTALAÇÃO RESIDENCIAL
1 ‐ OBJETIVO.
a) Montar no painel da banca uma instalação elétrica residencial com base no projeto
elétrico elaborado previamente.
2 ‐ PRÉ‐LABORATÓRIO
Tomando como referência a seguinte planta da bancada do laboratório:
Traga para a prática os seguintes itens:
Diagrama Unifilar em Planta Baixa;
Diagrama Unifilar do Quadro de Distribuição e Medição;
Quadro de Cargas contendo todos os circuitos dimensionados (cabos + equipamentos);
NOTA (1): É imprescindível a apresentação destes itens ao professor ou ao responsável pelo
laboratório antes do início da prática.
44
PRÁTICA 4: APLICATIVOS COMPUTACIONAIS PARA PROJETOS
ELÉTRICO.
1 ‐ OBJETIVO
a) Conhecer os principais programas que auxiliam na construção de um projeto elétrico;
b) Conhecer funções básicas para o desenho de plantas baixas através da utilização do
programa AutoCAD;
2 ‐ SOFTWARE LUMINE
Esse software facilita o trabalho do projetista, pois tem a capacidade de importar e exportar
arquivos do/para AutoCAD. Nesse software o projetista indica a localização das tomadas, aparelhos
elétricos como: ar‐condicionado indica a localização das luminárias ou seleciona a área desejada e a
quantidade de LUX para a área selecionada de acordo com a NBR 5413 – Iluminação de Interiores, e
o programa automaticamente aloca as luminárias.
O programa pede ao projetista o número do circuito de cada elemento adicionado e para o
projetista passar a fiação e fica a cargo do programa colocar a indicação dos circuitos, fazer os
diagramas unifilares e trifilares (se existir), diagrama vertical (se existir) e lista de material.
3 ‐ SOFTWARE SOFTLUX
O software Softlux é produzido pela empresa Itaim e utiliza apenas as luminárias produzidas por
ela. Esse software tem o objetivo de facilitar o trabalho de projetistas que estejam utilizando as suas
luminárias e restringir a utilização do software para luminárias de outro fabricante.
O software possui uma interface gráfica de fácil utilização. Além disso, ele apresenta uma grande
quantidade de características sobre as suas luminárias, o que auxilia o projetista na escolha da mais
adequada para o ambiente onde se deseja fazer a realização do projeto luminotécnico.
Dentre essas características podem‐se destacar os itens: curva de distribuição luminosa; dois
tipos de quadros para a determinação do fator de utilização; curva de luminância para a verificação
da ocorrência ou não de ofuscamento; ambientes onde ela deve ser aplicada; suas dimensões; e
detalhes construtivos.
45
4 ‐ SOFTWARE LUMISOFT
O lumisoft também é um software para a realização de cálculo de iluminação de ambientes
internos. Ele possui uma interface ainda mais amigável do que a do Softlux e se baseia no método
dos lúmens e no de ponto por ponto. Foi desenvolvido pela Lumicenter para a realização do cálculo
luminotécnico e também só pode ser utilizado para as luminárias do próprio fabricante.
Esse software também apresenta, para cada uma de suas luminárias, a curva de distribuição
luminosa, o quadro para a determinação do fator de utilização, suas dimensões 65 e detalhes
construtivos. Entretanto, não apresenta a curva de luminâncias e nem os dois tipos de quadro do
fator de utilização.
5 ‐ SOFTWARE AUTOCAD
O AutoCAD é um software gráfico auxiliado por computador (Computer Aided Drafting‐CAD)
desenvolvido pela Autodesk Inc. que apresentou a Versão 1.0 do AutoCAD na COMDEX em Las Vegas
em novembro de 1982.e escrito em linguagem de programação C, capaz de rodar em uma vasta
quantidade de hardwares e sistemas operacionais diferentes. Desde o seu lançamento, o AutoCAD
vem sendo constantemente ampliado e aperfeiçoado, tornando‐se um dos principais softwares para
desenho técnico.
O AutoCAD pode ser classificado como uma prancheta eletrônica que o usuário monta seus
desenhos e plantas em duas e três dimensões. Os desenhos são formados por entidades (pontos,
linhas, curvas e polígonos) que podem ser criados e formatados de várias maneiras.
5.1. CONHECENDO A TELA DO AUTOCAD
A Autodesk alterou a interface de desenho 2D do AutoCAD 2008, e para anunciar essas novas
qualidades, a tela inicial padrão as exibe com destaque. Os usuários de versões anteriores de
AutoCAD terão a impressão de que o programa está completamente diferente.
Não se preocupe; o programa subjacente ainda se comporta quase que da mesma forma que
antes. A partir da área de trabalho do AutoCAD você poderá ajustar a interface, de modo a exibir as
antigas barras de ferramentas a que estava acostumado. Nesta subdivisão, analisaremos as opções
de interface do AutoCAD, e então retornaremos para a tela “tradicional” do programa.
O funcionamento do AutoCAD se assemelha ao da maioria dos programas feitos para o Windows,
salvo algumas peculiaridades. Esta seção fornece um panorama geral do layout do AutoCAD.
46
Figura 1: AutoCAD com
m a área grááfica abertaa na opção 2
2D Drafting & Annotation
Abaixo, estão localiizadas as lin ea de prompt (ou linhaa de coman
nhas de staatus e a áre ndo). Nessaa
área,
á o usuário insere todos os comandos e dados para formar o desenhoo, através dela que o o
AutoCAD inf
A forma quaiss os passos e dados quue o usuário o deve inserrir, e quais oos erros que o usuário
o
cometeu.
c
Acima, eencontram‐‐se vários menus
m paraa formataçãão do desenho como Ribbon, Qu
uick Accesss
Toolbar, Me
T enu Browserr, Centro de e Informaçõões (InfoCennter).
No centrro da tela está a área d
de desenho , onde o software mosstra o desennho que o u usuário estáá
editando. O
e AutoCAD responde ao os comandoos inseridos pelo usuáriio através dde repostas na linha dee
comando, de
c esenhando uma entidaade ou abrinndo um quaadro de diálogo.
A área d
de desenho possui tammanho ilimittado dependendo apenas do tammanho do de esenho quee
está carrega
e ado. Normalmente o desenho estáá na escala 1:1 e, quan
ndo o usuárrio for imprrimi‐lo, seráá
atribuída um
a ma escala paara adaptar o desenho ao tamanho do papel.
5.2. CON
NHECENDO
O AS FERRA
AMENTAS D
DE DESENH
HO
47
Figura 2
2: Commandd line para inserção de comandos
Outra caaracterísticaa única da janela do A
AutoCAD é aa tool palettes (paleta de ferrameentas). Estaa
permite
p ao usuário a conveniênncia de guaardar suas ferramentas e compponentes de
d desenho o
preferidos e
p m um só lugar para ráppido acessoo.
A paletaa de Proprieedades exib
bida abaixoo, e a paleta de Ferram
mentas AuttoCAD pode em não serr
exibidas por
e r padrão em m sua janelaa AutoCAD,, mas é posssível abrir a paleta dee ferramenttas clicando o
sobre a guia
s a View (visuaalizar) da Riibbon e seleecionando TTool Palette es (paleta dee ferramenttas) a partirr
do painel Pa
d alettes (paleetas).
A área d
de desenhoo, a barra de
d status ee a linha de
e comando trabalham
m juntas para fornecerr
feedback ennquanto voccê cria e ediita seu deseenho. Ao mo ovimentar o
o cursor sobbre a área d
de desenho,,
você verá qu
v ue ele apareece em form mato reticulado. Se voccê clicar sobbre a área dde desenho,, um par dee
números
n e uma janela de seleção serão exibidos. Clique novvamente e a janela de seleção o
desaparecer
d rá.
À medid
da que se desloca
d o cu
ursor para aa área gráfica, este ap
parecerá em
m formato de
d cruz. Aoo
clicar na áre
c ea gráfica, seerão exibidoos um par dde números e uma jane ela de seleçãão. Clique d
de novo, e aa
jaanela de seleção desap parecerá.
48
Figura 3: Barra de proopriedades e barra de ferramentaas
Com o cu
ursor em fo ormato de cruz, você poode apontar regiões da
a área gráficca, e o num
meric displayy
(mostrador numérico), conhecido como Dynaamic input d display, quee fornece ass suas coorddenadas X ee
Y dentro da
Y área gráficaa.
Caso não
o consiga ver
v o Dynam mic Input ddisplay, dirijja‐se à barrra de statuss, na parte inferior daa
jaanela do AuutoCAD, e clique na ferrramenta Dyynamic Inpu ut. Juntamente com o D Dynamic Input display,,
a linha de c
a omando e a barra de status, logoo abaixo daa área gráfica, forneceem feedback enquanto o
você utiliza
v o AutoCAD commandss. A coordennada XY pode ser visua alizada na rregião mais à esquerdaa
da barra de
d status no caanto inferio
or esquerdo da janela d do AutoCAD.
Figura 4: Locallização e funncionamentto do Dynam
mic imput ddisplay
49
5.3. TRABALHANDO COM SISTEMAS DE COORDENADAS
Utilizamos coordenadas como pontos de referência para construir nossas entidades.
Lembrando‐se de matemática trigonométrica do segundo grau, veremos quais são os tipos de
coordenadas existentes e como utiliza‐las no AutoCAD:
Coordenada Absoluta – Seu formato é X,Y. Refere‐se ao ponto 0 (zero) da área de
trabalho, aquele ajustado com o comando DRAWING LIMITS.O formato X,Y indica a
distância primeiro no eixo X e depois no eixo Y; tudo em relação ao ponto 0,0. Este tipo de
coordenada é usada em casos específicos; raramente
Coordenada Relativa Cartesiana – Seu formato é @X,Y ou W. No formato @X,Y é dada
uma distância em relação ao último ponto de um comando clicado na área de trabalho,
ou seja, é a distância em relação a um outro ponto já existente. O formato W é dado a
uma distância em relação ao ponto inicial. O ângulo de W e definido pela posição do
cursor de tela na área gráfica. Normalmente utiliza‐se este método com os auxiliares
Ortho e/ou Polar para construção de entidades ortogonais.
Coordenada Relativa Polar – Seu formato é @W<Φ. A coordenada polar pede‐nos uma
distância relativa W e um ângulo direcional Φ. O círculo trigonométrico que será utilizado
pode ser alterado através do Menu Format com o comando UNITS, no botão Direction.
5.4. DEFININDO AS UNIDADES
AutoCAD trabalha com unidades que não são necessariamente determinadas, isto significa que
você pode ter uma referência específica ou não, a qualquer sistema de unidades (pés ou polegadas,
por exemplo). No entanto, podemos e devemos especificar um sistema de unidades para trabalhar
em AutoCAD. Os profissionais tendem a usar o sistema métrico e, em especial o metro como unidade
de trabalho.
O comando Units nos permite especificar o sistema de unidade e a precisão que irá lidar com o
AutoCAD. Este comando também específica se a gestão dos ângulos será decimal ou graus, minutos
e segundos, e sua precisão.
Nesta mesma caixa de diálogo você também pode mudar a maneira como os ângulos são
medidos e a precisão de seu tipo a utilizar. Com este comando você pode mudar a direção em que o
programa vai considerar o ângulo de 0 ° (botão Direction ... ) e onde cresce ou diminui o valor destes
( horário ou anti‐horário).
50
Figura 5: Comando Units
5.5. INICIANDO UM DESENHO, CONFIGURAÇÃO E SEPARAÇÃO DE DESENHO POR LAYERS
Os comandos para abrir e fechar um desenho estão no Menu Files, que é a primeira subdivisão
do Menu de Barras. Os comandos de inicialização e finalização de um desenho são aqueles que
criam, salvam e fecham um desenho, propriamente dito.
Agora veremos os principais comandos que se situam no Menu File:
NEW – Cria um novo desenho a partir de um “desenho protótipo”, que é um desenho
padrão com configurações iniciais já existentes, para facilitar o desenho. Este desenho
protótipo é descrito pelo AutoCAD como TEMPLATE e possui a extensão DWT (Drawing
Template). Se na tela inicial você não pedir nenhum desenho protótipo diferente do atual,
ele vai carregar o ACADISO.DWT.
OPEN – Abre um desenho já existente. O AutoCAD pode abrir vários desenhos ao mesmo
tempo.
SAVE – Salva um desenho que já está aberto no AutoCAD. Você pode salvar seu desenho
com várias extensões diferentes: DXF, DWG de versões anteriores e DWT.
SAVE AS – Salva um desenho que já está aberto no AutoCAD com outro nome, ou em
outro diretório sem alterar o desenho atual.
EXIT – Sai do desenho e do AutoCAD. Pode ser executado através do teclado com o
comando QUIT.
51
Figura 66: Navegado
or do menu
Um layeer é uma camada
c de desenho definida prreviamente, facilitandoo o gerencciamento e
e
manuseio do
m o desenho. Difícil entender falanddo assim. Ve
eremos entãão como cr iar, utilizar e modificarr
um layer par
u ra melhor eentendermo os do que see trata.
Para criaar um Layerr devemos aacessar o m
menu formaat – Layer ou do menu de barras, ativamos aa
seguinte e ja
s anela de diáálogos:
52
Figura 7: Gerenciador de propriedades do Layer
Para criarmos a uma nova layer, basta clicar no botão New Layer e escrever seu nome no campo
name. Para configurarmos uma layer utilizaremos os seguintes campos, também mostrados no
desenho acima:
On ‐ Quando um layer está no formato on, ou seja, com o ícone da lâmpada acesa, esta
fica visível ao ser impressa. Isto não acontece quando o desligamos a layer. Além de
invisível, ela também pode ser modificada (regenerada). Para desligá‐la, clica ‐se na
lâmpada.
Freeze (in All Viewport) ‐ Quando um layer está no formato Freeze (congelada), ela não é
mostrada na área gráfica e nem pode ser modificada em qualquer Viewports (ver módulo
decomando os visualização).
Lock ‐ Loca um layer, deixando suas propriedades (cor, posição, etc...) imutáveis enquanto
locada.
Color ‐ Altera a cor de um layer.
Linetype ‐ Altera o tipo de linha de um layer. Mas antes precisamos carregar o os tipos de
layer através da seguinte janela de diálogos:
Lineweight ‐ Altera a espessura da linha de um layer.
Plot Style – opção, por padrão, somente visualizável. Somente pode ser alterada se
alterada opção no comando Options. Somente altere se realmente necessário. Mais
detalhes serão visto no capítulo de plotagem.
Plot – Liga ou desliga a impressão de um layer.
Description – uma descrição (informação adicional) de um layer, se necessário.
53
Podemos deixar um layer corrente, ou seja, aquele que vai ser utilizado para desenhar no
momento, clicando‐se no botão Set Current da janela de diálogos principal o através dos ícones
flutuantes da barra principal.
Podemos apagar um layer que não está sendo utilizado através do botão Delete Layer, ou ainda,
através do menu File ‐ Drawing Utilities ‐ Purge. Através deste comando não só podemos apagar
layers que não estão sendo utilizados, mas também linetypes, estilos de textos (Text Styles), estilos
de dimensão (Dimension Styles), Multiline Styles, blocos (Blocks) que também não estejam sendo
utilizados no desenho.
Esta opção é muito utilizada quando se acaba um projeto, para deixar o desenho menos
carregado (menor em bytes) dá‐se um "Purge" para todos os estilos (Purge All) acima citados.
Só não conseguimos apagar o Layer 0 (zero) e Defpoints que são padrões do AutoCAD, assim
como estilos padrão existentes em outros comandos.
Quando um layer está ByLayer, isto quer dizer que suas cores e linetypes estão de acordocom o
configurado no comando layer. Pois podemos utilizar cores e linetypes diferentes semconfigurar no
comando layer.
Quando um layer estar ByBlock, isto quer dizer que suas cores estão de acordo com os blocos
inseridos e linetypes contínuas.
Quando se trabalha com muitos layers, é necessário um melhor gerenciamento deste. Para isto
recorremos aos filtros de Layers. São eles:
Property Filter – O filtro de propriedades é ativado através do botão New Property Filter.
As propriedades desejadas (on, frezze, color, etc.) podem ser selecionadas nos campos Filter
Definition, e automaticamente os layers filtrados aparecerão no campo Filter Preview.
Group Filter – O filtro de grupo é ativado através do botão New Group Filter. É então
criado uma nova pasta na janela pricipal do comando Layer e os layers desejados podem
ser criados ou arrastados para dentro desta pastas. Um único layer pode pertencer a mais
de um grupo.
Layer States Manager – este filtro salva uma configuração pré‐definida das definições do
comando Layer.
Outro filtro ainda utilizado é para visualizar todos os layers utilizados. Para isto clica‐se em All
Used Layers na janela principal. Clicando‐se em All visualizam‐se todos os layers.
5.6. CONTROLANDO A VISUALIZAÇÃO DO DESENHO
O AutoCAD possui ferramentas de visualização que permitem ao usuário alterar a escala de visão,
ver detalhes de uma parte do desenho, etc. Isto aumenta a precisão e melhora sensivelmente a
qualidade final do trabalho. Estas ferramentas são os comandos Zoom, Pan, Redraw que estão no
menu suspenso View.
O menu de visualização no AutoCAD é acessado por meio do menu view.
O comando Redraw funcional limpando a tela do computador dos sinais de auxílio de desenho.
Geralmente depois de algumas operações do tipo Copy, Move, Erase e muitas outras será notado
54
que a tela do computador ficará "suja" por efeito dos marcadores de posição das operações de
seleção (pequenas cruzes brancas). Para limpar a tela acione View ‐ Redraw ou digite R [enter].
O comando Zoom aumenta ou diminui o desenho na tela.
Zoom Window – Acione View ‐ Zoom ‐ Window ou digite Z[enter] ‐ W[enter].No prompt
First Corner: mova o cursor até o local escolhido e pressione o botão de seleção. Ao
mover o cursor um retângulo aparecerá sendo que um dos cantos estará fixo no local que
você escolheu. No prompt First Corner: Other Corner:, posicione o outro canto da janela
de modo que cubra o objeto que você deseja ampliar e depois pressione o botão de
seleção (botão esquerdo do mouse).
Zoom Previous – Acione View ‐ Zoom ‐ Previous ou digite Z[enter] P[enter]. A visão
anterior retorna a tela.
Zoom Dynamic – Acione View ‐ Zoom ‐ Dynamic ou digite Z[enter] D[enter]. O AutoCAD
mostra todo o desenho na tela com uma janela representando o monitor. Permite que
você desloque uma caixa (janela) do tamanho da visão que você está tendo da tela sobre
o seu desenho. O usuário pode aumentar ou diminuir o tamanho da caixa pressionando o
botão de seleção do mouse (esquerdo). Você notará que do lado direito da caixa
aparecerá uma seta. Clicando novamente o botão de seleção, aparece um X no centro da
janela e o tamanho da caixa se torna fixo. Posiciona a caixa sobrre a área do desenho que
você deseja ampliar e pressione o botão direito do mouse ou tecle [enter].
Zoom All – Acione View ‐ Zoom ‐ All ou digite Z[enter] A[enter] para ver o seu desenho
inteiro até os seus limites.
Zoom Extents – Acione View ‐ Zoom ‐Extents ou digite Z[enter] E[enter]. Esse comando
força o desenho inteiro a preencher a tela no lado esquerdo da área de apresentação.
O comando Pan permite que você desloque o seu campo de visão sem ter que ampliar ou
diminuir sua janela de zoom. Acione View ‐ Pan ou digite [enter]. No prompt de comando você verá
Pan Displacement: dê um clique no local da tela que você deseja deslocar. No prompt de comando
aparecerá Second point: você verá uma linha elástica ligada ao cursor. Desloque o cursor até a
posição desejada a clique novamente.
55
Figura 8: C omandos de visualização
5.7. UTI LIZANDO A
AS FERRAM
MENTAS DEE PRECISÃO
O
Os mousses têm funções um po ouco diferennte no Auto
oCAD. O bottão do meioo exerce um
ma função aa
mais. Mas
m sse você não
o possuir um
m mouse dee três botõ
ões não se p
preocupe. PPara ativar o Menu dee
Precisão – M
P Menu OSNAP – que veremos mais ttarde, bastaa manter
pression
nada a tecla Shift do seu
u teclado e clicar o botão esquerdo do mousee (Enter) ou
u no
teclado ((tecla Enterr).
Muitos m
mouses de ttrês botõess não fazem
m abrir o Me
enu Osnap n
no segundoo botão, devvido a estess
possuírem o
p outras configgurações.
Figu
ura 9: Comaandos de utilização do M
Mouse
O teclado exerce inú
úmeras funções nos coomandos do
o AutoCAD.
56
F1 – Help – Ativa o comando de ajuda do AutoCAD
F2 – AutoCAD Text Window – Ativa e desativa a tela do AutoCAD Text Window, que na
verdade é a linha de comando do AutoCAD, só que ampliado, mostrando mais linhas de
comandos no monitor e dentro de uma janela.
F3 – Osnap On/Off – Liga e desliga o sistema automático de detecção de pontos de
precisão (osnap).
F4 – Tablet On/Off ‐ Ativa e desativa a mesa digitalizadora, se esta estiver sendo utilizada.
F5 – Isoplane Right/Left/Top – Muda o tipo de perspectiva para desenhos isométricos.
F6 – Coords On/Off – Liga e desliga o contador de coordenadas.
F7 – Grid On/Off – Liga e desliga o Grid.
F8 – Ortho On/Off – Liga e desliga o método de criação de entidades ortogonais (vertical e
horizontal).
F9 – Snap On/Off – Liga e desliga o tabulador Snap, que será visto posteriormente.
F10 – Polar On/Off ‐ Liga e desliga o método de criação polar (mostrando posições
verticais e horizontal na areal de trabalho).
F11 – Otrack On/Off – Esta opção liga e desliga o OTrack (Object Snap Tracking), que nos
ajuda a desenhar objetos em ângulos específicos ou em relações com outras entidades.
Veremos agora uma parte muito importante do nosso curso: o menu OSNAP. Este nome é dado
ao menu de comando de precisão do AutoCAD, que são comandos que reconhecem pontos
importantes de entidades; qualquer que ela seja. Para ativar o menu OSNAP basta clicar no botão do
meio do mouse se este for configurado para tal, senão pressione as teclas Shift + Enter e selecionar
com o botão de seleção a opção de precisão desejada. Se não quiser o OSNAP, se este tiver sido
clicado acidentalmente, pressione o botão de seleção fora dele ou utilize a opção None. Algumas das
opções do menu OSNAP são direcionadas para desenhos tridimensionais, portanto não o veremos
neste curso.
Os comandos de precisão serão, a partir de agora utilizados com bastante freqüência. Para
desenhos que exigem precisão é muito importante a utilização desses comandos, pois somente a
partir deles você conseguirá um projeto confiável. Vamos agora conhecer os principais comandos de
precisão:
EndPoint ‐ Seleciona o ponto final de uma linha, não importando como ela foi formada
(pelos comandos Polyline , Line, Rectangle, Polygon, etc). Nenhum influi na captação
deste ponto, nem de qualquer outro mencionado abaixo.
MidPoint ‐ Seleciona o ponto médio de uma linha.
Intersection ‐ Seleciona o ponto de intersecção entre duas entidades.
Apparent Intersection ‐ Seleciona uma intersecção aparente: não existente entre duas
entidades.
Center ‐ Seleciona o centro de uma circunferência ou de um arco.
57
Quadrant ‐ Seleciona o ponto de quadrante de uma circunferência ou de um arco.
Perpendicular ‐ Seleciona o ponto perpendicular de uma entidade em relação à outra.
Normalmente usa‐se para esticar ou construir linhas perpendiculares a outras existentes.
Tangent – Utilizado para construir entidades tangentes à outra já existente, podendo ser
feito entre linhas e círculos, linhas e arcos, círculos e círculos e arcos e arcos.
Node ‐ Seleciona como referencia um ponto construído com o comando POINT.
Insertion ‐ Seleciona o ponto de inserção de textos, blocos e atributos, que depende do
método em que estes são colocados na área gráfica.
Nearest ‐ Seleciona um ponto qualquer em qualquer entidade, dependendo da posição
do clique de seleção sobre ela.
Extension – Seleciona um ponto a partir de uma extensão de um Endpoint, podendo até
digitar um valor.
Parallel – Constrói entidades paralelas a outras já existentes.
Figura 10: Comandos de precisão
6 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
58
Para a planta da prática 03, para a qual foi feito o memorial de cálculo nas práticas 02
e 03, faça o desenho através do programa AutoCAD.
NOTA (1): Representar o desenho em papel que facilite a leitura do projeto, deixando o
desenho, textos e blocos com tamanho aceitável.
NOTA (2): Para melhorar a representatividade do projeto podem ser acrescentados detalhes
construtivos, de montagem de equipamentos e de conexões elétricas.
59
PRÁTICA 5: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA
DIRETA
1 ‐ OBJETIVO
a) Conhecer as principais representações dos equipamentos nos diagramas de comando;
b) Entender como se faz a leitura de um diagrama de comando;
c) Conhecer os principais tipos de partida de motores;
d) Realizar a partida direta de um motor.
O contator possui a função de Comando, seccionamento e controle dos circuitos alimentadores
de cargas, como os motores. O Contator é constituído de uma bobina que, quando é alimentada, cria
um campo magnético no núcleo fixo que atrai o núcleo móvel que fecha o circuito. Cessando a
alimentação da bobina, é interrompido o campo magnético, provocando o retorno do núcleo por
molas. Assim, podemos distinguir as quatros principais partes de um contator observando a Figura 1.
Figura 1 ‐ Representação dos elementos de um contator
A bobina que representa a entrada de controle do contator que, ao ser ligada a uma fonte de
tensão, circula na mesma corrente elétricas que cria um campo magnético que envolve o núcleo de
ferro. A representação dos terminais da bobina é A1/A2.
O contator possui contatos principais e auxiliares. Os contatos para circuitos principais (contatos
de força) são representados com a numeração de 1 a 6 (1‐2; 3‐4; 5‐6), significando que para cada
terminal marcado com um número ímpar, corresponde outro terminal marcado com um número par
imediatamente subsequente, também podem ser representados por letras e índice numérico (L1‐T1;
L2‐T2; L3‐T3), deve‐se atentar para as referências dos contatos 1; 3; 5 ou L1; L2; L3,pois estes devem
ser conectados no lado da fonte (lado da rede de alimentação) e os contatos 2; 4; 6 ou T1; T2; T3,
devem ser conectados no lado da carga, nesta prática representada pelo motor.
60
Um contator principal possui ainda contatos auxiliares, que são utilizados para fins de comando,
estabelecer a alimentação da bobina do contator (selo), trava, sinalização, etc.
Figura 2 – Contator, contatos auxiliares e acoplamento de disjuntor motor.
Um contator principal, deve possuir 3 (três) contatos de força, e um ou mais contatos auxiliares.
Os contatos de força são contatos normalmente abertos (NA), e os contatos auxiliares podem ser
normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF). Os contatos auxiliares são identificados por
números com dois dígitos, sendo o 1° ordinal e o 2° funcional, onde os números compostos por dois
61
com terminação 1 e 2, são contatos normalmente fechados (NF) (Ex. 21‐22; 31‐32;...). Já os contatos
auxiliares representados com números de dois dígitos terminados com 3 e 4, são contatos
normalmente abertos (NA) (Ex. 13‐14; 43‐44 ...). Entende‐se por contato normalmente aberto (NA),
aqueles que, enquanto a bobina do contator estiver desenergizada, os mesmos estarão abertos
(seccionados) pela ação da mola. No instante em que se estabelece tensão na bobina, a força
magnética desta, vence a força mecânica da mola, fazendo com que os contatos que estavam
abertos, fechem. Cessando a ação da força magnética, a mola retorna a sua posição normal, fazendo
com que os contatos voltem a abrir. Processo semelhante é realizado de modo inverso, nos contatos
NF.
2.2. FUSÍVEL
Destinam‐se a proteção contra correntes de curto‐circuito. Entende‐se por esta última aquela
provocada pela falha de montagem do sistema, o que leva a impedância em determinado ponto a
um valor quase nulo, causando assim um acréscimo significativo no valor da corrente.
Sua atuação deve‐se a fusão de um elemento pelo efeito Joule, provocado pela súbita elevação
de corrente em determinado circuito.
Existem dois principais tipos de fusíveis adotados no laboratório.
Fusível NH
Este pode ser traduzido do alemão com a seguinte interpretação: N é originado da palavra
Niederspannung, que significa Baixa Tensão, sendo H originado de Hochleistung, que significa Alta
Capacidade. Esse dispositivo de manobra é utilizado com o objetivo de interromper a corrente do
circuito pela fusão de seu elo fusível, sendo o mesmo envolto em areia para propiciar a extinção do
arco elétrico. Os efeitos limitadores de corrente dá‐se por efeitos térmicos da corrente. O fusível NH
apresenta na sua curva característica, uma faixa de sobrecarga onde ocorre o desligamento com o
retardo, isto é, um tempo de atuação longo o suficiente para ligar‐se um motor, considerando sua
corrente de partida, sem que se funda o elo fusível. Esses fusíveis, em construção especial, aplicam‐
se a outras funções, como por exemplo para a proteção de tiristores, em dispositivos eletrônicos e
de acionamento microprocessados, que nessa situação tem uma característica ultra rápido.
62
Figura 3 – Fusível NH
Fusível Diazed
Este fusível tem por função proteger os circuitos parciais contra curtos‐circuitos. Os
fusíveis diazed são elementos limitadores de corrente, para aplicação geral, mas que devem ser
usados preferencialmente na proteção dos condutores da instalação, circuitos de iluminação,
circuitos de comando e em circuitos de força de motores de pequeno e médio porte.
Figura 4 – Fusível Diazed
63
2.3. BOTOEIRAS
As botoeiras são chaves elétricas acionadas manualmente que são acionadas através de impulso
mecânico ao pulsarmos o botão ou manopla, retornando a posição inicial após cessar o impulso. De
acordo com o tipo de sinal a ser enviado ao comando elétrico, às botoeiras são caracterizadas como
pulsadoras ou com trava. Existem diversos elementos que compõem os diversos tipos de botoeiras.
Existem botoeiras com contatos normalmente abertos (NA), contatos normalmente fechados (NF) e
botoeiras de comando duplo possuindo tanto contatos normalmente abertos como contatos
normalmente fechados.
A botoeira normalmente fechada (NF) é utilizada para desativar o circuito. Devem‐se observar as
cores normatizadas, vermelho é utilizado para o botão desliga.
A botoeira normalmente aberta (NA) é utilizada para ativar o circuito. Suas cores podem ser:
amarela, preta, verde, branca ou transparente.
64
Figura 5 – Botoeiras e sinalizadores
2.4. SINALIZADORES
Os sinalizadores são equipamentos de comandos elétricos com a finalidade de sinalizar uma
ocorrência ou status de um equipamento ou máquina. Os sinalizadores são fabricados de diversas
cores e formas.
65
Os sinalizadores luminosos são os mais utilizados nos painéis de comando, pois com esse
elemento é possível monitorar todo sistema da planta industrial.
2.5. RELÉ DE PROTEÇÃO DE FALTA DE FASE
A função desse relé é de alertar o responsável pela manutenção do sistema que está faltando
uma fase ou neutro, ou ainda que o sistema está assimétrico, por meio de sirene ou sinalizador
visual. O contato do relé de proteção de falta de fase pode ainda, desligar uma máquina, um motor,
parte do sistema ou todo sistema.
Figura 6 – Relé falta de fase
2.6. RELÉS TÉRMICOS
Os relés térmicos são componentes de proteção utilizados em circuitos de comando de motores
elétricos. Esse componente é utilizado no circuito para proteção contra sobrecarga.
As principais vantagens na utilização dos relés térmicos são:
Proteção do circuito contra correntes acima dos valores predeterminados;
Não desarma com corrente de pico na partida de motores;
Sinaliza o desarme;
66
Permite a utilização de contatos NA e NF para sinalização e comando.
Figura 7 – Relé térmico.
3 ‐ SISTEMA DE PARTIDA DE MOTORES
Para que um motor seja utilizado de forma mais eficiente possível é necessário que seja adotado
um sistema de partida adequado para cada situação de uso. As vantagens da adoção de um sistema
correto prolonga a vida útil do motor, reduz os custos operacionais, além de facilitar os processos de
manutenção.
Os critérios que devem ser considerados para escolha mais adequada do método de partida
envolvem considerações quanto à capacidade da instalação, requisitos da carga a ser considerada,
além da capacidade do sistema gerador.
4 ‐ PARTIDA DIRETA
A partida direta é a maneira mais simples de iniciar o funcionamento de um motor elétrico. Uma
partida direta consiste em aplicar uma tensão nominal ao motor, permitindo desenvolver toda sua
potência e torque no momento designado, evitando prejudicar seus componentes.
67
Se não for possível dar partida direta em um motor, seja porque a rede elétrica não tem potência
suficiente e será alterada durante a partida, ou porque a máquina sofrerá deteriorações mecânicas
por não suportar o valor máximo do torque de aceleração produzido pelo motor, ou porque a
produção será afetada e os produtos danificados, então deve‐se re‐ correr a algum tipo de partida
com tensão reduzida.
5 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
Faça a montagem da partida direta de acordo com o esquema apresentado.
NOTA (1): Para a montagem do circuito é importante observar:
a) Montar primeiro o circuito de comando e realizar o teste na presença de monitor
e/ou professor;
b) Montar o circuito de força e realizar o teste na presença de monitor e/ou professor;
c) Atentar para o tipo de ligação do motor, evitando que seja aplicada uma tensão maior
que a nominal;
d) A alimentação do circuito de comando é realizada em 220 V;
e) Antes da energização verificar se as pontas dos conectores não estão em contato,
visto a proximidade no painel e que isso pode gerar um curto‐circuito;
Simbologia
F1‐NH Fusíveis de força
F2‐DI Fusíveis de comando
K1 Contator
FT1 Relé de sobrecarga
BLIGA Botoeira de acionamento
BDESL Botoeira de desligamento
68
Figurra 8 – Partid
da Direta
69
PRÁTICA 6: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA
DIRETA COM REVERSÃO E ACIONAMENTO POR CHAVE BOIA
1 ‐ OBJETIVO
a) Conhecer as principais representações dos equipamentos nos diagramas de comando;
b) Entender como se faz a leitura de um diagrama de comando;
c) Conhecer os principais tipos de partida de motores;
d) Realizar a partida direta com reversão de um motor;
e) Realizar o acionamento do motor por chave boia.
2 ‐ INVERSÃO NO SENTIDO DE GIRO
A maneira como os motores assíncronos trifásicos são construídos permite que, ligando
ordenadamente suas fases, o motor gire no sentido horário (para a direita).
No entanto, existem diversas aplicações que exigem que se inverta o sentido de giro do motor.
Essa característica pode ser obtida invertendo‐se duas fases.
3 ‐ PARTIDA DIRETA COM INVERSÃO NO SENTIDO DE GIRO
Para o desenvolvimento desse sistema de partida podemos fazer uma combinação de partidas
diretas. Está partida irá utilizar dois contatores, cada um deles projetado como se fosse uma
condição de partida direta.
Existem alguns aspectos na utilização da partida direta com reversão que devem ser
considerados. Quando as sequências de manobra forem muito elevadas a categoria de serviço do
contator deve ser levada em consideração, visto que, a vida dos contatos do contator pode ficar
seriamente comprometida. A partida deve considerar o intertravamento entre os contatores para
evitar que os dois contatores fechem seus contatos simultaneamente causando um curto‐circuito.
Este intertravamento pode ser obtido por meios elétricos, conectando a bobina de um contator
através de um contato auxiliar NF do segundo e vice‐versa. Também pode ser obtido por meios
mecânicos vinculando os acionamentos de ambos os contatores por meio de intertravamento de tal
maneira que ao atracar de um dos contatores, seja impedido o fechamento do contator vizinho.
4 ‐ ACIONAMENTO POR CHAVE BOIA.
Em instalações elétricas com a utilização de bombeamento de água (bomba de recalque), como
em instalações prediais (bombeamento de água da cisterna, nível inferior, para caixa d’água, nível
superior), é interessante realizar o acionamento destas de forma diferente, pois há a necessidade de
se controlar a energização ou não dos motores devido as seguintes condições de operações:
A bomba deve ser ligada quando o reservatório de nível inferior estiver com água e o
superior não;
A bomba deve manter‐se desligada quando o reservatório de nível superior estiver cheio
ou quando no inferior estiver vazio.
70
Para tanto, utiliza‐se na lógica de comando as chamas chaves boias de contato de mercúrio (ver
foto).
“Os contatos de mercúrio, no interior de um invólucro de PVC, contêm: um contrapeso metálico
que serve para manter a chave boia na posição desejada, uma ampola e no seu interior os contatos e
o mercúrio. Os contatos estão ligados aos condutores do circuito elétrico. Conforme a posição da
chave, os contatos são ligados entre si por meio do mercúrio. Existem dois tipos de chave boia com
contatos de mercúrio usadas: para reservatório superior e inferior“ (fonte:
www.portaleleticista.com.br).
Figura 16 ‐ Detalhamento da chave boia.
5 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
Faça a montagem da partida direta de acordo com o esquema apresentado.
NOTA (1): Para a montagem do circuito é importante observar:
a) Montar primeiro o circuito de comando e realizar o teste na presença de monitor
e/ou professor;
b) Montar o circuito de força e realizar o teste na presença de monitor e/ou professor;
c) Atentar para o tipo de ligação do motor, evitando que seja aplicada uma tensão maior
que a nominal;
d) A alimentação do circuito de comando é realizada em 220 V;
e) Antes da energização verificar se as pontas dos conectores não estão em contato,
visto a proximidade no painel e que isso pode gerar um curto‐circuito;
71
Figura 2 – Partida Direta com reversão
72
Figura 3 – Partida Direta com chave boia
2 ‐ TENSÃO REDUZIDA NA PARTIDA DE MOTORES
De maneira geral seria mais adequado aplicar ao motor toda sua tensão nominal para dar partida
no motor. No entanto, existem diversos impedimentos para a partida direta em diversos casos.
Nesses casos onde não é possível a partida direta deve‐se recorrer a métodos de partida com tensão
reduzida.
3 ‐ EFEITOS DA PARTIDA COM TENSÃO NOMINAL
Existem diversos casos em que a capacidade da rede elétrica de fornecer potência a carga é
limitada, efeito esse provocado, por exemplo, por um transformador de pequeno porte ou pela
seção do condutor e sua distância em relação à carga.
Como durante a partida temos elevadas correntes, essas correntes podem gerar efeitos
indesejáveis como quedas de tensão na rede. Para que se limite o nível de corrente de partida no
motor deve‐se, na utilização desse esquema de ligação, aplicar uma tensão menor que a nominal
durante a partida, pois a corrente de partida é proporcional à tensão aplicada.
Existem também os efeitos mecânicos que podem ser causados, por exemplo, pelo elevado
torque de partida, esse torque dependendo da aplicação pode gerar um desgaste do acoplamento.
4 ‐ PARTIDA ESTRELA‐TRIÂNGULO
A partida estrela‐triângulo é um dos métodos mais utilizados para partida de motores com
tensão reduzida tanto pela simplicidade de sua construção, baixo custo e confiabilidade.
A partida estrela‐triângulo aproveita a relação entre as tensões de linha e de fase, pois em um
sistema de distribuição de energia trifásico, a tensão de linha é √3 vezes maior que a tensão de fase:
Dado que esta relação é constante e influencia tanto na tensão como na corrente, a corrente de
partida é reduzida a um terço daquela de partida direta, ou seja, que se a corrente de partida direta
de um motor é de 7,2 vezes a nominal, utilizando uma partida estrela‐triângulo, a corrente de
partida é reduzida a somente 2,4 vezes.
5 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
Faça a montagem da partida direta de acordo com o esquema apresentado.
NOTA (1): Para a montagem do circuito é importante observar:
73
a) Montar primeiro o circuito de comando e realizar o teste na presença de monitor
e/ou professor;
b) Montar o circuito de força e realizar o teste na presença de monitor e/ou professor;
c) Atentar para o tipo de ligação do motor, evitando que seja aplicada uma tensão maior
que a nominal;
d) A alimentação do circuito de comando é realizada em 220 V;
e) Antes da energização verificar se as pontas dos conectores não estão em contato,
visto a proximidade no painel e que isso pode gerar um curto‐circuito;
74
f) Não deixar de fazer a ligação dos inter‐travamentos, com o objetivo de evitar o
funcionamento dos dois contatores simultaneamente.
Figura 1 –
Partida
Estrela‐
triângulo
75
PRÁTICA 8: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA
COM AUXÍLIO DE SOFT‐STARTER
1 ‐ OBJETIVOS
a) Conhecer o princípio de funcionamento do soft‐starter;
b) Conhecer os principais componentes do soft‐starter;
c) Entender o modo de conexão e ligação do motor com auxílio de um soft‐starter;
d) Realizar a partida de um motor com auxílio de um soft‐starter.
2 ‐ SOFT‐STARTER
É recorrente no desenvolvimento de nossa sociedade a necessidade de acelerar, manter em
movimento e parar máquinas. Seja através de tração animal, sejam monjolos, moinhos de vento ou
vapor, foram várias as soluções de que nossos precursores lançaram mão para obter maior conforto,
maior segurança e para atingir melhores resultados em suas atividades.
Picos de corrente e torque são intrínsecos à partida com plena tensão do motor trifásico. Na
prática, muitas vezes deseja‐se limitar o valor da corrente que será drenada da rede de alimentação
a fim de evita distúrbios na rede ou aumento da demanda de energia elétrica.
No caso dos distúrbios na rede, o objetivo é reduzir a queda de tensão (ou mesmo a sua
interrupção). No caso do aumento da demanda, deseja‐se atender limites definidos junto às
concessionárias de energia elétrica, uma vez que o não atendimento destes limites é punido com a
cobrança tarifas elevadas.
Embora, invariavelmente a redução da corrente seja acompanhada de uma redução do torque
no motor, nem sempre esta redução de torque é tida como prejudicial. Na verdade este é um dos
aspectos que precisam ser cuidadosamente ponderados a fim de obter‐se o melhor
dimensionamento do conjunto motor+ sistema de partida.
Podemos agrupar os métodos de partida de motores trifásicos conforme segue:
Aqueles em que a tensão aplicada ao motor é a tensão plena da rede (partida direta)
Aqueles em que a tensão aplicada ao motor é a tensão plena, entretanto a ligação das
bobinas do motor leva a uma tensão menor em cada bobina (chaves estrela‐ triângulo e
série‐ paralela).
Aqueles em que a tensão aplicada ao motor é efetivamente reduzida
As chaves de partida eletrônica (Soft‐Starter) são chaves estáticas microprocessadas projetadas
para acelerar/desacelerar e proteger motores. Ela proporciona uma partida suave ao motor de
indução evitando as sobrecorrentes transitórias de partida e, portanto, subtensões resultantes na
rede elétrica.
76
A Soft‐Starter hoje já é uma alternativa plenamente consolidada para partidas e paradas de
motores trifásicos de indução. A evolução dos processos e máquinas criou um ambiente propício ao
acionamento suave, controlado e com múltiplos recursos disponibilizados pelo controle digital.
Indo além, há uma maior consciência de que nossos recursos exigem conservação cuidadosa, o
que faz da Soft‐Starter um equipamento em sintonia com o cenário energético atual, colaborando
para o uso racional de nossas instalações.
3 ‐ PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM SOFT‐STARTER
Entender o funcionamento da Soft‐Starter é importante para construir uma base sólida de
conhecimentos, a partir da qual o usuário do equipamento poderá desenvolver sua capacidade de
aplicação do produto.
O funcionamento das Soft‐Starters está baseado na utilização de uma ponte tiristorizada (SCR’s)
na configuração anti‐paralelo, que é comandada através de uma placa eletrônica de controle, a fim
de ajustar a tensão de saída, conforme programação feita anteriormente pelo usuário.
Figura 1: Blocodiagrama Simplificado
Como podemos ver, a Soft‐Starter controla a tensão da rede através do circuito de potência,
constituído por seis SCRs, onde variando o ângulo de disparo dos mesmos, variamos o valor eficaz de
tensão aplicada ao motor.
O ângulo de disparo de cada par de tiristores é controlado eletronicamente para aplicar uma
tensão variável no motor durante a aceleração. No final do período de partida, ajustável conforme a
aplicação, a tensão atinge seu valor pleno após uma aceleração suave ou uma rampa ascendente, ao
invés de ser submetido a transição brusca, como ocorre com os métodos de partida tradicionais.
Pode‐se destacar que a corrente de partida mantém‐se próxima a corrente nominal.
77
As chavees Soft‐Startters têm um ma função m muito simples, que é attravés do coontrole da vvariação do o
ângulo
â de d
disparo da ponte de tiristores, geerar na saíd
da da mesm
ma, uma teensão eficazz gradual e
e
continuame
c nte crescen
nte até que seja atingidda a tensão nominal da rede.
Fiigura 2: Ram
mpa De Tennsão Aplicad
da Ao Motorr Na Aceleraação
Atentemm ao fato dee que quand do ajustamoos um valorr de tempo de rampa, ee de tensão o de partidaa
(pedestal), isto não significa que o o motor iráá acelerar de zero até a sua rotaçção nominal no tempo o
definido por
d r ta. Isto, naa realidade dependeráá das caractterísticas dinâmicas doo sistema m motor/carga,,
como
c por eexemplo: sisstema de acoplament
a to, momentto de inérccia da cargaa refletida ao eixo do
o
motor, atuaç
m ção da funçção de limitaação de corrrente, etc.
Tanto o valor do peedestal de tensão, qua nto o de tempo de ram
mpa são vallores ajustáveis dentro
o
de uma faixa
d a que pode variar de faabricante paara fabrican
nte.
Não exisste uma regra prática que possa seer aplicada para definirr qual deve ser o valor de tempo aa
ser
s ajustado o, e qual o
o melhor vaalor de tennsão de pe
edestal para
a que o m
motor possa garantir a
a
aceleração
a d
da carga. A
A melhor ap
proximação poderá serr alcançada através doo cálculo do
o tempo dee
aceleração d
a do motor.
4 ‐ PROCED
4 DIMENTO PRÁTICO
aa) Se inform
me, com anntecedênciaa, com o professor ou monitor soobre o mode
elo do soft‐‐
starter p
presente no laboratórioo.
MODELO
O: ________
____________________
__________
________________
b
b) Pesquisee sobre o manual destee soft‐starte
er e preench
ha os seguinntes dados:
TENSÃO NOMIN
NAL (V):
CORREENTE NOMIN
NAL (A):
FAIXA DE AJUSSTE DO TEM
MPO DE RAM
MPA (s):
78
FAIXA DE AJUSTE DA TENSÃO INICIAL (% da nominal):
FAIXA DE AJUSTE DO TEMPO DE DESCIDA, CASO TENHA, (s):
c) Pesquise no manual também o esquema de ligação para uma partida simples em um
motor, e desenho‐o abaixo:
d) Monte o diagrama, desenhado por você, na bancada. Atente‐se com o esquema de
ligação do motor, sua tensão nominal e a faixa de ajuste escolhida para permitir uma
partida suave. (OBS: verifique o valor da corrente de partida para diferentes ajustes
na tensão inicial).
79
PRÁTICA 9: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES –
PARTIDA COM AUXÍLIO DE INVERSOR DE FREQUÊNCIA
1 ‐ OBJETIVOS
a) Conhecer o princípio de funcionamento do inversor de frequência;
b) Conhecer os principais componentes do inversor de frequência;
c) Entender o modo de conexão e ligação do motor com auxílio de um
inversor de frequência;
d) Realizar a partida de um motor com auxílio de um inversor de frequência.
2 ‐ INVERSOR DE FREQUÊNCIA
Um acionamento elétrico é um sistema capaz de converter energia elétrica em
energia mecânica (movimento), mantendo sob controle tal processo de conversão.
Estes são normalmente utilizados para acionar máquinas ou equipamentos que
requerem algum tipo de movimento controlado, como por exemplo, a velocidade de
rotação de uma bomba. Um acionamento elétrico moderno é formado normalmente
pela combinação dos seguintes elementos:
Os motores mais amplamente utilizados nos acionamentos elétricos são os
motores de indução monofásicos e trifásicos. Estes motores, quando alimentados com
tensão e frequência constantes, sempre que não estejam operando a plena carga
(potência da carga igual à potência nominal do motor) estarão desperdiçando energia.
É importante ressaltar também o fato de que um motor de indução transforma em
energia mecânica aproximadamente 85% de toda a energia elétrica que recebe e que
os 15% restantes são desperdiçados, sendo assim o acionamento elétrico de máquinas
um assunto de extraordinária importância no que se refere à economia de energia.
Durante muitos anos, as aplicações industriais de velocidade variável foram ditadas
pelos requisitos dos processos e limitadas pela tecnologia, pelo custo, pela eficiência e
pelos requisitos de manutenção dos componentes empregados.
80
Os sistemas mais utilizados para variação de velocidade foram por muito tempo
implementados com motores de indução de velocidade fixa, como primeiro dispositivo
de conversão de energia elétrica para energia mecânica. Para a obtenção de velocidade
variável o sistema necessitava de um segundo dispositivo de conversão de energia que
utilizava componentes mecânicos, hidráulicos ou elétricos.
Com a disponibilidade no mercado dos semicondutores a partir dos anos 60 este
quadro mudou completamente. Mas foi mesmo na década de 80 que, com o
desenvolvimento de semicondutores de potência com excelentes características de
desempenho e confiabilidade, foi possível a implementação de sistemas de variação de
velocidade eletrônicos. O dispositivo de conversão de energia elétrica para mecânica
continuou sendo o motor de indução, mas agora sem a utilização de dispositivos
secundários mecânicos, hidráulicos ou elétricos. Em muitos casos a eficiência das
instalações equipadas com estes novos dispositivos chegou a ser duplicada quando
comparada com os sistemas antigos. Estes sistemas eletrônicos de variação continua de
velocidade proporcionam, entre outras, as seguintes vantagens:
Economia de energia
Melhoramento do desempenho de máquinas e equipamentos, devido à
adaptação da velocidade aos requisitos do processo.
Elimina o pico de corrente na partida do motor
Reduz a frequência de manutenção dos equipamentos
Na aplicação dos inversores de frequência o motor de indução, ao contrário do que
acontece quando ligado diretamente à rede de distribuição de energia elétrica, é
alimentado com frequência e tensão variável. Isto possibilita obter velocidade variável
no eixo do próprio motor. É muito importante, assim, conhecer e entender o
funcionamento destes sistemas (motor + inversor) para prevenir erros de aplicação que
poderiam acabar com os benefícios que estes dispositivos proporcionam.
3 ‐ PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM INVERSOR DE FREQUÊNCIA
1 ‐ CONCEITO
Dispositivo eletrônico que transforma energia elétrica CA fixa (tensão e frequência)
em energia elétrica CA variável, controlando a potência consumida pela carga.
2 ‐ FUNCIONAMENTO
No caso específico, o inversor de frequência é utilizado para controlar a rotação
de um motor assíncrono (de indução). Isto é alcançado através do controle micro
processado de um circuito típico para alimentação do motor composto de transístores
de potência que realizam o chaveamento rapidamente uma tensão CC, modificando o
81
valorr “rms” e o período. A
Ao controlarr a rotação o motor, flexibilizamoos a produçãão da
máqu uina que é aacionada peelo motor d e indução.
3 ‐ P
PARÂMETR
ROS E ERRO
OS APRESEENTADOS
P
Para facilitarr a descrição
o, os parâm
metros serão
o agrupadoss pelas suas
s características:
Parâmetros de leitura
Os parâmetros de leitu
O ura, como sseu nome indica, perm mitem visuaalizar os vaalores
programados no os parâmettros de reguulação, de configuraçã
c ão, do motoor e das fun
nções
especiais. Por exemplo,
e naa linha de iinversores WEG são id dentificadoss do P001 até o
P0999. Estes parrâmetros nãão permitem m a edição do valor programadoo; somente a sua
leiturra.
Parâmetros de rregulação
SSão os valores ajustáveis a serem uutilizados pe
elas funçõess do inversoor.
Parâmetros de cconfiguraçã o
D
Definem as características do inveersor, as fun
nções a serrem executaadas, bem como
as funções das eentradas e ssaídas.
Parâmetros do m
motor
82
Define os parâmetros obtidos dos dados de placa.
Parâmetros das funções especiais
Inclui os parâmetros relacionados com ciclo automático, regulador PID e regulador
de velocidade.
A placa eletrônica de controle contêm os circuitos responsáveis pelo comando,
monitoração e proteção dos componentes da potência. Este cartão contêm também
circuitos de comando e sinalização que serão utilizados pelo usuário de acordo com a
aplicação, como saídas a relés e entrada digitais.
SOBRECARGA
Limitando o valor “rms” num máximo de 1,5 a 2 veZes o valor nominal
Calculando o aquecimento do motor ( I2t ) instântaneamente , levando em
consideração a velocidade do motor , pois em baixas rotações a auto ventilação não
permite correntes altas no motor. Notar que um relé térmico tradicional pode não
operar corretamente, pois em baixas rotações a corrente do motor, geralmente é
menor que a nominal e, num evento de uma sobrecarga, ela se elevará a um nível em
que não sensibilizará o rele térmico. A proteção interna do inversor é mais apropriada
para proteção do motor e da instalação elétrica até o motor. Quando ocorrer o
desarme por sobre corrente deve – se observar se foi devido a aquecimento do motor
ou do próprio inversor.
Em caso do inversor, verificar se a circulação de ar está livre ou se o ventilador
está funcionando. Em caso do motor aguardar alguns minutos até o inversor permitir o
religamento. Ele, normalmente, aguarda um tempo para resfriamento do motor.
Porém isto pode ser “zerado” para que permita a partida imediata do motor –
CUIDADO PARA NÃO QUEIMAR O MOTOR.
Curto – circuito
Se um curto acontecer na saída do inversor ( nos terminais do motor ou
nos cabos entre inversor – motor) a sobre corrente é detectada internamente no
inversor e um comando para bloquear os igbt´s é dado. o curto é eliminado em micro
segundos
protegendo o inversor . esta breve corrente é principalmente alimentada pelos
capacitores usados com os retificadores e se torna imperceptível pela rede elétrica ,
conforme descrito na figura abaixo, portanto , se torna importante que se dimensione
o inversor dentro do nível de curto –circuito no ponto onde está instalado – caso ele
não atenda , pode –se colocar um indutor na entrada e/ ou na saída , que além
de diminuir os ruídos , ajudam a diminuir o nível de curto . outra
alternativa é colocar fusível na saída do inversor com capacidade de
suportar o curto .
83
aquecimento do inversor um sensor é colocado no dissipador traseiro para
detectar este aquecimento, e em caso de excesso, desliga o inversor – seu
mau funcionamento pode causar o desligamento indevido, necessitando ser
trocado. verificar também, se a ventilação está funcionando corretamente
– bloqueio do fluxo de ar ou ventilador danificado pode fazer o inversor
parar.
QUEDA DE TENSÃO DA REDE
Esta proteção é necessária para evitar um mau funcionamento dos circuitos de
controle e o motor e para evitar a sobrecorrente quando a rede volta a tensão
nominal. Geralmente, um valor de tempo de tolerância pode ser ajustado no inversor
para evitar desligamentos indevidos (na faixa de alguns segundos – Ride Through) é
usada para evitar danos aos seus componentes de força.
Falta de fase
Fuga à terra
Proteção quanto a baixa isolação do motor, cabos ou do próprio inversor.
Observar que esta medição se dá em alta frequência e pode causar confusão nas
medições de isolação que normalmente são feitas com aparelhos CC (megômetro
cabos e motores mais adequados .
4 ‐ VANTAGENS DOS INVERSORES
84
5 ‐ CONSIDERAÇÕES PARA A ESPECIFICAÇÃO DE UM INVERSOR
85
6 ‐ IDENTIFICAÇÃO DA PLACA DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA (MODELOS DO
FABRICANTE WEG)
86
7 ‐ A
ALTIVAR 31
12 (FABRIC
CANTE SCH
HNEIDER)
87
Tabela d
de Especifica
ações:
Diagram
ma geral de ffiação:
Descriçãão do termin
nal:
88
Vale resssaltar que p
para maiorees especificaações destee inversor d eve‐se conssultar
o maanual do fab
bricante, neeste caso dissponibilizad
do no site da Schneiderr.
8 ‐ P
PROCEDIM ENTO PRÁ
ÁTICO
89
PRÁTICA 10: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES –
CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL CLP – PARTE I
1 ‐ OBJETIVOS
a) Conhecer o princípio de funcionamento do CLP;
b) Conhecer a importância do CLP na automação industrial
c) Se familiarizar com a linguagem de programação LADDER;
d) Entender o modo de conexão e ligação do CLP;
e) Acionamento de lâmpadas pelo CLP.
2 ‐ CLP
90
‐ Apresentam interface de comunicação com outros CLP’s e computadores de controle;
‐ Permitem maior rapidez na elaboração do projeto do sistema.
Princípio de funcionamento – (Diagrama de Blocos):
Figura 01 – Diagrama de blocos referente ao funcionamento de um CLP
3 ‐ PRINCIPAIS ITENS DE UM CLP:
‐ Fonte de alimentação;
‐ Unidade de processamento (CPU);
‐ Bateria;
‐ Memória do programa monitor: responsável pelo funcionamento geral do CLP;
‐ Memória do usuário: onde se armazena o programa da aplicação desenvolvido pelo
usuário;
‐ Memória de dados: destinada a armazenar os dados do programa do usuário;
‐ Memória imagem das entradas/saídas: sempre que a CPU executa um ciclo de leitura
das entradas ou executa uma modificação nas saídas ela armazena os estados de cada
uma das entradas ou saídas;
‐ Circuitos auxiliares: responsáveis para atuar em casos de falha do CLP;
‐ Módulos ou interfaces de entrada: circuitos para adequar eletricamente os sinais de
entrada para que possa ser processado pela CPU;
‐ Entradas analógicas: permitem que o CLP possa manusear grandezas analógicas;
‐ Módulos especiais de entrada;
‐ Módulos ou interfaces de saídas;
‐ Saídas analógicas.
91
4 ‐ PROGRAMAÇÃO DO CLP
Figura 2 – Transformação de um comando em linguagem Ladder
O controlador lógico programável nasceu praticamente dentro da indústria
automobilística americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors,
em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controle de painéis de
comando a cada mudança na linha de montagem. Tais mudanças implicavam em altos
gastos de tempo e dinheiro.
Outro tipo de linguagem empregada nos CLP’s, em especial os da fabricante
Schneider, é o FBD (Functional Block Diagram). É uma linguagem com base em blocos
funcionais que, interligando‐os, é possível gerar várias possibilidades de acionamentos.
Uma vantagem deste tipo de linguagem é sua simplicidade, fácil depuração do código
e seu poder de síntese se comparado ao Ladder. A figura 3 apresenta um exemplo da
linguagem FBD.
92
Figura 17 ‐ Exxemplo da Lingua
agem FBD: partid
da direta.
22. SOFTWA
ARE DE PR
ROGRAMA ÇÃO
A prograamação do CLP pode seer feita dire
etamente no display (I HM) ou pode‐se
utilizzar um o sofftware fornecido pelo fabricante. Para os CLP’s WEG háá o CLIC02 e
e para
os daa Schneiderr o Zelio Sooft 2, por exxemplo. A p
programaçã ão via softw
ware apreseenta a
vantaagem de seer mais simp ples e menoos trabalhossa, onde háá também aa opção de ttestar
o pro ograma antees de ser uttilizado no CCLP.
33. CONEXÃ
ÃO ELÉTRI CA
Figura 4 – Esq
quemático de
e ligação do accionamento de uma lâmpada com a utiliização do CLP.
93
44. EXEMPLLO DE APL ICAÇÃO
A segu
uir é apresenttado o programa tanto em Ladder (figura 5) quanto em FBD (figuraa 6) para o
acionaamento simplles de uma lâmmpada (esqueema de ligação mostrada na figura 4).
Figgura 18 ‐ Program
ma em Ladder
FFigura 19 ‐ Progra
ama em FBD.
5 ‐ P
PROCEDIM ENTO PRÁ
ÁTICO
Fazer o aciona
amento de uma lâmpada com desligameento manua
al ou
auto
omático com m a utilizaçãão do CLP.
Materiais utilizadoss:
‐ Lâmpad
da 60W;
‐ CLP (Co
ontrolador LLógico Prog ramável);
94
Esquemático:
Figura 5 – Esquemático de ligação do acionamento de uma lâmpada com desligamento manual ou
automático
Fazer o acionamento da lâmpada e fazer com que as mesmas sejam
desligadas por um tempo determinado pelo programador ou
manualmente antes desse tempo.
Materiais utilizados:
‐ 01 Lâmpadas 60W;
‐ CLP (Controlador Lógico Programável);
Programa em LADDER :
Fazer o desligamento automático ou manual de uma lâmpada com a
utilização do CLP.
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PRÁTICA 11: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES –
CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL CLP – PARTE II
1 ‐ MONTAGEM 1
Faça a partida estrela‐triangulo através do CLP disponível no laboratório.
Esquema de Ligação:
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2 ‐ MONTAGEM 2
Faça uma aplicação Semáforo seguindo as seguintes observações:
Utiliza‐se três lâmpadas para os três níveis: vermelho, amarelo e verde.
Tempo vermelho e verde = 25 s. Tempo amarelo = 10 s.
Deve‐se seguir a seguinte ordem de operação: vermelho → verde →
amarelo → vermelho → verde → amarelo → ...
Esquema de Ligação no CLP:
97