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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
FALÊNCIA
1) SUJEITO PASSIVO:
2) CREDORES
3) PROCEDIMENTO DA FALÊNCIA
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
FALÊNCIA
Lei 11.101/2005
1) SUJEITO PASSIVO:
Algumas empresas sofrem exclusão total, ou seja, são empresas que não podem falir. São as sociedades
de economia mista e empresas públicas.
Banco, operadora de plano de saúde ou seguradora (art. 2º, II da lei 11.101/2005): Podem sofrer falência,
mas o legislador tenta evitar essa falência. Quando essas empresas passam por uma crise, ocorre um
procedimento de intervenção (pelo órgão que fiscaliza cada uma), depois há um relatório que pode sugerir a
liquidação extrajudicial ou a falência.
2) CREDORES:
Ao final da falência, há o momento para pagar os credores. Os primeiros credores a serem pagos são os
credores extraconcursais (origem do crédito ocorreu após a decretação da falência). Os honorários do
administrador judicial também são extraconcursais. (Art. 84, da lei 11.101/2005)
Art. 83, da lei 11.101/2005: são os segundos a serem pagos, que são os credores concursais. O primeiro
da lista é o crédito trabalhista (até 150 s.m.) e acidentes de trabalho. O segundo é o crédito de garantia real, no
limite do bem dado em garantia. Em terceiros são os créditos tributários. Os últimos são os créditos
quirografários (sobra do crédito trabalhista e do crédito da garantia real). Depois vem as multas e por fim os
créditos subordinados.
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VI – créditos quirografários, a saber:
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos
bens vinculados ao seu pagamento;
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que
excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das
leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
VIII – créditos subordinados, a saber:
a) os assim previstos em lei ou em contrato;
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo
empregatício.
§ 1o Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será considerado
como valor do bem objeto de garantia real a importância
efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso de alienação
em bloco, o valor de avaliação do bem individualmente considerado.
§ 2o Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de direito de
sócio ao recebimento de sua parcela do capital social na liquidação
da sociedade.
§ 3o As cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão
atendidas se as obrigações neles estipuladas se vencerem em virtude
da falência.
§ 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados
quirografários.
3) PROCEDIMENTO DA FALÊNCIA:
Petição inicial: normalmente o credor é o autor. Pode ser o empresário (precisa ter uma atividade regular
(art. 97)) ou não empresário.
Citação: prazo para manifestação do devedor é de 10 dias. Podendo contestar ou realiza o deposito
elisivo (pagamento) ou pedir a recuperação judicial.
Sentença: art. 100, da lei 11.101/2005. O recurso cabível, se houver a decretação da falência é o agravo.
Se for decretada a improcedência da falência é a apelação.
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Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da
sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação.
Edital: relação dos credores (feita pelo devedor). Se a relação estiver errada, terá o prazo de 15 dias para
habilitar. É possível a habilitação retardatária (art. 10 da lei 11.101/2005). O administrador judicial elabora um
documento chamado de quadro de credores. No prazo de 10 dias pode haver uma impugnação em relação ao
quadro de credores (art. 8º, da lei 11.101/2005).
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RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS:
Lei 11.101/200.
a) Recuperação judicial:
1. requisitos: o devedor tem que exercer atividade empresarial e ser regular há pelo menos 2 anos. Não
pode estar falido. (art. 48, da lei 11.101/2005).
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V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147,
de 2014)
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio
controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos
nesta Lei.
§ 1o A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo
cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio
remanescente. (Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 2o Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica,
admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste
artigo por meio da Declaração de Informações Econômico-fiscais da
Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue tempestivamente.
(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
2. créditos sujeitos: créditos atingidos. Todos os existentes na data do pedido de recuperação. Ficam de
fora o credor tributário, o adiantamento de crédito para cambio afim de viabilizar a exportação e o credor que
tenha direito de propriedade (art. 49, da lei 11.101/2005).
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3. procedimento:
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Prazo para que o devedor apresente a sua proposta de recuperação, é de 60 dias. Se não for
cumprido esse prazo, faz com que a recuperação se convole em falência. (Art. 73, da lei 11.101/2005).
4. Recuperação judicial no plano especial: art. 70 a 72, da lei 11.101/2005. É a modalidade que pode ser
usada por microempresa ou empresa de pequeno porte. A proposta está pronta na lei. A proposta para
parcelamento em 36 vezes, juros de taxa Selic e a primeira parcela será paga em 180 dias contados da
distribuição dos pedidos.
Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1o desta Lei e que se incluam
nos conceitos de microempresa ou empresa de pequeno porte, nos
termos da legislação vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo.
§ 1o As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme
definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação
judicial, desde que afirmem sua intenção de fazê-lo na petição inicial
de que trata o art. 51 desta Lei.
§ 2o Os credores não atingidos pelo plano especial não terão seus
créditos habilitados na recuperação judicial.
Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no
prazo previsto no art. 53 desta Lei e limitar-se á às seguintes
condições:
I - abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda
que não vencidos, excetuados os decorrentes de repasse de recursos
oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3o e 4o do art. 49; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
II - preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais,
iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, podendo conter ainda a
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proposta de abatimento do valor das dívidas; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 147, de 2014)
III – preverá o pagamento da 1a (primeira) parcela no prazo máximo
de 180 (cento e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de
recuperação judicial;
IV – estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o
administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor
aumentar despesas ou contratar empregados.
Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em
plano especial não acarreta a suspensão do curso da prescrição nem
das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano.
Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo
pedido de recuperação judicial com base no plano especial
disciplinado nesta Seção, não será convocada assembléia-geral de
credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a
recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei.
Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de
recuperação judicial e decretará a falência do devedor se houver
objeções, nos termos do art. 55, de credores titulares de mais da
metade de qualquer uma das classes de créditos previstos no art. 83,
computados na forma do art. 45, todos desta Lei. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
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