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Universidade Federal do Piauí

Disciplina - Estágio Supervisionado III


Professora - Maria Santana Carvalho Neri e Leontina Pereira Lopes
Curso - Pedagogia
Pólo - Esperantina

Projeto de Pesquisa

Conservação do Patrimônio Escolar: Abrindo espaço para a nova cidadania

Rosangela Sales Garcez

Esperantina-PI
Maio / 2017
Sumário

1. Introdução ............................................................................................................... 3
2. Metodologia ............................................................................................................. 4
3. Referencial Teórico ................................................................................................. 5
3.1. Os conceitos de conservação e preservação ....................................................... 5
3.2 Aspectos legais sobre conservação e preservação ao patrimônio público ........... 6
3.3 Educação ambiental: críticas e desafios ............................................................... 6
3.4 Higiene e educação ............................................................................................... 8
Conclusão ................................................................................................................... 9
Referências ............................................................................................................... 10
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1. Introdução

O projeto será realizado na Escola Municipal Santa Luzia do Sistema


Municipal de Educação do município de Esperantina-PI.
Pretendemos como objetivo geral investigar sobre o processo de conservação
do patrimônio escolar como um conjunto de atitudes que contribuem para uma vida
cidadã.
Específicos: Discorrer sobre os pressupostos ideológicos que fundamentam
as concepções e preservação.
Elaborar um registro sistematizado, com ênfase em imagens, sobre condições
de conservação do patrimônio da escola pesquisada.
Destacar as ações e projetos desenvolvidos pelas escolas que visam a
conservação de seus patrimônios.
Identificar a concepção dos professores sobre conservação do patrimônio
escolar.
Esperamos com esta pesquisa contribuir para melhorar as atitudes dos
sujeitos que compõem essa escola para melhorar o espaço escolar.
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2. Metodologia

Neste estudo optamos pela pesquisa qualitativa de acordo com Bauer;


Gaskell e Allum (2002, p. 23) que explicam a pesquisa qualitativa, evita números, (o
uso do método estatístico como ênfase de análise) lida com interpretações das
realidades sociais e é considerada pesquisa soft. A interpretação dessas realidades
supõe a presença e/ou vivência do pesquisador no local onde o objeto pesquisado
está presente, ou o fenômeno acontece, isto é, baseia as suas considerações "Nas
descrições do real cultural que lhe interessa para tirar delas os significados que tem
para as pessoas que pertencem a essa realidade".
Esta pesquisa de acordo com Moreira e Caleffe (2006) atende ao paradigma
interpretativo porque "o interesse central e todas as pesquisas neste paradigma é o
significado humano da vida social e a sua elucidação e exposição pelo pesquisador.
Quanto às técnicas para coleta dos dados serão utilizados a observação e o
questionário conforme explica Marconi; Lakatos (1999).
O campo de pesquisa, a Escola Municipal Santa Luzia, localizada na cidade
de Esperantina-PI.
Os sujeitos da pesquisa serão os(as) gestores(as), professores(as), o(a)
secretário(a), a merendeira, as zeladoras, agente de portaria.
Os dados da pesquisa serão coletados através da técnica de observação
sistematizada e aplicação de questionário com questões abertas e fechadas.
Os dados da pesquisa serão analisados de acordo com referencial teórico
selecionado para este estudo.
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3. Referencial Teórico

Sabemos que as condições físicas podem contribuir com a construção de


valores ensino-aprendizagem com o que se refere o uso coletivo dos espaços. Já que
quando pensamos em patrimônio escolar pensamos logo no patrimônio material,
infraestrutura dificilmente refere-se ao imaterial, constituído pela identidade da escola,
historicamente construído em sua relação com a comunidade, para que isto ocorra é
importante que a escola tenha um acervo e que a escola faça o seu memorial.
Do ponto de vista do patrimônio, a escola é, de fato, a extensão da família é
ali que as novas gerações recebem a maior parte do legado cultural herdado do
passado. Cumpre aos mestres despertar nos alunos sentimentos de respeito e amor,
mostrando a eles o valor de nossos bens culturais [...] (ROCHA, 1989).
Nesse mesmo sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) indicam,
em um de seus volumes, denominado "Pluralidade Cultural", a interdisciplinaridade
como elemento necessário no trabalho com a Educação Básica, a partir dos temas
transversais. São estes que dizem respeito ao meio ambiente e a pluralidade cultural.
Nesse sentido, o trabalho com as noções de patrimônio cultural deve ser incorporado
aos demais conteúdos escolares uma vez que, diante do caráter abrangente que
define o próprio termo "patrimônio", a educação patrimonial também assume o papel
de abrangência.

3.1. Os conceitos de conservação e preservação

Conservação implica em uso racional de um determinado recurso, ou seja,


em adotar um manuseio e utilização que garanta a integridade do bem patrimonial, já
preservação apresenta um sentido mais restrito, significando a ação de apenas
proteger de dano ou degradação, ou seja, não utilizá-lo, mesmo que racionalmente e
de modo planejado.
Em se tratando do ambiente escolar, a postura comumente adotada é a de
conservar os espaços físicos, os móveis e os materiais disponíveis, uma vez que a
preservação não faria sentido. Assim, conservar implica em orientar os alunos a não
riscarem paredes e carteiras, não danificarem copos, pratos, bebedouros, portas e
janelas, por exemplo. Os alunos, sobretudo as crianças, devem estar cientes, não
apenas em nível de informação, mas principalmente de consciência e de reconhecer
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a importância da conservação do patrimônio escolar, tomando para si a


responsabilidade de manter para não perder recursos que pertencem e servem a eles
mesmos, e que farão falta caso sejam destruídos ou danificados.
Obviamente que esta responsabilidade não pode ser atribuída apenas dos
alunos. Toda a comunidade escolar, e isso inclui, diretores, coordenadores,
professores, zeladores, vigias, pais de alunos e visitantes. A conservação da escola é
uma obrigação coletiva e a menos que todos, sem exceção, estejam seriamente
engajados nesse processo, o mesmo torna-se inviável.

3.2 Aspectos legais sobre conservação e preservação ao patrimônio público

O Código Penal, na sua Lei Nº 2.848/40 sobre Dano ao Patrimônio Público


prevê:
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
...
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária
de serviços públicos ou sociedade de economia mista;
...
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.
Ou seja, diferente do que a maioria das pessoas e grande parte da
comunidade escolar erroneamente acredita, destruir ou danificar patrimônio perpassa
os limites da consciência de não inutilizar algo que não lhe pertence, na realidade
quem incorrer nesse tipo de comportamento e atitude pode sim ser responsabilizado
e responder criminalmente pelos danos causados.

3.3 Educação ambiental: críticas e desafios

A educação ambiental pode ser definida como um processo que visa


desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o ambiente e com
os problemas que lhe são associados, e que tenha conhecimentos, habilidades,
atitudes, motivações e compromissos para trabalhar individual e coletivamente na
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busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção de novos. É uma


importante ferramenta, uma vez que sua implementação está prevista na Política
Nacional da Educação Ambiental para todos os níveis de ensino, não como disciplina,
mas como tema a ser incluído nos diferentes conteúdos programáticos.
Para que o professor possa traçar estratégias de trabalho com educação
ambiental na educação infantil, é importante conceituar bem essa fase, que
corresponde à educação oferecida do nascimento até e os seis anos de idade.
Considerada nos dias atuais como indispensável, é ela que vai oferecer os
fundamentos para o desenvolvimento da criança em seus diversos aspectos: físico,
psíquico, cognitivo e social. Nela as crianças buscam ativamente o conhecimento;
para elas, brincar é mais importante que a ação mental. É pela brincadeira que ela
aprende a conhecer a si própria e o mundo que a cerca. Durante a escolarização,
haverá momentos de ação e de concentração, mas o importante é que todas as
situações de ensino sejam interessantes.
O trabalho da educação ambiental, nesse estágio do desenvolvimento, deverá
ser levado adiante com base na realidade sociocultural, procurando sempre despertar
a autonomia, criticidade e responsabilidade. Terá por base o movimento, a música, as
artes visuais, a matemática, a linguagem oral e escrita, a natureza e sociedade,
assuntos que devem ser trabalhados constantemente, considerando ainda que as
atividades buscarão uma interdisciplinaridade entre esses diversos eixos,
apresentados de forma conjunta com temas principais.
O Referencial Curricular Nacional, no que se refere ao conhecimento do
mundo, natureza e sociedade, determina que a ação educativa deve se organizar para
que as crianças tenham desenvolvido as seguintes capacidades, conforme a idade:
do zero aos três anos devem explorar o ambiente, para que possam se relacionar com
pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos
diversos, manifestando curiosidade e interesse. Dos quatro aos seis anos os
conhecimento anteriores deverão ser aprofundados e ampliados, garantindo-se,
ainda, que as elas sejam capazes de interessar-se e demonstrar curiosidade pelo
mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções, manifestando
opiniões sobre os acontecimentos, buscando informações, confrontando ideias, e
estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo social
e de outros grupos, bem como entre o meio ambiente e as formas de vida que ali se
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estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies e para a


qualidade da vida humana.

3.4 Higiene e educação

O colégio é, muitas vezes, a extensão de casa principalmente para as crianças


na educação infantil. Os hábitos e as manias que elas têm em casa são repetidos na
escola e, por isso, é importante que alguns hábitos sejam reforçados. Por isso, é
essencial que a higiene na escola seja incentivada e não apenas comentada ou
ensinada. De acordo com o Ministério da Educação:
“A educação não deve se limitar a apenas informar, pois somente se tornará
efetiva quando promover mudanças de comportamentos. A comunidade escolar não
deve apenas contribuir para que os alunos adquiram conhecimentos relacionados com
a saúde. Uma coisa seria ensinar higiene e saúde. Outra coisa é agir no sentido de
que todos os que estão no ambiente escolar adquiram, reforcem ou melhorem hábitos,
atitudes e conhecimentos relacionados com higiene e saúde.”
A definição de saúde para a Organização Mundial da Saúde (OMS) é o de
completo bem-estar. O MEC explica isso dizendo que:
“Isso significa estar bem nos aspectos físico, mental e social. Em outras
palavras, saúde não é apenas a ausência de doenças e, sim, um bem que pertence
ao indivíduo e à coletividade. É, também, relacionada com a qualidade de vida da sua
comunidade e de sua família.”
Os hábitos de higiene na escola que devem ser reforçados vão, desde ensinar
as crianças a lavarem as mãos, a escovarem os dentes até explicar a importância de
lavar as frutas antes de comê-las. Cuidados com a água e com os alimentos da cantina
escolar também são importantes quesitos quando se fala em higiene na escola.
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Conclusão

Nesse contexto, o projeto tem como alvo observar, discutir e analisar de que
maneira os temas relacionados à conservação do patrimônio público são pensados e
vivenciados pela comunidade escolar, mas sobretudo pelos professores, alunos e
funcionários da escola, a fim de que sejam identificados possíveis problemas para que
a partir daí se discuta e apresente mecanismos específicos de mudança de
comportamento e conscientização sobre a importância de todos esses aspectos.
A metodologia aplicada será a pesquisa qualitativa para garantir que os
entrevistados sintam-se mais livres para apontar os seus pontos de vista sobre os
assuntos questionados e relacionados com o objeto de estudo.
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Referências

BAUER, Martin W.; AARTS, Bas. A construção do corpus: um princípio para a


coleta de dados qualitativos. In: BAUER, Martin W; GASKELL, George (Org.).
Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Tradução de
Pedrinho A. Guareschi. 3.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

BAUER, Martin W; GASKELL, George (Org.). Pesquisa qualitativa com texto,


imagem e som: um manual prático. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. 3.ed. Rio
de Janeiro: Vozes, 2004.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/96, de 20


de dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.


http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/higiene.pdf

MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e


execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e
interpretação de dados. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996.

MOREIRA,H.; CALEFFE L.G. Metodologia da pesquisa para o professor


pesquisador. RJ:DP&A, 2006.

ROCHA, Guido. Cartilha do patrimônio histórico e artístico de Minas Gerais. Belo


Horizonte: Secretaria de Estado da Cultura, 1989.

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