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Entende-se por ato administrativo a declaração jurídica do Estado ou de quem lhe represente,
objetivando adquirir, resguardar, modificar, extinguir ou declarar direitos e obrigações, sempre
inferior a lei e passível de apreciação pelo poder judiciário.
Para Hely Lopes Meirelles, é toda manifestação unilateral da Administração Pública que,
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir
e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria (Hely Lopes Meirelles).
José Cratella Junior define o ato administrativo como a Manifestação de vontade do Estado,
por seus representantes, no exercício regular de suas funções, ou por qualquer pessoa que
detenha, nas mãos, fração de poder reconhecido pelo Estado, que tem por finalidade imediata
criar, reconhecer, modificar, resguardar ou extinguir situações jurídicas subjetivas, em matéria
administrativa.
Maria Sylvia Zanella di Pietro prefere um conceito um pouco menos amplo, excluindo os
atos normativos do poder executivo, e considerando o dito manifesta que o ato administrativo
constitui declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos,
com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo poder
judiciário (2009,p.196)
São atos da administração aqueles praticados pelos órgãos e/ou pessoas vinculadas a
administração. O ato administrativo tem finalidade pública, é uma espécie de ato jurídico.
Chama-se de atípicos os atos administrativos praticados pelo poder Legislativo ou judiciário.
Há também atos da administração que não são propriamente atos administrativos:
- Atos atípicos praticados pelo Poder Executivo, exercendo função legislativa ou judiciária.
Ex: Medida Provisória.
- Atos materiais (não jurídicos) praticados pelo Poder Executivo, enquanto comandos
complementares da lei. Ex: Ato de limpar as ruas; Ato de servir um café e etc.
- Atos regidos pelo direito privado praticados pelo Poder Executivo. Ex: Atos de gestão.
- Atos políticos ou de governo praticados pelo Poder Executivo (atos complexos
amplamente discricionários praticados com base direta na Constituição Federal). Ex: Sanção
ou veto da lei; Declaração de guerra e etc.
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Para Maria Sylvia Zanella di Pietro as três funções do Estado, sabe-se que administrativa
caracteriza-se por prover de maneira imediata e concreta às exigências individuais ou coletivas
para a satisfação dos interesses públicos preestabelecidas em lei. Assevera ainda dessa ideia de
função administrativa para definir o ato administrativo já se pode concluir que só integram essa
categoria os atos que produzem efeitos, o que exclui os atos normativos do poder Executivo, em
especial os regulamentos, pois estes, da mesma forma que lei, produzem efeitos gerais e
abstratos (2009,p.193).
2.ATRIBUTOS
3.ELEMENTOS
3.3.Competência: O sujeito que pratica o ato deve ter competência para tal, é como se
fosse a capacidade do direito civil. Assim leciona Maria Sylvia Zanella de Pietro:” a competência
tem que ser consideradas em relação às pessoas jurídicas políticas; a distribuição e competência
da constituição Federal; em relação aos órgãos e servidores constantes na lei.”
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3.4.Objeto: Consiste no efeito jurídico produzido pelo ato. É o conteúdo do ato. Trata-se
da alteração concreta que o ato se dispõe a produzir. Para facilitar a identificação do ato basta
buscar pela ação que este pretende produzir, como: criar, modificação ou extinguir uma
declaração de direito.
5.CLASSIFICAÇÃO
Atos internos: São aqueles que geram efeitos dentro da Administração Pública. Ex:
ediçãode pareceres
Atos externos: São aqueles que geram efeitos fora da Administração Pública, atingindo
terceiros. Ex: Permissão de uso; Desapropriação.
5.2.Composição interna
5.3.À formação
Atos unilaterais: São aqueles formados pela manifestação de vontade de uma única
pessoa. Ex: Demissão - Para Hely Lopes Meirelles, só existem os atos administrativos
unilaterais.
Atos bilaterais: São aqueles formados pela manifestação de vontade de mais de uma
pessoa. Ex: Contrato administrativo.
5.4.À estrutura
Atos concretos: São aqueles que se exaurem em uma aplicação. Ex: Apreensão.
Atos abstratos: São aqueles que comportam reiteradas aplicações, sempre que se renove a
hipótese nele prevista. Ex: Punição.
5.5.Aos destinatários
Atos gerais: São aqueles editados sem um destinatário específico. Ex: Concurso público.
Atos individuais: São aqueles editados com um destinatário específico. Ex: Permissão
para uso de bem público.
Atos ampliativos: São aqueles que trazem prerrogativas ao destinatário, alargam sua
esfera jurídica. Ex: Nomeação de um funcionário; Outorga de permissão.
Atos restritivos: São aqueles que restringem a esfera jurídica do destinatário, retiram
direitos seus. Ex: Demissão; Revogação da permissão.
Atos de expediente: São aqueles destinados a dar andamento aos processos e papéis
que tramitam no interior das repartições.
Os atos de gestão (praticados sob o regime de direito privado. Ex: contratos de locação em
que a Administração é locatária) não são atos administrativos, mas são atos da
Administração. Para os autores que consideram o ato administrativo de forma ampla, os
atos de gestão são atos administrativos.
6.7.Parecer é o ato proferido pela administração pública no qual esta opina sobre
assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência. Segundo Oswaldo Aranha Bandeira de Melo
apud Maria Sylvia Zanella de Pietro a parecer pode ser facultativo, obrigatório e vinculante
(2009,p.230).
É considerado Obrigatório quando é exigido por lei como pressuposto final para o ato.
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7.3.Circular é a forma pelo qual as autoridades transmitem ordens internas para seus
subordinados.
7.5.Alvará é o meio pelo qual a Administração Pública confere autorização ou licença para
a prática de ato ou exercício de atividade sujeita a fiscalização do Estado. O Alvará é a
concretização ou instrumento da licença ou autorização.
A partir de sua criação, o ato administrativo deve obedecer seu destino. Poderá este
chegar a sua extinção por ter cumprido seu fim ou por estar contaminado de vícios ou até mesmo
por vontade da Administração, a saber:
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8.5.Contraposição ocorre com a emissão de novo ato que diretamente que contrapõe o
anteriormente editado.
Concluindo, o ato administrativo deve ser objeto de estudo diário, uma vez que amplitude
da literatura pode oferecer uma celeuma interpretativa.
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