You are on page 1of 11

DIREITO CIVIL – 9º TERMO – 2º BIMESTRE

ADOÇÃO

ENVOLVE SEMPRE 2 PESSOAS:

 ADOTANTE
 ADOTADO

A Lei nunca exigiu que fosse um casal, sempre se usou a expressão “adotante” no singular.

Foram sendo criadas outras formas de adoção por leis esparsas.


ECA 8.069/90: ADOÇÃO PLENA (criança/adolescente)
C.C 1916: ADOÇÃO SIMPLES (maior de 18 anos)
(obs: as formas transitórias de adoção foram sendo revogadas, com o CC 2002).

ADOÇÃO PLENA (ECA) ADOÇÃO SIMPLES ANTES DO CC 2002


Criança/adolescente Maior de 18 anos
Mudança constitucional: não faz diferença Havia diferença entre filhos
entre filhos.
Ato se faz por PROCESSO Adoção era feita por escritura pública.

É ato irrevogável Ato era REVOGÁVEL


O adotado uma vez estando nessa condição Adotado mantém seu vinculo com a família
PERDE O VÍNCULO (jurídico) com sua família passada (ficava com 2 famílias).
de origem.
O adotado passa a ter vinculo com toda Adotado mantém seu vinculo com a família
família do adotante (avós, tios, irmãos) para passada (ficava com 2 famílias).
todos os fins legais.
OBS: ainda se mantém a PROIBIÇÃO de
casamento com a família antiga do adotado
(art 1521).

CÓDIGO CIVIL DE 2002: REVOGOU A ADOÇÃO SIMPLES


 Vigorou apenas a adoção do ECA.
 A adoção plena se faz tanto para crianças e adolescente quanto para maiores de 18
anos.

ATENÇÃO: 12.010/2009: revogou praticamente todo o capítulo de adoção do CC de 2002, só


sobrou o art. 1.619. A nomenclatura plena e simples não se utiliza mais, pois é existe um tipo:
ADOÇÃO.
ART. 39 – 52 ECA

ECA
Art 40 – está em desacordo com a nova realidade.

Art 41 – estabelece o 1º efeito da adoção (o vinculo com a família antiga se desfaz, mas
permanece o vinculo para fins de impedimentos matrimoniais).
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.
ADOTADO: é como se fosse filho natural do adotante para todos os fins de direito.

§1º: EX: A e B são casados e tem um filho C. Posteriormente A e B se separam e B vem a casar
com D. D pode adotar C, desde que A concorde ou esteja morto.

§2º: reciprocidade sucessória.

Art. 42: requisito legal para ser adotante: ter mais de 18 anos independente do estado civil (a
lei nunca exigiu que fosse um casal).

§1º: Avós e Irmão: não podem adotar (IMPEDIMENTO). Tios podem adotar sobrinhos.

Duas pessoas podem ser adotantes ao mesmo tempo desde que tenha casamento/união
estável. Pode ser relação homoafetiva.

§3º: o adotante tem que ser pelo menos 16 anos mais velho que o adotado. A lei considera
que é com 16 anos que alguém já está apto a ter filhos.

§4º: mesmo que haja divórcio entre os casados, é facultado o direito de continuar o processo
de adoção, desde que o divórcio seja CONSENSUAL, não deve haver nenhuma duvida em
relação a guarda.
ATENÇÃO: O estágio de convivência deve ter ocorrido antes do divórcio.

Art. 43: Em caso de morte do adotante antes de concluído o processo de adoção haverá
prosseguimento do mesmo, devendo haver inequívoca convicção sobre a adoção.
OBS: Sendo o adotante maior de 12 anos, este também será ouvido para manifestar-se.

Art. 47 §4º: A adoção se consuma com a SENTENÇA REGISTRADA (só a partir daí produz
efeitos). Mas na certidão de nascimento não se fará nenhuma menção a adoção.

 SOBRENOME do adotado obrigatoriamente deverá ser mudado (ALTERAÇÃO


OBRIGATÓRIA).
 PRENOME: só haverá alteração se houver concordância de todas as partes com os
nomes escolhidos (criança + de 12 anos: deve concordar).

OBS: o processo de adoção deve ser mantido em arquivo, não pode ser “incinerado”
(exterminado).

§7º: adoção produz efeitos após sentença. Nos casos em que a parte morre, tem efeito
retroativo na DATA DA MORTE do adotante (ex tunc) para se preservar patrimônio, a herança
é transmitida no momento da morte, por isso o efeito é retroativo. Nos demais casos os
efeitos serão ex nunc (regra).

§8º: o processo de adoção tem que se postergar no tempo.

§9º: o processo tem prioridade de tramitação em alguns casos específicos. Ex: deficiência.

Art. 48: É direito do adotado conhecer sua origem e seu processo após completar 18 anos.
Obs: por isso o processo não pode ser destruído.

§ único: menores de 18 anos podem, desde que assistidos psicologicamente e juridicamente.


Art. 49: a morte dos adotantes NÃO restabelece os vínculos de origem. O adotado será órfão
novamente, mas não restabelece o poder familiar de origem. A medida que se perde o poder
familiar a criança está apta a ser adotada novamente.

PODER FAMILIAR

ART 1.630 - 1.638: poder familiar de caráter pessoal.

ART 1.689 – 1.693: poder familiar de caráter patrimonial – bens dos menores.

CONCEITO: O poder familiar consiste em conjunto de direitos e obrigações quanto à pessoa e


bens do filho menor não emancipado exercido em igualdade de condições por ambos os pais,
para que possam exercer os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o
interesse e a proteção dos filhos.

Regra – basta o nascimento dos filhos para se obter poder familiar perante filhos.

Poder familiar (vínculo jurídico) só persiste até 18 anos.

Obs: somente os pais podem ter poder familiar (avós tios etc não tem).

PRINCÍPIO DA IGUALDADE: é o que rege o poder familiar, pai e mãe tem os mesmos direitos,
se divergirem podem acionar o poder judiciário.

 Art. 1632: separação não altera o poder familiar, apenas regulamenta a guarda.
 Art. 1633: o filho não reconhecido pelo pai fica no poder familiar exclusivo da mãe, o
poder familiar PRESSUPÕE reconhecimento do filho.
 Art. 1634: elementos do poder familiar.
 Art. 1635: extinção do poder familiar.

ATENÇÃO: tudo se resolve em ultima analise pelo que for melhor para a criança.

 Obs: BUSCA E APRESSÃO DO MENOR: serve para reclamar os menores de quem


ilegalmente os detém.
 Obs 2: não existe adoção sem antes destituído o Poder Familiar.

O novo cônjuge dos pais não tem poder familiar sobre a criança, os pais naturais continuam
com o poder.

SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR: faltas leves. A suspensão é temporária.

EX: pessoas presa com sentença transitada em julgado com pena superior a 2 anos suspende.

EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR: É irrevogável, não se restabelece, caso ocorra não volta mais.
Ocorre no caso de castigo imoderado. O c.c autoriza o emprego de castigo MODERADO.

Obs: várias faltas leves podem ocasionar a perda e não a suspensão.

Art. 1689: bens dos filhos menores. Os bens dos filhos menores são INALIENÁVEIS.

 A venda de bens sem autorização do juiz é NULA.


 Legitimidade da ação: menores e tutores.
 Se houver CONFLITO entre os interesses do menor e dos pais, o juiz pode nomear um
REPRESENTANTE.

PARALELO ENTRE O PODER FAMILIAR E A ADOÇÃO: destituído o poder familiar, o menor, ou


maior de 18 anos poderá ser adotado, ou seja, a adoção apenas se dará após destituído o
poder familiar.

REGIME DE BENS ART 1639

 Comunhão universal os bens, incluindo a herança, passam a ser metade do outro


cônjuge além dos bens adquiridos antes do casamento.
*Para a comunhão universal, ocorrendo a separação (convencional ou
obrigatória) e participação final nos aquestos é NECESSÁRIO PACTO
ANTENUPCIAL
 Comunhão Parcial somente os bens adquiridos a título oneroso é que será de
posse do casal, não sendo incluído a herança.
 Separação: convencional (vontade das partes) ou obrigatória (+ 70 anos/imposta
por lei).
 Participação Final nos aquestos: surgiu com o C.C de 2002.

Comunhão: significa COMUM que pertence aos dois.

Participação final nos aquestos: só se aplica ao final do casamento, se divide tudo o que se
adquiriu durante o casamento, não se aplica apenas os bens que se tem no momento da
separação, mas sim tudo o que se adquiriu durante o casamento, ou seja, trata-se de um
regime misto, que na vigência do casamento é semelhante ao da separação de bens e, na
dissolução da sociedade conjugal, ao da comunhão parcial.
Aquestos: aquilo que se adquire onerosamente.

COMUNHÃO PARCIAL: é o regime oficial adotado no Brasil, foi criado após o surgimento da
possibilidade da dissolução do casamento (antes o casamento era ato indissolúvel). Esse
regime de bens foi criado com o objetivo de ser um obstáculo para impedir os casamentos por
interesse. Para aderir o regime de comunhão parcial basta simples declaração, para aderir aos
os outros regimes necessita de pacto antenupcial.
Antes o regime oficial era a comunhão universal, já que o casamento era indissolúvel.

Regime de bens: são direitos DISPONÍVEIS, pode se negociar livremente.

Obs: é licito faze pacto mesmo adotando o regime de comunhão parcial de bens, a lei só não
estabelece como obrigação, mas pode ser feito desde que haja consenso de ambas as partes.

ATENÇÃO: o casamento é condição INDISPENSÁVEL para que o regime de bens produza


efeitos, caso faça o pacto e uma das partes falece antes da celebração do casamento não
produz efeito nenhum.

 É licito a alteração do regime durante o casamento, mas não basta o consentimento


das partes, deve haver autorização judicial (evitar fraude contra 3º).
SEPARAÇÃO DE BENS: pode ser duas

 CONVENCIONAL: vontade de ambos.

OBS: Entendimento jurisprudencial: mesmo quando for convencionado por vontade das partes
o regime de separação convencional de bens, pode haver a RELATIVIZAÇÃO do regime no
momento da separação, com base no principio que veda o enriquecimento ilícito.

 OBRIGATÓRIA: por força de Lei nas causas suspensivas (quando uma das partes tiver
mais de 70 anos ou sempre em que o casamento foi realizado por autorização do juiz).
A separação obrigatória NÃO se leva em consideração a VONTADE das partes.
 OBS: SÚMULA 377 STF – equipara a separação obrigatória à comunhão parcial.

ART. 1647: OUTORGA UXÓRIA – consiste na autorização do cônjuge para alienação de bens.
Exceção: só haverá duas exceções: quando o regime de bens adotado for o de separação
convencional de bens, e quando constar no pacto antenupcial.

Nas ações reais que envolvem bens IMÓVEIS é obrigatória a participação de ambos os
cônjuges.

PACTO ANTENUPICIAL

É um contrato solene pelo qual os nubentes dispõem a respeito da escolha do regime de bens
que disciplinará a relação entre eles e seus bens, não podendo o ato conter disposições que
não sejam de caráter patrimonial.

OBS: além da escolha do regime o pacto poderá servir para modificar as disposições legais que
os regem, devendo OBRIGATORIAMENTE ser realizado por escritura pública.

 NULO – se não for feito por escritura pública.


 INEFICAZ – se o casamento não segue duas regras (não produz efeitos).
 EFEITO ERGA OMNES – para o pacto produzir efeito contra terceiros precisa fazer o
registro no cartório de imóveis.

COMUNHÃO PARCIAL:

Excluem:

A) Os bens particulares antes de se casar.


B) Os que foram adquiridos por DOAÇÃO, HERANÇA (forma gratuita).
C) Os que se sub-rogarem (substituídos) em seu lugar. (ex: vender o bem e comprar
outro).
OBS: para que seja observada a parte final do inc. II do art. 1.659, é necessário que o
cônjuge adquirente faça menção expressa no ato de aquisição quanto a origem do
valor que está sendo pago pelo novo bem. Essa é a chamada cláusula de sub-rogação,
sem qual não se poderá invocar o beneficio da exclusividade.
D) DÍVIDAS: anteriores ao casamento também NÃO SE COMUNICAM. Ex: se adquiriu
algum bem por financiamento, o outro cônjuge só terá direito naquilo que se pagou
após o casamento.
E) OBRIGAÇÕES DECORRENTE DE ATO ILICITO: não se comunicam, os cônjuges
respondem no valor de seu limite patrimonial. Se o lesado durante a ação judicial
avançar no patrimônio do outro cônjuge cabe embargos de terceiro.
F) SALÁRIO: não entra na comunhão parcial de bens, mas se usar o salário para fazer
popança pode entrar no rateio (entra na divisão qualquer patrimônio ou capital ainda
que de origem salarial).
G) PREVIDÊNCIA PRIVADA: não entra na comunhão parcial, é uma exceção, pois tem um
sentido de reverter o titulo alimentar.

OBS: proventos são rendimentos que se aufere de ganhos próprios.

Bens que se comunicam:

A) Adquiridos ONEROSAMENTE durante a constância do casamento, ainda que em nome


de um só.
B) FRUTOS PENDENTES: ex: safra que ainda não foi colhida, mas já existe. No futuro
reparte e divide por 02.
C) Benfeitorias de bens incomunicáveis: ex: casa que recebeu por herança valia 50 mil,
com benfeitoria vale 300, divide os 250 para ambos.
D) Aluguéis de bens incomunicáveis.
E) Acerto trabalhista/FGTS – desde que não sejam por causa anterior ao casamento.

COMUNHÃO UNIVERSAL

 Regra: Todos os bens se comunicam, os adquiridos antes e depois do casamento.


 Exceção: Art. 1668: aqueles dotados com a cláusula de incomunicabilidade (depende
da vontade de quem está doando).
 OBS: só se comunica as dividas que foram contraídas com o preparo do casamento.
 A incomunicabilidade só alcança os frutos.

Na separação do regime de comunhão universal, não haverá comunhão em parte alguma do


patrimônio de um e de outro. Cada qual administra o que é seu e pode dispor livremente dos
bens que lhe pertencem, sejam móveis ou imóveis, sem necessitar da autorização do outro.
Assim, se o casamento terminar, não haverá partilha, pois inexiste comunicação.

Entretanto, acima das regras legais, estão os princípios gerais do Direito. Desse modo, se na
prática o regime de separação, de um caso determinado, funcionar segundo as regras de
outro, o cônjuge que se sentir prejudicado quando do divórcio, poderá, apoiado na
jurisprudência, reivindicar o que julgar de Direito, porque a ninguém é dado o direito de
enriquecer sem justa causa ou as custas de outrem.

ALIMENTOS – art. 1698

Binômio:

 NECESSIDADE
 POSSIBILIDADE
Pode haver alteração a todo o tempo e quantas vezes foram necessário através da AÇÃO DE
RESVISÃO DE ALIMENTOS. Sempre que houver alterações fáticas (possibilidade e necessidade).
Isto só é possível porque a sentença só faz COISA JULGADA FORMAL, e não material.

Os alimentos, como se sabe, têm seu valor fixado conforme a necessidade de quem recebe e a
possibilidade de quem paga. Assim, sempre que ocorrer alteração nesses parâmetros, poderá
a parte interessada requerer a majoração ou a diminuição do valor até então fixado, tendo em
vista que a decisão que define o valor da verba não faz coisa julgada material, isto é, quanto ao
valor da devido. Assim, a TODO O TEMPO será licito as partes a promoção da AÇÃO
REVISIONAL, que será proposta perante o mesmo juízo onde tramitou a ação de alimentos.

Ainda é possível, nos casos de cessarem as necessidades do alimentado ou se ocorrer uma das
excludentes previstas na lei (Art. 1.708), o alimentante requerer sua EXONERAÇÃO do dever de
alimentar, como por exemplo, se o alimentado vier a estar provido de rendimento próprio, ou
se vier a se casar.

 EXONERAR: acabar a necessidade.


 REVISÃO: aumentar/diminuir a necessidade.

Obs: a ação revisional seguirá o rito especial previsto na lei de alimentos (L. 5.478), enquanto a
ação de exoneração será regida pelo procedimento comum previsto no CPC.

 Ação de exoneração: rito comum.


 Ação revisional: rito próprio.

O modo regular de pagar alimentos é em DINHEIRO, mas caso o alimentante não tenha
condições pode ser estabelecida uma forma substitutiva de pagamento, como por exemplo,
levar para morar juntos.

Art. 1.700: com a morte de quem paga alimentos, transmite-se automaticamente a


responsabilidade aos herdeiros, contudo, estes deverão prestar alimentos com os bens do “de
cujus”.

Art. 1.702/1.704: corrente majoritária defende que já perderam a utilidade, pois não se
observa mais a culpa no divórcio. Contudo, o art. 1.704, parágrafo único ainda está em
vigência, do qual determina o pagamento de prestação de alimentos ao cônjuge que
necessitar para sua subsistência, caso não tenha possibilidade de provê-lo.

ALIMENTOS PROVISÓRIOS / PROVISIONAIS

ALIMENTOS PROVISÓRIOS: se usa em caráter de urgência, entra com ação de alimentos e na


inicial já se prova o vínculo familiar e a necessidade. Alimentos provisórios são aqueles devidos
durante o processo e antes da sentença, fixados a titulo liminar. O réu é citado na ação e já
intimado para pagar alimentos.

PROVA: reconhecimento do filho. Na sentença o valor de alimentos pode ser mantido ou


alterado, conforme as provas juntadas nos autos. Mas durante o processo o juiz também pode
alterar o valor, também pode ser alterado em grau de recurso através do agravo de
instrumento.
 Alimentos provisórios: quando um parente entra contra o outro.
 Alimentos provisionais: dentro da ação de divórcio/dissolução na união estável.

RENUNCIA DE ALIMENTOS

Não pode haver: cessão, nem compensação, nem penhorar o crédito de alimentos.

O direito de alimentos é IRRENÚNCIAVEL. A renuncia é nula: não há efeitos. O exercício do


direito é subjetivo/facultativo, mas não pode renunciar.

 REGRA 1.707: só se aplica para ascendentes, descendentes e irmãos.


 Cônjuges/companheiros: podem renunciar.

A regra do art. 1.707 não impede segundo a jurisprudência, que seja reconhecido como valida
e eficaz a renuncia manifestada por ocasião do divórcio ou da dissolução da União Estável. A
proibição de renuncia ao direito de alimentos somente é admitida entre aqueles ligados por
vinculo de parentesco.

Ingratidão do alimentado: enseja direito de exoneração do alimentando.

Divida alimentar: pode ser fixada em salário mínimo.

BEM DE FAMÍLIA

Estes podem ser:

 Voluntário: determinado pelo Código Civil


 Legal: estabelecido pela Lei 8.009/90

Voluntário: A entidade familiar e os cônjuges podem, através de escritura pública, reservar


como bem de família um ou mais bens que sejam proprietários, desde que não se ultrapasse
de 1/3 do patrimônio total. Essa instituição também poderá ser determinada por terceiro no
caso de doação ou sucessão.

O bem ou os bens poderão constituir-se de imóvel rural ou urbano com suas pertenças e ainda
valores mobiliários (dinheiro), obedecido o limite de 1/3.

A constituição do bem de família voluntário só estará perfeita e acabada com o registro em


cartório da respectiva escritura. Daí em diante, o bem de família não responderá por dívida de
qualquer natureza, com exceção daquelas provenientes de tributos sobre o imóvel instituído
ou as decorrentes de despesas de condomínio. Essa isenção persistirá até a morte dos
cônjuges/companheiros, ou havendo filho incapaz, enquanto durar a incapacidade.

Os bens instituídos como bem de família não poderão ter outra destinação, bem como de
família, poderá o juiz, a requerimento do interessado, extinguir ou autorizar sub-rogação.
Falecendo os instituidores, a administração passará aos filhos, nomeando-se tutor em favor
destes. Se for extinta a sociedade conjugal o bem de família persistirá, a não ser no caso de
morte de um dos cônjuges, quando poderá ser requerida sua extinção em se tratando de único
bem.
Legal: Com o advento da lei 8.009/90, a proteção do bem de família foi estendida para todas
as pessoas, independentemente da instituição na forma do Código Civil. Por essa lei ficou
protegido de penhora o imóvel, local de residência da família.

Desse modo, o único requisito exigido para invocar essa proteção é a prova de moradia, pela
família, no imóvel sobre o qual houver discussão a respeito.

Além do imóvel, estarão protegidos também os móveis que guarnecem, salvo aqueles
considerados objetos de luxo ou supérfluos.

Em se tratando de imóvel rural, a proteção recairá sobre a casa, seus móveis e utensílios de
trabalho e sobre uma área é a considerada por lei como pequena propriedade rural.

O art. 3° da lei 8.009/90, entretanto, enumera algumas situações em que não se aplicará a
regra protetiva por ela disciplinada. São os casos de execução do bem de família legal.

TUTELA / CURATELA

Lei 13.146/15 – direito protetivo dos incapazes (Lei de tomada de decisão apoiada).

 Tutela: incapaz menor


 Curatela: mudanças C.C 2002 (incapaz maior)

 Menor órfão com bens = TUTELA


 Menor órfão sem bens = adoção/guarda

TUTELA: é um conjunto de direitos e obrigações conferidas pela lei a um terceiro, para que
proteja a pessoa de um menor que não esteja sob o poder familiar, administrando seus bens,
representando-o e assistindo-o nos atos da vida civil.

Múnus público: tutor representa o Estado. O tutor exerce o múnus público, imposto pelo
Estado, para atender um interesse público possibilitando a efetivação do dever Estatal de
guardar e defender órfãos e menores cujos pais foram destituídos do Poder Familiar ou
declarados ausentes TUTOR NÃO TEM O PODER FAMILIAR.

Art. 1.728: A obrigação de amparar o menor seria inicialmente do Estado, mas na


impossibilidade se nomeia um tutor. Obs: o tutor não pode aferir nenhuma remuneração dos
bens dos menores, é uma obrigação.

O tutor pode ser nomeado pelos pais, antes de falecerem, através de testamento ou outro
documento autentico. Não havendo nomeação prévia dos pais, caberá ao juiz fazê-lo,
escolhendo uma das pessoas indicadas no artigo 1.731, cuja ordem é PREFERÊNCIAL, mas de
caráter RELATIVO.

OBS: o juiz não é obrigado a segui-lo, deve analisar quem tem melhor condições tendo em
vista o bem estar do menor. Se forem 2 ou + os menores com necessidade de tutela, sendo
eles irmãos o tutor será um só.
Art. 1735 – estabelece pessoas que são proibidas de assumir tutela.

Recusa da tutela: embora a tutela seja uma obrigação de ordem pública, algumas pessoas
estão autorizadas a recusar o encargo, caso estejam enquadradas numa das previsões do art.
1.736, que define “escusa dos tutores”.
EX: pessoas com mais de 60 anos de idade.

ATRIBUIÇÕES DO TUTOR: Incumbe ao tutor cumprir, em relação ao menor e a seus bens, as


atribuições previstas nos artigos 1740, 1741, 1747, 1748 e 1749.

O tutor NÃO pode aplicar CASTIGO, quem vai definir a punição do menor é o juiz. Somente os
pais, que tem o poder familiar é que pode castigar seus filhos.

Os bens imóveis ou móveis pertencentes ao menor ficarão em poder do tutor, porém os


valores em dinheiro deverão estar depositados em conta bancária, podendo ser sacado
somente o valor necessário para a subsistência do menor.

Periodicamente o tutor deverá dar conta de sua administração. Anualmente apresentará um


balancete e a cada 02 anos passará pela conferência do contador judicial dando-se vista ao
ministério público e na sequência serão julgadas pelo juiz.

Obs: na pratica, dependendo de cada caso e suas circunstâncias, poderá o juiz estabelecer a
prestação de contas em períodos inferiores, normalmente de 6 em 6 meses.

FIM DA TUTELA: Termina a tutela com a maioridade, emancipação ou adoção e morte do


menor. Em relação ao tutor, cessa a tutela ao término do prazo (02 anos) que deverias servir
(podendo continuar se for a sua vontade) se surgir causa de escusa, quando for removido.

CURATELA

Curatela é um encargo público conferido, por lei, á alguém para reger e defender uma pessoa
administrar os bens dos MAIORES INCAPAZES, que por si só não estão em condição de fazê-lo
em razão de enfermidade ou deficiência mental.

Art 3º CC – incisos revogados.

Lei 13.146: se busca não dar a conotação de pessoas inferiores por serem interditadas. Não se
pede interdição, a nomenclatura usada é “nomeação de curador”.

Com o advento da lei 13.146 de 2015, chamada de Estatuto da pessoa com


deficiência, o legislador reduziu de forma sensível os casos de pessoas incapazes que poderiam
ser alvo de processo de interdição. Desse modo o artigo 3º do C.C foi REVOGADO, sendo que a
única causa de incapacidade absoluta que restou diz respeito aos menores de 16 anos, que são
representados por seus pais ou tutores. O objetivo do legislador foi propiciar a inclusão das
pessoas com deficiência no meio social e dos negócios retirando-lhe a DESIGNAÇÃO DE
INTERDITO, substituindo-a por assistido quando a sua curatela for necessário estabelecer.
Os únicos ainda sujeitos à interdição são aqueles designados na nova redação
do art. 1767 do C.C. Quais sejam (por exemplo) acometidos de AVC e o surdo e mudo sem
educação especializada (inc. I), os alcoólatras, toxicómanos e pródigos. A estes será nomeado
curador, após prévio processo de interdição. Nos demais casos de incapacidade por deficiência
não mais se faz interdição, bastando simples pedido de nomeação de curador. As pessoas
legitimadas para requerer a curatela são aquelas relacionadas no art. 747 do CPC, em
complemento ao art 1768 do C.C. (substituiu a expressão ‘interdição’ embora a regra
processual ainda faça uso da expressão interdição).
O ministério Público também possui legitimidade nos casos dos incisos I e III do
art. 1769. O juiz, antes de definir pela curatela, será assistido por equipe técnica e fará
entrevista pessoal com o incapaz. Na decisão o juiz fixará os limites da curatela. Se o incapaz
puder de alguma forma se manifestar, sua vontade será levada em consideração para
estabelecer a escolha do curador. Segundo regra geral são aplicadas na curatela, em tudo o
que for cabível, as regras da TUTELA, como prestação de contas, administração dos bens,
destituição do cargo.
Ao nascituro será nomeado curador se a mãe for incapaz ou não tiver o poder
familiar.
Quanto ao prodigo, este somente terá restrição necessitando da assistência do
curador, nos atos de caráter patrimonial.
TOMADA DE DECISÃO APOIADA

A Lei 13.146 implicou na criação do artigo 1783-A do C.C. Essa disposição define uma nova
forma de proteção as pessoas com deficiência, caso elas possuam meios de decidir a respeito.
O próprio incapaz poderá requerer ao juiz que 2 pessoas, de sua escolha, sejam nomeadas
para a função de seus apoiadores.

Assim, a cada negócio ou ato a ser praticado, essas pessoas irão auxiliar o deficiente na
tomada da melhor decisão.

You might also like