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ADOÇÃO
ADOTANTE
ADOTADO
A Lei nunca exigiu que fosse um casal, sempre se usou a expressão “adotante” no singular.
ECA
Art 40 – está em desacordo com a nova realidade.
Art 41 – estabelece o 1º efeito da adoção (o vinculo com a família antiga se desfaz, mas
permanece o vinculo para fins de impedimentos matrimoniais).
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.
ADOTADO: é como se fosse filho natural do adotante para todos os fins de direito.
§1º: EX: A e B são casados e tem um filho C. Posteriormente A e B se separam e B vem a casar
com D. D pode adotar C, desde que A concorde ou esteja morto.
Art. 42: requisito legal para ser adotante: ter mais de 18 anos independente do estado civil (a
lei nunca exigiu que fosse um casal).
§1º: Avós e Irmão: não podem adotar (IMPEDIMENTO). Tios podem adotar sobrinhos.
Duas pessoas podem ser adotantes ao mesmo tempo desde que tenha casamento/união
estável. Pode ser relação homoafetiva.
§3º: o adotante tem que ser pelo menos 16 anos mais velho que o adotado. A lei considera
que é com 16 anos que alguém já está apto a ter filhos.
§4º: mesmo que haja divórcio entre os casados, é facultado o direito de continuar o processo
de adoção, desde que o divórcio seja CONSENSUAL, não deve haver nenhuma duvida em
relação a guarda.
ATENÇÃO: O estágio de convivência deve ter ocorrido antes do divórcio.
Art. 43: Em caso de morte do adotante antes de concluído o processo de adoção haverá
prosseguimento do mesmo, devendo haver inequívoca convicção sobre a adoção.
OBS: Sendo o adotante maior de 12 anos, este também será ouvido para manifestar-se.
Art. 47 §4º: A adoção se consuma com a SENTENÇA REGISTRADA (só a partir daí produz
efeitos). Mas na certidão de nascimento não se fará nenhuma menção a adoção.
OBS: o processo de adoção deve ser mantido em arquivo, não pode ser “incinerado”
(exterminado).
§7º: adoção produz efeitos após sentença. Nos casos em que a parte morre, tem efeito
retroativo na DATA DA MORTE do adotante (ex tunc) para se preservar patrimônio, a herança
é transmitida no momento da morte, por isso o efeito é retroativo. Nos demais casos os
efeitos serão ex nunc (regra).
§9º: o processo tem prioridade de tramitação em alguns casos específicos. Ex: deficiência.
Art. 48: É direito do adotado conhecer sua origem e seu processo após completar 18 anos.
Obs: por isso o processo não pode ser destruído.
PODER FAMILIAR
ART 1.689 – 1.693: poder familiar de caráter patrimonial – bens dos menores.
Regra – basta o nascimento dos filhos para se obter poder familiar perante filhos.
Obs: somente os pais podem ter poder familiar (avós tios etc não tem).
PRINCÍPIO DA IGUALDADE: é o que rege o poder familiar, pai e mãe tem os mesmos direitos,
se divergirem podem acionar o poder judiciário.
Art. 1632: separação não altera o poder familiar, apenas regulamenta a guarda.
Art. 1633: o filho não reconhecido pelo pai fica no poder familiar exclusivo da mãe, o
poder familiar PRESSUPÕE reconhecimento do filho.
Art. 1634: elementos do poder familiar.
Art. 1635: extinção do poder familiar.
ATENÇÃO: tudo se resolve em ultima analise pelo que for melhor para a criança.
O novo cônjuge dos pais não tem poder familiar sobre a criança, os pais naturais continuam
com o poder.
EX: pessoas presa com sentença transitada em julgado com pena superior a 2 anos suspende.
EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR: É irrevogável, não se restabelece, caso ocorra não volta mais.
Ocorre no caso de castigo imoderado. O c.c autoriza o emprego de castigo MODERADO.
Art. 1689: bens dos filhos menores. Os bens dos filhos menores são INALIENÁVEIS.
Participação final nos aquestos: só se aplica ao final do casamento, se divide tudo o que se
adquiriu durante o casamento, não se aplica apenas os bens que se tem no momento da
separação, mas sim tudo o que se adquiriu durante o casamento, ou seja, trata-se de um
regime misto, que na vigência do casamento é semelhante ao da separação de bens e, na
dissolução da sociedade conjugal, ao da comunhão parcial.
Aquestos: aquilo que se adquire onerosamente.
COMUNHÃO PARCIAL: é o regime oficial adotado no Brasil, foi criado após o surgimento da
possibilidade da dissolução do casamento (antes o casamento era ato indissolúvel). Esse
regime de bens foi criado com o objetivo de ser um obstáculo para impedir os casamentos por
interesse. Para aderir o regime de comunhão parcial basta simples declaração, para aderir aos
os outros regimes necessita de pacto antenupcial.
Antes o regime oficial era a comunhão universal, já que o casamento era indissolúvel.
Obs: é licito faze pacto mesmo adotando o regime de comunhão parcial de bens, a lei só não
estabelece como obrigação, mas pode ser feito desde que haja consenso de ambas as partes.
OBS: Entendimento jurisprudencial: mesmo quando for convencionado por vontade das partes
o regime de separação convencional de bens, pode haver a RELATIVIZAÇÃO do regime no
momento da separação, com base no principio que veda o enriquecimento ilícito.
OBRIGATÓRIA: por força de Lei nas causas suspensivas (quando uma das partes tiver
mais de 70 anos ou sempre em que o casamento foi realizado por autorização do juiz).
A separação obrigatória NÃO se leva em consideração a VONTADE das partes.
OBS: SÚMULA 377 STF – equipara a separação obrigatória à comunhão parcial.
ART. 1647: OUTORGA UXÓRIA – consiste na autorização do cônjuge para alienação de bens.
Exceção: só haverá duas exceções: quando o regime de bens adotado for o de separação
convencional de bens, e quando constar no pacto antenupcial.
Nas ações reais que envolvem bens IMÓVEIS é obrigatória a participação de ambos os
cônjuges.
PACTO ANTENUPICIAL
É um contrato solene pelo qual os nubentes dispõem a respeito da escolha do regime de bens
que disciplinará a relação entre eles e seus bens, não podendo o ato conter disposições que
não sejam de caráter patrimonial.
OBS: além da escolha do regime o pacto poderá servir para modificar as disposições legais que
os regem, devendo OBRIGATORIAMENTE ser realizado por escritura pública.
COMUNHÃO PARCIAL:
Excluem:
COMUNHÃO UNIVERSAL
Entretanto, acima das regras legais, estão os princípios gerais do Direito. Desse modo, se na
prática o regime de separação, de um caso determinado, funcionar segundo as regras de
outro, o cônjuge que se sentir prejudicado quando do divórcio, poderá, apoiado na
jurisprudência, reivindicar o que julgar de Direito, porque a ninguém é dado o direito de
enriquecer sem justa causa ou as custas de outrem.
Binômio:
NECESSIDADE
POSSIBILIDADE
Pode haver alteração a todo o tempo e quantas vezes foram necessário através da AÇÃO DE
RESVISÃO DE ALIMENTOS. Sempre que houver alterações fáticas (possibilidade e necessidade).
Isto só é possível porque a sentença só faz COISA JULGADA FORMAL, e não material.
Os alimentos, como se sabe, têm seu valor fixado conforme a necessidade de quem recebe e a
possibilidade de quem paga. Assim, sempre que ocorrer alteração nesses parâmetros, poderá
a parte interessada requerer a majoração ou a diminuição do valor até então fixado, tendo em
vista que a decisão que define o valor da verba não faz coisa julgada material, isto é, quanto ao
valor da devido. Assim, a TODO O TEMPO será licito as partes a promoção da AÇÃO
REVISIONAL, que será proposta perante o mesmo juízo onde tramitou a ação de alimentos.
Ainda é possível, nos casos de cessarem as necessidades do alimentado ou se ocorrer uma das
excludentes previstas na lei (Art. 1.708), o alimentante requerer sua EXONERAÇÃO do dever de
alimentar, como por exemplo, se o alimentado vier a estar provido de rendimento próprio, ou
se vier a se casar.
Obs: a ação revisional seguirá o rito especial previsto na lei de alimentos (L. 5.478), enquanto a
ação de exoneração será regida pelo procedimento comum previsto no CPC.
O modo regular de pagar alimentos é em DINHEIRO, mas caso o alimentante não tenha
condições pode ser estabelecida uma forma substitutiva de pagamento, como por exemplo,
levar para morar juntos.
Art. 1.702/1.704: corrente majoritária defende que já perderam a utilidade, pois não se
observa mais a culpa no divórcio. Contudo, o art. 1.704, parágrafo único ainda está em
vigência, do qual determina o pagamento de prestação de alimentos ao cônjuge que
necessitar para sua subsistência, caso não tenha possibilidade de provê-lo.
RENUNCIA DE ALIMENTOS
Não pode haver: cessão, nem compensação, nem penhorar o crédito de alimentos.
A regra do art. 1.707 não impede segundo a jurisprudência, que seja reconhecido como valida
e eficaz a renuncia manifestada por ocasião do divórcio ou da dissolução da União Estável. A
proibição de renuncia ao direito de alimentos somente é admitida entre aqueles ligados por
vinculo de parentesco.
BEM DE FAMÍLIA
O bem ou os bens poderão constituir-se de imóvel rural ou urbano com suas pertenças e ainda
valores mobiliários (dinheiro), obedecido o limite de 1/3.
Os bens instituídos como bem de família não poderão ter outra destinação, bem como de
família, poderá o juiz, a requerimento do interessado, extinguir ou autorizar sub-rogação.
Falecendo os instituidores, a administração passará aos filhos, nomeando-se tutor em favor
destes. Se for extinta a sociedade conjugal o bem de família persistirá, a não ser no caso de
morte de um dos cônjuges, quando poderá ser requerida sua extinção em se tratando de único
bem.
Legal: Com o advento da lei 8.009/90, a proteção do bem de família foi estendida para todas
as pessoas, independentemente da instituição na forma do Código Civil. Por essa lei ficou
protegido de penhora o imóvel, local de residência da família.
Desse modo, o único requisito exigido para invocar essa proteção é a prova de moradia, pela
família, no imóvel sobre o qual houver discussão a respeito.
Além do imóvel, estarão protegidos também os móveis que guarnecem, salvo aqueles
considerados objetos de luxo ou supérfluos.
Em se tratando de imóvel rural, a proteção recairá sobre a casa, seus móveis e utensílios de
trabalho e sobre uma área é a considerada por lei como pequena propriedade rural.
O art. 3° da lei 8.009/90, entretanto, enumera algumas situações em que não se aplicará a
regra protetiva por ela disciplinada. São os casos de execução do bem de família legal.
TUTELA / CURATELA
Lei 13.146/15 – direito protetivo dos incapazes (Lei de tomada de decisão apoiada).
TUTELA: é um conjunto de direitos e obrigações conferidas pela lei a um terceiro, para que
proteja a pessoa de um menor que não esteja sob o poder familiar, administrando seus bens,
representando-o e assistindo-o nos atos da vida civil.
Múnus público: tutor representa o Estado. O tutor exerce o múnus público, imposto pelo
Estado, para atender um interesse público possibilitando a efetivação do dever Estatal de
guardar e defender órfãos e menores cujos pais foram destituídos do Poder Familiar ou
declarados ausentes TUTOR NÃO TEM O PODER FAMILIAR.
O tutor pode ser nomeado pelos pais, antes de falecerem, através de testamento ou outro
documento autentico. Não havendo nomeação prévia dos pais, caberá ao juiz fazê-lo,
escolhendo uma das pessoas indicadas no artigo 1.731, cuja ordem é PREFERÊNCIAL, mas de
caráter RELATIVO.
OBS: o juiz não é obrigado a segui-lo, deve analisar quem tem melhor condições tendo em
vista o bem estar do menor. Se forem 2 ou + os menores com necessidade de tutela, sendo
eles irmãos o tutor será um só.
Art. 1735 – estabelece pessoas que são proibidas de assumir tutela.
Recusa da tutela: embora a tutela seja uma obrigação de ordem pública, algumas pessoas
estão autorizadas a recusar o encargo, caso estejam enquadradas numa das previsões do art.
1.736, que define “escusa dos tutores”.
EX: pessoas com mais de 60 anos de idade.
O tutor NÃO pode aplicar CASTIGO, quem vai definir a punição do menor é o juiz. Somente os
pais, que tem o poder familiar é que pode castigar seus filhos.
Obs: na pratica, dependendo de cada caso e suas circunstâncias, poderá o juiz estabelecer a
prestação de contas em períodos inferiores, normalmente de 6 em 6 meses.
CURATELA
Curatela é um encargo público conferido, por lei, á alguém para reger e defender uma pessoa
administrar os bens dos MAIORES INCAPAZES, que por si só não estão em condição de fazê-lo
em razão de enfermidade ou deficiência mental.
Lei 13.146: se busca não dar a conotação de pessoas inferiores por serem interditadas. Não se
pede interdição, a nomenclatura usada é “nomeação de curador”.
A Lei 13.146 implicou na criação do artigo 1783-A do C.C. Essa disposição define uma nova
forma de proteção as pessoas com deficiência, caso elas possuam meios de decidir a respeito.
O próprio incapaz poderá requerer ao juiz que 2 pessoas, de sua escolha, sejam nomeadas
para a função de seus apoiadores.
Assim, a cada negócio ou ato a ser praticado, essas pessoas irão auxiliar o deficiente na
tomada da melhor decisão.