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EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Prova Escrita de Português – Proposta de correção

12.o Ano de Escolaridade

Prova 639/2.a Fase − 2015

Proposta de correção

GRUPO I

1 − De acordo com o conteúdo do poema, para que a voz se manifeste, é necessário que quem ouve se
encontre num estado de semiconsciência, pois só “meio dormindo / Sem saber de ouvir ouvimos” (vv. 6-7).
Assim, semiacordados, “escutamos” (v. 4), “Mas, se vamos despertando, / Cala a voz, e há só o mar.” (vv.
14-15).

2 − Os dois últimos versos do poema expõem as consequências do despertar do estado de semiconsciência.


Neste sentido, realçam a ideia de que, acordando, a voz do mar, associada a uma ideia de esperança,
desaparece e, assim, o mar passa a ser apenas uma realidade objetiva.

3 − O mito sebastianista surge convocado na última estrofe do poema através da referência ao “Rei” (veja-
se a maiusculização da palavra, a encerrar um forte valor simbólico) que aguarda o momento de agir −
“Onde o Rei mora esperando.” (v. 13). Da mesma forma, salienta-se a alusão a um espaço mítico − as “ilhas
afortunadas” (v. 11), que “são terras sem ter lugar” (v. 12) onde o Rei se encontra.

4 − Considerando o excerto transcrito, Maria é apresentada como uma jovem curiosa, uma vez que insiste
em conhecer a identidade de uma das figuras retratadas, como comprova a interrogação que abre o seu
discurso. Por outro lado, é caracterizada também pelo seu elevado nível cultural, na medida em que
conhece figuras relevantes da política e da cultura, aspeto visível na referência a D. Sebastião e a Camões.
Finalmente, destaca-se a sua crença religiosa − “Deus não podia consentir em tal.” (ll. 8-9) − e em profecias
− “Pois não há profecias que o dizem? Há, e eu creio nelas.” (l. 13).

5 − As duas figuras históricas nacionais apresentadas no excerto simbolizam, para Maria, a grandeza de
Portugal e, consequentemente, a recusa de um presente de submissão. Assim sendo, D. Sebastião é
símbolo de esperança, pois o seu regresso conduziria Portugal à grandeza perdida; Camões simboliza o
herói temerário e valente, a imagem de poeta e guerreiro − “Numa mão sempre a espada e noutra a pena.”

a
Testes e Exames Português 12 / Proposta de correção 2. Fase − 2015 1
GRUPO II

Item Versão 1 Versão 2


1. B D
2. A B
3. D C
4. C D
5. B C
6. A B
7. B A
2.1. “Tudo”
2.2. (Valor) restritivo
2.3. Sujeito

GRUPO III

Dada a natureza deste item, não se apresenta cenário de resposta, mas antes uma proposta de
planificação que pode orientar o trabalho de produção:

(identificação do tema): A importância dos ideais para os jovens, na atualidade.


Poderá fazer-se uma ponte com o passado, trazendo um caso paradigmático de
INTRODUÇÃO
crença em ideais, que, de certa forma, justifique a manutenção do tema, na
atualidade.

1º argumento: A crença em ideais pode ser determinante para a construção do


futuro, em termos pessoais.
Exemplo: A definição de objetivos contribui para a realização do curso
universitário que sempre se desejou / sonhou (jovens empenhados, lutadores,
persistentes têm mais probabilidades de concretizar os seus projetos).
DESENVOLVIMENTO
2º argumento: A defesa de causas (religiosas, políticas, …) é determinante para a
evolução da sociedade.
Exemplo: Jovens empenhados em determinadas causas (Malala Yousafzai,
exemplo de uma jovem ativista paquistanesa, apologista de que “Uma criança,
um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo.”)

CONCLUSÃO Reforço da importância da crença em ideais, atendendo ao seu caráter propulsor.

a
Testes e Exames Português 12 / Proposta de correção 2. Fase − 2015 2

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