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NUCAP

Núcleo de Catequese Paulinas

Catequese de IVC
com Inspiração Catecumanal
Autor: Pe. Antonio Francisco Lelo

Paulinas Cursos
Leituras Complementares

A iniciação cristã
A iniciação cristã marca os fundamentos de toda a vida como seguimento de
Cristo. Equivale a um projeto de vida e a uma forma de ver e se posicionar no mun-
do, segundo o projeto de Jesus Cristo. Trata-se de tornar-se alguém maduro que
descobriu a pérola preciosa do Reino.
O iniciado na fé assume os valores evangélicos com convicção e manifesta sua
adesão pessoal de que vale a pena ser cristão na sociedade hoje. Para ser iniciado
na fé, é preciso ouvir e aderir à Palavra pela catequese e receber o Batismo, a Con-
firmação e a Eucaristia.
Diante de tantos batizados indiferentes à sua fé, o Documento de Aparecida
constata que a nossa catequese de iniciação é pobre e fragmentada, e, portanto,
insuficiente para promover, de fato, uma personalidade cristã. Acrescente-se a isso,
ainda, que temos muitos batizados não evangelizados que vivem uma fé individua-
lista e bombardeada por inúmeras ofertas religiosas.
A Igreja do Brasil, a partir do Diretório Nacional de Catequese e do Documento
de Aparecida, propõe uma nova forma de iniciar a fé. Encoraja-nos a retomar o mo-
delo das primeiras comunidades: a Iniciação Cristã de Adultos, porque aí encontra-
mos a pedagogia do catecumenato.

Duas formas de iniciação


Atualmente, a Igreja oferece duas diferentes lógicas de iniciação: de um lado,
o batismo de crianças, que se adéqua a uma sociedade cristã e que supõe famílias
organizadas que o complementem com a educação da fé; de outro lado, a Igreja
contempla a iniciação de adultos com uma metodologia que segue a lógica da con-
versão da fé, própria dos primeiros séculos do cristianismo, que recupera o catecu-
menato. Este foi restaurado pelo Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), em
1972.
O sucesso de conversões rápidas que desencadeiam uma participação mais
numerosa e, às vezes, barulhenta, não significa, necessariamente, uma evangeliza-
ção consistente. Em alguns lugares, chega-se a dizer que vale mais uma aceitação
rápida, após uma catequese superficial para o batismo, do que um processo demo-

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rado. O catecumenato vai na contramão destas motivações.
A proposta catecumenal não é uma oferta superficial, mas se direciona por
um caminho de transformação na fé em Jesus Cristo, de conhecimento e acolhida
de seu Evangelho, de introdução na vida da comunidade cristã. Acaba sendo uma
vivência de fé que integra visceralmente as crenças e os valores fundamentais da
pessoa. Por isso, não se trata apenas de organizar um grupo de adultos e, menos
ainda, de ter apenas a motivação da recepção sacramental.
(Pe. Antonio Francisco Lelo)

NÃO DEIXE DE LER...

ALMEIDA, Antonio José de. ABC da iniciação cristã. São Paulo,


Paulinas, 2010, pp. 10-26

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