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Causa Resultado
Input Output Bons
Processo (método Padronizar e
Resultados
manter
de trabalho)
Considerar
Resultados ruins
Propor
contramedidas
Analisar a causa
Como mostra a figura 6.1, na base de um processo produtivo o output derivado deve ser avaliado
e se os resultados são bons, é preciso focar na padronização e na manutenção do processo. No
caso de um resultado não satisfatório, é necessário analisar as causas raízes e implementar as
contramedidas na parte interna do processo para verificar o seu efeito. Para garantir a qualidade
na primeira tentativa, first time quality, é necessário definir as condições do processo para obter um
produto de qualidade, manter no tempo as condições já definidas e melhorá-las. Para conduzir a
análise na parte interna do processo, é necessário entender onde é preciso focar a atenção.
A atitude do WCM é focada e orienta a levar em consideração não o processo inteiro, mas somente
os pontos mais críticos.
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Pilares Técnicos
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Quality Control
Figura 6.2b Matriz QA. Correlações dos defeitos com o 4M - Estabelecimento de Melfi, auditoria abril 2007
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Pilares Técnicos
A atitude PDCA
Sempre em conexão com o Quality Control existe a atitude relativa ao método PDCA, rodar o ciclo
do PDCA, que consiste na múltipla repetição dos ciclos Plan (Planejar), Do (Fazer), Check (Checar)
e Act (Agir). É necessário lembrar que o PDCA é um método para a realização dos planos de
ação, cujas fases sucessivas são capazes de garantir eficiência e confiabilidade. Isso consiste em
desenhar um plano, implementar, verificar os resultados e introduzir ações corretivas. Usar o PDCA
como recurso, quer dizer alcançar um padrão, refletir sobre os resultados alcançados e introduzir
ações de melhoramento posterior no modo de fazer as coisas.
A sugestão é utilizar o ciclo PDCA como um recurso, nos vários Kaizen, para atacar os defeitos
cuja causa não pode ser individualizada com um só giro do PDCA, com a finalidade de reduzir
progressivamente os defeitos até chegar a zero.
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Quality Control
Para identificar os fatos, o princípio do management by facts sugere agir da seguinte forma:
observar onde o problema está atualmente e qual é o problema;
decidir as características a ser analisadas;
definir com clareza os objetivos do levantamento dos dados;
recolher minuciosamente os dados;
definir com clareza os princípios e os padrões;
analisar com atenção os dados utilizando os instrumentos QC;
avaliar os resultados produzindo uma informação detalhada.
O controle da dispersão
Outro princípio fundamental a ser aplicado é o controle da dispersão. Muitas vezes os dados estão
dispersos em torno de certo valor: é necessário compreender o significado da dispersão, procurar
as causas da dispersão, reduzir a dispersão dentro dos limites aceitáveis e manter o processo em
um estado de estabilidade.
Controlar a dispersão quer dizer eliminar as variações do padrão a partir da identificação:
da estrutura da distribuição;
do valor central da distribuição;
da dispersão nos dados (o desvio padrão).
Os indicadores fundamentais para manter sob controle a dispersão do processo são definidos Cp e
Cpk, índice de capacidade e índice de centralização do processo. Na figura 6.5 são representadas
as curvas gaussiana de processos em vários níveis de capacidade e de centralização. A primeira
e a terceira gaussiana representam processos capazes e centrados, em que os valores Cp e Cpk
são iguais a dois, na primeira gaussiana e a um na terceira. A segunda gaussiana representa um
processo capaz, mas não perfeitamente centrado, em que os valores são dois para Cp e um para
Cpk: os valores são concentrados na mesma região, mas não são centrados; é ainda possível ter
resultados aceitáveis porque estamos dentro das tolerâncias.
Figura 6.5 Índices das capacidades e dos principais pontos característicos do processo
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Pilares Técnicos
A figura 6.6 mostra a fórmula de cálculo do Cp: USL (Upper Side Limit, em português, limite superior
de controle) - LSL (Lower Side Limit, em português, limite inferior de controle) dividido em seis
sigma e são representadas várias gaussianas que mostram um Cp inferior a um (com valores fora
do limite inferior e superior); um Cp levemente superior a um (com os valores incluídos entre o limite
superior e inferior) e um Cp quase igual a 1,2 (onde a gaussiana tende a convergir em direção ao
valor nominal).
Na figura 6.7 está escrita a fórmula para calcular o Cpk e as gaussianas de dois processos não
centrados com Cpk 0,4 e cerca 0,3.
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Quality Control
Caso exista um desvio em relação ao padrão é preciso procurar a causa e aplicar as contramedidas.O
histograma é uma representação gráfica que permite evidenciar como são distribuídos os valores por
uma característica de qualidade; o objetivo é avaliar visivelmente a centralização e a variabilidade
da distribuição em relação ao objetivo e verificar a normalidade.
No exemplo mostrado na figura 6.8 é possível ver que o valor médio está quase no centro dos limites
requisitados, mas a sua dispersão é maior que a largura desses limites. A essa altura é necessário
reduzir a dispersão ou reexaminar as especificações.
As fichas de controle servem para individualizar o surgimento de causas específicas, para proceder
com suas remoções, e para monitorar a estabilidade dos processos produtivos. Na figura 6.9 é
possível ver que, se considerarmos o valor de Cp e Cpk da característica de qualidade examinada,
mesmo na presença de valores aceitáveis, não é possível compreender que está acontecendo
um fenômeno que está levando o processo para fora de controle, em direção à parte superior do
range.
Figura 6.9 Carta de controle de um processo de produção
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Pilares Técnicos
Manter o processo estável significa individualizar as causas que criam a dispersão e remover as
causas determináveis (por exemplo, padrão de trabalho não-observado ou padrão não-adequado)
e implantar ações para evitar sua repetição no futuro.
A padronização
É outro princípio importante de Quality Control. Padronização significa construir um padrão para
os materiais e os métodos de trabalho e utilizá-los. Quando um padrão está sendo construído, é
importante garantir que os procedimentos estejam apropriados, que os padrões estejam expressos
em termos específicos e concretos, que as prioridades estejam claras, que o padrão seja facilmente
entendido e que utilize diagramas e figuras.
Formular e seguir os padrões é um trabalho de todos e deve ser feito em colaboração; para isso, é
preciso superar a divisão entre quem define o padrão e quem o aplica.
Não Existe
um padrão de
trabalho?
1
Sim
Preparar um padrão de
trabalho e assegurar que O
padrão de Não Não é um Impraticável ou
todos os operadores o Entender é dificil
executem trabalho é apropriado? formato não leva a bons
para os operadores
utilizável resultados
Sim 2 3 4
o Reescrevê-lo em forma de
Não padrão foi
Reescrever para torná-lo
procedimento. Utilizar diagrama
Reescrevê-lo do
mais aderente aos atuais ponto de vista
seguido? (figuras) para torná-lo fácil de
métodos de trabalho técnico
entender
Sim
5 6 7 8 9
Fornecer aos operadores Considerar o posicionamento dos Melhorar os métodos de trabalho
Instruir e guiar os operadores
Treinamento dos padrões formação técnica ou recolocá-los operadores em um ambiente de introduzindo soluções a prova
para seguirem os padrões
em outro trabalho trabalho melhorado de erro
(18)No estabelecimento de Termini Imerese, para controlar a qualidade dos pára-lamas, provenientes dos fornecedores,
foi introduzido um instrumento que, colocado dentro do pára-lamas em uma posição bem definida, verifica se as
dimensões estão corretas e se os parâmetros foram respeitados.
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Quality Control
Memória de Memória de
curto prazo longo prazo
Percepção de Imagem
Controle Percepção do modelo
Informação
Processamento
Percepção
Operação
Análises Decisão
Causa raiz
Nível de
do erro
conscientização
humano
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Pilares Técnicos
Para evitar a ocorrência de erros, é necessário atuar em todas as três fases, utilizando modali-
dades e instrumentos adequados.
(19)
A figura 6.12 mostra os range de altura onde devem ser colocados os painéis para que sejam visíveis ao operador
(altura do operador: 165 cm, altura dos olhos: 150 cm, distância do painel: 2 m). Posição do painel A: Utilidade; B:
Display gráficos; C: Indicadores; D: Ajustes e registros; E: Manipulação.
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Quality Control
Chamar a atenção do operador quando for necessário (por exemplo, sinais luminosos ou sonoros se
a operação não tiver sido feita de maneira correta ou se tiver esquecido de fazer alguma coisa).
Colocar os dispositivos de maneira a controlar a ação (por exemplo, reescrever uma escala
específica em cada recipiente).
Definir as condições básicas do local de trabalho e da oficina: essas atividades constituem pré-
requisito para a implementação de um sistema de dispositivos à prova de erro. Especificamente,
isso significa estabilizar as operações do processo (determinar as condições básicas, controlando
a deterioração nas etapas iniciais, descobrir pequenos defeitos e removê-los, através da
manutenção investigar os defeitos crônicos); garantir um espaço de trabalho seguro e agradável
para se realizar as operações de maneira acurada (promover os 5S, descrever as tarefas e os
procedimentos de trabalho, padronizar as operações, descrever os fluxos de trabalho para que o
operador compreenda facilmente o que deve fazer; prevenir os erros nas operações irregulares
(verificar os erros que aconteceram no passado e aumentar a atenção).
Introduzir métodos de trabalho à prova de erro (criar métodos de trabalho à prova de erro, criar
modos para que, se o erro acontecer, ele possa ser imediatamente detectado e o seu efeito possa
ser anulado).
10. Programa/ sequência automatizada fixa que não possa ser alterada
6.5 Os atores
É necessário garantir que os responsáveis e os participantes das equipes de projeto não pertençam
exclusivamente à Entidade Qualidade e à de Tecnologia, mas venham também das áreas produtivas.
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Pilares Técnicos
STEP 7
STEP 1 Restauração e
melhoramento dos
padrões operativos
Estudo das
condições atuais
6.7 Os steps
6.7.1 Step 1 Estudo das condições atuaiss
Definir os principais problemas qualitativos da fábrica, colocá-los em ordem de importância, colocá-los
no processo e individualizar qual ou quais dos 4M (Machine, Method, Material, Man) potencialmente
causaram o defeito.
Atividade
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Quality Control
Input
Output
Matriz QA
Atores
Atenção
Detalhar a Matriz QA para conseguir individualizar o processo e a parte do processo mais crítica,
ou seja, aquela que gera os defeitos prioritários.
Atividade
Intervir nos defeitos macroscópicos cujas causas podem ser identificadas mais facilmente.
Output
SOP
OPL
Atores
Ferramentas
Visual management (utilizar os sinalizadores dos defeitos derivados dos erros das pessoas que
são colocados nos locais onde se originaram).
Quick Kaizen
Poka Yoke
(20)
Os drivers de custo que discriminam a ordem das prioridades dos defeitos derivam da Matriz C do Cost Deployment.
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Pilares Técnicos
Atenção
No caso de erro humano, individualizar a verdadeira causa origem, porque em alguns casos é
necessária a formalização de uma SOP, e em outros, é oportuno introduzir um fool proof device.
Atividade
Output
Lista das causas dos defeitos e suas alocações na parte interna do processo produtivo.
No exemplo da figura 6.15 existe uma referência à análise das infiltrações de água na parte de
baixo da fixação da guarnição do Grande Punto. É possível ver como todas as possíveis causas da
infiltração foram relacionadas e associadas a cada uma das 4M, indicando o grau de importância,
estritamente ligado ao número de eventos ressaltados, e a parte do processo onde se verificou.
Depois dessa visualização, é possível deduzir que é necessário intervir na zona da sigilatura
automática, em particular no robô R3, e na região da sigilatura manual por causa de um problema
de má execução do ciclo de trabalho devido à falta dos padrões operativos de referência.
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Quality Control
Ferramentas
5W - 1H
4M Analysis
5 Why
Atenção
Entre as potenciais causas raízes é necessário individualizar quais efetivamente têm um impacto
sobre o defeito, e isso deve ser feito através de uma boa coleta de dados que evidencie também
o nível de detalhe alcançado.
Output
Ferramentas
Major Kaizen
Advanced Kaizen
PPA
Atenção
Antes de utilizar instrumentos mais avançados como PPA, DOE, etc., que são mais dispendiosos
em termos de análises e recursos, é oportuno verificar se, com instrumentos mais simples, é
possível resolver o problema.
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Pilares Técnicos
Atividade
Output
Matriz QM
A Matriz QM (de Quality Maintenance, ou melhor, Manutenção para a Qualidade) é uma tabela
que permite visualizar, para todos os parâmetros de funcionamento do equipamento, os valores
nominais com as respectivas tolerâncias, os instrumentos de medida, o responsável pelo controle,
a freqüência, com o objetivo de garantir seu correto funcionamento. Como o respeito aos padrões
operativos para cada um dos parâmetros é uma condição necessária para se obter um bom
output, torna-se útil ter uma medida para que o equipamento trabalhe nas condições-padrão.
Com esse objetivo, é introduzido o conceito das cinco Condições/Perguntas para zero defeitos.
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Quality Control
alcançada uma eliminação total do defeito, mas somente que existem as melhores condições para
que o processo permaneça dentro dos parâmetros estabelecidos.
É necessário um controle posterior, feito com os instrumentos de medição dos defeitos, dentro ou
fora do estabelecimento, para verificar se o defeito foi eliminado.
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Pilares Técnicos
Ferramentas
Matriz X.
A Matriz X serve para ligar o fenômeno/defeito com as causas que o geraram e com os
componentes do equipamento, que têm um impacto sobre a qualidade, e os relativos parâmetros
operativos. Para cada componente são indicados os parâmetros a ser controlados com o valor-
padrão (incluindo a possível tolerância) que cria as condições adequadas para zero defeito.
Figura 6.17 Matriz QX na infiltração de água vão porta posterior - Estabelecimento de Melfi, auditoria abril 2007
Atenção
A Matriz QM deve indicar com precisão todos os parâmetros que garantem o funcionamento
qualitativo, com as unidades de medida, as tolerâncias associadas, o intervalo de controle, os
instrumentos eventualmente necessários, os nomes de quem controla, etc.
A Matriz QM deve apresentar os dados no menor espaço possível e da forma mais clara possível.
Para cada parâmetro é preciso aplicar as cinco condições para zero defeitos.
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Quality Control
Atividade
Ferramentas
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Quality Control
Depois de ter conversado com os especialistas e depois de ter visto os veículos, o responsável de
UTE conseguiu diagnosticar corretamente a anomalia como traços de revisão, não como manchas,
como eram considerados pelo distribuidor.
Na unidade operativa Pintura se constituiu o grupo de trabalho para individualizar as causas do
defeito e para removê-las. Participaram também os técnicos do laboratório químico, o especialista
das cabines de esmalte, os chefes UTE das linhas de reparação, os chefes UTE e os team leaders
da deliberação, que são todos os experts do processo.
A realização da Matriz QA, que foi alcançada depois de ter sido aplicado o método das 4M para
individualizar a possível causa do defeito, levou a individualizar a causa origem nas maquininhas
limpadoras e no polimento utilizado para a eliminação dos traços de revisão.
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Quality Control
“A idéia surgiu porque no pára-choque as linhas de revisão podem depender da agressão na abrasão ou da limpeza
que não foi executada corretamente.
Não foi difícil chegar às causas, mas serviu para uma análise acurada.
Se a gente tivesse mantido a mesma atitude de sempre, teríamos atribuído o defeito ao erro humano, teríamos
pensado que o operador era muito apressado, não executava corretamente o ciclo, e teríamos atribuído, enfim, ao
erro humano. A atitude, com uma certa metodologia, foi útil para entender a verdadeira causa raiz”. (Responsável
UO Pintura, estabelecimento de Melfi, abril 2007)
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Quality Control
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Quality Control
A análise acurada do processo de soldagem da parte anterior do carro leva a examinar as operações
OP5, OP10, OP20 e OP30.
(21)
Na Matriz QA mostrada na figura 6.25 os números 1, 2, 3, 4 referem-se ao Método, Maquina Mão-de-obra e Material.
Os símbolos geométricos representam os níveis de gravidade do defeito objeto da análise.
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Quality Control
Ressaltamos que o equipamento mais crítico para a correta posição dos pontos de fixação do motor
é o equipamento da soldagem da carroceria OP30. Individualizamos, então, os pontos de fixação
do motor dessa operação e efetuamos as medidas para individualizar os valores de Cp e Cpk.
Como é possível ver na figura 6.27 em um dos dois pontos individualizados (20301) os valores são
bons, no outro (11001) ao contrário, o valor do Cpk não é suficiente e o valor de Cp não está em um
nível aceitável.
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Quality Control
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Quality Control
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Quality Control
Na base de tal atividade é preciso ter clareza do que pode provocar, em termos de resultado final, o
desrespeito dos padrões operativos (know why).
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Quality Control
O controle do sistema pneumático evidenciava uns problemas nos filtros, ou seja, foi encontrado
um pó que podia causar uma perda de pressão. A limpeza dos filtros foi introduzida para repor os
valores da pressão em um nível padrão. Também a pressão dos pistões pneumáticos e dos grupos
apresentava alguns problemas, pressão irregular, que faziam com que esses não tocassem mais as
partes a ser soldadas. A melhora dos parâmetros pneumáticos resolveu, nesse caso, o problema.
Os resultados das ações corretivas executadas levaram todos os valores à normalidade.
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Quality Control
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