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3
Sumário
4. ANEXOS ........................................................................................................ 19
4.1 ESTUDO DE CASO 1 ........................................................................................... 19
4.2 ESTUDO DE CASO 2 ........................................................................................... 26
4.3 CICLO DO MAMP ............................................................................................... 32
4.4 PONTUAÇÃO DA MATRIZ BASICO ............................................................................ 33
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA
1.1 Ementa
Evolução do processo da qualidade. Ciclo PDCA. Ferramentas de gerenciamento. Visão,
mapeamento, definição, melhoria e avaliação de processos. Indicadores de qualidade e
produtividade. Ambiente Seis Sigma. Ciclo DMAIC e suas variações. Certificações ISO.
Documentação da qualidade: controle, procedimentos e registros. Sistemas integrados de
gestão. Métodos específicos de gestão. Modelo de gestão do Prêmio Nacional da Qualidade
(PNQ). Metodologia para desenvolvimento e implementação do modelo de gestão pela
qualidade. Fatores críticos de sucesso.
1.3 Objetivos
Identificar os aspectos de competitividade que interferem no modelo de gestão empresarial
para a qualidade; conhecer os fundamentos da qualidade e seus desdobramentos nos
modelos de excelência em gestão; apresentar a metodologia para a gestão de processos,
considerando o uso de ferramentas e etapas básicas; demonstrar a sequência lógica e as
principais ferramentas para a análise e melhoria de processos.
1.5 Metodologia
Exposição verbal participativa, com abordagens de vivências e construção de paralelos
entre o modelo teórico-acadêmico e a realidade das empresas brasileiras; estudo de caso,
contemplando as etapas e ferramentas da gestão de processos, desde a análise até o
desenvolvimento de planos de ação para as melhorias propostas.
Fundação Nacional da Qualidade, Caderno Rumo à Excelência - Processos. São Paulo: FNQ,
2014.
Rodrigues, Marcus Vinicius Carvalho. Ações para a qualidade: GEIQ, gestão integrada
para a qualidade: padrão seis sigma, classe mundial / Marcus Vinicius Rodrigues –
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009.
mauromen@rio.matrix.com.br
Esse modelo visa à administração simples e racional dos custos envolvidos no processo
produtivo, eliminando tudo aquilo que não agrega valor ao produto final nem contribui para
a melhoria da satisfação do cliente. Isso inclui a eliminação de retrabalhos, inspeção,
estoques mal dimensionados e desperdícios.
1
“O Sistema Just In Time reduz os custos do processo produtivo”, João Murta Alves - CTA,São José dos Campos-SP
2
GEO – A derrubada dos muros, video-treinamento Siamar
Atualmente, esse conceito pode ser entendido com a conjugação de quatro forças que
interferem na relação empresa x mercado:
COMPETITIVIDADE
A empresa moderna descobriu, ainda, que não basta investir somente em tecnologias
avançadas, em máquinas e equipamentos velozes, sem que o lado humano seja
contemplado. É um grande erro entender que basta incorporar tecnologia de ponta e a
empresa estará sendo competitiva dentro do seu mercado local ou mundial. Existe o
componente humano, tão pouco percebido pelos empresários, que é, na essência, o grande
agente de transformações. Deve-se incentivar o trabalho em equipe como forma de
possibilitar o compartilhamento de responsabilidades na busca de soluções que eliminem
desperdícios e contribuam para o aumento dos padrões de qualidade assegurada.
3. ANALISAR E MELHORAR
Na busca por melhorias na qualidade e na produtividade de seus produtos e serviços, as
empresas passaram a entender que uma das grandes dificuldades das equipes de melhoria
de processos em qualquer organização, pública ou privada, reside na falta de um método
analítico seguro que conduza a proposição de soluções consistentes e contribuam para
eliminar desperdícios e fatores de custo. Com efeito, o que tem sido observado é que os
técnicos envolvidos em processos de modernização empresarial consomem tempo e
recursos em reuniões que nem sempre conduzem ao resultado desejado.
Uma vez escolhido o processo a ser melhorado, a equipe ou comitê de melhoria começa
seu trabalho pela etapa de CONHECER O PROCESSO. Para isso, deve fazer o fluxo geral
do processo (mapeamento), descrevendo os fornecedores e os respectivos insumos, as
atividades que são realizadas no processo, os produtos e serviços gerados e os clientes
que os recebem. É recomendável também que seja elaborado o fluxo detalhado da rotina,
contendo a simbologia básica que revela passo-a-passo o que ocorre durante o
processamento. Uma técnica que auxilia bastante no conhecimento do processo é a 5W1H,
sigla derivada de palavras em inglês. Essa técnica é utilizada para levantamento de dados
e consiste em um elenco de perguntas a serem formuladas sobre o processo em análise:
What (o que), Why (porquê), Who (quem), When (quando), Where (onde), e How (como).
Outra ferramenta usada com muita frequência nesta etapa para se detalhar uma rotina
que será normalizada é o Fluxograma, que pode ser utilizado junto com a técnica 5W1H
no mapeamento do processo.
Segundo a FNQ (2014), Indicadores são “dados que quantificam as entradas (recursos ou
insumos), os processos, as saídas (produtos), o desempenho de fornecedores e a
satisfação das partes interessadas”. O velocímetro do carro, por exemplo, é um indicador
de velocidade e correlaciona duas unidades de medida, espaço e tempo.
O uso de KPIs possibilita maior segurança nas decisões e no entendimento das melhorias,
maior controle dos desvios e maior agilidade na adoção de medidas preventivas ou
corretivas. Os indicadores devem ser usados para medir processos relevantes,
significativos e incentivar a medição por parte de quem executa o processo. Os indicadores
precisam ser bem entendidos e aceitos pelo pessoal envolvido com sua obtenção de forma
a minimizar resistências. Entre algumas dificuldades constatadas no trabalho com a
apuração de indicadores pode-se apontar a falta de hábito em se medir as atividades
executadas, alegações de que apurar um indicador é muito complicado, que não se dispõe
de tempo para isso, que é bobagem medir as coisas, pois nada será feito, etc.
TOTAL DE ERROS/DESVIOS/PROBLEMAS
X 100
TOTAL PRODUZIDO
Por correlacionar duas unidades de medida similares, a relação deve ser multiplicada por
100 para se obter um resultado percentual.
Ex:
Note que os indicadores podem ser usados pelo lado negativo (não-conformidades) ou
positivo. A diferença entre uma abordagem e outra é que o uso do indicador de não-
qualidade motiva a equipe à melhoria do processo de forma a se reduzir prejuízos e
desperdícios, enquanto que o uso do lado positivo do indicador pode gerar um sentimento
de acomodação. A abordagem pelo lado da não-conformidade no exemplo acima, poderia
revelar que 10% dos alunos treinados foram reprovados em um determinado curso ou
período. Matematicamente é a mesma coisa dizer-se que 90% dos alunos foram
aprovados. O efeito psicológico na equipe é que difere substancialmente.
TOTAL PRODUZIDO
RECURSOS CONSUMIDOS
Ex:
TOTAL PRODUZIDO
INTERVALO DE TEMPO
Ex:
OBJETIVO: Qual o objetivo do Indicador. Deve ser descrito com tempo de verbo no
infinitivo, em uma só sentença, com verbos do tipo medir, apurar, mensurar, obter, etc.
Não use verbos do tipo aumentar, reduzir, melhorar, etc.
FONTE: Quem fornecerá os dados para a obtenção do Indicador (pode ser pessoa, cargo,
área, documento, sistema, etc.)
DESTINO: Quem receberá os resultados do Indicador (pode ser também pessoa, cargo,
área, sistema, etc., exceto documento).
FÓRMULA: descritivo da fórmula (ex. total de pacientes atendidos/total de recepcionistas)
Outra aplicação dos Indicadores refere-se à Pesquisa de Satisfação dos Clientes. Por avaliar
dados subjetivos, os indicadores são obtidos a partir de questionários ou entrevistas
constituídos por quesitos básicos que possibilitem a análise dos eventuais problemas
apontados e a adoção de medidas que os solucionem, eliminando os motivos de
insatisfação dos clientes.
A identificação de problemas pode ocorrer por várias técnicas: observação visual, avaliação
dos resultados dos indicadores, resultados das pesquisas de opinião, percepção de
funcionários que lidam diretamente com os clientes e deles recebem reclamações, etc.
Outra ferramenta que pode ser usada é o Brainstorming, considerando-se como tema
para se identificar problemas perguntas do tipo “o que mais irrita o cliente desse processo?”
ou “o que acontece de errado no processo?”.
técnica pode ser utilizada para identificar problemas, causas ou soluções. Para que seja
bem sucedido, o brainstorming requer alguns cuidados:
Quantidade é importante: quanto mais ideias forem produzidas pelo grupo a respeito do
assunto-tema, melhores serão os resultados e as chances de se escolher boas ideias;
Não se deve policiar as ideias, devem ser evitados comentários irônicos quando uma ideia
for dada por um dos participantes, ou argumentar-se que aquela não vale, pois já foi dita
anteriormente ou não se aplica ao tema proposto, etc.;
Uma das técnicas muito utilizada para a priorização de problemas é a Matriz GUT, que
considera como critérios de priorização a gravidade de um problema, sua urgência para
ser resolvido e a tendência que pode adquirir no futuro. A Matriz GUT é qualitativa e só
serve para priorizar problemas. Tendo por base a pontuação de 5 a 1, em ordem
decrescente de significado, cada problema será avaliado de forma isolada nesses critérios
e comparado com os outros constantes da Matriz. Pode repetir notas, pois a gravidade,
urgência ou tendência de um problema pode ser igual a de outro(s). A priorização se dá
quando se multiplica a pontuação dada à gravidade x a urgência x a tendência. Assim, o
maior número de pontos que um problema poderia ter é 125 (5x5x5). Em caso de empate,
o primeiro critério de desempate é a Gravidade, seguido da Urgência e da Tendência. Caso
ocorram empates em todos os critérios, o grupo deve decidir, por consenso, como
desempatar.
Para priorizar os problemas também podem ser utilizadas as técnicas TGN – Técnica de
Grupo Nominal, explicada adiante na etapa de PRIORIZAR CAUSAS, e a Matriz Basico,
explicada na etapa de PRIORIZAÇÃO DE SOLUÇÕES.
Em alguns casos, pode ser necessário se identificar a causa raiz do problema utilizando-se
a técnica dos 5 Porquês (5 Whys), decompondo-se sucessivamente uma causa até se
chegar a causa elementar. Por exemplo, se o problema for “longo tempo de espera na fila”:
Porquê? Porque não há caixas suficientes para atender o público; por que não há caixas
suficientes? Porque houve demissão e não foi reposto o quadro. Por que não foi reposto o
quadro? Por causa da política de contenção de despesas da empresa. Em geral, até se
chegar ao quinto “porquê”, identificou-se a causa raiz do problema.
Conhecidas as causas que levam o efeito (ou problema) a ocorrer, entramos na etapa de
PRIORIZAR CAUSAS a fim de selecionar aquelas mais prováveis entre todas as
levantadas. As técnicas utilizadas para isso são: Diagrama de Pareto (se as causas forem
quantitativas), votação simples e TGN – Técnica de Grupo Nominal. A TGN pode ser
utilizada para selecionar problemas, causas ou soluções mais importantes. Ela utiliza um
fator de compressão de acordo com os elementos em análise, isto é, a quantidade de
problemas, causas ou soluções a serem priorizadas.
Para cada solução colocada na matriz, a equipe deve fazer os seguintes questionamentos:
A Matriz Basico pode ser usada, igualmente, para se priorizar processos ou problemas,
mudando-se apenas a forma de se formular as perguntas para o preenchimento da matriz.
Obs: Note que há uma diferença entre as técnicas 5W1H e 5W2H. A primeira é utilizada
no mapeamento de processos, levantamento de dados. A 5W2H é para a elaboração de
planos de ação, projetos de melhoria.
Concluída essa etapa, o grupo deve elaborar a Norma que regulamentará o processo e
dará a garantia da qualidade, treinar a equipe envolvida na execução da nova solução,
obter a aprovação, implantar e comparar os resultados obtidos com as metas propostas.
Caso os resultados não sejam os desejados, deverá ser iniciado novo ciclo de análise e
melhoria do processo.
A figura no Anexo 4.3 ilustra todas as etapas do Método de Análise e Melhoria de Processos
– Mamp.
4. ANEXOS
4.1 Estudo de caso 1
A Análise e Melhoria de Processos é de fundamental importância para o fortalecimento e o
desenvolvimento dos processos de negócio da instituição. Sua aplicação em processos
relevantes contribui substancialmente para a melhoria dos resultados em organizações
públicas e privadas, de qualquer porte ou segmento de negócios.
No caso abordado neste exercício serão identificados pela equipe interna os problemas
prioritários, a partir do diagnóstico organizacional realizado por consultoria externa
especializada, dentre os quais um será eleito para análise e tratamento.
A empresa citada é fictícia (qualquer semelhança com empresas reais terá sido mera
coincidência), mas os problemas diagnosticados são reais, resultados de pesquisas de
campo.
O resultado final do estudo de caso deverá constar de todas as matrizes elaboradas nas
etapas de análise e melhoria de processos, apresentando o Projeto de Melhoria (Plano de
Ação) mais importante para a empresa.
Brinquedos Lindos Ltda., fabricante de brinquedos e jogos não eletrônicos, tem duas
unidades fabris situadas na cidade do Rio de Janeiro. Trabalham na matriz da empresa 250
empregados administrativos e 440 distribuídos em áreas de produção, montagem e
expedição. Em cada uma das filiais em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília,
Fortaleza e Manaus trabalham 8 funcionários administrativos, 2 em vendas e 10 na
expedição. Recentemente, a distribuição dos brinquedos passou a ser feita pela matriz no
Rio de Janeiro, diretamente para os clientes. Os funcionários das áreas administrativas, de
vendas e de expedição têm salário fixo equivalente a 2 salários mínimos.
Cada filial trata do processamento dos pedidos de compras dos seus clientes e envia cópias
de todos eles diariamente, por via aérea, para o órgão central, onde todo o faturamento é
feito. No último exercício, o faturamento bruto da empresa foi de R$50 milhões, com um
resultado líquido de R$500 mil. Os custos com malote no último mês foram da ordem de
R$10 mil.
A matriz recebe diariamente cerca de 600 a 700 cópias de pedidos vindas das filiais e que
são conferidas pelo número de registro, descrição do material e preço do dia no escritório
central. Atualmente todas as faturas emitidas para os pedidos processados são preparadas
por uma equipe de 10 digitadoras que trabalham descontraidamente, cada uma ouvindo
sua música predileta em radinhos colocados na mesa de trabalho, conversando
animadamente entre si sobre assuntos em geral de grande interesse feminino. O preparo
e a expedição de cada uma dessas faturas podem levar até quatro dias após a data do
recebimento e, em épocas de maior movimento como o Natal, esse prazo dilata-se muitas
vezes para uma semana. Deve ser destacado que a remessa dos pedidos somente ocorre
com a emissão da fatura correspondente.
repentina de luz, o que representa, com bastante frequência, perda dos dados digitados
da Folha de Pagamento e do Controle de Estoque.
Esse Setor está sob a supervisão da Srta. Maria Divina, de 72 anos de idade, que mantém
uma afetuosa relação de mãe para filhos com seus subordinados. Devido, porém, à sua
vista cansada, a Srta. Divina deixa passar muitos erros e a alta administração reluta em
destituí-la em virtude de seu longo tempo de serviço e sua dedicação à empresa, sendo
mesmo uma das poucas funcionárias que está na firma desde a sua fundação. O Setor de
Expedição notabiliza-se por numerosos erros tais como nomes errados de clientes e de
ruas, relação incompleta de endereços e enganos no código de endereçamento postal. Via
de regra, esses erros só são detectados quando os correios devolvem a correspondência
emitida (no último mês foram devolvidas 120 faturas enviadas) ou quando o cliente
reclama. Os índices de reclamação de clientes aumentaram de 10% para 40% nos últimos
três meses. No último mês foram recebidas 84 reclamações de clientes.
O Sr. Bill Clips, diretor administrativo cortou secamente o comentário dizendo: “eu não
estou tão preocupado com o Setor de Atendimento de Pedidos, mas sim com a situação
insustentável do Setor de Expedição. Aquelas meninas, incluindo a Srta. Divina, não
conseguem fazer nada direito. Há muitos clientes queixosos de nossos serviços de
expedição e receio que estejamos criando uma grande dose de ressentimentos”.
“A Brinquedos Lindos tem recebido um número cada vez maior de reclamações dos
nossos clientes e parece-me que só a diretoria tem atentado para isso. Fizemos um
diagnóstico organizacional recentemente e até agora os problemas listados não foram
tratados. E vocês ficam reclamando das duas bondosas supervisoras, que tanto se dedicam
à empresa”, comentou o Sr. Lindo. O Sr. Tellos concordou com o presidente, afirmando
que todos os funcionários da empresa têm grande dedicação ao trabalho que fazem. Os
salários são bons e, em algumas praças, estão acima do mercado. Os benefícios como vale
transporte e tíquete alimentação (nas filiais) e alimentação no local do trabalho (na Matriz)
com ótima cozinha deixam os funcionários bastante satisfeitos com a empresa.
O presidente concordou com os diretores, afirmando que os dois processos mais críticos
da empresa são o faturamento e a expedição.
Porém não é somente em relação à atenção aos seus clientes que a empresa vem deixando
a desejar. No nível gerencial, poucos são os gerentes que procuram envolver os seus
funcionários nas discussões dos problemas comuns ou delegam autonomia de decisão para
que ajam de acordo com a necessidade. Isso pode ser claramente percebido quando se
verifica a pouca autonomia dada aos gerentes das filiais e a centralização de poder que
muitos desses gerentes exercem.
2. Processos
2.1 A preocupação com a implementação de melhorias nos processos de produção não
está produzindo os resultados desejados. Fala-se muito em melhoria, mas isto não se
reflete em ações eficazes.
2.2 Pouco controle dos desperdícios e há muitos reprocessos nas fábricas.
2.3 Há muito retrabalho por falta de conscientização dos empregados na matriz e nas
filiais.
2.4 Funcionários ociosos na expedição das filiais.
2.5 O estoque de produtos acabados é sujo e mal iluminado, dificultando o acesso e a
localização aos brinquedos prontos.
3. Planejamento e Gestão
3.1 A gestão da empresa foi alicerçada no paternalismo do presidente.
3.2 O planejamento e controle da produção não têm como referencial as características
particulares de cada tipo de cliente, não diferenciando grandes clientes de pequenos
compradores.
3.3 O planejamento estratégico é sempre elaborado por um pequeno grupo de assessores,
não envolvendo os gerentes na definição de metas.
3.4 Gerentes com longo tempo de empresa e muitos conhecimentos sobre os processos
operacionais porém defasados tecnologicamente.
5. Desenvolvimento Humano
5.1 Insatisfação com os gerentes e supervisores que não aplicam ou desconhecem
princípios e ferramentas de administração de pessoas, por entenderem que a
responsabilidade é da Gerência de RH e não deles.
5.2. O relacionamento interpessoal não é satisfatório em muitas áreas.
5.3 Diferenças existentes nos níveis salariais e a falta ou desconhecimento de critérios na
concessão de aumentos salariais; benefícios diferentes entre unidades.
5.4 Os crachás de identificação são de péssimo visual, com o nome do funcionário muito
pequeno e muita informação desnecessária.
5.5 A vistoria de bolsas e mochilas na entrada e saída da fábrica é constrangedora, expondo
a intimidade de cada um. Aleatoriamente ocorrem vistorias pessoais, em cabines montadas
com cortinas improvisadas.
5.6 Treinamento inadequado dos funcionários para o desenvolvimento do trabalho nas
áreas de faturamento, expedição e produção.
PLANO DE AÇÃO*
* (PNQ, 2007)
No caso abordado neste exercício serão identificados pela equipe interna os problemas
prioritários, a partir do diagnóstico organizacional realizado por consultoria externa
especializada, dentre os quais um será eleito para análise e tratamento.
A empresa citada é fictícia (qualquer semelhança com empresas reais terá sido mera
coincidência), mas os problemas diagnosticados são reais, resultados de pesquisas de
campo.
O resultado final do estudo de caso deverá constar de todas as matrizes elaboradas nas
etapas de análise e melhoria de processos, apresentando o Projeto de Melhoria (Plano de
Ação) mais importante para a empresa.
Após todos esses anos de sucesso, entretanto, a Limpatudo começou a perceber uma
queda gradual em seus negócios, ao mesmo tempo em que seus principais concorrentes
apresentavam balanços cada vez mais saudáveis.
Diante da competição acirrada, o aumento nos níveis de exigências dos clientes e a entrada
de empresas estrangeiras similares, característica de uma economia globalizada, o Sr.
Limpol está convencido de que é imprescindível desenvolver um programa de melhoria de
processos. Com isso, a organização espera não só a manter a satisfação dos seus clientes,
mas também sua participação no mercado.
Os funcionários têm consciência das dificuldades a serem enfrentadas, mas nem todos
estão motivados para colaborar nos projetos de melhoria que venham a ser desenvolvidos.
O clima organizacional é favorável à mudanças que contribuam para o crescimento da
empresa. A rotatividade de pessoal, entretanto, é alta, pois os salários de algumas funções
operacionais não são equiparados ao mercado e os relacionamentos entre áreas e pessoas
na matriz e nas filiais poderia ser melhor.
A diretoria tem como grande objetivo expandir seus limites para outras capitais brasileiras,
vislumbrando um horizonte de crescimento de 45% do faturamento nos próximos 3 anos.
2. Processos
2.1. Os processos de conservação e limpeza não atendem integralmente às
necessidades de resultados da empresa (redução de custos).
2.2. Irregularidade no atendimento aos clientes. Isso tem se traduzido em sério
desrespeito ao cliente.
2.3. A troca de ideias, levantamento de problemas e busca de soluções entre as pessoas
que atuam diretamente com os clientes não é incentivada.
2.4. Comprometimento da imagem e aumento do desperdício causado pela má
qualidade dos insumos utilizados.
3. Planejamento e Gestão
3.1. O modelo gerencial participativo é pouco aplicado por despreparo e insegurança
dos gerentes em delegar funções.
3.2. As metas dos setores não foram desdobradas com base no planejamento
estratégico, não são elaboradas de forma participativa e nem são divulgadas.
3.3. A missão da Limpatudo não está divulgada em todos os níveis.
5. Desenvolvimento Humano
5.1. Não há levantamento de necessidades de treinamento nas áreas.
5.2. Insatisfação quanto à forma e meio utilizados para a avaliação de desempenho,
bem como a falta de retorno para os avaliados (feedback).
5.3. Gerentes não incentivam o uso de técnicas e ferramentas para a melhoria de
rotinas.
5.4. Falta de pessoal qualificado e melhor remunerado em determinadas áreas de
trabalho para funções de nível operacional.
PLANO DE AÇÃO*
*PNQ 2007
CICLO DE ANÁLISE
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1 CONHECIMENTO DO
PROCESSO EXISTENTE
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Benefícios Abrangência Satisfação Investimento Cliente Externo Operacionalização
Média facilidade /
exequibilidade, dependendo de
Gastos de recursos além do Bons reflexos diretos nos
know how/tecnologia de difícil
Benefícios de razoável impacto Médio, a ponto de ser "orçamento" da área mas processos-fim ou nos outros
Abrangência razoável disponibilidade no mercado ou
3 no desempenho da unidade facilmente notada pelos colegas aprovável em nível processos de apoio que
(de 20 a 40% da instituição) razoáveis mudanças
operacional de trabalho imediatamente superior (dentro atingem diretamente os clientes
comportamentais daqueles
do orçamento deste) externos e o meio ambiente
diretamente ligados aos
problemas
Pouca exequibilidade,
Gastos de recursos que dependendo de ações ou
Algum benefício no Razoável, existe mas não chega requerem remanejamento de decisões políticas dentro da
Abrangência pequena Pouco impacto nos processos-
2 desempenho operacional, a ser facilmente notada pelos verba/recursos do orçamento instituição, ou mudanças
(de 5 a 20% da instituição) fim
passível de já ser quantificado colegas de trabalho da instituição, a nível de acentuadas de
diretoria comportamentos ou da cultura
organizacional em geral