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Módulo
Comunicação e Dinamização de
Grupos em Formação
As pessoas podem duvidar do que diz, mas
elas acreditarão no que faz.
Lewis Cass
Índice
Objetivos 9
Introdução 11
As funções da comunicação 14
Tipos de comunicação 15
Tipos de comunicação no contexto de formação profissional 18
Estilos pessoais de comunicação 19
Estilo passivo 20
Estilo agressivo 20
Estilo assertivo 20
Realização de conclusões 24
O feedback 24
Empatia 25
Escuta Ativa 26
A Descomunicação 33
Preconceitos, estereótipos e crenças 34
Em grande medida, ouvimos o que queremos ouvir 35
Barreiras à comunicação eficaz 35
5
Dinâmica de Grupo e Estilos de Liderança 39
Definição de grupo 39
O grupo na formação 40
O que se sabe sobre os grupos 40
Atividades de grupo 40
Desenvolvimento do grupo 41
Estilos de Liderança 41
Estilo Autoritário ou Autocrático 41
Efeitos no Grupo 42
Estilo “Deixa Andar” ou Liberal 42
Efeitos no Grupo 42
Estilo Democrático 43
Efeitos no Grupo 43
Atitudes positivas 58
O que é PNL? 63
Níveis Lógicos 65
Técnica de Ancoragem 74
O Rapport 81
Dicas de auxiliares Neurolinguísticos 83
A Comunicação em PNL 87
Conclusão 93
Bibliografia 94
OBJETIVOS
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COMUNICAÇÃO: ALGUMAS DEFINIÇÕES
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
MENSAGEM
CODIFICAÇÃO
EMISSOR RECETOR
DESCODIFICAÇÃO
RESPOSTA
FEEDBACK
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AS FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
TIPOS DE COMUNICAÇÃO
Comunicação verbal
A comunicação é dinamizada ORAL
pela linguagem e esta nasce daquilo
que os indivíduos percebem uns
COMUNICAÇÃO
dos outros.
VERBAL
Contudo, a linguagem verbal já
não detém na interação humana,
o papel de exclusividade que ESCRITA
tradicionalmente lhe era atribuído.
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
Comunicação não-verbal
Tal como referido anteriormente a comunicação não se refere apenas
às palavras, à sua estrutura e sentido, mas também à vertente não-verbal,
à linguagem do corpo e ao contexto onde é produzida, constituindo um
sistema comunicacional único.
Assim, quando as pessoas interagem entre si, a comunicação entre elas
não passa só pelas palavras mas também pelas mensagens não-verbais, de
natureza diversa, que as acompanham, podendo estas constituir só por si
um ato de comunicação particularmente eficaz.
As mensagens não-verbais são determinantes nas relações interpessoais,
podendo facilitar ou dificultar todo o processo de comunicação, pois, por
vezes, surgem erros de descodificação o que condiciona as atitudes dos
intervenientes.
Para evitar estes erros devemos, então, ser coerentes e ter o mesmo
significado do que exprimimos através dos gestos e das atitudes.
Postura
Gestos
Expressões
faciais Intensidade e ritmo da voz
Comunicação Não-verbal
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
1. “Peço desculpa, não sei como dizer isto… mas acho que não
vou conseguir entregar-lhe o relatório no prazo. Tive um problema
pessoal…, hum… e….. acho que não vou conseguir, desculpe…”
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
Duas pessoas que querem dizer a mesma coisa podem fazê-lo de modo
bastante distinto, sendo que os efeitos sobre os destinatários podem ser
bastante diferenciados.
Imagine uma situação em que um colaborador lhe pede para sair mais
cedo do trabalho, por uma questão pessoal.
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
ESTILO PASSIVO
O indivíduo:
Evita o conflito.
Desiste facilmente quando é desafiado.
Não sendo capaz de alcançar os seus objetivos, acaba por ficar
com sentimentos de culpa, ressentimentos e auto-imagem negativa.
ESTILO AGRESSIVO
O indivíduo:
Tende a procurar alcançar os seus objetivos atacando os outros.
Faz ameaças, ataques pessoais, intimidações. É sarcástico.
Tem explosões emocionais. É hostil. Não coopera.
Tende a duvidar da sua capacidade de resolver
construtivamente os problemas, isto é, através da confrontação
direta, responsável e mútua.
ESTILO ASSERTIVO
O indivíduo:
É capaz de defender, construtivamente, os seus próprios
direitos mas também os dos outros.
É franco e direto.
Acredita que a abertura e a transparência é preferível ao secretismo.
É firme na defesa dos seus ideais.
A assertividade consiste em defender a nossa esfera
individual, de forma direta, aberta e honesta, sem abusar da
esfera individual do nosso interlocutor.
Como postura típica: “Penso deste modo, sinto que isto
deve ser feito desta maneira, mas estou disponível a ouvi-lo e a
conhecer a sua posição”.
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Formação
ELEMENTOS FACILITADORES DA COMUNICAÇÃO
FIDELIDADE DA COMUNICAÇÃO
Tanto no emissor como no recetor existem alguns fatores capazes de
aumentar ou prejudicar a fidelidade da comunicação.
As habilidades de comunicação para traduzir as intenções
comunicativas são, por isso, fundamentais pois o emissor tem que utilizar
capacidades codificadoras que lhe permitam, por exemplo, dispor as
palavras de forma a expressar ideias com clareza, usar corretamente as
regras gramaticais, pronunciar claramente, conseguir utilizar os vários
canais à sua disposição, organizar o pensamento e as ideias claramente,
etc.
Atitudes
A predisposição ou tendência do indivíduo para se aproximar ou
associar a um objeto ou para se afastar, dissociar do objeto, reflete-se de
igual modo, na co-municação. A atitude que se tem para consigo próprio
pode afetar a forma da comunicação e a sua qualidade.
Nível de conhecimentos
É difícil comunicar o que não se conhece. Por outro lado, se o emissor
for ultra-especializado e empregar fórmulas comunicativas demasiado
técnicas pode acontecer que o nível de conhecimentos do recetor lhe
bloqueie o sucesso da intenção comunicativa.
O conhecimento que o emissor possui sobre o próprio processo de
comunicação influencia o seu comportamento comunicativo.
Conhecendo as características do recetor, os meios pelos quais poderá
produzir ou tratar as mensagens, os canais a utilizar, as suas próprias
atitudes, etc., o emissor determina em parte, o percurso da comunicação,
podendo contribuir para uma maior fidelidade.
Sistemas sócio-culturais
Para além dos fatores pessoais, o meio social e cultural em que o
emissor e o recetor se movem constitui um poderoso determinante do
processo comunicativo.
O papel social de cada um, o estatuto e prestígio, as crenças e valores
culturais por eles interiorizados, os comportamentos aceitáveis ou não
aceitáveis na sua cultura, tudo determina o tipo de comportamento
comunicativo adotado.
O sistema social e cultural dirige, em parte, a escolha dos objetivos que
se tem a comunicar, a escolha das palavras, os canais que se usam para
expressar as palavras.
O emissor perceciona a posição social do recetor e molda o seu
comportamento de acordo com ela.
O formador comunica muito diferentemente com um grupo de
gestores de vendas ou quadros superiores de uma empresa, com um
grupo de jovens em formação pedagógica, com os seus amigos, com a sua
esposa, ou outros.
Mensagem
Existem três aspetos básicos a considerar na transmissão de informação:
o código, o conteúdo e o tratamento e apresentação da mensagem.
Código
O código é um grupo de símbolos ou sinais capaz de ser estruturado
de modo a ter significado para alguém. A língua possui um conjunto de
elementos - o vocabulário - e um conjunto de métodos que permitem
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
Conteúdo
Equivale ao material da mensagem escolhido pelo Emissor para
exprimir o seu objetivo de comunicação. Por exemplo, num livro, o
conteúdo da mensagem abrange as afirmações do autor, as informações
que apresenta, as conclusões que tira, os pontos de vista que propõe.
Tratamento e apresentação
As decisões do Emissor quanto à forma, apresentação e conteúdo das
mensagens cabem neste ponto. Para temas semelhantes, é possível usar de
alguma flexibilidade e transformar os conteúdos, estilo de
linguagem, canais e meios de comunicação, de acordo com
as características da população a que se destinam. Não
perdendo de vista as necessidades reais dos participantes, o
Formador poderá enfatizar este ou aquele aspeto, tentando
relacioná-lo com a experiência profissional, interesses e
motivações dos seus formandos.
A formalidade de postura e da linguagem utilizada
deve variar consoante o padrão sociocultural médio do
grupo. Para grupos cuja escolaridade é baixa, os termos
técnicos e teóricos deverão ser cuidadosamente empregues; em grupos
de profissionais aos quais é exigida uma apresentação formal e um
relacionamento mais rígido na sua área de atividade, é prudente não
descurar esta característica no modo como nos dirigimos aos formandos.
• Criativa!
• Sintética!
• Objetiva!
• Multivariada: utilização de transparências, visionamento de
vídeos, gravações áudio, revistas, escrita no quadro, recortes de
jornais.
• Atraente: cuidada ao nível da composição gráfica, da variedade e
conjugação de cores, do tempo de duração dos vídeos e do próprio
tratamento dos conteúdos, conter entusiasmo, a comunicação oral
deve ser estruturada e bem sequenciada.
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REALIZAÇÃO DE CONCLUSÕES
Concluir é:
- Fazer uma síntese global;
- Acentuar os pontos essenciais;
- Evitar incluir novos assuntos;
- Avaliar os resultados alcançados, ao nível dos formandos e ao
nível do formador;
- Enfatizar os aspetos positivos, não esquecendo os objetivos
menos conseguidos;
- Relacionar o que foi dito e feito com o trabalho futuro.
O FEEDBACK
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
EMPATIA
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
ESCUTA ATIVA
“Um colunista social conta a história de uma festa para que foi
convidado. O hóspede preocupava-se tanto em suscitar impressões
positivas nos seus convidados…que não ouvia o que eles diziam. O
colunista decidiu pregar-lhe uma partida. Chegou à festa deliberadamente
tarde. Quando entrou, explicou-se: “peço desculpa por este atraso, mas
a verdade é que matei a minha mulher esta tarde e tive dificuldade em
esconder o seu corpo na mala do carro”. O hóspede respondeu-lhe: “bem,
o importante é que você chegou; agora a festa pode realmente começar”.
Cardoso, M. P., Rego, A., & Cardoso, C. (2006)
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
“O controlo da conversa é tido por quem escuta e não por quem fala”
Xavier Guix (2008)
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Formação
CONTRIBUTOS PARA UMA COMUNICAÇÃO
INTERPESSOAL EFICAZ
HABILIDADES DE TRANSMISSÃO
Usar linguagem apropriada e direta (evitar uso de calão, ou
termos eruditos quando palavras simples forem suficientes);
Fornecer informações tão claras e completas quanto possível;
Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do recetor;
Usar comunicação “facial” sempre que possível.
HABILIDADES AUDITIVAS
Escuta ativa: a chave para essa escuta ativa é a vontade e a
capacidade de escutar a mensagem completa (verbal e não-verbal), e
responder apropriadamente ao conteúdo e à intenção (sentimentos e
emoções) da mensagem. Como formador é importante criar situações
que ajudem as pessoas a expressar o que realmente querem dizer.
Empatia: a escuta ativa exige uma certa sensibilidade relativamente
às pessoas com quem estamos a tentar comunicar.
Reflexão: uma das formas de se aplicar a escuta ativa é reformular
sempre a mensagem que tenha recebido. A chave é refletir sobre o que foi
dito sem incluir um julgamento, apenas para testar o seu entendimento
da mensagem.
Feedback: como a comunicação eficaz é um processo de troca
bidirecional, o uso de feedback é mais uma forma de se reduzir falhas na
comunicação e distorções.
HABILIDADES DE FEEDBACK
Assegure-se de que quer ajudar (e não se mostrar superior);
No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto, começar uma
discussão com questões periféricas e rodeios pode conduzir à ansiedade
ao invés de a minimizar;
Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor;
Concentre-se no problema (evite sobrecarregar o recetor com
excesso de informações ou críticas);
Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu
comportamento pode estar a contribuir para o comportamento do recetor;
Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão,
para que o entendimento sobre o que foi dito seja o mesmo para os
interlocutores.
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COMO SE PODE COMUNICAR
A utilização do espaço
A gestão do espaço físico condiciona, de início, o desenrolar da comunicação.
Não é por acaso que a disposição em U é usualmente praticada na
Formação. Esta é uma configuração facilitadora da comunicação.
Todos os elementos do grupo se encontram face-a-face. Naturalmente
os seus olhares convergem para o centro-frente, posição ocupada
tradicionalmente pelo formador.
Os formandos mais dominantes, extrovertidos, auto-confiantes
tendem a ocupar posições centrais.
As zonas intermédias ou mesmo
extremidades são normalmente
preferidas pelos formandos mais
tímidos, introvertidos.
Os observadores passivos ficam,
assim, resguardados do olhar do
formador e dos colegas. A utilização
que o formador fez do espaço é deveras
importante na definição do estilo
comunicativo do grupo.
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
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Formação
A DESCOMUNICAÇÃO
surgir. Aquilo que transmitimos não será exatamente aquilo que o outro
recebe, se ocorrerem ruídos/barulhos, conversas paralelas, comunicações
simultâneas, ou outras interferências. Quando finalmente a mensagem
chega ao recetor é ainda provável que exista alguma diferença entre
aquilo que este recebe e o que pensa que recebeu. A atitude face ao
emissor, a maior ou menor simpatia por este, pode afetar a recetividade
e a interpretação da mensagem. Existe sempre uma atitude de avaliação
da fonte de informação, das suas intenções e do grau de confiança que
desperta ao recetor.
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Formação
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Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
A RETER…
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS…
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Formação
DINÂMICA DE GRUPO
E ESTILOS DE LIDERANÇA
DEFINIÇÃO DE GRUPO
Enquanto ser sociável, o Homem vive em relação com os seus
semelhantes, relações essas que podem ocorrer de várias formas e em
diversos contextos. Em função dessas relações, os indivíduos aglomeram-
se em grupos. Assim sendo podemos entender um grupo como um
conjunto de pessoas diferentes mas que, contudo, se identificam, pois
partilham, por exemplo, os mesmos objetivos e necessidades.
Os elementos do grupo regulam as suas interações adotando as mesmas
cren-ças, normas, regras e padrões de comportamento. Só assim é possível
existir interdependência e cooperação, de modo a se atingir os objetivos
ou satisfazer as necessidades do grupo.
Todas as pessoas pertencem a um número considerável de grupos: o
departamento da empresa, a família, os amigos, os vizinhos, a equipa de
futebol, os escuteiros, o partido político, etc.
O indivíduo comporta-se como membro de um grupo desde que
tenha consciência que partilha dos mesmos valores, regras e objetivos,
característicos dos outros elementos que formam o grupo. Não é preciso
conhecer todos os adeptos do clube de futebol para sentirmos "que é o
nosso clube", e comprar o respetivo emblema. Basta reconhecermo-nos
como adepto, como membro desse grupo.
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
O GRUPO NA FORMAÇÃO
O grupo é uma realidade poderosa nas situações formativas. O formador
necessita de saber lidar com essa realidade. As funções do formador são as
de regular as atividades do grupo, canalizar as suas energias, garantir um
clima propício à aprendizagem.
As técnicas de trabalho em grupo permitem, ainda, desenvolver as
capacidades de comunicação dos formandos. No grupo desenvolve-se
um maior número de interações verbais e são os formandos os atores
dessas interações.
As atividades que um grupo de formação realiza contribuem para a
produção de novos saberes, para novas práticas e para o desenvolvimento
de cada elemento desse grupo.
ATIVIDADES DE GRUPO
Existem várias maneiras de organizar as atividades de formação em
grupo. Apresentam-se, a seguir, as mais habituais:
Grupo simples/mesma tarefa - todos os grupos realizam a mesma
proposta de trabalho. As diferentes abordagens vão enriquecer o trabalho final;
Grupo/multifunção - cada elemento do grupo realiza uma tarefa
que faz parte de uma atividade do grupo, mais complexa, articulada a
outras atividades de outros grupos;
Grupo/tarefas diferentes - num projeto, cada grupo realiza
atividades que vão ter significado, quer durante o processo, quer na fase
final do projeto.
Podem ainda utilizar-se as energias do grupo para aperfeiçoar ativida-
des/soluções para problemas.
Cada grupo vai, sucessivamente, experimentar melhorar as soluções
propostas por um outro grupo.
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Formação
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Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
DESENVOLVIMENTO DO GRUPO
ESTILOS DE LIDERANÇA
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Efeitos no grupo
Efeitos no grupo
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ESTILO DEMOCRÁTICO
Efeitos no grupo
A RETER…
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FPIF
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS…
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Formação
GESTÃO DA COMUNICAÇÃO PEDAGÓGICA
ELEMENTOS EM COMUNICAÇÃO
Num sistema de comunicação estão presentes os seguintes
componentes: emissor ou fonte, mensagem, canal, recetor, feedback ou
reação. Iremos seguidamente dar enfâse a cada um deles e analisar a sua
inter-relação.
Emissor (ou fonte da mensagem da comunicação): afigura quem
pensa, codifica e envia a mensagem. O emissor é quem inicia o processo de
comunicação. A codificação da mensagem pode ser feita transformando
o pensamento que se pretende transmitir em palavras, gestos ou símbolos
que sejam compreensíveis por quem recebe a mensagem.
Canal de transmissão da mensagem: é a ligação entre o emissor e
o recetor e representa o meio através do qual é transmitida a mensagem.
Existe uma grande variedade de canais de transmissão, cada um deles
com vantagens e inconvenientes: destacam-se o presencial (no caso do
emissor e recetor estarem frente a frente), o telefone, os meios eletróni-cos
e informáticos, a rádio, a televisão, entre outros.
Recetor da mensagem: representa quem recebe e descodifica
a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção que a descodificação
da mensagem resulta naquilo que efetivamente o emissor pretendia
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
Emissor
Ruído Feedback
Ideia Codificação
Feedback
Compreensão
Ruído
Recetor
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Formação
A IMPORTÂNCIA DOS REFORÇOS POSITIVOS
“Ausência de elogios”
“A minha diretora esconde as suas emoções. Nunca elogia nada que eu
faço. Convenci um cliente muito importante a passar cerca de trezentos
mil dólares por ano de faturação para quase o dobro. A sua reação quando
lhe contei não foi ‘bom trabalho’, mas: “é claro que aceitaram a tua oferta
– era um bom negócio”.
Não havia qualquer emoção na sua voz, nem calor ou entusiasmo.
Depois limitou-se a afastar-se. Quando contei aos outros gestores de
vendas a minha venda, todos eles me felicitaram. Foi a maior venda da
minha vida, e a minha diretora não reconheceu todo o trabalho que fiz
para conseguir o negócio.
Comecei a sentir que devia haver alguma coisa errada comigo, mas
outras pessoas sentem o mesmo acerca dela. Nunca mostra qualquer
sentimento positivo ou dá qualquer encorajamento, nem em pequenas
coisas nem em coisas grandes. (…) A nossa equipa é produtiva, mas não
existe qualquer sentido de ligação com ela”.
FATORES PESSOAIS
Compreendem um conjunto de aspetos que passamos a referir. O
nível de profundidade de conhecimento que o indivíduo tem e revela
no decorrer da conversa, ou, o nível de conhecimento que os outros
intervenientes lhe atribuem ou reconhecem ter sobre o assunto a tratar.
Este aspeto pode conduzir à maior ou menor credibilidade a atribuir ao
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FATORES SOCIAIS
Temos vindo a abordar fatores de origem pessoal que podem afetar a
dimensão social das relações. Debrucemo-nos agora, por instantes, sobre
alguns fatores sociais, cuja origem a consideramos também social. É o caso
da flexibilidade ou da rigidez dos sistemas de conhecimento, que impregnam
e condicionam as formas como os indivíduos pensam o mundo.
Os sistemas de conhecimento condicionam e são condicionados por
uma multiplicidade de fatores. A educação é um deles, ao inculcar nos
indivíduos deter-minados princípios como certos e absolutos. Não se
pretende com isto fazer a apologia da relatividade axiológica, e muito
menos fazer a apologia de determinados princípios educacionais, aqui e
agora. A importância desta abordagem permite-nos perceber, de forma
objetiva, a marca que podem ter os princípios e os valores na visão dos
sujeitos, e isso é importante porque, entre outros aspetos, a forma como
cada um vê o mundo pontua as sequências comunicacionais. Havendo
fortes discrepâncias na pontuação das interações entre os indivíduos,
maior a probabilidade de ocorrência de equívocos e de conflitos nos
processos de comunicação.
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Formação
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Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
FATORES DE PERSONALIDADE
A comunicação é, com frequência, complicada, senão mesmo
impossível, quando esta procura ocorrer no seio das chamadas
personalidades difíceis. Há, neste campo, um conjunto de aspetos que
conviria referenciar como potenciadores de bloqueios à comunicação
entre os indivíduos. Um deles diz respeito à conhecida auto-suficiência.
De facto, torna-se complicado interagir com sujeitos que presumem saber
tudo sobre determinado assunto.
Por outro lado, a ideia que alguns sujeitos têm de que uma palavra
aplicada por diferentes pessoas terá de ter, natural e forçosamente, o
mesmo significado entre elas é uma das barreiras à comunicação, que
toma a designação de avaliações congeladas.
A confusão que constantemente alguns sujeitos fazem entre aquilo
que é do foro objetivo e aquilo que é do subjetivo provoca não só
dificuldades de compreensão por parte dos outros membros do sistema
comunicacional como, não raras as vezes, conflitos. Esta confusão entre
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
FATORES DE LINGUAGEM
Para além de tudo o que já foi dito sobre os diferentes fatores que
podem constituir dificuldades ao relacionamento humano, podemos
ainda equacionar os fatores de linguagem. O uso constante de palavras
abstratas por parte de determinados comunicadores é motivo frequente
de desorientação e equívocos de compreensão entre os formandos.
Não são também raras as vezes que a
confusão nos processos comunicacionais tem
origem no desencontro de sentidos que cada
um dos interlocutores atribui às palavras dos
outros e às suas próprias mensagens.
Quando os sujeitos em interação não
conseguem separar as coisas entre si ou aspetos
da realidade que só aparentemente são iguais,
estamos perante processos comunicacionais em
que predominam as chamadas indiscriminações.
Mas as perturbações nos processos de
comunicação também podem ter origem no
uso frequente de polarizações por parte de um ou mais intervenientes.
Com efeito, o uso sistemático de expressões extremas no discurso dos
indivíduos pode levar à desacreditação do emissor de tal discurso. Este
mecanismo discursivo é uma espécie de tudo ou nada. Para tais emissores,
a realidade das situações nunca tem um meio termo - tudo é maximizado
na sua linguagem.
Como fatores de linguagem é ainda considerada a falsa identidade
baseada nas palavras. Numa situação destas, o emissor está crente de que
resume numa palavra ou expressão as suas crenças, atitudes ou avaliações.
É como se um simples rótulo conseguisse identificar a complexidade dos
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
FATORES PSICOLÓGICOS
Há nesta matéria uma variedade de aspetos que podem concorrer para
o desenrolar dos padrões de relacionamento. O chamado efeito de halo
é um mecanismo que diz respeito ao recurso que determinados sujeitos
fazem quando se referem a outra pessoa. Do seu discurso emergem
palavras ou expressões que remetem para a generalização de uma pessoa,
a partir de apenas uma das suas características. Claro está que, nestes
casos o que importa salientar é o enviesamento da informação, o qual
pode distorcer a objetividade da comunicação.
Um outro mecanismo de dificuldade de relacionamento pode ser o
decorrente do designado efeito lógico. Neste caso, o problema centra-
se na tendência que determinados sujeitos revelam em associar duas
características de um indivíduo, como se houvesse uma relação causal
linear: se A, então B. Ora, sabendo nós que a realidade nem sempre
se rege por esta simplicidade, muito mais prudência deverá haver no
estabelecimento desta relação quando se trata de fatores comportamentais.
Os processos de comunicação humana não estão imunes a esta dificuldade.
Quando determinados indivíduos tendem a enquadrar os outros em
tipos sociais ou profissionais, estamos perante os chamados tipos pré-
determinados. É um mecanismo a que todos recorremos, por uma questão
de economia cognitiva ou percetiva, ou simplesmente como dimensão
lúdica, em tentar adivinhar ou prever o outro. O problema não reside no
mecanismo de simplificação que este processo implica. Está, sobretudo, ao
nível da estigmatização, que por vezes se projeta no outro da nossa relação.
A tendência, ou a dificuldade, que alguns sujeitos revelam em situar
os outros, objetos da sua apreciação, em valores diversificados, leva-os a
perspetivá-los em pontos centrais, medianos, que em nada corresponde,
por vezes, à fidelidade de uma apreciação correta. Mais uma vez, o
problema maior no campo da interação dirá respeito à falta de objetividade
que acaba por marcar as relações interpessoais. A este mecanismo dá-se o
nome de efeito de tendência central.
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FPIF
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
ORIGENS DO CONFLITO
Existem várias fontes potenciais para o conflito numa situação de
ensino-aprendizagem.
Vamos analisar algumas delas, as internas ao grupo:
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Formação
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FPIF
ATITUDES POSITIVAS
A RETER…
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TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS…
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PNL - Programação Neurolinguística
O QUE É PNL?
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
Programação Neuro
Toda a informação retida no nosso Toda a informação retida, bem
cerebro é constituida por códigos como os comportamentos
e sinais, que são traduzidos e inerentes são resultado dos nossos
descodificados em padrões de processos neurológicos.
conduta.
Programação
Neurolinguística
Linguística
É aquilo que nos permite exteriorizar tudo aquilo que se
passa no nosso sistema nervosos central.
Através dela conseguimos comunicar com os outros.
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Formação
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Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
“Alguns fatores podem ser muito influenciados por nós; outros, apenas
parcialmente, ou nada.”
A PNL desenvolveu uma maneira útil de pensar sobre os diferentes
níveis de controlo e influência, principalmente na área da saúde.
Eles são chamados de “níveis neurológicos” ou apenas “níveis lógicos”.
NÍVEIS LÓGICOS
Ambiente: Refere-se aos contextos externos a que as pessoas reagem.
Ex. Onde fazemos determinadas coisas.
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OS PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA PNL
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
seus mapas mentais, que não são iguais aos do emissor da mensagem.
Cabe ao emissor captar esses sinais para transmitir a mensagem adequada
aos mapas mentais do recetor.
Se aquilo que está a fazer não está a funcionar, faça outra coisa.
Se no que está a fazer não está a obter proveito, deve empenhar-se em
fazer outra coisa. Se pretende novos resultados, deve fazer algo novo.
A RETER…
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
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Formação
SISTEMAS REPRESENTACIONAIS, AS
ÂNCORAS E A TÉCNICA DE ANCORAGEM
SISTEMAS REPRESENTACIONAIS
Diga-se que o ponto de partida da PNL é tomar conhecimento da
realidade através dos nossos órgãos sensoriais
A Perceção da realidade é algo que consiste na interpretação e
organização da informação que recebemos através dos nossos sentidos
(visão, olfato, paladar, tato, audição).
Esta informação por nós rececionada será manipulada e descodificada
através de três sistemas fundamentais:
Além das palavras escolhidas existem também pistas não verbais que
nos ajudam a identificar o sistema representacional utilizado. Por exemplo,
alguém que privilegia o sistema visual olha com mais frequência para o
alto e para longe, com o queixo levemente erguido.
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
INDICADORES VERBAIS
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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
FPIF
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
AS ÂNCORAS
As Âncoras estão intimamente ligadas aos nossos estados internos
(emoções) e influenciam fortemente a nossa
maneira de pensar e a nossa maneira de estar, bem
como os nossos comportamentos.
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TÉCNICA DE ANCORAGEM
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Formação
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Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
A RETER…
Visual Representação
Interna
Realidade Exterior
Auditivo
Cinestésico Comportamentos
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FPIF
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS…
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Formação
CALIBRAGEM E MOVIMENTOS OCULARES
Sinais Comuns:
Visual
Pessoas com as costas apoiadas na cadeira, com a cabeça e os ombros
erguidos. Os gestos são feitos acima da linha dos olhos.
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Auditivo
Corpo inclinado para a frente, costa para trás e a cabeça voltada para o
lado. Gestos muito próximos das orelhas.
Cinestésico
Cabeça baixa e ombros curvados. Gestos realizados na linha da cintura. À
semelhança das expressões corporais, os movimentos oculares também são
perfeitos “espelhos” para denunciar os pensamentos do nosso interlocutor.
MOVIMENTOS OCULARES
VC VR
AC AR
AK Ai
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Formação
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FPIF
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS…
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Formação
O RAPPORT
ANTHONY ROBBINS
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FPIF
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Formação
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Retirado de www.institutodaat.com.br
A RETER…
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FPIF
Sistema
Identidade
Comportamento
Palavras Comportamentos
Ambiente Pensamentos
Habilidades e capacidades
Crenças e Valores
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Formação
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Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS…
Estudo de Caso
“ (…) Eu posso perceber o que está a dizer, mas não estou a conseguir
visualizar o que quer que eu faça. Quando eu olho para trás, para algumas
das decisões que tomámos em reuniões anteriores, fico sem entender
aquilo que conseguimos.
Tudo é muito bonito, quando se tenta pintar um quadro com os nossos
sucessos, mas parece que o Sr. não pára para pensar nas coisas que não
foram feitas.
Talvez o Sr. esteja empolgado com as propostas que apresentou, no
entanto, eu sinto-me meramente desiludido.”
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A COMUNICAÇÃO EM PNL
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Formação
Módulo Nº 5
Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação
O Ponto Cego
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FPIF
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Formação
CONCLUSÃO
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Bibliografia
h t t p : / / w w w. s c r i b d . c o m / d o c / 3 7 5 8 2 6 / P N L - P R O G R A M A C A O
NEUROLINGUISTICA-Portugues
http://site.suamente.com.br/programacao-neurolinguistica-e-a-etica/
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Formação