UniCEUB – Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais
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DIREITO DA INTEGRAÇÃO
Sistemas Regionais de Integração
Sistemas regionais de integração são processos jurídico-
políticos de aproximação entre Estados de uma mesma
região geográfica para a criação de sinergias. 1
Mecanismos multilaterais de integração.
Modalidades de Integração Regional
Fases do processo de integração2
1. Zona de Preferência Tributária: os tributos cobrados
sobre a importação de produtos dos Estados-partes são
inferiores àqueles cobrados dos demais Estados;
2. Zona de Livre Comércio: não há incidência de tributos
sobre o comércio de produto originários dos Estados-partes,
além da redução de barreiras não alfandegárias;
3. União Aduaneira: caracterizada pela existência de uma
tarifa externa comum (TEC), isto é, os Estados cobram os
mesmos tributos sobre a importação de produtos
produzidos em outros Estados. Objetivo: coordenar políticas
para proporcionar uma integração mais rápida e inteligente,
por meio da articulação de suas políticas externas;
4. Mercado Comum: livre circulação de bens, serviços e
fatores de produção (capitais e pessoas) entre os Estados-
partes. Aproximação das políticas econômicas (monetária e
fiscal), com articulação entre bancos centrais;
5. União Econômica e Monetária: além da circulação de
bens, serviços e fatores de produção, há uma política
econômica e monetária integrada entre os Estados, uma
moeda comum;
- Processos de integração são operacionalizados por
tratados. Em estágios mais avançados, costumam optar pela
criação de uma OI (pessoa jurídica de DIP).
Multilateralismo, regionalismo e livre
comércio
Integração global: processo de regulação do comércio em
âmbito global. Contínua redução global de barreiras
alfandegárias, como de impostos de importação; e não
alfandegárias, como a harmonização de barreiras sanitárias
e técnicas. (Varella)
1 http://bookshop.europa.eu/pt/how-the-european-union-works-
Sinergia: ação conjunta de coisas, pessoas ou organizações, com vista a obter um
resultado superior ao obtido isoladamente por cada uma das partes.
2
VARELLA, p. 375-377.
Profª: Renata Tavares Henrique Mesquita
Direito Internacional Público
Integração regional: cria benefícios para alguns Estados,
diferentes daqueles previstos nos acordos multilaterais
(GATT 1947 e OMC), exceção ao art. 24 que prevê o princípio
da nação mais favorecida (NMF).
A OMC/GATT prevê e estimula duas modalidades de
integração regional: a união aduaneira e o acordo de livre
comércio.
Devem servir para ampliar o comércio internacional.
2. UNIÃO EUROPEIA
- Estágio mais avançado do processo de formação de blocos
econômicos: atualmente União Econômica e Monetária*.
OI de integração: multilateral e regional.
Supranacionalidade e soberania compartilhada.
Princípio da subsidiariedade: a União só atua nos casos em
que a ação da União se revela mais eficaz do que a ação
nacional.
Histórico:3
1951 - Tratado de Paris: Comunidade Europeia do Carvão e
do Aço (CECA);
1957 – Tratado de Roma: Comunidade Econômica Europeia
(CEE) e Comunidade Europeia de Energia Atômica
(EURATOM);
1993 – Tratado de Maastricht: criação da União Europeia Já
previa a UEM – moeda única euro para 1999;
1997 – Tratado de Amsterdam: reforma da estrutura do
bloco;
2002 – União Monetária Europeia: Euro moeda comum
circulante (UEM);
2001 - Tratado de Nice: reforma institucional para permitir o
alargamento do bloco;
2004 – Constituição Europeia não foi ratificada por França e
Países Baixos;
2007 - Tratado de Lisboa: personalidade jurídica de direito
internacional – política externa comum.
2016 – População do Reino Unido opta pela saída da UE.
Pilares da Integração:
1º pilar: integração econômica, política, ambiental,
cultural, sanitária, monetária e fiscal;
2º pilar: política externa e segurança comum, com a
coordenaçãodas posições dos diversos Estados-membros
nos foros internacionais, inclusive com a possibilidade de
realizar missões de manutenção da paz e restauração da
paz, com ou sem a ajuda de outras OI (ONU e OTAN);
3º pilar: cooperação judiciária e policial.
3Fontes das imagens: http://europa.eu/teachers-corner/pdf/europe_nutshell_pt.pdf
pbNA0113090/?CatalogCategoryID=sciep2OwkgkAAAE.xjhtLxJz
Referências: disponíveis no Plano de Ensino da disciplina.
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Estrutura Institucional
Conselho Europeu – Define as diretrizes e as prioridades
políticas. Órgão diretivo. Membros: Presidente da Comissão
Europeia, Presidente do Conselho Europeu e chefes de
Estado e de Governo. Sede: Bruxelas;
Parlamento Europeu – “a voz do cidadão”. Membros
eleitos proporcionalmente. Sedes: Estrasburgo, Bruxelas e
Luxemburgo.
Conselho da União Europeia ou, simplesmente,
Conselho – “a voz dos Estados-membros” ou tem a função
de decidir políticas e adotar legislação. Membros: um
ministro por cada Estado-membro. Sede: Bruxelas e
Luxemburgo;
Comissão Europeia – “promover o interesse comum”.
Ramo executivo que propõe legislação, acordos políticos e
promove a União. Administra o orçamento, implementa
políticas, negocia tratados e vela pela defesa. Membros: um
colégio de comissário, um para cada Estado-membro. Sedes:
Bruxelas;
Tribunal de Justiça da União Europeia – missão:
garantir o respeito à legislação da União Europeia. Função:
Proferir acórdãos nos processos submetidos à sua
apreciação. Sistema de solução de controvérsias judicial –
direito comunitário. Sede: Luxemburgo.
- Tribunal Geral: competente para julgar
reclamações de particulares contra as instituições europeias,
os recursos dos Estados contra a Comissão Europeia e ações
de reparação de danos cometidos por instituições
supranacionais. Composição: um juiz para cada Estado-
membro.
- Tribunal da Função Pública: tribunal
administrativo, julga questões trabalhistas e tocantes à
seguridade social de funcionários da UE. Composição: sete
juízes.
- Tribunal de Justiça: é o principal tribunal da UE,
com competência de dar a última palavra sobre a aplicação
do direito comunitário. Composição: um juiz para cada
Estado-membro (6 anos) e oito advogados-gerais. Processos:
reenvio prejudicial, ação por não cumprimento, recurso de
anulação, ação por omissão e recurso do TG e reapreciação
das decisões do TFP.
Tribunal de Contas Europeu: instituição
independente de auditoria externa. Missão: ajudar a
melhorar a gestão financeira da UE. Funções: verificar se os
fundos da UE são cobrados e utilizados corretamente e
ajudar a melhorar a gestão financeira da UE. Membros: um
de cada Estado-membro da UE. Sede: Luxemburgo;
Provedor de Justiça Europeu: “parquet”. Funções:
investigar casos de má administração, as queixas dos
cidadãos. Local: Estrasburgo.
Profª: Renata Tavares Henrique Mesquita
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Direito Internacional Público
Banco Central Europeu – unificado e independente.
Missão: assegurar a estabilidade dos preços. Função: gerir o
euro e a política monetária do euro. Criado em 1998.
Membros: os bancos centrais nacionais da zona do euro.
Sede: Frankfurt am Main;
Banco Europeu de Investimento: é o Banco da UE.
Funções: disponibilizar financiamento a longo prazo para
investimentos em projetos relacionados com a UE.
Membros: os Estados-membros. Conselho de
Administração: um por cada Estado, mais a Comissão
Europeia. Sede: Luxemburgo.
Comitê das Regiões: órgão consultivo. Missão: a voz do
poder local. Funções: representar as cidades e as regiões da
Europa. Membros: 353 provenientes de todos os Estados-
membros. Sede: Bruxelas.
Comitê Econômico e Social Europeu: órgão
consultivo. Missão: a voz da sociedade civil. Funções:
representar a sociedade civil organizada. Membros: 353
provenientes de todos os Estados-membros. Sede: Bruxelas.
Legislação4
Vários tipos de atos legislativos, aplicados das seguintes
formas:
- Regulamento: disposição legislativa diretamente aplicável
e vinculativa em todos os Estados-membros, que não têm
que transpô-la à legislação nacional, embora esta tenha que
ser alterada para evitar conflitos entre ambas.
- Diretiva: disposição legislativa que vincula os Estados-
membros, ou um grupo de Estados-membros, com vista a
atingir um determinado objetivo. Normalmente, têm que ser
transpostas para o direito nacional para se tornar eficaz. A
diretiva especifica o resultado a atingir, cabe aos Estados
decidirem, individualmente, a forma de o alcançar.
- Decisão: pode ser dirigida a Estados-membros, grupos de
pessoas ou até mesmo indivíduos. É obrigatória em todos os
seus elementos.
- Recomendações e pareceres não têm caráter vinculativo.
4UE: Como funciona a UE. Disponível em: http://bookshop.europa.eu/pt/how-the-
european-union-works-pbNA0113090/?CatalogCategoryID=sciep2OwkgkAAAE.xjhtLxJz
Referências: disponíveis no Plano de Ensino da disciplina.
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Membros UE: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária* ,
Dinamarca*, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda
(Países Baixos), Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Reino
Unido*, Suécia*, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia,
Hungria*, Letônia, Lituânia*, Malta, Polônia*, Romênia,
República Tcheca* e Croácia*.
 Atualização: Lituânia e Letônia membros da Zona
Euro.
Profª: Renata Tavares Henrique Mesquita
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Direito Internacional Público
Fonte: ec.europa.eu. 2015
Membros Espaço Schengen: Áustria, Alemanha, Bélgica,
Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Estônia, Espanha, França,
Finlândia, Grécia, Hungria, Itália, Islândia, Lituânia,
Luxemburgo, Liechtenstein, Letônia, Malta, Noruega,
Polônia, Portugal, Países Baixos, República Tcheca, Suécia,
Suíça.
Referências: disponíveis no Plano de Ensino da disciplina.