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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA – CTEC


ENGENHARIA QUÍMICA

LUAN DA SILVA BARBOSA

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE E DA VISCOSIDADE

MACEIÓ
2014
LUAN DA SILVA BARBOSA

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE E DA VISCOSIDADE

Relatório de prática experimental


em Laboratório de Engenharia
Química 1, como requisito para
obtenção de nota na citada
disciplina, ministrado na
Universidade Federal de Alagoas
– UFAL.

Professora: Karla Miranda


Barcellos

MACEIÓ
2014
RESUMO

No presente relatório será explicado um pouco sobre conceitos de densidade e


viscosidade, com foco em fluidos denominados newtonianos. A partir de experimentos em
laboratório serão mostradas técnicas de medidas das variáveis necessárias para determinação
da densidade e da viscosidade dos fluidos. Em seguida apresentam-se alguns cálculos para a
determinação destas grandezas a partir das medidas. Por fim, além de análise estatística, são
apresentadas conclusões acerca da metodologia utilizada.
SUMÁRIO

1. Objetivos............................................................................................................................... 04

2. Fundamentação Teórica ........................................................................................................ 08

3. Materiais e Métodos ............................................................................................................. 09

3.1 Materiais ............................................................................................................................. 09

3.2 Métodos .............................................................................................................................. 09

3.2.1 Determinação da densidade.............................................................................................09

3.2.2 Determinação da viscosidade...........................................................................................15

4. Resultados e Discussões ....................................................................................................... 12

4.1 Determinação da densidade.............................................................................................09

4.2 Determinação da viscosidade...........................................................................................15

5. Conclusão ............................................................................................................................. 18

6. Referências ........................................................................................................................... 19
4

1. OBJETIVOS

Aprender a determinar a densidade de uma solução através do método do


picnômetro.

Apresentar a técnica de determinação da viscosidade de um líquido de densidade


conhecida por meio de um balanço de forças num capilar por onde passa o líquido.

Aplicar conceitos da teoria dos erros no tratamento estatísticos das variáveis


medidas, e comparar as estimativas de erros estatísticos com erros inerentes dos
materiais usados.
5

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Massa específica e densidade

A massa específica de uma substância, designada por ρ, é definida como a massa


de substância contida numa unidade de volume (no sistema internacional a unidade
usada é kg/m³). Esta propriedade é normalmente utilizada para caracterizar a massa de
um sistema fluido.[1]

No estudo da mecânica dos fluidos convém supor que tanto gases como líquidos
estão continuamente distribuídos por toda uma região de interesse, isto é, trata-se o
fluido como meio contínuo.[2] A propriedade principal utilizada para determinar se a
suposição de meio contínuo é apropriada é a massa específica, definida pela seguinte
equação:

∆𝑚 (1)
𝜌 = lim
∆𝑣→0 ∆𝑉

onde ∆𝑚 é a massa diferencial contida no volume diferencial ∆𝑉.

Para fins práticos, em especial com problemas de engenharia, vale a seguinte


equação:
𝑚 (2)
𝜌=
𝑉

onde os elementos 𝑚 e 𝑉 na equação são valores finitos de massa e volume de uma


dada substância.

Os diversos fluidos podem apresentar massa específicas muito distintas.


Normalmente, a massa específica dos líquidos é pouco sensível a variações de pressão e
de temperatura. [1]

A densidade de um fluido, d, é definida como a razão entre a massa específica


do fluido e a massa específica da água numa certa temperatura. Comumente, a
temperatura referida é 4°C, em que a massa específica da água vale 1000 kg/m³. A
equação é a seguinte:
𝜌 (3)
𝑑=
𝜌á𝑔𝑢𝑎 à 4 °𝐶

Já que a densidade é um valor adimensional, não depende do sistema de


unidades utilizado.
6

Viscosidade e tensão de cisalhamento

A viscosidade pode ser considerada como a aderência interna de um fluido[2]. É


uma das propriedades que influencia na potência necessária para mover uma superfície
aerodinâmica através da atmosfera. Corresponde às perdas de energia associadas com o
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. A viscosidade tem um papel
essencial na geração de turbulência, é uma propriedade muito importante no estudo dos
fluxos.

Considerando uma força 𝐹⃗ aplicada sobre uma determinada superfície (figura


1), ela terá duas componentes: uma perpendicular a superfície e outra tangencial.

Figura 1: Força aplicada sobre uma superfície

Autor: BRUNETTI, Franco. 2008


A razão da força perpendicular à superfície pela área da superfície já se conhece
como sendo a pressão. A razão da força tangencial à superfície pela área da superfície
chama-se de tensão de cisalhamento e é dada pela seguinte equação:

𝐹𝑡 (4)
𝜏=
𝐴
onde 𝐹𝑡 é a força tangente à superfície e 𝐴 é a área da superfície.

A velocidade de deformação de um fluido está intimamente ligada com a sua


viscosidade. Com uma força aplicada, um fluido altamente viscoso se deforma mais
lentamente que um fluido de baixa viscosidade.[2]

Considerando o denominado experimento das duas placas ilustrado na figura 2,


com a placa inferior parada, a placa superior é inicialmente acelerada pela força 𝐹𝑡 , a
partir de determinado instante a placa superior adquire uma velocidade v0 constante.

Com isso, pode-se concluir que a força externa 𝐹𝑡 aplicada na placa é equilibrada
por forças internas ao fluido. Isso se deve a tensões de cisalhamento pelo interior do
7

fluido que se opõem ao seu movimento como ilustrado na figura 2(b). Com essa tensões
de resistência ocorrendo, forma-se um gradiente de velocidades perpendicularmente à
direção que liga as duas placas. Newton verificou que, em muitos fluidos, a resultante
da tensão de cisalhamento é diretamente proporcional a este gradiente de velocidades,
[3]
que é a variação de velocidade com relação ao eixo vertical y . E isto vem a ser o
enunciado da lei de Newton da viscosidade representado pela seguinte equação:

𝑑𝑣 (5)
𝜏=𝜇
𝑑𝑦
𝑑𝑣
onde 𝜏 é a tensão de cisalhamento, é o gradiente de velocidades, e 𝜇 é a viscosidade
𝑑𝑦

dinâmica do fluido sendo o fator de proporcionalidade. Os fluidos que obedecem a essa


equação são denominados fluidos newtonianos.

Figura 2: (a) gradiente de velocidades ao longo do fluido (b) forças internas ao fluido resistindo ao
movimento (c) análise incremental do gradiente de velocidades.

Autor: BRUNETTI, Franco. 2008


Esta lei é válida para escoamentos em diversos tipos de superfícies. Neste
relatório é estudado o escoamento de fluidos ao longo de uma tubulação circular, onde a
velocidade do escoamento é constante ao longo do comprimento da tubulação e da
rotação com relação ao eixo central, variando somente com o raio como se fosse o
gradiente de velocidades de uma placa à outra na ilustração anterior, sendo neste caso
agora um gradiente de velocidades radial. O exemplo é ilustrado na Figura 3.
8

Figura 3: escoamento em tubulação cilíndrica.

Autor: MUNSON, Bruce Roy et al. 2004.


Para um fluido newtoniano escoando ao longo de um tubo circular, a equação 5
se torna:

𝑑𝑣𝑧 (6)
𝜏𝑟𝑧 = −𝜇
𝑑𝑟
onde 𝜏𝑟𝑧 é a tensão de cisalhamento no raio r, 𝑣𝑧 é a velocidade do fluido na direção do
escoamento e 𝜇 é a viscosidade do fluido.

Em regime laminar, o gradiente de velocidades pode ser calculado a partir do


perfil de velocidades do fluido em regime laminar [4]:

2𝑄 𝑟 2 (7)
𝑣𝑧 = [1 − ( ) ]
𝜋𝑅 2 𝑅

onde 𝑄 é a vazão volumétrica do fluido, 𝑅 é o raio do tubo circular. Verifica-se que esta
velocidade é função somente do raio.

Derivando a equação 7, e tomando r=R, obtemos:

𝑑𝑣𝑧 4𝑄 (8)
− (𝑟 = 𝑅) = −
𝑑𝑟 𝜋𝑅³
𝑄 é dado pela seguinte equação:

∆𝑃𝜋𝑅 4 (9)
𝑄=
8𝜇𝐿

onde ∆𝑃 é a diferença de preção ao longo do comprimento 𝐿 da tubulação, sendo


assim, tem-se:

4𝑟∆𝑃𝜋𝑅 4 (10)
𝜏0 = −𝜇 (− )
𝜋𝑅 4 8𝜇𝐿
Para r=R, tem-se:
9

∆𝑃𝜋𝑅 2
𝜏0 = (11)
2𝜋𝑅𝐿

ficando da seguinte maneira:

∆𝑃𝜋𝑅 2 = 2𝜋𝑅𝐿𝜏0 (12)

∆𝑃 pode ser facilmente medido através da seguinte equação:

∆𝑃 = 𝜌𝑔∆ℎ (13)

onde 𝜌 é a massa específica do fluido, 𝑔 é a aceleração da gravidade e ∆ℎ é a diferença


de altura entre ponto de entra e de saí do flui no volume de controle tomado.

A equação 11 representa o equilíbrio entre as forças de pressão (lado esquerdo) e


de atrito na parede (lado direito).

Se o fluido é newtoniano, é possível encontrar uma relação linear entre a tensão


de cisalhamento e o negativo do gradiente de velocidades sendo o coeficiente angular, a
viscosidade do fluido.
10

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

Os materiais utilizados nesta prática foram os seguintes:

 Proveta;
 Balança semi-analítica;
 Picnômetro de 25 mL;
 Água destilada;
 Solução de carbonato de cálcio;
 Termômetro;
 Frasco de Mariotte;
 Tubo de borracha;
 Becker;
 Cronômetro;
 Balança analítica;
 Régua;
 Suporte.
11

3.2 MÉTODOS

3.2.1 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE

Foram tomados alguns cuidados para evitar erros nas medidas e cálculos:

 O picnômetro não foi tocado com os dedos, protejendo-os com papel


absorvente;
 Eliminou-se cuidadosamente as bolhas de ar que se aderiam à superfície interna
do picnômetro;
 Lavou-se muito bem o picnômetro na troca de líquidos, usando na última etapa
da lavagem o líquido da pesagem seguinte, que foi o carbonato de cálcio.
 Secou-se o picnômetro externamente, evitando-se tocar na parte superior do
mesmo (tampa).
 Anotou-se a temperatura de trabalho para cada líquido.

O experimento se procedeu da seguinte maneira:

1- Primeiramente, foi utilizada água destilada para a determinação da densidade.


Colocou-se a água em um becker e, com um termômetro, verificou-se uma
temperatura de 30°C;
2- Pesou-se o picnômetro na balança semi-analítica, determinando-se a massa do
picnômetro vazio, m=17,4007g, em seguida tarou-se a balança;
3- Retirou-se o picnômetro da balança com auxílio de papel, colocou-se um pouco
de água, que em seguida foi descartada, para fins de ambientação da vidraria.
4- Em seguida, preencheu-se o picnômetro completamente e colocou-se,
cuidadosamente, a tampa.
5- Colocou-se a vidraria na balança e anotou-se a massa indicada;
6- Retirou-se o picnômetro da balança e descartou-se a água, repetiu-se os passos 4
e 5 por duas vezes;
7- Realizaram-se novamente os passos 3 a 6, utilizando-se, no lugar da água, uma
solução de carbonato de cálcio cuja temperatura medida foi de 30°C.
12

3.2.2 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

O arranjo experimental, esquematizado na figura 4, consiste basicamente em


acoplar ao frasco de Mariotte um tubo de borracha pelo qual se faz escoar o fluido.
Variando-se a altura da posição de saída do tubo de borracha, medindo-se a vazão
volumétrica e a queda de pressão correspondente, obtém-se o diagrama reológico para
cada fluido. Além do frasco de Mariottee do tubo de borracha, constituem o esquema de
montagem: Becker, régua e suporte.

O raio de abertura e o comprimento do tubo de borracha utilizado foram de


R=0,3cm e L=88,6cm respectivamente.
Estando os materiais devidamente arranjados, procedeu-se da seguinte maneira:
1- Vedou-se o capilar com uma presilha;
2- Colocou-se a água destilada no frasco de Mariotte em bastante quantidade e
verificou-se se havia vazamentos;
3- Não havendo vazamentos, permitiu que a água escoasse pelo capilar para
ambientá-lo;
4- Pesou-se o recipiente no qual havia de se coletar a amostra;
5- Realizou-se 5 escoamentos do fluido com alturas diferentes para coleta do
volume. Definiu-se como parâmetro fixo o tempo de 5 segundos. Cada volume
foi pesado na balança analítica;
6- Anotou-se os valores na tabela 3;
7- Repetiu-se o mesmo procedimento para a determinação da viscosidade da
solução de carbonato de cálcio e anotou-se na Tabela 5. A densidade do
carbonato de cálcio foi determinada, experimentalmente, a partir do picnômetro.
13

Figura 4:Esquema de montagem para medição de viscosidade.

Fonte: Notas de Aula – Laboratório de Engenharia Química 1, 2014.1 – Departamento de


Engenharia Química – Ctec, Ufal.
14

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE

Com as massas de água medidas no picnômetro de 25 mL, construiu-se a tabela


1.

Tabela 1 – três medidas de massa para o volume de 25 mL de água destilada.


Volume (mL) Massa (g)

25,4744

25 25,4721

25,4575

Fonte: Autor, 2014.

Com estes valores calculou-se a massa média através da seguinte equação:


∑𝑛=3
𝑖=1 𝑚𝑖
𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑛
Obteve-se o valor de mmédia = 25,468 g.
Pela equação 2, obteve-se o valor da massa específica da água:
𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎
𝜌=
𝑉
Obteve-se o valor de ρ = 1,019 g/mL.
Da referência [5], à temperatura de 30°C, o valor tabelado da massa específica
da água é de ρ = 0,99565 g/mL
A partir daí calcula-se o erro do experimento através da seguinte equação:
𝜌𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝜌𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜
%𝐸𝑟𝑟𝑜 =
𝜌𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜
Obteve-se o valor de 2,3% de erro.
É um erro pequeno, inerente ao experimento. Devido a alguma impureza que
ocasionalmente ficou impregnada no picnômetro, pode ter havido um aumento na
medida da massa.
Com as massas da solução de CaCO3 medidas no picnômetro de 25 mL,
construiu-se a tabela 2.
15

Tabela 2 – três medidas de massa para o volume de 25 mL de solução de CaCO3.

Volume (mL) Massa (g)

25,3227

25 25,2282

25,3655

Fonte: Autor, 2014.

Com estes valores calculou-se a massa média através da seguinte equação:


∑𝑛=3
𝑖=1 𝑚𝑖
𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑛
Obteve-se o valor de mmédia = 25,305 g.
Pela equação X, obteve-se o valor da massa específica da solução de CaCO3:
𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎
𝜌=
𝑉
Obteve-se o valor de ρ = 1,012 g/mL.
No livro-texto indicado durante [5] aula não se encontra os valores da massa
específica da solução de CaCO3. A partir daí não se pode calcular o erro do
experimento.
A densidade da solução de CaCO3 pode ser calculada através da equação 3:
𝜌𝐶𝑎𝐶𝑂3
𝑑𝐶𝑎𝐶𝑂3 =
𝜌á𝑔𝑢𝑎 à 4 °𝐶

Sabendo que a massa específica da água à 4°C é de 1g/mL, obtém-se uma valor
de 1,012 para a densidade do carbonato de cálcio.
16

4.1 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE


Os dados obtidos nos procedimentos para determinação da viscosidade da água
destilada foram dispostos na tabela 3.

Tabela 3: Medidas do experimento para determinação da viscosidade da água.


Massa Massa (g) ∆P Q×105
∆H Tempo
Escoamento (g) (N/m²) (m³/s)
(Becker +
(cm) (s)
(becker) água)

1 19,5 225 5,73 1946,774 1,884

2 21,0 235 5,30 2096,526 2,222

3 24,5 115 250 5,35 2445,947 2,477

4 28,5 265 5,35 2845,285 2,752

5 36,0 275 5,54 3594,044 2,835

Fonte: Autor, 2014.

Através da equação 12 calculou-se o valores das diferenças de pressão para cada


um dos escoamentos, introduzindo-os na tabela 3:

∆𝑃 = 𝜌𝑔∆𝐻

Com o valor da massa específica da água calculada no experimento anterior e


fazendo a subtração da massa do volume medido na balanço pela massa do Becker para
se obter cada massa de água coletada, calculou-se também os valores das vazões através
da equação 2 e sabendo que vazão é massa por volume, inserindo-os na tabela 3:
𝑚á𝑔𝑢𝑎
𝑄=
∆𝑡 × 𝜌á𝑔𝑢𝑎

A partir das equações 8 e 12, pode-se calcular os valores da tensão de


cisalhamento e o negativo do gradiente de velocidade em R=0,003m para os quais a
relação linear resulta num coeficiente angular cujo valor deve ser a viscosidade
dinâmica da água à 30°C. Os valores foram dispostos na tabela 4:
17

Tabela 4– medidas para cálculo da viscosidade da água.


𝒅𝒗𝒛
− (𝒓 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝒎) (1/s) 𝝉𝟎 (N/m²)
𝒅𝒓

888,627 3,296

1048,065 3,549

1168,079 4,141

1297,855 4,817

1336,901 6,085

Fonte: Autor, 2014.

Construiu o gráfico 1 com os dados da tabela 4:

Gráfico 1: relação entre os valores de tensão de cisalhamento e gradiente de velocidades para a água.

6,5

6,0

5,5

5,0
t0 (N/m²)

4,5

4,0 Ajuste Linear

3,5

3,0
900 1000 1100 1200 1300 1400
-dv/dr (1/s)

Fonte: Autor, 2014.


O coeficiente angular do ajuste linear foi de 0,0055. O valor tabelado da
viscosidade dinâmica da água à 30°C é de 0,00798 Ns/m².

Com isso, calcula-se o erro:


𝜇𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 − 𝜇𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙
%𝐸𝑟𝑟𝑜 =
𝜇𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜
Obtendo-se um valor de 31,1% . Foi um erro relevante, a calibração dos
instrumentos dispostos não foi a melhor possível. A análise visual para calcular as
18

diferenças de altura no volume de controle pode ter inferido erro que se propagou nos
cálculos, a contagem do tempo pode ter sido equivocada em algum momento
provocando um cálculo de vazão errôneo, entre outros erros de manuseio.

Os dados obtidos nos procedimentos para determinação da viscosidade da


solução de CaCO3 foram dispostos na tabela 5.

Tabela 5: Medidas do experimento para determinação da viscosidade do CaCO3.


Massa Massa (g) ∆P Q×105
∆H Tempo
Escoamento (g) (N/m²) (m³/s)
(Becker +
(cm) (s)
(becker) solução)

1 21,0 230 5,48 2083,149 2,073

2 19,0 230 5,47 1884,754 2,077

3 24,5 115 235 5,24 2430,340 2,262

4 28,5 250 5,50 2827,130 2,425

5 36,0 265 5,28 3571,112 2,807

Fonte: Autor, 2014.

Através da equação 12, e a partir da massa específica da solução encontrada no


experimento anterior calculou-se o valores das diferenças de pressão para cada um dos
escoamentos, introduzindo-os na tabela 5:

∆𝑃 = 𝜌𝐶𝑎𝐶𝑂3 𝑔∆𝐻

Fazendo a subtração da massa do volume medido na balanço pela massa do


Becker para se obter cada massa de solução coletada, calculou-se também os valores das
vazões através da equação 2 e sabendo que vazão é massa por volume, inseriu-se os
valores na tabela 5:
𝑚á𝑔𝑢𝑎
𝑄=
∆𝑡 × 𝜌á𝑔𝑢𝑎

A partir das equações 8 e 12, pode-se calcular os valores da tensão de


cisalhamento e o negativo do gradiente de velocidade em R=0,003m para os quais a
relação linear resulta num coeficiente angular cujo valor deve ser a viscosidade
dinâmica da solução de CaCO3 à 30°C. Os valores foram dispostos na tabela 4:
19

Tabela 6– medidas para cálculo da viscosidade da água.


𝒅𝒗𝒛
− (𝒓 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝒎) (1/s) 𝝉𝟎 (N/m²)
𝒅𝒓

977,565 3,527

979,451 3,191

1066,692 4,114

1143,558 4,786

1323,697 6,046

Fonte: Autor, 2014.

Construiu o gráfico 2 com os dados da tabela 6:

Gráfico 2: relação entre os valores de tensão de cisalhamento e gradiente de velocidades para a solução de
CaCO3.

6,5

6,0

5,5

5,0
t0 (N/m²)

4,5

4,0
Ajuste linear
3,5

3,0

950 1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300 1350


-dv/dr (1/s)

Fonte: Autor, 2014.

O coeficiente angular do ajuste linear foi de 0,0078. O valores da viscosidade


dinâmica da solução de CaCO3 não estão tabelados no livro-texto [5]. Mas pode-se
observar que os pontos amostrais estão claramente dispostos de maneira linear, o que já
indica que este fluido teve boas medições para ser concluído como newtonianao.
20

5. CONCLUSÃO

Com o relatório apresentado, pôde-se observar a importância do manuseio


minucioso e cuidadoso que se deve ter para com vidrarias e equipamentos sensíveis
como o picnômetro e as balanças de precisão. Observou-se que o erro nas medidas da
massa específica e da viscosidade da água foram aceitáveis: erro muito pequeno para a
medida da massa específica, e erro numa faixa esperada para a determinação da
viscosidade já que os equipamentos utilizados não eram ideais. No caso da solução de
carbonato de cálcio não se pôde fazer medidas de erro devido à ausência de dados da
solução na literatura, mas pôde-se observar que ao menos na medida de viscosidade foi
concluído que é um fluido newtoniano, algo esperado já que ele tem aparências físicas
com a água, não sendo muito viscoso.
21

6. REFERÊNCIAS

[1] MUNSON, Bruce Roy; YOUNG, Donald F; OKIISHI, Theodore H. Fundamentos


da mecânica dos fluídos. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.. 2v. p. 10.

[2] POTTER, Merle C; WIGGERT, D. C. Mecânica dos fluidos. São Paulo, SP:
CENGAGE Learning, c2004. xvii, 688, [2] p. 14.

[3] BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
c2008. 431 p. 3-4.

[4] BIRD, R. Byron (Robert Byron); STEWART, Warren E; LIGHTFOOT, Edwin N.


Fenômenos de transporte. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.
A., 2004.. 838 p. 57.

[5] PERRY, Robert H.; GREEN, Don W. Perry's Chemical engineers'handbook. 6. ed.
New York: McGraw-Hill, c1984. 1v. (McGraw-Hill chemical engineering series);

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