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MEDICINA LEGAL

SEXOLOGIA
IFAR VIRTUAL

Professor
Alexandre Pavan Garieri
ABORTAMENTO
 Abortamento (OMS)  interrupção do ciclo
gravídico antes de 22 semanas de gestação ou com
peso fetal inferior a 500 gramas
– Expulsão ou extração do concepto vivo ou morto
– Feto inviável: 20 – 24 semanas gestação

 Abortamento (Med Legal)  interrupção da


gravidez com a morte do concepto, haja ou não sua
expulsão, qualquer que seja seu estado evolutivo
– Independe da idade gestacional
– Termo: aborto (produto) x abortamento (processo)
– A legislação brasileira emprega o termo aborto no sentido
de abortamento
ABORTAMENTO

 Espécies de Abortamento
– Espontâneo (Inevitáveis)
 Natural ou Acidental
 15% das gestações entre 4 a 20 sem

 Sem repercussão jurídica criminal

– Provocado
 Legal
 Criminoso

 Eugênico
– Evitar nascimento de crianças defeituosas
– Em regra: crime (STF: anencéfalos)
ABORTAMENTO

Art. 128. Não se pune o aborto praticado por


médico:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da
gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de
estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto
é precedido de consentimento da gestante ou,
quando incapaz, de seu representante legal.
ABORTAMENTO

 Aborto necessário ou terapêutico:


– Estado de necessidade de terceiro
– Elementos:
1. Mãe apresenta perigo de vida
2. Perigo intimamente ligado a gravidez
3. Interrupção da gravidez = cessação desse perigo
4. Único procedimento capaz de salvar a vida da
gestante
5. Sempre que possível, concordância de outro
colega
ABORTAMENTO

 Aborto sentimental, piedoso ou moral:


– Gravidez resultante de estupro
– Necessidade de anuência da gestante ou
representante legal
– Existe a necessidade de autorização judicial prévia
para que o médico pratique o aborto?
– CP/CPP não traz essa exigência!
– Margem para ilegalidade
– “Recusar a realização de atos médicos que, embora
permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de
sua consciência.” (Art. 28, Cód Ética Médica)
ABORTAMENTO

 Processos abortivos:
1. Farmacológicos
 Misoprostol (Citotec)
2. Cirúrgicos
 Curetagem uterina
 Microcesariana
3. Outros
 Químicos
 Mecânicos
 Aspiração uterina por pressão negativa

 Complicações: sangramento, infecção, infertilidade


ABORTAMENTO

 Aborto criminoso:
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho
provoque:
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não
é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o
consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Forma qualificada (causa de aumento de pena!!!)
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios
empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe
sobrevém a morte.
ABORTAMENTO

FINALIDADES
Fornecer prova material

1. nos casos de suspeita de abortamento


criminoso;
2. nos casos de abortamento conseqüente
a lesão corporal;
3. nos casos suspeitos de doença do
trabalho que cause aborto;
ABORTAMENTO

FORMALIDADES

 São as mesmas do exame de conjunção


carnal.
 Quase sempre é exame de urgência. No
entanto, deve ser realizado de
preferência durante o dia, em local
apropriado, e com todo o equipamento
mínimo de um consultório obstétrico.
ABORTAMENTO

São dados importantes, entre outros:


- as datas do coito fecundante e da
última menstruação;
- o aparecimento dos sintomas e sinais
de gravidez;
- como teve início o trabalho de
abortamento;
- o local do aborto e as condições do
embrião ou do feto e da placenta;
- as complicações havidas e a
assistência recebida
ABORTAMENTO

 Perícia:
– Exame ginecológico minucioso da suposta gestante
 útero (colo)
 coleta de material vaginal PESQUISAR VESTÍGIOS
MANOBRAS ABORTIVAS
 abdome
– Coleta de sangue e urina para testes
– Exame do concepto
 grau de desenvolvimento
 possíveis causas de aborto natural
 lesões traumáticas
 DNA
 Provas de vida extra-uterina
ABORTAMENTO
 Quesitos:
1. Houve aborto?
2. Foi ele provocado?
3. Qual o instrumento ou meio empregado?
4. Em conseqüência do abortamento ou do instrumento ou do
meio empregado para provocá-lo, sofreu a vítima: incapacidade
para as ocupações habituais por mais de 30 dias, ou perigo de
vida, ou debilidade permanente de membro, sentido ou função,
ou incapacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade
incurável, ou perda ou inutilização de membro, sentido ou
função, ou deformidade permanente (resposta especificada)?
5. É a vítima alienada ou débil mental?
6. Se provocado por médico, era o único meio de salvar a vida da
gestante?
INFANTICÍDIO
 Infanticídio
Código Penal:
“Art. 123 – Matar, sob a influência do estado
puerperal, o próprio filho durante o parto ou
logo após.”

Elementos
1. Própria mãe;
2. Durante o parto ou logo após;
3. Influência do estado puerperal;
4. Infante com vida extra-uterina.
INFANTICÍDIO

CONCEITO DE PARTO E PUERPÉRIO

França define:
Parto: “um conjunto de fenômenos
fisiológicos e mecânicos cuja
finalidade é a expulsão do feto viável e
dos anexos”. Participam as forças
vivas materno-fetais e os atritos das
estruturas feto-pélvicas.
INFANTICÍDIO

Puerpério: “ o espaço de tempo variável


que vai do desprendimento da placenta
até a volta do organismo materno às suas
condições anteriores ao processo
gestacional”. Participa o tempo, pois o
puerpério é o período necessário para que
os órgãos reprodutores da mulher se
capacitem para uma nova concepção.

- puerpério imediato: 1ª semana depois do parto.


- puerpério mediato: três semanas seguintes.
INFANTICÍDIO
Não está correto dizer que o
puerpério sempre acarrete uma
perturbação psíquica; é necessário
averiguar se esta perturbação sobreveio
em consequência daquele, de modo a
diminuir a capacidade de entendimento
ou de auto-inibição da parturiente
Geralmente, é consequência de uma
“gravidez ilícita” com “parto clandestino”
e desassistido
INFANTICÍDIO
Durante o parto: este inicia desde o
começo das contrações uterinas até a
dequitação (expulsão da placenta,
membrana amniótica e cordão umbilical).
Porém, do ponto de vista médico-
legal, a expressão é mais restritiva:
compreende a fase da expulsão, desde a
rotura da bolsa, a insinuação do feto pelo
canal vaginal até o seu desprendimento
pela vulva.
INFANTICÍDIO
 Parto:
– Obstetrícia:
 Dilatação (do colo do útero)
 Expulsão (do feto)
 Dequitação (da placenta)
 4º período
– Med Legal  período que se estende
desde a ruptura da bolsa amniótica
até o completo desprendimento do
feto pela vulva, ainda que fique ligado
a placenta pelo cordão umbilical
INFANTICÍDIO

Logo após o parto: instantes


seguintes, imediatamente depois ao
desprendimento. Na prática, os crimes
são praticados, em sua grande maioria,
entre o desprendimento e a dequitação
(expulsão da placenta), isto é, nos
últimos 10 ou 15 minutos do trabalho de
parto do ponto de vista obstétrico.
INFANTICÍDIO
Estado puerperal: é uma obnubilação
mental seguinte ao desprendimento fetal que só
se manifesta na parturiente que não recebe
assistência, conforto ou solidariedade, sendo
desencadeado:
a) pela dor, no momento da expulsão, mais
intensa na primípara (1º parto);
b) pela hipotensão arterial, devido a posições
inadequadas e bruscas hemorragias;
c) pelo alívio, hipnotizante, que se segue a tanta
tensão e esforço, produzindo, às vezes, sonos
despertados por pesadelos.
INFANTICÍDIO
Vida extra-uterina: não se exige
viabilidade e maturidade para a
tipificação do crime. A prova de vida
extra-uterina do recém-nascido é feita
através da pesquisa das docimásias.
Também é importante determinar o
tempo de vida extra-uterina, de forma a
caracterizar que a morte ocorreu durante
ou logo após o parto.
INFANTICÍDIO
A docimásia mais utilizada para
comprovar a vida extra-uterina é a
hidrostática de Galeno, que busca
demonstrar se o recém-nascido chegou a
respirar. Isto é feito, numa explicação
sumária, colocando os pulmões do feto
em um frasco com água, e verificando se
há flutuação. Este teste é válido até cerca
de 24 horas da morte, pois os gases da
putrefação podem levar a um resultado
falso positivo.
INFANTICÍDIO
DOCIMÁSIA DE GALENO

• Este teste baseia-se na densidade pulmonar. O


pulmão que ainda não respirou possui
densidade maior que água, de forma contrária
ao que respirou, que possui densidade menor.
• 1ª FASE: Coloca-se em água, o bloco do
sistema respiratório (pulmões, traquéia e
laringe). Se flutua – resposta positiva
(respirou), possui ar nos pulmões. Se não
flutua, se afunda – continua-se com o exame,
fase seguinte
INFANTICÍDIO
DOCIMÁSIA DE GALENO

• 2ª FASE: Separam-se os pulmões do restante


do trato respiratório no fundo do recipiente. Se
flutua – resposta positiva (respirou), possui ar
nos pulmões. Se mantêm no fundo – continua-
se com o exame, fase seguinte
• 3ª FASE: Fragmenta-se o pulmão dentro do
recipiente. Se flutua – resposta positiva
(respirou), possui ar nos pulmões. Se mantêm
no fundo – continua-se com o exame, fase
seguinte.
INFANTICÍDIO
DOCIMÁSIA DE GALENO

• 4ª FASE: Esmaga-se entre os dedos os


fragmentos de pulmão que estão no fundo. Se
soltam bolhas – resposta positiva. Se não
soltam bolhas – negativo.

INTERPRETAÇÃO DO TESTE
• Fases 1, 2 e 3 positivas = houve respiração =
nasceu com vida
• Fase 4 – positiva = duvidosa.
• Fase 4 – negativa = não houve respiração.
INFANTICÍDIO
OUTRAS DOCIMÁSIAS

• Pulmonares (diafragmática, óptica ou visual,


táctil, hidrostáticas de Icard, histológica, ...)

• Extrapulmonares:
1) Gastrintestinal (ar no tubo digestivo)
2) Auricular (ar na cavidade timpânica – ouvido médio)
3) Hematopneumo-hepática (taxas de oxiemoglobina
no sangue do pulmão e do fígado)
4) Siálica (saliva no estômago), etc

 Outras: corpos estranhos nas vias respiratórias,


substâncias alimentares no tubo digestivo
INFANTICÍDIO
É importante determinar a causa da
morte do recém-nascido, porque causas
naturais afastam a hipótese de
infanticídio. Entre as causas acidentais,
ou naturais, de morte do recém-nascido,
podemos citar: descolamento prematuro
de placenta (DPP); circular de cordão;
aspiração de líquidos durante o parto;
distócia de parto; hemorragia do cordão
umbilical; quedas, etc.
INFANTICÍDIO
O estado puerperal é praticamente
impossível de ser constatado em um
exame pericial. Se o quadro é de
transtorno mental grave, a mulher é
isenta de pena.

PUERPÉRIO NORMAL

ESTADO PUERPERAL

PSICOSE PUERPERAL
INFANTICÍDIO
 Jurisprudência:
“Sendo a prova segura em indicar que a conduta
da ré ocorreu logo após o parto, o que faz
presumir estar ela sob a influência do estado
puerperal, já que este é o efeito costumeiro
de qualquer parto, não depende o seu
reconhecimento de prova pericial (TJSP - SER
Rel.: Gomes de Amorim – RJTJSP nº
172/300)
 Aplicação do princípio do in dubio pro reo
INFANTICÍDIO

CAUSA JURÍDICA DA MORTE:

CAUSAS ACIDENTAIS
X
CAUSAS CRIMINOSAS
PEDOFILIA

A pedofilia (também chamada de


paedophilia erotica ou
pedosexualidade) é a perversão sexual,
na qual a atração sexual de um indivíduo
adulto ou adolescente está dirigida
primariamente para crianças pré-púberes
(ou seja, antes da idade em que a criança
entra na puberdade) ou no início da
puberdade.
ESTATUTO CRIANÇA E
ADOLESCENTE - ECA

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar,


filmar ou registrar, por qualquer meio, cena
de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo
criança ou adolescente
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia,
facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou
adolescente nas cenas referidas no caput
deste artigo, ou ainda quem com esses
contracena
ECA

Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo


ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar,
transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por
qualquer meio, inclusive por meio de sistema de
informática ou telemático, fotografia, vídeo ou
outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente
ECA

Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar,


por qualquer meio, fotografia, vídeo ou
outra forma de registro que contenha cena
de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente
Art. 241-C. Simular a participação de criança
ou adolescente em cena de sexo explícito
ou pornográfica por meio de adulteração,
montagem ou modificação de fotografia,
vídeo ou qualquer outra forma de
representação visual
ECA

Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger,


por qualquer meio de comunicação, criança, com
o fim de com ela praticar ato libidinoso
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta
Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou
pornográfica” compreende qualquer situação que
envolva criança ou adolescente em atividades
sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição
dos órgãos genitais de uma criança ou
adolescente para fins primordialmente sexuais
EXERCÍCIOS REVISÃO

As ausências de espermatozóides na vagina e


no canal anal: (Polícia Civil de SP)
a) Afastam definitivamente a ocorrência de
conjunção carnal e coito anal
b) Afastam definitivamente a ocorrência de
conjunção carnal, mas não a de coito anal
c) Afastam definitivamente a ocorrência de
coito anal, mas não a de conjunção carnal
d) Não afastam definitivamente a ocorrência
de conjunção carnal e de coito anal
EXERCÍCIOS REVISÃO
Uma mulher no terceiro mês de gestação resolve tomar uma
poção indicada por uma aborteira para eliminar a
gravidez. Sofre cólicas intensas, perde moderada
quantidade de sangue, mas não expulsa o concepto. Três
meses depois é submetida a uma cirurgia, com retirada
do útero e dos anexos. Dentro do útero, é encontrado
um feto retraído, como que mumificado, parcialmente
desidratado, com áreas de calcificação. Nesse caso pode-
se afirmar que (PC/RJ):
a) Não houve crime de aborto, pois não houve a expulsão
do concepto
b) Houve apenas tentativa de aborto criminoso
c) Houve crime de autoaborto
d) O aborto só foi consumado por ocasião da cirurgia
e) Houve crime de autoaborto qualificado
EXERCÍCIOS REVISÃO
(Julgue os itens) Em sexologia forense (PC/BA):
a) Bordo himenal em cicatrização e presença de espermatozóides
intravaginal são indicativos de conjunção carnal recente
b) A interrupção da gravidez, com morte fetal após o nascimento,
configura aborto inevitável
c) Uma gestante é internada correndo real e iminente perigo de
vida em função da gestação. O médico, sem pedir seu
consentimento ou da família, realiza o aborto necessário, que
salva a vida da gestante. Nesse caso, o marido pode denunciar o
médico pela prática de aborto não consentido
d) O aborto, em medicina legal, pode ocorrer em qualquer fase da
gestação, antes do parto
e) A violência, em sexologia, pode decorrer de superioridade
numérica, física ou psiquica.
EXERCÍCIOS REVISÃO
(Julgue os itens) Para a Medicina Legal (PC/BA):
a) Puerpério é um período típico durante o qual a
mulher se refaz das alterações ocorridas em seu
organismo, devido a gravidez e o parto
b) A duração média de uma gestação é 280 dias. Sua
duração mínima é de 180 dias e a máxima de 300
dias
c) Para tipificar o infanticídio é dispensável a
comprovação do nascimento com vida
d) Pseudociese é uma gravidez inexistente
e) A relação sexual normal com uma mulher, contra a
sua vontade, é estupro independente da idade
EXERCÍCIOS REVISÃO
Uma mulher grávida faz uma ultrassonografia e contata que seu
feto é portador de graves malformações congênitas. Procura
um obstetra e lhe pede que faça o aborto. O médico faz a
intervenção pedida pela gestante e, semanas depois, é
intimado a comparecer à delegacia policial acusado de crime
de aborto. De acordo com nosso Código Penal, assinale a
alternativa correta em relação à acusação (PC/RJ):
a) Trata-se de aborto eugênico, não permitido
b) O médico agiu dentro da lei por se tratar de aborto
sentimental
c) Trata-se de aborto terapêutico, permitido
d) O médico infringiu apenas o Código de Ética, não violou
norma penal
e) Trata-se de aborto qualificado, punível com aumento de pena
EXERCÍCIOS REVISÃO

(PC/SP) É falsa a seguinte afirmação:


a) a presença de esperma dentro da vagina é
considerada prova de certeza na conjunção carnal
b) escoriações e equimoses nas raízes das coxas e
na vulva são sugestivas de violência sexual
c) a integridade do hímen é prova de que não
houve conjunção carnal
d) para caracterizar-se o estupro não é necessário
comprovar-se a ocorrência de conjunção carnal
EXERCÍCIOS REVISÃO
(PC/SP modificada) Julgue os itens abaixo e
assinale a alternativa correta:
a) para tipificar o infanticídio é dispensável a
comprovação do nascimento com vida
b) a positividade da docimásia hidrostática de Galeno
depende essencialmente dos batimentos cardíacos do
feto ao nascer
c) a docimásia hidrostática de Galeno é utilizada para
comprovar o nascimento com vida independente do
tempo decorrido entre o óbito e o momento do exame do
cadáver
d) puerpério é um período típico durante o qual a mulher
se refaz das alterações ocorridas em seu organismo,
devido a gravidez e o parto.
EXERCÍCIOS REVISÃO

(DP/SP) Por abortamento, em Medicina


Legal, entende-se:
a) a morte do concepto no útero materno, antes
de cinco meses de vida gestacional
b) a morte do concepto no útero materno, com
mais de cinco meses de vida gestacional
c) a morte do concepto no útero materno,
independente da idade gestacional do mesmo
d) a expulsão do concepto do corpo materno, vivo,
porém sem condições de viabilidade
EXERCÍCIOS REVISÃO

(PC/DF) Entre os sinais de convicção, ditos


também de certeza, de conjunção carnal, não
incluímos:
a) presença de rotura recente do hímen
b) detecção de entalhe congênito no exame do
hímen com escoriações e hematomas na vulva
c) presença de esperma no fundo da vagina
d) gravidez
EXERCÍCIOS REVISÃO
Após uma animada festa de formatura da faculdade de
direito, João e José, felizes pela conclusão do curso, decidem dar
carona para duas irmãs que se encontravam na festa, Márcia e
Maria. Estando as meninas em completo estado de embriaguez,
aceitam seguir para a casa de um dos rapazes, na qual passam a
noite toda. Na manhã seguinte, acordam com uma tremenda
ressaca e com vaga lembrança dos fatos. Estão completamente nuas
e com algumas marcas roxas pelo corpo. Ambas são maiores de 18
anos, porém virgens antes do ocorrido. Decidem procurar a
delegacia de polícia mais próxima e acusam João e José de estupro.
O exame pericial de Márcia demonstrou sinais de rotura himenal
recente com espermatozóides na vagina compatíveis com a data do
evento. O exame de Maria evidenciou hímen íntegro, mas foi
possível a coleta de esperma na região anal com espermatozóides
compatíveis com a data do evento.
EXERCÍCIOS REVISÃO
Assinale a afirmativa correta:
a) ambas foram vítimas do crime de estupro com
presunção de violência
b) pode-se excluir o crime de estupro nos dois casos, já
que ambas consentiram (“aceitaram”) com o ocorrido
c) é possível se falar em estupro apenas no caso de
Márcia, mas não de Maria, já que seu exame evidenciou
hímen íntegro
d) pode-se excluir o crime de estupro nos dois casos,
enquadrando a conduta de João e José dentro do
capítulo que trata dos crimes sexuais contra vulnerável
EXERCÍCIOS REVISÃO
Pedro efetuou aborto em Mariana, com o seu
consentimento, e foi condenado à pena de reclusão pela
prática desse ato. Enquanto Pedro cumpre a referida
pena, se vier a ser editada uma lei federal que revogue o
crime de aborto provocado pela gestante ou com o seu
consentimento, cuja conduta é “praticar aborto em si
mesma ou consentir que outrem lho provoque”, a edição
desse ato normativo (PC/DF):
a) não terá efeitos sobre a pena de Pedro, pois a lei que
rege o crime é a do momento da sua consumação e
posteriores modificações legislativas não abarcam
crimes já consumados
EXERCÍCIOS REVISÃO
a) (...)
b) Não terá efeitos sobre a pena de Pedro, em virtude da
proteção constitucional à coisa julgada, que impede a
aplicação de posteriores modificações legislativas a crimes
com sentença transitada em julgado
c) Somente teria efeitos sobre a pena de Pedro caso ele
houvesse sido condenado à pena de detenção, e não de
reclusão
d) Conferirá a Pedro o direito de ser imediatamente solto,
pois a referida lei tem efeitos retroativos e descriminaliza o
ato que motivou a sua prisão
e) Não terá efeitos sobre a pena de Pedro, pois a referida lei
não revoga o tipo penal por cuja prática ele foi condenado
VERIFICAÇÃO DE PRESENÇA DE
SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE EM
CAVIDADES NATURAIS DO CORPO

A fiscalização para evitar a entrada


de substância entorpecente no interior de
áreas de segurança, no Distrito Federal, é
uma das mais rigorosas do país. Isso faz
com que pessoas de ambos os sexos
utilizem as cavidades naturais do próprio
corpo no intuito de adentrar presídios ou
outras áreas de segurança. Essa situação
também ocorre em aeroportos.
VERIFICAÇÃO DE PRESENÇA DE
SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE EM
CAVIDADES NATURAIS DO CORPO
As cavidades oral, nasal e auditiva
são acessíveis à inspeção visual direta. As
cavidades vaginal e retal são facilmente
exploradas pelo toque vaginal ou retal,
podendo-se ainda utilizar instrumentos
como o espéculo vaginal ou o anuscópio.
Quando há fundada suspeita de ingestão
da substância, é necessário realizar
exames de imagem (raios-x, ultrassom,
etc.) para constatar a presença das
substâncias.
CONSTATAÇÃO DE CONTÁGIO VENÉREO

Exame realizado para constatar a


ocorrência de contágio de moléstia pela via
sexual. O médico perito realiza o exame clínico à
procura de sinais macroscópicos de uma
eventual doença venérea.
Se houver necessidade, podem ser
solicitados exames laboratoriais para esclarecer
o diagnóstico.
O perito pode ainda solicitar cópias do
prontuário médico do periciando para esclarecer
se há ou não vínculo entre uma doença venérea
e o contato sexual alegado.
CONSTATAÇÃO DE CONTÁGIO VENÉREO

Os exames de constatação de contágio


venéreo são importantes pois procuram
vestígios materiais de causas de aumento de
pena para o crime de estupro. Assim, o (a)
periciando (a) deve ser orientado (a) a
procurar novamente a delegacia de polícia se
do estupro resultar gravidez ou doença
sexualmente transmissível. Outrossim, a
presença de doença venérea também é
elemento do tipo penal do artigo 130, Perigo
de contágio venéreo.

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