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Bruno: Faz-se uma distinção aí entre t.a. e m.i., mas no catecismo de são pio X,
por exemplo, ambos são.t.a. De fora imprópria, pode-se dizer que até as s.e. são
t.a.
Tradição = tradire
Cat s. p. X
É possível falar um erro sem perceber que é erro. É possível pensar ou dizer uma
coisa incompatível com a Fé (heresia), sem perceber que é incompatível com a Fé.
Todos aqui nessa sala de repente somos hereges materiais, no sentido de crer em
algo incompatível com a Fé sem o perceber. Heresia material n é pecado, mas
devemos evitar e nos livrar tão logo percebamos que é heresia, ou nos
tornaremos... hereges formais!
Heresia material n é pecado, mas a formal é, e afasta da Igreja.
Cat. De S. Pio X:
168) Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se, como
ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta Igreja.
170) Mas quem se encontrasse, sem culpa sua, fora da Igreja, poderia salvar-se?
Quem, encontrando-se sem culpa sua - quer dizer, em boa fé - fora da Igreja,
tivesse recebido o batismo, ou tivesse desejo, ao menos implícito, de o receber e
além disso procurasse sinceramente a verdade, e cumprisse a vontade de Deus o
melhor que pudesse, ainda que separado do corpo da Igreja, estaria unido à alma
dEla, e portanto no caminho da salvação.
- Infalibilidade (o q é).
Cat. S. Pio X.
198) Quando o Papa é infalível?
O Papa é infalível só quando, na sua qualidade de Pastor e Mestre de todos os
cristãos, em virtude da sua suprema autoridade apostólica, define uma doutrina
relativa à fé e aos costumes, que deve ser seguida por toda a Igreja.
- Reconhecimento pontifício.
Bruno: não goza da infalibilidade papal. Nem sequer é emitido pelo papa, e sim
por um dicastério (departamento) pertinente da Santa Sé. É como uma “carteira
de habilitação” para movimentos.
Cân. 320 - § 1. As associações erigidas pela Santa Sé não podem ser supressas, a não ser
por ela mesma.
§ 2. Por causas graves, podem ser supressas pela Conferência dos Bispos as associações
por ela erigidas; pelo Bispo diocesano, as associações por ele erigidas, bem como as
associações erigidas, mediante indulto apostólico, por membros de institutos religiosos
com o consentimento do Bispo diocesano.
§ 3. Uma associação pública não deve ser supressa pela autoridade competente, sem
antes ter ouvido seu moderador e os outros oficiais maiores.*
Escandalos:
A) Um papa é capaz de afirmar heresia, errar no que tange a Fé ou a
Moral?
No começo do século XIV, um Papa, João XXII, impugnou esta tese em seu magistério
ordinário e caiu na heterodoxia. Os católicos mais zelosos de sua época reprovaram-no
publicamente. João XXII – escreveu o cardeal Schuster – “tem graves responsabilidades ante
o tribunal da história (…)”, porque “ofereceu à Igreja inteira o espetáculo humilhante dos
príncipes, do clero e das universidades que voltaram a colocar o Papa no reto caminho da
tradição teológica católica, pondo-o na dura condição de ter que se desdizer” (Ildefonso
Schuster, O.S.B., Gesù Cristo nella storia. Lezioni di storia eclesiastica. Benedictina Editrice,
Roma, 1996, pp. 116-117).
João XXII, aliás Jacques Duèze, foi eleito ao sólio pontifício em Lyon, no dia 7 de agosto de
1316, após dois anos de sede vacante, depois da morte de Clemente XV. João XXII teve que
viver em uma época atormentada da história da Igreja, entre a espada do Rei da França,
Felipe IV, o Belo, e a parede do Imperador Luís IV, da Baviera, ambos inimigos do Primado
de Roma. Para reconfirmar a supremacia do Romano Pontífice contra os impulsos galicanos e
laicistas que serpenteavam, o teólogo agostiniano Agostinho Triunfo (1243-1328) compôs,
por encargo do Papa, entre 1324 e 1328, sua Summa de ecclesiastica potestate. Mas João
XXII entrou em choque com a tradição da Igreja em um ponto de primordial importância.
Em três sermões pronunciados na Catedral de Avignon, entre 1 o de novembro de 1331 e 5
de janeiro de 1332, ele sustentou a opinião segundo a qual as almas dos justos, inclusive
depois de sua perfeita purificação no purgatório, não gozam da visão beatífica de Deus. Só
depois da ressurreição da carne e do Juízo Final é que elas seriam elevadas por Deus à visão
da divindade. Colocadas “sob o altar” (Ap. 6. 9), as almas dos santos seriam consoladas e
protegidas pela humanidade de Cristo, mas a visão beatífica seria adiada até a ressurreição
dos corpos e o Juízo Final (Marc Dykmans em Les sermons de XXII sur la visión
béatifique, Universidade Gregoriana, Roma, 1973, publicou os textos integrais pronunciados
por João XXII; cfr. Também Christian Trottman, La vision béatifique. Des disputes
scolastiques à sa définition par Benoît XII, Ecole Française de Rome, Roma, 1995, pp. 417-
739).
O erro segundo o qual a visão beatífica da Divindade seria concedida às almas não depois do
juízo particular, mas somente após a ressurreição da carne, era antigo e já no século XIII
havia sido refutado por São Tomás de Aquino, sobretudo no De veritate (q. 8 ad 1) e
na Summa Theologica (I. q. 12, ad 1). Quando João XXII voltou a propor este erro, foi
abertamente criticado por muitos teólogos. Entre os que intervieram no debate estavam
Guillaume Durand de Saint Pourcain, bispo de Méaux (1270-1334), que acusou o Papa de
recuperar as heresias dos cátaros; o dominicano inglês Thomas Waleys (1318-1349), que
por sua resistência pública sofreu julgamento e reclusão; o franciscano Nicolás de Lira
(1270-1349) e o Cardeal Jacques Fournier (1280-1342), teólogo pontifício, autor do
tratado De statu animarum ante generale iudicium.
Quando o Papa tentou impor esta doutrina errônea na Faculdade de Teologia de Paris, o Rei
da França, Felipe VI de Valois, proibiu que a mesma fosse ensinada e, segundo conta Jean
Gerson, chanceler da Sorbonne, chegou a ameaçar João XXII com a fogueira caso ele não se
retratasse. Os sermões de João XXII totus mundum christianum turbaverunt [conturbaram
todo o mundo cristão], disse Tomás de Estrasburgo, Mestre dos Eremitas de Santo Agostinho
(cf. Dykmans, op. cit., p.10).
Na véspera de sua morte, João XXII disse que se pronunciou apenas como teólogo privado,
sem impor o magistério que ostentava. Giovanni Villani transcreve em sua Crônica uma
retratação da controvertida tese feita pelo Papa em 3 de dezembro de 1334, um dia antes de
sua morte, pressionado pelo Cardeal Dal Poggetto, seu sobrinho, e por outros parentes. No
dia 20 de dezembro de 1334 foi eleito Papa o Cardeal Fournier, que adotou o nome de Bento
XII (1335-1342).
http://zelozelatussum.blogspot.com.br/2014/12/o-papa-honorio-i-e-sao-maximo-
o.html
Honório I foi um papa legitimamente eleito em 625 e que governou a Santa Igreja até
sua morte que se deu no ano de 638. Portanto governou a Igreja durante 13 anos.Na lista
dos papas legítimos da Igreja, Honório I ocupa o 70º lugar. Dizem os historiadores que
ele foi um ótimo administrador. Reconstruiu o Aqueduto de Trajano e o teto da Basílica
de São Pedro construída por Constantino. Transformou muitos ambientes pagãos em
igrejas cristãs. O essencial, porém, é que um papa seja um muro de bronze contra as
heresias. Mas, infelizmente, não o foi.
Baseada nas Sagradas Escrituras e na Tradição a Teologia Católica sempre ensinou
que em Jesus Cristo há uma só pessoa (a Pessoa Divina do Filho de Deus); mas são duas
naturezas, a divina e a humana, que tem cada uma sua vontade e sua operação; de sorte
que há em Jesus Cristo duas vontades e duas operações, isto é, a vontade e a operação
divina, a vontade e a operação humana.
A heresia que ensinava haver em Jesus Cristo uma só vontade e uma só operação,
chamava-se Monotelismo. E os seus principais chefes foram dois Bispos e Patriarcas:
Sérgio e Pirro. É bom saber que Patriarca era a maior autoridade no Oriente. O Bispo
Sérgio era Patriarca de Constantinopla; e o Bispo Pirro era Patriarca de Alexandria. Diz
São João Bosco que estes dois hereges empregaram toda sorte de meios para arrastar o
Papa Honório I a seu erro. E também o Imperador que, na época, era Constante,
favorecia os hereges. Para este fim o Bispo Patriarca Sérgio escreveu uma carta mui
subtilmente insidiosa ao Papa Honório I. Nesta carta o Bispo Patriarca Sérgio dizia que,
em vista da efervescência de opiniões, seria coisa muito prudente para se evitar tais
discussões e escândalos, proibir que se afirmasse haver em Jesus Cristo uma só vontade
e operação ou duas, e que se impusesse silêncio a respeito. E o Papa Honório I não
tendo advertido o laço que lhe havia armado o Bispo e Patriarca Sérgio, aprovou como
prudente o silêncio aconselhado por este herege. O Papa Honório I em duas cartas
dirigidas ao Bispo Sérgio (Cf. D. 251 e 252) além de expor a doutrina de maneira
ambígua (sobre as duas vontades em Jesus Cristo) cai também na cilada do Bispo e
Patriarca Sérgio. Eis, em resumo, o que escreveu o Papa Honório I nestas cartas ao
Bispo e Patriarca de Constantinopla: 1º - a ambigüidade: Ele afirma que em Jesus
Cristo há uma só vontade. A primeira vista e não lendo todo o contexto, e, sobretudo,
escrevendo para o Bispo Sérgio que erradamente dizia haver uma só vontade em Jesus
Cristo, esta afirmação de Honório I parecia herética. Mas, na verdade, ele queria apenas
dizer uma vontade moral, e não física; em outras palavras, ele queria dizer que em Jesus
Cristo não podia haver duas vontades contrárias, como acontece conosco pecadores, em
que pela concupiscência encontram-se em nós a vontade do espírito e a vontade da
carne. Então todos os teólogos dizem que no contexto a doutrina era ortodoxa, mas dado
o contexto histórico, ou seja, naquelas circunstâncias, o Papa Honório I deu ocasião para
ser mal interpretado, ou melhor dizendo, ele deu azo para ser malevolamente
interpretado pelos hereges monotelitas.
Além desta falha, ou seja a ambigüidade, que é sempre um mal, mas que se torna mais
desastrosa na época de heresia, Honório I teve uma outra falha não menos perniciosa:
foi negligente e consequentemente imprudente, fazendo não o que os teólogos
ortodoxos, como São Máximo monge e São Sofrônio bispo, ensinaram segundo a
Tradição e as Sagradas Escrituras, mas deu ouvidos com facilidade, para não dizer com
displicência, aos Bispos e Patriarcas hereges Sérgio e Pirro.
Eis algumas de suas palavras: "Não nos devemos preocupar em dizer ou entender que
em Jesus Cristo, por causa das obras da divindade e da humanidade, seja uma ou duas
operações. Deixamos estas coisas para os gramáticos discutirem... Nós, porém, não
percebemos pelas Sagradas Escrituras, se (em Jesus Cristo) é uma ou se são duas
operações, mas vemos que Ele opera de muitas maneiras."... "Portanto, para evitar o
escândalo de uma nova invenção, não nos interessa pregar definindo se é uma ou se são
duas operações". E depois o Papa Honório I diz que se pode falar em duas naturezas,
mas não se deveria empregar a expressão "duas operações". Em latim está assim:
"ablato geminae operationis vocabulo".
Agora vejamos a atitude de São Máximo, o Confessor. Na verdade, não foi só ele que
não obedeceu ao Papa Honório I, mas, entre muitos outros podemos citar ainda: São
Sofrônio que era Bispo e dois discípulos de São Máximo ambos chamados Anastácio.
Um era núncio do Papa, e o outro era monge. Mas vamos falar só de São Máximo, o
Confessor. D. Antônio de Castro Mayer na sua carta pastoral "Aggiornamento e
Tradição" diz: "Entre os que continuaram a ensinar as duas vontades em Jesus
Cristo está o grande São Máximo, chamado o Confessor porque selou com o
martírio sua fidelidade à doutrina católica tradicional".
São Máximo se tornou um dos homens mais sábios do século VII. Sua capacidade era
tanto mais notável quanto a cobria uma grande humildade.
Embora em consciência viu claramente que não podia obedecer ao Papa Honório I, no
entanto, nunca lhe faltou o respeito, e na medida do possível, procurou até defender o
Papa Honório I. Por exemplo, numa carta a um padre chamado Marino, São Máximo
faz ver que os Santos Padres da Igreja reconhecem em Jesus Cristo duas vontades e diz:
"Eu estou mesmo persuadido de que o Papa Honório, falando em sua carta a Sérgio
de uma vontade, não negou as duas vontades naturais, mas ao contrário, as
estabelece. Pois ele somente negou a vontade carnal e viciosa. A razão que dá prova-
o, isto é, que a divindade tomou nossa natureza e não nosso pecado".
São Máximo, apesar da proibição do Papa Honório I, teve uma disputa pública com o
Bispo Pirro, Patriarca de Alexandria, e companheiro de heresia do Bispo e Patriarca
Sérgio. Pois bem! São Máximo conseguiu refutar o Bispo Pirro e este terminou
abjurando a heresia do monotelismo. Mas, talvez influenciado pelas fraquezas que teve
o papa Honório I, infelizmente recaiu na heresia.
Como acontecera com o Arianismo, favorecido pelo Papa Libério (embora isto seja
nebuloso) e pelos imperadores, e, por outro lado, combatido por mais de quarenta anos
seguidos por Santo Atanásio, o Monotelismo foi favorecido pelo Papa Honório I e
também pelos imperadores.
Quase 1200 anos mais tarde, se discutia no Concílio Vaticano I, a proclamação do
dogma da Infalibilidade papal, e os adversários da definição, puseram sobre o tapete a
chamada questão de Honório I, e se procedeu a um estudo de todas as fontes
documentais e se rechaçou a objeção como infundada.
1º - A defesa de Honório I, feita pelo próprio São Máximo, como já vimos.
2º- A defesa feita por alguns papas. Por exemplo: o Papa João IV (640-642) dá, das
palavras de seu antecessor o papa Honório I, a mesma explicação dada por São
Máximo, que referimos acima.
3º - A maior objeção contra Honório I, foi o III Concílio de Constantinopla, que foi o
VI Concílio Ecumênico na Igreaja (680). Neste Concílio os bispos (que eram em
número de 160) condenaram os monotelitas como hereges e entre eles o papa Honório I.
Mas é preciso lembrar uma verdade básica sobre um Concílio Ecumênico. E é o
seguinte: Os bispos num Concílio Ecumênico são infalíveis em questão de fé e moral.
Mas não podemos esquecer que para tanto é absolutamente necessária a confirmação do
Papa. Do contrário não é infalível. Pois bem! O que aconteceu neste Concílio de
Constantinopla III? Todos os bispos condenaram o Papa Honório como herege. Mas o
Papa São Leão II, não aprovou esta condenação de Honório I como herege. É certo que
aprovou a condenação dos monotelitas como hereges. Mas quanto ao Papa Honório I,
aprovou a sua condenação, ou seja, o lançamento do anátema, não por ter sido herege,
mas por ter favorecido a heresia por sua ambiguidade, negligência e omissão. Eis então
a condenação do Papa Honório I feita pelo Papa São Leão II: "Anatematizamos
também Honório (Papa) que não ilustrou esta Igreja Apostólica com a doutrina da
tradição apostólica, mas permitiu, por sua traição sacrílega, que fosse maculada a fé
imaculada (...) "e não extinguiu, como convinha à sua autoridade apostólica, a
chama incipiente da heresia, mas a estimulou por sua negligência". ( Denz-Sch. 563
e 561).
O Papa Adriano II diz que Honório I foi condenado pelos bispos orientais como
herético. Sabemos que os bispos reunidos no 3º Concílio de Constantinopla realmente
incluíram o papa Honório I na condenação dos monotelitas como hereges. Mas, como
acabamos de ver, a decisão de um Concílio mesmo Ecumênico, depende da aprovação
do Papa. E São Leão II aprovou o anátema contra os monotelitas por serem heréticos,
mas, quanto ao papa Honório I, lançou um anátema em separado, ou seja, como
favorecedor de heresia por ambiguidade, negligência e omissão. E, em um papa, estas
faltas são realmente merecedoras de anátema.
Vamos resumir aqui as falhas do Papa Honório I:
1º - O Papa Honório I foi ambíguo em expor a verdade. E isto é objetivamente muito
grave da parte de um papa. E se torna mais grave ainda se a ambiguidade é sobre uma
verdade pregada pela Tradição da Santa Igreja e que está sendo negada pelos hereges
como foi o caso. E vejam bem, caríssimos leitores. Apesar de alguns papas sucessores
de Honório I terem procurado dar a interpretação ortodoxa da exposição ambígua de
Honório I, no entanto, a heresia continuou, alimentada sempre pela fraqueza de Honório
I. A ambiguidade é como algo inflamável. Mas, se uma tubulação de gaz está com
algum vazamento, é claro que as pessoas de bem evitarão qualquer faísca; mas, não
faltará um terrorista para lançar de propósito a faísca. Então, não é suficiente, colocar
um aviso alertando para o perigo. Chama-se imediatamente o Corpo de Bombeiros para
eliminar o vazamento. Na verdade, o papa Honório I fora ambíguo. Não resolveu o
problema o fato de alguns papas sucessores de Honório alertarem para não se lançar
nenhuma faísca herética. Mas a ambiguidade continuava. Consequentemente também o
perigo. Então, que fez o Papa Leão II. Eliminou a causa, eliminou a mal pela raiz.
Condenou o Papa Honório I pela sua ambiguidade e negligência. E, assim, a heresia do
Monotelismo só acabou mesmo depois que São Leão condenou expressamente e de
maneira enérgica, as falhas de Honório I. E, para sermos mais preciso, a heresia ainda
sobreviveu alguns poucos anos após a condenação de Honório feita pelo Papa São Leão
II; mais ou menos como uma roda de uma máquina que, mesmo depois de desligada da
energia elétrica, ainda trabalha mais um pouco pelo impulso anteriormente recebido. É
bom, caríssimos leitores, para se avaliar melhor o mal que Honório I causou à Igreja,
saber que a heresia do Monotelismo durou mais de 40 anos. O papa Honório I morreu
no ano de 638 e o Papa São Leão II condenou-o no ano 680.
2º- Além da ambiguidade, a segunda falha do Papa Honório I foi a imprudência.
Se o pastor e guia, não vigia, ai do rebanho!!! Os hereges, sobretudo os saídos da
própria hierarquia da Igreja (e a maioria o é) são astutos, são lobos com peles de ovelha.
Então, o guia supremo da Igreja, o Papa, deve estar muito atento para não cair nas
ciladas dos seus inimigos. Aliás, não é precisamente isto que a Santa Madre Igreja nos
ensina a rezar?! ..."et non tradat eum in animam inimicorum ejus"? (Oração pelo Sumo
Pontífice na bênção do SS. Sacramento). E pedimos a Deus na Ladainha de Todos os
Santos: "Para que Vos digneis conservar em santa Religião o Sumo Pontífice".
Como diz São Leão II, a atitude de Honório I foi uma "traição sacrílega", porque,
como papa, ele tinha obrigação de vigiar e, notando que a fumaça, ou melhor, a chama
de Satanás estava começando, ele, como autoridade apostólica e suprema, tinha o grave
dever de extingui-la inteira e imediatamente; e, não só não o fez, mas alimentou esta
mesma chama com a ambiguidade e negligência e, sobretudo tendo a fraqueza de impor
silêncio aos santos e doutos homens da Igreja, São Máximo e São Sofrônio que
defendiam a verdade contra os bispos e patriarcas hereges. Ainda bem que estes
homens, hoje canonizados pela Igreja, não obedeceram ao Papa Honório I. Não faltaram
o respeito ao Papa Honório I, que favorecia a heresia; nem tão pouco caíram no
SEDEVACANTISMO.
Para terminar,vejamos as lições que nos dá São Máximo, o Confessor: Quando um
papa, por sua negligência e/ou imprudência, favorece a heresia, em consciência diante
de Deus, não podemos obedecer; não podemos segui-lo. Aí, devemos obedecer antes a
Deus que aos homens. O Papa Honório I proibiu que se falasse em duas operações em
Jesus Cristo. São Máximo não obedeceu e continuou pregando a verdade da Tradição.
Talvez, na época, o monge Máximo fosse considerado desobediente e rebelde. Mas hoje
sabemos que um papa e aliás, um papa santo, ou seja São Leão II condenou o Papa
Honório I como Traidor da Tradição; e o monge Máximo foi canonizado pela Igreja e
recebeu o epíteto de "o Confessor". De fato desobedeceu ao Papa, para confessar a
Tradição.
O que o Papa Honório I fez moralmente contra São Máximo, fê-lo também
fisicamente o Imperador que era monotelita. Este também proibiu São Máximo de
continuar pregando que em Cristo há duas operações e duas vontades. Como São
Máximo não obedeceu, o imperador mandou o carrasco lançá-lo na prisão, açoitá-lo e
finalmente mandou cortar-lhe a língua e a mão direita.
São Máximo é venerado na Igreja como mártir e "o Confessor" no dia 13 de agosto.
Caríssimos e amados leitores, invoquemos a São Máximo que nos obtenha junto a
Nosso Senhor Jesus Cristo as luzes e a força necessárias para defendermos a Santa
Madre Igreja contra as ciladas dos modernistas, contra a fumaça de Satanás, contra a
autodemolição desta amada "Esposa de Nosso Senhor Jesus Cristo". Peçamos,
outrossim, a Nosso Senhor Jesus Cristo que nos livre do Sedevacantismo; que nos livre
de toda rebelião contra a autoridade em si. Que nos dê a firmeza para obedecermos
antes a Deus que aos homens, quando as autoridades legítimas nos mandarem algo
contra a Lei de Deus. Mas, mesmo nestes casos de resistência às autoridades, que Deus,
Nosso Senhor, nos guarde de qualquer desrespeito, insulto à autoridade em si mesma.
Amém!
C). Favorecer hipócritamente um erro (Pedro)
2 — 1 Catorze anos depois, subi novamente a Jerusalem
com Barnabe, tomando tambem comigo a Tito.
2 Subi, em consequencia de uma revelacao; conferi
com eles o Evangelho que prego entre os gentios e (conferi)
particularmente com aqueles que eram de maior
consideracao, a flm de nao correr ou de nao ter corrido
inutilmente. 3 Ora nem mesmo Tito, que estava comigo,
sendo grego, foi obrigado a eircuncidar-se, 4 e isto por
causa dos falsos irmaos, que se intrometeram a espiar
a liberdade, que temos em Jesus Cristo, para nos reduzirem
a escravidao (querendo obrigar-nos a observancia
dos ritos mosaicos), b Aos quais, nem um so instante,
cedemos, para que permaneca entre vos a verdade do
Evangelho. 6 Quanto porem aqueles que tinham grande
autoridade, (quais tenham sido noutro tempo, nao me
importa, pois Deus nao faz acepcao de pessoas) esses,
digo, que tinham grande autoridade, nada me impuseram.
7 Autes pelo contrario, tendo visto que me tinha
sido couQado o Evangelho para os nao circuncidados,
como a Pedro para os circuncidados, 8 (porque quem
fez de Pedro o Apostolo dos circuncidados. tambem fez
de mim o Apostolo dos gentios) 9 e tendo reconhecido
a graca qne me foi dada, Tiago, Cefas e Joao, que eram
considerados as colunas (da Igreja), deram as maos a
mim e a Barnabe, em sinal de comunhao, para que
fossemos aos gentios, e ele aos circuncidados, 10 (recomendando)
somente que nos lembrassemos dos pobres
(da Jud eia); o que eu fui solicito em cumprir.
11 Mas, tendo vindo Cefas a Antioquia, eu lhe R
resisti na cara, porque merecia repreensao, 12 pois Antio-”
que antes que chegassem alguns de Tiago, ele comia quia.
com 08 gentios, mas, depois que chegaram, retirava-se
€ separava-se (dos gentios), com receio dos que eram
circuncidados. 13 Us outros judeus imitaram-no na
sua dissimulacao, de sorte que ate Barnabe foi induzido
por eles aquela simulacao. 14 Porem eu, tendo
visto que eles nao andavam direitamente, segundo a
verdade do Evangelho, disse a Cefas, diante de todos:
≪Se tu, sendo judeu, vives como gentio e nao como
judeu, por que obrigas os gentios a judaizar?≫
15 Nos somos judeus, por nascimento, e nao pecadores
dentre os gentios.
http://permanencia.org.br/drupal/node/994#footnoteref25_kxllfuz
https://sumateologica.wordpress.com/2014/07/01/tomas-responde-e-licito-julgar/
- Desobediência e cisma
CDC 1983
Cân. 752 - Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade
deve ser prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao
exercerem o magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando
não tenham a intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto, os fiéis procurem
evitar tudo o que não esteja de acordo com ela.
Bruno: Mas fica óbvio, portanto, que tais coisas valem diante de ordens aceitáveis. Diante
de coisas inaceitáveis, não valem.
É necessário ver qual é a matéria emitida pelo Pontífice. Se for irrepreensível, devemos nos
submeter. Se for iníqua ou em virtude de um espírito iníquo, não podemos nos submeter, e
isto não configurará ato cismático.
https://www.fsspx.com.br/quando-obedecer-e-rebeldia/
O grande São Bernardo ensina: “Aquele que faz um erro porque lhe mandam, faz menos um ato de
obediência que de rebeldia. Faz uma inversão das coisas: deixa de obedecer a Deus, para obedecer aos
homens”. (Cf. Oeuvr Completes de S. Bernard, Charpentier, Tomo I, Episto VII).
http://recadosdoaarao.com.br/carrega.php?cat=22&id=5150
Estado de necessidade
https://www.fsspx.com.br/breve-catecismo-do-estado-de-necessidade/
CDC 1983
Cân. 1323 - Não é passível de nenhuma pena, ao violar a lei ou o preceito: 1º quem
ainda não completou dezesseis anos de idade;
2º quem, sem sua culpa, ignorava estar violando uma lei ou um preceito; a inadvertência
e o erro equiparam-se à ignorância;
3º quem agiu por violência física ou por caso fortuito, que não pôde prever ou, se
previu, não pôde remediar;
4º quem agiu forçado por medo grave, embora relativo, ou por necessidade, ou por
grave incômodo, a não ser que se trate de ato intrinsecamente mau ou que redunde em
dano das almas;