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ALTAS TEMPERATURAS
Rio de Janeiro
Junho de 2014
ANÁLISE ACOPLADA DE TEMPERATURA E UMIDADE NO CONCRETO EM
ALTAS TEMPERATURAS
Examinada por:
________________________________________________
Prof. Fernando Luiz Bastos Ribeiro, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Romildo Dias Toledo Filho, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Samir Maghous, D.Sc.
ii
Alves, Lais Amaral
Análise Acoplada de Temperatura e Umidade no
Concreto em Altas Temperaturas / Lais Amaral Alves. –
Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2014.
XI, 65 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Fernando Luiz Bastos Ribeiro
Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de
Engenharia Civil, 2014.
Referências Bibliográficas: p. 54-65.
1. Modelagem numérica. 2. Temperatura. 3. Umidade.
I. Ribeiro, Fernando Luiz Bastos. II. Universidade Federal
do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de Engenharia
Civil. III. Título.
iii
iii
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Junho/2014
iv
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
June/2014
This work presents a hygro-thermal model based on the finite element method,
with applications in concrete structures. The mathematical model consists of a system of
two convection-diffusion equations that describe the phenomena of mass and heat
transfer in a porous media subjected to high temperatures. The results obtained are
compared with results observed in literature.
v
Com todo carinho e amor para as pessoas que fizeram tudo na vida para que eu pudesse alcançar meus
sonhos, por me motivar e me dar a mão quando sentia que o caminho terminava, a vocês, para sempre,
meu coração e meu agradecimento.
vi
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.................................................................................................. xi
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
vii
2.6. Descrição do fenômeno spalling...................................................................... 21
5. RESULTADOS ...................................................................................................... 42
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Formas diferentes da água no concreto (baseado em KHOURY et. al., 2002).
........................................................................................................................................ 17
Figura 3 – Formação da zona seca, adaptado de Consolazio et. al. (1997). ................... 22
Figura 10 – Gráfico das funções para a pressão de saturação, construído a partir das
tabelas da ASME, 1967. .................................................................................................. 41
ix
Figura 20 – Gráficos da evolução da temperatura para uma seção transversal distante 17
cm da extremidade AB, para a permeabilidade elevada. ................................................ 49
x
LISTA DE TABELAS
xi
xi
1. INTRODUÇÃO
1.1. Justificativa
O concreto é um material poroso, cujos poros estão preenchidos com água e ar. Suas
propriedades e comportamento são influenciados pelo teor de umidade, e altas
temperaturas causam a evaporação da água nos poros do concreto. Quando a
permeabilidade do concreto é baixa, a taxa de evaporação de água excede a taxa de
transferência de vapor, aumentando a pressão nos poros do concreto e induzindo o
fenômeno de spalling na superfície do concreto, que consiste em fissuras localizadas,
que não permitam o alívio da pressão, seguidas, possivelmente, de explosões e
remoção do material na superfície em regiões com pressões mais altas.
vigas, assim como explosão de pedaços de pilares, vigas e lajes, reconhecendo quatro
tipos diferentes de spalling: de agregados; desplacamento de canto; desplacamento de
superfície; e defragmentação explosiva. Essa categorização tem sido adotada pela
maioria dos pesquisadores no estudo do fenômeno em concreto.
Bazant et al. (1979, 1981), com base na teoria proposta por Luikov (1966),
apresentaram equações simplificadas para transferência de calor e umidade acoplada
no concreto em altas temperaturas. Usando dados obtidos experimentalmente por
Chapman et al. (1971), a equação do fluxo de massa foi apresentada de forma
simplificada, em função apenas do gradiente de pressão.
Formulações do método dos elementos finitos para o modelo proposto por Bazant et
al. (1979,1981) para análise de transferência de calor e umidade no concreto podem
ser observadas em Bazant et al. (1996) e Benes et. al. (2013), para meios porosos, e
Li et. al. (2010), para concretos de alto desempenho.
Gawin et. al. (1999) e Dal Pont et. al. (2007), além da análise higro-térmica,
acrescentam ao estudo o comportamento mecânico previsto em concretos expostos a
altas temperaturas. Os autores afirmam que a avaliação dos processos de transferência
de calor, umidade e massa do material, incluindo os efeitos de falha, dependem do
conhecimento das equações de transferência de calor e massa. O trabalho apresenta a
discretização das equações que governam o problema pelo método dos elementos
finitos no espaço e pelo método das diferenças finitas no tempo.
Ichikawa (2000) apresenta em sua tese de doutorado, após uma revisão bibliográfica
da literatura até o ano de elaboração, um modelo matemático e computacional para
prever alterações em temperatura, umidade e poro-pressão, que levariam ao spalling
do concreto. O sistema de equações para transferência de calor e umidade em uma
dimensão no concreto e a hidratação do material, que depende da temperatura
exposta, é resolvido pelo método dos elementos finitos. Na análise numérica, o autor
analisa as propriedades da água, como pressão, densidade e viscosidade, por equações
formuladas.
Phan et al. (1999) realiza um programa experimental para comprovar o efeito de altas
temperaturas nas propriedades mecânicas do concreto. A formulação matemática do
problema termo-higro-mecânico acoplado para meios porosos não-saturados pode ser
observado em Obeid et. al. (2001). Em Phan et. al. (2011), o modelo é acoplado à
critérios de flambagem para spalling progressivo. Davie et. al. (2012) investiga,
através do modelo higro-térmico-mecânico, os aspectos da permeabilidade na
modelagem do concreto em altas temperaturas. Segundo o mesmo modelo, Bosnjak et
5
Como limitante dos estudos apresentados pode ser observado a temperatura máxima.
Gawin et. al. (2002) apresenta um modelo para análise do comportamento do concreto
em temperaturas excedendo o ponto crítico da água (374,15°C), onde a distinção
entre fase a líquida e gasosa não existe. Como consequência, a pressão capilar não
tem mais significado físico e água líquida só está presente como água hidratada
(quimicamente ligada à pasta de cimento). Os autores consideram a dilatação térmica
da água no estado líquido e o comportamento real do vapor de água próximo à
temperatura crítica da água.
Em Witek et. al. (2007) é realizada uma análise por elementos finitos de métodos
diferenciados para proteção de estruturas de concreto contra o spalling em situação de
incêndio. Os autores apresentam um modelo matemático para o comportamento
termo-higro-mecânico em materiais porosos heterogêneos. Algumas modificações
necessárias para analisar o comportamento do concreto com fibras de polipropileno,
como a influência na permeabilidade e nas propriedades térmicas, são introduzidas e
validadas experimentalmente.
Um modelo macroscópico formulado pelo método dos elementos finitos para prever a
resposta ao fogo de membros de estruturas de concreto armado é demonstrado em
Kodur et. al. (2009). O modelo considera fatores críticos que devem ser previstos em
cálculos para estruturas baseadas na resistência à altas temperaturas. Os autores
sugerem que o spalling ocorre quando a poro-pressão em um elemento no material
ultrapassa a sua resistência à tração. Este elemento então é retirado da seção
transversal. A seção de concreto reduzida e as novas condições de contorno são
consideradas nas análises térmicas e de deformações subsequentes.
Wu et al. (2009) estabeleceram um modelo para vigas de concreto armado sob altas
temperaturas usando o princípio do trabalho virtual. Gawin et al. (2009) definem
parâmetros de spalling, baseado em diferentes mecanismos de colapso apresentando
resultados de simulações feitas através de modelo matemático, formulado em
elementos finitos, para concreto de alto desempenho. Ozbolt et. al. (2010) acrescenta
ao fenômeno de transporte, o efeito da degradação no concreto previsto em um
modelo numérico 3D para o transporte de água capilar, oxigênio e cloreto.
7
8
2. PROPRIEDADES DO CONCRETO
EM ALTAS TEMPERATURAS
2.1.1. Densidade
Segundo Hamarthy et al. (1973), a pressão constante, o calor específico, c p , pode ser
H
cp (1)
T p
Segundo Browne (1967), o calor especifico de concretos está situada entre 0,5 e 1,13
kJ kg-1 K-1. Carman et al. (1921) afirmam que mudanças no tipo de agregado,
proporções da mistura e idade do concreto não têm grande efeito no calor específico à
temperaturas ambientes.
H H d
cp (2)
T p , p ,T dT
H
cp (3)
T p ,
H
H p (4)
p ,T
d
c p c p H p (5)
dT
Isto ocorre, segundo Blundell et. al. (1976), devido a vaporização rápida da água livre
em concretos com maiores valores de umidade. Para concretos inicialmente úmidos, o
aquecimento até aproximadamente 90°C pode causar uma elevação rápida e
temporária do calor específico de duas a três vezes maior em magnitude que o valor
inicial. Ao atingir aproximadamente 150°C, o calor específico é praticamente o
11
12
De acordo com Bazant et al. (1996), é uma propriedade térmica definida pela razão
do fluxo de calor pelo gradiente de temperatura, e representa o fluxo uniforme de
calor que atravessa um concreto de espessura unitária sobre uma área unitária sujeita a
diferença de temperatura entre as duas faces.
L L T (6)
13
14
Naus (2005) apresenta como limites para a dilatação térmica do concreto os valores
2,2 × 10-6 e 3,9 × 10-6 mm/mm/°C. Além dos limites, o autor apresenta o valor 3,1 ×
10-6 mm/mm/°C como o mais comum.
k
D (7)
c
autores também observaram que a mudança no traço do concreto não surtiu grandes
alterações no valor da difusividade térmica.
15
16
O concreto é considerado um meio multifásico que pode ter seus vazios (poros)
cheios de combinações diferentes entre as fases líquida e gasosa da água. A água
capilar (Figura 1) é a água que permanece nos vazios do concreto após todo o cimento
ser hidratado. É mantida pela tensão capilar em vazios menores (vazios capilares com
0,005 a 0,05 μm), diferente da água denominada água livre, que constitui 70 a 80% da
umidade e representa a parte da água referenciada nas tabelas termodinâmicas,
presente nos vazios maiores (>0,05 μm) (FERREIRA, 2011). Enquanto a remoção da
17
água livre não causa alteração no volume de concreto, a remoção da água capilar
causa a retração do sistema. Uma das principais conclusões do trabalho de Bazant
(1978) é que os espaços dos poros disponíveis para água livre aumentam com a
temperatura e com a pressão. Isto ocorre, em parte, pelo aumento no espaço total nos
poros, devido à diminuição da parcela de água adsorvida.
A água adsorvida (Figura 1) é consiste nas moléculas de água mais próximas das
superfícies sólidas, fisicamente ligadas a esta superfície sob a influência de forças
atrativas, por exemplo, através de pontes de hidrogênio. A perda desta água é a
principal causa da retração por secagem. A água hidratada, observada na Figura 1, é
parte da composição química dos hidratos da pasta de cimento. Essa água não se
perde por secagem, apenas por decomposição dos hidratos aquecidos.
17
18
Phan et al. (1996) caracterizou três estágios para a relação resistência à compressão-
temperatura. O primeiro sendo o estágio de perda de resistência inicial, entre a
temperatura ambiente até uma temperatura entre 100°C e 200°C; o segundo, chamado
estágio de recuperação e estabilização, está na faixa de entre 100°C a 200°C até entre
400°C e 450°C; e o terceiro estágio de perda permanente de resistência inicia entre
400°C e 450°C.
20 100 100
125 105 95
200 95 80
300 75 55
400 45 20
21
22
atua como barreira para o escoamento do fluido, a pressão nos poros aumenta. Estas
pressões podem localmente ultrapassar a resistência à tração do concreto e iniciar o
spalling (Figura 5). De acordo com Ichikawa (2000), a taxa de aquecimento,
permeabilidade e o teor inicial de umidade afetam diretamente o acúmulo de poro-
pressão.
produtos anidros e água. A água livre que é liberada absorve calor e entra em
ebulição. A reação de desidratação atinge progressivamente vários produtos
hidratados que formam o concreto – conforme a temperatura aumenta, a quantidade
de água livre cresce e mais água passa para o estado de vapor. Devido a baixa
permeabilidade do concreto, a taxa de formação de água após a desidratação supera o
deslocamento da água líquida e do vapor d’água. Desta forma, a pressão nos poros
aumenta, formando a base para o fenômeno de spalling, que causa o deslocamento da
camada externa do material. Observa-se também que o pico de pressão se desloca na
direção da menor temperatura, aumentando progressivamente o seu valor.
25
3. MODELO MATEMÁTICO
O modelo descrito a seguir foi proposto inicialmente por Bazant et al. (1978),
aprimorado por Bazant et al. (1996) e Tenchev et al. (2001), e tem como base os
fenômenos de transferência de umidade e calor em meios porosos. Consiste em um
modelo macroscópico simplificado para prever os fenômenos de transferência de
calor e umidade no concreto.
A umidade w é dada pela massa de água livre (nas fases líquido e vapor, não
hidratada) por m3 de concreto, ou seja, toda água que pode ser evaporada a uma
determinada temperatura. Os coeficientes aww , awT , aTw e aTT dependem de w e T,
25
26
forma,
w w
J aww p awT aww T (10)
p T
J ap (12)
A lei de Darcy pode ser aplicada em meios saturados e não-saturados, desde que a
pressão nos poros do concreto não-saturado seja interpretada como a pressão de
vapor, e não a pressão de água no estado líquido.
Aplicando a regra da cadeia também na equação (9), o fluxo de calor pode ser escrito
na forma,
w w
q aTw p aTw aTT T (13)
p T
Fourier, obtém-se,
q bT (14)
27
w wd
J 0 (15)
t t
T w
C Ca Cw J T q 0
t t
(16)
w p w T w
ap d (17)
p t T t t
27
28
w p w T
Ca Ca C aCwp T bT 0 (18)
p t T t
25
15
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Temperatura (°C)
A partir de dados experimentais obtidos por England et al. (1970) e Zhukov et. al.
(1971), Bazant et al. (1978) propõe uma equação de estado da água, para
h p ps T 0,96 , considerando que a geometria dos poros não varia e
onde,
T 10
2
m T 1, 04 (20)
22,34 T0 10 T 10
2 2
O gráfico desta equação de estado, equação (19), está apresentado na Figura 7, com a
umidade w no eixo vertical e a temperatura T e a pressão p nos eixos horizontais.
29
30
w w1
1 0,12 h 1, 04 (21)
c c
Devido à grande variedade no tamanho dos poros no concreto e a troca lenta de água
entre os poros maiores e menores, é provável que pressões de saturação maiores se
desenvolvam antecipadamente em poros menores. Desta forma, deve-se prever uma
região de transição entre os estados não-saturado e saturado no concreto.
Para 0,96 h 1, 04 , Tenchev et al. (2001) introduz uma equação de estado para as
regiões de transição,
w104 w96
h 0,96
w w96
(22)
c c 1, 04 0,96
31
32
1 mT
w
w96 c 1 0,96 (23)
c
w
w104 c 1 1 0,12 1, 04 1, 04 w1 (24)
c
T
wd 0, 04 1 c, para 100C T 700C (26)
100
p p
em 1 condições de contorno essenciais (28)
T T
J n Bw pb pen
em 2 condições de contorno naturais (29)
q n BT Tb Ten Cw J n
p p0
para t 0 (30)
T T0
33
34
4. MODELO NUMÉRICO
p T
c pp c pT v pp p v pT T q pp q pT Qp (31)
t t
p T
cTp cTT vTp p vTT T qTp qTT QT (32)
t t
c pp c pT cTp cTT
onde os coeficientes , , e são iguais a,
c pp w p (33)
c pT w T (34)
cTp Ca w p (35)
cTT Ca w p C (36)
v pp v pT = vTp = 0 (37)
p
x
vTT aCw (38)
p
y
q pp J (39)
qTT q (40)
q pT qTp 0 (41)
35
wd
Qp (42)
t
QT 0 (43)
M A K Q (44)
p
(45)
T
p
t
T
t (46)
w w
p
T
M
w w
Ca p Ca p C
(47)
0 0 0 0
A A A ; A ; A
0 aCw p
x
0 aCw p
x y y
(48)
x y
p p
x x y
; ; (49)
x T y T
y x y
K x a 0
K ; K (50)
K 0 b
y
35
36
wd
Q t (51)
0
p n pj
Nj (52)
T j 1 Tj
e considerando o resíduo,
R
R M A ( K ) Q
p
(53)
RT
a formulação de Galerkin consiste em resolver a formulação variacional,
R
w
w
d R p p RT T
w
d (54)
M A ( K ) Q d 0
w
onde,
pw
w
w
(55)
T
MG K G F G (56)
onde,
c pp Ni N j c pT Ni N j
M ijG d ;
cTT Ni N j
(57)
c N Nj
Tp i
Ni k pp N j Ni v pp N j Ni k pT N j Ni v pT N j
KijG d ;
Ni kTT N j Ni vTT N j
(58)
Ni kTp N j Ni vTp N j
37
Qp Ni d Ni (q pp n q pT n) d
Fi
G
(59)
QT Ni d Ni (qTp n qTT n) d
Com a presença dos termos convectivos nas equações (31) e (32), a utilização pura e
simples do método de Galerkin conduz a oscilações numéricas, que podem ser
estabilizadas adicionando-se à forma variacional (54) os termos de ponderação de
Petrov-Galerkin, resultando na formulação estabilizada Streamline Upwind Petrov-
Galerkin (SUPG),
d 0
nel
R d R R
w w
(60)
e 1
e
nel
onde, o símbolo e1
significa montagem de matrizes de elementos, é a matriz de
pp pT
(61)
Tp TT
e,
R
v pp p v pT T
w w
p
R (62)
w
RT vTp p vTT T
w
M G
M supg K G K supg FG F supg (63)
onde,
nel m pp m pT
M ijsupg d
e 1 mTp mTT
e (64)
Sendo,
e,
nel k pp k pT
Kijsupg d
kTT
(73)
e 1 kTp
e
onde,
f
Fi supg p d (78)
T
f
onde,
M K F (81)
n 1 n (1 ) t n
i 0
i ( preditor )
n 1 n 1
0
i
n 1
R Fn 1 M n 1 K ni 1
i i
(82)
ni 11 M* R i
1
ni 11 ni 1 ni 11
i 1 ( fase corretora )
n 1 n 1 t n 1
i i 1
i i 1
M M k t
*
h 0,96 , 0,96 h 1, 04 e h 1, 04 ,
w c s1 d4
p d4 p
h 0,96 (83)
w ln s ps T
c s1 d4 d6 2
T d4 d 4 ps
39
40
w w
12,5 c w096 1 096
w
p ps 0,96 h 1, 04 (84)
w 1 1
2 d8 2 d9
T d 4 d4
w 0,12 w1
p ps
h 1, 04 (85)
w 0,12 w1 p ps T
T ps2
d1 T 10
2
(86)
d2 T0 10
2
(87)
d3 22,34 d2 d1 (88)
d
d 4 1, 04 1 (89)
d3
2T 10 d1 2T 10
d5 (90)
d3 d32
2(T 10) d1 2T 20
d6 (91)
d3 d32
d7 h 0,96 (92)
w w
d8 12,5 w096 d5 ln l d 7 1 096 (93)
2
w
d9 12,5 c 096 d 7 d6 ln l
2
(94)
c
w1 p
s (95)
c ps
0,96 w1
l (96)
c
41
ps 0,8567T 3 253, 01T 2 30886T 1 106 , 150C T 200C (97)
345, 42T 2 107215T 9 106 , 200C T 250C
536,89T 2 203314T 2 107 , 250C T 300C
3, 4077T 2516,9T 7 10 , 300C T 374,15C
2 7
25
2° grau
20
Pressão de saturação (MPa)
2° grau
15 2° grau
3° grau
3° grau
10
3° grau
5 3° grau
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Temperatura (°C)
Figura 10 – Gráfico das funções para a pressão de saturação, construído a partir das
tabelas da ASME, 1967.
41
42
5. RESULTADOS
0,1 m A D
x
B C
1,0 m
2,0 m
(a) (b)
43
p 1 atm
no lado AB (98)
T 0,5333t 25
600
500
400
Temperatura (°C)
300
200
100
0
0 5 10 15 20 25
Tempo (min)
indicando a zona seca. A partir dessa distância para a direita, a relação p ps é maior
do que 1,04 indicando região saturada.
Pode-se observar também pela análise dos resultados que valores altos de poro-
pressão foram previstos. É provável que com o acoplamento com o modelo mecânico,
para medir a resistência à tração do concreto, os valores apresentados resultariam na
ocorrência do fenômeno de spalling.
45
500
450
400
Temperatura [°C]
350 t = 10 min
300 t = 30 min
250
t = 60 min
200
150
100
50
0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
Distância da superfície, x [m]
3.00
Pressão x 10^7 [Pa]
2.50 t = 10 min
t = 30 min
2.00
t = 60 min
t = 150 min
1.50
1.00
0.50
0.00
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
Distância da superfície, x [m]
45
46
350
300
250
Temperatura [°C]
200
150 x = 17 cm
100
50
0
0 30 60 90 120 150
Tempo [min]
3.00
Pressão x 10^7 [Pa]
2.50
2.00
1.50
1.00 x = 17 cm
0.50
0.00
0 30 60 90 120 150
Tempo [min]
500
450
400
350
Temperatura [°C]
t = 10 min
300
t = 30 min
250
t = 60 min
200
t = 150 min
150
100
50
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Distância da superfície, x [m]
47
48
6.00
2.00
1.00
0.00
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Distância da superfície, x [m]
300
250
200
Temperatura [°C]
150
x = 22 cm
100
50
0
0 30 60 90 120 150
Tempo [min]
6.00
4.00
3.00
2.00 x = 22 cm
1.00
0.00
0 30 60 90 120 150
Tempo [min]
3.00
Pressão x 10^7 [Pa]
2.50
2.00
1.50 Exemplo 01
Exemplo 02
1.00
0.50
0.00
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
Distância da superfície, x [m]
49
50
Na Figura 22, Figura 23, Figura 24 e Figura 25 são apresentados os resultados obtidos
adotando o valor da condutividade térmica b 20,9 J / m s C . Devido a esta
alteração, a poro-pressão máxima para t 150 min atingiu o valor de 91,68 MPa ,
em uma seção transversal distante 40 cm do lado AB.
500
450
400
Temperatura [°C]
350
t = 10 min
300
t = 30 min
250 t = 60 min
200 t = 150 min
150
100
50
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Distância da superfície, x [m]
10.00
8.00
7.00
6.00
5.00
4.00 t = 10 min
3.00
t = 30 min
t = 60 min
2.00
t = 150 min
1.00
0.00
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
Distância da superfície, x [m]
500
450
400
Temperatura [°C]
350
300
250
x = 40 cm
200
150
100
50
0
0 30 60 90 120 150
Tempo [min]
51
52
120.00
80.00
60.00
x = 40 cm
40.00
20.00
0.00
0 30 60 90 120 150
Tempo [min]
10.00
Pressão x 10^7 [Pa]
9.00
8.00
7.00
6.00
5.00
4.00 Exemplo 01
3.00 Exemplo 02
2.00 Exemplo 03
1.00
0.00
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
Distância da superfície, x [m]
6. CONSIDERAÇOES FINAIS
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