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REDES SOCIAIS E WEBJORNALISMO:

AÇÕES POSSÍVEIS E PERSPECTIVAS FUTURAS


D. P. MARTINS1, J. PINTO1, S. S. B. MORAES1, F. FAGUNDES2
1
Acadêmicas do Curso de Comunicação Social. CEULP/ULBRA.
Email: {deysepmpontobr, jubileiapinto, simonesouzaborges}@gmail.com
2
Professor dos Cursos de Sistemas de Informação, Redes de Computadores e Comunicação Social do
CEULP/ULBRA. Mestre em Ciência da Computação. Email: fagundes@ceulp.edu.br

X Jornada de Iniciação Científica do CEULP/ULBRA

Resumo: Este trabalho tem por objetivo mostrar como as redes sociais podem contribuir
e atuar junto aos veículos jornalísticos, que tipo de ações e quais perspectivas os
profissionais dessa área prospectam para o futuro. Sabendo que o uso das redes sociais
(como Twitter, Orkut e Facebook, MySpace) está presente no dia a dia das pessoas e
organizações, pretende-se relacionar essas redes com o webjornalismo e verificar até
que ponto é preciso inovar para chamar a atenção dos leitores e como os sites de redes
sociais funcionariam para o jornalismo, abordando a questão das redes sociais como
fontes.

Palavras Chaves: WebJornalismo, Redes Sociais, Twitter.

Introdução: A internet nos possibilita abertura para novas fronteiras, para onde podem
ser direcionados inúmeros produtos, inclusive a informação. Esse novo formato nos
oferece um espaço favorável de possibilidades que é o encontro entre o receptor e as
novas e diversas fontes de informação. Em um só espaço acontece a junção das diversas
modalidades comunicacionais e nesse espaço o webjornalismo vem renovar as antigas
práticas, podendo ser visualizado como um novo jornalismo. No webjornalismo, a
simples navegação por entre as páginas digitais do site já é um processo interativo, pois
cada clique desperta a atenção do internauta, sendo que o diferencial é que o mesmo não
pode modificar o conteúdo. É um processo de trocas interativas pré-determinadas. Já em
relação à forma convencional, com registro de opinião, enquete com perguntas e
alternativas de resposta, mesmo que esses já tenham sido definidos por terceiro, oferece
a participação do público de forma mais básica. A navegação hipertextual também
promove a interatividade. As expectativas sobre o futuro do jornalismo online não
envolvem apenas a questão da informação, mas também a questão comercial, assim
como a venda de anúncios, pois a publicidade ainda é algo tateante neste setor. A
expansão da internet no Brasil tende ampliar ainda mais o público leitor dos webjornais,
aumentando as verbas de publicidade e fortalecendo essa mídia. Dalmonte (2009, p.19)
escreve que “jornalismo praticado na internet desponta como uma prática cultural no
contexto das novas mídias. É importante frisar que ainda há discordância quanto à
definição da nomenclatura do tipo de jornalismo praticado na internet, oscilando entre
jornalismo eletrônico, jornalismo digital ou multimídia, ciberjornalismo, jornalismo on-
line e webjornalismo”. No contexto deste artigo será frisado o termo webjornalismo, que
segundo Mielniczuk (2003, p. 32), tem como referências as interfaces gráficas da rede.
Para se entender essa modalidade de jornalismo na rede alguns autores como Palácios et
al (2002, p. 19) estudaram suas características e apontaram que a prática do fazer
jornalismo na web deve conter, multimidialidade, interatividade, hipertextualidade,
personalização, atualização e memória ou base de dados. Para efeito de um melhor
entendimento do que é webjornalismo Pavlik (2001, apud DALMONTE 2009, p. 121)
escreve que o “webjornalismo foi marcado por três fases distintas, definidas como
webjornalimo de primeira, segunda e terceira gerações, também conhecidas como fases
transpositivas, perceptiva e hipermidiatica, respectivamente. Na linha do webjornalismo
já se fala em uma quarta geração, referindo-se ao impacto das bases de dados na
narrativa webjornalistica”. No webjornalismo de primeira geração ou da fase
transpositiva, pode-se destacar que o fornecimento de conteúdo para a web dava-se,
basicamente, a partir de jornais impressos. As atualizações eram feitas em média a cada
24 horas de acordo com o fechamento dos jornais, sem nenhuma preocupação em criar
algo exclusivo para a nova mídia. Já o webjornalismo de segunda geração ou da fase
perceptiva caracteriza-se pelo uso das novas facilidades oriundas do aperfeiçoamento da
própria internet, o que contribui para criação de um jornalismo específico para a web.
Nesta fase aconteceram as primeiras experiências e tentativas de explorar as ferramentas
oferecidas, começando a aparecer o uso de links, e hipertextos. Ainda segundo Pavlik
(2001, apud DALMONTE 2009, p. 121) nos últimos cincos anos o quadro já apresenta
modificações significativas com o cenário nomeado como webjornalismo de terceira
geração ou geração hipermidiática, em que se destaca o surgimento das iniciativas
empresariais e editoriais destinadas exclusivamente para a internet. Explorar de forma
natural o que existe na internet, como os recursos multimídia – sons, animações, chats,
enquetes, fóruns, é característica comum desta geração. Com o surgimento dessas novas
ferramentas, a participação do leitor começou a se tornar ativa, fazendo com que as
iniciativas organizacionais nascida na internet começassem a aparecer”. O impacto
causado pela internet no ambiente jornalístico é notório e isso se dá principalmente
devido ao surgimento do webjornalismo, por oferecer um jornalismo alternativo e
diferente dos veículos tradicionais, que permite a participação do leitor no processo de
tratamento da informação, possibilitando fugir das estruturas convencionais do
jornalismo. Segundo Attneave e Ross (1982 apud MENESES, 2007, p. 23), “a rede
social é depositária da identidade da história individual e grupal; é uma fonte de
retroalimentção e reconhecimento social. Neste sentido as interações dadas permitem a
cada participante refletir e manter uma imagem própria, relacionada com diversos papéis
que cada um desempenha ou assume na relação”. Para Attneave e Ross (1982, apud
MENESES, 2007, p. 24) e Sluzki (1996, apud MENESES, 2007, p. 24), as redes sociais
estruturam-se segundo seu tamanho e sua dimensão.

Materiais e Métodos: Para a realização deste trabalho, foram desenvolvidas análises


relacionadas à utilização das redes sociais, a prática do jornalismo na web, através de
pesquisas na internet, artigos científicos e bibliografias. Foram analisadas a relação
entre redes sociais e webjornalismo, visando destacar a importância da junção na
propagação de informação jornalísticas e a relevância das notícias. A coleta de
informações foi realizada através de pesquisa por meio de questionários, aplicado ao
público geral durante junho de 2010, onde 97 pessoas responderam a 18 questões, para
avaliar quais os meios de comunicação mais utilizados e o interesse pelas novas
tecnologias da informação.

Resultados e Discussões: Através da pesquisa aplicada em Palmas - Tocantins foi


possível notar que o público masculino correspondendo a 66% são os que mais acessam
a rede. A faixa etária varia entre 19 a 25 anos, com 53% das respostas, sendo que 73%
são solteiros, e com formação superior a 46%. O meio de comunicação mais utilizado
para obter informação foi à internet, contabilizando 93% dos resultados. A rede social
utilizada para fundamentar o artigo foi o twitter, base que permitiu detectar que 84% do
público acessam em casa e 61% afirmaram que acessam a rede acima de cinco horas por
dia, sendo que 42% acessam o twitter todos os dias. Os assuntos do dia-a-dia são
postados por 55% dos respondentes. Para 63%, curiosidades e tecnologia são as
informações mais atrativas quando logados. Para 37%, o melhor do twitter é o manter
atualizado, no qual 84% são de caráter pessoal. Com a aplicação do questionário de
pesquisa, alguns pontos tiveram destaques. O uso das redes sociais possibilita um amplo
relacionamento pessoal, e nestes últimos anos a conexão à rede está mais acessível e por
essas razões, com base nos resultados da pesquisa, foi possível perceber que a maior
parte das pessoas, optam por se informar e criar interações por meio da Internet. Nesse
espaço, o webjornalismo ganha destaque, pode-se até fazer uma referência a uma das
teorias da comunicação, a do agendamento, e um dos conceitos que pode ser aplicado é
o de Cohen (1963, apud TRAQUINA, 2001, p. 17) onde escreve que a imprensa ”pode
na maior parte das vezes, não conseguir dizer as pessoas como pensar, mas tem, no
entanto, uma capacidade espantosa para dizer aos seus leitores sobre o que pensar”.
Quando Cohen define o poder da imprensa de dizer sobre o que pensar, percebe-se a
influência que exerce sob as pessoas em se enquadrar nas novas tecnologias da
informação, e que não é nada menos que o agendamento do uso das redes e a busca de
informações por meio da Internet. Essa teoria possibilita visualizar que a tendência
futura é cada vez mais crescente, e o número de pessoas envolvidas no processo das
novas tecnologias, especificamente as redes sociais e webjornalismo, do qual se trata
esse artigo.

Considerações Finais: Considerando a pesquisa feita na elaboração deste artigo,


conclui-se que a internet é o meio de comunicação mais utilizado para informação e
entretenimento, com isso foi percebido que o twitter, foco deste artigo, tem uma boa
utilização em todas as faixas etárias, possibilitando assim afirmar que o webjornalismo
atrelado com as redes sociais podem caminhar juntos na elaboração de boas ações
voltadas para o fazer jornalístico e ainda prospectar inovações para o futuro voltada para
esse novo jeito de informar. Diante do que foi observado, pode-se considerar que as
“novas mídias”, ou seja, as redes sociais podem ser consideradas como fontes verídicas
e de credibilidade para o fazer jornalístico. Trabalhos futuros poderão ampliar o
horizonte deste trabalho e desenvolvê-lo aplicando o conhecimento obtido na elaboração
de novas propostas do fazer jornalístico no estado do Tocantins.

Referências Bibliográficas:

BORGES, Juliano da Silva. Webjornalismo: Política e jornalismo em tempo real. Rio


de Janeiro: Apicuri, 2009.

DALMONTE, Edson Fernando. Pensar o discurso no webjornalismo: Temporalidade,


paratexto e comunidades de experiência. Salvador: EDUFBA, 2009

MENESES, Maria Piedad Rangel. Redes sociais-pessoais: conceitos, práticas e


metodologias. Tese (Doutorado em Psicologia) – PUCRS. Porto Alegre, 2007.

MIELNICZUK, Luciana. Jornalismo na web: uma contribuição para o estudo do


formato da notícia na escrita hipertextual. 2003. 246f. Tese (Doutorado) – Universidade

Federal da Bahia, Faculdade de Comunicação, Salvador. Disponível em: http://www.


facom.ufba. br/jol/producao_teses.htm. Acesso em jun 2010.

OLIVEIRA, Nelson Jornalismo participativo e informação hiperlocal: o papel de


mashups e hashtags na construção da notícia em redes sociais. Curitiba: 2009
Disponível em http://www.intercom.org.br/premios/2009/R4-0408-1.pdf. Acesso em
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PALACIOS, Marcos; MIELNICZUK, Luciana; BARBOSA, Suzana; RIBAS, Beatriz;


NARITA, Sandra. Um Mapeamento de Características e Tendências no Jornalismo
Online Brasileiro e Português. Comunicarte - Revista de Comunicação e Arte, v. 1,
n.2, Universidade de Aveiro, set. 2002, Disponível em http://www.facom.ufba.br/
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TRAQUINA, Nelson. O estudo do jornalismo no século XX. São Leopoldo: Editora


Unisinos, 2001.

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