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Resumo: Este trabalho tem por objetivo mostrar como as redes sociais podem contribuir
e atuar junto aos veículos jornalísticos, que tipo de ações e quais perspectivas os
profissionais dessa área prospectam para o futuro. Sabendo que o uso das redes sociais
(como Twitter, Orkut e Facebook, MySpace) está presente no dia a dia das pessoas e
organizações, pretende-se relacionar essas redes com o webjornalismo e verificar até
que ponto é preciso inovar para chamar a atenção dos leitores e como os sites de redes
sociais funcionariam para o jornalismo, abordando a questão das redes sociais como
fontes.
Introdução: A internet nos possibilita abertura para novas fronteiras, para onde podem
ser direcionados inúmeros produtos, inclusive a informação. Esse novo formato nos
oferece um espaço favorável de possibilidades que é o encontro entre o receptor e as
novas e diversas fontes de informação. Em um só espaço acontece a junção das diversas
modalidades comunicacionais e nesse espaço o webjornalismo vem renovar as antigas
práticas, podendo ser visualizado como um novo jornalismo. No webjornalismo, a
simples navegação por entre as páginas digitais do site já é um processo interativo, pois
cada clique desperta a atenção do internauta, sendo que o diferencial é que o mesmo não
pode modificar o conteúdo. É um processo de trocas interativas pré-determinadas. Já em
relação à forma convencional, com registro de opinião, enquete com perguntas e
alternativas de resposta, mesmo que esses já tenham sido definidos por terceiro, oferece
a participação do público de forma mais básica. A navegação hipertextual também
promove a interatividade. As expectativas sobre o futuro do jornalismo online não
envolvem apenas a questão da informação, mas também a questão comercial, assim
como a venda de anúncios, pois a publicidade ainda é algo tateante neste setor. A
expansão da internet no Brasil tende ampliar ainda mais o público leitor dos webjornais,
aumentando as verbas de publicidade e fortalecendo essa mídia. Dalmonte (2009, p.19)
escreve que “jornalismo praticado na internet desponta como uma prática cultural no
contexto das novas mídias. É importante frisar que ainda há discordância quanto à
definição da nomenclatura do tipo de jornalismo praticado na internet, oscilando entre
jornalismo eletrônico, jornalismo digital ou multimídia, ciberjornalismo, jornalismo on-
line e webjornalismo”. No contexto deste artigo será frisado o termo webjornalismo, que
segundo Mielniczuk (2003, p. 32), tem como referências as interfaces gráficas da rede.
Para se entender essa modalidade de jornalismo na rede alguns autores como Palácios et
al (2002, p. 19) estudaram suas características e apontaram que a prática do fazer
jornalismo na web deve conter, multimidialidade, interatividade, hipertextualidade,
personalização, atualização e memória ou base de dados. Para efeito de um melhor
entendimento do que é webjornalismo Pavlik (2001, apud DALMONTE 2009, p. 121)
escreve que o “webjornalismo foi marcado por três fases distintas, definidas como
webjornalimo de primeira, segunda e terceira gerações, também conhecidas como fases
transpositivas, perceptiva e hipermidiatica, respectivamente. Na linha do webjornalismo
já se fala em uma quarta geração, referindo-se ao impacto das bases de dados na
narrativa webjornalistica”. No webjornalismo de primeira geração ou da fase
transpositiva, pode-se destacar que o fornecimento de conteúdo para a web dava-se,
basicamente, a partir de jornais impressos. As atualizações eram feitas em média a cada
24 horas de acordo com o fechamento dos jornais, sem nenhuma preocupação em criar
algo exclusivo para a nova mídia. Já o webjornalismo de segunda geração ou da fase
perceptiva caracteriza-se pelo uso das novas facilidades oriundas do aperfeiçoamento da
própria internet, o que contribui para criação de um jornalismo específico para a web.
Nesta fase aconteceram as primeiras experiências e tentativas de explorar as ferramentas
oferecidas, começando a aparecer o uso de links, e hipertextos. Ainda segundo Pavlik
(2001, apud DALMONTE 2009, p. 121) nos últimos cincos anos o quadro já apresenta
modificações significativas com o cenário nomeado como webjornalismo de terceira
geração ou geração hipermidiática, em que se destaca o surgimento das iniciativas
empresariais e editoriais destinadas exclusivamente para a internet. Explorar de forma
natural o que existe na internet, como os recursos multimídia – sons, animações, chats,
enquetes, fóruns, é característica comum desta geração. Com o surgimento dessas novas
ferramentas, a participação do leitor começou a se tornar ativa, fazendo com que as
iniciativas organizacionais nascida na internet começassem a aparecer”. O impacto
causado pela internet no ambiente jornalístico é notório e isso se dá principalmente
devido ao surgimento do webjornalismo, por oferecer um jornalismo alternativo e
diferente dos veículos tradicionais, que permite a participação do leitor no processo de
tratamento da informação, possibilitando fugir das estruturas convencionais do
jornalismo. Segundo Attneave e Ross (1982 apud MENESES, 2007, p. 23), “a rede
social é depositária da identidade da história individual e grupal; é uma fonte de
retroalimentção e reconhecimento social. Neste sentido as interações dadas permitem a
cada participante refletir e manter uma imagem própria, relacionada com diversos papéis
que cada um desempenha ou assume na relação”. Para Attneave e Ross (1982, apud
MENESES, 2007, p. 24) e Sluzki (1996, apud MENESES, 2007, p. 24), as redes sociais
estruturam-se segundo seu tamanho e sua dimensão.
Referências Bibliográficas: