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Dispõe o art. 193 da CLT: Art. 193. São consideradas atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco
acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I – inflamáveis,
explosivos ou energia elétrica; II – roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (…) § 4º São também
consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta (Incluído pela Lei
nº 12.997, de 2014).
Desse modo, não há até o momento nenhum dispositivo legal, tampouco normativo
(NR-16 e/ou NR-35) que obrigue o pagamento do adicional de periculosidade para os
trabalhadores que exercem atividades de trabalho em altura e, por esta razão, é indevido
o acréscimo de 30% sobre o salário nominal do trabalhador. A única exceção seria a
previsão do pagamento por força de negociação coletiva da categoria.
Ademais, este assunto já foi, inclusive, analisado pelo Tribunal Superior do Trabalho –
TST (Processo: RR-377-53.2013.5.09.0029), oportunidade em que foi enfatizado que
“a NR 35 não obriga ao pagamento do adicional nesse caso, limitando-se a estabelecer
requisitos mínimos de segurança aos trabalhadores que se ativam nessas condições”.
Por fim, ressalto que caso a empresa já pague o referido adicional por mera liberalidade
e queira cessá-lo, é interessante seja emitido laudo de periculosidade com embasamento
técnico-jurídico que possibilite a sua eventual utilização como meio de prova para
eventuais questionamentos.