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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Edward Landi Tonucci

8 de janeiro de 2018

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Índice

1 Máximos e Mı́nimos

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Índice

1 Máximos e Mı́nimos

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Do Cálculo de funções reais a valores reais, vimos que um dos


principais usos da derivada é determinar máximos e mı́nimos
(extremos) destas funções.

Veremos agora como utilizar este conhecimento para encontrar os


máximos e mı́nimos para funções de várias variáveis.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Do Cálculo de funções reais a valores reais, vimos que um dos


principais usos da derivada é determinar máximos e mı́nimos
(extremos) destas funções.

Veremos agora como utilizar este conhecimento para encontrar os


máximos e mı́nimos para funções de várias variáveis.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Lembremos que para as funções de uma variável, tinhámos dois


conceitos de máximos e mı́nimos: os locais e os globais (ou
absoluto).

Os pontos de máximo globais são aqueles em que nenhum outro


ponto do domı́nio de f possui imagem maior que a imagem deste.
O análogo se faz para os mı́nimos.

Os extremos locais não possuem necessariamente esta propriedade,


entretanto, num determinado intervalo este possuia a propriedade
acima.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Lembremos que para as funções de uma variável, tinhámos dois


conceitos de máximos e mı́nimos: os locais e os globais (ou
absoluto).

Os pontos de máximo globais são aqueles em que nenhum outro


ponto do domı́nio de f possui imagem maior que a imagem deste.
O análogo se faz para os mı́nimos.

Os extremos locais não possuem necessariamente esta propriedade,


entretanto, num determinado intervalo este possuia a propriedade
acima.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Lembremos que para as funções de uma variável, tinhámos dois


conceitos de máximos e mı́nimos: os locais e os globais (ou
absoluto).

Os pontos de máximo globais são aqueles em que nenhum outro


ponto do domı́nio de f possui imagem maior que a imagem deste.
O análogo se faz para os mı́nimos.

Os extremos locais não possuem necessariamente esta propriedade,


entretanto, num determinado intervalo este possuia a propriedade
acima.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Mais precisamente temos:


Definição
Se f : Df → R, Df ⊂ R, é uma função real a valores reais, então p
é dito ponto de máximo (ou mı́nimo) se f (p) ≥ f (x), ∀x ∈ Df
(f (p) ≤ f (x)). Neste caso, f (p) é chamado de valor de máximo
(mı́nimo).

Definição
Se f : Df → R, Df ⊂ R, é uma função real a valores reais, então p
é dito ponto de máximo (ou mı́nimo) local se existe um intervalo
aberto I ⊂ Df tal que p ∈ I e f (p) ≥ f (x), ∀x ∈ I (f (p) ≤ f (x)).
Neste caso, f (p) é chamado de valor de máximo (mı́nimo) local.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Mais precisamente temos:


Definição
Se f : Df → R, Df ⊂ R, é uma função real a valores reais, então p
é dito ponto de máximo (ou mı́nimo) se f (p) ≥ f (x), ∀x ∈ Df
(f (p) ≤ f (x)). Neste caso, f (p) é chamado de valor de máximo
(mı́nimo).

Definição
Se f : Df → R, Df ⊂ R, é uma função real a valores reais, então p
é dito ponto de máximo (ou mı́nimo) local se existe um intervalo
aberto I ⊂ Df tal que p ∈ I e f (p) ≥ f (x), ∀x ∈ I (f (p) ≤ f (x)).
Neste caso, f (p) é chamado de valor de máximo (mı́nimo) local.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Voltando ao caso das funções de várias variáveis, a definição de


máximos e mı́nimos globais continuam as mesmas, naturalmente
admitindo agora que Df ⊂ Rn .

O caso dos extremos locais é um pouco mais delicado, já que os


intervalos não cumprem bem o papel das vizinhanças, que neste
caso são trocados pelas bolas abertas.
Definição
Se f : Df → R, Df ⊂ R2 , é uma função de 2 variáveis a valores
reais, então p = (a, b) é dito ponto de máximo (ou mı́nimo) local
se existe uma bola aberta B ⊂ Df de centro p tal que
f (p) ≥ f (x), ∀x ∈ B (f (p) ≤ f (x)). Neste caso, f (p) é chamado
de valor de máximo (mı́nimo) local.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Voltando ao caso das funções de várias variáveis, a definição de


máximos e mı́nimos globais continuam as mesmas, naturalmente
admitindo agora que Df ⊂ Rn .

O caso dos extremos locais é um pouco mais delicado, já que os


intervalos não cumprem bem o papel das vizinhanças, que neste
caso são trocados pelas bolas abertas.
Definição
Se f : Df → R, Df ⊂ R2 , é uma função de 2 variáveis a valores
reais, então p = (a, b) é dito ponto de máximo (ou mı́nimo) local
se existe uma bola aberta B ⊂ Df de centro p tal que
f (p) ≥ f (x), ∀x ∈ B (f (p) ≤ f (x)). Neste caso, f (p) é chamado
de valor de máximo (mı́nimo) local.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Voltando ao caso das funções de várias variáveis, a definição de


máximos e mı́nimos globais continuam as mesmas, naturalmente
admitindo agora que Df ⊂ Rn .

O caso dos extremos locais é um pouco mais delicado, já que os


intervalos não cumprem bem o papel das vizinhanças, que neste
caso são trocados pelas bolas abertas.
Definição
Se f : Df → R, Df ⊂ R2 , é uma função de 2 variáveis a valores
reais, então p = (a, b) é dito ponto de máximo (ou mı́nimo) local
se existe uma bola aberta B ⊂ Df de centro p tal que
f (p) ≥ f (x), ∀x ∈ B (f (p) ≤ f (x)). Neste caso, f (p) é chamado
de valor de máximo (mı́nimo) local.

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

No caso de funções de uma variável real a valores reais, qual é a


condição para que um ponto p seja extremo local para uma função
f diferenciável em p?

Resposta: f 0 (p) = 0.

Esta condição era suficiente?

Resposta: Não. A função f (x) = x 3 verifica f 0 (0) = 0, entretanto


0 não é extremo local de f .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

No caso de funções de uma variável real a valores reais, qual é a


condição para que um ponto p seja extremo local para uma função
f diferenciável em p?

Resposta: f 0 (p) = 0.

Esta condição era suficiente?

Resposta: Não. A função f (x) = x 3 verifica f 0 (0) = 0, entretanto


0 não é extremo local de f .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

No caso de funções de uma variável real a valores reais, qual é a


condição para que um ponto p seja extremo local para uma função
f diferenciável em p?

Resposta: f 0 (p) = 0.

Esta condição era suficiente?

Resposta: Não. A função f (x) = x 3 verifica f 0 (0) = 0, entretanto


0 não é extremo local de f .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

No caso de funções de uma variável real a valores reais, qual é a


condição para que um ponto p seja extremo local para uma função
f diferenciável em p?

Resposta: f 0 (p) = 0.

Esta condição era suficiente?

Resposta: Não. A função f (x) = x 3 verifica f 0 (0) = 0, entretanto


0 não é extremo local de f .

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Vamos mostrar que algo semelhante ocorre no caso de 2 variáveis.

Primeiro observe que se o ponto p = (a, b) é máximo local para a


função f (x, y ), então o ponto a é máximo local para a função real
fb (x) = f (x, b).

Dessa forma, se fb for derivável, então fb0 (a) = 0. Lembramos


agora que fb0 (a) nada mais é que a derivada parcial em relação à
variável x no ponto (a, b), ou seja, se (a, b) é ponto de máximo
local para f , então
fx (a, b) = 0.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Vamos mostrar que algo semelhante ocorre no caso de 2 variáveis.

Primeiro observe que se o ponto p = (a, b) é máximo local para a


função f (x, y ), então o ponto a é máximo local para a função real
fb (x) = f (x, b).

Dessa forma, se fb for derivável, então fb0 (a) = 0. Lembramos


agora que fb0 (a) nada mais é que a derivada parcial em relação à
variável x no ponto (a, b), ou seja, se (a, b) é ponto de máximo
local para f , então
fx (a, b) = 0.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Vamos mostrar que algo semelhante ocorre no caso de 2 variáveis.

Primeiro observe que se o ponto p = (a, b) é máximo local para a


função f (x, y ), então o ponto a é máximo local para a função real
fb (x) = f (x, b).

Dessa forma, se fb for derivável, então fb0 (a) = 0. Lembramos


agora que fb0 (a) nada mais é que a derivada parcial em relação à
variável x no ponto (a, b), ou seja, se (a, b) é ponto de máximo
local para f , então
fx (a, b) = 0.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

De maneira análoga concluı́mos que fy (a, b) = 0 e que o mesmo


ocorre para um mı́nimo local. Sendo assim:
Teorema
Se f tem um máximo ou mı́nimo local em (a, b), e as derivadas
parciais de primeira ordem existem neste ponto, então fx (a, b) = 0
e fy (a, b) = 0.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

De maneira análoga concluı́mos que fy (a, b) = 0 e que o mesmo


ocorre para um mı́nimo local. Sendo assim:
Teorema
Se f tem um máximo ou mı́nimo local em (a, b), e as derivadas
parciais de primeira ordem existem neste ponto, então fx (a, b) = 0
e fy (a, b) = 0.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Assim como no caso de uma variável, é natural de se esperar que


possuir as derivadas parciais nulas não seja suficiente para garantir
os máximos ou mı́nimos locais, como de fato ocorre no ponto
(0, 0) para a função acima.

Definição
Seja f uma função de 2 variáveis. Um ponto (a, b) ∈ Df é
chamado de ponto crı́tico se fx (a, b) = 0 e fy (a, b) = 0, ou se uma
das derivadas parciais não existir.

Como já vimos, para que (a, b) seja máximo ou mı́nimo local de f
é necessário que (a, b) seja ponto crı́tico desta função.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Assim como no caso de uma variável, é natural de se esperar que


possuir as derivadas parciais nulas não seja suficiente para garantir
os máximos ou mı́nimos locais, como de fato ocorre no ponto
(0, 0) para a função acima.

Definição
Seja f uma função de 2 variáveis. Um ponto (a, b) ∈ Df é
chamado de ponto crı́tico se fx (a, b) = 0 e fy (a, b) = 0, ou se uma
das derivadas parciais não existir.

Como já vimos, para que (a, b) seja máximo ou mı́nimo local de f
é necessário que (a, b) seja ponto crı́tico desta função.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Assim como no caso de uma variável, é natural de se esperar que


possuir as derivadas parciais nulas não seja suficiente para garantir
os máximos ou mı́nimos locais, como de fato ocorre no ponto
(0, 0) para a função acima.

Definição
Seja f uma função de 2 variáveis. Um ponto (a, b) ∈ Df é
chamado de ponto crı́tico se fx (a, b) = 0 e fy (a, b) = 0, ou se uma
das derivadas parciais não existir.

Como já vimos, para que (a, b) seja máximo ou mı́nimo local de f
é necessário que (a, b) seja ponto crı́tico desta função.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determinar os pontos crı́ticos e os extremos de
f (x, y ) = x 2 + y 2 − 2x − 6y + 14.

Solução: Sabemos que fx = 2x − 2 e fy = 2y − 6, portanto o


único ponto crı́tico de f é (1, 3).

Completando os quadrados, obtemos

f (x, y ) = 4 + (x − 1)2 + (y − 3)2 ,

como (x − 1)2 ≥ 0 e (y − 3)2 ≥ 0, temos que f (x, y ) ≥ 4. Por


outro lado, f (1, 3) = 4, assim, (1, 3) é um ponto de mı́nimo global.

Na verdade (1, 3) é o único, pois f não possui outros pontos


crı́ticos.
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determinar os pontos crı́ticos e os extremos de
f (x, y ) = x 2 + y 2 − 2x − 6y + 14.

Solução: Sabemos que fx = 2x − 2 e fy = 2y − 6, portanto o


único ponto crı́tico de f é (1, 3).

Completando os quadrados, obtemos

f (x, y ) = 4 + (x − 1)2 + (y − 3)2 ,

como (x − 1)2 ≥ 0 e (y − 3)2 ≥ 0, temos que f (x, y ) ≥ 4. Por


outro lado, f (1, 3) = 4, assim, (1, 3) é um ponto de mı́nimo global.

Na verdade (1, 3) é o único, pois f não possui outros pontos


crı́ticos.
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determinar os pontos crı́ticos e os extremos de
f (x, y ) = x 2 + y 2 − 2x − 6y + 14.

Solução: Sabemos que fx = 2x − 2 e fy = 2y − 6, portanto o


único ponto crı́tico de f é (1, 3).

Completando os quadrados, obtemos

f (x, y ) = 4 + (x − 1)2 + (y − 3)2 ,

como (x − 1)2 ≥ 0 e (y − 3)2 ≥ 0, temos que f (x, y ) ≥ 4. Por


outro lado, f (1, 3) = 4, assim, (1, 3) é um ponto de mı́nimo global.

Na verdade (1, 3) é o único, pois f não possui outros pontos


crı́ticos.
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determinar os pontos crı́ticos e os extremos de
f (x, y ) = x 2 + y 2 − 2x − 6y + 14.

Solução: Sabemos que fx = 2x − 2 e fy = 2y − 6, portanto o


único ponto crı́tico de f é (1, 3).

Completando os quadrados, obtemos

f (x, y ) = 4 + (x − 1)2 + (y − 3)2 ,

como (x − 1)2 ≥ 0 e (y − 3)2 ≥ 0, temos que f (x, y ) ≥ 4. Por


outro lado, f (1, 3) = 4, assim, (1, 3) é um ponto de mı́nimo global.

Na verdade (1, 3) é o único, pois f não possui outros pontos


crı́ticos.
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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine os pontos crı́ticos e os extremos de f (x, y ) = y 2 − x 2 .

Solução: Como fx = −2 e fy = 2, o único ponto crı́tico é (0, 0).

Observe que para os pontos sobre o eixo x, temos y = 0, e


portanto f (x, 0) < 0 se x 6= 0. Para os pontos sobre o eixo y ,
temos x = 0 e portanto f (0, y ) > 0 para y 6= 0.

Desta forma, em qualquer bola aberta de centro (0, 0), temos


tanto valores positivos quanto negativos para f (x, y ), logo, como
f (0, 0) = 0, o ponto (0, 0) não é nem máximo nem mı́nimo.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine os pontos crı́ticos e os extremos de f (x, y ) = y 2 − x 2 .

Solução: Como fx = −2 e fy = 2, o único ponto crı́tico é (0, 0).

Observe que para os pontos sobre o eixo x, temos y = 0, e


portanto f (x, 0) < 0 se x 6= 0. Para os pontos sobre o eixo y ,
temos x = 0 e portanto f (0, y ) > 0 para y 6= 0.

Desta forma, em qualquer bola aberta de centro (0, 0), temos


tanto valores positivos quanto negativos para f (x, y ), logo, como
f (0, 0) = 0, o ponto (0, 0) não é nem máximo nem mı́nimo.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine os pontos crı́ticos e os extremos de f (x, y ) = y 2 − x 2 .

Solução: Como fx = −2 e fy = 2, o único ponto crı́tico é (0, 0).

Observe que para os pontos sobre o eixo x, temos y = 0, e


portanto f (x, 0) < 0 se x 6= 0. Para os pontos sobre o eixo y ,
temos x = 0 e portanto f (0, y ) > 0 para y 6= 0.

Desta forma, em qualquer bola aberta de centro (0, 0), temos


tanto valores positivos quanto negativos para f (x, y ), logo, como
f (0, 0) = 0, o ponto (0, 0) não é nem máximo nem mı́nimo.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine os pontos crı́ticos e os extremos de f (x, y ) = y 2 − x 2 .

Solução: Como fx = −2 e fy = 2, o único ponto crı́tico é (0, 0).

Observe que para os pontos sobre o eixo x, temos y = 0, e


portanto f (x, 0) < 0 se x 6= 0. Para os pontos sobre o eixo y ,
temos x = 0 e portanto f (0, y ) > 0 para y 6= 0.

Desta forma, em qualquer bola aberta de centro (0, 0), temos


tanto valores positivos quanto negativos para f (x, y ), logo, como
f (0, 0) = 0, o ponto (0, 0) não é nem máximo nem mı́nimo.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Observe que no exemplo anterior, temos um ponto de máximo na


direção do eixo x e mı́nimo na direção do eixo y .

Quando um ponto tem esta propriedade, dizemos que este é um


ponto de sela, devido ao aspecto que o gráfico de f possui na
vizinhança deste ponto.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Observe que no exemplo anterior, temos um ponto de máximo na


direção do eixo x e mı́nimo na direção do eixo y .

Quando um ponto tem esta propriedade, dizemos que este é um


ponto de sela, devido ao aspecto que o gráfico de f possui na
vizinhança deste ponto.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Teste da Segunda Derivada

Seria de pouca praticidade se tivéssemos que usar de argumentos


complexos todas as vezes que precisássemos deduzir se um ponto
crı́tico é de máximo ou mı́nimo.

Novamente, seguindo o exemplo das funções de uma variável real,


iremos deduzir uma forma de classificar um ponto crı́tico a partir
das derivadas parciais de segunda ordem a função f .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Teste da Segunda Derivada

Seria de pouca praticidade se tivéssemos que usar de argumentos


complexos todas as vezes que precisássemos deduzir se um ponto
crı́tico é de máximo ou mı́nimo.

Novamente, seguindo o exemplo das funções de uma variável real,


iremos deduzir uma forma de classificar um ponto crı́tico a partir
das derivadas parciais de segunda ordem a função f .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Teste da Derivada Segunda

Teorema
Teste da Derivada Segunda Suponha que as derivadas parciais de f
sejam contı́nuas em uma bola aberta com centro em (a, b), e
suponha que fx (a, b) = 0 = fy (a, b). Seja

D = D(a, b) = fxx (a, b) · fyy (a, b) − [fxy (a, b)]2 .

(a) Se D > 0 e fxx (a, b) > 0, então f( a, b) é um mı́nimo local.


(b) Se D > 0 e fxx (a, b) < 0, então f( a, b) é um máximo local.
(c) Se D < 0, então f( a, b) é mı́nimo nem máximo local.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Observação
Se (c) ocorre, então (a, b) é um ponto de sela e o gráfico de f
cruza o seu plano tangente em (a, b).

Observação
Se D = 0, não podemos deduzir nada a respeito do ponto (a, b).
Este pode ser, máximo, mı́nimo ou se sela.

Observação
Uma forma de lembrar da fórmula de D é escrevê-lo como uma
determinante, ou seja

fxx fxy
D= = fxx · fyy − [fxy ]2 .
fyx fyy
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Observação
Se (c) ocorre, então (a, b) é um ponto de sela e o gráfico de f
cruza o seu plano tangente em (a, b).

Observação
Se D = 0, não podemos deduzir nada a respeito do ponto (a, b).
Este pode ser, máximo, mı́nimo ou se sela.

Observação
Uma forma de lembrar da fórmula de D é escrevê-lo como uma
determinante, ou seja

fxx fxy
D= = fxx · fyy − [fxy ]2 .
fyx fyy
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Observação
Se (c) ocorre, então (a, b) é um ponto de sela e o gráfico de f
cruza o seu plano tangente em (a, b).

Observação
Se D = 0, não podemos deduzir nada a respeito do ponto (a, b).
Este pode ser, máximo, mı́nimo ou se sela.

Observação
Uma forma de lembrar da fórmula de D é escrevê-lo como uma
determinante, ou seja

fxx fxy
D= = fxx · fyy − [fxy ]2 .
fyx fyy
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine os pontos de máximo e mı́nimo locais e os pontos de
sela de f (x, y ) = x 4 + y 4 − 4xy + 1.

Solução:Sabemos que fx = 4x 3 − 4y e fy = 4y 3 − 4x. Igualando


estas derivadas a 0 obtemos

x3 − y = 0 e y 3 − x = 0.

Substituindo y = x 3 na segunda equação, obtemos

0 = x 9 −x = x(x 8 −1) = x(x 4 −1)(x 4 +1) = (x 2 −1)(x 2 +1)(x 4 +1),

donde concluı́mos que as soluções são x = 0, 1, −1.


Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine os pontos de máximo e mı́nimo locais e os pontos de
sela de f (x, y ) = x 4 + y 4 − 4xy + 1.

Solução:Sabemos que fx = 4x 3 − 4y e fy = 4y 3 − 4x. Igualando


estas derivadas a 0 obtemos

x3 − y = 0 e y 3 − x = 0.

Substituindo y = x 3 na segunda equação, obtemos

0 = x 9 −x = x(x 8 −1) = x(x 4 −1)(x 4 +1) = (x 2 −1)(x 2 +1)(x 4 +1),

donde concluı́mos que as soluções são x = 0, 1, −1.


Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine os pontos de máximo e mı́nimo locais e os pontos de
sela de f (x, y ) = x 4 + y 4 − 4xy + 1.

Solução:Sabemos que fx = 4x 3 − 4y e fy = 4y 3 − 4x. Igualando


estas derivadas a 0 obtemos

x3 − y = 0 e y 3 − x = 0.

Substituindo y = x 3 na segunda equação, obtemos

0 = x 9 −x = x(x 8 −1) = x(x 4 −1)(x 4 +1) = (x 2 −1)(x 2 +1)(x 4 +1),

donde concluı́mos que as soluções são x = 0, 1, −1.


Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine a menor distância enre o ponto (1, 0 − 2) e o plano
γ : x + 2y + z = 4.

Solução:A distância entre um ponto qualquer (x, y , z) e o ponto


(1, 0, −2) é q
d = (x − 1)2 + y 2 + (z + 2)2 .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Determine a menor distância enre o ponto (1, 0 − 2) e o plano
γ : x + 2y + z = 4.

Solução:A distância entre um ponto qualquer (x, y , z) e o ponto


(1, 0, −2) é q
d = (x − 1)2 + y 2 + (z + 2)2 .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Como (x, y , z) ∈ γ, então z = 4 − x − 2y , e assim


q
d = (x − 1)2 + y 2 + (−x − 2y + 6)2

e
d 2 = f (x, y ) = (x − 1)2 + y 2 + (−x − 2y + 6)2 .

Vamos determinar os pontos crı́ticos para a função f (x, y ).

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Como (x, y , z) ∈ γ, então z = 4 − x − 2y , e assim


q
d = (x − 1)2 + y 2 + (−x − 2y + 6)2

e
d 2 = f (x, y ) = (x − 1)2 + y 2 + (−x − 2y + 6)2 .

Vamos determinar os pontos crı́ticos para a função f (x, y ).

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Derivando e igualando a 0, temos

fx = 2(x − 1) − 2(6 − x − 2y ) = 4x + 4y − 14 = 0
e
fy = 2y − 4(6 − x − 2y ) = 4x + 10y − 24 = 0,

donde
 resolvendo
 este sistema, encontramos como solução
11 5
, .
6 3
Como fxx = 4, fxy = 4 e fyy = 10, temos

D(x, y ) = fxx fyy − (fxy )2 = 24 > 0,

portanto, pelo Teste da Derivada Segunda, f possui mı́nimo local


neste ponto.
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Derivando e igualando a 0, temos

fx = 2(x − 1) − 2(6 − x − 2y ) = 4x + 4y − 14 = 0
e
fy = 2y − 4(6 − x − 2y ) = 4x + 10y − 24 = 0,

donde
 resolvendo
 este sistema, encontramos como solução
11 5
, .
6 3
Como fxx = 4, fxy = 4 e fyy = 10, temos

D(x, y ) = fxx fyy − (fxy )2 = 24 > 0,

portanto, pelo Teste da Derivada Segunda, f possui mı́nimo local


neste ponto.
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Derivando e igualando a 0, temos

fx = 2(x − 1) − 2(6 − x − 2y ) = 4x + 4y − 14 = 0
e
fy = 2y − 4(6 − x − 2y ) = 4x + 10y − 24 = 0,

donde
 resolvendo
 este sistema, encontramos como solução
11 5
, .
6 3
Como fxx = 4, fxy = 4 e fyy = 10, temos

D(x, y ) = fxx fyy − (fxy )2 = 24 > 0,

portanto, pelo Teste da Derivada Segunda, f possui mı́nimo local


neste ponto.
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Devido à natureza do problema, sabemos que este é o mı́nimo


global.

Calculando a distância, temos


s 
5 2
 2  2
5 5 5√
q
d = (x − 1)2 + y 2 + (z + 2)2 = + + = 6.
6 3 6 6

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Devido à natureza do problema, sabemos que este é o mı́nimo


global.

Calculando a distância, temos


s 
5 2
 2  2
5 5 5√
q
d = (x − 1)2 + y 2 + (z + 2)2 = + + = 6.
6 3 6 6

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Uma caixa retangular sem tampa deve ser feita com 12m2 de
papelão. Determine o volume máximo desta caixa.

Solução:Sejam x, y e z o comprimento, largura e altura desta


caixa, respectivamente.
Dessa forma, o volume da caixa é

V = xyz.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Exemplo
Uma caixa retangular sem tampa deve ser feita com 12m2 de
papelão. Determine o volume máximo desta caixa.

Solução:Sejam x, y e z o comprimento, largura e altura desta


caixa, respectivamente.
Dessa forma, o volume da caixa é

V = xyz.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Por outro lado, sua área é 12 e é dada por

2xy + 2yz + xy = 12.

12 − xy
Isolando z nesta equação, obtemos z = , substituindo na
2(x + y )
primeira,
12 − xy 12xy − x 2 y 2
V = xy = .
2(x + y ) 2(x + y )

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Por outro lado, sua área é 12 e é dada por

2xy + 2yz + xy = 12.

12 − xy
Isolando z nesta equação, obtemos z = , substituindo na
2(x + y )
primeira,
12 − xy 12xy − x 2 y 2
V = xy = .
2(x + y ) 2(x + y )

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Calculando as derivadas parciais, temos
dV y 2 (12 − 2xy − x 2 )
=
dx 2(x + y )2
e
dV x 2 (12 − 2xy − y 2 )
= .
dy 2(x + y )2

Igualando a 0 as expressões acima, obtemos como soluções y = 0


ou 12 − 2xy − x 2 = 0 e x = 0 ou 12 − 2xy − y 2 = 0. Devido a
natureza do problema, x ou y = 0 não se adequam ao problema, já
que neste caso V seria 0, portanto

12 − 2xy − x 2 = 0


12 − 2xy − y 2 = 0
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Calculando as derivadas parciais, temos
dV y 2 (12 − 2xy − x 2 )
=
dx 2(x + y )2
e
dV x 2 (12 − 2xy − y 2 )
= .
dy 2(x + y )2

Igualando a 0 as expressões acima, obtemos como soluções y = 0


ou 12 − 2xy − x 2 = 0 e x = 0 ou 12 − 2xy − y 2 = 0. Devido a
natureza do problema, x ou y = 0 não se adequam ao problema, já
que neste caso V seria 0, portanto

12 − 2xy − x 2 = 0


12 − 2xy − y 2 = 0
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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos
Calculando as derivadas parciais, temos
dV y 2 (12 − 2xy − x 2 )
=
dx 2(x + y )2
e
dV x 2 (12 − 2xy − y 2 )
= .
dy 2(x + y )2

Igualando a 0 as expressões acima, obtemos como soluções y = 0


ou 12 − 2xy − x 2 = 0 e x = 0 ou 12 − 2xy − y 2 = 0. Devido a
natureza do problema, x ou y = 0 não se adequam ao problema, já
que neste caso V seria 0, portanto

12 − 2xy − x 2 = 0


12 − 2xy − y 2 = 0
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Resolvendo, encontramos que x 2 = y 2 , donde concluı́mos que


x = y , já que devido a natureza do problema x, y > 0.

Substituindo em uma das equações, encontramos x = 2, y = 2 e


z = 1. Como este problema possui um máximo absoluto e este é
verificado em um ponto crı́tico, o volume desta caixa deve ser 4m3 .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos

Resolvendo, encontramos que x 2 = y 2 , donde concluı́mos que


x = y , já que devido a natureza do problema x, y > 0.

Substituindo em uma das equações, encontramos x = 2, y = 2 e


z = 1. Como este problema possui um máximo absoluto e este é
verificado em um ponto crı́tico, o volume desta caixa deve ser 4m3 .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Vamos determinar agora os máximos e mı́nimos globais de uma


função de 2 variáveis.

Para isso, voltemos a nos inspirar nas funções de uma variável real.
Teorema (de Weierstrass)
Se f é contı́nua num intervalo fechado [a, b], então existem
m, M ∈ [a, b] tais que f (m) ≤ f (x) ≤ f (M), ∀x ∈ [a, b].

Novamente, precisamos estender os conceitos análogos aos


intervalos abertos para subconjuntos do R2 .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Vamos determinar agora os máximos e mı́nimos globais de uma


função de 2 variáveis.

Para isso, voltemos a nos inspirar nas funções de uma variável real.
Teorema (de Weierstrass)
Se f é contı́nua num intervalo fechado [a, b], então existem
m, M ∈ [a, b] tais que f (m) ≤ f (x) ≤ f (M), ∀x ∈ [a, b].

Novamente, precisamos estender os conceitos análogos aos


intervalos abertos para subconjuntos do R2 .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Vamos determinar agora os máximos e mı́nimos globais de uma


função de 2 variáveis.

Para isso, voltemos a nos inspirar nas funções de uma variável real.
Teorema (de Weierstrass)
Se f é contı́nua num intervalo fechado [a, b], então existem
m, M ∈ [a, b] tais que f (m) ≤ f (x) ≤ f (M), ∀x ∈ [a, b].

Novamente, precisamos estender os conceitos análogos aos


intervalos abertos para subconjuntos do R2 .

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos


Definição
Se S é um conjunto, dizemos que p é um ponto de fronteira de S
se toda bola aberta de centro em p contêm pontos de S e fora de
S. Dizemos que S é fechado se este possui todos os seus pontos
de fronteira.

Exemplo
A bola B(0, 1) = (x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 < 1 não é fechada, pois


os pontos da circunferência x 2 + y 2 = 1 pertencem a fronteira de


B(0, 1) e não
 estão neste conjunto. Por outro lado, a bola
B[0, 1] = (x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 ≤ 1 é fechada.

Observação
B[0, 1] é chamada de bola fechada de centro 0 e raio 1.
Edward Landi Tonucci Cálculo B
Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos


Definição
Se S é um conjunto, dizemos que p é um ponto de fronteira de S
se toda bola aberta de centro em p contêm pontos de S e fora de
S. Dizemos que S é fechado se este possui todos os seus pontos
de fronteira.

Exemplo
A bola B(0, 1) = (x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 < 1 não é fechada, pois


os pontos da circunferência x 2 + y 2 = 1 pertencem a fronteira de


B(0, 1) e não
 estão neste conjunto. Por outro lado, a bola
B[0, 1] = (x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 ≤ 1 é fechada.

Observação
B[0, 1] é chamada de bola fechada de centro 0 e raio 1.
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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos


Definição
Se S é um conjunto, dizemos que p é um ponto de fronteira de S
se toda bola aberta de centro em p contêm pontos de S e fora de
S. Dizemos que S é fechado se este possui todos os seus pontos
de fronteira.

Exemplo
A bola B(0, 1) = (x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 < 1 não é fechada, pois


os pontos da circunferência x 2 + y 2 = 1 pertencem a fronteira de


B(0, 1) e não
 estão neste conjunto. Por outro lado, a bola
B[0, 1] = (x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 ≤ 1 é fechada.

Observação
B[0, 1] é chamada de bola fechada de centro 0 e raio 1.
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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Os conjuntos fechados ainda não são suficientes para conseguirmos


um resultado análogo ao T. de Weierstrass, precisamos de mais um
conceito.

Definição
Um conjunto é dito limitado se existe uma bola aberta que contém
este conjunto.

Teorema (do Valor Extremo para as Funções de Duas variáveis)


Se f é contı́nua num conjunto fechado e limitado D em R2 , então
f assume valor máximo e mı́nimo absolutos em D.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Os conjuntos fechados ainda não são suficientes para conseguirmos


um resultado análogo ao T. de Weierstrass, precisamos de mais um
conceito.

Definição
Um conjunto é dito limitado se existe uma bola aberta que contém
este conjunto.

Teorema (do Valor Extremo para as Funções de Duas variáveis)


Se f é contı́nua num conjunto fechado e limitado D em R2 , então
f assume valor máximo e mı́nimo absolutos em D.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Os conjuntos fechados ainda não são suficientes para conseguirmos


um resultado análogo ao T. de Weierstrass, precisamos de mais um
conceito.

Definição
Um conjunto é dito limitado se existe uma bola aberta que contém
este conjunto.

Teorema (do Valor Extremo para as Funções de Duas variáveis)


Se f é contı́nua num conjunto fechado e limitado D em R2 , então
f assume valor máximo e mı́nimo absolutos em D.

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Visto este resultado, podemos proceder da seguinte maneira para


determinar os extremos absolutos de uma função f em um
conjunto fechado e limitado D.

1. Determine os valores de f nos pontos crı́ticos de f em D.


2. Determine os valores extremos de f na fronteira de D.
3. O maior e o menor dos valores nos passos anteriores serão o
máximo e o mı́nimo global, respectivamente.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Visto este resultado, podemos proceder da seguinte maneira para


determinar os extremos absolutos de uma função f em um
conjunto fechado e limitado D.

1. Determine os valores de f nos pontos crı́ticos de f em D.


2. Determine os valores extremos de f na fronteira de D.
3. O maior e o menor dos valores nos passos anteriores serão o
máximo e o mı́nimo global, respectivamente.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Visto este resultado, podemos proceder da seguinte maneira para


determinar os extremos absolutos de uma função f em um
conjunto fechado e limitado D.

1. Determine os valores de f nos pontos crı́ticos de f em D.


2. Determine os valores extremos de f na fronteira de D.
3. O maior e o menor dos valores nos passos anteriores serão o
máximo e o mı́nimo global, respectivamente.

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Visto este resultado, podemos proceder da seguinte maneira para


determinar os extremos absolutos de uma função f em um
conjunto fechado e limitado D.

1. Determine os valores de f nos pontos crı́ticos de f em D.


2. Determine os valores extremos de f na fronteira de D.
3. O maior e o menor dos valores nos passos anteriores serão o
máximo e o mı́nimo global, respectivamente.

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Visto este resultado, podemos proceder da seguinte maneira para


determinar os extremos absolutos de uma função f em um
conjunto fechado e limitado D.

1. Determine os valores de f nos pontos crı́ticos de f em D.


2. Determine os valores extremos de f na fronteira de D.
3. O maior e o menor dos valores nos passos anteriores serão o
máximo e o mı́nimo global, respectivamente.

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Exemplo
Determine os valores de máximo e mı́nimo global da função
f (x, y) = x 2 − 2xy + 2y no retângulo
D = (x, y ) ∈ R2 : 0 ≤ x ≤ 3, 0 ≤ y ≤ 2 .

Solução:Como f é um polinômio, então f é contı́nua em D, pelo


Teorema do Valor Extremo, f assume máximo e mı́nimo em D, já
que este é limitado e fechado.

De maneira análoga aos exemplos anteriores, verificamos que o


único ponto crı́tico de f é (1, 1) e f (1, 1) = 1.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Exemplo
Determine os valores de máximo e mı́nimo global da função
f (x, y) = x 2 − 2xy + 2y no retângulo
D = (x, y ) ∈ R2 : 0 ≤ x ≤ 3, 0 ≤ y ≤ 2 .

Solução:Como f é um polinômio, então f é contı́nua em D, pelo


Teorema do Valor Extremo, f assume máximo e mı́nimo em D, já
que este é limitado e fechado.

De maneira análoga aos exemplos anteriores, verificamos que o


único ponto crı́tico de f é (1, 1) e f (1, 1) = 1.

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Exemplo
Determine os valores de máximo e mı́nimo global da função
f (x, y) = x 2 − 2xy + 2y no retângulo
D = (x, y ) ∈ R2 : 0 ≤ x ≤ 3, 0 ≤ y ≤ 2 .

Solução:Como f é um polinômio, então f é contı́nua em D, pelo


Teorema do Valor Extremo, f assume máximo e mı́nimo em D, já
que este é limitado e fechado.

De maneira análoga aos exemplos anteriores, verificamos que o


único ponto crı́tico de f é (1, 1) e f (1, 1) = 1.

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Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Decompondo a fronteira de D em quatro segmentos de reta


L1 , L2 , L3 e L4 , vamos analizar o que acontece em cada um deles.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

L1 Valor de máximo = 9 e mı́nimo = 0.


L2 Valor de máximo = 9 e mı́nimo = 1.
L3 Valor de máximo = 4 e mı́nimo = 0.
L4 Valor de máximo = 4 e mı́nimo = 0.
Portanto o valor de máximo de f é 9 e o mı́nimo é 0.

Edward Landi Tonucci Cálculo B


Máximos e Mı́nimos

Máximos e Mı́nimos Absolutos

Edward Landi Tonucci Cálculo B

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