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RECURSO INOMINADO
com fundamento no art. 41 da Lei n. 9.099/95 c/c art. 5º da Lei n. 10.259/01, através das
razões anexas, as quais requer, após processadas, sejam recebidas nos seus efeitos legais e
encaminhadas à Egrégia Turma Recursal da Seção Judiciária de Santa Catarina.
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1. RAZÕES DO RECURSO INOMINADO
Colenda Turma Julgadora.
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averbasse o lapso temporal postulado, o Recorrente faria jus à concessão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição, razão pela qual também manejou tal
requerimento.
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pode servir de óbice ao reconhecimento do direito ao cálculo do benefício como
previsto naquela data o fato de ter permanecido em atividade, sob pena de restar
penalizado pela postura que redundou em proveito para a Previdência. Ou seja,
ainda que tenha optado por exercer o direito à aposentação em momento
posterior, possui o direito adquirido de ter sua renda mensal inicial calculada como
se o benefício tivesse sido requerido e concedido em qualquer data anterior, desde
que implementados todos os requisitos para a aposentadoria.
2. O segurado tem direito adquirido ao cálculo do benefício de conformidade com
as regras vigentes quando da reunião dos requisitos da aposentação
independentemente de prévio requerimento administrativo para tanto.
Precedentes do STF e do STJ.
3. É devida a retroação do período básico de cálculo (PBC) ainda que não tenha
havido alteração da legislação de regência, pois a proteção ao direito adquirido
também se faz presente para preservar situação fática já consolidada mesmo
ausente modificação no ordenamento jurídico, devendo a Autarquia Previdenciária
avaliar a forma de cálculo que seja mais rentável aos segurados, dado o caráter
social da prestação previdenciária, consoante previsão contida no art. 6.º da
Constituição Federal.
4. Muito embora o art. 122 da Lei n. 8.213/91 tenha previsto a retroação do
período básico de cálculo nos casos de aposentadoria integral (regra reproduzida
nas normas regulamentadoras), é possível a extensão desse direito aos casos de
concessão de aposentadoria proporcional, em face do princípio da isonomia e em
respeito ao critério da garantia do benefício mais vantajoso, como, aliás,
preceitua o Enunciado N.º 5 do próprio Conselho de Recursos da Previdência
Social - CRPS: "A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o
segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido." [...]
(TRF4, AC n. 2004.71.00.044182-8, 5ª Turma. Rel. Juiz Federal João Batista Lazzari,
julgado em 22/09/2009, sem grifo no original).
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lavoura, em regime de economia familiar, desde tenra idade até pouco depois de casar-se,
quando tinha cerca de 26 anos de idade.
Conhece o Autor desde que este era “rapazote”. Morava há cerca de 500/600
metros da residência do Autor. Sempre morou no Sertão do Campo, até quando
mudou-se para seu atual endereço, 12 anos atrás. O Autor morou na região até
casar-se. Conheceu o pai o Autor. Sabe que o pai do Autor teve muitos filhos. A mãe
do Autor é falecida. O Autor trabalhou de lavrador junto com o pai. Plantavam
mandioca, arroz, milho. O pai do Autor sempre foi somente foi agricultor. O Autor,
depois que saiu do campo, pouco depois de casar-se, passou a trabalhar na cidade.
A família do Autor não tinha empregados. A família do Autor e a sua auxiliavam-se
mutuamente na época das colheitas. O Autor trabalhou uns 26 anos na lavoura. O
Autor somente deixou de trabalhar na lavoura depois de casado. (AUDIO MP34).
O depoente foi agricultor até 25 anos de idade. O pai do Autor sempre foi
agricultor. O Autor também foi lavrador até uns 25 anos de idade. Após casar-se,
o Autor trabalhou mais um tempo na lavoura e logo mudou-se da região onde
morava. O Autor morava com o pai no Sertão do Campo. O depoente morava perto
do Autor. O terreno da família do Autor era grande. Parte do terreno era de
preservação. A família do Autor criava poucos animais, como gado, porco e
galinhas. A família do Autor plantava mandioca, milho, feijão. A família do Autor era
grande. Não conheceu a mãe do Autor. Conheceu a madrasta. A família do Autor
trabalhava, principalmente com roça e lavoura de fumo. O Autor foi agricultor com
certeza. Não tinham empregados, só a família e, ocasionalmente, os vizinhos
ajudavam nas plantações (AUDIO MP35).
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Conclui-se, desta forma, que 5 pessoas diferentes declararam que o
Recorrente laborou na roça durante o período cuja averbação pretende ver declarada.
Diante das fortes evidências neste sentido, não há como deixar de reconhecer o período
pleiteado pelo Recorrente na inicial.
3. REQUERIMENTOS